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História da Arte, Design e Indumentária

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Indaial – 2020
História da arte, 
design e indumentária
Profª. Edna Regina Steinhauser
Profª. Mariana Girardi Barbosa Silva
1a Edição
Samsung
Nota
Página 228
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Profª. Edna Regina Steinhauser
Profª. Mariana Girardi Barbosa Silva
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
T693s
 Steinhauser, Edna Regina
 História da arte, do design e da indumentária. / Edna Regina 
Steinhauser; Mariana Girardi Barbosa Silva. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 276 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-296-4
 ISBN Digital 978-65-5663-298-8
 1. História da arte. - Brasil. 2. História do design. – Brasil. 3. 
Indumentária. – Brasil. I. Silva, Mariana Girardi Barbosa. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 900 
apresentação
A disciplina de História da Arte, Design e Indumentária objetiva trazer 
reflexões sobre a composição teórica da Arte, do Design e da Indumentária ao 
longo da história, trabalhando a consonância entre elas. A disciplina também 
propõe uma discussão histórica acerca das dinâmicas sociais, territoriais e 
culturais que permeiam estas disciplinas.
De posse de algumas informações, este livro propõe um levantamento 
de dados históricos que visam introduzir o aluno ao estudo da Arte, do Design 
e da Indumentária, bem como ambientá-lo para entender a proximidade dos 
temas. Ademais, o livro está estruturado em três unidades, que pretendem 
discutir os temas apresentados.
A Unidade 1 trata da História da Arte, na qual, por meio de informações 
variadas sobre uma linha do tempo histórica, apresenta informações gerais 
sobre a arte, a estética, os artistas e as suas obras. Os estilos, as cores e as texturas 
utilizadas mesclam-se às obras arquitetônicas e as mais variadas obras de arte 
criadas ao longo da história. A unidade está organizada a partir de seis tópicos, 
sendo que o primeiro tópico pretende abordar a arte na Idade Antiga. Com a 
leitura dele, esperamos que você compreenda em que circunstâncias a arte teve 
início e como ela se desenvolveu em meio a tantas mudanças na sociedade. O 
segundo tópico objetiva estudar a Arte na Idade Média e seus movimentos 
sociais que contribuíram com uma arte voltada para a religiosidade. O terceiro 
tópico que abrange a Idade Moderna, compreendendo o período do Século XV 
ao Século XVIII. Muitos foram os acontecimentos que marcaram esta época, 
como o nascimento da imprensa, as viagens para as américas, a Revolução 
Francesa e a Industrial e, com isso, a arte também se manifesta e evolui.
O quarto, quinto e sexto tópico trazem aspectos da Idade 
Contemporânea, da Arte do século XX, bem como da arte Pós-moderna, 
buscando compreender elementos das obras realizadas por artistas 
contemporâneos e que buscam maneiras e materiais diferenciados para 
executar suas obras.
Esperamos que, com todas essas informações, seja possível 
compreender um pouco mais sobre como a sociedade e as questões culturais 
influenciam no desenvolvimento das artes, bem como a arte influencia os 
setores diversos da sociedade.
A Unidade 2 apresenta uma introdução à História do Design, a fim 
de promover ao acadêmico conhecimentos das origens, desenvolvimento 
e disseminação dos conceitos que determinaram o surgimento do Design 
no mundo moderno e contemporâneo, identificando as diferentes áreas de 
abrangência e atuação profissional, bem como sua influência na moda, na 
arte, na comunicação e na sociedade atual.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
A Unidade 3 introduzirá você, acadêmico, no universo da 
indumentária da sociedade ocidental, através da diversidade cultural e 
dos sujeitos no espaço social, utilizando-se das formas, texturas, cores, 
padrões, estruturas de divisão de classes, de poder e hierarquia, de conceitos 
utilitários, de beleza e apropriação artístico-culturais, trazendo, ainda, os 
grandes criadores e peças icônicas. 
Profª. Edna Regina Steinhauser
Profª. Mariana Girardi Barbosa Silva
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 —HISTÓRIA DA ARTE ................................................................................................ 1
TÓPICO 1 — ARTE NA IDADE ANTIGA ........................................................................................ 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 ARTE RUPESTRE ................................................................................................................................ 3
3 ARTE EGÍPCIA .................................................................................................................................... 5
4 ARTE GRECO-ROMANA .................................................................................................................. 9
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 14
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 15
TÓPICO 2 — ARTE NA IDADE MÉDIA ......................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 17
2 ARTE BIZANTINA ............................................................................................................................ 17
3 ARTE ROMÂNICA ........................................................................................................................... 18
4 ARTE GÓTICA ................................................................................................................................... 22
RESUMO DO TÓPICO 2.....................................................................................................................25
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 26
TÓPICO 3 — ARTE NA IDADE MODERNA ................................................................................. 27
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 27
2 ARTE RENASCENTISTA ................................................................................................................. 27
3 ARTE BARROCA ............................................................................................................................... 32
4 ARTE ROCOCÓ ................................................................................................................................. 33
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 35
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 36
TÓPICO 4 — ARTE NA IDADE CONTEMPORÂNEA ................................................................ 37
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 37
2 ARTE NEOCLÁSSICA ...................................................................................................................... 37
3 ARTE ROMÂNTICA ......................................................................................................................... 40
4 ARTE NO REALISMO ...................................................................................................................... 41
5 ARTE IMPRESSIONISTA ................................................................................................................ 43
6 ARTE PÓS-IMPRESSIONISTA ...................................................................................................... 43
7 ARTE NATURALISTA ...................................................................................................................... 44
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 45
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 46
TÓPICO 5 — ARTE NO SÉCULO XX ............................................................................................... 47
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 47
2 SEMANA DE ARTE MODERNA ................................................................................................... 47
3 EXPRESSIONISMO .......................................................................................................................... 48
4 FAUVISMO ......................................................................................................................................... 49
5 CUBISMO ............................................................................................................................................ 50
6 ABSTRACIONISMO ........................................................................................................................ 52
7 CONSTRUTIVISMO ....................................................................................................................... 53
8 SUPREMATISMO ............................................................................................................................. 54
9 DADAÍSMO ...................................................................................................................................... 54
10 SURREALISMO ............................................................................................................................... 55
RESUMO DO TÓPICO 5..................................................................................................................... 57
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 58
TÓPICO 6 — ARTE CONTEMPORÂNEA OU PÓS-MODERNA .............................................. 61
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 61
2 POP ART .............................................................................................................................................. 61
3 OP ART ................................................................................................................................................ 62
4 MINIMALISMO ................................................................................................................................ 63
5 TACHISMO ........................................................................................................................................ 63
6 ARTE CONCEITUAL ........................................................................................................................ 64
7 FOTORREALISMO E INTERNET ART ........................................................................................ 66
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 69
RESUMO DO TÓPICO 6..................................................................................................................... 73
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 75
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 77
UNIDADE 2 — HISTÓRIA DO DESIGN ....................................................................................... 79
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO AO DESIGN ................................................................................... 81
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 81
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE DESIGN ................................................................................. 81
3 ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO DESIGN ................................................................................. 86
4 ARTESANATO, DESENHO INDUSTRIAL E O CONCEITO DE STANDARD .................. 88
5 FUNÇÕES DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS: PRÁTICA, ESTÉTICA E SIMBÓLICA ..... 91
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 93
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 95
TÓPICO 2 — INDUSTRIALIZAÇÃO NOS SÉCULOS XVIII, XIX E XX .................................. 97
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 97
2 PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .................................................................................... 97
3 SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................. 104
4 TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .................................................................................. 111
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 115
TÓPICO 3 — MOVIMENTOS ESTÉTICOS E ESCOLAS DE DESIGN ..................................117
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 117
2 GOTHIC REVIVAL ........................................................................................................................ 117
