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Citologia, Histologia, Embriologia

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CITOLOGIA
1) Como é possível ver na Tabela 1, ao contrário das eucarióticas, as procarióticas não possuem organelas membranosas, bem como envoltório nuclear. 
 	Acredita-se que essas células, com estrutura e funcionamento bem simplificado, tenham sido os primeiros organismos do mundo vivo. 
Essas células apresentam uma parede esquelética (parede celular) externamente à membrana plasmática, com função de proteção. Dispersos no citoplasma ficam os ribossomos, auxiliando a síntese proteica, seu material genético se constitui de um único filamento emaranhado de DNA circular (ácido desoxirribonucleico) e este encontra-se mergulhado no hialoplasma da célula além de um plasmídeo. 
As células eucariontes possuem um envoltório nuclear individualizada e vários tipos de organelas.
Tabela 1 – Comparação entre as células procarióticas e eucariótica.
	ORGANELAS
	PROCARIONTE
	EUCARIONTE
	Retículo endoplasmático 
	–
	
	Mitocôndria
	–
	
	Vacúolo
	–
	
	Lisossomos
	–
	
	Complexo de Golgi
	–
	
	Membrana plasmática 
	
	
	Parede celular
	
	–
	Ribossomos
	
	
	DNA
	
	
	Plasmídeo 
	
	–
	Envoltório nuclear
	–
	
Simbolizando a ausência da organela (–) e a presença ().
Figura 1 – Desenhos ilustrativos da célula procariótica e sua estrutura, bem como da célula eucariótica (animal). 
As células animais são células eucarióticas, bem como as células vegetais, apesar destas últimas apresentarem em sua estrutura parede celular. Na tabela 2, estão listadas organelas e estruturas de ambas as células. A parede celular existe apenas nas células eucarióticas vegetais e nas células procarióticas. 
Tabela 2 – Comparação entre as células animal e vegetal.
	Célula Vegetal
	Célula Animal
	Núcleo
	Nucléolo
	Nucléolo
	Núcleo
	Mitocôndrias
	Ribossomos
	Retículo Endoplasmático
	Vesículas
	Ribossomos
	Complexo de Golgi
	Complexo de Golgi
	Retículo Endoplasmático
	Cloroplastos
	Centríolos
	Vacúolo
	Citoesqueleto
	Peroxisomos
	Peroxisomos
	Parede celular
	Mitocôndrias
	Membrana celular
	Vacúolo
	-
	Citoplasma
	-
	Lisossomos
	-
	Membrana celular
Figura 2 – Desenho ilustrativo da célula animal (A) e suas organelas e célula vegetal (B) e suas organelas. Carioteca atualmente corresponde ao envoltório nuclear; Citosol atualmente corresponde ao citoplasma; Parede celulósica = Parede celular. 
2) As membranas biológicas, especialmente, a membrana plasmática das células eucariontes desempenham um importante papel. Ela separa o meio intracelular do meio extracelular e possui permeabilidade seletiva. Sua estrutura é composta de uma bicamada lipídica, a estrutura dos lipídeos que compõem a membrana plasmática – uma "cabeça" hidrofílica, na qual possui afinidade com a água; e uma "cauda" hidrofóbica. A região hidrofílica interage com a água enquanto a região hidrofóbica interage entre sim. A dupla ligação dos lipídios promove a "quebra" da molécula, levando a característica de ocupar um maior espaço. Na bicamada lipídica, estão inseridas proteínas. Adicionalmente, associados às proteínas e os lipídeos encontram-se açúcares, constituindo as glicoproteínas e os glicolipídios.
Todas essas moléculas tornam a membrana flexível e a fazem se adaptar ao frio e calor. 
A composição química da membrana varia em torno de 40% de lipídeos e 60% de proteínas. A maior parte das funções da membrana plasmática está relacionada às suas proteínas.
Figura 3 – Ilustração da membrana plasmática. Sua estrutura é composta de modo geral por uma bicamada lipídica, proteínas inseridas nessa bicamada. Além disso, carboidratos (açúcares) ligados a proteínas ou lipídios. Figura retirada do A CÉLULA, 3. ed. – capítulo 7: Biomembranas.
Figura 4 – Ilustração detalhada dos ácidos graxos (lipídios) que formam a bicamada lipídica, a região hidrofóbica também é conhecida como região polar e região hidrofóbica de apolar. Figura retirada do A CÉLULA, 3. ed. – capítulo 7: Biomembranas.
3) A síntese das proteínas que compõem a membrana plasmática, é realizada nos ribossomos aderidos na superfície do retículo endoplasmático rugoso. Após serem sintetizadas e modificações pós-traducional ocorrer, vesículas advindas da própria membrana do retículo, são liberadas. Em seu interior, estão presentes as proteínas. Essas vesículas, então, se fundem com a membrana plasmática, uma vez que são compatíveis (mesma membrana biológica). Os demais componentes, lipídios e esteroides (colesterol) ocorre no retículo endoplasmático liso. 
4) A movimentação das proteínas através da membrana plasmática, está atrelada a fluidez da bicamada lipídica que acarreta a alteração de sua função fisiológica, consequentemente, tornando-a mais passível de difusão. A fluidez da membrana lipídica é mantida e controlada pelos próprios componentes da membrana, sendo assim, alteração na quantidade de componentes dessa estrutura biológica, tal como incorporação de colesterol e ácidos graxos, dentre outros, que alteram seu estado estrutural. Os ácidos graxos, principal lipídio que compõem a membrana plasmática, possui dois estados de saturação: saturado e insaturado. Quando os ácidos graxos são saturados, isto é, molécula que possui ligações simples entre seus carbonos, as caudas desses lipídios são estáveis em sua influência na movimentação de lipídios e proteínas sendo a membrana menos fluida. Em contraparte, quando as caudas dos ácidos graxos possuem insaturações (ligações duplas e simples entre os seus carbonos), ocorre uma maior movimentação de lipídios e proteínas pela bicamada lipídica, devido ao aumento da fluidez dessa estrutura. 
Figura 5 – Ilustração do modelo da membrana plasmática proposto por Singer e Nicolson. Nesse modelo, a membrana seria um mosaico fluido, na qual as proteínas encontram-se inseridas na bicamada lipídica. Figura retirada do A CÉLULA, 3. ed. – capítulo 7: Biomembranas.
5) Para as substâncias entrarem ou saírem da célula, é necessário que elas atravessem a membrana celular. O transporte de substâncias através da membrana permite a entrada de nutrientes na célula, a saída de metabólitos e a secreção de substâncias produzidas no interior da célula. A capacidade de permitir o transporte de substâncias faz da membrana plasmática uma importante estrutura reguladora da composição química da célula. 
