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História da Arte, do Design e da Indumentária

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Indaial – 2020
e IndumentárIa
Profª. Edna Regina Steinhauser
Profª. Mariana Girardi Barbosa Silva
1a Edição
HIstórIa da arte, 
do desIgn
Elaboração:
Profª. Edna Regina Steinhauser
Profª. Mariana Girardi Barbosa Silva
Copyright © UNIASSELVI 2020
 Revisão, Diagramação e Produção: 
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
T693s
Steinhauser, Edna Regina
História da arte, do design e da indumentária. / Edna Regina 
Steinhauser; Mariana Girardi Barbosa Silva. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
276 p.; il.
ISBN 978-65-5663-296-4
ISBN Digital 978-65-5663-298-8
1. História da arte. - Brasil. 2. História do design. – Brasil. 3. 
Indumentária. – Brasil. I. Silva, Mariana Girardi Barbosa. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 900
A disciplina de História da Arte, Design e Indumentária objetiva trazer reflexões 
sobre a composição teórica da Arte, do Design e da Indumentária ao longo da história, 
trabalhando a consonância entre elas. A disciplina também propõe uma discussão 
histórica acerca das dinâmicas sociais, territoriais e culturais que permeiam estas 
disciplinas.
De posse de algumas informações, este livro propõe um levantamento de dados 
históricos que visam introduzir o aluno ao estudo da Arte, do Design e da Indumentária, 
bem como ambientá-lo para entender a proximidade dos temas. Ademais, o livro está 
estruturado em três unidades, que pretendem discutir os temas apresentados.
A Unidade 1 trata da História da Arte, na qual, por meio de informações variadas 
sobre uma linha do tempo histórica, apresenta informações gerais sobre a arte, a estética, 
os artistas e as suas obras. Os estilos, as cores e as texturas utilizadas mesclam-se às 
obras arquitetônicas e as mais variadas obras de arte criadas ao longo da história. A 
unidade está organizada a partir de seis tópicos, sendo que o primeiro tópico pretende 
abordar a arte na Idade Antiga. Com a leitura dele, esperamos que você compreenda 
em que circunstâncias a arte teve início e como ela se desenvolveu em meio a tantas 
mudanças na sociedade. O segundo tópico objetiva estudar a Arte na Idade Média e 
seus movimentos sociais que contribuíram com uma arte voltada para a religiosidade. 
O terceiro tópico que abrange a Idade Moderna, compreendendo o período do Século 
XV ao Século XVIII. Muitos foram os acontecimentos que marcaram esta época, como 
o nascimento da imprensa, as viagens para as américas, a Revolução Francesa e a 
Industrial e, com isso, a arte também se manifesta e evolui.
O quarto, quinto e sexto tópico trazem aspectos da Idade Contemporânea, da 
Arte do século XX, bem como da arte Pós-moderna, buscando compreender elementos 
das obras realizadas por artistas contemporâneos e que buscam maneiras e materiais 
diferenciados para executar suas obras.
Esperamos que, com todas essas informações, seja possível compreender 
um pouco mais sobre como a sociedade e as questões culturais influenciam no 
desenvolvimento das artes, bem como a arte influencia os setores diversos da sociedade.
A Unidade 2 apresenta uma introdução à História do Design, a fim de promover ao 
acadêmico conhecimentos das origens, desenvolvimento e disseminação dos conceitos 
que determinaram o surgimento do Design no mundo moderno e contemporâneo, 
identificando as diferentes áreas de abrangência e atuação profissional, bem como sua 
influência na moda, na arte, na comunicação e na sociedade atual.
APRESENTAÇÃO
GIO
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
A Unidade 3 introduzirá você, acadêmico, no universo da indumentária da 
sociedade ocidental, através da diversidade cultural e dos sujeitos no espaço social, 
utilizando-se das formas, texturas, cores, padrões, estruturas de divisão de classes, de 
poder e hierarquia, de conceitos utilitários, de beleza e apropriação artístico-culturais, 
trazendo, ainda, os grandes criadores e peças icônicas. 
Profª. Edna Regina Steinhauser
Profª. Mariana Girardi Barbosa Silva
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
QR CODE
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - HISTÓRIA DA ARTE .......................................................................................... 1
TÓPICO 1 - ARTE NA IDADE ANTIGA .....................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 ARTE RUPESTRE .................................................................................................................3
3 ARTE EGÍPCIA .....................................................................................................................5
4 ARTE GRECO-ROMANA ......................................................................................................9RESUMO DO TÓPICO 1 .........................................................................................................14
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 15
TÓPICO 2 - ARTE NA IDADE MÉDIA .................................................................................... 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 17
2 ARTE BIZANTINA .............................................................................................................. 17
3 ARTE ROMÂNICA ..............................................................................................................18
4 ARTE GÓTICA ................................................................................................................... 22
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................................ 25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 26
TÓPICO 3 - ARTE NA IDADE MODERNA ..............................................................................27
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................27
2 ARTE RENASCENTISTA ....................................................................................................27
3 ARTE BARROCA ............................................................................................................... 32
4 ARTE ROCOCÓ ................................................................................................................. 33
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 35
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 36
TÓPICO 4 - ARTE NA IDADE CONTEMPORÂNEA ................................................................37
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................37
2 ARTE NEOCLÁSSICA ........................................................................................................37
3 ARTE ROMÂNTICA ........................................................................................................... 40
4 ARTE NO REALISMO ......................................................................................................... 41
5 ARTE IMPRESSIONISTA ................................................................................................... 43
6 ARTE PÓS-IMPRESSIONISTA .......................................................................................... 43
7 ARTE NATURALISTA ........................................................................................................ 44
RESUMO DO TÓPICO 4 ........................................................................................................ 45
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 46
TÓPICO 5 - ARTE NO SÉCULO XX........................................................................................47
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................47
2 SEMANA DE ARTE MODERNA ...........................................................................................47
3 EXPRESSIONISMO ........................................................................................................... 48
4 FAUVISMO ........................................................................................................................ 49
5 CUBISMO .......................................................................................................................... 50
6 ABSTRACIONISMO ........................................................................................................... 52
7 CONSTRUTIVISMO .......................................................................................................... 53
8 SUPREMATISMO .............................................................................................................. 54
9 DADAÍSMO ........................................................................................................................ 54
10 SURREALISMO ............................................................................................................... 55
RESUMO DO TÓPICO 5 .........................................................................................................57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 58
TÓPICO 6 - ARTE CONTEMPORÂNEA OU PÓS-MODERNA ................................................ 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 61
2 POP ART ............................................................................................................................. 61
3 OP ART .............................................................................................................................. 62
4 MINIMALISMO .................................................................................................................. 63
5 TACHISMO ........................................................................................................................ 63
6 ARTE CONCEITUAL .......................................................................................................... 64
7 FOTORREALISMO E INTERNET ART ................................................................................ 66
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 69
RESUMO DO TÓPICO 6 .........................................................................................................73
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................75
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 77
UNIDADE 2 — HISTÓRIA DO DESIGN ...................................................................................79
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO AO DESIGN ................................................................................81
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................81
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE DESIGN ..........................................................................81
3 ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO DESIGN ........................................................................... 86
4 ARTESANATO, DESENHO INDUSTRIAL E O CONCEITO DE STANDARD ....................... 88
5 FUNÇÕES DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS: PRÁTICA, ESTÉTICA E SIMBÓLICA ........... 91
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 93
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................95
TÓPICO 2 - INDUSTRIALIZAÇÃO NOS SÉCULOS XVIII, XIX E XX ......................................97
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................97
2 PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ..............................................................................97
3 SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ........................................................................... 104
4 TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ............................................................................111RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 115
TÓPICO 3 - MOVIMENTOS ESTÉTICOS E ESCOLAS DE DESIGN ......................................117
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................117
2 GOTHIC REVIVAL .............................................................................................................117
3 ARTS AND CRAFTS (1850-1914) ................................................................................... 118
4 ESTETICISMO – MOVIMENTO ESTÉTICO (1870-1900).................................................122
5 ART NOUVEAU E JUGENDSTIL (1890-1910).................................................................124
