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Primeiros Socorros- Comissária de voo

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PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
 
 
1 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
CONCEITO 
Conceituamos primeiros socorros como o tratamento aplicado, de imediato, ao acidentado ou 
portador de mal súbito, antes da chegada do médico. 
 
SOCORRISTA 
É a pessoa que está habilitada a prática dos primeiros socorros, utilizando-se dos 
conhecimentos básicos e treinamentos técnicos que a capacitou para esse desempenho 
características básicas a um socorrista: 
• Ter espírito de liderança 
• Ter bom senso, compreensão tolerância e paciência 
• Ser um líder na concepção da palavra 
• Saber planejar e executar suas ações 
• Saber promover e improvisar com segurança 
• Ter iniciativa e atitude firmes 
• Ter acima de tudo, espírito de solidariedade humana. “O amor ao próximo” 
 
 
 
2 
 
 
 
KITS LACRADOS DE MATERIAL FIXO DA AERONAVE 
• Solução de mercúrio cromo 1 vd --30 ml. 
• Água oxigenada 10 volumes 1 vd– 100 ml. 
• Adrenalina solução a 1/1000 – 2 amp- 01 ml 
• Antianginoso (Isordil, Isocord – 5 mg.) 1vd 24 comp. 
• Seringas descartáveis com agulha 00 ml-4 unids. 
• Compressas de gaze (esterilizadas) 7,5 x 7,5 cm-2 conj. -05 unidades. 
• Atadura de crepe elástica -02 rls -15cm 
• Atadura de gaze 10x9,0 cm-1 rls 
• Tesoura reta de ponta redonda 1 unid. 
• Garrote de 30cm – 1 unidade 
• Pomada para queimadura (furacim, Paraqueimol) 1tb. 
• Manual de primeiros socorros. 
• Kit Do Comissário Chefe De Equipe 
 
DEVE ESTAR SEMPRE EM PODER DO COMISSÁRIO: 
• Antisséptico e antinauseante (Plasil, Dramin) 1cx – 20 comp. 
• Antitérmico (buscopan, Atroveran, Baralgin) 1 cx – 20 comp. 
• Antidiarreico (imosec, lomotil) 1 cx – 12cmp. 
• Medicação ocular (colírio Moura Brasil, lerin e lacrima) 1vd. – 10 ml 
• Descongestionante nasal (afrin, sorine, suspirin) 1v. – 10ml 
• Analgésico para o ouvido (otomicina, otoxylodase) 1v- 10ml. 
• Antiácido 10 unids 
• Band-aid 06 unidades 
 
3 
 
• Parâmetros Clínicos 
Pode-se utilizar com segurança os kits de Primeiros Socorros, deve conhecer algo sobre os 
parâmetros clínicos, como se segue: 
 
PRESSÃO ARTERIAL (P.A) 
O fluxo sanguíneo vindo através de um sistema de 
vasos arteriais, ao passar encontra resistência e para 
vencê-la, exerce uma determinada força. 
A resistência a essa força chamamos de pressão ou 
tensão arterial. O grau de pressão ou tensão 
depende: 
• Da elasticidade das paredes das artérias; 
• Da força dos batimentos cardíacos; 
• Da resistência periférica; 
• Do volume de sangue circulante nas artérias; 
• Da viscosidade sanguínea. 
 
A PRESSÃO ARTERIAL NORMAL 
Máxima (Sistólica): 130x90 mm Hg Média (Equilibrada): 120x80 mm Hg Mínima (Diastólica): 
80x60 mm Hg 
 
 
TEMPERATURA 
É o nível de calor a que chega a um determinado corpo. No organismo humano, o calor que é 
eliminado pelo corpo. Resulta de modificações que se processam na intimidade das células. 
 
4 
 
A temperatura normal corporal oscila segundo os valores que se seguem bem como, nos 
diferentes sítios do nosso corpo, a saber: 
Axilar..........................................36,0ºC a 37,0ºC 
Retal...........................................36,4ºC a 37,2ºC 
Bucal...........................................36,2ºC a 37,0ºC 
 PULSAÇÃO 
Pulso é a ondulação pela expansão das artérias seguindo as contrações oriundas do coração. O 
pulso é um dos mais utilizados métodos de informação acerca das condições de um doente. 
O pulso pode ser verificado mais facilmente, nas artérias radiais e carótidas, bem como nas 
femorais, pediosas e faciais. 
Frequência das pulsações por minuto: 
Homem............................60 a 70 BPM 
Mulher.............................65 a 80 BPM 
Criança..........................120 a 125 BPM 
Lactente........................125 a 160 BPM 
 
 
RESPIRAÇÃO 
É a troca de gases entre o organismo e o meio externo, e consiste na absorção do oxigênio (O2 
e a eliminação de gás carbônico (CO2). Frequência: 
Homem........................................15 a 20 
distensões abdominais por minuto 
Mulher..............................................18 a 20 
por minuto (distensão torácica) 
Criança.........................................................
....................20 a 25 por minuto 
Lactente.......................................................
....................30 a 40 por minuto 
 
 
 
5 
 
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS HIPÓXIAS 
Em pessoas normais, a variação da altitude (que acarreta variação do percentual de oxigênio 
do sangue arterial) provoca, comumente, os seguintes sintomas de hipóxia: 
De acordo com os vários experimentos, foram obtidos os seguintes resultados para o TUL 
(Tempo útil de Lucidez). Durante o voo, o comissário de bordo poderá encontrar casos de 
urgência respiratória em passageiros portadores de uma hipóxia preexistente, necessitando, 
pois, de maiores cuidados. Essas urgências classificam-se em: 
Altitude em pés % de saturação de oxigênio Condição clínica 
Nível do mar 95 – 98 Normal 
10.000 88 – 89 Dor de cabeça, cansaço em 
exposição prolongada. 
14.000 80 – 81 
Sonolência, dor de cabeça, 
tontura, fraqueza de visão, 
mudança de personalidade, perda 
de coordenação muscular e 
cianose. 
18.000 74 – 75 
Todos acima porém 
 
mais críticos. 
22.000 67 – 68 Convulsão,_colapso, coma. 
25.000 55 – 60 
Colapso e coma com 
aproximadamente_5 minutos. 
Altitude em pés 
Sentado em 
descanso 
Exercendo atividade 
moderada 
Despressurização 
rápida (pessoa em 
repouso) 
22.000 10 minutos 05 minutos 03 minutos 
25.000 05 minutos 03 minutos 02 minutos 
30.000 90 segundos 45 segundos 30 segundos 
35.000 45 segundos 30 segundos 20 segundos 
40.000 25 segundos 18 segundos 12 segundos 
 
6 
 
 
 
Durante o voo, o comissário de bordo poderá encontrar casos de urgência respiratória em 
passageiros portadores de uma hipóxia preexistente, necessitando, pois, de maiores cuidados. 
Essas urgências classificam-se em: 
HIPÓXIA HIPÓXICA 
É devido ao menor aporte de oxigênio às células orgânicas, em virtude da dificuldade que o gás 
tem em se difundir para o sangue nos alvéolos pulmonares. É a saturação de oxigênio no 
sangue arterial abaixo do normal. Ocorre nos casos de pneumonia, asma brônquica, a 
impregnação pelo alcatrão. Quando o oxigênio não consegue absolutamente se difundir para o 
sangue e daí para as células, temos aí a hipóxia anóxia, como ocorre nos casos de asfixia, 
sedação por narcóticos e nas altas altitudes (acima de 24.000 pés). Anóxia é a denominação 
dada à falta de oxigênio nas células orgânicas. 
TRATAMENTO 
• Manter o passageiro sentado ou semissentado; 
• Afrouxar as vestes deixando-o respirar; 
• Desobstruir as vias aéreas; 
• Administrar oxigênio. 
 
HIPÓXIA ANÊMICA OU HIPÊMICA 
É devida à chegada de oxigênio em quantidades reduzidas às células, em virtude de problemas 
no transporte do gás pelas hemácias. Normalmente a encontramos durante a gravidez. 
Patologicamente: nas hemorragias, anemias ferroprivas, carência proteica, e nas intoxicações 
por monóxido de carbono. 
TRATAMENTO 
• Administração de oxigênio por máscara sob pressão; 
• Transfusão de sangue; 
• Combater a carência protética. 
 