Há diversas maneiras pela qual as substâncias podem atravessar a membrana celular. Algumas substâncias atravessam livremente a membrana plasmática – difusão simples, outras atravessam por meio de poros proteicos e há aquelas que se movem através da membrana com a ajuda de proteínas transportadoras – difusão facilitada. 
Esses processos permitem o transporte de íons e pequenas moléculas, entretanto, a membrana é capaz de transportar de uma só vez, grande quantidade de macromoléculas ou pequenas partículas.
Didaticamente, o transporte é dividido em dois tipos:
A. Transporte Ativo: quando há gasto de energia, sendo normalmente a molécula de ATP utilizada. 
B. Transporte Passivo: quando não há utilização de energia. 
6) Existem 3 forças: Osmose, Difusão Simples E Facilitada (Transporte Passivo). Na osmose, a água move-se, sem gasto de adenosina trifosfato (energia) pela célula, do meio menos concentrado para o mais concentrado através de uma membrana seletivamente permeável. Já em relação às duas formas de difusão, a simples se dá no cenário em que o soluto não precisa de facilitadores para passar pela membrana contudo, na difusão facilitada, é necessário um agente facilitador para que o soluto possa passar pela membrana
7) A endocitose é o processo de entrada de moléculas no citoplasma celular através de vesículas. Tal vesícula se forma devido a uma invaginação, um adentramento da membrana plasmática em direção ao citoplasma. Moléculas orgânicas grandes e substâncias utilizam a endocitose. A exemplo, podemos citar a entrada do colesterol para o meio intracelular. Existem três tipos de endocitose conforme a substância na qual está sendo absorvida. 
 fagocitose
 pinocitose
 endocitose mediada por receptor
A exocitose é a liberação de alguma molécula para o meioextracelular. Assim como na endocitose, a exocitose se utiliza de vesículas. Quando as vesículas interagem com a membrana plasmática, o conteúdo é liberado e os lipídeos das vesículas são incorporadas a membrana. A exemplo, podemos citar a secreção de hormônios das glândulas para a corrente sanguínea. 
8) Organelas Citoplasmáticas:
Núcleo Celular – envolto por uma membrana seletiva, o núcleo é onde fica o material genético, o DNA. 
Retículo Endoplasmático
 liso: apresenta poucos ou nenhum ribossomo em sua superfície. Responsável pela síntese de lipídios. 
 rugoso: associado aos ribossomos, esse retículo realiza o processamento das proteínas sintetizadas nos ribossomos. Essas proteínas são aquelas que compõem estruturalmente as outras organelas, tais como do retículo próprio endoplasmático, das vesículas secretoras, dos endossomos, do complexo golgiense, dos lisossomos. 
 Após o processo, ocorre a exocitose de tais proteínas envoltas na bicamada de membrana advinda do reticulo. 
Mitocôndria – responsável pela síntese da molécula ATP (adenosina trifosfato). Os processos de obtenção da ATP, sendo nas células eucariontes mamíferos de maneira geral e simplificada: glicose oxidada até piruvato; ciclo de Krebs e, por fim fosforilação oxidativa.
Complexo de Golgi – é a organela responsável pela modificação pós-traducional das proteínas através da glicolisação, carboxilação, acetilação. 
Ribossomos – sintetizam proteínas, ao interagir com a molécula de RNA mensageiro contendo os códons correspondentes a um determinado aminoácido. Podem estar embebidas no citoplasma livres ou ligadas ao reticulo endoplasmático. 
Lisossomos – Organela responsável eliminar organelas velhas ou danificadas da célula (autofagia). Isso é possível em virtude de enzimas presentes em seu interior, que deixam o meio extremamente ácido. 
Peroxissomos – os peroxissomos são organelas esféricas envoltas por somente uma membrana encontradas em todas as células. Essas organelas desempenham um importante papel nas células envolvendo a molécula peróxido de hidrogênio (H2O2), de extrema toxicidade para estas.
9) As funções que a estrutura citoesqueleto desempenha nas células eucarióticas permite as células motilidade, possibilitando a locomoção destas por diferentes tecidos, tal como acontece com os leucócitos no processo de diapedese ou ainda com os espermatozoides. Além disso, as células conseguem ter locomoção de organelas, moléculas e proteínas em seu citoplasma e segregar seus cromossomos durante a mitose/meiose devido ao citoesqueleto. 
Estruturas que compõem o citoesqueleto: três tipos filamentos. A. os microtúbulos: determinam a posição das organelas que possuem membranas e direciona o transporte intracelular; B. filamentos intermediários: proporcionam resistência mecânica; C. filamentos de actina: permitem a célula se locomover.
Proteínas acessórias: A. proteínas reguladoras – regulam o alongamento e encurtamento dos filamentos que compõem o citoesqueleto, bem como de seu aparecimento e desaparecimento; B. proteínas motoras – servem para o transporte de vesículas e organelas através do citoplasma. Além disso, permitem a contração e motilidade das células; C. proteínas ligadoras – conecta os filamentos entre si. 
Figura 6 – Microfotografia demostrando a técnica de imunofluorescência exibindo os filamentos do citoesqueleto. Em verde: microtúbulo; vermelho: filamentos de actina; azul: núcleo. Figura retirada do livro Biologia Molecular da CÉLULA, 13. ed. – capítulo 16: O Citoesqueleto.
HISTOLOGIA
1) Através da Biologia Tecidual (Histologia), podemos estudar a evolução dos animais e plantas; patologia e medicamentos. Isso devido ao padrão morfológico que permite a interpretação da coerência e hierarquia das interações teciduais que determina a função de cada tecido/órgão.
Um tecido é um conjunto de células que possuem uma função em comum. Essa função vai determinar a relação morfofuncional que só vai existir se a estrutura tecidual estiver presente.
Tipos de Tecido: 
1. Tecido Epitelial: revestimento e compartimentalização de ambientes. Além disso, síntese e secreção como, por exemplo, as glândulas. 
1. Tecido Conjuntivo: contempla diversas categorias de tecidos, tais como (A)propriamente tido, (B) adiposo, (C) cartilaginoso, e (D) sanguíneo. Promove conexões, além de dar suporte mecânico, de defesa e de nutrição. 
1. Tecido Muscular: geração de movimentos através do citoesqueleto.
1. Tecido Nervoso: receber estímulos e processá-los, oriundos do meio interno e externo, permitindo o organismo interagir com o ambiente. 
 