6 DEUTSCHER WERKBUND (1907-1935) .........................................................................132
7 DE STIJL, NEOPLASTICISMO, ABSTRACIONISMO (1917-1931) ...................................134
8 CONSTRUTIVISMO RUSSO (1930-1950) .......................................................................136
9 BAUHAUS (1919-1933) ................................................................................................... 137
9.1 FASE DA FUNDAÇÃO (1919-1923) .................................................................................................. 139
9.2 FASE DA CONSOLIDAÇÃO (1923-1928) ........................................................................................141
9.3 FASE DA DESINTEGRAÇÃO (1928-1933) ..................................................................................... 143
10 ORGANIC DESIGN (1930-1960) .................................................................................. 144
11 STREAMILINING (1930-1950) ...................................................................................... 147
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................150
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................152
TÓPICO 4 - O DESIGN NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX .......................................155
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................155
2 ESCOLA DE ULM – HOCHSCHULE FÜR GESTALTUNG (1952-1968) ............................156
3 ANTIDESIGN, DESIGN RADICAL, DESIGN CONCEITUAL E CONTRADESIGN ..............160
4 HIGT-TECH ......................................................................................................................162
5 MEMPHIS .........................................................................................................................163
6 KITSCH ............................................................................................................................164
7 DESIGN NO BRASIL .........................................................................................................165
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................169
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 175
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 177
UNIDADE 3 — HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA ................................................................... 181
TÓPICO 1 — A INDUMENTÁRIA NA IDADE ANTIGA ...........................................................183
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................183
2 PRÉ-HISTÓRIA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .............................................183
3 EGITO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................................................185
4 MESOPOTÂMIA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .............................................187
5 GRÉCIA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .........................................................189
6 ROMA – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ............................................................ 191
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................194
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................195
TÓPICO 2 - INDUMENTÁRIA NA IDADE MÉDIA ................................................................. 197
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 197
2 BIZÂNCIO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .....................................................198
3 PERÍODO GÓTICO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ........................................199
RESUMO DO TÓPICO 2 ...................................................................................................... 202
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 203
TÓPICO 3 - INDUMENTÁRIA NA IDADE MODERNA ......................................................... 205
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 205
2 RENASCIMENTO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ......................................... 205
3 BARROCO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA .................................................... 209
4 ROCOCÓ – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA........................................................ 211
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................214
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................216
TÓPICO 4 - INDUMENTÁRIA NA IDADE CONTEMPORÂNEA: SÉCULO XIX .....................219
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................219
2 DANDISMO E IMPÉRIO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ................................ 220
3 ROMANTISMO E VITORIANO – ASPECTOS GERAIS E INDUMENTÁRIA ...................... 222
4 BELLE ÉPOQUE .............................................................................................................. 230
RESUMO DO TÓPICO 4 ...................................................................................................... 233
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 234
TÓPICO 5 - INDUMENTÁRIA NO SÉCULO XX E XXI ......................................................... 237
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 237
2 DÉCADA DE 1910 ........................................................................................................... 237
3 DÉCADA DE 1920 ........................................................................................................... 239
4 DÉCADA DE 1930 ........................................................................................................... 243
5 DÉCADA DE 1940 ........................................................................................................... 247
6 DÉCADA DE 1950 ........................................................................................................... 252
7 DÉCADA DE 1960 ...........................................................................................................257
8 DÉCADA DE 1990 ........................................................................................................... 260
9 A MODA NO SÉCULO XXI ................................................................................................ 262
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................. 265
RESUMO DO TÓPICO 5 ....................................................................................................... 271
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 273
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 275
1
UNIDADE 1 - 
HISTÓRIA DA ARTE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender os sentidos crítico, estético, histórico, técnico e cultural das manifestações 
artísticas e as premissas fundantes da criação;
• compreender a moda como arte e objeto estético;
• relacionar questões históricas e filosóficas da História da Arte e da Estética, 
interagindo com moda e suas dinâmicas específicas;
• compreender as mudanças ocorridas na Arte e na Estética desde a sociedade 
greco-romana até o período neoclássico;
• entender as mudanças ocorridas a partir do Realismo, Impressionismo e Pós-
impressionismo na História da Arte e Estética;
• compreender os processos das vanguardas históricas na História da Arte e Estética;
• conhecer aspectos específicos sobre a arte contemporânea e sua ligação com a 
Moda.
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ARTE NA IDADE ANTIGA
TÓPICO 2 – ARTE NA IDADE MÉDIA
TÓPICO 3 – ARTE NA IDADE MODERNA
TÓPICO 4 – ARTE NA IDADE CONTEMPORÂNEA
TÓPICO 5 – ARTE NO SÉCULO XX
TÓPICO 6 – ARTE CONTEMPORÂNEA OU PÓS-MODERNA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
ARTE NA IDADE ANTIGA
1 INTRODUÇÃO
A arte na antiguidade tem como base todas as manifestações artísticas e 
culturais desenvolvidas pelas antigas civilizações. Ela estende-se desde os grupos 
primitivos até a queda do Império Romano, em 478 d.C. As manifestações deste período 
são bastante diversificadas e demonstram que a arte está intimamente ligada às 
questões sociais e religiosas de cada época. É neste período que surgem discussões 
acerca dos conceitos teóricos e de estudo sobre as artes.
A arte e a moda evoluem ao longo das civilizações de forma constante e mi-
grando por caminhos distintos, mas que um dia se tornariam próximas. Povos foram 
caracterizando-se, formando-se e, com isso, tanto a arte quanto a moda foram se apri-
morando. Segundo Treptow (2013, p. 20), “até o final da Idade Média, podemos constatar 
que existia indumentária, roupa, mas não moda”. Arte e moda se complementariam ao 
longo dos anos, sendo que a moda sempre necessita de inspiração e de elementos vi-
suais diversos, e a arte consegue proporcionar isso com excelência. Segundo Buckley e 
McAssey (2013, p. 61), “elementos como composição, tema, cor e textura dessas pintu-
ras, gravuras, esculturas e desenhos são fontes de inspiração”. Sendo assim, a arte e a 
moda se cruzarão diversas vezes ao longo de todos os tópicos abordados.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
2 ARTE RUPESTRE
O estudo do desenvolvimento das expressões artísticas e culturais e a 
organização das formas, estilos e conceitos, por meio de obras de arte, constituem a 
disciplina de História da Arte. Compreender a história da arte da Idade Antiga é reviver 
uma nova forma de linguagem entre os povos por meio de sinais, desenhos e cores 
diversas. As mais variadas técnicas, a confecção de materiais tendo como base a 
natureza são elementos que devemos considerar nessa fase da história da arte.
Nas sociedades ágrafas, podemos citar a arte rupestre como principal realização 
cultural da época. A arte rupestre é considerada a forma de arte mais antiga do ser humano. 
A mais antiga já conhecida e registrada é datada do Período Paleolítico (aproximadamente 
40.000 a.C.), sendo encontradas, em sua maioria, em paredes e tetos de cavernas, bem 
como em ambientes ao ar livre, realizadas por povos primitivos que habitavam várias regiões 
do mundo. A palavra rupestre, vem do Francês rupestre, que significa traçar, desenhar ou 
pintar sobre superfície rochosa.
4
O continente africano é o local mais expressivo em termos de quantidade de 
sítios arqueológicos com pinturas rupestres. Já foram catalogados mais de 100 mil 
sítios encontrados.
FIGURA 1 – PINTURA RUPESTRE EM SERRA DA CAPIVARA
FONTE: <https://cutt.ly/pgAn80l>. Acesso em: 6 out. 2020.
Para que consideremos os povos primitivos, é necessária a sua relação com o 
modo primitivo de procura por alimentação. A caça e a colheita de vegetais representam 
a forma mais simples e inicial de produção. São os povos primitivos que demonstram as 
mais antigas formas de arte. Segundo Gombrich (1999, p. 15):
Chamamos a esses povos "primitivos" não porque sejam mais 
simples do que nós – os seus processos de pensamento são, com 
frequência, mais complicados do que os nossos – mas por estarem 
mais próximos do estado donde, em dado momento, emergiu toda a 
humanidade. Entre esses primitivos não há diferença entre edificar 
e fazer imagens, no que se refere à utilidade. Suas cabanas existem 
para abrigá-los da chuva, sol e vento, e para os espíritos que geram 
tais eventos; as imagens são feitas para protegê-los contra outros 
poderes que, para eles, são tão reais quanto as forças da natureza. 
Pinturas e estátuas, por outras palavras, são usadas para realizar 
trabalhos de magia.
As imagens representadas nas pinturas nas cavernas tinham conotação de 
imagens do dia a dia, representação de animais, seres humanos, armamentos, objetos 
celestes e representações de cenas de caçadas. Sendo que é fundamental compreender 
que as manifestações sobrenaturais, por muitas vezes, eram utilizadas para entender e 
representar o mundo real daqueles que viviam nesta época.
Estudiosos do tema apontam que a representação das caçadas tinha 
também uma dimensão que transcendia a representação, já que 
possivelmente as pessoas da época, ao pintar um animal na parede, 
estavam colocando naquele espaço os próprios animais. Ao atacar 
os animais nas cenas de caçadas, as pessoas enfraqueceriam os 
animais antes da prática real de busca de alimentos, situação que os 
favoreceria posteriormente (PINTO, c2020, s.p.).
