Buscar

Direito de Família - Guarda e Direito de Visita

Prévia do material em texto

Direito de Família - Guarda e Direito de Visita 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
Instagram: geraldobatista1959 
 
1. Introdução 
 
Quando ocorre um processo de separação há mudanças significativas 
na vida das pessoas envolvidas. Mas, a responsabilidade em relação 
aos filhos permanece e a definição em relação a guarda e visitas visa 
garantir o cumprimento dos deveres e a observação dos direitos 
relacionados aos pais e aos filhos. 
 
2. A Guarda 
 
a) A guarda pode ser unilateral ou Compartilhada. 
 
 Guarda unilateral. É atribuída a apenas um dos genitores, 
sendo que a outra parte mantém o direito de visitas e o de 
acompanhar e supervisionar as decisões quanto à criação do 
filho. 
 
Observação. Neste caso, quem não estiver com a guarda 
deverá contribuir para o sustento do filho, mediante o pagamento 
de pensão alimentícia. 
 
Art. 1.583 do Código Civil. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1º Compreende-se por 
guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 
5 o )... § 3 o A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os 
interesses dos filhos. 
 
 Guarda compartilhada. Todas as decisões que digam respeito 
à criação do filho devem ser compartilhadas entre as partes. 
 
Observações. 
 
 A criança não tem moradia alternada, ou seja, mora com um 
dos genitores e o outro tem livre acesso ao filho. 
 
 No caso da guarda compartilhada não há previsão específica 
quanto ao pagamento de pensão. Mas, poderá o juiz 
determinar que um dos pais pague em favor do filho, já que 
ambos devem contribuir para o seu sustento. 
 
 Ambos os pais compartilham todas as responsabilidades, 
tomam decisões conjuntas e participam de forma igualitária do 
desenvolvimento da criança. 
 
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1º Compreende-se por [...] 
guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e 
deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder 
familiar dos filhos comuns. § 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com 
os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre 
tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. 
 
b) Decisão sobre a guarda 
 
 A decisão sobre a guarda (menores) será sempre judicial, mesmo 
que haja consenso entre os cônjuges sobre a guarda dos filhos 
http://www.geraldofadipa.comunidades.net/
Direito de Família - Guarda e Direito de Visita 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
Instagram: geraldobatista1959 
 
(unilateral ou compartilhada), o acordo precisa ser homologado 
em Juízo. 
 
 Sempre que houver filhos menores, o divórcio ou a dissolução da 
união estável deverá realizar-se pela via judicial (e nunca em 
cartório), sendo a matéria obrigatoriamente analisada em Juízo, 
ouvindo-se o Ministério Público. 
 
 O mesmo ocorrerá na hipótese de o casal divergir sobre a guarda 
dos filhos. Neste caso, a questão será decidida pelo juiz, após o 
pronunciamento do Ministério Público, ouvindo-se, sempre que 
possível, a criança ou adolescente. 
 
c) Revisão da guarda 
 
 Toda e qualquer modalidade de guarda pode ser alterada 
judicialmente. 
 
Exemplo. No momento da separação o casal optou pela guarda 
unilateral, e agora deseja que seja compartilhada, pode solicitar 
em Juízo alteração. 
 
Observação. A alteração pode ser requerida, também, 
unilateralmente por uma das partes ou, ainda, pelo Ministério 
Público, caso existam circunstâncias que desaconselhem a 
permanência da criança com o detentor da guarda. É o que está 
esculpido no artigo 1.638 do Código Civil. 
 
Art. 1638 - Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I - castigar 
imoderadamente o filho; II - deixar o filho em abandono; III - praticar atos contrários à moral e 
aos bons costumes; IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. 
 
3. Direito de Visita 
 
 O cônjuge, sem a guarda, poderá visitá-los e tê-los em sua 
companhia conforme acordado amigavelmente ou fixado pelo juiz. 
 
 A finalidade do direito de visita é evitar a ruptura dos laços de 
afetividade existentes no seio familiar e garantir à criança seu pleno 
desenvolvimento físico e psíquico. 
 
 A visitação é, também, um direito do próprio filho de com eles 
conviver, reforçando, com isso, o vínculo paterno e materno. O 
direito de visita estende-se aos avós. É o que consta no artigo 1.589 
do Código Civil. 
 
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em 
sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem 
como fiscalizar sua manutenção e educação. Parágrafo único. O direito de visita estende-se a 
qualquer dos avós, a critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente. 
 
FIM 
http://www.geraldofadipa.comunidades.net/

Continue navegando