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CONSTITUCIONAL - FEDERAÇÃO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS

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Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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SUMÁRIO 
 
1. DEFINIÇÃO DE FEDERAÇÃO: ...................................................... 3 
2. CLASSIFICAÇÃO OU TIPOLOGIA: ................................................ 3 
3. CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO: ........................................... 4 
3.1. CARACTERÍSTICAS DE CONSTITUIÇÃO: ................................ 4 
3.2. CARACTERÍSTICAS DE CONSERVAÇÃO: .............................. 11 
 
 
 
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TEORIA DO ESTADO: 
-ESTADO FEDERAL- 
1. DEFINIÇÃO DE FEDERAÇÃO: 
Podemos definir federação como forma de Estado que tem duas grandes 
características: 
a) Na federação toda e qualquer entidade política possui autonomia e a Federação 
possui soberania. Unidade da soberania e pluralidade da autonomia. 
b) Criação a partir de uma constituição (Federal). 
 
Como exemplo temos os EUA, Alemanha, Argentina. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO OU TIPOLOGIA: 
Não há dúvidas que temos Federações distintas a exemplo da brasileira e a americana. 
 
Conforme DIRCÊO TORRECILLAS RAMOS (Federalismo assimétrico), temos que levar 
em conta o critério da formação histórica, propondo-se a seguinte classificação: 
a) Federação Centrípeta: É Aquela criada historicamente por agregação. No caso 
dos EUA, por exemplo, a sua origem está nos Estados. Assim, o movimento é dos 
Estados em direção à União, ou seja, da periferia em direção ao centro. 
 
b) Federação Centrífuga: É Aquela criada historicamente por segregação. Este é 
o caso Brasileiro. Tínhamos um Estado unitário e posteriormente a república. 
Nossa origem se dá da União em relação aos Estados, ou seja, do centro para a 
periferia. 
 
Essa classificação explica o motivo de o perfil da federação americana ser descentralizada 
e a brasileira ser uma federação centralizada, mantendo a União a concentração de poderes 
que sempre teve historicamente. 
 
 
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3. CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO: 
O autor aqui a ser analisado é o professor MICHEL TEMER. 
De acordo com ele, há uma distinção entre características de CONSTITUIÇÃO e de 
CONSERVAÇÃO. Vamos analisar 3 características de cada uma. 
 
3.1. CARACTERÍSTICAS DE CONSTITUIÇÃO: 
 
a) União de entidades políticas autônomas, simbolizada pelo vínculo 
indissolúvel entre entes federativos, revestidos de auto-organização, 
autogoverno e autoadministração: 
Deverá haver autonomia política. 
 
Autonomia quer dizer autodeterminação do Estado. É a Capacidade dada ao Estado de se 
autodeterminar conforme sua própria vontade. 
A autonomia é considerada um gênero que se divide em: 
 
i) Auto-organização: Capacidade de elaboração de constituição própria ou de 
instrumento análogo a ela (DF e Municípios que possuem leis orgânicas). 
ii) Autogoverno: Capacidade de criação dos órgãos supremos e de escolhas dos 
agentes públicos que irão desempenhar as atribuições. 
iii) Autoadministração: Capacidade de prestação de serviços públicos por órgãos 
próprios. 
 
ATENÇÃO: Importante destacar que a Federação não aceita a quebra do vínculo 
federativo (secessão). Este vínculo é eterno, indissolúvel. 
 
Podemos fazer uma correlação entre o Art. 1º, Art. 18 e o Art. 34, I da CF. Estes 
dispositivos, embora utilizem a mesma palavra, há sentidos distintos (relação de distinção) e, no 
caso do Art. 34, I uma relação de causalidade. 
 
No Art. 1º está escrito “união” (com inicial minúscula). Todavia, no Art. 18 
temos “União” (inicial maiúscula). Qual a distinção? 
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No artigo 1º, “união” quer dizer vínculo [federativo]. No caso do artigo 18, temos a 
ENTIDADE. 
 
