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MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 1 
 
Exame físico do sistema respiratório 
 O exame físico do sistema respiratório compreende a inspeção, palpação, 
percurssão e a ausculta. Todos esses procedimentos devem ser feitos com o paciente 
sentado. 
Inspeção 
 O tórax do paciente é observado tanto com ele sentanto, quanto ele deitado. 
 Existem duas formas de inspeção: 
 Estática: Observa a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos e 
depressões. 
 Dinâmica: Observa-se o tipo respiratório, o ritmo, a frequência e a amplitude 
dos movimentos respiratórios e ainda a presença ou não de tiragem e expansibilidade dos 
pulmões. 
 Formas do tórax 
 As diferentes formas de tórax encontrados na espécie humana são em função das 
alterações ósseas da coluna vertebral, costelas e esterno. No adulto com o tórax normal, 
em geral, o diâmetro lateral é maior que o anteroposterior. 
 Tórax chato ou plano: Há a redução do diâmetro anteroposterior, além de 
achatamento com as escapulas se sobressaindo. É comum em indivíduos longilíneos e não 
tem significado patológico. 
 Tórax em tonel ou globoso: Caracterizado pelo aumento exagerado do 
diâmetro anteroposterior. É característico de idosos e de indivíduos com enfisema 
pulmonar. 
 Tórax infundibuliforme ou de sapateiro (pectus excavatum): É 
caracterizado por uma depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica. Em geral, 
é de natureza congênita, mas em casos raros pode ser adquirida. É comum em indivíduos 
com raquitismo e quando muito acentuado pode causar distúrbios pulmonares. 
 Tórax cariniforme (pectus carinatum): Caracteriza-se pelo esterno 
proeminente e costelas horizontalizadas, assemelhando-se ao peito de pombo ou quilha de 
navio ao nível de esterno. Pode ser congênito, como em alguns indivíduos com raquitismo, 
ou adquirido. Essa forma não compromete a ventilação pulmonar. 
 Tórax em sino ou cônico: Caracterizado pela parte inferior ser 
exageradamente alargada, lembrando a boca de um sino. É encontrado em pacientes com 
hepatoesplenomegalias e ascite. 
 Tórax cifótico: Caracterizado por uma curvatura da coluna dorsal, podendo 
ser congênita ou adquirida. Pode ser causada por tuberculose óssea (mal de Pott), 
osteomielite ou neoplasias. 
 Tórax cifoescoliótico: É caracterizado por um conjunto de alterações cifótica 
e escoliótica. Pode ser de origem congênita ou causada por alguma doença. Causa 
restrição da expansão torácica, causando insuficiência respiratória. 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 2 
 
 
OBS! Abaulamentos e depressões: Indicam lesão que aumentou ou diminuiu uma das 
estruturas das paredes ou de órgãos intratorácicos. 
 Tipo respiratório 
 Existem dois tipos de respiração: Em pessoas sadias, sentados ou em pé e de 
ambos os sexos predomina a respiração torácica (também chamada de costal), 
caracterizada pela movimentação predominante da caixa torácica. Já quando em decúbito 
dorsal, a respiração que predomina é a diafragmática, prevalecendo a movimentação da 
metade inferior do tórax e do andar superior do abdome. Em pacientes com fadiga ou 
paralisia diagramática, a parede abdominal tende a se retrair na inspiração. 
 Ritmo respiratório 
 Ritmo respiratório normal: Sucessão regular de movimentos respiratórios 
com profundidade mais ou menos igual. 
 Respiração dispneica: Sucessão regular de movimentos respiratórios 
amplos e desconfortáveis. Presente em pacientes com IC, enfisema pulmonar, bronquite, 
pneumonia, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural e anemias graves. 
o Platipneia: Dificuldade de respirar na posição ereta, aliviando ao deitar. 
o Ortopneia: Dificuldade de respirar mesmo na posição deitada. 
o Trepopneia: O paciente se sente mais confortável para respirar em 
decúbito lateral. Indicativo de ICC e derrame pleural. 
 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 3 
 
 Respiração de Cheyne-Stokes: É uma dispneia periódica, com incursões 
respiratórias cada vez mais profundas até a amplitude máxima. Então, os movimentos 
começam a diminuir gradativamente, até o paciente entrar em apneia. Após alguns 
segundos a sequência se reinicia. As causas mais comuns são IC, hipertensão 
intracraniana, AVCs e traumatismos craniocefálicos. O mecanismo de funcionamento é o 
seguinte: Aumento de [CO2] na 
apneiaativação do centro 
respiratórioaumento dos 
movimentos respiratóriosqueda 
na [CO2]o centro respiratório 
deixa de ser 
estimuladodiminuição da 
respiração. 
 
