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AD2 - TEORIA DA LITERATURA I

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
Disciplina: Teoria da Literatura 1 
Coordenador: José Luís Jobim 
Aluno(a): Ana Gabriela Medeiros Silva 
Polo: Nova Friburgo 
Matrícula: 22113120011 
AD 2 - 2022/ 2 
 
A. Assinale as opções que não se referem às características do Romantismo no Brasil 
(valor total: 1,5): 
(X) A exaltação do eu e a predominância da expressão dos sentimentos pessoais, 
especialmente na terceira geração de românticos. 
( ) A exaltação da natureza como forma de escapismo da realidade, bem como uma 
maneira de exaltar as características nacionais. 
( ) A representação idealizada do índio, cujo caráter ilibado e força física reforçam a 
simbologia da origem da nação. 
( ) O sentimentalismo exacerbado, a exaltação da morte e o lamento de amores 
impossíveis. 
(X) A preocupação em discutir a relação entre nacionalismo e cosmopolitismo. 
 
B. Dentre as características que se referem ao Romantismo no Brasil, escolha uma 
das opções acima e discorra sobre ela (valor total: 1,5): 
“A exaltação da natureza como forma de escapismo da realidade, bem como uma 
maneira de exaltar as características nacionais. “ 
Para Novalis, um dos primeiros românticos, a poesia deveria ser uma conexão, 
uma ligação entre o homem e natureza que o cerca. Muito mais do que simples plano 
de fundo, um mero cenário, a natureza é projetada no movimento romântico como algo 
divino, celestial, um lugar repleto de profundidade e pureza, intocado pelas convenções 
sociais e a corrupção da civilização. Deste modo, o mundo externo é apresentado como 
uma forma de expressão, uma projeção dos sentimentos e do estado de espírito do eu 
lírico, em seu âmbito mais íntimo e oculto. A busca por esse lugar imaculado, leva a uma 
das principais características do Romantismo: o escapismo. Desejando se afastar da 
realidade e do cotidiano, os artistas mergulham em devaneios e fantasias a fim 
encontrar esse mundo abstrato, distante da deturpação da sociedade 
No Brasil recém-independente, essa característica de exaltação da natureza 
ganha novos rumos, já que não representava simplesmente a idealização, o escapismo 
de realidade, e sim uma maneira de celebrar umas das características mais marcantes, 
únicas e belas do país, sua fauna e sua flora. Logo, em um momento de grandes 
transformações, onde os autores tinham a formação de um sentimento nacionalista 
como temática paras suas obras, as belezas naturais ganham papel de destaque nas 
produções do movimento romântico brasileiro, principalmente em seu primeiro 
momento. No célebre poema de Gonçalves Dias “Canção do exílio”, por exemplo, essa 
exaltação do ecossistema nacional é expressa de maneira clara logo em seus primeiros 
versos “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá; /As aves, que aqui gorjeiam, 
/Não gorjeiam como lá.” 
Ademais, a natureza brasileira se relaciona muito com o já citado sonho por uma 
terra idílica, intocada pelo homem, e com a figura do Bom Selvagem apresentada por 
Rousseau, ideais esses, que eram tão exaltados pelos românticos. Sendo a selva e o índio 
representantes desses paradigmas, como é possível ver nas obras de José de Alencar. 
 
 
C. Descreva a tipologia de cada gênero abaixo: 
Gênero épico ou narrativo (valor total: 3.0): 
O gênero épico é considerado umas das mais antigas manifestações literárias, 
nasce na antiguidade, marcado por histórias que descrevem feitos de um herói, lendário 
ou imaginário, geralmente possuidor de alguma habilidade extraordinária. Obras como 
“Ilíada” de Homero, “Eneida” de Virgílio e outras epopeias, são exemplos desse gênero 
nos seus primórdios. Em seu primeiro momento as produções épicas eram construídas 
sem registros escritos e compartilhadas pelos autores através da oralidade. 
 Ao longo dos séculos, as noções a respeito do gênero épico ou narrativo foram 
se transformando, já não mais se tratava somente das epopeias, outros subgêneros 
surgiram para fazer parte das espécies narrativas, como as novelas, os romances e os 
contos. A construção do cenário, do espaço onde a história se desenrola, dos 
personagens e de suas ações são importantes para a construção do enredo, e recebem 
um maio enfoque, isso somado a figura do narrador que é tão marcante no gênero, já 
que através dele é que se dá o tom obra, pois ele que faz a mediação entre os fatos 
ocorridos na história e o leitor. 
Caracterizado por obras de longa extensão, que podem ser em versos ou em 
prosas, o gênero narrativo/épico busca, desde suas origens, contar uma história, 
história essa que é uma representação da sociedade e simboliza as convicções, marcas 
e identidade do coletivo de todo um povo. 
 
Gênero lírico (valor total:2,0): 
A palavra lírico tem sua etimologia vinda do Grego e do Latim, e está relacionada 
a lira, um instrumento musical de cordas que servia como acompanhamento para a 
declamação de poemas na antiguidade, indicando a relação intrínseca que a música e a 
sonoridade possuem nos textos desse gênero. Ao contrário do Narrativo, o lírico, 
geralmente não se configura em criações de longa extensão, e sim em produções breves. 
Representado pela poesia, o poetas buscam provocar sensações no leitor e 
expressar as emoções presentes no interior de sua mente, pois no gênero lírico, contar 
ou relatar uma história, criar personagens e cenários, não faz parte do propósito do 
autor. Sendo assim, essas características são substituídas pelo subjetivismo, onde o eu-
lírico encontra em si mesmo, no seu estado de alma e nos seus próprios sentimentos, o 
material para a construção de sua obra. 
Em suma, a composições líricas são, em geral, produções breves, marcadas pela 
soma desse subjetivismo, desse caráter íntimo, com a musicalidade e o ritmo, 
construídos através da rima e da métrica. 
 
Gênero dramático (valor total: 2,0): 
Para Aristóteles, a arte é caracterizada como uma representação da natureza, 
essa mimese seria o fundamento para a produção artística. Por esse motivo o gênero 
dramático ganha bastante foco em “Poética”, já que segundo o filosofo os pontos 
centrais do gênero estão nessa capacidade de imitação. Conhecido também como 
gênero teatral, suas produções são compostas, em suma, com objetivo final para as 
encenações, para construção e apresentação de um espetáculo teatral. 
No gênero dramático, não há um narrador para descrever ou dissertar a respeito 
dos acontecidos no enredo, o dialogo protagoniza toda a construção da obra, através 
dele é que se destrincham os ocorridos da história, sendo assim, conforme as falas são 
ditas, o expectador toma conhecimento do que está acontecendo. As espécies 
dramáticas são a tragédia, a comédia, o auto e o drama, nos princípios do gênero, a 
tragédia e a comédia eram manifestações religiosas da cultura grega, e eram 
apresentadas nas festas ao deus do vinho, Dionísio.

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