2) O tecido epitelial possui a característica de justaposição, bem como a coesão das células. Isso permite o revestimento de superfícies dos tecidos que formam os órgãos. Ainda proporciona uma barreira seletiva. 
 	As células são justapostas umas às outras devido a proteínas que mantém a coesão. Além disso, as células epiteliais se ancoram ao tecido conjuntivo localizado logo abaixo através de junções intercelulares. Essas junções intercelulares estão dispostas ao longo da lateral e na região basal da célula. 
Através de junções intercelulares, as células epiteliais se aderem firmemente umas às outras. uma das especializações da superfície basolateral das células epiteliais é a coesão e adesão mútua entre as células. Para tal, se faz necessário a presença da proteína caderina. As caderinas são glicoproteínas presentes da membrana plasmática e que promovem a adesão intercelular, isto é, permitem o contato célula-célula. Elas são dependentes do íon cálcio. Além disso, a estrutura denominada de interdigitação permite, através de dobras na membrana, que uma célula se encaixe na outra, promovendo mais um meio de adesão intercelular.
Junções de adesão celular:
 
· zônula de oclusão: proteínas ocludina e claudina - sela o ambiente/barreira de difusão intercelular, fluxo de água e íons entre as células é dificultada
· zônula de adesão: proteínas E-caderina, catenina e Ca2+ interação com os filamentos de actina do citoesqueleto da célula fornecendo estabilidade mecânica
· desmossomos: filamentos intermediários fornecendo também estabilidade mecânica
· hemidesmossomos: presentes na membrana plasmática e possui contato com a lâmina basal, os hemidesmossomos são metade desmossomos. Assim, há a formação de placas de ancoragem na qual a adesividade é oriunda das integrinas, receptores heterodímero que tem como seus ligantes componentes da matriz extracelular. 
3) É um dos tecidos fundamentais que compõem os órgãos do organismo. O tecido fundamental epitelial pode ser subdividido em duas categorias conforme sua organização e papel fisiológico. A. Aquelas células que delimitam as superfícies dos tecidos/órgãos e possuem papel de proteção são denominadas de tecido epitelial de revestimento e B. Células que sintetizam e secretam moléculas, denominadas de tecido epitelial glandular, ou simplesmente de glândulas.
Especificamente, o tecido epitelial de revestimento, podem (estratificado) ou não estarem (simples) em camadas.
 
simples se o folheto epitelial é composto por apenas uma camada de células
 pavimentoso
 cúbico
 cilíndrico/prismático/colunar
 
estratificado se o folheto epitelial é composto por mais de uma camada
 pavimentoso
 cúbico
 de transição
 