No Art. 34, I da CF temos o caso da intervenção federal para evitar o separatismo. O art. 
1º da CF é a causa (o vínculo não pode ser quebrado) enquanto o art. 34, I é a consequência. 
 
 
b) Bicameralismo de maneira a possibilitar a participação da vontade parcial na 
formação da vontade geral: 
Vamos dividir essa característica em duas partes. 
 
i) Bicameralismo: O poder legislativo da União é dividido em 2 casas. Esta 
característica só se aplica à União. Nos demais entes, temos unicameralismo. 
Podemos separar Câmara e Senado da seguinte forma: 
CÂMARA 
 
SENADO: 
Representantes do Povo. Ou seja, 
Representação popular. 
Representantes dos Estados e DF. 
Temos a chamada representação 
FEDERATIVA 
 
Sistema Eleitoral PROPORCIONAL. 
Mandato alcançado pela força 
demonstrada pelo partido político. 
Ao legislativo todo se aplica esse 
sistema, com a ressalva do Senado. 
Aqui é o partido que faz o candidato 
eleito. 
 
Temos o quociente eleitoral e o 
quociente partidário. 
1) O quociente eleitoral é obtido 
com o total de votos válidos 
divididos pelo total de cargos a 
serem ocupados; 
2) O quociente partidário segue 
o seguinte: O partido político 
fará tantos candidatos eleitos 
quantas as vezes que tiver 
alcançado o quociente eleitoral. 
Os mais votados dentro do 
quociente serão eleitos. 
Sistema Eleitoral MAJORITÁRIO. 
O mandato eletivo é alcançado pelo 
número de votos obtidos pelo 
candidato. O mais votado é 
considerado eleito. Só é aplicado ao 
legislativo NESTE ÚNICO CASO, 
pois é um sistema aplicado no 
Executivo. 
 
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513 membros para mandatos de 4 
anos e é possível renovação total. 
 
81 membros para mandatos de 8 
anos e renovação parcial de 1/3 ou 
de 2/3. 
 
 
ii) Garantia de que a vontade regional participe de modo efetivo da vontade 
geral ou nacional: A garantia é justamente o Senado. Isso pelo fato de que no 
Senado temos composição paritária de membros. Assim, o Senado tem a missão de 
reequilibrar a Federação, neutralizar interesses regionais. 
 
Isso tem consequências jurídicas (Senado é a casa revisora – para que possa falar por 
último). Também tem consequências políticas (o domínio político da câmara pertence ao sul e 
sudeste, enquanto no senado o domínio político maior é norte e nordeste, pois concentra maior 
número de Estados). Ainda, é possível verificar uma consequência de cunho arquitetônico 
(câmara se volta pra cima – inovação; e senado para baixo – função de equilíbrio; além dos 
prédios com passarelas ao meio). 
 
c) Repartição constitucional de competências: 
Temos 3 grandes questões aqui: 
 
i) Definição – O que é e como definir competência: 
Em processo, fala-se que competência é limite ou medida. 
Podemos afirmar que no Direito Constitucional é limite ou medida imposta ao poder político 
na Federação. 
 
ii) Direito Comparado: 
O critério universal para repartir competência é sempre o da PREDOMINÂNCIA OU 
PREPONDERÂNCIA DO INTERESSE. Não se trata de exclusividade do interesse, mas sim de 
predominância. 
Matérias cujo interesse seja nacional, em princípio será da competência da União. Sendo 
regional, em regra será competência dos Estados e, sendo local, a competência será 
predominante do município. 
 
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iii) Como o Brasil reparte competência: 
Citemos aqui FERNANDA DIAS ALMEIDA. 
Conforme a autora, temos 2 planos diferentes: repartição em plano horizontal e 
repartição vertical. O plano vertical foi criado a partir da Constituição de 1934. 
 
Vamos a cada um: 
a) Plano horizontal: Temos a distribuição de matérias distintas entre as entidades 
federativas, compreendendo as competências exclusivas e privativas de cada unidade 
da federação. 
b) Plano vertical: Temos a distribuição de matéria idêntica entre as entidades 
federativas, compreendendo as competências comuns e concorrentes de todas as 
unidades da federação. 
 
