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A liberdade religiosa

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TEOLOGIA
A LIBErDADE RELIGIOSA
A LIBErDADE RELIGIOSA
Produção Textual para Curso de Teologia apresentado à Universidade Nome da Universidade, como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas de Direitos Humanos; Fundamentos Antropológicos e Sociológicos; História Medieval e Moderna; História Contemporânea e Prática e Produção de textos
Tutor(a) à Distância: Cibelia Aparecida Pereira
Teresópolis-RJ
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
3	CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	10
	
	
INTRODUÇÃO
Diante do tema abordado “ a liberdade religiosa “, serão apresentados por meio de uma produção textual, a atual e grande problemática existente ao redor da intolerância religiosa, que atinge não somente o território nacional, mas também o mundial.
Com isso, o conteúdo apresentado será de modo informativo e dissertativo, visando apresentar a notoriedade do respeito e da consideração diante das grandes divergências oriundas entre os indivíduos, estando estas embasadas na teoria e também nas estatísticas, mostrando o quão grave tem sido a intolerância religiosa e como tem sido o seu progresso, indo do simples ao mais complexo, podendo gerar até a morte do ser humano.
Diante disso, podemos destacar a importância do tema abordado, pois os assuntos pertinentes as questões relacionadas à intolerância religiosa estão sempre em pauta, atualizada, podendo até ocasionar discussões sociais e divergências políticas entre os países.
Por esta razão, visando evidenciar a liberdade religiosa como um direito concedido pelo estado, objetivando todo cidadão (brasileiro) como básico direito, temos a Constituição Federal como principal garantidor dos direitos e deveres do nosso povo. Diante disso, temos em nosso país o estado laico, concedendo a cada indivíduo a liberdade de escolha e seguir a crença que quiser para a sua vida, tendo o respeito e a aceitação como garantia desse direito.
Para mais, o texto apresentado também abordará assuntos pertinentes as discriminações ocasionadas com o racismo, o preconceito, sendo estas tratadas não de modo isolado, mas como uma grande problemática que infelizmente estão inseridas aos mais diversos grupos sociais, estando estas enraizadas em um contexto sócio cultural.
Por fim, essa produção textual procura relatar o quão importante é a liberdade religiosa e como sua intolerância traz consigo problemas e conflitos sociais aos quais necessitam de mais atenção, de políticas públicas e dedicação dos órgãos responsáveis, afim de combater tais ações.
DESENVOLVIMENTO
A partir do momento em que o Brasil tornou se um país laico, a liberdade religiosa tornou se um direito básico de cada cidadão, permitindo a cada indivíduo o direito de escolha, mas também o de respeitar a decisão de cada um. Dessa forma, torna se indispensável e até mesmo obrigatória que a liberdade existente para as mais diversas crenças e tipos de religiões sejam aceitas e respeitadas. Com isso todos têm o direito de exercer suas crenças, ritos e profissões de fé em quem lhe for mais conveniente, ou seja, quem quiser, não importando aos mais diversos ataques preconceituosos e discriminatórios que possam vir acontecer por classes sociais, políticas ou por outros grupos religiosos.
Com isso temos explícito na Constituição Federal, não deixando dúvida, estando relatado no artigo 5°, inciso IV: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 (...) 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
No entanto, podemos afirmar que a intolerância religiosa ainda é vista com olhares estranhos por alguns indoutos ou maldosos e que reagem de várias maneiras, onde muitos agridem verbalmente, desprezam, agridem fisicamente, matam e até destroem patrimônios e casas. Com isso muitos vão na contramão do que pregam, utilizando o desamor, investindo na imposição da força e da violência por uma incessante busca por uma hegemonia religiosa, onde um grupo, população ou nação passem a exercer exclusivamente uma única religião.