3 ARTS AND CRAFTS (1850-1914) .................................................................................................. 118
4 ESTETICISMO – MOVIMENTO ESTÉTICO (1870-1900) ....................................................... 122
5 ART NOUVEAU E JUGENDSTIL (1890-1910) ........................................................................... 124
6 DEUTSCHER WERKBUND (1907-1935) ..................................................................................... 132
7 DE STIJL, NEOPLASTICISMO, ABSTRACIONISMO (1917-1931) ...................................... 134
8 CONSTRUTIVISMO RUSSO (1930-1950) .................................................................................. 136
9 BAUHAUS (1919-1933) .................................................................................................................... 137
9.1 FASE DA FUNDAÇÃO (1919-1923) ......................................................................................... 139
9.2 FASE DA CONSOLIDAÇÃO (1923-1928) ............................................................................... 141
9.3 FASE DA DESINTEGRAÇÃO (1928-1933) ............................................................................. 143
10 ORGANIC DESIGN (1930-1960) ................................................................................................. 144
11 STREAMILINING (1930-1950) .................................................................................................... 147
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 150
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 152
TÓPICO 4 — O DESIGN NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX ................................... 155
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 155
2 ESCOLA DE ULM – HOCHSCHULE FÜR GESTALTUNG (1952-1968)............................... 156
3 ANTIDESIGN, DESIGN RADICAL, DESIGN CONCEITUAL E 
 CONTRADESIGN .......................................................................................................................... 160
4 HIGT-TECH ...................................................................................................................................... 162
5 MEMPHIS ......................................................................................................................................... 163
6 KITSCH .............................................................................................................................................. 164
7 DESIGN NO BRASIL ..................................................................................................................... 165
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 169
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 175
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 177
UNIDADE 3 — HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA .................................................................... 181
TÓPICO 1 — A INDUMENTÁRIA NA IDADE ANTIGA ......................................................... 183
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 183
2 PRÉ-HISTÓRIA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .............................................. 183
3 EGITO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................................................... 185
4 MESOPOTÂMIA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................................ 187
5 GRÉCIA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................................................ 189
6 ROMA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................................................... 191
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 194
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 195
TÓPICO 2 — INDUMENTÁRIA NA IDADE MÉDIA ............................................................... 197
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 197
2 BIZÂNCIO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ....................................................... 198
3 PERÍODO GÓTICO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ...................................... 199
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 202
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 203
TÓPICO 3 — INDUMENTÁRIA NA IDADE MODERNA ....................................................... 205
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 205
2 RENASCIMENTO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .......................................... 205
3 BARROCO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ....................................................... 209
4 ROCOCÓ – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .......................................................... 211
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 214
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 216
TÓPICO 4 — INDUMENTÁRIA NA IDADE CONTEMPORÂNEA: SÉCULO XIX ................ 219
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 219
2 DANDISMO E IMPÉRIO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................. 220
3 ROMANTISMO E VITORIANO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ..................... 222
4 BELLE ÉPOQUE .............................................................................................................................. 230
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 233
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 234
TÓPICO 5 — INDUMENTÁRIA NO SÉCULO XX E XXI .......................................................... 237
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 237
2 DÉCADA DE 1910 ............................................................................................................................ 237
3 DÉCADA DE 1920 ............................................................................................................................ 239
4 DÉCADA DE 1930 ............................................................................................................................ 243
5 DÉCADA DE 1940 ............................................................................................................................247
6 DÉCADA DE 1950 ............................................................................................................................ 252
7 DÉCADA DE 1960 ............................................................................................................................ 257
8 DÉCADA DE 1990 ............................................................................................................................ 260
9 A MODA NO SÉCULO XXI ........................................................................................................... 262
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 265
RESUMO DO TÓPICO 5................................................................................................................... 271
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 273
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 275
1
UNIDADE 1 — 
HISTÓRIA DA ARTE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender os sentidos crítico, estético, histórico, técnico e cultural das 
manifestações artísticas e as premissas fundantes da criação;
• compreender a moda como arte e objeto estético;
• relacionar questões históricas e filosóficas da História da Arte e da 
Estética, interagindo com moda e suas dinâmicas específicas;
• compreender as mudanças ocorridas na Arte e na Estética desde a 
sociedade greco-romana até o período neoclássico;
• entender as mudanças ocorridas a partir do Realismo, Impressionismo 
e Pós-impressionismo na História da Arte e Estética;
• compreender os processos das vanguardas históricas na História da 
Arte e Estética;
• conhecer aspectos específicos sobre a arte contemporânea e sua ligação 
com a Moda.
Esta unidade está dividida em seis tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ARTE NA IDADE ANTIGA
TÓPICO 2 – ARTE NA IDADE MÉDIA
TÓPICO 3 – ARTE NA IDADE MODERNA
TÓPICO 4 – ARTE NA IDADE CONTEMPORÂNEA
TÓPICO 5 – ARTE NO SÉCULO XX
TÓPICO 6 – ARTE CONTEMPORÂNEA OU PÓS-MODERNA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
ARTE NA IDADE ANTIGA
1 INTRODUÇÃO
A arte na antiguidade tem como base todas as manifestações artísticas e 
culturais desenvolvidas pelas antigas civilizações. Ela estende-se desde os grupos 
primitivos até a queda do Império Romano, em 478 d.C. As manifestações deste 
período são bastante diversificadas e demonstram que a arte está intimamente 
ligada às questões sociais e religiosas de cada época. É neste período que surgem 
discussões acerca dos conceitos teóricos e de estudo sobre as artes.
A arte e a moda evoluem ao longo das civilizações de forma constante e 
migrando por caminhos distintos, mas que um dia se tornariam próximas. Povos 
foram caracterizando-se, formando-se e, com isso, tanto a arte quanto a moda 
foram se aprimorando. Segundo Treptow (2013, p. 20), “até o final da Idade Média, 
podemos constatar que existia indumentária, roupa, mas não moda”. Arte e moda 
se complementariam ao longo dos anos, sendo que a moda sempre necessita de 
inspiração e de elementos visuais diversos, e a arte consegue proporcionar isso 
com excelência. Segundo Buckley e McAssey (2013, p. 61), “elementos como 
composição, tema, cor e textura dessas pinturas, gravuras, esculturas e desenhos 
são fontes de inspiração”. Sendo assim, a arte e a moda se cruzarão diversas vezes 
ao longo de todos os tópicos abordados.
2 ARTE RUPESTRE
O estudo do desenvolvimento das expressões artísticas e culturais e a 
organização das formas, estilos e conceitos, por meio de obras de arte, constituem 
a disciplina de História da Arte. Compreender a história da arte da Idade Antiga 
é reviver uma nova forma de linguagem entre os povos por meio de sinais, 
desenhos e cores diversas. As mais variadas técnicas, a confecção de materiais 
tendo como base a natureza são elementos que devemos considerar nessa fase da 
história da arte.
Nas sociedades ágrafas, podemos citar a arte rupestre como principal 
realização cultural da época. A arte rupestre é considerada a forma de arte mais 
antiga do ser humano. A mais antiga já conhecida e registrada é datada do Período 
Paleolítico (aproximadamente 40.000 a.C.), sendo encontradas, em sua maioria, em 
paredes e tetos de cavernas, bem como em ambientes ao ar livre, realizadas por 
povos primitivos que habitavam várias regiões do mundo. A palavra rupestre, vem 
do Francês rupestre, que significa traçar, desenhar ou pintar sobre superfície rochosa.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
4
O continente africano é o local mais expressivo em termos de quantidade 
de sítios arqueológicos com pinturas rupestres. Já foram catalogados mais de 100 
mil sítios encontrados.
FIGURA 1 – PINTURA RUPESTRE EM SERRA DA CAPIVARA
FONTE: <https://cutt.ly/pgAn80l>. Acesso em: 6 out. 2020.
Para que consideremos os povos primitivos, é necessária a sua relação 
com o modo primitivo de procura por alimentação. A caça e a colheita de vegetais 
representam a forma mais simples e inicial de produção. São os povos primitivos 
que demonstram as mais antigas formas de arte. Segundo Gombrich (1999, p. 15):
Chamamos a esses povos "primitivos" não porque sejam mais simples 
do que nós – os seus processos de pensamento são, com frequência, 
mais complicados do que os nossos – mas por estarem mais próximos 
do estado donde, em dado momento, emergiu toda a humanidade. 
Entre esses primitivos não há diferença entre edificar e fazer imagens, 
no que se refere à utilidade. Suas cabanas existem para abrigá-los 
da chuva, sol e vento, e para os espíritos que geram tais eventos; as 
imagens são feitas para protegê-los contra outros poderes que, para 
eles, são tão reais quanto as forças da natureza. Pinturas e estátuas, por 
outras palavras, são usadas para realizar trabalhos de magia.
As imagens representadas nas pinturas nas cavernas tinham conotação 
de imagens do dia a dia, representação de animais, seres humanos, armamentos, 
objetos celestes e representações de cenas de caçadas. Sendo que é fundamental 
compreender que as manifestações sobrenaturais, por muitas vezes, eram utilizadas 
para entender e representar o mundo real daqueles que viviam nesta época.