pseudoestratificado folheto epitelial de células com núcleos em diferentes alturas; todas as células se apoiam na lâmina basal, mas nem todas as células chegam à superfície (lúmen)
Figura 7 – Diferentes Cortes Histológicos: A. corte dos alvéolos pulmonares, é possível ver através dos núcleos da célula que se trata de células pavimentosas simples. B. corte histológico de um vaso sanguíneo (endotélio), células pavimentosas em camadas (estratificadas). C. corte de células intestinal, é possível ver que as células são cilíndricas ou colunar e apresenta a bordadura em escova, as microvilosidades (projeções da membrana plasmática no polo apical). D. corte histológico da língua, demostrando o epitélio estratificado pavimentoso não queratinizadoe E. corte histológico da pele, demostrando o epitélio pavimentoso queratinizado. Figura retirada do e-book Histologia & Microscopia Virtual – Capítulo 2.1 I Tecido Epitelial de Revestimento. Disponível em: <http://www.histologia.com.br>.
4) O tecido epitelial é avascular como forma de estratégia da evolução, impedindo que qualquer injuria promova hemorragia uma vez que este tecido está muito exposto ao ambiente externo, sendo a primeira barreira entre o organismo e o ambiente. Sua nutrição e oxigenação, então, é dependente do tecido conjuntivo adjacente. Por difusão os nutrientes e metabolitos, bem como as moléculas gasosas atravessam o vaso sanguíneo presente no tecido conjuntivo e adentra o tecido epitelial de revestimento. 
5) O tecido epitelial glandular é composto por células que sintetizam e secretam moléculas, tais como proteínas, glicoproteínas, lipídeos e íons e eletrólitos. Em glândulas, as células sintetizadoras são o parênquima, a parte funcional do tecido/órgão, enquanto o tecido conjuntivo adjacente, compõe o estroma, oferecendo suporte ao parênquima. As moléculas secretadas pelas células glandulares tem ampla função no organismo, podendo ser enzimas digestivas, moléculas mucosas de proteção, hormônios ou reguladores térmicos. A origem do epitélio glandular se dá ao tecido epitelial de revestimento se invaginar, formando estruturas glandulares que podem ou não manter contato com a superfície (lúmen). 
Quando há contato com o lúmen e com o epitélio de revestimento, as estruturas glandulares são denominadas de glândulas exócrinas. Quando ocorre a perda deste contato, e, portanto, não há ducto, as glândulas são denominadas de glândulas endócrinas. 
Ilhota do pâncreas é uma glândula endócrina, mas no pâncreas também há glândulas exócrinas. Sendo, portanto, uma glândula mista. Assim, glândulas mistas são aquelas que apresentam ambas, exócrinas e endócrinas. 
Figura 8 – Fotomicrografia da traqueia. É possível ver as células caliciformes. As células caliciformes são um exemplo de glândulas exócrinas unicelular com secreção mucosa do tipo merócrina. Figura retirada do e-book Histologia & Microscopia Virtual – Capítulo 2.2 I Tecido Epitelial Glandular. Disponível em: <http://www.histologia.com.br>.
Figura 9 – Fotomicrografia lâmina da pele: é possível ver as glândulas sudoríparas no tecido conjuntivo frouxo da pele. As glândulas sudoríparas são do tipo tubular enovelado multicelular exócrina. Figura retirada do e-book Histologia & Microscopia Virtual – Capítulo 2.2 I Tecido Epitelial Glandular. Disponível em: <http://www.histologia.com.br>.
6) Parácrina: Neste cenário, a molécula sinalizadora terá o papel de desencadear respostas em células-alvo próximas às células sinalizadoras. Autócrina: Já em relação ao segundo exemplo, as moléculas sinalizadoras performam o desencadeamento de respostas na própria célula que a liberou, ou seja, a célula sinalizadora é também a célula-alvo no processo. Endócrina: Finalmente, no último exemplo solicitado pelo enunciado, a molécula sinalizadora difunde-se pela corrente sanguínea do indivíduo, desencadeando como consequência uma resposta em células-alvo que podem estar em locais distantes da célula sinalizadora.
7) O tecido conjuntivo promove suporte mecânico aos outros tecidos. Adicionalmente, em virtude de criar um ambiente hidrofílico (presença de moléculas hidrofílicas na substância fundamental da matriz extracelular que atraem moléculas) o tecido conjuntivo permite a troca de nutrientes, metabólitos e água fornecendo suporte metabólico. Por fim, esse tecido conecta vários tecidos e mantém as células unidas em uma arquitetura definida, moldando, assim, o formato corporal. 
8) Histologicamente, o tecido conjuntivo é classificado em duas grandes categorias:
- Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: na qual consiste no tecido frouxo (areolar), tecido denso modelado e tecido denso não modelado. 
-Tecido Conjuntivo Especial: A. tecido cartilaginoso, B. tecido ósseo, C. tecido sanguíneo, D. tecido reticular (linfoide e hematopoiético). 
O tecido conjuntivo propriamente dito denso modelado é abundante em fibras de colágeno dispostas paralelamente entre si, seguindo uma única direção. Aqui quase não há substância fundamental. Devido a sua orientação ter uma única direção, isso permite que esse tecido seja bastante resistente a tração e a forças mecânicas. Os fibrócitos ficam dispostos paralelamente as fibras de colágeno. O tendão é um exemplo deste tecido. Nele há predomínio de fibras de colágeno do tipo I, que estão dispostas de forma paralelas umas às outras e em um único sentido/direção. 
Figura 10 – Fotomicrografia do tendão (A) associado ao musculo (B). O tendão é tecido conjuntivo propriamente dito denso modelado. Figura retirada do e-book Histologia & Microscopia Virtual – Capítulo 3.1 I Tecido Conjuntivo Propriamente Dito. Disponível em: <http://www.histologia.com.br>.
9) O tecido conjuntivo propriamente dito é composto por uma gama de diferentes tipos de células. Elas podem ser ou não residentes. Os fibroblastos são um exemplo de células residentes do tecido conjuntivo propriamente dito. Células do sistema imune, tal como os linfócitos, são células não residentes, sendo recrutadas para esse tecido pelas células residentes, durante um processo infeccioso ou inflamatório. Todas as células que compõem esse tecido, tem origem mesenquimal, isto é, de células mesenquimais indiferenciadas. 
- Fibroblastos e Fibrócitos: Os fibroblastos são as principais células que sintetizam e secretam os componentes da matriz extracelular. Sendo assim, sua presença é marcante em lugares com intensa renovação da matriz extracelular e, em locais onde não ocorre intensa biossíntese, essa célula entra em um estado de baixa atividade metabólica, sendo denominada de fibrócito. Assim, os fibroblastos e fibrócitos são dois estados metabólicos diferentes de uma mesma célula. 