 
7 
 
HIPÓXIA ESTAGNANTE, ISQUÊMICA OU ESTÁTICA 
Ocorre em consequência do retardo na chegada do oxigênio às células, em virtude da 
diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo. Verifica se nos casos de insuficiência cardíaca 
congestiva (ICC), e nas tromboses vasculares. 
TRATAMENTO 
Combater a causa do distúrbio circulatório. 
 
 
HIPÓXIA HISTOTÓXICA 
É devida à inabilidade das células teciduais para utilizar o oxigênio transportado pelas 
hemácias, em virtude da presença de tóxicos nas células. Ocorre nos envenenamentos por 
cianetos, no alcoolismo agudo, intoxicação pela nicotina e cocaína. 
• TRATAMENTO 
• Administrar antídoto específico para cianetos; 
• Combater o alcoolismo; 
• Remoção urgente para o hospital; 
• Formas combinadas: Verificam–se com a concomitância de dois ou maistipos de 
hipóxias acima citadas. É o que ocorre no caso de uma cardiopatia (ICC), associada a 
uma pneumonia ou anemia; e tratar cada um dos fatores determinantes atuantes. 
 
ASMA BRÔNQUICA 
A Asma Brônquica é uma doença caracterizada 
por recorrentes episódios de obstrução das vias 
aéreas que pelo menos, nos estágios iniciais, 
são reversíveis. Resulta de obstrução dos 
bronquíolos alveolares (bronquiolite) difusa e 
reversível decorrente de constrição dos 
músculos lisos brônquicos, edema e inflamação 
 
8 
 
da mucosa brônquica, e o acúmulo de secreções dentro da luz dos brônquios, dificultando a 
passagem do ar. 
O ataque asmático, geralmente se inicia de modo súbito, com chiados, tosse expectoração de 
muco transparente e viscoso, e dispneia, sobretudo expiratória. 
TRATAMENTO 
• Manter o passageiro sentado ou semissentado; 
• Administração abundante de líquidos; 
• administração de oxigênio; 
• Administração de broncodilatadores. 
 
 
AFOGAMENTO 
O afogamento deve-se a uma série de fenômenos que tem lugar no organismo devido à sua 
total imersão na água durante um tempo mais ou menos prolongado. A morte pode sobrevir 
por asfixia ou como consequência dos problemas gerados pela água no organismo. 
A asfixia, portanto, só é responsável pela morte em 10% dos casos de pessoas afogadas, nas 
quais ocorre, enquanto estão submersas, um laringoespasmoreflaxo. Nos outros casos, a 
morte deve-se a entrada maciça de água nos pulmões. Existem dois tipos de afogados, a saber: 
 
AFOGADO CIANÓTICO 
É o indivíduo que apresenta uma forma de asfixia pela entrada maciça de água nos pulmões. 
Quando retirado da água, apresenta-se com pulso fino, respiração superficial e irregular. 
Jugulares túrgidas, e cianóticas (arroxeado). Há necessidade de se mover a água. 
 
AFOGADO PÁLIDO 
Ocorre quando não há asfixia pela água, mas sim devido a um laringoespasmo reflexo, ou uma 
parada respiratória. 
 
9 
 
 
TRATAMENTO DO QUASE AFOGAMENTO 
Em ambos os casos: 
• Rápida remoção da vítima da água; 
• Desobstruir as vias aéreas, retirando corpos estranhos e limpando as secreções; 
• Aplicar a respiração boca a boca, ou através de aparelho; 
• Aplicar massagem cardíaca externa, se necessário; 
• Tão logo quanto possível, administração suplementar de oxigênio; 
• E transportar a vítima para um hospital 
Não devemos retardar a ventilação por tentativas de remover líquidos dos pulmões. Um bom 
nadador pode iniciar a respiração boca a boca ou boca - nariz ao mesmo tempo em que 
domina a água, ou mesmo quando posto em pé, em água rasa. Para a remoção da água das 
vias aéreas usa - se a seguinte técnica: 
• Coloca-se o passageiro quase - afogado em decúbito ventral, com a cabeça 
lateralizada; 
• Estende-se seus braços elevando–os lateralmente ao longo da cabeça; 
• Coloca-se as mãos (Socorrista) sobre o dorso da vítima, exercendo-se pressão. 
 
 
DISTÚRBIOS CARDÍACOS INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
É a necrose (morte) do músculo cardíaco (miocárdio), que ocorre como aplicação de uma 
deficiência ou ausência da circulação do mesmo. 
Resulta, portanto, de uma obstrução de algum ramo das artérias coronarianas que levam o 
sangue ao próprio coração. 
SINTOMAS E SINAIS 
Dor forte e constritiva, intensa e duradoura localizada na região anterior do tórax, que pode 
irradiar-se para os membros superiores, principalmente para o esquerdo, base do pescoço e 
epigástrio. É uma dor constante que não se modifica com a respiração ou troca de posição, 
tampouco com o emprego de vaso dilatador coronariano. 
 
10 
 
• Sua duração vai de 30 minutos a várias horas; 
• Midríase; 
• Sudorese intensa; 
• Dispneia; 
• Agitação; 
• Aparência de sofrimento; 
• Pulso fino e acelerado; 
• Pode ocorrer confusão mental, desmaio, fraqueza e febre; 
Diferentemente da angina do peito, o infarto do miocárdio não é desencadeado por nenhuma 
circunstância específica. Pode ocorrer enquanto se está passeando, descansando, dormindo, 
sem qualquer esforço físico prévio e violento. 
 
TRATAMENTO 
• Afrouxar as vestes e manter o paciente em posição confortável e em repouso 
absoluto; 
• Administrar analgésico; 
• Administrar tranquilizante; 
• Administrar vaso dilatador coronariano; 
• Administrar oxigênio se houver dispneia, cianose, tosse ou sibilos; 
• E encaminhar urgentemente ao hospital. 
 
ANGINA DO PEITO 
A angina do peito é um problema cardíaco caracterizado 
pelo aparecimento brusco de uma dor torácica, 
produzida por irrigação sanguínea insuficiente e 
momentânea do miocárdio; 
Diferentemente do infarto, na angina do peito não há 
lesão do músculo cardíaco e tem como fatores 
desencadeantes: refeições pesadas, esforço físico, o 
fumo, o frio intenso, e ansiedade. 
 
11 
 
SINTOMAS E SINAIS 
São semelhantes aos do infarto do miocárdio, dele diferindo pelo tempo e duração da dor, em 
geral, de 3 a 10 minutos. Isto é muito importante, porque se durar menos de 1 minuto pode-se 
descartar a hipótese de angina no peito. Porém, se durar mais de 10 minutos, deve-se 
interpretar como manifestação de infarto. 
TRATAMENTO 
É o mesmo para o infarto agudo do miocárdio, sem administração de tranquilizante. 
 
 
PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA 
Algumas causa da parada cardiorrespiratória incluem: 
Hemorragias, Acidentes, Infecções generalizadas, Problemas neurológicos como AVC, Doenças 
Cardíacas, Infecção respiratória, Falta de oxigênio, Falta ou excesso de açúcar no sangue, 
Desequilíbrios de Potássio. 
Independente das causas, a para cardiorrespiratória é uma situação muito grave que necessita 
de atendimento médico urgente. 
 
PRINCIPAIS SINTOMAS: 
• Dor forte no Peito; 
• Falta de ar; 
• Suores Frios; 
• Sensação de Palpitação; 
• Tonturas e Desmaio; 
• Visão turva ou embaçada; 
Além destes sintomas, surgem sinais como ausência de pulso e falta de movimentos 
respiratórios. 
 
 
 
 
12 
 
COMO PROCEDER 
 
O que se deve fazer na parada cardiorrespiratória é chamar imediatamente uma ambulância, 
ligando para o número 192, e iniciar a massagem cardíaca, para que o individuo tenha 
melhores chances de sobreviver. 
 