Estudiosos do tema apontam que a representação das caçadas tinha 
também uma dimensão que transcendia a representação, já que 
possivelmente as pessoas da época, ao pintar um animal na parede, 
estavam colocando naquele espaço os próprios animais. Ao atacar os 
animais nas cenas de caçadas, as pessoas enfraqueceriam os animais 
antes da prática real de busca de alimentos, situação que os favoreceria 
posteriormente (PINTO, c2020, s.p.).
Por conta da simplicidade que viviam, como também pelas condições 
sociais proporcionadas para a época, os traços eram geralmente realizados com 
o auxílio dos dedos, bem como de objetos pontiagudos. Além disso, as tintas das 
mais diversas cores eram extraídas de materiais da natureza.
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TÓPICO 1 — ARTE NA IDADE ANTIGA
5
[...] as cores, obtidas do carvão (preta), do óxido de ferro (vermelha 
e amarela) e, às vezes, com cera de abelha. Substâncias líquidas: 
água, clara de ovo, sangue etc., são empregadas nas pinturas. As 
diferentes técnicas e cores (muitas vezes superpostas) são atribuídos 
sentidos variados. No sul da Califórnia, por exemplo, o vermelho é 
considerado apropriado às cerimônias femininas (ENCICLOPÉDIA 
ITAÚ CULTURAL DE ARTE E CULTURA BRASILEIRAS, 2017, s.p.).
FIGURA 2 –PINTURA RUPESTRE EM CAVERNA NA INDONÉSIA
FONTE: <https://cutt.ly/SgAmkGE>. Acesso em: 6 out. 2020.
Portanto, a arte rupestre parte dos princípios da natureza, bem como 
do modo de viver e hábitos dos povos primitivos, trazendo, ainda hoje, muitas 
indagações aos especialistas da História da Arte, dividindo opiniões sobre as 
questões estéticas referentes a esta arte.
3 ARTE EGÍPCIA
Para explicar a arte egípcia, alguns pontos devem ser considerados, além 
de trazer seus elementos principais: a arte egípcia tem grande obsessão pela 
imortalidade, ou seja, os desenhos criados ao longo dos anos pelos egípcios 
tinham a intenção de capturar momentos e deixar registrado tudo o que se fazia 
em vida, para que na morte pudessem se lembrar de tudo o que haviam feito. 
Além disso, cenas dos rituais referentes à morte dos egípcios também eram 
descritas por grandiosos e detalhados desenhos.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
6
FIGURA 3 – ARTE EGÍPCIA
FONTE: <https://artout.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Arte-Eg%C3%ADpcia-1.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
Pode-se destacar que a Arte Egípcia não sofreu mudanças por três mil anos, 
consequentemente os mesmos elementos, cores, formas e técnicas foram usados 
durante todos os períodos em que os povos egípcios viveram na antiguidade.
Com as enormes construções criadas para os egípcios mais importantes, 
a arte e a arquitetura traziam a garantia de uma vida após a morte confortável. 
A arquitetura colossal e todas as obras de arte realizadas na época foram criadas 
para cercar e proteger o espírito dos faraós. Artistas eram contratados pelos 
faraós para pintarem seus túmulos com temáticas pré-estabelecidas e baseadas 
na vida de cada faraó. Como a arte era padronizada, não dava espaço para a 
criatividade dos artistas. “A dimensão das pessoas e objetos não caracterizava 
uma relação de proporção e distância, mas sim os níveis hierárquicos daquela 
sociedade. Assim, o faraó era sempre o maior dentre as figuras representadas 
numa pintura” (AIDAR, c2020, s.p.).
Com essas informações já podemos perceber que a Arte Egípcia está 
intimamente conectada com as questões do espiritual e do sobrenatural.
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TÓPICO 1 — ARTE NA IDADE ANTIGA
7
A falta de tridimensionalidade é um aspecto que marca a Arte Egípcia. Na 
pintura egípcia imperava a Lei da Frontalidade, cuja regra estabelecia que o tronco 
das pessoas deveria ser representado de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés 
estariam de perfil. Os hieróglifos eram presentes na grande maioria das pinturas.
Os desenhos em sua grande maioria não se baseavam no tamanho real 
dos seres representados, e sim em questões hierárquicas, em que os faraós – as 
figuras mais imponentes da época – eram retratados maiores do que quaisquer 
outros elementos da cena.
FIGURA 4 – ARTE EGÍPCIA: CENA SARCÓFAGO
FONTE: <https://artout.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Arte-Eg%C3%ADpcia-3.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
Cores e tintas na Arte do Egito Antigo
As tintas utilizadas nas pinturas do Egito Antigo eram extraídas da natureza:
Preto (kem): associado à noite e à morte, a cor preta era obtida do carvão de madeira ou de 
pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai).
Branco (hedj): extraído da cal ou gesso, o branco simbolizava a pureza e a verdade.
Vermelho (decher): representava a energia, o poder e a sexualidade, e era encontrado em 
substâncias ocres.
Amarelo (ketj): estava associado à eternidade e era extraído do óxido de ferro hidratado 
(limonite).
Verde (uadj): simbolizava a regeneração e a vida, e era obtido da malaquite do Sinai.
Azul (khesebedj): extraído do carbonato de cobre; o azul estava associado ao rio Nilo e ao céu.
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/arte-egipcia/#:~:text=Pintura%20Eg%C3%ADpcia,
parte%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20Egito>. Acesso em: 6 out. 2020.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
8
O uso de sombras e a ausência de relevo nas pinturas era recorrente e as 
cores usadas eram sempre as convencionais. Já nas esculturas, podemos destacar 
a produção de obras que retratassem única e exclusivamente os deuses e faraós, 
trazendo elementos decorativos e artísticos para a arquitetura. Todas elas eram 
produzidas na perspectiva frontal e não possuíam nenhuma expressão facial.
Em Curitiba, no Paraná, existe um museu egípcio
 O Museu Egípcio e Rosacruz foi inaugurado em 17 de outubro de 1990, durante 
a XIV Convenção Nacional Rosacruz. Ele possui um rico acervo de peças que contam 
a história dos faraós, da religião egípcia e do cotidiano daquela civilização, constituindo 
um excelente espaço de divulgação da antiga história egípcia. É um espaço aberto a 
todos aqueles que desejam conhecer o Antigo Egito, pois em suas exposições procura 
demonstrar como viviam e em que acreditavam os antigos habitantes da terra dos 
faraós. Seu acervo é formado por réplicas idênticas às originais, as quais estão expostas 
em diversos museus do mundo. Esses objetos foram elaborados pelos artistas plásticos 
Eduardo D’Ávila Vilela, Moacir Elias Santos, Luiz César Vieira Branco, Tathy Zimmermann, 
Christopher Zoellner e Aylton Tomás.
 O Museu Egípcio possui cerca de 700 peças relacionadas ao Antigo Egito. Entre 
as peças mais importantes, podemos citar as duas múmias autênticas do acervo: Tothmea, 
que possivelmente foi uma cantora ou musicista de um templo egípcio dedicado à deusa 
Ísis; e também a múmia de uma menina de cerca de dois anos apelidada de Wanra. Esta é 
uma múmia andina e, diferentemente de Tothmea, seu corpo foi preservado naturalmente 
através das características do ambiente onde foi enterrada.
FONTE: <http://museuegipcioerosacruz.org.br/>. Acesso em: 6 out. 2020.
INTERESSA
NTE
Os adornos e joias usados por homens e mulheres egípcias traziam toda a 
perspectiva artística da escultura. Colares, brincos, braceletes e tornozeleiras eram 
cuidadosamente esculpidos em pedras preciosas e, segundo os historiadores, 
serviam não apenas como adornos, mas também como itens de proteção espiritual.
TÓPICO 1 — ARTE NA IDADE ANTIGA
9
FIGURA 5 – COLAR DE NEFERUPTAH –12ª DINASTIA, REINADO DE AMENEMHET III (1844-1797 a.C.)
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_wK7VRzurvm0/SqZthaT-idI/AAAAAAAAIio/b3XGbFAGg3Y/
s320/colar2.jpg>. Acesso em 10 out. 2020.