Vamos aprofundar os planos... 
 
PLANO HORIZONTAL: 
Dois detalhes aqui sãoimportantes: 
 
a) Que valor central esse plano congrega? O valor é o da compartimentação. Ou 
seja, fraciona-se o poder e divide-se entre cada ente. Esse valor é de influência 
americana. 
b) Espécies: Temos aqui as competências exclusivas e as competências 
privativas. O critério para distinguir essas duas competências é a delegabilidade. 
Competência exclusiva é INDELEGÁVEL, já a competência privativa é DELEGÁVEL. 
A Constituição prevê essas competências nos artigos 21 (exclusiva) e 22 
(privativa). 
O Art. 22 exige Lei Complementar para que haja a delegação; só pode ser feita a 
Estado; e deve-se especificar a matéria. Como exemplo temos um único caso: LC 
103/2001 (delegação para o piso salarial ao Estados). 
Cuidado: Nem sempre a CF utiliza as expressões “privativa” ou “exclusiva” de forma 
técnica a exemplo do Art. 84 da CF (onde temos atecnia grosseira). 
 
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PLANO VERTICAL: 
Temos aqui os mesmos pontos: 
a) Que valor central esse plano congrega? 
Aqui temos o valor do compartilhamento, valor de influência alemã. 
 
b) Espécies: Temos as competências comuns e concorrentes. A ideia aqui é de 
cumulatividade ou não. 
A competência comum é cumulativa (atuação de um ente não exclui a do outro), 
enquanto a concorrente é não cumulativa (atuação de um exclui a atuação do 
outro, um subtrai a competência do outro). Temos a regulação nos Arts. 23 
(Competência comum-cumulativa) e 24 (Competência concorrente) da CF. 
 
ATENÇÃO: O Art. 24 compreende o Município ou não? Município legisla sobre 
meio ambiente, por exemplo (Art. 24, VI)? 
Na visão do STF (Art. 30, II), o artigo 24 compreende os municípios, pois detém 
competência suplementar. Há condomínio legislativo de todos os entes. 
 
 
Premissa Hermenêutica: A União edita NORMAS GERAIS. 
 
Conforme ALICE GONZALEZ BORGES, norma geral é aquela que contempla um 
princípio e não uma regra e tem aplicação uniforme em todo direito brasileiro. 
Se a União já produziu a norma geral, aplicamos o Art. 24, §2º: 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui 
a competência suplementar dos Estados. 
 
Se a União não editou a norma geral, aplicamos os §§ 3º e 4º: 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia (não revoga!! Revogação pressupõe fontes iguais) da lei 
estadual, no que lhe for contrário. 
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JURISPRUDÊNCIA: 
 
Art. 21 da CF: TELECOMUNICAÇÃO: 
Compete à União (Art. 21, XI): 
XI - explorar, diretamente ou mediante AUTORIZAÇÃO, concessão ou 
permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que 
disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão 
regulador e outros aspectos institucionais 
Para o Direito Administrativo, temos 2 grandes importâncias aqui: 
 
a) Existe autorização de serviço público ou apenas a Concessão e a Permissão? 
Isso por que a somente a concessão e a permissão necessita de licitação. 
Aqui, perceba que a CF permite a autorização nesses casos. Como exemplo concreto, 
temos os serviços de Táxi. 
 
b) Regulação de serviço públicos: Temos neste dispositivo um caso previsto na CF de 
possibilidade de órgão regulador para estes serviços. 
 