 
COMPRESSÕES TORÁCICAS 
As compressões torácicas ajudam o sangue a circular com base em dois princípios: primeiro, 
elas elevam a pressão na cavidade torácica, fazendo o coração bombear; segundo, elas 
fornecem compressão direta no próprio coração. 
Para as compressões torácicas externas, a vítima deve estar na posição de decúbito dorsal 
(deitada de costas), sobre superfície firme e plana. As roupas da vítima não impedem você de 
fornecer compressões torácicas eficazes, mas podem impedir o posicionamento correto das 
mãos; se necessário, afaste as roupas. Ajoelhe-se perto dos ombros da vítima, a distância entre 
seus joelhos deve ser a mesma que entre seus ombros. 
 
POSICIONAMENTO DAS MÃOS 
O posicionamento correto das mãos sobre o tórax da 
vítima é essencial para se evitar a ocorrência de lesões 
internas decorrentes das compressões torácicas e 
para a perfeita efetividade da manobra. Suas mãos 
devem ficar sobre a extremidade inferior do esterno. 
Para esta posição, trace uma linha imaginária entre os 
mamilos, o ponto médio localiza-se no exato local que 
sua mão deverá posicionar-se para as compressões 
 
13 
 
torácicas. Nesse ponto, o esterno é flexível – é possível comprimi-lo sem fraturá-lo. 
Coloque o “calcanhar da mão” no esterno com a outra mão por cima, com os dedos de ambas 
as mãos apontando na direção oposta à sua. Entrelace os dedos ou estenda-os, mantendo-os 
afastados do tórax da vítima. 
 
MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA E RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL 
Socorristas leigos devem fornecer RPC somente com as mãos, com ou sem orientação de 
atendente, para adultos vítimas de PCR. 
• Para o leigo treinado, foi reforçada a sequência C – A – B para atendimento (circulation – 
airway – breathing). Portanto o socorrista deve começar pelas compressões torácicas antes de 
realizarabertura de vias aéreas e ventilações. A proporção é de 30 compressões para 2 
ventilações; 
• A profundidade da compressão torácica em um adulto médio, que deve ser em torno de 
5cm, evitando ultrapassar 6cm; 
O socorrista deve continuar a RPC até a chegada e preparação de um DEA. 
 
 
 
14 
 
DISTÚRBIOS CARDIOVASCULARES 
VERTIGEM 
É uma sensação em que a vítima sente-se girar em 
torno dos objetos que rodeia, ou objetos que a 
cercam é que parecem girar em torno dela, sempre 
no plano horizontal. Pode-se também sentir, em vez 
da sensação giratória, um deslocamento lateral, como 
se estivesse caindo para um dos lados. Esses sintomas 
podem ainda ser acompanhados de náuseas e 
vômitos. A vítima, porém, jamais perde a consciência. 
Os enjoos de viagem (cianetoses) são catalogados 
como estados vertiginosos e caracterizam-se por 
sempre virem acompanhadas de palidez de pele, discreta sudorese, náusea e vômitos. Durante 
a crise, nada deverá ser ministrado por via oral, pois a vítima vomitará o ingerido. 
TRATAMENTO 
• Colocar a vítima deitada, em decúbito dorsal; 
• Passar uma venda sobre os olhos e manter a cabeça sem travesseiro; 
• Não fazer movimentos bruscos, principalmente com a cabeça; 
• Manter a vítima arejada, com as vestes frouxas. 
 
DESMAIOS OU LIPOTIMIA 
A vítima acometida de desmaio tem a impressão que vai perder o contato com o ambiente que 
a cerca. A visão escurece, a pele torna-se pálida e com sudorese. Há sensação de mal-estar 
geral, acompanhado ou não de sensação de náuseas e vômitos. A mente fica embotada, 
dificultando o diálogo com quem o socorre. Não sendo prontamente atendido, pode 
subitamente e momentaneamente perder a consciência. 
TRATAMENTO 
Estando o “quase-desmaiado” sentado, abaixar 
sua cabeça e pedir para fazer esforço para 
erguê-la, ocasião em que o socorrista impede 
que isso aconteça fazendo pressão com sua 
mão sobre o occipital da vítima; 
Obtém-se o mesmo efeito fazendo com que a 
vítima fique sentada, e abaixe a cabeça o mais 
que puder colocando-a entre os joelhos; 
A cabeça abaixada faz com que haja maior 
irrigação cerebral às custas da gravidade. 
 
15 
 
 
ESTADO DE CHOQUE 
É um estado de depressão profunda e prolongada das funções neurovegetativas, com redução 
progressiva do volume líquido circulante, e queda de pressão arterial. O choque pode ser 
causado por: 
• Traumatismo craniano, dores violentas, fortes emoções (origem nervosa); 
• Hemorragias profundas, queimaduras extensas, desidratação (pela diminuição do 
líquido circulante). 
• Grandes traumatismos, esmagamento, contusão e compressão do tórax e abdômen; 
• Obstrução circulatória mecânica (embolias, trombose das coronárias e infarto); 
• Substâncias tóxicas e toxinas microbianas (choque anafilático). 
 
SINTOMAS E SINAIS 
Faciais: palidez, abatimento, olhar inexpressivo, cianose dos lábios; 
Pele: pálida e fria, temperatura abaixo do normal e suores frios. 
Função motora e psíquica: deprimida. Embora a consciência esteja íntegra, o paciente está 
prostrado, com relaxamento muscular, reflexos, por vezes, agitado; 
Hipotensão arterial: é uma característica do choque (PA abaixo de 90 X 70); 
Hipotensão venosa: as veias dilatam-se, o que torna difícil a aplicação de injeção; 
Taquisfigmia: o pulso é rápido, fino e vazio; 
Taquipneia: aumento da frequência respiratória, com certa dificuldade (dispneia); 
Hipoestesia: embotamento da sensibilidade dolorosa. A vítima parece não sentir dor apenas 
das inúmeras lesões de que é portador; 
Hipotermia: diminuição da temperatura corporal. 
 
16 
 
TRATAMENTO 
• Hemostasia, antissepsia, bandagem (curativo); 
• Administração de analgésico para combater a dor, que por si só, pode causar o 
choque; 
• Correção das deficiências orgânicas do acidentado, como combate a desidratação. 
DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS 
ALCOOLISMO 
É o beber excessivo que afeta adversamente a saúde do indivíduo, prejudicando sua função 
social ou ambos. 
A dependência do álcool caracteriza-se pela tolerância e pela dependência física. A tolerância 
ocorre quando o indivíduo consome quantidades progressivamente maiores de álcool, durante 
um certo tempo, a fim de induzir alterações nos estados afetivos, ou no seu comportamento, 
obtido anteriormente com doses menores. Já a dependência física do álcool é observada pelo 
aparecimento dos sintomas e sinais de abstinência após a interrupção da bebida, tais como: 
tremores das extremidades, delírios, alucinações, distúrbios convulsivos etc. 
QUADRO CLÍNICO AGUDO 
• Descoordenação motora e visual; 
• Distúrbios do comportamento 
(euforia, depressão, atitudes 
antissocial, comportamento 
pegajoso); 
• Distúrbios da consciência; 
• Náuseas e vômitos; 
• Midríase; 
• Hipotermia; 
• Convulsões; 
• Retenção ou incontinência urinaria 
ou fecal; 
• Taquisfigmia. 
 
TRATAMENTO 
• Suspensão imediata do consumo de bebida alcoólica; 
• Manter o passageiro sentado com a poltrona reclinada; 
• Oferecer café forte e doce. 
• Se o passageiro dormir, manter a cabeça lateralizada; 
• Aplicação de glicose E-V (somente médico); 
• A melhor conduta seria a prevenção, através da redução ou mesmo abolição do 
consumo de bebidas alcoólicas a bordo. 
 
17 
 
 
CONVULSÕES 
A convulsão palavra originada do latim e que quer dizer “sacudir”, “agitar”, caracteriza-se por 
entrarem os músculos em contrações. Os músculos contraem- se, enrijecem-se, mas logo em 
seguida relaxam-se. Como isso acontece em pequenos espaços de tempo, os músculos 
parecem tremer. 
A epilepsia é uma doença caracterizada, em sua forma típica, por ataques convulsivos, com 
perda temporária da consciência e/ou da memória. A convulsão se instala, na maioria das 
vezes, subitamente. Em certas ocasiões, a vítima percebe alguns sinais (auras) antes de se 
instalar a crise, como dor de cabeça, tonteiras, náuseas ou odores estranhos. O ataque dura 
alguns minutos, podendo haver eliminação involuntária de urina e fezes. Há também 
eliminação de muco (baba) espesso, pela boca, devido excesso de salivação. Não há, 
absolutamente, risco de contágio visto que, a Epilepsia, não é doença infectocontagiosa 
terminada a crise a vítima pode entrar em sono, e 
ao acordar, nada saber sobre o acontecimento. 
TRATAMENTO 
• Afrouxar as vestes do passageiro; 
• Proteger a vítima contra objetos 
traumatizantes (pontas de móveis, quina 
de paredes), que possam vir a causar 
lesões, e deixando a crise exaurir-se, 
cessar; 
• Colocar entre os dentes do passageiro um 
pano macio, para evitar que as arcadas 
dentárias se choquem violentamente, 
provocando a quebra de dentes, ou 
ferimentos na língua. 
 