5
Por conta da simplicidade que viviam, como também pelas condições sociais 
proporcionadas para a época, os traços eram geralmente realizados com o auxílio dos 
dedos, bem como de objetos pontiagudos. Além disso, as tintas das mais diversas cores 
eram extraídas de materiais da natureza.
[...] as cores, obtidas do carvão (preta), do óxido de ferro (vermelha e 
amarela) e, às vezes, com cera de abelha. Substâncias líquidas: água, 
clara de ovo, sangue etc., são empregadas nas pinturas. As diferentes 
técnicas e cores (muitas vezes superpostas) são atribuídos sentidos 
variados. No sul da Califórnia, por exemplo, o vermelho é considerado 
apropriado às cerimônias femininas (ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL 
DE ARTE E CULTURA BRASILEIRAS, 2017, s.p.).
FIGURA 2 – PINTURA RUPESTRE EM CAVERNA NA INDONÉSIA
FONTE: <https://cutt.ly/SgAmkGE>. Acesso em: 6 out. 2020.
Portanto, a arte rupestre parte dos princípios da natureza, bem como do 
modo de viver e hábitos dos povos primitivos, trazendo, ainda hoje, muitas indagações 
aos especialistas da História da Arte, dividindo opiniões sobre as questões estéticas 
referentes a esta arte.
3 ARTE EGÍPCIA
Para explicar a arte egípcia, alguns pontos devem ser considerados, além de 
trazer seus elementos principais: a arte egípcia temgrande obsessão pela imortalidade, 
ou seja, os desenhos criados ao longo dos anos pelos egípcios tinham a intenção de 
capturar momentos e deixar registrado tudo o que se fazia em vida, para que na morte 
pudessem se lembrar de tudo o que haviam feito. Além disso, cenas dos rituais referentes 
à morte dos egípcios também eram descritas por grandiosos e detalhados desenhos.
6
FIGURA 3 – ARTE EGÍPCIA
FONTE: <https://artout.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Arte-Eg%C3%ADpcia-1.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
Pode-se destacar que a Arte Egípcia não sofreu mudanças por três mil anos, 
consequentemente os mesmos elementos, cores, formas e técnicas foram usados 
durante todos os períodos em que os povos egípcios viveram na antiguidade.
Com as enormes construções criadas para os egípcios mais importantes, a arte 
e a arquitetura traziam a garantia de uma vida após a morte confortável. A arquitetura 
colossal e todas as obras de arte realizadas na época foram criadas para cercar e 
proteger o espírito dos faraós. Artistas eram contratados pelos faraós para pintarem 
seus túmulos com temáticas pré-estabelecidas e baseadas na vida de cada faraó. Como 
a arte era padronizada, não dava espaço para a criatividade dos artistas. “A dimensão 
das pessoas e objetos não caracterizava uma relação de proporção e distância, mas sim 
os níveis hierárquicos daquela sociedade. Assim, o faraó era sempre o maior dentre as 
figuras representadas numa pintura” (AIDAR, c2020, s.p.).
Com essas informações já podemos perceber que a Arte Egípcia está 
intimamente conectada com as questões do espiritual e do sobrenatural.
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Cores e tintas na Arte do Egito Antigo
As tintas utilizadas nas pinturas do Egito Antigo eram extraídas da natureza:
Preto (kem): associado à noite e à morte, a cor preta era obtida do carvão de madeira ou 
de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai).
Branco (hedj): extraído da cal ou gesso, o branco simbolizava a pureza e a verdade.
Vermelho (decher): representava a energia, o poder e a sexualidade, e era encontrado em 
substâncias ocres.
Amarelo (ketj): estava associado à eternidade e era extraído do óxido de ferro 
hidratado (limonite).
Verde (uadj): simbolizava a regeneração e a vida, e era obtido da malaquite do 
Sinai.
Azul (khesebedj): extraído do carbonato de cobre; o azul estava associado ao 
rio Nilo e ao céu.
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/arte-egipcia/#:~:text=Pintura%20Eg%C3%ADp-
cia,parte%20da%20hist%C3%B3ria%20do%20Egito>. Acesso em: 6 out. 2020.
INTERESSANTE
FIGURA 4 – ARTE EGÍPCIA: CENA SARCÓFAGO
FONTE: <https://artout.com.br/wp-content/uploads/2018/12/Arte-Eg%C3%ADpcia-3.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
A falta de tridimensionalidade é um aspecto que marca a Arte Egípcia. Na pintura 
egípcia imperava a Lei da Frontalidade, cuja regra estabelecia que o tronco das pessoas 
deveria ser representado de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés estariam de perfil. Os 
hieróglifos eram presentes na grande maioria das pinturas.
Os desenhos em sua grande maioria não se baseavam no tamanho real dos seres 
representados, e sim em questões hierárquicas, em que os faraós – as figuras mais impo-
nentes da época – eram retratados maiores do que quaisquer outros elementos da cena.
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O uso de sombras e a ausência de relevo nas pinturas era recorrente e as 
cores usadas eram sempre as convencionais. Já nas esculturas, podemos destacar a 
produção de obras que retratassem única e exclusivamente os deuses e faraós, trazendo 
elementos decorativos e artísticos para a arquitetura. Todas elas eram produzidas na 
perspectiva frontal e não possuíam nenhuma expressão facial.
Em Curitiba, no Paraná, existe um museu egípcio
O Museu Egípcio e Rosacruz foi inaugurado em 17 de outubro de 1990, 
durante a XIV Convenção Nacional Rosacruz. Ele possui um rico acervo de 
peças que contam a história dos faraós, da religião egípcia e 
do cotidiano daquela civilização, constituindo um excelente 
espaço de divulgação da antiga história egípcia. É um espaço aberto 
a todos aqueles que desejam conhecer o Antigo Egito, pois em suas 
exposições procura demonstrar como viviam e em que acreditavam os 
antigos habitantes da terra dos faraós. Seu acervo é formado por réplicas 
idênticas às originais, as quais estão expostas em diversos museus 
do mundo. Esses objetos foram elaborados pelos artistas plásticos 
Eduardo D’Ávila Vilela, Moacir Elias Santos, Luiz César Vieira Branco, Tathy 
Zimmermann, Christopher Zoellner e Aylton Tomás.
O Museu Egípcio possui cerca de 700 peças relacionadas ao Antigo 
Egito. Entre as peças mais importantes, podemos citar as duas múmias 
autênticas do acervo: Tothmea, que possivelmente foi uma cantora ou 
musicista de um templo egípcio dedicado à deusa Ísis; e também a múmia 
de uma menina de cerca de dois anos apelidada de Wanra. Esta é uma 
múmia andina e, diferentemente de Tothmea, seu corpo foi preservado 
naturalmente através das características do ambiente onde foi enterrada.
FONTE: <http://museuegipcioerosacruz.org.br/>. Acesso em: 6 out. 2020.
INTERESSANTE
Os adornos e joias usados por homens e mulheres egípcias traziam toda a 
perspectiva artística da escultura. Colares, brincos, braceletes e tornozeleiras eram 
cuidadosamente esculpidos em pedras preciosas e, segundo os historiadores, serviam 
não apenas como adornos, mas também como itens de proteção espiritual.
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FIGURA 5 – COLAR DE NEFERUPTAH –12ª DINASTIA, REINADO DE AMENEMHET III (1844-1797 a.C.)
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_wK7VRzurvm0/SqZthaT-idI/AAAAAAAAIio/b3XGbFAGg3Y/s320/co-
lar2.jpg>. Acesso em 10 out. 2020.
O maior destaque da arte egípcia, devido à complexidade; ao aspecto monu-
mental das obras e de sua suntuosidade, foi a arquitetura. As obras realizadas tinham 
como objetivo expressar o poder dos faraós e garantir durabilidade e segurança para as 
tumbas, que, como já foi citado, eram de fundamental importância para um povo que 
acreditava na imortalidade da alma e na vida após a morte. As construções, cada um 
com suas funções e público específico, levavam com elas elementos culturais e reli-
giosos das pessoas que as ocupavam. As Pirâmides eram os túmulos reais destinado 
ao faraó, a Mastaba era o túmulo destinado para a nobreza e o Hipogeu era o túmulo 
destinado ao povo. E, assim, a arte e a cultura vão se misturando aos aspectos sociais.