O maior destaque da arte egípcia, devido à complexidade; ao aspecto 
monumental das obras e de sua suntuosidade, foi a arquitetura. As obras realizadas 
tinham como objetivo expressar o poder dos faraós e garantir durabilidade 
e segurança para as tumbas, que, como já foi citado, eram de fundamental 
importância para um povo que acreditava na imortalidade da alma e na vida 
após a morte. As construções, cada um com suas funções e público específico, 
levavam com elas elementos culturais e religiosos das pessoas que as ocupavam. 
As Pirâmides eram os túmulos reais destinado ao faraó, a Mastaba era o túmulo 
destinado para a nobreza e o Hipogeu era o túmulo destinado ao povo. E, assim, 
a arte e a cultura vão se misturando aos aspectos sociais.
4 ARTE GRECO-ROMANA
 É comum ouvirmos falar em arte greco-romana e, isso se dá ao fato 
de a arte grega ter influenciado a arte romana. Quando a Grécia foi dominada, 
os Romanos ficaram impressionados com toda a suntuosidade que a arte grega 
transmitia. Todavia, a arte grega também teve influências romanas. Isso se prova 
com o uso dos arcos em vez das colunas na construção de templos e palácios.
Questões referentes à história, à filosofia praticada por esta civilização e 
aos conceitos estéticos são representados pela arte grega. O povo grego foi quem 
mais deu visibilidade as manifestações culturais e os que tinham maior liberdade 
de se expressar sem depender da ordem de reis e sacerdotes. Isso se dava pelo 
fato de que o povo grego acreditava que o ser humano era a criação mais incrível 
que o universo poderia ter algum dia realizado.
 
A arte grega teve períodos artísticos bem marcados como,o Clássico e o 
Helenístico, cada um com suas características e personagens, influenciando na 
criação de diversas obras de arte.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
10
O Período Clássico (século V a.C. e IV a.C.) foi marcado pelo surgimento 
de sociedades mais democráticas e de conceitos como sociedade privada. Na arte 
e na cultura ocorre o apogeu das grandes construções, da pintura e da escultura 
em cerâmica. Na filosofia, descarta-se a visão de mito para utilizar-se da razão no 
intuito de explicar determinados assuntos.
No Período Helenístico (século IV a.C. ao I a.C.) a civilização grega passa 
a ser fortalecida e se torna mais uma vez uma referência na região. Com essa 
expansão, a cultura grega passa a ser conhecida e difundida, realizando uma 
fusão das culturas. Neste período, ocorre uma mudança nas concepções artísticas, 
principalmente as que se referenciam à figura humana, trazendo mais movimento 
e sensibilidade às obras. Aqui se constrói a habilidade da civilização grega em 
representar as figuras humanas.
Em todas as obras de arte realizadas na época, os gregos buscavam 
representar, por meio das pinturas, as cenas do cotidiano, assuntos sobre 
mitologia e esportes, bem como acontecimentos históricos.
Outro ponto importante da arte grega foi a arquitetura, que teve grande 
destaque na época, por conta de sua grandiosidade e riqueza de detalhes, desde 
as características construtivas até os pequenos detalhes inscrustrados em enormes 
pilares que sustentavam as construções. Muitas destas obras de arte da arquitetura 
grega ainda podem ser conhecidos e vistos em locais históricos e turísticos da Grécia.
As esculturas também foram elementos de grande relevância na arte 
grega. Os escultores entalhavam lindas peças em pedras com muita delicadeza. 
O ideal realista era primordial, visto que os escultores desejavam chegar o mais 
perto do realismo possível. Um exemplo de escultura feita em mármore, sendo 
esta a obra expoente da arte grega, é a Vênus de Milo.
FIGURA 6 – VÊNUS DE MILO
FONTE: <https://cutt.ly/ZgAWn6Q>. Acesso em: 6 out. 2020.
TÓPICO 1 — ARTE NA IDADE ANTIGA
11
A arte grega, diferente da arte egípcia, era voltada para o proveito da 
vida terrena, da vida presente. Como os gregos ainda não tinham conhecimento 
científico de suas origens, da história da humanidade, eles utilizavam a criatividade 
para demonstrar por meio da arte seus crédulos mitológicos e explicações sobre 
os mais diversos assuntos da vida cotidiana. 
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, 
através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca 
da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual 
em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia ideal. Tudo 
isso provoca consequências fundamentais na história da arte, que 
determinam a sobrevivência de muitos conceitos e formas desde então 
até hoje (IMBROISI; MARTINS, c2020a).
Nas pinturas e os primeiros vestígios se encontram em vasos de cerâmica 
pintados com motivos geométricos, sendo que dos períodos clássico e arcaico 
não se encontram mais referências destas obras. Para estudá-las, faz-se necessário 
consultar fontes indiretas, de outros povos, que adquiriram este tipo de obra de 
arte, como os atenienses e os coríntios. 
Espalharam-se esses vasos pelo antigo mundo, em parte pela sua 
utilidade, como recipientes de vinho, azeite, mel e perfumes, assim 
como por sua beleza decorativa. As decorações dos vasos, reproduziam 
ou inspiravam-se nas obras de pintores famosos (FILHO, 1989, p. 75).
Os vasos, portanto, além de serem obras de arte da época, eram também 
utilitários e importantes itens para a predominância da história do povo grego.
FIGURA 7 – CRATERA PARA MISTURAR VINHO E ÁGUA
FONTE: <https://cutt.ly/jgAW40v>. Acesso em: 25 jul. 2020.
A arquitetura é outro ponto importante para ser comentado dentro do 
tema arte grega. Os templos – ou casa dos deuses, como eram chamados – foram 
os principais tipos de edifícios da época, mesmo que as cidades tivesses suas 
necessidades específicas de casas, muralhas, praças e ruas.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
12
FIGURA 8 – COLUNAS GREGAS
FONTE: <https://cutt.ly/dgAEdJt>. Acesso em: 25 jul. 2020.
Um dos itens primordiais da arquitetura dos templos gregos é a simetria 
perfeita entre o pórtico de entrada e o pórtico dos fundos. Era construído sob 
uma base de três degraus, sendo sustentado por colunas. Essas colunas, portanto, 
eram construídas a partidas características de cada ordem arquitetônica grega: 
dórica, jônica ou coríntia.
O Teatro Grego também foi outra manifestação cultural de suma importância 
na Grécia, e não é por menos que o significado do termo “Teatro” é “local onde 
se vê”; “local para olhar”. Teve seu início em Atenas, por volta de 550 a.C., e o 
deus Dionísio foi uma das suas principais inspirações. Sendo que no início era 
considerado uma celebração mitológica relacionado à festas, fertilidade e vinho.
Com o passar do tempo e com uma organização dos grupos, essas 
celebrações passaram a ter enredo, atores, plateia e as devidas encenações, 
chegando ao formato de teatro que conhecemos hoje. Figurinos variados, 
elementos teatrais, cenários, danças e mímicas eram encontrados com facilidade 
nos teatros da época. Era considerado um grande acontecimento e tomou conta 
da vida social dos gregos.
TÓPICO 1 — ARTE NA IDADE ANTIGA
13
FIGURA 9 – MÁSCARAS GREGAS
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/2e/f6/a2/2ef6a2dba6b0df3f731ce449522efc39.jpg>. 
Acesso em: 25 jul. 2020.
Mulheres não podiam participar das apresentações teatrais, pois elas 
não eram consideradas cidadãs. Portanto, as máscaras gregas tinham o papel de 
auxiliar na representação de personagens tanto masculinos quanto femininos.
Podemos citar dois gêneros do teatro grego: a tragédia e a comédia. Na 
tragédia, encontramos peças baseadas nas histórias trágicas e mitológicas, como 
o medo, a morte, o terror; e na comédia encontramos peças baseadas em sátiras, 
que abordavam diversos aspectos da sociedade grega de maneira cômica.
A Grécia sempre serviu de inspiração para diversos setores da sociedade. 
Na moda não foi diferente. Os deuses gregos e os ideais de beleza da figura 
humana grega serviram de base para diversas coleções de moda desenvolvida ao 
longo dos anos. Um exemplo disso foi a Prada com a estilista francesa Madame 
Grès (1903-1993), que, em suas coleções, buscava inspiração nas deusas gregas, 
mostrando que mesmo as mulheres da época não tendo voz nas questões políticas 
(e da sociedade em geral), elas possuíam grande força nas questões religiosas, 
culturais e na vida privada. Diante disso, vemos mais uma prova de que a arte e 
a cultura trazem diferentes visões aos mais variados segmentos.