 
18 
 
DISTÚRBIOS DOS SISTEMAS 
NERVOSO E CIRCULATÓRIO 
 
INSOLAÇÃO 
É um conjunto de fenômeno que se desenvolvem no organismo quando se eleva a 
temperatura corporal, devido a uma alteração dos mecanismos nervosos reguladores da 
mesma. É causada pela exposição prolongada aos raios solares, e relativamente frequente 
durante o verão nas pessoas que frequentam 
as praias, no período das 12:00hs às 15:00hs. 
PROFILAXIA 
• Evitar exposição prolongada ao sol, 
principalmente depois das 10:00hs; 
• Iniciar a temporada de verão com 
curtas exposições ao sol, aumentando 
progressivamente; 
• Ingerir bastante líquido. 
 
INTERMAÇÃO 
Em nosso meio ocorre principalmente entre os lactentes (crianças abaixo de 1 ano de idade), 
mantidos em quartos mal ventilados e superaquecidos pelo sol. Nessas condições, o 
organismo não consegue perder calor para o meio ambiente, causando as manifestações da 
intermação. 
QUADRO CLÍNICO 
• Casos benignos: 
• Cefaleia (dor de cabeça); 
• Vertigens; 
• Fadiga; 
• Anorexia (perda do apetite); 
• Insônia; 
 
19 
 
• Estado subfebril. 
• Casos graves: 
• Desidratação; 
• Cefaleia violenta; 
• Vertigens; 
• Rigidez da nuca; 
• Febre elevadíssima; 
• Vômitos; 
• Delírios; 
• Convulsão e morte. 
 
TRATAMENTOCOMBATE A HIPERTERMIA 
Remover a vítima para um local fresco e arejado; 
Valer-se de meios físicos (gelo sobre a cabeça, envoltórios úmidos em todo o corpo), e meios 
químicos (antitérmicos). 
 
HIDRATAÇÃO 
• Oferecer bastante líquido à vítima; 
• Em casos graves, hidratação endovenosa (EV). 
 
DESIDRATAÇÃO 
É a perda de água do organismo, motivada por varias 
causas, tais como: vômitos repetidos, diarreia 
abundante, sudorese intensa, hemorragias graves e 
queimaduras. 
O primeiro socorro consiste em suspender 
imediatamente a alimentação, e administrar água ou 
soro caseiro em colheradas, repetidamente. A fórmula 
do soro caseiro é: 1 litro de água filtrada + 2colheres 
de sopa de açúcar + 1 colher das de chá de sal. 
 
DIARRÉIA 
É o aumento da frequência habitual das evacuações, com diminuição da consistência fecal. As 
causas mais frequentes são: erro alimentar, infecção intestinal, verminoses, medicamentos, 
etc. 
 
 
20 
 
TRATAMENTO 
• Hidratação por via oral; 
• Dieta sem gorduras, com 
pouco condimento (tempero), 
assim como, evitar alimentos 
como laranjas, mamão, 
ameixas etc. 
• Administrar antidiarreico. 
 
 
QUEIMADURAS 
São lesões tissulares (teciduais) ocasionadas quase sempre por um agente térmico: o calor, a 
água, e outros líquidos em alta temperatura e o vapor. 
Existem também queimaduras provocadas por substâncias químicas, por radiações solares ou 
por diversas substâncias radioativas, pela eletricidade. 
 
 
CLASSIFICAÇÕES 
As queimaduras são classificadas de acordo com sua profundidade nos tecidos lesados, como 
se segue: 
• Queimaduras de 1º grau – Lesão apenas da epiderme; 
• Queimaduras de 2º grau – Lesão da epiderme e derme; 
• Queimaduras de 3º grau – Lesão profunda atingindo a epiderme, derme, hipoderme e 
tecidos profundos. 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRAVIDADE DAS QUEIMADURAS 
É importante frisar que a gravidade de uma queimadura não é determinada pela sua 
profundidade nos tecidos orgânicos, mas sim, pela extensão da área corporal atingida. Para se 
avaliar a extensão da pele comprometida, utiliza-se a “Regra dos Nove”. 
Os indivíduos com mais de 15% de área corporal queimada, são considerados grandes 
queimados, correndo, portanto, sério risco de vida. 
SINTOMAS E SINAIS 
Queimaduras de 1º grau – Caracteriza-se pelo surgimento do eritema (vermelhidão) e calor no 
local afetado. 
Queimadura de 2º grau – Caracteriza-se pela presença de vermelhidão e de bolhas d’água 
(flictenas), geradas pela saída de plasma sanguíneo, provocado pelo calo; 
Cabeça 9% 
Membro superior D. 9% 
Membro superior E. 9% 
Tronco-frente 18% 
Tronco-atrás 18% 
Coxa D. 9% 
Coxa E. 9% 
Perna D. 9% 
Perna E. 9% 
Pescoço 1% 
Períneo 1% 
 
22 
 
Queimaduras de 3º grau – Caracteriza-se pela destruição dos tecidos, com a formação de 
escaras amareladas ou enegrecidas, ou mesmo feridas. 
 
COMPLICAÇÃO DAS QUEIMADURAS 
A lesão provocada, no organismo, por 
um agente térmico (queimaduras) é, 
em última análise, uma ferida. É, como 
tal, suscetível ao risco de infecção. 
Nos grandes queimados outros fatores 
podem gerar complicações. 
A pele íntegra é uma barreira 
impermeável, mas quando queimada, 
perde essa importante função. Nestes 
casos, ocorre perda de líquidos e 
eletrólitos (sais minerais) através da 
extensa área lesada, o que pode 
ocasionar desidratação intensa, choque 
e morte. 
 
TRATAMENTO DAS QUEIMADURAS 
• Retirada das vestes sujas e 
queimadas; 
• Lavagem e antissepsia das 
lesões com soro fisiológico. 
• Curativos com gaze esterilizada 
e vaselina líquida. 
• Evitar a movimentação e o 
resfriamento do paciente, 
aquecendo-o com cobertores 
ou lençóis limpos, sem 
provocar sudorese; 
• Administração de analgésicos e líquidos. 
 
 
 
23 
 
 
TRAUMATOLOGIA 
As lesões corporais, mais prováveis, em consequência de um acidente, são: contusões, 
entorses, luxações, fraturas, ferimentos, traumatismo craniano, queimaduras e lesões 
internas. As vítimas de lesões traumáticas que atingem gravemente os diversos seguimentos 
corpóreos apresentam, às vezes, quadros clínicos graves, onde o risco de vida está sempre 
presente. 
• Ao prestarmos os primeiros socorros a um acidentado, devemos tomar certos 
cuidados, tais como: Lavagem das mãos com água e sabão, antes e após o curativo; 
• Uso instrumental esterilizado; 
• A manipulação do ferimento deverá ser feita através de pinças e gazes esterilizadas; 
• Deverá ser feita a antissepsia (limpeza) de toda a área a ser manipulada; 
• Fixação do curativo. 
 