4 ARTE GRECO-ROMANA
É comum ouvirmos falar em arte greco-romana e, isso se dá ao fato de a arte 
grega ter influenciado a arte romana. Quando a Grécia foi dominada, os Romanos ficaram 
impressionados com toda a suntuosidade que a arte grega transmitia. Todavia, a arte 
grega também teve influências romanas. Isso se prova com o uso dos arcos em vez das 
colunas na construção de templos e palácios.
Questões referentes à história, à filosofia praticada por esta civilização e aos 
conceitos estéticos são representados pela arte grega. O povo grego foi quem mais deu 
visibilidade as manifestações culturais e os que tinham maior liberdade de se expressar 
sem depender da ordem de reis e sacerdotes. Isso se dava pelo fato de que o povo 
grego acreditava que o ser humano era a criação mais incrível que o universo poderia 
ter algum dia realizado.
A arte grega teve períodos artísticos bem marcados como, o Clássico e o 
Helenístico, cada um com suas características e personagens, influenciando na criação 
de diversas obras de arte.
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O Período Clássico (século V a.C. e IV a.C.) foi marcado pelo surgimento de 
sociedades mais democráticas e de conceitos como sociedade privada. Na arte e 
na cultura ocorre o apogeu das grandes construções, da pintura e da escultura em 
cerâmica. Na filosofia, descarta-se a visão de mito para utilizar-se da razão no intuito de 
explicar determinados assuntos.
No Período Helenístico (século IV a.C. ao I a.C.) a civilização grega passa a ser 
fortalecida e se torna mais uma vez uma referência na região. Com essa expansão, a 
cultura grega passa a ser conhecida e difundida, realizando uma fusão das culturas.Neste período, ocorre uma mudança nas concepções artísticas, principalmente as que 
se referenciam à figura humana, trazendo mais movimento e sensibilidade às obras. 
Aqui se constrói a habilidade da civilização grega em representar as figuras humanas.
Em todas as obras de arte realizadas na época, os gregos buscavam representar, 
por meio das pinturas, as cenas do cotidiano, assuntos sobre mitologia e esportes, bem 
como acontecimentos históricos.
Outro ponto importante da arte grega foi a arquitetura, que teve grande destaque 
na época, por conta de sua grandiosidade e riqueza de detalhes, desde as características 
construtivas até os pequenos detalhes inscrustrados em enormes pilares que sustentavam 
as construções. Muitas destas obras de arte da arquitetura grega ainda podem ser 
conhecidos e vistos em locais históricos e turísticos da Grécia.
As esculturas também foram elementos de grande relevância na arte grega. Os 
escultores entalhavam lindas peças em pedras com muita delicadeza. O ideal realista 
era primordial, visto que os escultores desejavam chegar o mais perto do realismo 
possível. Um exemplo de escultura feita em mármore, sendo esta a obra expoente da 
arte grega, é a Vênus de Milo.
FIGURA 6 – VÊNUS DE MILO
FONTE: <https://cutt.ly/ZgAWn6Q>. Acesso em: 6 out. 2020.
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FIGURA 7 – CRATERA PARA MISTURAR VINHO E ÁGUA
FONTE: <https://cutt.ly/jgAW40v>. Acesso em: 25 jul. 2020.
A arte grega, diferente da arte egípcia, era voltada para o proveito da vida terrena, 
da vida presente. Como os gregos ainda não tinham conhecimento científico de suas 
origens, da história da humanidade, eles utilizavam a criatividade para demonstrar por 
meio da arte seus crédulos mitológicos e explicações sobre os mais diversos assuntos 
da vida cotidiana. 
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, 
através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante 
busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração 
intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio e a harmonia 
ideal. Tudo isso provoca consequências fundamentais na história da 
arte, que determinam a sobrevivência de muitos conceitos e formas 
desde então até hoje (IMBROISI; MARTINS, c2020a).
Nas pinturas e os primeiros vestígios se encontram em vasos de cerâmica 
pintados com motivos geométricos, sendo que dos períodos clássico e arcaico não se 
encontram mais referências destas obras. Para estudá-las, faz-se necessário consultar 
fontes indiretas, de outros povos, que adquiriram este tipo de obra de arte, como os 
atenienses e os coríntios. 
Espalharam-se esses vasos pelo antigo mundo, em parte pela 
sua utilidade, como recipientes de vinho, azeite, mel e perfumes, 
assim como por sua beleza decorativa. As decorações dos vasos, 
reproduziam ou inspiravam-se nas obras de pintores famosos (FILHO, 
1989, p. 75).
Os vasos, portanto, além de serem obras de arte da época, eram também 
utilitários e importantes itens para a predominância da história do povo grego.
A arquitetura é outro ponto importante para ser comentado dentro do tema arte 
grega. Os templos – ou casa dos deuses, como eram chamados – foram os principais 
tipos de edifícios da época, mesmo que as cidades tivesses suas necessidades especí-
ficas de casas, muralhas, praças e ruas.
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FIGURA 8 – COLUNAS GREGAS
FONTE: <https://cutt.ly/dgAEdJt>. Acesso em: 25 jul. 2020.
Um dos itens primordiais da arquitetura dos templos gregos é a simetria perfeita 
entre o pórtico de entrada e o pórtico dos fundos. Era construído sob uma base de três 
degraus, sendo sustentado por colunas. Essas colunas, portanto, eram construídas a 
partidas características de cada ordem arquitetônica grega: dórica, jônica ou coríntia.
O Teatro Grego também foi outra manifestação cultural de suma importância na 
Grécia, e não é por menos que o significado do termo “Teatro” é “local onde se vê”; “local 
para olhar”. Teve seu início em Atenas, por volta de 550 a.C., e o deus Dionísio foi uma 
das suas principais inspirações. Sendo que no início era considerado uma celebração 
mitológica relacionado à festas, fertilidade e vinho.
Com o passar do tempo e com uma organização dos grupos, essas celebrações 
passaram a ter enredo, atores, plateia e as devidas encenações, chegando ao formato de 
teatro que conhecemos hoje. Figurinos variados, elementos teatrais, cenários, danças 
e mímicas eram encontrados com facilidade nos teatros da época. Era considerado um 
grande acontecimento e tomou conta da vida social dos gregos.
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FIGURA 9 – MÁSCARAS GREGAS
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/2e/f6/a2/2ef6a2dba6b0df3f731ce449522efc39.jpg>. 
Acesso em: 25 jul. 2020.
Mulheres não podiam participar das apresentações teatrais, pois elas não eram 
consideradas cidadãs. Portanto, as máscaras gregas tinham o papel de auxiliar na 
representação de personagens tanto masculinos quanto femininos.
Podemos citar dois gêneros do teatro grego: a tragédia e a comédia. Na tragédia, 
encontramos peças baseadas nas histórias trágicas e mitológicas, como o medo, a 
morte, o terror; e na comédia encontramos peças baseadas em sátiras, que abordavam 
diversos aspectos da sociedade grega de maneira cômica.
A Grécia sempre serviu de inspiração para diversos setores da sociedade. Na 
moda não foi diferente. Os deuses gregos e os ideais de beleza da figura humana grega 
serviram de base para diversas coleções de moda desenvolvida ao longo dos anos. 
Um exemplo disso foi a Prada com a estilista francesa Madame Grès (1903-1993), que, 
em suas coleções, buscava inspiração nas deusas gregas, mostrando que mesmo as 
mulheres da época não tendo voz nas questões políticas (e da sociedade em geral), 
elas possuíam grande força nas questões religiosas, culturais e na vida privada. Diante 
disso, vemos mais uma prova de que a arte e a cultura trazem diferentes visões aos mais 
variados segmentos.
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Neste tópico, você aprendeu:
• O estudo do desenvolvimento das expressões artísticas e culturais e a organização 
das formas, estilos e conceitos constituem a disciplina de História da Arte.
• Nas sociedades ágrafas, podemos citar a arte rupestre como principal realização 
cultural da época. A arte rupestre é considerada a forma de arte mais antiga do ser 
humano. A mais antiga já conhecida e registrada é datada do Período Paleolítico 
(aproximadamente 40.000 a.C.).
• Por conta da simplicidade que viviam, como também pelas condições sociais 
proporcionadas para a época, os traços na arte rupestre eram geralmente realizados 
com o auxílio dos dedos, bem como de objetos pontiagudos.
• A arte egípcia tem grande obsessão pela imortalidade, ou seja, os desenhos criados 
ao longo dos anos pelos egípcios tinham a intenção de capturar momentos e deixar 
registrado tudo o que se fazia em vida, para que na morte pudessem se lembrar de 
tudo o que haviam feito.
• A arte grega teve períodos artísticos bem marcados, como o Clássico e o Helenístico, 
cada um com suas características e personagens, influenciando na criação de 
diversas obras de arte.