Vale destacar que a motivação desses autores em disseminar o ódio e a violência contra a fé, nada tem contribuído, nem agregado valores a respeito de si ou aos outros, visto que a maldade e a ignorância ainda estão impregnadas em alguns indivíduos que acham que todos devem agir e pensar de igual modo, baseados em um juízo sem fundamento. Portanto a liberdade religiosa deve ser vista por todos como uma conquista social, devendo ser protegido e preservado, principalmente diante dos extremistas, aos quais estão dispostos a cometerem as maiores e mais diversas atrocidades em nome de um deus ou de uma religião. Ressaltando que tais atitudes individuais ou coletivas de tais agressores, não é justificável, não tendo nenhum respaldo ou direito em causar dano aos outros indivíduos, independente da causa: cor da pele, classe social, gênero, religião, entre outros.
A intolerância religiosa também está impregnada de egoísmo e ódio, onde muitos desses intolerantes atacam aos demais impedindo o direito de exercer a fé e a crença, além de impossibilitar que a diversidade de crenças seja conhecida por todos. O conhecer e o respeitar as religiões é de suma importância, pois grande parte em sua maioria está relacionada em amar ao próximo, o que deveria facilitar a convivência com o seu semelhante e não o afastamento e a indiferença.
Temos, portanto, relacionado a liberdade religiosa, os Direitos Humanos declarando que: “Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
Os Direitos Humanos por sua vez, apresentou se como grande contribuinte, trazendo respaldo e consistência ao direito de liberdade do ser humano em suas escolhas, podendo divergir na escolha de cada um de acordo com a cor, etnia, gênero, classe social entre outros. No entanto, é necessário respeitar a todos, ainda que as escolhas do próximo sejam completamente diferentes das nossas, devemos aprender a conviver com as diferenças. E se possível, proclamar a união, praticar o respeito e estabelecer a paz. Infelizmente ainda não vivemos no mundo ideal onde todos se respeitam e convivem com suas diferenças, além de amar o seu semelhante, mas estamos no mundo real, onde na atualidade muitas ações impensadas e imprudentes do ser humano têm causado consequências marcantes. Fato este que está evidenciado diariamente nos jornais e nos documentários. Não podemos deixar de lado as estatísticas, pois através dos dados podemos perceber que em somente seis meses, o Brasil sofreu com mais de 200 casos de intolerância religiosa, lembrando que o território nacional é um país laico, isto é, mesmo com ataques o brasileiro ainda pode exercer publicamente sua fé e seguir naquilo em que acredita.
Temos atualmente no Afeganistão, diversos cristãos sendo mortos asfixiado nas praças por exercerem uma fé diferente aos demais. Tais atrocidades dificilmente encontrará explicação, pois estão encharcados de tanto ódio. Muitos disseminam o ódio a fim de ser aceito em um grupo ou em uma comunidade, outros já fazem por repetição, enquanto outros começam inocentemente com brincadeiras e piadas, mas não se dão conta de que já estão ferindo os direitos constitucionais do indivíduo. Muitos ainda são influenciados pelo senso comum, ou seja, praticam porque seus pais, seus avós também praticaram. 
Tudo isto está relacionado também na religião. Podemosainda citar como os cristãos (evangélicos) e católicos são extremamente perseguidos pelos grupos islâmicos extremistas nas regiões da África, podendo ressaltar que o cristianismo ocupa o primeiro lugar no ranking com 31,25% da população religiosa mundial, isto é, com esta magnitude de contingente seria viável que tamanho grupo exercesse seus direitos e não sofresse perseguições religiosas, porém na prática e na real situação o cenário piora cada vez mais, pois segundo a ONG Portas Abertas o número de cristãos mortos aumentou em 40% em 2018. O protestantismo por sua vez, sendo esta a segunda maior religião no Brasil com 31% de cristãos brasileiros, ainda sim sofrem ataques diretos e indiretos, lembrando que ambos surgiram da mesma origem (Jesus Cristo) e que juntos possuem uma estimativa de 81% em todo território brasileiro.
Na contemporaneidade destacamos o Fascismo e o Nazismo como movimentos contrarrevolucionários, sendo o fascismo liderado por Mussolini e o Nazismo comandado por Hitler. Ambos dentro do seu domínio, procuraram dominar, conquistar por meio da força, investindo forte contra as ideologias de raças e das religiões, matando e perseguindo a muitos.