ATADURAS 
Entre outras utilidades, as ataduras são empregadas para fixar curativos onde o uso de 
esparadrapo torna-se difícil pela mobilidade da região, presença de pelos e secreções. 
Aplicação De Ataduras 
• A atadura deve ser aplicada de modo a não afrouxar, e nem comprimir em demasia; 
• O enfaixamento deve ser feito com as articulações na posição que será mantida 
depois; 
• O enfaixamento não deve trazer desconforto ao paciente; 
 
24 
 
• A tensão aplicada sobre a faixa deve ser suficiente para distender sua malha ate o 
próximo ao seu limite de elasticidade; 
• O enfaixamento deve ser iniciado sempre da região distal para a proximal, isto é, da 
extremidade para o centro; 
• Nas mãos e pés, o enfaixamento deve 
estender-se, exatamente até o nível da cabeça 
dos metacarpianos e metatarsianos, 
respectivamente, e com a mesma tensão e o 
mesmo número de voltas aplicadas no 
restante do membro, deixando as 
extremidades livres; 
• Nas articulações a faixa deve ser aplicada 
assumindo a forma de um ‘’8’’ 
• As saliências ósseas e os pontos em que os 
nervos periféricos se tomam superficiais, devem ser protegidos com algodão 
ortopédico. 
 
TRAUMATISMO FECHADO 
CONTUSÃO 
Lesão superficial do corpo sem laceração da pele, produzida por um impacto. Nem sempre 
uma contusão é simples. Ela pode complicar-se 
ao provocar uma lesão interna em um órgão vital. 
Como veremos nos traumatismos abdominais. 
TRATAMENTO 
• Aplicação de frio (gelo) no local, sempre 
protegendo a pele com um pano, ou uma 
camada de vaselina por tempo limitado; 
• Imobilizando com faixa de crepe; 
• Administração de analgésico. 
 
25 
 
 
 
DISTORÇÕES OU ENTORSES 
São traumatismos privativos das articulações, resultantes de um movimento brusco das 
articulações, sem acarretar a perda da relação entre as superfícies articulares. Dependendo da 
intensidade do traumatismo, poderá provocar lesões de ligamento ou cápsulas articulares. 
SINTOMAS 
• Dores intensas, que aumentam com a manipulação ou apalpação da região; 
• Impotência funcional por contratura muscular; 
• Equimose; 
• Edema. 
TRATAMENTO 
• Aplicação de frio intenso (gelo) no local, com devida proteção da pele; 
• Imobilização com faixa de crepe, compressiva; 
• Repouso da articulação atingida; 
• Administração de analgésico. 
 
LUXAÇÃO 
Lesão que, devido a um movimento corporal anormal, compromete peças ósseas que se 
articulam, ocorrendo à perda da relação entre as 
mesmas. 
OBS: A única luxação que os comissários podem tentar 
reduzir (colocar no lugar) é a de mandíbula. 
SINTOMAS 
• Dor intensa, com redução de estalo; 
• Impotência funcional devido à perda do 
contato articular, e a contratura muscular; 
• Edema Deformidade; 
• Diferença de comprimento do membro lesado. 
 
 
26 
 
TRATAMENTO 
• Aplicação de frio intenso (gelo) no local atingido; 
• Imobilização da articulação luxada com talas rígidas, sem tentar melhorar a 
deformidade existente; 
• Administração de analgésico. 
 
TRAUMATISMO ABERTO 
FERIMENTOS 
Ferimento é a agressão à integridade tecidual produzindo solução de continuidade entre o 
meio externo e interno. 
O ferimento é sempre ocasionado por um agente lesivo que, na maioria das vezes, alberga 
patógenos (bactérias, micróbios) e, dessa forma, contamina o ferimento. Leva aqueles 
micróbios que vivem na superfície da pele parao interior do corpo. Esta contaminação, se não 
for localizada, pode ser disseminada. 
TIPOS DE FERIMENTOS 
ESCORIAÇÕES OU ABRASÕES 
São ferimentos superficiais, geralmente produzidos pelo atrito com superfícies ásperas, 
atingindo as camadas superficiais da pele. 
 
 
PUNCTÓRIOS OU PUNCTIFORMES 
São os ferimentos causados por agentes 
perfurantes (prego, agulhas, estiletes etc.), 
provocando pequena solução de continuidade na 
pele, porém profunda, e, desse modo, 
importantes veículos de infecções. Sua gravidade 
varia conforme a região atingida, tórax e abdome. 
 
27 
 
 
INCISIVOS 
São os causados por instrumentos cortantes (facas, navalhas, bisturis). 
As bordas do ferimento são regulares, estando afastadas conforme a elasticidade da pele da 
região lesada. 
 
LACERANTES 
São causados por agentes que dilaceram a pele e os tecidos vizinhos (cacos de vidro, de louça 
e serra). As bordas do ferimento são bastante irregulares podendo haver perda de tecidos, e a 
cicatrização é defeituosa. 
 
DE ACORDO COM O TRAJETO PERCORRIDO PELO OBJETO TRAUMÁTICO, OS FERIMENTOS 
PODEM SER: 
 
TRANSFIXANTE 
O objeto atravessa o corpo provocando duas lesões, 
sendo que a de entrada é bem menor que saída. Ex: 
Ferimentos à bala 
 
 
28 
 
PENETRANTES 
O objeto penetra em uma cavidade fechada do corpo. São mais graves, pois podem lesar 
órgãos vitais como os pulmões, fígado, baço, rins e coração. 
 
COMO AGIR EM CASO DE FERIMENTOS 
PEQUENOS FERIMENTOS 
Deve-se tomar muito cuidado para que não infeccionem. A limpeza é importante, pois além de 
evitar as infecções, ajuda a cicatrização. 
CONDUTA 
• Lavagem das mãos com água e sabão, antes e depois do curativo limpar o ferimento 
com água limpa e sabão comum; 
• Aplicar um antisséptico com mercúrio cromo; 
• Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo fixando-o; 
• Observar se há sangramento; 
• Mantenha um curativo compressivo; 
• Certificar-se de que a vítima é vacinada contra o tétano; 
• Orienta-la. 
 
FERIMENTOS MAIS GRAVES 
HEMOSTASIA 
Fazer cessar ou estancar o sangramento. 
 
ANTISSEPSIA 
Limpeza cuidadosa da lesão com água e sabão comum, raspar os pelos da região se necessário 
(tricotomia), e aplicar antisséptico (mercúrio cromo). 
 
29 
 
 
CURATIVO 
Tentar aproximar as bordas do ferimento com pontos falsos utilizando tiras de esparadrapo, e 
cobri-los com gaze esterilizada. 
 
IMOBILIZAÇÃO 
Usar faixa de crepe se necessário. Em caso de dor, administrar analgésico. 
 
HEMORRAGIAS 
Denomina-se hemorragia a perda sanguínea resultante de uma lesão vascular. Ocorre, 
portanto, em veias, artérias e capilares. As hemorragias internas podem levar o acidentado ao 
estado de choque, e se não socorrido a tempo, ao óbito. 
Geralmente os ferimentos são acompanhados de perda sanguínea, o que dramatiza o quadro 
do acidente, visto que, o sangue é um elemento de alarme, tanto para o ferido, como para 
quem o socorre. A intensidade da hemorragia depende do tipo e do calibre do vaso lesado. 
 
30 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS 
 
ARTERIAL: O sangue provém de uma artéria lesada, flui em jatos intermitentes, tem uma 
coloração vermelho vivo (rutilante), e com aspecto espumoso. 
VENOSA: O sangue provém de uma veia lesada. Saí continuamente e apresenta coloração 
vermelho escuro. 
CAPILAR: O sangue provém de vasos de pequeno calibre. Geralmente tendem a coagulação 
espontânea 
EXTERNAS: São hemorragias facilmente identificadas, pois o sangue sai diretamente do 
ferimento ou através das cavidades naturais do organismo para o meio externo. 
INTERNAS: São hemorragias que ocorrem no interior do organismo. O sangue não se 
exterioriza, ficando coletado no abdome, tórax, caixa craniana e pele. 
 
TIPOS ESPECIAIS DE HEMORRAGIAS EXTERNAS 
 
OTORRAGIA (OUVIDO): Sangramento pelo ouvido externo, devido à fratura da base do crânio 
ou traumatismo do conduto auditivo externo. 
 
31 
 
 
EPISTAXE OU RINORRAGIA (NARIZ): Saída de sangue pelas 
narinas. Causas: insolação, lesão da mucosa nasal e picos 
hipertensivos. 
HEMOPTISE: Sangramento proveniente do aparelho 
respiratório (pulmões), fluindo pela boca, quase sempre ao 
tossir. O sangue é vermelho vivo e espumoso. 
Causas: Tuberculose pulmonar, câncer do pulmão e 
pneumopatias agudas. 
ESTOMATORRAGIA (BOCA): Saída de sangue pela boca devido a: lesões da própria boca, 
avitaminose C, extrações dentárias, ferimentos e câncer da língua. 
 