- Células do Sistema Imune: É no tecido conjuntivo que ocorre a ação das células do sistema imunológico. Sendo assim, as células do sistema imune são produzidas no tecido hematopoiético (medula óssea) e através da corrente sanguínea, chegam até o tecido alvo, através de um processo chamado de diapedese. São elas, macrófagos, plasmócitos e mastócitos. 
- Adipócitos: as células adiposas são encontradas isoladamente ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo propriamente dito frouxo e denso não modelado. Além disso, formam septos nesse tecido, na qual vasos sanguíneos e nervos estão imersos.
10 e 11) O tecido adiposo é um tecido conjuntivo especializado. Nele, células denominadas de adipócitos se encontram em agregados. Os adipócitos armazenam em seu citoplasma gotículas de lipídios. Devido a isso, os adipócitos exercem uma importante função no metabolismo energético, além de regular temperatura corporal e absorver choques mecânicos. Como os lipídios são insolúveis em águas, essa forma de armazenamento energético no citoplasma celular é importante, pois não sofri os efeitos osmóticos (osmorregulação). Existem dois tipos de tecido adiposo: tecido adiposo branco e tecido adiposo marrom/pardo. 
Tecido adiposo branco ou unilocular: é o mais abundante no adulto e consiste na reserva de uma única e grande gota lipídica em seu citoplasma. Quando isolados, os adipócitos desse tecido são esféricos, mas in situ (quando justas postas) são poliédricas. Devido aos solventes orgânicos utilizados durante os preparos histológicos, esse tecido sempre mostra apenas uma delgada camada de citoplasma na periferia da célula, como se fosse um anel em torno do espaço deixado pela gotícula lipídica removida. O núcleo dessas células é geralmente alongado e periféricos devido a gota lipídica que os colocam contra a membrana plasmática. As células adiposas são mantidas e interconectadas umas às outras por fibras reticulares (colágeno do tipo III).  
Figura 11 – Fotomicrografia tecido adiposo branco ou unilocular. A ponta de seta indica núcleo de adipócito, e as setas indicam anéis de citoplasma. Figura retirada do livro HistologiaBásica – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 6: Tecido Adiposo.
Tecido adiposo marrom ou multilocular: a cor desse tecido em função da grande quantidade de mitocôndrias (pigmento dos citocromos) no citoplasma dessas células bem como também da alta vascularização desse tecido. Abundante em recém-nascidos, em adultos é pouco e normalmente se encontra envolvendo alguns tipos de órgãos. As células adiposas que compõem esse tecido são menores do que os adipócitos do tecido adiposo branco. Sua principal função é a produção de calor. Devido a isso, esse tecido é comum em espécies que fazem hibernação devido a sua termogênese. A termogênese é possível devido a proteína UCP1 ou termogenina. Adicionalmente, o tecido marrom preenche os espaços entre estruturas e órgãos. 
Figura 12 – Fotomicrografia tecido adiposo marrom ou multilocular do mediastino de recém-nascido corada com hematoxilina & eosina. Figura retirada do e-book Histologia & Microscopia Virtual – Capítulo 3.4 I Tecido Adiposo. Disponível em: <http://www.histologia.com.br>.
Mobilização da reserva energética: as células adiposas reserva no seu citoplasma uma gotícula lipídica (moléculas de triacilgliceróis) que são moléculas apolares hidrofóbicas e insolúveis em água. Tal característica permite que a reserva energética se mantenha dentro do citoplasma ao qual é aquoso. Para além, os triglicerídeos são uma fonte de energia mais rentável do que o glicogênio, sendo, portanto, a principal fonte de energia do metabolismo energético. No tecido marrom há a conversão da reserva energética lipídica para energia térmica (calor) que é transferido para o sangue e promove a manutenção da temperatura corpórea. 
 Após um longo período de jejum, devido a mobilização de reserva energética, as células do tecido adiposo acabam voltando a um estado parecido de origem, isto é, com formato fusiforme ou poligonais devido a perda da gotícula ou gota lipídica.
12) O tecido cartilaginoso é composto pelos condrócitos (células cartilaginosas) e por uma abundante matriz extracelular. Os condrócitos se alojam em pequenas cavidades denominadas de lacunas. Dentro de uma mesma lacuna podem haver mais de um condrócito. 
Condroblasto: As células mesenquimais se diferenciam em condroblastos e estas sintetizam e secretam os componentes da matriz extracelular. Essas células secretam esses componentes ao seu redor, e em dado ponto, elas ficam aprisionadas formando estruturas denominadas de lacunas. As células retidas são denominadas então condrócitos. Dentro dessas lacunas, pode haver mais de um condrócito.
Condrócitos: sintetizam e secretam colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas. Os condrócitos possui um metabolismo de hipóxia, fazendo fermentação láctea (formação de ácido lácteo a partir de piruvato). Os nutrientes transportados pelo sangue atravessam o pericôndrio, atravessam a matriz cartilaginosa e por difusão alcançam os condrócitos. Por mitose e ativação do metabolismo os condroblastos passam a ser condrócitos.
13) Há três tipos de cartilagem no organismo: A. Cartilagem Hialina; B. Cartilagem Elástica; C. Cartilagem Fibrosa ou Fibrocartilagem.
- Hialina: No embrião, forma o primeiro esqueleto sendo, posteriormente, substituído pelo esqueleto ósseo, participando, assim, do desenvolvimento e formação do tecido ósseo. No adulto, a cartilagem hialina é encontrada em "esqueleto" do sistema respiratório, tal como traqueia, fossa nasal e brônquios. Além disso, também recobre articulações de ossos longos. 
É o tipo de cartilagem mais abundante no organismo humano. 
- Elástica: Tal cartilagem é similar na sua composição a cartilagem hialina. Entretanto, é mais flexível devido a abundância de fibras elásticas. Está presente na orelha e laringe. 
- Fibrosa: Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas de colágeno tipo I constituem feixes que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos situados em fileiras entre as fibras. É encontrada nos discos intervertebrais, sínfise púbica, e em alguns tendões e em ligamentos na inserção de alguns músculos. Possui pouca substância fundamental, tem pouca elasticidade. Não existe pericôndrio, sua nutrição é feita pelo líquido sinovial.