 Respiração de Biot: Caracteriza-se por apresentar a respiração com duas 
fases: a primeira, de apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos 
quanto ao ritmo e amplitude. 
Quase sempre indica grave 
comprometimento cerebral e 
as demais causas são as 
mesmas do ritmo de Chyene-
Stokes. 
 
 Respiração de Kussmaul (peixe fora d’água): Caracteriza-se por ter quatro 
fases: a) inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações 
rápidas e de pequena amplitude; b) apneia em inspiração; c) expiração ruidosa 
gradativamente mais profunda, 
alternadas com expirações 
rápidas e de pequena 
amplitude; d) apneia em 
expiração. A acidose diabética 
é sua principal causa. 
 
 Respiração suspirosa: Ocorre a execução de uma série de movimentos 
inspiratórios de amplitude crescente, 
seguidos por expiração breve e rápida. 
Outras vezes a respiração normal é 
interrompida por “suspiros” isolados ou 
agrupados. Traduz tensão emocional e 
ansiedade. 
 
 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 4 
 
 Tiragem 
 Durante a inspiração em condições normais, os espaços intercostais se deprimem, 
sendo mais visível na face lateral do tórax. Caso ocorra obstrução brônquica, o parênquima 
correspondente a esse brônquio colapsa e a depressão fica maior. A tiragem pode ser 
difusa ou localizada, isto é, supraclavicular, infraclavicular, intercostal ou epigástrica. 
Palpação 
 Na palpação se avaliam as estruturas da caixa torácica: pele, tecido subcutâneo, 
músculos, cartilagens e ossos. São avaliados a mobilidade da caixa torácica, lesões 
superficiais (forma, volume e consistência), sensibilidade, temperatura cutânea e o estado 
dos gânglios. 
 Expansibilidade ou mobilidade: Em ambas as manobras a seguir, o médico 
fica atrás do paciente e esse fica sentado e deve respirar profunda e pausadamente. 
o Dos ápices pulmonares: Pesquisa-se com ambas as mãos 
espalmadas, de modo que as bordas internas toquem na base do pescoço, os polegares 
apoiam-se na coluna vertebral e os dedos nas fossas supraclaviculares. 
o Das bases pulmonares: Apoia-se os polegares nas linhas 
paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem o ultimo arco costal. 
 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 5 
 
 Frêmito toracovocal: São correspondentes a vibrações das cordas vocais 
que são transmitidas a parede torácica e são percebidas pelas mãos do examinador. Ele é 
mais fraco em mulheres e nos indivíduos com parede torácica mais espessa a voz é débil. 
o Aumento do frêmito: Indica pneumonias e infarto pulmonar. 
o Diminuição do frêmito: Indica derrame pleural, espessamento da 
pleura, atelectasia, pneumotórax e enfisema pulmonar. 
 
Percusão 
 Inicia-se a percursão do tórax pela sua face posterior, de cima para baixo, ficando o 
médico atrás e a esquerda do paciente. Percute-se separadamente cada hemitórax. Numa 
segunda etapa, percute-se comparativamente e simetricamente as varias regiões. Para a 
percução lateral e anterior o paciente deve estar sentado ou eu decubito dorsal, para a 
posterior ele deve estar em pé. 
 O movimento de percusão é feito com a mão esquerda apoiada sobre a parede. Usa-
se o dedo medio para percursão com o movimento em flexão e extensão feitopelo punho. 
 Quatro tonalidades de som são obtidos: 
 Som claro pulmonar ou sonolidade pulmonar: Ocorre nas áreas de 
projeção do pulmão. 
 Som claro timpanico: Percebido no espaço de Traube. 
 Som submaciço: Percebido na região inferior do esterno. 
 Som maciço: Região inframamária direita (maciez hepatica) e precordio. 
Alteração na percussão 
 Hipersonoridade pulmonar: Indica aumento de ar nos alvéolos, como no 
enfisema pulmonar. 
 Submacicez e macicez: Ocorre a diminuição/desaparecimento da 
sonoridade pulmonar, indicando redução/inexistência de ar nos alvéolos. Ocorre em 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 6 
 