 
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Neste tópico, você aprendeu que:
• O estudo do desenvolvimento das expressões artísticas e culturais e a 
organização das formas, estilos e conceitos constituem a disciplina de História 
da Arte.
• Nas sociedades ágrafas, podemos citar a arte rupestre como principal 
realização cultural da época. A arte rupestre é considerada a forma de arte 
mais antiga do ser humano. A mais antiga já conhecida e registrada é datada 
do Período Paleolítico (aproximadamente 40.000 a.C.).
• Por conta da simplicidade que viviam, como também pelas condições sociais 
proporcionadas para a época, os traços na arte rupestre eram geralmente 
realizados com o auxílio dos dedos, bem como de objetos pontiagudos.
• A arte egípcia tem grande obsessão pela imortalidade, ou seja, os desenhos 
criados ao longo dos anos pelos egípcios tinham a intenção de capturar 
momentos e deixar registrado tudo o que se fazia em vida, para que na morte 
pudessem se lembrar de tudo o que haviam feito.
• A arte grega teve períodos artísticos bem marcados, como o Clássico e o 
Helenístico, cada um com suas características e personagens, influenciando 
na criação de diversas obras de arte.
RESUMO DOTÓPICO 1
15
1 Arte Rupestre é o termo que denomina as representações artísticas pré-históricas 
realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos 
(ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre). A arte rupestre possui a 
característica de expressar elementos da cultura do homem pré-histórico. Com 
base no exposto, assinale a alternativa CORRETA que apresenta os elementos 
da cultura do homem pré-histórico nas pinturas rupestres:
a) ( ) O retrato das famílias feito de forma realista com o uso de carvão.
b) ( ) A descrição de cenas relacionadas com a vida política da pólis.
c) ( ) A descrição das trocas comercias intercontinentais.
d) ( ) A descrição de cenas de caça, rituais e símbolos cosmológicos.
e) ( ) O retrato das personalidades da tribo.
2 A arte egípcia está intimamente conectada com as questões espirituais e 
sobrenaturais. Sobre a Arte Egípcia, é INCORRETO afirmar:
a) ( ) As grandes manifestações da arquitetura egípcia foram os magníficos 
templos religiosos, as pirâmides, os hipogeus e as mastabas.
b) ( ) Na pintura as figuras eram representadas com os olhos e os ombros em 
perfil, embora com o restante do corpo de frente.
c) ( ) A escultura egípcia obedecia a uma orientação predominantemente 
religiosa. Eram numerosas as estátuas esculpidas com a finalidade de 
ficar dentro de túmulos. A escultura egípcia atingiu seu desenvolvimento 
máximo com os sarcófagos, esculpidos em pedra ou madeira.
d) ( ) A cultura egípcia foi profundamente marcada pela religião e pela 
supremacia política do faraó. Esses dois elementos exerceram grande 
influência nas artes (arquitetura, escultura, pintura, literatura) e na 
atividade científica.
e) ( ) A gradação (a mistura de tonalidades) e o claro-escuro não eram 
utilizados.
3 Observe e compare as seguintes figuras:
AUTOATIVIDADE
16
Cite uma diferença na forma de representação do corpo humano em uma e 
em outra escultura em comparação às duas fases históricas.
4 Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As grandes 
obras de arquitetura, como os templos, por exemplo, eram erguidas 
em homenagem aos deuses gregos. A arte grega construiu um espaço 
significativo na história do mundo ocidental. Sobre esta arte, é INCORRETO 
afirmar que:
a) ( ) Privilegiou a pintura e a música inspirando os artistas do tempo 
medieval e do renascimento.
b) ( ) A arquitetura teve obras de destaque, em que um dos princípios 
básicos era a harmonia das formas.
c) ( ) Destacou-se com originalidade na música da antiguidade, influenciando 
depois os grandes artistas modernistas.
d) ( ) Preocupou-se em seguir os ensinamentos realistas de Platão, o maior 
filósofo da cultura grega que se dedicou ao estudo da estética.
e) ( ) Não teve penetração na vida cotidiana das grandes cidades gregas, 
sendo apenas admirada pelas escolas elitizadas.
5 O Teatro Grego foi muito importante no desenvolvimento da cultura 
grega e, além disso, serviu de influência e inspiração para outros povos 
da antiguidade, sobretudo, os romanos. Vale lembrar que o termo teatro 
(theatron), do grego, significa “local onde se vê” ou “lugar para olhar”. O 
teatro grego era formado por diversos elementos, cenários e figurinos. 
Além da presença de júris, eles apresentavam músicas, danças e mímicas. 
O teatro trouxe expressões artísticas importantes para a formação do 
povo grego, as quais repercutiram historicamente no mundo ocidental. As 
tragédias gregas tinham, assim, notável força dramática e:
a) ( ) Possuíam grande conteúdo ético, embora fossem distantes das 
manifestações religiosas.
b) ( ) Tiveram repercussões na construção da filosofia e na cultura.
c) ( ) Restringiam-se às grandes ações dos mitos ligados às elites.
d) ( ) Não expressavam momentos de conflito dos homens com a sua 
existência.
e) ( ) São iguais às tragédias modernas, explorando a ironia e o humor.
17
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
ARTE NA IDADE MÉDIA
1 INTRODUÇÃO
Também chamada de Idade das Trevas, por seus acontecimentos 
controversos, a Idade Média ocorreu entre os séculos V e XV d.C., a partir da 
queda do Império Romano, em 476 d.C. e, teve seu fim em 1453 d.C. com a tomada 
de Constantinopla pelos turcos. Para os estudiosos, a Idade Média foi um período 
de grande retrocesso artístico, cultural e intelectual para a humanidade, devido a 
todo o percurso sinuoso em que viveu a sociedade da época.
Com o desenvolvimento das sociedades, a arte também seguiu um rumo 
de aprimoramento e contextualização. A arte absorve todo o cenário social e 
político da época trazendo para ao âmbito artístico o grande poder da igreja e 
toda a dificuldade encontrada dentro da sociedade. A Igreja passou a exercer 
sua influência sobre toda a sociedade e até mesmo sobre o Estado, sendo ela 
também quem continuou a contratar artistas, vitralistas, decoradores, escultores 
e pintores, pois os únicos edifícios públicos que ainda continuavam a construir 
neste período eram as igrejas.
2 ARTE BIZANTINA
Extremamente ligada à Igreja, a Arte Bizantina traz consigo características 
vindas de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. Ela chega em um 
momento em que o Cristianismo passa a ser considerado como religião. A 
religião passa a ter um importante papel de caracterizar o imperador como a 
ligação fundamental entre Deus e a terra, sendo este mantenedor de do sagrado 
e que governava seu povo em nome de Deus. Sendo assim, todas as obras de arte 
da época eram voltadas para as questões religiosas. Artistas não tinham liberdade 
para se expressar e tinham que seguir exatamente o que lhes era solicitado.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
FIGURA 10 – IMPERADORA TEODORA RETRATADA EM MOSAICO
FONTE: <https://cutt.ly/2gAYTLW>. Acesso em: 6 out. 2020.
O Mosaico foi uma das principais expressões artísticas da Arte Bizantina. 
Era geralmente aplicado no interior das igrejas, feito com materiais nobres e cores 
muito intensas, que refletiam as luzes, fazendo com que os templos se mostrassem 
suntuosos. Era instalado com pequenos pedaços de pedras, que eram colocados em 
cima de cimento, formavam enormes desenhos coloridos, significativos e religiosos.
A pintura foi um movimento que não fugiu das questões referentes à 
religiosidade. Com o movimento iconoclastas, artistas e sociedade não poderiam 
adorar figuras humanas, pois a adoração poderia ser apenas para Deus. Sendo 
assim, outras temáticas não eram abordadas e muito menos pensadas pelos artistas.
3 ARTE ROMÂNICA
A Arte Românica foi um estilo que ocorreu entre os séculos XI e XIII na Eu-
ropa. O termo Românico faz menção à influência do Império Romano neste estilo e 
destacou-se na arquitetura, pintura e escultura, tendo maior relevância nas constru-
ções de templos religiosos, construídos após a expansão do Cristianismo pela Euro-
pa. Para diversos estudiosos esse foi um estilo que se perdeu ao longo dos séculos, 
pois ficou escondido por baixo de reformas e restauros realizados nos prédios.