Figura 13 – Acima, encontram-se fotomicrografias do tecido cartilaginoso. A. Fibrocartilagem, disco intervertebral da cauda de um segmento de animal de pequeno porte; B. Cartilagem Hialina, traqueia; C. Cartilagem Elástica, epiglote responsável por controlar a passagem de alimentos durante a deglutição. Tal tecido precisa ser flexível e resistente. Em roxo/purpura está corado as fibras elásticas pela técnica de aldeído fucsina. Figura retirada do e-book Histologia & Microscopia Virtual – Capítulo 3.2 I Tecido Cartilaginoso. Disponível em: <http://www.histologia.com.br>.
14) As cartilagens são envoltas por uma bainha conjuntiva denominada pericôndrio, formada de fibras – formando o tecido conjuntivo denso, e células percursoras dos condrócitos. Esse tecido é inervado e vascularizado, oferecendo a cartilagem a troca de nutrientes e metabolitos e oxigênio/gás carbônico dos condrócitos e condroblastos. 
O pericôndrio, embora seja formado por tecido conjuntivo denso, apresenta em sua composição células condroprogenitoras, as quais localizam-se na região mais externa do mesmo e adjacente ao tecido cartilaginoso. Os condroblastos que dão origem aos condrócitos no pericôndrio participam do crescimento denominado aposicional.
15) Os grupos isógenos são células oriundas da divisão celular (mitose) dos condroblastos que ficam “presos” dentro da lacuna em virtude dessas células secretarem a matriz extracelular ao seu redor. Tal divisão da célula dentro da matriz cartilaginosa é denominada crescimento intersticial. 
Figura 14 – Fotomicrografia da matriz extracelular cartilaginosa hialina. Grupos isogênicos, um grupo está em destaque pela barra vertical. A letra T indica matriz territorial, enquanto a I matriz interterritorial. Figura retirada do livro Histologia Básica – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 7: Tecido Cartilaginoso.
16) Como dito na questão 14, o pericôndrio é o responsável por promover a oferta de nutrientes as células cartilaginosas. Devido ao tecido cartilaginoso em si ser avascular, tendo o pericôndrio os vasos sanguíneos, é um tecido que se recupera lentamente de uma injuria. 
17) As células que compõem o tecido ósseo são: osteoblastos, osteócitos (célula óssea) e osteoclastos.
Figura 15 – Imagem esquemática e eletromicrografia elucidando as células pertencentes ao. Figura retirada do livro Princípios de Anatomia & Fisiologia 14. ed. – capítulo 6: Sistema Esquelético I Tecido Ósseo.
Figura 16 – Células do tecido ósseo e a matriz. Figura retirada do livro Histologia Básiaca – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 8: Tecido Ósseo.
18) Didaticamente, a matriz extracelular óssea é classificada em dois tipos: A. matriz orgânica – composta pelas fibras de colágeno conferindo resistência a esse tecido associada a uma B. matriz inorgânica – composta de cálcio, fosfato e outros íons que garante a formação de cristais de hidroxiapatita conferindo a dureza típica do osso.
19) Após o acontecimento de uma fratura, forma-se um coágulo nas extremidades dos ossos lesionados em virtude do rompimento de diversos vasos sanguíneos presentes no interior de tais estruturas e da liberação de sangue. Tal coágulo logo é invadido por capilares e fibroblastos, que o transformam em uma massa dura bem semelhante a uma cartilagem. Tal estrutura é comumente chamada de calo temporário e não é composta por ossos. Na primeira fase, também se nota marcadamente a presença de osteoclastos, que atuam fortemente retirando parte dos ossos quebrados e outros fragmentos da área lesionada.
No calo temporário observa-se uma massiva proliferação de células osteogênicas. Os osteoblastos por sua vez formam então o chamado calo ósseo, que gradativamente vai surgindo em substituição ao calo temporário no tecido do paciente que o lesionou. Esse novo calo possui a habilidade de evitarque o local da fratura seja movimentado acidentalmente, porém ainda não apresenta a resistência comum de um osso normal. Progressivamente tal calo ósseo vai sendo substituído por um osso compacto (no processo fisiológico normal). O excesso é reabsorvido pelo organismo. Esse processo é conhecido como remodelação. 
A aproximação das extremidades de uma fratura óssea deve ser feita por um médico licenciado. Na maioria das vezes, além da aproximação, se faz necessário o uso de talas, entre outros materiais para manter o osso perfeitamente alinhado e imobilizado a fim de diminuir o tempo de reabilitação.
Figura 17 – Esquema da reparação do tecido ósseo após uma fratura. Figura retirada do livro Histologia Básica – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 8: Tecido Ósseo.
20) A) O tecido ósseo participa do metabolismo. A mineralização da matriz óssea é de suma importância para a manutenção da homeostase no que tange os níveis de cálcio na corrente sanguínea. Apesar de sua estrutura rígida, o osso não é um tecido estático sendo constantemente remodelado. Para tal, as células osteoclastos e osteoblastos estão em equilíbrio exercendo suas atividades biológicas. Os osteoclastos são as células grandes e polinucleares, responsáveis pela reabsorção dos íons presentes no osso. Seu mecanismo de ação é através da liberação de íons H+, que tornam o ambiente ácido devido a diminuição do pH. Consequentemente, ocorre a dissolução dos cristais de hidroxiapatite e a liberação de cálcio e fosfato. Já osteoblastos são as responsáveis pela síntese e deposição de componentes da matriz óssea, tal como o colágeno. Após a deposição da matriz extracelular ao redor, os osteoblastos ficam aprisionados em lacunas tornam-se osteócitos. Além disso, iniciam a calcificação, uma vez que depositam íons de cálcio na matriz.
B) Histologicamente, a ossificação é subdividida em dois tipos: ossificação intramembranosa e ossificação endocondral.
Ossificação intramembranosa, acontece no interior do tecido mesenquimal – é o tecido conjuntivo embrionário. Células mesenquimais se diferenciam em osteoblastos que sintetizam e secretam a matriz extracelular não mineralizada, o osteoide, que na sequência se mineraliza ao seu redor. Posteriormente, os osteoblastos, “presos” pela matriz se tornam os osteócitos. É este tipo de ossificação que dá origem ao tecido ósseo esponjoso. Tal categorização de ossificação é o que origina principalmente os ossos chatos do corpo, sendo responsável, por exemplo, pela formação dos ossos chatos do plano craniano. Além disso, contribui pelo aumento da espessura dos ossos longos. 