 
Art. 22 da CF: MENSALIDADE ESCOLAR: Pode o Estado legislar sobre isso, reduzindo 
mensalidade? (INFO 1019) 
 
Conforme o STF, essa matéria está ligada ao Art. 22, I, ou seja, matéria legislativa 
privativa da União. Trata-se, portanto, de matéria de Direito Civil. 
Situação Fática: 
A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) ajuizou no STF a 
ADI 6445, contra a Lei estadual 9.065/2020 do Pará, que estabelece o desconto obrigatório de 
no mínimo 30% das mensalidades escolares na rede privada de ensino durante a pandemia da 
Covid-19. A entidade, que já contestou leis semelhantes do Ceará e do Maranhão, alega que a 
norma viola a competência privativa da União para legislar sobre Direito Civil, pois o pagamento 
da mensalidade é uma relação contratual entre as partes. Aponta que a lei contraria os princípios 
da livre iniciativa e da autonomia universitária, pois afeta também as faculdades particulares. 
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Para a confederação, a lei paraense viola ainda o princípio da igualdade, pois os dependentes do 
Prouni (Programa Universidade para Todos) e do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) estão 
excluídos do desconto, enquanto alunos que possuem capacidade financeira melhor são 
contemplados pelo benefício. 
 
A norma é constitucional? 
NÃO! 
O Supremo Tribunal Federal reconheceu a natureza de direito civil das normas incidentes 
sobre a contraprestação de serviços de educação, por tratarem de questão relacionada aos 
contratos. A lei impugnada, ao dispor sobre os termos em que serão descontados valores nas 
contraprestações pactuadas entre as instituições de ensino e os estudantes, interfere na essência 
do contrato, de maneira a suspender a vigência de cláusulas contratuais que estão no âmbito da 
normalidade dos negócios jurídicos onerosos. Não se cuida, portanto, de típica disciplina acerca 
da proteção do consumidor contra eventuais ações abusivas por parte dos prestadores de serviços 
educacionais. De modo que caracterizada usurpação da competência privativa da União 
para legislar sobre direito civil. 
Ademais, além de o ato legislativo estadual contrariar disciplina federal existente sobre o 
assunto, não se verifica peculiaridade regional a justificar um regramento específico quanto aos 
efeitos da pandemia da Covid-19 em tais contratos. 
Sob o aspecto material, a norma impugnada contraria a livre iniciativa e interfere de forma 
desproporcional em relações contratuais regularmente constituídas. 
 
 
 
 
Art. 23: TRÂNSITO: Toda legislação deve ser Federal? 
 
A regra é o Art. 22, XI: compete à União legislar sobre trânsito e transporte. 
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Todavia, temos uma exceção (Art. 23, XII): Estabelecer e implantar política de 
educação para segurança do trânsito. Os casos mais comuns são as Blitz de Lei seca ou até 
mesmo criação de matéria curricular em escolas sobre educação para segurança no trânsito. 
 
ATENÇÃO: O STF entendeu que os aplicativos (Uber, por exemplo) também são 
questões relacionadas à matéria de Trânsito e por isso são de competência da União. 
 
 
Art. 24: COVID-19: Enfrentamento e vacinação: 
O STF entendeu que a matéria está disciplinada nos Arts. 23, II (competência comum 
– cuidar da saúde). Ou seja, compete a todos implementar políticas públicas. Além disso também 
o Art. 24, XII, competindo a todos os entes (incluindo o município). 
Assim, temos aqui CONDOMÍNIO ADMINISTRATIVO (Art. 23, II) e CONDOMÍNIO 
LEGISLATIVO (Art. 24, XII). 
Assim, temos: 
 
MATÉRIA ADMINISTRATIVA: 
 
MATÉRIA LEGISLATIVA: 
Competência comum (Art. 23, II) 
 
Competência concorrente (Art. 24, XII) 
 
 
Lembrar: A vacinação é compulsória, mas não forçada. 
 
 
3.2. CARACTERÍSTICAS DE CONSERVAÇÃO: 
 
a) Existência de órgão competente para controle de constitucionalidade de leis 
e atos normativos: 
Já tratamos de Controle de Constitucionalidade, mas aqui vale uma consideração: 
Quando se fala em existência de órgão competente para o controle, nem sempre será 
um órgão judicial ou mesmo um órgão especializado. Não há condição imposta para que 
a federação se conserve no sentido de o órgão ser apenas judicial. Inclusive, no Brasil temos 
controle político e também controle difuso (ou seja, não especializado). 
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b) Limitações ao poder constituinte decorrente: 
Aqui é importante aprofundarmos. 
O poder constituinte decorrente é o Estadual. 
Mas, qual a principal limitação imposta ao poder estadual? 
A principal limitação é o chamado princípio da SIMETRIA. Vamos agora abordar a simetria 
como essa principal limitação. 
 