Com o crescimento religioso, a Arte Românica foi surgindo, trazendo 
características bem específicas, sendo um estilo essencialmente clerical, 
vista como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade. Na 
arquitetura, por exemplo, as igrejas foram chamadas de fortalezas de Deus, 
sendo as maiores já construídas neste período. Para que isso acontecesse, ocorreu 
uma evolução nas técnicas e materiais empregados. A utilização de pedras foi 
inserida na construção e o telhado de madeira, antes fáceis de serem incendiados, 
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TÓPICO 2 — ARTE NA IDADE MÉDIA
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foi substituído pelas abóbadas, garantindo às igrejas uma maior suntuosidade. 
Outras características a serem consideradas: pilares maciços e paredes espessas; 
fachadas simples; aberturas raras e estreitas usadas como janelas; torres que 
aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; arcos em 180 graus.
FIGURA 11 – ARQUITETURAROMÂNICA
FONTE: <https://cutt.ly/9gAYKxZ>. Acesso em: 3 set. 2020.
É neste período que o artista aprende a representar, na escultura e na 
pintura, o que ele sente e não apenas o que ele vê. Contudo, ainda assim, temos 
nesta fase uma arte voltada para a religiosidade e sua ligação com a sociedade.
A escultura renasce no período românico em grande escala e, condicionada 
à arquitetura, procura sempre preencher os espaços que possivelmente ficariam 
sem uso. As esculturas não tinham a preocupação com a representação fiel de 
seres e objetos, tudo era bastante simbólico e confuso, no qual representavam a 
imaginação dos artistas em cores fortes e vibrantes.
FIGURA 12 – ESCULTURA ROMÂNICA NO TÍMPANO DA CATEDRAL DE SÃO LÁZARO EM AUTUN, 
FRANÇA
FONTE: <https://static.todamateria.com.br/upload/es/cu/esculturaromanica-0-cke.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
A pintura não foi tão expoente quanto a arquitetura e a escultura, mas teve 
sua significância e permanece ainda sendo muito analisada ao longo dos anos 
pelos estudiosos. As iluminuras e as pinturas de murais foram as técnicas mais 
difundidas. A pintura teve como sua principal contribuição instruir a sociedade 
dos preceitos do cristianismo aos que não sabiam ler, que eram a grande maioria 
da população da época, ainda apresentou um forte caráter moral, pois trazia 
características relacionadas à fragilidade moral e ao pecado.
As iluminuras, comumente encontradas nas letras capitulares dos livros, 
são ornamentos com símbolos religiosos, executados geralmente pelos monges 
da época.
Apesar de o termo iluminura ser geralmente empregue para designar todo 
o conjunto pictórico de caráter decorativo ou ilustrativo que acompanhava 
os textos dos códices e dos livros manuscritos do período medieval, a 
sua aplicação tem vindo a ser gradualmente alargada, cronológica e 
geograficamente, de forma a englobar manifestações artísticas muito 
mais variadas. Temos como exemplo as iluminuras originárias do Egito e 
do mundo muçulmano e hindu (MURALHA, 2018, s.p.).
As iluminuras passaram a integrar as peças literárias, trazendo significados 
para cada início de frase. Além de representar questões referentes aos textos 
escritos, também tinham intuito de ornamentar.
Filme: O nome da Rosa (1986) | Jean-Jacques Annaud
Em 1327, William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk 
(Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William 
de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte 
de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no 
mosteiro. No filme, aparecem a arte românica da arquitetura, bem como a transcrição de 
livros com as iluminuras feitas pelos monges.
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TÓPICO 2 — ARTE NA IDADE MÉDIA
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FIGURA 13 – MANUSCRITO DE GIOVANNI BOCCACCIO (1313-1375)
FONTE: <https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b84521932/f22.highres>. Acesso em: 13 set. 2020.
Nas pinturas, geralmente em murais em grandes espaços, utilizando a 
técnica de afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre as paredes 
ainda úmidas, ou com a técnica de mosaicos, isto é, pequeninas pedras, de 
vários formatos e cores, que colocadas lado a lado vão formando o desenho. 
Independente da técnica, os contornos se mostravam fortemente delineados 
com efeitos de volume obtido por meio de linhas. O humano era a figura com 
maior representatividade, mas isso não significava que animais e plantas, fossem 
eles reais ou simbólicos, não pudessem ser representados, sendo que estes não 
precisavam ser fidedignos a figura que se queria apresentar. A importância do 
personagem que se queria representar também podia ser observada, já que pessoa 
da nobreza eram maiores em detrimento aos que eram de classes mais baixas.
FIGURA 14 – L’OFFERTADIABELE E CAINO, MOSAICO DEL XII SECOLO, CAPPELLA PALATINA, 
PALERMO
FONTE: <http://www.30giorni.it/upload/articoli_immagini_interne/32-12-012.jpg>. 
Acesso em: 13 ago. 2020.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
Desenhos de paisagens eram poucos explorados, sendo que os cenários que 
eram pintados com os personagens geralmente eram abstratos ou semiabstratos.
4 ARTE GÓTICA
Com características bem específicas, a Arte Gótica chega como uma resposta 
de contraposto à rigidez da Arte Românica, totalmente baseada na harmonia. 
O período gótico acontece no Renascimento do século XII até o Renascimento 
Italiano, quando a inspiração clássica chega para modificar tudo o que já tinha 
sido realizado em termos de arte. A palavra Gótico vem do termo Godos – povo 
bárbaro que, em 410 d.C., invadiu Roma no período de sua decadência. Foi 
originalmente usado para se referir a coisas obscuras e aos bárbaros. 
FIGURA 15 – CATEDRAL DE NOTRE-DAME, FRANÇA, UM DOS PRINCIPAIS ÍCONES DA 
ARQUITETURA GÓTICA
 FONTE: <https://cutt.ly/3gAIR8V>. Acesso em: 3 jul. 2020.
Novamente, é na arquitetura, junto à religião, que a Arte Gótica passa 
a ter maior representatividade no Período Gótico. A principal característica 
da arquitetura gótica é a altura de todas as construções, que se tornam mais 
imponentes e pontiagudas, criando ainda a impressão da pequenez do homem 
frente à suntuosidade das edificações. As estruturas das construções, como paredes 
e colunas são mais finas e leves, apresentando nervuras que as reforçavam, além 
do uso do arco ogival ou agudo. A entrada das catedrais possui três portais, ao 
contrário de um único portal presente nas construções românicas. Com a altura 
das edificações e as diversas inovações arquitetônicas, a iluminação no interior 
dos projetos passa a ser mais privilegiada, as janelas são revestidas por vitrais 
e existe a presença de rosáceas. A decoração, tanto interna quanto externa dos 
edifícios, também passa a ser apreciada.
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TÓPICO 2 — ARTE NA IDADE MÉDIA
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A arquitetura gótica passou por três fases, o Gótico Primitivo, cujas 
primeiras ideias de estética da época foram incorporadas e estudadas para 
posteriormente serem executadas. O Gótico Pleno (ou clássico), em que já com 
o domínio das técnicas e a estética consolidada foram erguidos muitos edifícios. 
Essa é a fase onde várias catedrais conhecidas pelo estilo gótico foram erguidas. 
E, por fim, o Gótico Tardio, no qual, depois da passagem da peste negra, por volta 
do século XIV, a crise econômica e a escassez de recursos obrigaram a sociedade 
a realizar construções mais modestas.
FIGURA 16 – CATEDRAL DE CHARTRES NA FRANÇA, CONSIDERADA COMO A BÍBLIA FEITA DE 
PEDRA
FONTE: <https://cutt.ly/ogAIMEP>. Acesso em: 6 out. 2020.
Com a grande presença das janelas nos espaços, um tipo de arte que 
surge com maior ênfase são os vitrais, mosaicos coloridos que representavam 
temas referentes à religiosidade e a vida em sociedade, visto que diversos outros 
edifícios além de igrejas foram construídos, como casas de burgueses, hospitais e 
espaços públicos.
A pintura gótica surge praticamente meio século, depois do surgimento 
da arquitetura gótica, aproximadamente no ano de 1200, alcançando seu ápice 
entre 1300 e 1350, tornando-se independente da arquitetura. Inicialmente, ela era 
usada no interior das catedrais. Em seguida, ela passa a ocupar diversos outros 
locais, como castelos e palácios ao redor das cidades.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
FIGURA 17 – “O CASAL ARNOLFINI” DE JAN VAN EYCK
FONTE: <https://farm5.staticflickr.com/4838/45273996964_201414e4bc_o.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
O foco principal das pinturas era religioso, mas ainda assim eram 
consideradas sombrias e emotivas. Exemplos de artistas desta época, Giotto 
(1267-1337) e o belga Jan Van Eyck (1390-1441), foram expoentes com suas obras 
de arte, ainda hoje cobiçadas pelos maiores museus do mundo.