HEMATÊMESE: Saída de sangue pela boca vinda do aparelho digestivo, de cor vermelho 
escuro. Geralmente vem precedido de náuseas, com coágulos e restos alimentares. 
Causas: Ruptura de varizes esofagianas, úlcera do estômago e tumores malignos. 
MELENA: Saída de sangue através do ânus de coloração muito escura semelhante à borra de 
café. Origina-se da parte alta do tubo digestivo e tem forte odor. 
Causas: Varizes do esôfago, úlceras e tumores 
malignos do estômago. 
ENTERORRAGIA: Sangramento oriundo das porções 
finais do tubo digestivo, eliminado pelo ânus, e de cor 
vermelho vivo. 
Causas: Lesões dos intestinos como ulcerações, 
hemorroidas, úlceras provocadas pela Febre Tifoide, tumores malignos do reto, etc... 
 
32 
 
HEMATÚRIA (URINA): Sangramento proveniente do 
sistema urinário, e é eliminado juntamente com a 
urina. Causas: Traumatismo dos rins, cálculos renais, 
lesões e câncer de bexiga e ruptura de varizes 
prostáticas. 
 
 
 
MENORRAGIA (VAGINAL): Saída de sangue pela 
vagina, por consequência deficiência hormonal. 
Não está ligada ao plano menstrual. Causas: 
doenças dos ovários. 
METRORRAGIA: Eliminação de sangue pela 
vagina, de causa não hormonal, devido a 
tumores do útero (Miomas, por exemplo). 
 
SINTOMAS E SINAIS DAS HEMORRAGIAS AS EXTERNAS 
Geralmente por consequência de traumatismo e ferimentos, são facilmente identificáveis 
através da simples inspeção do acidentado, visto que o sangue flui externamente. 
 
 
 
33 
 
AS INTERNAS 
Não são visíveis. São diagnosticadas através de sinais e sintomas indiretos, tais como: palidez 
da pele, taquicardia, pulso rápido e fino, resfriamento das extremidades e sensação de 
fraqueza. O paciente pode sentir sede. 
TRATAMENTO DAS HEMORRAGIAS MEDIDAS GERAIS 
Quando a hemorragia não para por si mesma, deve-se deitar o paciente e elevar, por exemplo, 
a parte ferida de um membro lesado (por exemplo), se não houver fratura. 
MEDIDAS ESPECÍFICAS 
Pode-se utilizar a compressão ou o garroteamento para fazer cessar uma hemorragia. Na 
hemostasia por compressão, o socorrista comprime diretamente o foco hemorrágico com uma 
gaze, ou faz um curativo compressivo. 
Pode-se também comprimir a principal artéria da região de encontro a um osso longe do local 
do ferimento. 
É a compressão indireta ou à distância. 
 
TORNIQUETE 
Essa medida pode ser realizada por garrote ou torniquete. É empregada em ferimentos graves 
dos membros quando todas as outras tentativas não surtirem o efeito desejado, e onde o risco 
de vida está presente. O garrote deve ser colocado sempre entre o ferimento e o coração. 
Quando se utiliza o garrote com o auxílio de um pedaço de madeira para apertar e afrouxá-lo, 
estamos fazendo um torniquete. Tanto um como o outro deve ser mantido apertado 15 
minutos e afrouxá-lo por 30 segundos. Nunca usar arame, cabo, barbante ou outro material 
muito fino para fazer garrote ou torniquete. 
Nos casos de hemorragia interna, o passageiro deve ser mantido em repouso em decúbito 
dorsal, e com a cabeça mais baixa que o resto do corpo; exceto se houver ferimentos na 
cabeça, suspeita de fratura do crânio ou derrame cerebral, ocasião em que a cabeça deve ser 
mantida elevada. Não se deve dar bebidas alcoólicas em nenhuma hipótese, tampouco, dar 
líquidos à vítima inconsciente ou semiconsciente, ou quando houver suspeita de lesão do 
abdômen. 
 
34 
 
FRATURAS 
É a solução de continuidade total ou parcial de um osso, determinado por um agente 
traumático,cuja intensidade da força atuante suplanta a elasticidade e a resistência do osso. 
 
TIPOS DE FRATURA 
FECHADA OU SIMPLES 
Quando não há comunicação entre o foco de fratura e 
o meio ambiente, permanecendo, portanto, a pele 
íntegra. 
COMPLETA 
Quando os fragmentos ósseos se destacam 
nitidamente. 
 
 
INCOMPLETA 
Quando apenas uma das corticais do osso é rompida. É 
também chamada de subperiostal ou “em galho verde”. São 
muito comuns nas crianças até os 10 nos de idade, onde os 
ossos são flexíveis e elásticos como um galho verde. 
 
35 
 
COMINUTIVA 
Quando se formam mais de dois fragmentos ósseos. 
EXPOSTA 
Quando há comunicação entre o foco de fratura e o meio externo, sendo a pele lesada. É 
fundamental para essa classificação, que os ossos fraturados estejam expostos. 
 
SINTOMAS 
• Dor intensa; 
• Edema 
• Impotência funcional; 
• Diferença no comprimento do membro lesado; 
• Desalinhamento ósseo; 
• Movimento anormal 
• Hemorragia 
• TRATAMENTO 
• Imobilização da fratura com talas rígidas, atingindo a articulação acima e abaixo da 
fratura; 
• Evitar mover ou manipular o local afetado, pois pode haver risco de lesão grave; de um 
vaso ou nervo; 
• Nunca tentar fazer a redução da fratura. 
 
TRAUMATISMO CRÂNIO – ENCEFÁLICO 
O cérebro encontra-se localizado na caixa craniana, protegido ainda pelas meninges (dura 
mater, pia mater e aracnoide) e circundado, pelo líquido cefalorraquidiano (LCR), em situação 
que o torna imune a traumatismos moderados. 
 
36 
 
TIPOS DE LESÕES 
São três os tipos de lesões consequentes a um traumatismo crânio – encefálico, a saber: 
a. Lesões Superficiais 
b. Lesões ósseas, 
c. Lesões encefálicas. 
 
LESÕES SUPERFICIAIS 
São aquelas em que apenas o couro cabeludo é lesado. Apesar de sangrar bastante não traz 
maior complicação, por não haver lesão neurológica. O 
acidentado mantém-se consciente, sem maiores 
sintomas. 
TRATAMENTO: Fazer o tratamento das feridas, 
lembrando sempre que o couro cabeludo sangra muito, 
podendo ser necessário aplicações de um capacete 
compressivo com atadura de crepe. 
LESÕES ÓSSEAS 
São aquelas que ocorrem à altura do crânio, podendo, nesses casos, ocorrer formação de 
hematomas intracranianos, extradural e subdural e afundamento ósseo. 
 
LESÕES ENCEFÁLICAS 
Onde o Sistema Nervoso Central 
(cérebro) é atingido, com graves 
repercussões em todo o organismo. Na 
maioria das vezes, estas duas últimas 
lesões estão associadas (óssea e 
encefálica). 
A inspeção e apalpação da cabeça do 
acidentado nos dá valiosas informações 
sobre: 
 
37 
 
• Extensão das lesões do couro cabeludo, presença de hematomas ou fraturas ósseas, e 
a existência de hemorragias pelo nariz ou ouvido; 
• Estado de consciência que é avaliado através da resposta a estímulos térmicos tátil, 
doloroso e viva voz; 
• Condição respiratória, podendo esta mostrar-se lenta e profunda, o que indica lesão 
cerebral. 
• Frequência do pulso, que se lento e cheio, é provável sinal de lesão neurológica; 
• Condições dos olhos das pupilas, que poderão apresentar desvios oculares, e 
desigualdades das pupilas. Isto também indica lesão cerebral; 
• Vômito em jato nos dá indício de que está havendo hipertensão intracraniana; 
• Descontrole dos esfíncteres, onde o acidentado pode urinar e evacuar sem controle, 
em consequência de lesão neurológica. 
 
