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Fichamento T5 - OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de Mundialização da Agricultura Brasileira

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPUS DE TRÊS LAGOAS
GEOGRAFIA
Discente: Rodrigo da Silva Oliveira
Fichamento T5: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Mundialização da Agricultura Brasileira. Anais do XII Coloquio Internacional de Geocrítica. Bogotá, 7 a 11 de mayo de 2012
	pp. 01
	A MUNDIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA BRASILEIRA (RESUMO)
“A agricultura estrutura-se através da produção de commodities, bolsas de mercadorias e de futuro e monopólios mundiais. A mundialização atua na agricultura através dos processos de territorialização dos monopólios e monopolização dos territórios”. Primeiro atua no controle da propriedade privada da terra, do processo produtivo no campo e do processamento industrial da produção agropecuária. O segundo é desenvolvido pelas empresas de comercialização e de processamento industrial, que sem produzir no campo, podem controlar fazendeiros capitalistas e camponeses através de mecanismos de
subordinação.
	pp. 02
	“No final do Século XX (1991), o modo capitalista de produção conheceu profundas transformações derivadas, de um lado, da crise e fim do socialismo no leste europeu, e de outro, da consolidação do processo de mundialização do capitalismo monopolista através do neoliberalismo”. Monopólios que passaram a comandar a economia.
“Presença, no plano mundial, de monopólios formados em países emergentes, ao lado de processos de ascensão internacional de setores das burguesias nacionais com apoio dos Estados. As associações entre empresas monopolistas internacionais com empresas nacionais transformaram ambas, nas empresas mundiais”. Capital disseminado pelos países emergentes, integrando o capital em escala mundial, arrebatando setores da burguesia nacional e os transformando em capitalistas mundiais.
	pp. 03
	“A ordem é produzir em "qualquer lugar do mundo" onde as possibilidades de redução de custo e acesso ao patamar tecnológico vigente seja possível”.
“Hegemonia se deu pelo processo de consolidação dos oligopólios internacionais denominados empresas multinacionais, sejam elas cartéis, trustes ou monopólios industriais e/ou financeiros”. Processo histórico teve como sujeito a emergência dos Estados Unidos como única potência militar e econômica do mundo.
“As multinacionais são, portanto a expressão mais avançada de um capitalismo que, a partir da crise interimperialista, moldou novas formas de organização interna e de relações de trabalho, que por sua vez, permitiram superar as contradições geradas pela disputa de mercados e fontes de matérias-primas entre as empresas nacionais”. Domínio e expansão explicados em três fatores: necessidade de movimentos internacionais de capitais, produção capitalista internacional e existência de ações de governos a nível internacional.
“O PRIMEIRO PROCESSO, o movimento internacional de capitais foi determinado pela necessidade da reconstrução da Europa e do Japão depois da II Guerra Mundial. O Plano Marshall e as fusões entre empresas industriais americanas e europeias, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, os acordos de São Francisco e a Guerra Fria serviram de base para os fluxos de capitais norte-americanos na Europa, no Japão e no mundo todo”. Os investimentos diretos de capitais no estrangeiro pelas multinacionais, constituiu a base de uma enorme superestrutura de captação de capitais em todas as partes do mundo. Foi em síntese, a constituição/unificação contraditória (capital nacional x estrangeiro) do mercado financeiro internacional.
	pp. 04
	“O SEGUNDO PROCESSO, a produção capitalista internacionalizada, derivou dos monopólios da pesquisa e, consequentemente, da tecnologia que, somado ao fluxo de capitais internacionais, abriram as economias nacionais, internacionalizando-as. Ao mesmo tempo que geraram as bases da produção internacional, o controle da força de trabalho, dos mercados e das fontes de matérias-primas nacionais”.Formação do mercado mundial de mão-de-obra, posse dos monopólios das fontes de matérias-primas e na repartição dos mercados.
“A produção capitalista internacional derivou da incorporação de mão-de-obra de muitos países em uma estrutura produtiva empresarial mundialmente integrada”. Foi possível, portanto, graças aos avanços tecnológicos na área da informática e das comunicações, responsáveis pela comunicação e integração entre as unidades industriais em diferentes partes do mundo.
“O TERCEIRO PROCESSO, as ações internacionais de governos, decorreu dos dois anteriores
somados à necessidade da intervenção do Estado na economia e na definição dos projetos de
cooperação internacional”. Criação das organizações governamentais mundiais, ONU, FMI, blocos econômicos.
“Derivou-se do desgaste dos poderes clássicos dos Estados nacionais e do emprego crescente de instrumentos de política econômica internacional coerente com a tendência de internacionalização do capital e do trabalho pela empresa multinacional”.
	pp. 05
	Washington Consensus. Prevê a estabilização da economia (combate à inflação); realização de reformas estruturais (privatizações, desregulamentação do mercado, liberalização financeira e comercial); e retomada dos investimentos estrangeiros para alavancar o desenvolvimento.
“Os três processos combinados contraditoriamente, a necessidade de movimentos internacionais de capitais, a produção capitalista internacional e a existência de ações de governos a nível internacional, estão na base da formação do mercado mundial, que derivou da posição internacional alcançada pelas empresas multinacionais norte-americanas gestadas na perspectiva monopolista do capitalismo, desde o final do século XIX”.