O que quer dizer princípio da simetria? 
Quer dizer que as normas das constituições dos Estados e das Leis Orgânicas dos 
Municípios e do DF, NA MEDIDA DO POSSÍVEL, devem repetir as normas da 
Constituição Federal. 
 Vamos dividir o conceito em 3 partes: 
a) Normas das constituições dos Estados e das leis orgânicas dos Municípios e 
do DF: A simetria não é princípio constitucional implícito, pois temos previsão expressa 
nos seguintes dispositivos: O Art. 25, caput da CF trata da simetria nos Estados. No 
caso dos municípios, temos o Art. 29, caput. No caso do DF temos o Art. 32, caput; 
 
b) Na medida do possível: Simetria NÃO É REGRA, mas exceção. Isso porque quanto 
mais se aplica a simetria, mas se retira a autonomia dos entes, pois vão se vincular a 
um modelo criado para a União. 
Assim, a dúvida é saber quando se aplica a simetria: O critério é o EQUILÍBRIO 
FEDERATIVO. Se o ente ao adotar norma diversa comprometer o pacto federativo, 
então a matéria não está sujeita à simetria; 
Ex1: Igualdade entre os sexos. Caso um Estado não adotasse a regra da CF, teríamos 
aqui uma flagrante inconstitucionalidade e quebra do equilíbrio federativo. 
Ex2: Legitimidade ativa ad causam para ADI estadual. Não é matéria sujeita à simetria, 
desde que não seja exclusiva. 
 
c) Repetir normas da Constituição Federal: Aqui vamos utilizar da lição do professor 
JOSÉ ALFREDO BARACHO. Ele faz uma distinção entre normas de repetição e 
normas de imitação. Ambas apontam para uma identidade de conteúdo. Todavia, 
essas normas diferem quanto ao motivo dessa igualdade existir. Na norma de 
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repetição ela é igual porque não poderia ser diferente, enquanto na norma 
de imitação ela é igual, embora pudesse ser diferente. Ou seja, as normas de 
imitação não são normas passíveis de simetria, mas o Estado, DF e Município produz 
norma idêntica ao do texto Constitucional. 
 
2 considerações finais sobre a simetria. Vejamos alguns casos sobre a simetria no STF: 
 
1) Normas gerais de processo legislativo: 
Não podem os demais entes inovar nada sobre processo legislativo. 
 
 
2) Foro especial por prerrogativa de função 
Pode a Constituição Estadual estabelecer foro especial no TJ a uma autoridade do Estado 
cujo equivalente federal não tenha foro especial? 
 
Exemplos: Vereador, Procurador da Assembleia legislativa, Defensor público do Estado 
etc. 
O STF mudou completamente sua posição pela terceira vez. 
A primeira posição do STF dizia que as normas eram válidas (posição adotada nos anos 
90). 
Em 2012 o STF passou a entender que as normas estaduais seriam válidas, SALVO O 
DELEGADO DE POLÍCIA. 
 
ATENÇÃO: EM 2019 o STF entendeu que a norma é INCONSTITUCIONAL, aplicando-se o 
princípio da simetria, exceto se a CF estabeleça esse foro, mesmo em plano estadual a exemplo 
do juiz e do promotor. 
 
 
 
 
 
 
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c) Intervenção Federal: 
Vamos trabalhar alguns pontos sobre a intervenção... 
 
1) Fundamento: 
Arts. 34 e 36 da CF. 
 