RESUMO DO TÓPICO 1
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AUTOATIVIDADE
1 Arte Rupestre é o termo que denomina as representações artísticas pré-históricas 
realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos (ou 
mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre). A arte rupestre possui a característica 
de expressar elementos da cultura do homem pré-histórico. Com base no exposto, 
assinale a alternativa CORRETA que apresenta os elementos da cultura do homem 
pré-histórico nas pinturas rupestres:
a) ( ) O retrato das famílias feito de forma realista com o uso de carvão.
b) ( ) A descrição de cenas relacionadas com a vida política da pólis.
c) ( ) A descrição das trocas comercias intercontinentais.
d) ( ) A descrição de cenas de caça, rituais e símbolos cosmológicos.
e) ( ) O retrato das personalidades da tribo.
2 A arte egípcia está intimamente conectada com as questões espirituais e 
sobrenaturais. Sobre a Arte Egípcia, é INCORRETO afirmar:
a) ( ) As grandesmanifestações da arquitetura egípcia foram os magníficos templos 
religiosos, as pirâmides, os hipogeus e as mastabas.
b) ( ) Na pintura as figuras eram representadas com os olhos e os ombros em perfil, 
embora com o restante do corpo de frente.
c) ( ) A escultura egípcia obedecia a uma orientação predominantemente religiosa. 
Eram numerosas as estátuas esculpidas com a finalidade de ficar dentro de 
túmulos. A escultura egípcia atingiu seu desenvolvimento máximo com os 
sarcófagos, esculpidos em pedra ou madeira.
d) ( ) A cultura egípcia foi profundamente marcada pela religião e pela supremacia 
política do faraó. Esses dois elementos exerceram grande influência nas artes 
(arquitetura, escultura, pintura, literatura) e na atividade científica.
e) ( ) A gradação (a mistura de tonalidades) e o claro-escuro não eram utilizados.
3 Observe e compare as seguintes figuras:
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Cite uma diferença na forma de representação do corpo humano em uma e em outra 
escultura em comparação às duas fases históricas.
4 Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As grandes obras de 
arquitetura, como os templos, por exemplo, eram erguidas em homenagem aos 
deuses gregos. A arte grega construiu um espaço significativo na história do mundo 
ocidental. Sobre esta arte, é INCORRETO afirmar que:
a) ( ) Privilegiou a pintura e a música inspirando os artistas do tempo medieval e do 
renascimento.
b) ( ) A arquitetura teve obras de destaque, em que um dos princípios básicos era a 
harmonia das formas.
c) ( ) Destacou-se com originalidade na música da antiguidade, influenciando depois 
os grandes artistas modernistas.
d) ( ) Preocupou-se em seguir os ensinamentos realistas de Platão, o maior filósofo da 
cultura grega que se dedicou ao estudo da estética.
e) ( ) Não teve penetração na vida cotidiana das grandes cidades gregas, sendo apenas 
admirada pelas escolas elitizadas.
5 O Teatro Grego foi muito importante no desenvolvimento da cultura grega e, além 
disso, serviu de influência e inspiração para outros povos da antiguidade, sobretudo, 
os romanos. Vale lembrar que o termo teatro (theatron), do grego, significa “local 
onde se vê” ou “lugar para olhar”. O teatro grego era formado por diversos elementos, 
cenários e figurinos. Além da presença de júris, eles apresentavam músicas, danças e 
mímicas. O teatro trouxe expressões artísticas importantes para a formação do povo 
grego, as quais repercutiram historicamente no mundo ocidental. As tragédias gregas 
tinham, assim, notável força dramática e:
a) ( ) Possuíam grande conteúdo ético, embora fossem distantes das manifestações 
religiosas.
b) ( ) Tiveram repercussões na construção da filosofia e na cultura.
c) ( ) Restringiam-se às grandes ações dos mitos ligados às elites.
d) ( ) Não expressavam momentos de conflito dos homens com a sua existência.
e) ( ) São iguais às tragédias modernas, explorando a ironia e o humor.
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ARTE NA IDADE MÉDIA
1 INTRODUÇÃO
Também chamada de Idade das Trevas, por seus acontecimentos controversos, 
a Idade Média ocorreu entre os séculos V e XV d.C., a partir da queda do Império Romano, 
em 476 d.C. e, teve seu fim em 1453 d.C. com a tomada de Constantinopla pelos turcos. 
Para os estudiosos, a Idade Média foi um período de grande retrocesso artístico, cultural 
e intelectual para a humanidade, devido a todo o percurso sinuoso em que viveu a 
sociedade da época.
Com o desenvolvimento das sociedades, a arte também seguiu um rumo de 
aprimoramento e contextualização. A arte absorve todo o cenário social e político da 
época trazendo para ao âmbito artístico o grande poder da igreja e toda a dificuldade 
encontrada dentro da sociedade. A Igreja passou a exercer sua influência sobre toda a 
sociedade e até mesmo sobre o Estado, sendo ela também quem continuou a contratar 
artistas, vitralistas, decoradores, escultores e pintores, pois os únicos edifícios públicos 
que ainda continuavam a construir neste período eram as igrejas.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 ARTE BIZANTINA
Extremamente ligada à Igreja, a Arte Bizantina traz consigo características 
vindas de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. Ela chega em um momento 
em que o Cristianismo passa a ser considerado como religião. A religião passa a ter 
um importante papel de caracterizar o imperador como a ligação fundamental entre 
Deus e a terra, sendo este mantenedor de do sagrado e que governava seu povo em 
nome de Deus. Sendo assim, todas as obras de arte da época eram voltadas para as 
questões religiosas. Artistas não tinham liberdade para se expressar e tinham que seguir 
exatamente o que lhes era solicitado.
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FIGURA 10 – IMPERADORA TEODORA RETRATADA EM MOSAICO
FONTE: <https://cutt.ly/2gAYTLW>. Acesso em: 6 out. 2020.
O Mosaico foi uma das principais expressões artísticas da Arte Bizantina. Era 
geralmente aplicado no interior das igrejas, feito com materiais nobres e cores muito 
intensas, que refletiam as luzes, fazendo com que os templos se mostrassem suntuosos. 
Era instalado com pequenos pedaços de pedras, que eram colocados em cima de 
cimento, formavam enormes desenhos coloridos, significativos e religiosos.
A pintura foi um movimento que não fugiu das questões referentes à 
religiosidade. Com o movimento iconoclastas, artistas e sociedade não poderiam adorar 
figuras humanas, pois a adoração poderia ser apenas para Deus. Sendo assim, outras 
temáticas não eram abordadas e muito menos pensadas pelos artistas.
3 ARTE ROMÂNICA
A Arte Românica foi um estilo que ocorreu entre os séculos XI e XIII na Europa. O 
termo Românico faz menção à influência do Império Romano neste estilo e destacou-se 
na arquitetura, pintura e escultura, tendo maior relevância nas construções de templos 
religiosos, construídos após a expansão do Cristianismo pela Europa. Para diversos 
estudiosos esse foi um estilo que se perdeu ao longo dos séculos, pois ficou escondido por 
baixo de reformas e restauros realizados nos prédios.
Com o crescimento religioso, a Arte Românica foi surgindo, trazendo caracte-
rísticas bem específicas, sendo um estilo essencialmente clerical, vista como uma ex-
tensão do serviço divino e uma oferenda à divindade. Na arquitetura, por exemplo, as 
igrejas foram chamadas de fortalezas de Deus, sendo as maiores já construídas neste 
período. Para que isso acontecesse, ocorreu uma evolução nas técnicas e materiais 
empregados. A utilização de pedras foi inserida na construção e o telhado de madeira, 
antes fáceis de serem incendiados, foi substituído pelas abóbadas, garantindo às igrejas 
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FIGURA 11 – ARQUITETURA ROMÂNICA
FIGURA 12 – ESCULTURA ROMÂNICA NO TÍMPANO DA CATEDRAL DE SÃO LÁZARO EM AUTUN, FRANÇA
FONTE: <https://static.todamateria.com.br/upload/es/cu/esculturaromanica-0-cke.jpg>. Acesso em: 6 out. 2020.
FONTE: <https://cutt.ly/9gAYKxZ>. Acesso em: 3 set. 2020.
uma maior suntuosidade. Outras características a serem consideradas: pilares maciços 
e paredes espessas; fachadas simples; aberturas raras e estreitas usadas como janelas; 
torres que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; arcos em 180 graus.
É neste período que o artista aprende a representar, na escultura e na pintura, o 
que ele sente e não apenas o que ele vê. Contudo, ainda assim, temos nesta fase uma 
arte voltada para a religiosidade e sua ligação com a sociedade.