TRATAMENTO DE LESÕES 
CRÂNIO – ENCEFÁLICAS 
A preocupação imediata é a manutenção das funções vitais, a respiração, o pulso e a pressão 
arterial. 
Fazer o tratamento das feridas, com extremo cuidado, protegendo as lesões com gaze 
esterilizada, e se necessário, aplicar capacete com faixa de crepe, sem compressão excessiva. 
Caso o paciente esteja consciente, mantê-lo sentado ou semissentado. Se estiver inconsciente, 
o decúbito recomendado é o dorsal, com a cabeça lateralizada. Não administrar 
medicamentos ou umedecer a boca da vítima com gaze embebida em água. 
 
FRATURA DO CRÂNIO 
Uma vítima de fratura do crânio requer cuidadosa observação, visto tratar- se sempre de uma 
lesão grave; e dependendo da intensidade do traumatismo, poderá apresentar. 
SINTOMAS 
• Perda da consciência que poderá ser imediata ou tardia; 
• Cefalgia (dor de cabeça intensa); 
 
38 
 
• Vômitos com frequência em jato; 
• Confusão mental; 
• Hemorragia pelos ouvidos e boca; 
• Convulsão. 
• TRATAMENTO 
• Estímulo para manter o acidentado acordado; 
• Verificar: estado geral, choque, respiração, hemorragias e extensão das lesões; 
• Escolher o decúbito, ou seja, a posição para colocar o acidentado (decúbito dorsal com 
cabeça lateralizada); 
• Curativo sobre os ferimentos: capacete com faixa e crepe se for o caso; 
• Não administrar líquido ou medicamentos. 
 
 
 
 
FRATURA DA COLUNA VERTEBRAL 
Várias são as causas que poderão provocar uma fratura da coluna vertebral. Entre elas 
podemos citar: as quedas de costas, de pé bruscas, movimentos com a cabeça (muito comum 
em acidentes automobilísticos lesão em chicote), bem como um movimento excessivo de 
flexão ou extensão da coluna. 
Ao se encontrar um passageiro caído, e deitado de costas, não se deve levantá-lo, a menos que 
o mesmo consiga mover os membros, incluindo mãos e pés. 
 
39 
 
Se houver impossibilidade para realizar esses movimentos, a coluna vertebral poderá estar 
fraturada e, muito provavelmente com lesão neurológica. 
SINTOMA 
• Dor na região cervical, dorsal ou lombar, com irradiação para os membros. 
• Sensação parestesica (formigamentos) nos membros superiores ou inferiores; 
• Hipoestesia ou anestesia, diminuição ou ausência de dor no tronco, a partir do ponto 
onde ocorre a fratura da vértebra; 
• Impossibilidade de fazer movimentos voluntários com os membros superiores e 
inferiores. 
 
TRATAMENTO 
• Transportar cuidadosamente o acidentado imobilizado; 
• Colocá-lo sobre uma maca dura em decúbito dorsal; 
• Não fletir a cabeça e mantê-la imobilizada; 
• Deslocá-lo somente após haver colocado apoio (coxins) sob as curvaturas das regiões 
cervical, lombar e sob os joelhos, para evitar retificação da coluna; 
• Não administrar medicamentos ou alimentos. 
 
 
 
 
TRAUMATISMOS PARTICULARES DA FACE 
A simples inspeção da face do acidentado pode nos mostrar a maioria das lesões aí localizadas. 
Podemos visualizar a existência de hematomas, edemas, deslocamento, afundamentos ou 
saliências ósseas. Devemos apalpar delicadamente as regiões suspeitas e fazer cuidadosa 
limpeza da cavidade oral, evitando-se asfixia. Devemos ainda verificar: 
• A simetria das estruturas da face; 
• A boa oclusão dos dentes; 
• A movimentação das pálpebras, bochechas, mandíbulas e da língua; 
• A drenagem de sangue pelos orifícios naturais: nariz, ouvido e boca. 
 
 
40 
 
 
LESÕES OCULARES 
Um traumatismo ocular, dependendo da sua intensidade, pode resultar em grave prejuízo à 
visão, chegando às vezes à cegueira total. Essas lesões classificam-se em: 
EXTERNAS: Afetando os órgãos anexos do globo ocular: pálpebras, supercílios e conjuntivas 
bulbares. 
INTERNAS: As que atingem as camadas do globo, tais como a córnea, esclera, íris coroide e 
retina. 
MISTAS: São as que afetam as estruturas internas e externas. Ex: Pálpebras e córnea. 
TRATAMENTO 
• Nunca utilizar os antissépticos convencionais no olho afetado (iodo, mertiolate e 
mercúrio cromo); 
• Lavar o olho abundantemente com água limpa; 
• Nunca tentar remover corpos estranhos; 
• Não permitir que a vítima esfregue o olho afetado; 
• Fazer curativo oclusivo. 
 
LESÕES NASAIS 
Nas lesões não sangrantes pode- se aplicar gelo 
sobre o nariz, para reduzir o edema e diminuir a 
dor. 
Nas lesões sangrantes, hiperestender a cabeça 
do acidentado, e fazer compressão digital na asa 
do nariz lesado contra o septo nasal por 2 a 3 
minutos. 
Se essa manobra não surtir efeito, fazer 
tamponamento com gaze embebida em água oxigenada a 10%. 
 
41 
 
 
LESÕESBUCAIS 
Deve-se, antes de tudo, proceder a limpeza da cavidade oral. Nas lesões de menor gravidade, o 
sangramento tende a estancar espontaneamente. Não administrar alimentos. 
 
LESÕES MANDIBULARES FRATURAS MANDIBULARES 
Deve ser feita a imobilização através de atadura de crepe, passando sob a mandíbula e 
elevando-a contra o maxilar superior, mantendo os dentes cerrados. 
 
LUXAÇÃO DA ARTICULAÇÃO TÊMPORO–MANDIBULAR (ATM) 
É a queda do queixo. É o único tipo de luxação que o comissário poderá tentar reduzir (colocar 
no lugar) e o que deve ser feito prontamente. 
TÉCNICA: 
• Colocar o passageiro sentado, com a cabeça estendida; 
• Proteger os polegares com gaze e colocá-lo sobre os dentes molares inferiores; 
• Apoiar os outros dedos no ângulo da mandíbula; 
• Fazer pressão para baixo e para trás; 
• Repetir essa manobra três a quatro vezes, até conseguir a redução; 
• Imobilizar a mandíbula contra o maxilar superior, como no caso anterior. 
 
TRAUMATISMO DO PESCOÇO 
As causas mais frequentes de lesões 
nesta região são as quedas de cabeça 
para baixo, acidentes automobilísticos, 
de motocicleta, podendo ocorrer: 
 
 
42 
 
LESÕES DE VASOS SANGUÍNEOS 
Percebe-se esta ocorrência pela formação de um volumoso hematoma na região, e pelo 
estado de choque que poderá se estabelecer precocemente. Pode ocorrer dificuldade 
respiratória por compressão da traqueia. Para amenizar o quadro, fazer compressão digital 
sobre o vaso lesado. 
 
 
CORPOS ESTRANHOS NOS OLHOS 
 MANIFESTAÇÕES 
• Lacrimejamento; 
• Ardência; 
• Dor local; 
• Irritação ocular (vermelhidão); e 
• Inflamação. 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
• CONDUTA 
• Lave imediatamente o olho afetado com bastante água fria, de modo contínuo lento 
por 2 a 3 minutos; 
• Solicite que a vítima pestaneje, ou mantenha o olho fechado para que a própria 
lágrima locomova o corpo estranho para o canto do olho, e tente retirá-lo com um 
cotonete ou gaze; 
• No caso de corpo perfurante ou encravado no globo ocular, pedir à vítima para não 
esfregar o olho. Não tente retirá-lo. Faça um curativo oclusivo e encaminhe ao médico. 
 
NO NARIZ 
• Encha os pulmões de ar, pela boca; 
• Comprima com o dedo a narina não obstruída; 
• Expulse o ar dos pulmões através da narina obstruída, 
mantendo a boca fechada algumas gotas de óleo vegetal 
para aliviar a irritação; 
• Para aliviar a irritação; 
• Não tente retirá-lo e encaminhe ao médico. 
OUVIDOS 
• Deite a vítima com o ouvido afetado para cima; 
• Pingue algumas gotas de óleo vegetal ou azeite 
morno; 
• Em caso de ser vivo (inseto), tente atraí-lo incidindo 
um facho de luz. 
• Não conseguindo, pingue algumas gotas de óleo ou 
azeite vegetal. Não conseguindo mesmo assim, pingue 
algumas gotas de álcool; e não tente retirá-lo procure um médico. 
 