 
2) Definição: 
Trata-se do afastamento temporário e excepcional da autonomia política de uma 
entidade federativa. 
Vamos repartir o conceito... 
 
a) Afastamento temporário e excepcional: A intervenção possui duas características: 
a temporariedade e excepcionalidade. Durará o intervalo de tempo necessário 
para se reestabelecer a ordem rompida. Quanto à excepcionalidade, a intervenção só 
é cabível nos casos previstos de forma taxativa no texto constitucional. Assim, os 
Estados não podem ampliar as causas além das previstas na CF. 
 
b) Da autonomia política: O que se afasta na intervenção é autonomia política 
(organização, governo e administração). A intervenção, inclusive, pode ser apenas 
parcial desde que descreva o que se está afastando na autonomia. 
 
c) De uma entidade federativa: Quem sofre a intervenção federal? Hoje, a intervenção 
federal só recai sobre o Estado ou sobre o DF, não sofrendo o município tal intervenção. 
Se o município sofrer intervenção, será estadual. Todavia, no futuro pode ser que os 
municípios sofram intervenção federal se, conforme o Art. 35 da CF, tivermos: a) 
Território criado pela União e b) União subdivida o território em municípios. 
Assim, no futuro é possível a intervenção federal sobre municípios de territórios que 
venham a ser criados. 
 
 
 
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3) Pressupostos ou causas da intervenção: 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, 
EXCETO para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em 
outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios 
constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção 
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
I) Manter a integridade nacional: 
 
OBS: Lembre-se que o Art. 1º da CF é a causa do Art. 34, I e já tratamos anteriormente. 
 
Vamos a todos os incisos... 
II) Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra: 
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Trata aqui da invasão EXTERNA e a invasão INTERNA. 
 
Quanto à externa, vide Art. 84, XIX da CF. Com esse dispositivo, percebemos que o 
presidente toma duas medidas: uma de medida interna e outra de medida externa. 
a) Defesa interna: Decreta a intervenção no Estado que sofrer a invasão; 
b) Defesa externa: Declara guerra contra o invasor. 
 
Quanto à invasão interna, vide CPP no Art. 290 (prisão em flagrante em outra unidade 
federativa – possível desde que haja perseguição iniciada em seu próprio Estado). 
Aqui temos autorização legal que não configura, portanto, invasão. 
Assim, se uma unidade policial inicia perseguição em seu território e continua a perseguir 
o suspeito ingressando em outra unidade federativa, não temos invasão interna, haja vista a 
permissão feita no CPP. 
 
 
III) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública: 
Nas intervenções do RJ e de RR esse foi o fundamento. 
Devemos lembrar o seguinte: 
 
Em nenhum momento a CF se preocupa com a causa da hipótese, desde que seja grave. 
Não importa se a causa é natural ou humana. 
Sendo natural, teremos a CALAMIDADE PÚBLICA. Se a causa for social/humana, chamasse 
COMOÇÃO SOCIAL, que foi o caso do RJ e também de RR. 
 
 
IV) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação: 
Aqui, vide o Art. 2º da CF. 
Temos aqui a hipótese em que há coação de um poder sobre o outro. 
 
 
 
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V)Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior: 
 
Aqui, vide LC 101/2000, Art. 29. 
Dívida fundada é aquela que é assim considerada por Lei. O critério é unicamente legal: 
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as 
seguintes definições: 
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem 
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas 
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de 
operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses 
 
 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei: 
 
Devemos diferenciar a repartição de competência tributária da repartição de Receita 
Tributária. A primeira trata-se da possibilidade de atribuição, arrecadação e cobrança de um 
tributo. Já a segunda é a necessidade de divisão do que foi apurado com outros entes (exemplo: 
IPVA arrecadado que deve ser repartido com os municípios). 
Nessa hipótese da CF temos relação, portanto, com a receita. Assim, ao não dividir 
(omissão) a receita, temos a possibilidade de intervenção. 
 
