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MAEE6 – MÁQUINAS ELÉTRICAS Conceitos básicos sobre: Classificação das máquinas CC Reação transversal da armadura 219 1. Classificação dos tipos de motor CC 1/10 - Dependendo do tipo de motor CC, o campo magnético (B) pode ser proveniente: a) de imãs permanentes; b) de uma bobina instalada no estator também conectada a uma fonte CC. - A existência de duas bobinas no motor CC, uma no rotor e outra no estator, originou uma classificação de três tipos de motores CC. https://www.mecanicaindustrial.com.br/wp-content/uploads/2017/07/motor-corrente-continua.jpg 2/10 1.1. Tipo de motores elétricos CC Imã Permanente Enrolamento Série Enrolamento Shunt Enrolamento Compound Escovas Estator Comutador Armadura Fo nt e: A da pt ad o de P et ru ze lla (2 01 3) - Alto torque de partida - Aplicação limitada para baixa potência em razão da limitação de carga - Alto torque de partida para baixa velocidade - Não recomendados em aplicações de carga variável e velocidade constante - Adequado para cargas pesadas em aplicações em guindastes, elevadores, etc - Baixo torque de partida para baixa velocidade - Velocidade constante independente da carga - Adequados para equipamentos onde a velocidade é constante, por exemplo, transportadores - Reúne as características dos dois motores, permitindo seu controle - Pode ser excitado separadamente usando conversor CC. 3/10 1.2. Motor de excitação independente CC - O circuito de excitação da máquina (enrolamento campo) é alimentado por uma fonte adicional independente ou separada da fonte CC que alimenta a armadura. - Em geral o enrolamento de campo é constituído de condutores que não suportam grandes correntes, uma vez que utiliza correntes baixas para produzir o campo magnético em comparação com as correntes que circulam no enrolamento da armadura. 4/10 2. Reação transversal da armadura - Suponha a uma máquina CC operando como gerador em vazio. - Normalmente o entreferro é uniforme sob as sapatas polares. Neste caso, a distribuição espacial do fluxo magnético tem o aspecto mostrado abaixo [considerando Ia = 0 (sem carga), If 0]. Norte ∅ Sul Sapata Polar Sapata Polar Região Interpolar LNG LNG LNG – Linha Neutra Geométrica Ia – Corrente armadura If – Corrente de campo 𝜃 Região Interpolar Região Interpolar 5/10 2. Reação transversal da armadura - Suponha agora que exista corrente na armadura Ia 0 e que if=0. A corrente Ia cria um fluxo magnético cuja distribuição espacial assume a seguinte forma: Norte ∅ Sul Sapata Polar Sapata Polar Região Interpolar LNG LNG LNG – Linha Neutra Geométrica Ia – Corrente armadura If – Corrente de campo ℱ 𝜃 Região Interpolar Região Interpolar 6/10 2. Reação transversal da armadura - Superpondo os fluxo magnéticos produzidos pelas correntes If e Ia admitindo por enquanto que o material ferromagnético seja ideal e não satura; ∅ LNG LNG 𝜃 Fluxo resultante Fluxo produzido por If Fluxo produzido por Ia 𝛾 LNM LNM – Linha Neutra Magnética LNG – Linha Neutra Geométrica 𝛾 ângulo entre LNM e LNG - Observe na figura que o ponto onde o fluxo magnético é nulo é denominado de LNM que forma um ângulo (gamma) com a LNG. Quanto maior Ia maior o ângulo gama ( ). 7/10 2. Reação transversal da armadura - Nesse caso, existe duas consequências na reação da armadura: a) O deslocamento da linha neutra. Se as escovas forem colocadas na LNG haverá um campo magnético não nulo sobre elas. Essa presença do campo induz uma tensão que são curto circuitadas pelas escovas produzindo faíscamento no comutador e dissipação do calor. Ao deslocar as escovas para LNM o problema desaparece, no entanto, o ângulo gama depende de Ia e como ela varia não há ponto único. Para pequeno motores desloca-se as escova para LNM. 8/10 2. Reação transversal da armadura Para máquinas de médio/grande porte, resolve-se este problema construindo-se interpolos (pequenos pólos) entre os polos principais e que conduzem a corrente Ia. Escovas Interpolos Bobinas de Campo (excitação) 9/10 2. Reação transversal da armadura b) Efeito desmagnetizante da reação da armadura Se não existir saturação, o fluxo por polo resultante na máquina não altera, pois o fluxo de Ia se soma ao fluxo If sob uma metade da sapata polar e subtrai na outra metade. Porém, só não haverá saturação se a corrente de If (baixa excitação) e Ia (baixa carga) forem baixas. Quando há saturação, o fluxo por polo resultante diminui, afetando o torque do motor (T=k.Φ.Ia) e a voltagem induzida na armadura (Ea=k.Φ.ω). ∅ LNG LNG 𝜃 Sem saturação Com saturação Com saturação 10/10 2. Reação transversal da armadura Para resolver este problema, do efeito desmagnetizante da armadura, pode-se: - Superdimensionar o circuito magnético, porém, isto aumenta demasiadamente o peso da máquina, e também seu custo.
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