C) Ossificação endocondral, ocorre sobre um modelo de cartilagem no organismo. Durante a vida fetal forma-se inicialmente um esqueleto cartilaginoso no feto que está em fase de concepção. As peças cartilaginosas de tal esqueleto de cartilagem servem de modelo para a histogênese de ossos naquele indivíduo. Neste sentido, o tecido ósseo é colocado sobre a matriz cartilaginosa. Terminado o tão relevante processo de ossificação endocondral, o esqueleto inicialmente cartilaginoso gradativamente desaparece do organismo do indivíduo e é substituído pelo esqueleto ósseo. Este tipo de ossificação dá origem aos ossos longos e alguns outros tipos de ossos, p. ex., as vértebras.
A partir dos discos epifisários, esse tipo de ossificação é responsável pela formação de ossos longos e é demonstrado didaticamente em cinco zonas na histologia. A primeira zona é de repouso onde os condrócitos inicialmente esféricos, onde constitui o pool de reserva de cartilagem. A segunda zona é a proliferativa na qual os condrócitos se empilham (resultado de mitoses), ficam alinhados com o vetor de crescimento. Na zona hipertrófica os condrócitos aumentam de volume por acúmulo de glicogênio. Depois os condrócitos hipertróficos morrem por apoptose. Na penúltima Zona, a de cartilagem mineralizada, a matriz cartilaginosa dos condrócitos hipertróficos que morreram por apoptose, se reduz a lâminas finas mineralizadas. Há presença de vasos sanguíneos neoformados. Na última zona, a de ossificação, as células osteoprogenitoras chegam através dos vasos sanguíneos neoformados, e se diferenciam sobre as lâminas de matriz extracelular mineralizada e depositam osteóide para formação do osso.
Figura 18 – Fotomicrografia do tecido ósseo durante a ossificação de ossos longos. Figura retirada do livro Histologia Básica – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 8: Tecido Ósseo.
21) O disco epifisário em sua constituição é formado pela cartilagem hialina. Esse tipo de ossificação que se dá em discos epifisários é endocondral. Nesse processo ainda não há a presença de periósteo. 
22) Histologicamente, o tecido ósseo se caracteriza por um tecido conjuntivo especializado.
23) As estriações do tecido muscular esquelético se devem à presença de sarcômeros, como essa estrutura é composta por miofilamentos, esses miofilamentos ou simplesmente filamentos, são visíveis em forma de estria no tecido. Existem dois tipos de filamentos: A. filamentos finos e B. Filamentos grossos. 
24) Existem dois tipos de filamentos: A. filamentos finos, composto principalmente pela proteína actina e B. filamentos grossos, composto essencialmente por miosina. Outras moléculas que compõem o filamento fino são a troponina e tropomiosina que se associam entre si formando uma estrutura de filamento que interage com a miosina. O miofilamento de actina é uma cadeia de polímero composto por monômeros da proteína actina. Ocorre associação entre duas cadeias desse polímero que se associam a troponina e a tropomiosina. Cada monômero de actina possui um sítio catalítico que interage (ligações) com a cabeça da miosina. 
Figura 19 – Esquema ilustrativos dos miofilamentos e das proteínas que os compõem. Figura retirada do livro Histologia Básica – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 10: Tecido Muscular.
Na membrana plasmática da célula muscular, há receptores, do tipo nicotínico, isto é, canais iônicos dependentes de ligante, que abrem na presença da acetilcolina. Quando um potencial de ação chega no terminal axônico, ocorre a liberação da acetilcolina na fenda sináptica. A acetilcolina então, interage (ligando-se) com seus receptores presentes na membrana plasmática da fibra muscular. Isso desencadeia a entrada de íons sódio através da membrana, resultando na despolarização do sarcolema, isto é, da membrana plasmática. Uma vez que isso ocorre, a despolarização se propaga ao longo de toda a membrana da fibra muscular. Sistemas especializados conduzem essa despolarização da membrana para o interior da célula muscular. Essas estruturas são chamadas de sistemas de túbulos transversais ou simplesmente sistema T. O sistema T possui invaginações que adentram o citoplasma da célula muscular. Através dos túbulos T, a despolarização alcança então o retículo sarcoplasmático (retículo endoplasmático) que acaba promovendo a saída de íons cálcio para o citoplasma. O cálcio então interage com a miosina, promovendo, assim, o deslizamento ou deslocamento de um filamento sobre o outro. Em outras palavras, na presença do Ca2+ a miosina, especificamente, a sua região funcional, a cabeça, irá interagir com o filamento de actina. Essa interação ocorre devido à presença da molécula ATP que, ao ser hidrolisada, promove o deslocamento da actina sobre a miosina, indo em direção ao centro da célula muscular gerando, consequentemente, a contração da célula. 
O deslocamento dos filamentos é, portanto, dependente de ATP e de Ca2+. Isso acontece, pois, o cálcio interage com a troponina que promove uma mudança conformacional na tropomiosina que se desloca, expondo os sítios de ligação da actina, permitindo então a ligação da miosina com a actina. 
Vale ressaltar que durante o deslizamento de um miofilamento sobre o outro não ocorre o encurtamento do seu comprimento, isto é, os filamentos mantêm o seu comprimento original. O que ocorre, de fato, é que um filamento de actina se sobrepõe ao outro diminuindo, consequentemente, o tamanho do sarcômero. 
25) O tecido muscular possuicélula especializada, a fibra muscular. Sua estrutura celular é composta pelo sarcolema, sarcoplasma, retículo sarcoplasmático, sarcossomos e miofilamentos finos e grossos. Especificamente, o retículo sarcoplasmático, ao qual corresponde ao retículo endoplasmático liso. Tal estrutura é bastante abundante.
O sistema T possui invaginações que adentram o citoplasma da célula muscular. Através dos túbulos T, a despolarização alcança então o retículo sarcoplasmático que acaba promovendo a saída de íons cálcio para o citoplasma. 
26) Unidade Motora: Terminações axonais oriundas de um nervo, se dilatam e entram em contato com a membrana plasmática da fibra muscular. Entre esses dois tecidos, há uma fina camada delgada que constitui a fenda sináptica, na qual o neurotransmissor acetilcolina é excretada. A acetilcolina interage com proteínas receptoras do tecido muscular presentes na membrana plasmática. A essa interação terminal axonal-sarcolema dá-se o nome de junção neuromuscular que compõe a placa motora. Sendo assim, uma unidade motora corresponde a uma fibra nervosa e as fibras musculares por ela inervada. 
 