Aescultura gótica existente toma forma e espaço dentro das igrejas. 
Todavia, antes de se tornar um amontoado de esculturas em um lugar apenas, 
as esculturas passam a ter uma representatividade dentro do local em que estão 
instaladas, trazendo uma independência em relação a arquitetura. Artistas 
passam a utilizar uma infinidade de materiais para suas obras, buscando sempre 
apresentar formas que proporcionam movimento, tornando-se um trabalho 
moderno e inovador para a época.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Extremamente ligada à Igreja, a arte bizantina traz consigo características 
vindas de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. Ela chega em um 
momento em que o Cristianismo passa a ser considerado como religião.
• O mosaico foi uma das principais expressões artísticas da arte bizantina. 
Era geralmente aplicado no interior das igrejas, feito com materiais nobres e 
cores muito intensas, que refletiam as luzes, fazendo com que os templos se 
mostrassem suntuosos.
• A arte românica foi um estilo que ocorreu entre os séculos XI e XIII, na Europa. 
• O termo românico faz menção à influência do Império Romano neste estilo 
e, destacou-se na arquitetura, pintura e escultura, tendo maior relevância 
nas construções de templos religiosos, construídos após a expansão do 
Cristianismo pela Europa.
• Com características bem específicas, a arte gótica chega como uma resposta à 
rigidez da arte românica, sendo totalmente baseada na harmonia. 
26
1 Os historiadores da arte sugerem que o termo “gótico” tenha sido cunhado 
pelo humanista Giorgio Vasari (1511-1574), no século XVI, em referência a 
um tipo de arte nascido na Baixa Idade Média, com grande expressão na 
arquitetura e na pintura e, que se diferenciava da arte românica, produzida 
antes dela. Entre os primeiros pintores do estilo gótico que podemos 
mencionar, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Pablo Picasso.
b) ( ) Giotto di Bondone.
c) ( ) Leonardo da Vinci.
d) ( ) El Greco.
e) ( ) Francis Bacon.
2 Leia o texto a seguir.
AUTOATIVIDADE
 Em 1127, São Bernardo (1090-1153) reconciliou-se com Suger (c. 1085-1151). Em 
uma carta (n. 78), Bernardo congratulou-se efusivamente com ele por ter reformado sua 
abadia, mas, sobretudo, por passar a viver uma vida verdadeiramente cristã, modesta, 
mesmo em meio ao fausto do poder.
 Essa importante reforma e redecoração levada a cabo por Suger em Saint-Denis, 
a mais régia das igrejas (originalmente um mosteiro), deu origem a uma nova arte, o gótico, 
que, em Saint-Denis, foi a mais perfeita expressão concreta da filosofia da metafísica da luz do 
Pseudo-Dionísio Areopagita (séc. V). No espetáculo poético da esfuziante irradiação da luz, em 
Saint-Denis, a transcendência repousou na matéria, a luz na cor, a contemplação na ação.
FONTE: COSTA, R. da. A luz deriva do bem e é imagem da bondade: a metafísica da luz 
do Pseudo Dionísio Areopagita na concepção artística do abade Suger de Saint-Danis. 
In: Revista de Filosofia e Mística Medieval. Curitiba, v. 6, n. 2, p. 39-52, jul./dez. 2009.
A beleza, apontada pelo texto de Ricardo da Costa, referente à primeira 
construção tipicamente gótica da Idade Média, estava associada à claridade, 
à luz e à cor. Esses elementos, trabalhados inicialmente na Catedral de Saint-
Denis, tornaram-se comuns nas outras construções góticas espalhadas por 
toda a Europa. Sobre como a luz e a cor preenchiam o interior das catedrais 
góticas, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Por meio das grandes lucarnas construídas no centro das catedrais.
b) ( ) Por meio das pinturas dos artistas do Renascimento.
c) ( ) Por meio da arte da escotilha.
d) ( ) Por meio da arte dos vitrais.
e) ( ) Por meio das iluminuras.
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TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
ARTE NA IDADE MODERNA
1 INTRODUÇÃO
A Idade Moderna compreende o período do século XV ao século XVIII. 
Muitos foram os acontecimentos que marcaram esta época, como o nascimento 
da imprensa, as viagens para as américas, a Revolução Francesa e a Industrial.
A arte na Idade Moderna, especialmente voltada para o século XV e XVI, 
alcançava o objetivo de tornar o homem universal, versado em muitas disciplinas. 
Identificada com as fases do renascimento Trecento (século XIV), Quatroccento 
(século XV), Cinquecento (século XVI). 
No Trecento, Giotto di Bondoni destaca-se nas artes plásticas, procurando 
romper com o que já havia se concebido na Idade Medieval, buscando maior 
profundidade em seus quadros, sendo que as personagens que aparecem nas 
pinturas, mesmo ainda sendo de origem religiosa, passam a caracterizar mais os 
sentimentos e as emoções, o que até então não era explorado.
No Quatrocento, diversos artistas passaram a ser contratados para realizar 
projetos arquitetônicos de igrejas, bem como pintar quadros e realizar esculturas. 
Apoiar as artes naquela época era considerado uma alavanca para a posição social. 
Aqui, Sandro Botticelli e Leonardo da Vinci ganham expressiva notoriedade.
Já no Cinquecento, o Renascimento passa a ocupar uma posição de 
destaque na Idade Moderna, expandindo-se para fora da Itália. Com a expansão 
marítima e o avanço das grandes cidades, artistas passam a ser mais valorizados, 
possibilitando o surgimento de novos nomes na literatura, na pintura e nas 
artes em geral. Todos esses marcos históricos trouxeram para a arte diversas 
características que conheceremos a seguir.
2 ARTE RENASCENTISTA
A arte Renascentista pode ser inserida em dois grandes marcos da história, 
pois ela inicia quando a Idade Média está finalizando e a Idade Moderna iniciando. 
Portanto, ainda podemos dizer que ela faz parte também da Idade Média, pois 
incluía em seu repertório temas religiosos que eram o foco da arte medieval, mas 
introduziu também novos temas relacionados ao homem e sua posição com o 
mundo ao seu redor, caracterizando-se como pertencente a Idade Moderna.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
Já no final da Idade Média, o Teocentrismo (ideia de que Deus era o 
Centro de tudo) foi dando espaço ao Antropocentrismo (ideia de que o homem 
deve estar no centro de tudo), isso acontecendo de forma natural e gradual. Com 
essas mudanças de pensamento, a sociedade começa a pensar diferente sobre a 
atuação do homem em diversos campos. O Renascimento foi um movimento que 
revolucionou os movimentos artísticos, culturais e filosóficos da época e, por isso, 
a denominação renascimento veio para finalizar uma era em que a sociedade vive 
no mais profundo obscuro.
Foi o poeta Petrarca (1304-1374) que trouxe a luz do Renascimento 
para a arte e para os novos pensamentos, discutindo a Antiguidade Clássica e 
suas influências na sociedade. O poeta quis trazer toda a luz e os pensamentos 
importantes, que foram discutidos na era romana e que poderiam trazer 
prosperidade para uma sociedade que estava vivendo uma era de trevas.
Lembrando sempre dos três momentos fundamentais que compõem 
a Arte Renascentista: o Trecento, que corresponde à fase inicial do movimento 
renascentista, no século XIV; o Quatrocento, em que temos vários trabalhos na 
cidade de Florença, os quais correspondem aos séculos XV; e o Cinquecento, 
última fase – transcorrida no século XVI – em que a cidade de Roma assume 
posição de destaque.
O Renascimento surge para suceder o estilo gótico, fazendo com que os 
artistas fossem considerados intelectuais e que não tinham como objetivo copiar 
o que foi feito na antiguidade clássica, mas sim se igualar com as criações que 
foram feitas neste período.
FIGURA 18 – ESCULTURA RENASCENTISTA (SAN MARCOS, DONATELLO/FLORENÇA)
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/2787-original-cke.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
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TÓPICO 3 — ARTE NA IDADE MODERNA
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O artista deixa de ser um artesão e passa a ser um importante profissional 
dentro da sociedade, estimulando o colecionismo e fazendo com que as obras 
de arte criadas tivessemum grande valor intelectual e financeiro. Além disso, a 
criação de oficinas artísticas, permitiu que mais artistas se profissionalizassem e 
especializassem, tornando-os mestres da arte.