A escultura renasce no período românico em grande escala e, condicionada à 
arquitetura, procura sempre preencher os espaços que possivelmente ficariam sem uso. 
As esculturas não tinham a preocupação com a representação fiel de seres e objetos, 
tudo era bastante simbólico e confuso, no qual representavam a imaginação dos artistas 
em cores fortes e vibrantes.
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Filme: O nome da Rosa (1986) | Jean-Jacques Annaud
Em 1327, William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e 
Adso von Melk (Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro 
no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave 
paradecidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é 
desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. No filme, 
aparecem a arte românica da arquitetura, bem como a transcrição de livros 
com as iluminuras feitas pelos monges.
INTERESSANTE
A pintura não foi tão expoente quanto a arquitetura e a escultura, mas teve 
sua significância e permanece ainda sendo muito analisada ao longo dos anos pelos 
estudiosos. As iluminuras e as pinturas de murais foram as técnicas mais difundidas. 
A pintura teve como sua principal contribuição instruir a sociedade dos preceitos do 
cristianismo aos que não sabiam ler, que eram a grande maioria da população da época, 
ainda apresentou um forte caráter moral, pois trazia características relacionadas à 
fragilidade moral e ao pecado.
As iluminuras, comumente encontradas nas letras capitulares dos livros, são 
ornamentos com símbolos religiosos, executados geralmente pelos monges da época.
Apesar de o termo iluminura ser geralmente empregue para designar 
todo o conjunto pictórico de caráter decorativo ou ilustrativo que acom-
panhava os textos dos códices e dos livros manuscritos do período me-
dieval, a sua aplicação tem vindo a ser gradualmente alargada, crono-
lógica e geograficamente, de forma a englobar manifestações artísticas 
muito mais variadas. Temos como exemplo as iluminuras originárias do 
Egito e do mundo muçulmano e hindu (MURALHA, 2018, s.p.).
As iluminuras passaram a integrar as peças literárias, trazendo significados 
para cada início de frase. Além de representar questões referentes aos textos escritos, 
também tinham intuito de ornamentar.
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FIGURA 13 – MANUSCRITO DE GIOVANNI BOCCACCIO (1313-1375)
FONTE: <https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b84521932/f22.highres>. Acesso em: 13 set. 2020.
FIGURA 14 – L’OFFERTADIABELE E CAINO, MOSAICO DEL XII SECOLO, CAPPELLA PALATINA, PALERMO
FONTE: <http://www.30giorni.it/upload/articoli_immagini_interne/32-12-012.jpg>. Acesso em: 13 ago. 
2020.
Nas pinturas, geralmente em murais em grandes espaços, utilizando a técnica de 
afresco, que originalmente era uma técnica de pintar sobre as paredes ainda úmidas, ou 
com a técnica de mosaicos, isto é, pequeninas pedras, de vários formatos e cores, que 
colocadas lado a lado vão formando o desenho. Independente da técnica, os contornos 
se mostravam fortemente delineados com efeitos de volume obtido por meio de linhas. O 
humano era a figura com maior representatividade, mas isso não significava que animais 
e plantas, fossem eles reais ou simbólicos, não pudessem ser representados, sendo que 
estes não precisavam ser fidedignos a figura que se queria apresentar. A importância do 
personagem que se queria representar também podia ser observada, já que pessoa da 
nobreza eram maiores em detrimento aos que eram de classes mais baixas.
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Desenhos de paisagens eram poucos explorados, sendo que os cenários que 
eram pintados com os personagens geralmente eram abstratos ou semiabstratos.
4 ARTE GÓTICA
Com características bem específicas, a Arte Gótica chega como uma resposta 
de contraposto à rigidez da Arte Românica, totalmente baseada na harmonia. O período 
gótico acontece no Renascimento do século XII até o Renascimento Italiano, quando a 
inspiração clássica chega para modificar tudo o que já tinha sido realizado em termos 
de arte. A palavra Gótico vem do termo Godos – povo bárbaro que, em 410 d.C., invadiu 
Roma no período de sua decadência. Foi originalmente usado para se referir a coisas 
obscuras e aos bárbaros.
FIGURA 15 – CATEDRAL DE NOTRE-DAME, FRANÇA, UM DOS PRINCIPAIS ÍCONES DA 
ARQUITETURA GÓTICA
 FONTE: <https://cutt.ly/3gAIR8V>. Acesso em: 3 jul. 2020.
Novamente, é na arquitetura, junto à religião, que a Arte Gótica passa a ter maior 
representatividade no Período Gótico. A principal característica da arquitetura gótica é a 
altura de todas as construções, que se tornam mais imponentes e pontiagudas, criando 
ainda a impressão da pequenez do homem frente à suntuosidade das edificações. As 
estruturas das construções, como paredes e colunas são mais finas e leves, apresen-
tando nervuras que as reforçavam, além do uso do arco ogival ou agudo. A entrada das 
catedrais possui três portais, ao contrário de um único portal presente nas construções 
românicas. Com a altura das edificações e as diversas inovações arquitetônicas, a ilu-
minação no interior dos projetos passa a ser mais privilegiada, as janelas são revestidas 
por vitrais e existe a presença de rosáceas. A decoração, tanto interna quanto externa 
dos edifícios, também passa a ser apreciada.
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FIGURA 16 – CATEDRAL DE CHARTRES NA FRANÇA, CONSIDERADA COMO A BÍBLIA FEITA DE PEDRA
FONTE: <https://cutt.ly/ogAIMEP>. Acesso em: 6 out. 2020.
A arquitetura gótica passou por três fases, o Gótico Primitivo, cujas primeiras 
ideias de estética da época foram incorporadas e estudadas para posteriormente serem 
executadas. O Gótico Pleno (ou clássico), em que já com o domínio das técnicas e a es-
tética consolidada foram erguidos muitos edifícios. Essa é a fase onde várias catedrais 
conhecidas pelo estilo gótico foram erguidas. E, por fim, o Gótico Tardio, no qual, depois 
da passagem da peste negra, por volta do século XIV, a crise econômica e a escassez de 
recursos obrigaram a sociedade a realizar construções mais modestas.
Com a grande presença das janelas nos espaços, um tipo de arte que surge com 
maior ênfase são os vitrais, mosaicos coloridos que representavam temas referentes à 
religiosidade e a vida em sociedade, visto que diversos outros edifícios além de igrejas 
foram construídos, como casas de burgueses, hospitais e espaços públicos.
A pintura gótica surge praticamente meio século, depois do surgimento da 
arquitetura gótica, aproximadamente no ano de 1200, alcançando seu ápice entre 1300 
e 1350, tornando-se independente da arquitetura. Inicialmente, ela era usada no interior 
das catedrais. Em seguida, ela passa a ocupar diversos outros locais, como castelos e 
palácios ao redor das cidades.
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FIGURA 17 – “O CASAL ARNOLFINI” DE JAN VAN EYCK
FONTE: <https://farm5.staticflickr.com/4838/45273996964_201414e4bc_o.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
O foco principal das pinturas era religioso, mas ainda assim eram consideradas 
sombrias e emotivas. Exemplos de artistas desta época, Giotto (1267-1337) e o belga Jan 
Van Eyck (1390-1441), foram expoentes com suas obras de arte, ainda hoje cobiçadas 
pelos maiores museus do mundo.
A escultura gótica existente toma forma e espaço dentro das igrejas. Todavia, 
antes de se tornar um amontoado de esculturas em um lugar apenas, as esculturas 
passam a ter uma representatividade dentro do local em que estão instaladas, trazendo 
uma independência em relação a arquitetura. Artistas passam a utilizar uma infinidade 
de materiais para suas obras, buscando sempre apresentar formas que proporcionam 
movimento, tornando-se um trabalho moderno e inovador para a época.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• Extremamente ligada à Igreja, a arte bizantina traz consigo características vindas de 
regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. Ela chega em um momento em que o 
Cristianismo passa a ser considerado como religião.
• O mosaico foi uma das principais expressões artísticas da arte bizantina. Era 
geralmente aplicado no interior das igrejas, feito com materiais nobres e cores 
muito intensas, que refletiam as luzes, fazendo com que os templos se mostrassem 
suntuosos.
• A arte românica foi um estilo que ocorreu entre os séculos XI e XIII, na Europa. 
• O termo românico faz menção à influência do Império Romano neste estilo e, 
destacou-se na arquitetura, pintura e escultura, tendo maior relevância nas 
construções de templos religiosos, construídos após a expansão do Cristianismo 
pela Europa.