 
VI - Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
A questão aqui é a seguinte: 
Não pagar precatório, pois não tem recurso é motivo para a intervenção federal? O que o 
STF pensa sobre isso? 
Em tese, seria sim um caso de intervenção federal. 
Todavia, conforme o STF, se houver a alegação de falta de recursos, não será motivo 
para intervenção federal. 
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Conforme o STF, aplica-se o princípio da razoabilidade: “se o Estado dispõe de um 
quadro de múltiplas obrigações a cumprir, deve-se assegurar ao Estado um juízo discricionário 
do cumprimento de suas obrigações”. 
 
A doutrina critica fortemente esse entendimento do STF já que esse tribunal entende haver 
um caso fortuito ou força maior. Conforme a doutrina, não há caso aqui de força maior e mesmo 
que fosse não excluiria o caso de intervenção, já que a CF não faz essa ressalva. 
 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida 
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e 
serviços públicos de saúde. 
 
Temos aqui os princípios constitucionais sensíveis. 
 
Questão relevante: 
Um fato grave que ameace ou lese direitos humanos é motivo para intervenção federal? 
Esse tema foi levado ao STF na IF 114. 
O STF entendeu que a gravidade de um fato por si só que ameaça ou lesa direitos 
humanos NÃO É MOTIVO suficiente para a Intervenção. Todavia, o que pode gerar a 
Intervenção é se o fato demonstrar que não há condição de dar resposta proporcional a ele, ou 
seja, a persecução penal. Assim, não sendo possível a persecução penal, é caso de intervenção 
federal. 
Portanto, deve-se separar o fato e sua gravidade da demonstração feita através desse fato 
de que não há condição mínima de dar persecução a ele. 
Vejamos a EMENTA: 
 
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- Intervenção Federal. 2. Representação do Procurador-Geral da República pleiteando intervenção 
federal no Estado de Mato Grosso, para assegurar a observância dos "direitos da pessoa humana", 
em face de fato criminoso praticado com extrema crueldade a indicar a inexistência de "condição 
mínima", no Estado, "para assegurar o respeito ao primordial direito da pessoa humana, que é o 
direito à vida". Fato ocorrido em Matupá, localidade distante cerca de 700 km de Cuiabá. 3. 
Constituição, arts. 34, VII, letra b, e 36, III. 4. Representação que merece conhecida, por seu 
fundamento: alegação de inobservância pelo Estado-membro do princípio constitucional sensível 
previsto no art. 34, VII, alínea b, da Constituição de 1988, quanto aos "direitos da pessoa 
humana". Legitimidade ativa do Procurador-Geral da República (Constituição, art. 36, III). 5. 
Hipótese em que estão em causa "direitos da pessoa humana", em sua compreensão mais ampla, 
revelando-se impotentes as autoridades policiais locais para manter a segurança de três presos 
que acabaram subtraídos de sua proteção, por populares revoltados pelo crime que lhes era 
imputado, sendo mortos com requintes de crueldade. 6. Intervenção Federal e restrição à 
autonomia do Estado-membro. Princípio federativo. Excepcionalidade da medida interventiva. 7. 
No caso concreto, o Estado de Mato Grosso, segundo as informações, está procedendo à 
apuração do crime. Instaurou-se, de imediato, inquérito policial, cujos autos foram encaminhados 
à autoridade judiciária estadual competente que os devolveu, a pedido do Delegado de Polícia, 
para o prosseguimento das diligências e averiguações. 8. Embora a extrema gravidade dos fatos 
e o repúdio que sempre merecem atos de violência e crueldade, não se trata, porém, de situação 
concreta que, por si só, possa configurar causa bastante a decretar-se intervenção federal no 
Estado, tendo em conta, também, as providências já adotadas pelas autoridades locais para a 
apuração do ilícito. 9. Hipótese em que não é, por igual, de determinar-se intervenha a Polícia 
Federal, na apuração dos fatos, em substituição à Polícia Civil de Mato Grosso. Autonomia do 
Estado-membro na organização dos serviços de justiça e segurança, de sua competência 
(Constituição, arts. 25, § 1º; 125 e 144, § 4º). 10. Representação conhecida mas julgada 
improcedente (STF - IF: 114 MT, Relator: NÉRI DA SILVEIRA, Data de Julgamento: 13/03/1991, 
Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 27-09-1996 PP-36154 EMENT VOL-01843-01 PP-00001) 
 
 
Prossigamos com os requisitos para a intervenção federal... 
 