No período gótico, as esculturas relacionadas à arquitetura quase 
desapareceram, mas no Renascimento elas retornam, sendo mais independentes 
da arquitetura. É o caso do artista Donatello (1386-1466), com a obra San Marcos, 
toda feita em mármore. Ela foi pensada e projetada para estar em um dos nichos 
de uma catedral gótica, contudo, por estar nesta fase mais independente, destaca-
se sem precisar de projetos arquitetônicos.
Outro ponto importante da escultura renascentista e do artista Donatello 
é a atenção dada à sensualidade do corpo nu, que foi uma das principais 
características da época clássica. O primeiro exemplo disso foi a escultura de Davi, 
de tamanho natural e totalmente nua desde a Idade Antiga. Realismo e volume 
são as principais características da escultura renascentista. O busto-retrato ganha 
novamente destaque e acaba viram também objeto do colecionismo e uma grande 
oportunidade de negócio para os artistas.
FIGURA 19 – DAVI DE DONATELLO EM DIFERENTES VISÕES
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/89/63/eb/8963eb4229d6c8273949b1d3caf69dd3.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
Quase uma década depois da escultura, a pintura renascentista aparece 
com força total. Diferente do estilo gótico, que representava nas pinturas figuras 
imaginárias, a pintura renascentista retrata uma representação exata do real. Os 
primeiros passos da pintura no Renascimento foram dados por Masaccio (1401-
1428), que faleceu prematuramente com 27 anos. A sua obra de arte muito se 
assemelhava à obra de Donatello, onde se percebe os detalhes, como as roupas 
que se parecem com verdadeiros tecidos, assim como os cenários arquitetônicos 
desenhados com tamanha perfeição.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
FIGURA 20 – O NASCIMENTO DE VÊNUS DE SANDRO BOTTICELLI
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/venuss-cke.jpg>. Acesso em: 6 out. 2020.
Sandro Botticelli (1445-1510) foi o artista que despertou na pintura 
renascentista graciosidade e movimento, trazendo corpos voluptuosos e sensuais. 
Sua obra, O Nascimento de Vênus, como as demais obras do Renascimento, traz 
elementos da pintura de óleo sob tela, oferecendo às imagens, características mais 
móveis e fluidas.
Você sabia que o desenho animado das Tartarugas Ninjas possui uma 
interessante relação com a História da Arte? Os episódios narram as aventuras de 
quatro tartarugas que caíram no esgoto de Nova York e sofreram mutações, adquirindo 
características humanas. Seus nomes homenageiam os artistas renascentistas: Leonardo 
(Da Vinci), Michelangelo (Buonarrotti), Donatello (di Niccoló di Betto Bardi) e Rafael (Sanzio). 
Os autores do desenho também homenagearam a Itália, berço do Renascimento, uma vez 
que a comida predileta das personagens é a pizza!
 Após caírem no esgoto, as tartaruguinhas aprenderam artes marciais com um rato 
chamado Mestre Splinter. Detalhe: ele não tem a orelha direita! Pelo menos neste universo, 
Van Gogh foi o mestre dos renascentistas! O nome original nos Estados Unidos é Teenage 
Mutant Ninja Turtles. Foram criadas inicialmente como histórias em quadrinhos, em 1984, 
pela Mirage Comics. Depois, devido ao sucesso, passaram para a televisão e cinema.
FONTE: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-arte-na-idade/
35853>. Acesso em: 7 jul. 2020.
INTERESSA
NTE
TÓPICO 3 — ARTE NA IDADE MODERNA
31
A fase final do Renascimento Italiano, também chamada de Renascimento 
Pleno, faz com que os artistas busquem cada vez mais a perfeição em suas obras. 
Obras de arte feitas para despertar sentimentos e para serem consideradas 
inigualáveis e sem imperfeições. Leonardo Da Vinci (1452-1519) foi um dos 
artistas expoentes da época, chegando perto do ideal “homem da Renascença”, 
que significa um indivíduo de talentos múltiplos, que irradiava saber. Figuras 
andróginas e enigmáticas estão sempre presentes em suas obras, bem como a 
expressão destes personagens por meio de gestos. Utilizando-se da luz como 
principal ferramenta desenvolvendo ainda mais a técnica de claro-escuro.
FIGURA 21 – A ÚLTIMA CEIA DE LEONARDO DA VINCI
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/a-ultima-ceia-2-cke.jpg>.
Acesso em: 6 out. 2020.
Outros artistas como Michelangelo Buonarotti (1475-1564) e Rafael Sanzio 
(1483-1520) foram também representantes na pintura renascentista. Michelangelo, 
além de pintor, também foi escultor, poeta e arquiteto. Considerado um artista 
solitário, foi quem inseriu a ideia de que os artistas eram gênios sob o comando 
de uma inspiração divina.
O corpo humano era para Michelangelo uma expressão do divino e 
representá-lo sem roupagens era a única forma de absorver toda sua 
divindade. Daí a sua obra estar recheada de corpos nus e possantes, 
pois ao contrário de Leonardo, cujas figuras parecem imbuídas de uma 
feminilidade latente, em Michelangelo o pendor é para o masculino 
(CUNHA, c2020, s.p.).
Já Rafael Sanzio (1483-1520) comumente conhecido apenas pelo seu 
primeiro nome, também chamado de “príncipe dos pintores”, é considerado um dos 
maiores pintores renascentistas e, mesmo sendo contemporâneo, a Michelangelo 
não teve a importância merecida pela sociedade. Junto à Michelangelo e Leonardo 
da Vince, Rafael compõe a tríade de artistas renascentistas que marcaram os 
séculos XIV a XVI.
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UNIDADE 1 — HISTÓRIA DA ARTE
3 ARTE BARROCA
 A Arte Barroca desenvolveu-se inicialmente na Itália, no século XVII. Logo, 
espalhou-se para outros países. Mais tarde, com a ascensão das colonizações, ela 
também se desenvolveu no Brasil e em outros países do continente americano. 
Visto isso, foi um movimento que dependeu de todo o contexto histórico que 
estava inserido.
Grandiosos pintores como Tintoretto (1515-1549), Andrea Pozzo (1642-
1709), Annibale Carraci (1560-1609) e Michelangelo Caravaggio (1571-1610), 
que retratava em suas obras cenas do cotidiano com personagens músicos e 
trabalhadores em geral, fizeram a história do estilo barroco no mundo. 
As imagens que predominam neste período, dizem muito com o que se 
passava na sociedade, sendo a predominância das imagens religiosas e da riqueza 
dos colonizadores em terras já colonizadas.
Como características principais da arte barroca podemos citar: 
predominância de temas religiosos, uso de contrastes para marcar que o humano 
poderia ter proximidade com o divino, utilização de iluminação para consolidar 
as nuances claras e escuras, imagens ricas em detalhes e formas, expressões 
dramáticas e pessimistas nos personagens, exagero decorativo e utilização de 
curvas e contornos.
No Brasil, a Arte Barroca teve seu início no século XVIII e perdurou até o 
século XIX. Chegou no país com os Jesuítas, no momento da colonização, como 
uma ferramenta de catequização dos indígenas e posteriormente, dos escravos. 
Para alguns estudiosos foi pelo estilo Barroco que começaram a aparecer obras de 
arte verdadeiramente brasileiras. O maior exemplo de artista barroco brasileiro 
foi o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814).
FIGURA 22 – NOSSA SENHORA DAS DORES (ALEIJADINHO)
FONTE: <https://cutt.ly/PgAAIX2>. Acesso em: 6 out. 2020.
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TÓPICO 3 — ARTE NA IDADE MODERNA
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Na arquitetura barroca brasileira também se percebe traços bastante 
significativos. Igrejas com trabalhos primorosos em madeira e cobertos de ouro 
em cidades mais abastadas. Nas cidades em que o ouro e a cana de açúcar não eram 
a principal fonte de renda, os detalhes na arquitetura eram mais simplificados e 
o ouro era raramente encontrado, dando a chance de alguns artistas iniciantes 
realizarem seu trabalho. Ouro Preto (em Minas Gerais) e Salvador (na Bahia) 
possuem diversas construções em estilo barroco ainda preservadas.
O Barroco é a arte

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