Atualmente, temos de modo subliminar a religião e política procurando viver separadamente, porém podemos destacar a importância da religião na formação do indivíduo. Enquanto que o Estado tende a respeitar a diversidade de crenças existentes nas populações, beneficiando a todos a liberdade de expressão. Ainda que muitas vezes seus ideais sejam plenos, podemos perceber que a interação entre a religião e Estado sempre estiveram ligadas, ainda que indiretamente, pois elas de dependem para subsistir. Muitos políticos procuram as religiões, a fim de beneficiar se em adquirir votos, enquanto que muitas religiões se envolvem politicamente com o Estado visando benefício e proteção. 
Do mesmo modo ressalto como é complexa uma mobilidade urbana nas políticas públicas, pois está relacionado o planejamento das cidades, podendo até interferir diretamente no bem-estar social da população, trazendo grande competitividade nas mais diversas áreas (moradia, trabalho, alimentação, e espaços públicos, entre outros), podemos perceber que no Brasil, onde temos um estado laico, ainda sim torna se necessário que os grupos religiosos, junto com a política, direitos e estatutos que regem as normas, repensem suas condutas e que incentivem, invistam, motivem, conscientizem e principalmente colocar se no lugar do outro e saber que se você for a um determinado lugar, como na China, poderá sofrer sanções por pertencer a uma determinada religião.
Por fim destaco a intolerância religiosa na Idade Média e Idade Moderna, onde muitos morreram por não aceitar uma determinada crença, onde uma religião influenciou a gestão de um governo e que na atualidade infelizmente ainda acontecem muitos casos relatados no Brasil de bullying, zombarias, discriminações e indo até o extremo que são os templos queimados, destruídos e seus adeptos mortos.
CONCLUSÃO
É fato de que a intolerância religiosa ainda está impregnada não somente no Brasil, mas em todo o mundo. No entanto, torna se necessário uma análise mais profunda diante das questões do preconceito, não somente generalizando, mas pontuando cada uma delas, como é o caso da intolerância religiosa sendo uma realidade mundial e que soma ainda mais com os mais diversos tipos de discriminação que infelizmente já estão presentes em toda nossa história, exemplo disso temos o racismo, a escravidão, as classes sociais, além das pessoas portadoras de deficiência.
Porém é necessário a consciência de que vários ou quase todos os tipos de preconceitos presentes na atualidade estão diretamente ou indiretamente relacionados aos comportamentos aos quais já foram criados, modificados e que, no entanto, continuam sendo reproduzidos por toda uma descendência chegando até aos dias atuais. Fato este que tem impedido e impossibilitado as ações governamentais a fim de combater tais comportamentos presentes no núcleo da sociedade, na verdade, muitos desses comportamentos estão fundamentados desde as primeiras civilizações, onde a vivência coletiva, acaba abrindo portas para uma consciência egoísta, exclusiva e consequentemente preconceituosa. É possível até mesmo que tais ensinos religiosos, em adorar e seguir a um único deus, permita também exclusividade e não aceitação, podendo até ser odiado por outros.
Toda mudança gera conflito, toda ação gera uma reação, ou seja, muitas dessas ações mesmo não sendo aceitáveis são justificáveis, pois são percebidas desde o momento em que olhamos para a história e observamos a existência de vários acontecimentos e ataques preconceituosos, chegando até aos dias atuais.
A própria história mostra-nos o ser humano na Idade Antiga e Média estando constantemente envolvido em disputas na intenção de conquistar territórios e espaços, o que acarretou em uma constante reprodução de guerras e conflitos tanto governamentais como territoriais. Mas voltando ao assunto relacionado aos grandes casos de preconceito, podemos destacar a revolução Francesa e a Russa, podendo ainda acrescentar o imperialismo nos territórios africano onde são explicitados os mais diversos casos de discriminação de classes e grupos sociais, onde a classe dominante volta se para expansão econômica e governamental.
Infelizmente são tantas questões raciais, políticas, discriminatórias, religiosas, sustentadas ao longo dos anos, trazendo prejuízo e perdas incontáveis a vida humana, que procura dentro de sua possibilidade não somente sobreviver, mas de viver com pura dignidade.