• Com características bem específicas, a arte gótica chega como uma resposta à 
rigidez da arte românica, sendo totalmente baseada na harmonia. 
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AUTOATIVIDADE
1 Os historiadoresda arte sugerem que o termo “gótico” tenha sido cunhado pelo 
humanista Giorgio Vasari (1511-1574), no século XVI, em referência a um tipo de arte 
nascido na Baixa Idade Média, com grande expressão na arquitetura e na pintura 
e, que se diferenciava da arte românica, produzida antes dela. Entre os primeiros 
pintores do estilo gótico que podemos mencionar, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Pablo Picasso.
b) ( ) Giotto di Bondone.
c) ( ) Leonardo da Vinci.
d) ( ) El Greco.
e) ( ) Francis Bacon.
2 Leia o texto a seguir.
Em 1127, São Bernardo (1090-1153) reconciliou-se com Suger (c. 1085-1151). Em uma 
carta (n. 78), Bernardo congratulou-se efusivamente com ele por ter reformado sua abadia, 
mas, sobretudo, por passar a viver uma vida verdadeiramente cristã, modesta, mesmo em 
meio ao fausto do poder.
Essa importante reforma e redecoração levada a cabo por Suger em Saint-Denis, a mais 
régia das igrejas (originalmente um mosteiro), deu origem a uma nova arte, o gótico, que, em 
Saint-Denis, foi a mais perfeita expressão concreta da filosofia da metafísica da luz do Pseudo-
Dionísio Areopagita (séc. V). No espetáculo poético da esfuziante irradiação da luz, em Saint-
Denis, a transcendência repousou na matéria, a luz na cor, a contemplação na ação.
FONTE: COSTA, R. da. A luz deriva do bem e é imagem da bondade: a metafísica da luz do Pseudo 
Dionísio Areopagita na concepção artística do abade Suger de Saint-Danis. In: Revista de Filosofia e 
Mística Medieval. Curitiba, v. 6, n. 2, p. 39-52, jul./dez. 2009.
A beleza, apontada pelo texto de Ricardo da Costa, referente à primeira construção 
tipicamente gótica da Idade Média, estava associada à claridade, à luz e à cor. Esses 
elementos, trabalhados inicialmente na Catedral de Saint-Denis, tornaram-se comuns 
nas outras construções góticas espalhadas por toda a Europa. Sobre como a luz e a cor 
preenchiam o interior das catedrais góticas, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Por meio das grandes lucarnas construídas no centro das catedrais.
b) ( ) Por meio das pinturas dos artistas do Renascimento.
c) ( ) Por meio da arte da escotilha.
d) ( ) Por meio da arte dos vitrais.
e) ( ) Por meio das iluminuras.
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TÓPICO 3 - 
ARTE NA IDADE MODERNA
1 INTRODUÇÃO
A Idade Moderna compreende o período do século XV ao século XVIII. Muitos 
foram os acontecimentos que marcaram esta época, como o nascimento da imprensa, 
as viagens para as américas, a Revolução Francesa e a Industrial.
A arte na Idade Moderna, especialmente voltada para o século XV e XVI, alcançava 
o objetivo de tornar o homem universal, versado em muitas disciplinas. Identificada com 
as fases do renascimento Trecento (século XIV), Quatroccento (século XV), Cinquecento 
(século XVI). 
No Trecento, Giotto di Bondoni destaca-se nas artes plásticas, procurando 
romper com o que já havia se concebido na Idade Medieval, buscando maior profundidade 
em seus quadros, sendo que as personagens que aparecem nas pinturas, mesmo ainda 
sendo de origem religiosa, passam a caracterizar mais os sentimentos e as emoções, o 
que até então não era explorado.
No Quatrocento, diversos artistas passaram a ser contratados para realizar 
projetos arquitetônicos de igrejas, bem como pintar quadros e realizar esculturas. Apoiar 
as artes naquela época era considerado uma alavanca para a posição social. Aqui, 
Sandro Botticelli e Leonardo da Vinci ganham expressiva notoriedade.
Já no Cinquecento, o Renascimento passa a ocupar uma posição de destaque na 
Idade Moderna, expandindo-se para fora da Itália. Com a expansão marítima e o avanço 
das grandes cidades, artistas passam a ser mais valorizados, possibilitando o surgimento 
de novos nomes na literatura, na pintura e nas artes em geral. Todos esses marcos histó-
ricos trouxeram para a arte diversas características que conheceremos a seguir.
UNIDADE 1
2 ARTE RENASCENTISTA
A arte Renascentista pode ser inserida em dois grandes marcos da história, 
pois ela inicia quando a Idade Média está finalizando e a Idade Moderna iniciando. 
Portanto, ainda podemos dizer que ela faz parte também da Idade Média, pois incluía 
em seu repertório temas religiosos que eram o foco da arte medieval, mas introduziu 
também novos temas relacionados ao homem e sua posição com o mundo ao seu redor, 
caracterizando-se como pertencente a Idade Moderna.
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Já no final da Idade Média, o Teocentrismo (ideia de que Deus era o Centro 
de tudo) foi dando espaço ao Antropocentrismo (ideia de que o homem deve estar no 
centro de tudo), isso acontecendo de forma natural e gradual. Com essas mudanças de 
pensamento, a sociedade começa a pensar diferente sobre a atuação do homem em 
diversos campos. O Renascimento foi um movimento que revolucionou os movimentos 
artísticos, culturais e filosóficos da época e, por isso, a denominação renascimento veio 
para finalizar uma era em que a sociedade vive no mais profundo obscuro.
Foi o poeta Petrarca (1304-1374) que trouxe a luz do Renascimento para a arte 
e para os novos pensamentos, discutindo a Antiguidade Clássica e suas influências na 
sociedade. O poeta quis trazer toda a luz e os pensamentos importantes, que foram 
discutidos na era romana e que poderiam trazer prosperidade para uma sociedade que 
estava vivendo uma era de trevas.
Lembrando sempre dos três momentos fundamentais que compõem a Arte 
Renascentista: o Trecento, que corresponde à fase inicial do movimento renascentista, 
no século XIV; o Quatrocento, em que temos vários trabalhos na cidade de Florença, 
os quais correspondem aos séculos XV; e o Cinquecento, última fase – transcorrida no 
século XVI – em que a cidade de Roma assume posição de destaque.
O Renascimento surge para suceder o estilo gótico, fazendo com que os artistas 
fossem considerados intelectuais e que não tinham como objetivo copiar o que foi feito na 
antiguidade clássica, mas sim se igualar com as criações que foram feitas neste período.
FIGURA 18 – ESCULTURA RENASCENTISTA (SAN MARCOS, DONATELLO/FLORENÇA)
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/2787-original-cke.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
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FIGURA 19 – DAVI DE DONATELLO EM DIFERENTES VISÕES
O artista deixa de ser um artesão e passa a ser um importante profissional 
dentro da sociedade, estimulando o colecionismo e fazendo com que as obras de arte 
criadas tivessem um grande valor intelectual e financeiro. Além disso, a criação de 
oficinas artísticas, permitiu que mais artistas se profissionalizassem e especializassem, 
tornando-os mestres da arte.
No período gótico, as esculturas relacionadas à arquitetura quase desaparece-
ram, mas no Renascimento elas retornam, sendo mais independentes da arquitetura. É o 
caso do artista Donatello (1386-1466), com a obra San Marcos, toda feita em mármore. Ela 
foi pensada e projetada para estar em um dos nichos de uma catedral gótica, contudo, por 
estar nesta fase mais independente, destaca-se sem precisar de projetos arquitetônicos.
Outro ponto importante da escultura renascentista e do artista Donatello é a 
atenção dada à sensualidade do corpo nu, que foi uma das principais características da 
época clássica. O primeiro exemplo disso foi a escultura de Davi, de tamanho natural e 
totalmente nua desde a Idade Antiga. Realismo e volume são as principais características 
da escultura renascentista. O busto-retrato ganha novamente destaque e acaba viram 
também objeto do colecionismo e uma grande oportunidade de negócio para os artistas.
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/89/63/eb/8963eb4229d6c8273949b1d3caf69dd3.jpg>. 
Acesso em: 6 out. 2020.
Quase uma década depois da escultura, a pintura renascentista aparece com 
força total. Diferente do estilo gótico, que representava nas pinturas figuras imaginárias, 
a pintura renascentista retrata uma representação exata do real. Os primeiros passos 
da pintura no Renascimento foram dados por Masaccio (1401-1428), que faleceu 
prematuramente com 27 anos. A sua obra de arte muito se assemelhava à obra de 
Donatello, onde sepercebe os detalhes, como as roupas que se parecem com verdadeiros 
tecidos, assim como os cenários arquitetônicos desenhados com tamanha perfeição.