 
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4) Requisitos da Intervenção: 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder 
Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal 
Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; 
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição 
do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
Tribunal Superior Eleitoral; 
III -- de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII; 
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de 
recusa à execução de lei federal. 
IV - de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação 
do Procurador-Geral da República, no caso de recusa à execução de lei 
federal. 
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as 
condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será 
submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia 
Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. 
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia 
Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte 
e quatro horas. 
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a 
apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o 
decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa 
medida bastar ao restabelecimento da normalidade. 
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de 
seus cargos a estes voltarão, salvoimpedimento legal. 
 
Temos aqui o seguinte gráfico para entender o processo da intervenção: 
 
 
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a) Espontânea: Decretada de ofício pelo Presidente da república. Não pressupõe que 
ninguém o provoque. 
 
b) Provocada: depende de uma provocação externa ao presidente. 
 
OBS1: O Art. 36 não se reporta a todos os casos do Art. 34, mas apenas a alguns. Assim, 
todas as hipóteses que a CF traz no Art. 34 e que estiverem no Art. 36 são intervenções 
provocadas. 
Portanto, temos 4 hipóteses de Intervenção espontânea, conforme o gráfico. 
 
OBS2: Solicitação implica pedido (ato discricionário, portanto, do Presidente). Em se 
tratando de Requisição, temos um ato vinculado. 
 
OBS3: A solicitação se limita ao Art. 36, I, primeira parte. O restante são situações todas 
de requisição. 
Vejamos: 
I - No caso do art. 34, IV, de SOLICITAÇÃO do Poder Legislativo ou do 
Poder Executivo coacto ou impedido (...) 
 
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@materiasdedireito.doc 
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Temos aqui, portanto, solicitação do Poder executivo ou do legislativo. 
 
Nos demais casos, temos requisição: 
a) Judiciário estadual coagido comunica ao STF, que requisita a intervenção; 
I –(...), ou de REQUISIÇÃO do Supremo Tribunal Federal, se a coação 
for exercida contra o Poder Judiciário. 
 
b) STF, STJ, ou TSE, a depender da matéria, requisitam a intervenção: Em 
matéria constitucional, a requisição será do STF. Sendo matéria legal eleitoral, será do 
TSE. Residualmente, em matéria legal não eleitoral (por exemplo: precatório), será do 
STJ a competência para requisitar. 
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição 
do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
Tribunal Superior Eleitoral; 
 
 
OBS4: Representação é ação proposta. Teremos uma ação proposta pelo PGR no STF. 
Sendo julgada procedente, o STF requisita a intervenção. Temos duas hipóteses: 
a) Art. 34, VII c/c Art. 36, III, initio; 
b) Art. 34, VI, initio c/c Art. 36, III, in fine. 
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de 
recusa à execução de lei federal. 
 
ATENÇÃO: Na hipótese do Art. 34, VI, initio c/c Art. 36, III, in fine, temos a chamada AÇÃO DE 
EXECUÇÃO DE LEI FEDERAL. 
Perceba que temos aqui um caso raro de competência do STF sobre legislação federal e 
não constitucional. 
 
Hoje, portanto, desde 2004 temos um caso em que o STJ tem competência 
constitucional e dois casos em que o STF tem competência sobre matéria que envolve 
lei federal. 
Vemos a tabela: 
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STJ: 
 
STF: 
 
Art. 109, §5º da CF – IDC 
 
 
Art. 102, III, d – RE quando a 
decisão recorrida julga válida lei 
local contestada em face de lei 
federal 
 
 
Art. 36, III, in fine. 
 
 
 
 
É isso, meus caros. Espero que tenham gostado do material! 
Compartilhem e divulguem. Bons estudos!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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