Perante a isso, é provável acreditar que a intolerância religiosa na atualidade pode ser vista como mais um galho que se ramificou de uma árvore má, acrescentando mais uma problemática que é o preconceito, independente do gênero, cor, classe social, entre outros, tendo a exclusividade de simplesmente atacar aos outros e criar divisões, ou seja, se o indivíduo não sofrer perseguição religiosa, consequentemente ele será alvo para outros tipos de discriminações como a cor da pele, por exemplo. Tudo acontece pelo fato de estar enraizado em nossa sociedade e por se tratar de um problema que não se resolve de modo simples e rápido.
Como já foi dito a respeito da mobilidade urbana no conteúdo do texto apresentado e sua eficácia mudança e transformação em beneficiar uma comunidade, nos inspira a acreditar na possibilidade de que é possível reverter estas situações. As ações governamentais são um grande instrumento para conscientizar uma nação, além das leis vigentes, torna se necessário a aplicabilidade com mais rigor, a fim de punir os agressores. O governo por sua vez, não trabalhará sozinho, mas poderá ter a participação das ONGS para auxilia-los no processo de conscientização, combate à discriminação, o preconceito, perseguição religiosa, xenofobia, bullying, e tantos outros. Objetivando como principais metas o estabelecimento da paz, o convívio social saudável, o respeito a liberdade de expressão, o direito de exercer seus direitos, liberdade religiosa, entre outros.
No entanto, não podemos deixar de falar dos avanços e das conquistas, pois temos a constituição federal brasileira como garantidor dos direitos adquiridos. Temos os Direitos Humanos assegurando os direitos básicos a todo e qualquer ser humano, não importando a classe social, religião, gênero, orientação sexual ou qualquer outro artifício que possa diferenciar dos outros seres humanos. Temos o Estado laico há mais de 120 anos, respeitando a liberdade religiosa, protegendo e garantindo o livre exercício das religiões, a fim de colaborar no exercício público. Com isso não somente o Estado, mas todas as diversidades de religiões devem aprender a saber conviver umas com as outras. Ainda que o cristianismo prevaleça em nosso pais, não podemos desconsiderar o crescimento de outras religiões que vão na contramão dos ensinos bíblicos.
REFERÊNCIAS
Silva, Thiago Juarez Ribeiro da. História medieval e moderna. Londrina: Editora e DistribuidoraEducacional S.A. 2019
Morte de cristãos aumenta 40% em 2018. Veja. Disponível em: https://veja.abril.com.br/mundo/morte-de-cristaos-aumenta-40-em-2018-diz-ong-portas-abertas/
Acesso em: 19 Out. 2021
RAMOS, Edith M. B.; ROCHA, Jefferson F. L. Liberdade religiosa como um direito fundamental: uma análise inicial. Revista do Curso de Direito, UFMA, São Luís, Ano III, n. 6, jun/dez 2013. Disponível em: http://www.puc-rio.br/pibic/relatorio_resumo2011/Relatorios/CTCH/EDU/EDU-Rodrigo%20de%20Souza%20Goulart.pdf
Acesso em: 19 Out. 2021
Índice de ataques religiosos no Brasil. Correi Braziliense. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2019/11/11/interna_cidadesdf,805394/religioes-de-matriz-africana-alvos-de-59-dos-crimes-de-intolerancia.shtml
Acesso em: 19 Out. 2021
Principais religiões mais seguidas no mundo. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Principais_grupos_religiosos#:~:text=De%20acordo%20com%20The%20World,outros%20(14%2C5%25).
Acesso em: 19 Out. 2021
SOARES, Ingrid. Em seis meses Brasil teve mais de 200 casos de intolerância religiosa. Correio Braziliense. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/11/03/interna-brasil,717238/em-seis-meses-brasil-teve-mais-de-200-casos-de-intolerancia-religiosa.shtml
Acesso em: 19 Out. 2021
BIAZOTTO, Thiago do Amaral. História Contemporânea. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2017.
http://www.planalto.gov.br/ccvil-03/constituicao/constituicao.htm (acesso em: 19 de Outubro de 2021)
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/direitos-humanos.htm (acesso em: 19 de Outubro de 2021)

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