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FIGURA 20 – O NASCIMENTO DE VÊNUS DE SANDRO BOTTICELLI
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/venuss-cke.jpg>. Acesso em: 6 out. 2020.
Sandro Botticelli (1445-1510) foi o artista que despertou na pintura renascentista 
graciosidade e movimento, trazendo corpos voluptuosos e sensuais. Sua obra, O 
Nascimento de Vênus, como as demais obras do Renascimento, traz elementos da 
pintura de óleo sob tela, oferecendo às imagens, características mais móveis e fluidas.
Você sabia que o desenho animado das Tartarugas Ninjas possui uma interessante relação 
com a História da Arte? Os episódios narram as aventuras de quatro tartarugas que 
caíram no esgoto de Nova York e sofreram mutações, adquirindo características humanas. 
Seus nomes homenageiam os artistas renascentistas: Leonardo (Da Vinci), Michelangelo 
(Buonarrotti), Donatello (di Niccoló di Betto Bardi) e Rafael (Sanzio). Os autores do desenho 
também homenagearam a Itália, berço do Renascimento, uma vez que a comida predileta 
das personagens é a pizza!
Após caírem no esgoto, as tartaruguinhas aprenderam artes marciais com 
um rato chamado Mestre Splinter. Detalhe: ele não tem a orelha direita! Pelo 
menos neste universo, Van Gogh foi o mestre dos renascentistas! O nome original 
nos Estados Unidos é Teenage Mutant Ninja Turtles. Foram criadas 
inicialmente como histórias em quadrinhos, em 1984, pela Mirage Comics. 
Depois, devido ao sucesso, passaram para a televisão e cinema.
FONTE: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-arte-
-na-idade/35853>. Acesso em: 7 jul. 2020.
INTERESSANTE
31
FIGURA 21 – A ÚLTIMA CEIA DE LEONARDO DA VINCI
FONTE: <https://cdn.culturagenial.com/imagens/a-ultima-ceia-2-cke.jpg>.
Acesso em: 6 out. 2020.
A fase final do Renascimento Italiano, também chamada de Renascimento Pleno, 
faz com que os artistas busquem cada vez mais a perfeição em suas obras. Obras de arte 
feitas para despertar sentimentos e para serem consideradas inigualáveis e sem imper-
feições. Leonardo Da Vinci (1452-1519) foi um dos artistas expoentes da época, chegando 
perto do ideal “homem da Renascença”, que significa um indivíduo de talentos múltiplos, 
que irradiava saber. Figuras andróginas e enigmáticas estão sempre presentes em suas 
obras, bem como a expressão destes personagens por meio de gestos. Utilizando-se da 
luz como principal ferramenta desenvolvendo ainda mais a técnica de claro-escuro.
Outros artistas como Michelangelo Buonarotti (1475-1564) e Rafael Sanzio (1483-
1520) foram também representantes na pintura renascentista. Michelangelo, além de 
pintor, também foi escultor, poeta e arquiteto. Considerado um artista solitário, foi quem 
inseriu a ideia de que os artistas eram gênios sob o comando de uma inspiração divina.
O corpo humano era para Michelangelo uma expressão do divino e 
representá-lo sem roupagens era a única forma de absorver toda sua 
divindade. Daí a sua obra estar recheada de corpos nus e possantes, 
pois ao contrário de Leonardo, cujas figuras parecem imbuídas 
de uma feminilidade latente, em Michelangelo o pendor é para o 
masculino (CUNHA, c2020, s.p.).
Já Rafael Sanzio (1483-1520) comumente conhecido apenas pelo seu primeiro 
nome, também chamado de “príncipe dos pintores”, é considerado um dos maiores 
pintores renascentistas e, mesmo sendo contemporâneo, a Michelangelo não teve 
a importância merecida pela sociedade. Junto à Michelangelo e Leonardo da Vince, 
Rafael compõe a tríade de artistas renascentistas que marcaram os séculos XIV a XVI.
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3 ARTE BARROCA
A Arte Barroca desenvolveu-se inicialmente na Itália, no século XVII. Logo, 
espalhou-se para outros países. Mais tarde, com a ascensão das colonizações, ela 
também se desenvolveu no Brasil e em outros países do continente americano. Visto 
isso, foi um movimento que dependeu de todo o contexto histórico que estava inserido.
Grandiosos pintores como Tintoretto (1515-1549), Andrea Pozzo (1642-1709), 
Annibale Carraci (1560-1609) e Michelangelo Caravaggio (1571-1610), que retratava em 
suas obras cenas do cotidiano com personagens músicos e trabalhadores em geral, 
fizeram a história do estilo barroco no mundo. 
As imagens que predominam neste período, dizem muito com o que se 
passava na sociedade, sendo a predominância das imagens religiosas e da riqueza dos 
colonizadores em terras já colonizadas.
Como características principais da arte barroca podemos citar: predominância 
de temas religiosos, uso de contrastes para marcar que o humano poderia ter 
proximidade com o divino, utilização de iluminação para consolidar as nuances claras e 
escuras, imagens ricas em detalhes e formas, expressões dramáticas e pessimistas nos 
personagens, exagero decorativo e utilização de curvas e contornos.
No Brasil, a Arte Barroca teve seu início no século XVIII e perdurou até o século 
XIX. Chegou no país com os Jesuítas, no momento da colonização, como uma ferramenta 
de catequização dos indígenas e posteriormente, dos escravos. Para alguns estudiosos 
foi pelo estilo Barroco que começaram a aparecer obras de arte verdadeiramente 
brasileiras. O maior exemplo de artista barroco brasileiro foi o escultor Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814).
FIGURA 22 – NOSSA SENHORA DAS DORES (ALEIJADINHO)
FONTE: <https://cutt.ly/PgAAIX2>. Acesso em: 6 out. 2020.
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FIGURA 23 – PRAZER PASTORAL, 1714-16, JEAN-ANTOINE WATTEAU, MUSÉE CONDÉ, 
LA TRIBUNE, CHANTILLY, FRANÇA
FONTE: <https://cutt.ly/zgAA4AD>. Acesso em: 11 out. 2020.
Na arquitetura barroca brasileira também se percebe traços bastante 
significativos. Igrejas com trabalhos primorosos em madeira e cobertos de ouro em 
cidades mais abastadas. Nas cidades em que o ouro e a cana de açúcar não eram a 
principal fonte de renda, os detalhes na arquitetura eram mais simplificados e o ouro 
era raramente encontrado, dando a chance de alguns artistas iniciantes realizarem 
seu trabalho. Ouro Preto (em Minas Gerais) e Salvador (na Bahia) possuem diversas 
construções em estilo barroco ainda preservadas.
O Barroco é a arte do contraste. Em algumas obras, podemos perceber como os 
opostos se misturam nas figuras, o divino e o humano, o bem e o mal, a alegria e a triste-
za, estimulando a dramaticidade em suas obras com o intuito de comover e impressionar 
seus espectadores. Uma arte considerada como um movimento, com vínculo político, 
pois iniciou com grande proximidade da igreja católica a fim de não perder a sua hege-
monia em meio ao movimento do protestantismo contra alguns dos preceitos católicos.
4 ARTE ROCOCÓ
Entre os anos de 1700 e 1780, o estilo Rococó tomou força na Europa. Inicialmente 
ganhou força na França e depois disso foi trazido para o continente americano pelos 
colonizadores. O Termo Rococó deriva da palavra francesa rocaille que traduzido para o 
português significa concha. Isso por diversas vezes podemos perceber as nuances das 
linhas de uma concha nas obras deste período.
Dando espaço aos padrões sociais da época, o estilo rococó ia ao encontro da 
vida fútil que grande parte da sociedade vivia na época. Sociedade esta que encontrava 
na arte os momentos de prazer e satisfação, buscando assim esquecer seus problemas 
da vida real. Cenas eróticas, da vida cortesã, pastorais, mitológicas e motivos religiosos 
eram temas recorrentes. A natureza era muito representada em detalhes primorosos em 
molduras e esculturas.
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A arquitetura do estilo rococó trazia suntuosidade aos espaços, sendo o salão 
principal o lugar mais especial de qualquer construção. Além disso, detalhes de decora-
ção e móveis minuciosamente desenhados e confeccionados eram dispostos em diver-
sos ambientes. E a escultura passa a ser uma peça fundamental dentro da arquitetura. 
Abandonam-se os temas sérios e nobres e dá-se preferência aos 
temas menores, irônicos, alegres, jocosos, sensuais e galantes, na 
estuaria

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