“A INTERNACIONALIZAÇÃO decorreu dos processos de evolução dos diferentes setores industriais a partir de uma crescente integração dos fluxos de conhecimentos técnicos, matérias-primas, bens intermediários, produtos e serviços finais através de diversos países do mundo”.
“A MULTINACIONALIZAÇÃO originou-se do processo de transformação das empresas nacionais em empresas internacionais e multinacionais através da expansão por diferentes países via abertura de filiais, aquisições, fusões, associações etc”. Internacionalização, multinacionalização e mundialização são fenômenos interconectados, são expressões do processo de transformação do capitalismo industrial e financeiro, centrado principalmente nas economias nacionais, para um capitalismo centrado na economia mundial.
	pp. 06
	“A base da natureza das novas alianças entre as empresas multinacionais e os Estados nacionais está no fato de que essas empresas precisam do Estado nacional para poder enfrentar a mundialização, porém, para se mundializar, e o Estado nacional precisa das empresas mundializadas para garantir sua legitimidade”.
“Os capitalistas das multinacionais estão em todos os países onde elas atuam; o mercado da multinacional não é somente o dos países industrializados; a mundialização do capitalismo uniu dialeticamente, o
mercado dos países altamente industrializados com todos os demais de média ou pequena presença industrial”. 
A MUNDIALIZAÇÃO E A AGRICULTURA CAPITALISTA
“No interior desse processo de mundialização e do neoliberalismo, a agricultura que antes baseava-se na produção dos camponeses sustentada por fortes subsídios agrícolas, na revolução verde, na agroquímica, no sistema de estoques governamentais, e tinha na FAO seu órgão mundial, passou a conhecer um profundo processo de mudança”. Primeiro, foi a pregação neoliberal contra os subsídios, e consequentemente, contra a agricultura de base familiar camponesa. Segundo, o fim dos estoques governamentais e a substituição das políticas de soberania alimentar pela política de segurança alimentar, sacada da área da saúde pública e alçada para a área das políticas públicas de abastecimento alimentar. Terceiro, a substituição dos estoques governamentais pelos estoques das multinacionais e o mercado como único regulador. Quarto, a criação da Organização Mundial do Comércio - OMC, como órgão mundial de regulação e de decisões mundiais entre os países com contendas comerciais
“A agriculturasob o capitalismo monopolista mundializado, passou a estruturarse sobre três pilares: na produção de commodities, nas bolsas de mercadorias e de futuro e nos monopólios mundiais”.
	pp. 06-07
	Primeiro, visou transformar toda produção agropecuária, silvicultura e extrativista, em produção de mercadorias para o mercado mundial. Segundo, as bolsas de mercadorias e futuro tornaram-se o centro regulador dos preços mundiais das commodities. Terceiro, a constituição dos monopólios mundiais permitiu o controle monopolista da produção das commodities do setor.
	pp. 07
	A MUNDIALIZAÇÃO DA AGRICULTURA E A CRISE DOS ALIMENTOS
Dois processos monopolistas comandavam e comandam a produção agrícola mundial. “Territorialização dos monopólios e a monopolização do território. As empresas monopolistas do setor de grãos, atuam como players no mercado futuro das bolsas de mercadorias do mundo, e, muitas vezes têm também, o controle igualmente monopolista da produção dos agrotóxicos e dos fertilizantes”.
“A crise tem dois fundamentos. O primeiro referia-se na época, à alta dos preços internacionais do petróleo e consequente elevação dos custos dos fertilizantes e agrotóxicos. O segundo era consequência do aumento do consumo, mas não do consumo direto como alimento como queria fazer crer o governo brasileiro, mas sim da opção norte-americana da produção do etanol a partir do milho”. Redução dos estoques internacionais de cereais, junto da elevação dos preços e dos demais grãos.
	pp. 08
	A TERRITORIALIZAÇÃO DOS MONOPÓLIOS NA AGRICULTURA
“A territorialização dos monopólios atua simultaneamente, no controle da propriedade privada da terra, do processo produtivo no campo e do processamento industrial da produção agropecuária. Esse processo deriva da especificidade de dois setores: o sucroenergético e o de celulose e madeira plantada e da relação entre capital nacional e estrangeiro”.
	pp. 09
	“O setor de celulose e madeira plantada onde também predomina o processo de territorialização do monopólio, apresentam aparentemente processo inverso ao setor sucroenergético, ou seja, são os grupos nacionais "comprando", quer dizer fundindo-se comgrupos internacionais”.
	pp. 10
	A MONOPOLIZAÇÃO DO TERRITÓRIO NA AGRICULTURA
“A monopolização do território é desenvolvido pelas empresas de comercialização e/ou processamento industrial da produção agropecuária, que sem produzir no campo, controlamatravés de mecanismos de subordinação, camponeses e capitalistas produtores do campo. As empresas monopolistas atuam como players no mercado futuro das bolsas de mercadorias domundo, e, às vezes controlam a produção dos agrotóxicos e fertilizantes”.
“Muitos desses processos de fusões, associações e aquisições foramfeitas com a participação do BNDES e dos fundos de pensão dos trabalhadores das estatais brasileiras”. Parte do proletariado tem interesse direto na lógica capitalista de produção desses empreendimentos onde são acionistas, às vezes, até tornando-se majoritários como é o caso da Vale.
	pp. 11
	
	pp. 12
	
	pp. 13
	
	pp. 14