Figura 20 – a. Fotomicrografia da unidade motora. NB: terminação axonal; MEP: junção neuromotora; S: musculo. B. Eletrofotomicrografia da unidade motora. Figura retirada do livro Junqueira’s Basic Histology – Text & Atlas 15. ed. – chapter 10: Muscle Tissue.
27) Os discos intercalares, aparecem em função dos complexos juncionais, tais como a junção de adesão, desmossomos e junções comunicantes. Desempenham um importante papel na fisiologia do tecido muscular estriado cardíaco, pois permite a passagem dos íons potássio entre as células cardíacas, levando em todo o tecido o impulso elétrico.
Figura 21 – Fotomicrografia do tecido muscular cardíaco. Nas setas, estão os discos intercalares. Figura retirada do livro Histologia Básica – Texto & Atlas 13. ed. – capítulo 10: Tecido Muscular.
28) 
Tabela 3 – Comparação entre os três tipos musculares estudados
	Tecido Muscular
	Capacidade de Regeneração
	Velocidade e Ritmo de Contração
	Voluntariedade
	Tecido Esquelético
	Alta – hipertrofia
	Contração forte, rápida e descontínua
	Voluntário
	Tecido Cardíaco
	Ausente
	Contração forte, rápida e descontínua
	Involuntário
	Tecido Liso
	Regenera
	Contração fraca, e lenta
	Involuntário
Figura 22 – Fotomicrografias e esquemas ilustrativos dos três tipos de tecidos muscular. (a) tecido esquelético; (b) tecido cardíaco; (c) tecido liso. Figura retirada do livro Junqueira’s Basic Histology – Text & Atlas 15. ed. – chapter 10: Muscle Tissue.
EMBRIOLOGIA
1) OOGÊNESE 
	A formação dos gametas femininos se inicia no interior dos folículos ovarianos. Tais folículos, são a parte funcional dos ovários. Durante a vida intrauterina dos embriões feminino, as células germinativas, passam por uma fase de multiplicação através de intensas divisões mitóticas originando as oogônias. Estas passam por uma fase de crescimento, tornando-se os oócitos primários. Os oócitos primários adentram, então, na maturação através de divisões meióticas. Em recém-nascidas, todo esse processo de divisões meióticas (maturação) já aconteceu. Assim, a já se iniciou a primeira divisão da meiose, tendo o oócito primário inibido na prófase I. Nessa fase, os cromossomos estão duplicados, isso é, há duas cromátides. Ainda nas recém-nascidas, muitos folículos primordiais estão presentes em seus ovários que irão se desenvolver em oócitos maduros que poderam ser ou não fecundados. 
Os oócitos ficam estacionários na prófase I até o ser do sexo feminino atingir a puberdade e ocorrer a menarca. Em outras palavras, ter o início da influência do hipotálamo e hipófise e a liberação dos hormônios que atuam no ovário. 
Os folículos primordiais são células achatadas que ficam em volta do oócito primário. Posteriormente, esse folículo se desenvolve no folículo secundário e, na sequência, folículo pré-antral. Este último é o caracterizado pelas células da granulosa em proliferação, envolvidas pelas células da teca. 
Um fluído folicular é secretado e se acumula entre as células da granulosa, formando a cavidade antral – agora o folículo é antral. Com isto, o oócito primário fica “espremido” em um dos lados do folículo ao qual é rodeado por células cumulus oophorus.
Nos ciclos, esse desenvolvimento folicular é promovido pela ação do FSH. O folículo antral chega até a fase pré – ovulatório. Perto à ovulação, o LH induz a retomada da divisão celular meiose, que estava em fase estacionaria na prófase I. Então, a prófase I é finalizada. Assim, o oócito primário atinge a metáfase I, em seguida, a anáfase I. É na anáfase I que a meiose reduz o N cromossomal, levando a célula sair do quadro diploide para haploide, isto é, 2N = 46 cromossomos para N = 23 cromossomos. A haploidia é de suma importância para a que ocorra a fecundação. 
Quando em telófase I, o oócito primário torna-se secundário e há formação de corpúsculo polar. É o oócito secundário que é liberado quando o folículo se rompe. O oócito secundário passa por todas as etapas novamente tendo o bloqueio na metáfase II que irá se completar após a fertilização. A formação do segundo corpúsculo polar ocorre após a fertilização. 
2) Relação hipotálamo/hipófise é responsável pela síntese e secreção de hormônios reguladores na corrente sanguínea:
FSH - Hormônio folículo estimulante (receptor fixo)
LH - Hormônio luteinizante 
Aumenta a liberação de FSH na corrente sanguínea. Tal hormônio no sangue se liga ao seu receptor no folículo primordial ao qual é protegido, nutrido e permanece em estado de dormência pela cápsula granulosa no ovário. Quando o FSH se liga ao receptor, a capsula granulosa inibe a síntese e secreção do hormônio inibidor e o folículo primordial começa o seu crescimento. FSH induz a síntese da teca interna (que também é uma membrana), a teca, então, inicia a síntese e secreção do hormônio estrógeno no sangue. Este promove o feedback negativo entre o ovário e o hipotálamo/hipófise pois o estrógeno inibe a síntese de FSH. O endométrio cresce devido ao estrógeno para que o concepto consiga se implantar e desenvolver. Endométrio (tecido esponjoso cheio de nutrientes, O2 e vasos sanguíneos onde o concepto vai se desenvolver) é sensível aos hormônios e se desenvolve em função deles.
Em resposta ao feedback negativo, LH é secretado no sangue pelo hipotálamo e induz a ovocitação. Ao o LH se ligar no seu receptor a teca sintetiza progesterona. 
Aumenta o líquido interno e, consequentemente, a pressão interna se eleva até que acontece o rompimento do folículo e ocorre a ovocitação. A progesterona inibe LH.
As artérias espiraladas crescem no endométrio com finalidade de oxigenar e nutrir. Na ausência de estrógeno e progesterona as artérias se colapsam e o endométrio começa a descamar por falta do sangue. 
Em suma, as fases do Ciclo Menstrual são:
ESTRÓGENO OU PROLIFERATIVA (crescimento do endométrio) OVULATORIA OU OVOCITACAO PROGESTERONA
Figura 23 – Esquema ilustrativo correlacionando hipotálamo, hipófise, ovários e endométrio. Figura retirada do livro Embriologia Básica, 9. ed. – capítulo 2: Reprodução Humana.
Figura 24 – Esquema ilustrativo correlacionando os níveis dos hormônios com as fases do ciclo mestrual. FSH estimula os folículos a se desenvolverem e sintetizar e secretar o hormônio estrógeno. Os níveis de estrógeno atingem seu nível máximo antes do LH promover a ovulação. Quando não ocorre a fertilização, os níveis de estrógeno e progesterona caem, promovendo artérias se colapsam e o endométrio começa a descamar por falta do sangue. Figura retirada do livro Embriologia Básica, 9. ed. – capítulo 2: Reprodução Humana.
3) O ovário é preso por ligamentos chamado de fímbrias (tecidos). O ovócito liberado pelo ovário migra em direção das fímbrias (essa estrutura faz movimentos de vibração para poder pegar o ovócito pós ovocitação), passa pela tuba uterina ou trompas de Falópio (epitélio ciliado e lubrificado por onde essa célula vai se deslocar), então é fecundada no segundo terço e chega no úteroonde se implanta no endométrio. Enquanto o ovócito, agora óvulo, se desloca, passa por diversas divisões celulares (mitose). 
Essas divisões são:
OVÓCITOPAREAMENTO NUCLEAR FORMANDO ZIGOTOBLASTOMERO MÓRULA TROFOBLASTO (ectoderma e endoderma)
4) Quando ocorre a fecundação e a formação do zigoto (união entre o ovócito e espermatozoide), este faz repetidas divisões celulares (mitose) resultando no aumento do número das células exponencialmente. 
5) Pluripotentes ou multipotentes, são estes os nomes dados aquelas células cuja função inclui se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, excluindo, por conseguinte a placenta e anexos embrionários como características marcantes, ou seja, a partir de 32 - 64 células, a partir do 5º dia de vida, fase considerada de blastocisto. Neste sentido, as células internas do blastocisto são pluripotentes, em contraste células da membrana externa que se destinam à produção da placenta e membranas embrionárias.
- Oligotentes, são a categoria de células que se diferenciam em poucos tecidos;
- Unipotentes, são a categoria de células que se diferenciam em um único tecido.
6) O útero é um dos órgãos que compõem o sistema reprodutivo da mulher, juntamente a estruturas como como as tubas uterinas e ovários. Sua mais relevante função está diretamente relacionada à fertilidade do sexo feminino, já que todo o processo da gestação se desenvolve em seu interior, desde a implantação embrionária até o momento do tão esperado parto da prole. Vale ressaltar que tal órgão é uma estrutura ovalada e oca, cujas paredes são divididas em três camadas miométrio, endométrio e serosa. Sendo no endométrio que ocorre a implementação.

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