derrames ou espessamentos pleurais, pneumonias, tubérculo, infarto pulmonar e 
neoplasias. 
 Som timpânico: Indica ar aprisionado no espaço pleural (pneumotórax) ou 
em cavidade intrapulmonar. 
Ausculta 
 A ausculta pulmonar deve ser feita com paciente sentado, com o tórax descoberto e 
com o máximo de silencio. Inicia-se pela face posterior do tórax indo para a lateral e depois 
para a anterior. 
 Sons respiratórios normais 
 Som traqueal e respiração brônquica: O som traqueal se origina da 
passagem do ar pela traqueia e tem dois componentes inspiratório e expiratório (mais forte 
e prolongado). Além disso, há um intervalo silenciosos entre os dois. Ele é percebido na 
projeção da traqueia no pescoço e na região esternal. Já a respiração brônquica é o som 
traqueal audível nos brônquios de maior calibre, diferenciando-se por ter o componente 
expiratório menos intenso. 
 Murmúrio vesicular: São ruídos produzidos pela turbulência do ar ao se 
chocar com as cavidades pelas quais passa (bronquíolos para os alvéolos, por exemplo). 
Apresenta o componente inspiratório mais intenso, duradouro e alto, não havendo um 
intervalo silencioso. 
o Aumento do murmúrio vesicular: Ocorre quando o paciente respira 
amplamente e com boca aberta, após esforço, e em crianças e em pessoas emagrecidas. 
Ocorre também quando há doença pulmonar unilateral, sendo mais intensa no lado não 
afetado. 
o Diminuição do murmúrio vesicular: São inúmeras as causas da 
diminuição, tais como: pneumotórax, hidrotórax, espessamento pleural, enfisema pulmonar, 
obstrução de brônquio ou bronquíolos. 
 Respiração broncovesicular: É a “zona de transição” entre as duas 
anteriores, ou seja, apresenta características de ambas com inspiração e expiração com a 
mesma intensidade. Audível na região externa superior e interescapulo-vertebral direita e 
sua presença em outras regiões indica condensação pulmonar e atelectasia. 
 
 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 7 
 
 Sons respiratórios anormais 
 Descontínuos 
 Os sons anormais descontínuos são representados pelos estertores. 
 Estertores: São ruídos audíveis na inspiração e expiração, superpondo-se 
aos sons respiratórios normais. 
o Estertores finos: Ocorrem no final da inspiração e possuem frequência 
alta (agudos), curta duração e não se modificam com a tosse. São comparados ao ruído 
produzido pelo atrito entre cabelos ou fechar e abrir velcro. São produzidos pela abertura 
de vias respiratórias devido a pressão exercida por liquido ou exsudato no parênquima 
pulmonar (pneumonia e congestão pulmonar por IVE) ou por alterações no tecido de 
suporte das paredes brônquicas (doenças intersticiais pulmonares). 
o Estertores grossos: Ocorrem no início da inspiração e durante toda a 
expiração. Eles possuem frequência menor (mais grave), maior duração que os finos e 
sofrem alteração com a tosse. Origina-se da abertura e fechamento da via aérea que 
contem secreção mucosa e espessa e pelo afrouxamento nas estruturas de suporte das 
paredes brônquicas (bronquites e bronquiectasias). 
 
 Contínuos 
 Os sons anormais contínuos são representados pelos roncos, sibilos, estridor e pelo 
atrito pleural. 
 Roncos: São constituídos por sons graves que tem origem na vibração das 
paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando há estreitamento dos ductos por 
espasmo ou edema ou secreção (asma brônquica, bronquite, bronquiectasias e 
obstruções). São predominantes na expiração. 
 Sibilos: São constituídos por sons agudos que tem origem igual aos roncos. 
Aparecem tanto na inspiração, quanto na expiração, podendo ser múltiplos e disseminados, 
quando provocados por enfermidades que comprometem a arvore brônquica (asma e 
bronquite). 
 Estridor: É um ruído inspiratório produzido pela semi-obstrução da laringe ou 
da traqueia. Pode ser causado por difteria, laringite ou câncer. 
 Atrito pleural: Ocorre quando os folhetos pleurais mão deslizam 
corretamente um sobre o outro devido a presença de exsudato. É um ruído irregular 
presente na inspiração, com uma duração maior e mais grave. 
 
 
 
MOISÉS MOREIRA LOPES ATM24 FURG 8 
 
 
 Ausculta da voz 
 Ausculta-se a voz nitidamente pronunciada e a voz cochichada. Os sons produzidos 
pela voz e ouvidos na parede torácica constituem o que se chama ressonância vocal. 
Normalmente o som é incompreensível, mas quando o parênquima pulmonar está 
consolidado (em casos de pneumonia e infarto pulmonar) a transmissão é facilitada e as 
palavras ficam nítidas. No entanto, quando houver atelectasia, espessamento pleural e 
derrames ocorre a diminuição. 
 Pectorilóquia fônica: Ausculta-se voz nitidamente. 
 Pectorilóquia afônica: Ausculta-se voz mesmo se cochichada. 
 Broncofonia: Ausculta-se a voz sem nitidez. 
o Egofonia: Uma broncofonia com voz nasalada e metálica.

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