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NA GARGANTA 
• Acalmar a vítima; 
• Solicite que a vítima tussa; 
• Tente remover o corpo estranho introduzindo o indicador junto às paredes da boca 
para conseguir abordar o objeto por trás, e assim trazê-lo para fora; 
• Quando se trata de criança, coloque-a de cabeça para baixo e bata entre as omoplatas 
(escapula). 
• Tente a manobra de heimlich, posicionando-se por trás da vítima, contornando sua 
cintura com os braços. 
 
 
Fechar uma das mãos superpondo à outra no punho na altura do epigástrio da vitima, e aplica 
forte e rápida compressão. 
• Repetir várias vezes se necessário; 
• Caso não seja possível removê-lo, faça uma traqueotomia. 
 
 
TRAUMATISMO TORÁXICO 
Conforme sabemos, o ar é inspirado para dentro 
dos pulmões graças à pressão negativa criada 
pelo diafragma e pela caixa torácica. Se um 
ferimento coloca em comunicação permanente 
a parte interna (cavidade pleural) com a parte 
externa (atmosfera), este mecanismo de 
inspiração é seriamente comprometido 
passando o ar também a penetrar pelo orifício 
causado pelo ferimento, determinando o 
colabamento do pulmão do lado afetado. 
 
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PNEUMOTÓRAX 
TIPOS DE LESÕES 
EXTERNA 
São ferimentos que atingem a pele e o tecido subcutâneo do tórax. 
Nas lesões das costelas, o principal sintoma é a dor que piora com os movimentos 
respiratórios. 
Algumas vezes, há formação de edema ou hematoma local. O tratamento consiste no 
enfaixamento do tórax, visando diminuir os movimentos respiratórios e a tosse. Quando se 
apalpa a região afetada há exacerbação da dor. Podem ocorrer as seguintes complicações: 
Pneumotórax: Ar na cavidade pleural; 
Hemotórax: Sangue na cavidade pleural; 
Insuficiência respiratória; e Choque. 
O acidentado poderá apresentar um quadro de hemoptise. Em alguns casos podemos observar 
através de ferida. Neste caso, deve ser feito o curativo com o PAX em apneia e expiratória. 
O tratamento depende também das condições respiratórias do PAX. Se ele estiver respirando 
normalmente, mas queixando-se de dor intensa, deve- se fazer o enfaixamento do tórax 
semelhante ao da fratura de costelas. 
Porém, se houver dispneia intensa, onde o enfaixamento do tórax é contra indicado. 
 
 
46 
 
 
TRAUMATISMO ABDOMINAL 
O abdome, sítio de várias lesões traumáticas em um acidente, não apresenta arcabouço ósseo, 
o que o toma mais vulnerável a esses traumatismos. Os principais são: 
 
CONTUSÃO ABDOMINAL 
Quando não ocorre solução de continuidade (ferimento) da parede abdominal. Geralmente 
são produzidos por pancadas. Em muitos casos, embora não haja aparentemente lesão 
externa grave, poderão ocorrer lesões internas como a ruptura de uma víscera. 
 
FERIMENTOS ABDOMINAIS 
SUPERFICIAIS: Quando atingem somente a pele, o tecido celular subcutâneo ou a musculatura, 
não penetrando na cavidade abdominal. 
PROFUNDOS: Devemos considerar como ferimento profundo, aqueles que atingem o peritônio 
ou alguma víscera. Devido ao grande número de órgãos existentes na cavidade abdominal, o 
quadro é extremamente variável, dependendo da víscera que for atingida. 
SINTOMAS E SINAIS 
Dor abdominal intensa, a princípio localizada, mas que precocemente se torna difusa; 
Vômitos: podem ser precoces ou tardios, de constituição alimentar, mucosa, biliar, cefaloide 
ou mesmo fecal. Estes dois últimos indicam maior gravidade e duração do caso; 
Distensão abdominal: acentuado aumento do volume do abdome, como ocorre nos casos em 
que houve lesão de uma víscera oca como o estômago ou intestino; 
Choque: que pode se estabelecer por dois mecanismos, neurogênico e hemorrágico; 
 
47 
 
Víscera abdominal: pode ocorrer a exposição de uma víscera abdominal através do ferimento; 
Febre: onde deve ser feito o controle da temperatura axilar ou retal. 
 
TRATAMENTO 
• Em lesões superficiais; 
• Tratar os ferimentos com os cuidados de uma boa assepsia; 
• Nas lesões profundas; 
• Manter o passageiro em jejum, sem ingerir qualquer tipo de alimento, nem mesmo 
líquidos; 
• Se houver exteriorização de alguma víscera, não tente recolocá-las na cavidade 
abdominal. Fazer cuidadosamente limpeza local com soro fisiológico ou água limpa, 
evitando manipular as vísceras; 
• Recobrir a lesão com gaze esterilizada umedecida em soro fisiológico ou em água 
limpa, e, se possível, aquecida à temperatura corporal. 
 
NÃO TENTAR RETIRAR CORPOS ESTRANHOS ENCRAVADOS NO 
ABDÔMEN. 
 
POLITRAUMATIZADO 
É o indivíduo que sofreu várias lesões traumáticas em vários segmentos do corpo. São quadros 
clínicos graves em que o risco de vida está sempre presente. Ante a um quadro dessa natureza 
um exame cuidadoso e orientado da vítima nos dará importantes dados sobre o seu estado, a 
saber: 
 
48 
 
ESTADO DE CONSCIÊNCIA: É verificado através da resposta a estímulo térmico, tátil, doloroso, 
ou viva voz; 
CONDIÇÕES RESPIRATÓRIAS: Pode-se mostrar lenta, dificultosa ou ausente. 
PULSO: Pode-se apresentar cheio, fino, célere ou mesmo ausente. 
CONDIÇÃO DA PELE MUCOSA: Onde a palidez indica má condição circulatória e, a cianose má 
oxigenação do sangue, devido à alteração pulmonar oucirculatória; 
CONDIÇÕES DOS OLHOS E PUPILAS: Pode haver desvio conjugado dos olhos e pupilas, ou 
desigualdade das pupilas; 
REALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS: Em que o acidentado poderá realizá-los ou 
não movimentos voluntários; 
VÔMITOS: Presentes ou não, e com as mais diversas características; 
OUTROS SINTOMAS: Convulsão, anuíra, febre, evacuação e sudorese intensa. 
TRATAMENTO 
Manter a permeabilidade das vias aéreas; 
Promover o estancamento das hemorragias (hemostasia); 
Imobilização provisória das fraturas; 
Tratamento das feridas através de curativos; 
Transporte do politraumatizado que deve obedecer aos seguintes critérios: nos casos de 
traumatismo cranioencefálico, se o passageiro estiver consciente, deverá ser mantido em 
posição sentado ou semissentado. Se estiver inconsciente, deverá ser mantido em decúbito 
ventral, com a cabeça lateralizada. Nos casos de traumatismo torácico, se o paciente estiver 
consciente, deverá ser mantido sentado ou semissentado. Se estiver inconsciente, deverá ser 
mantido em decúbito dorsal, com a cabeça em hiperextensão e lateralizada. Quando se tratar 
de traumatismo da coluna vertebral, o paciente deverá ser mantido, rigorosamente, em 
decúbito dorsal com o apoio de todas as curvaturas naturais da coluna com coxins, e dois 
suportes laterais para a cabeça. 
 
49 
 
 
 
ENVENENAMENTO 
Veneno é qualquer substância que, quando ingerida, absorvida, aplicada à pele ou 
desenvolvida no próprio organismo, produz lesão. 
 
OBJETIVO DO TRATAMENTO 
• Remover ou inativa o veneno antes de ser absorvido; 
• Prestar cuidados de manutenção; 
• Empregar o antídoto específico; 
• Providenciar a aceleração da eliminação de veneno absorvido. 
VENENOS INGERIDOS 
• Mantenha a vítima em repouso e agasalhada; 
• Manter as vias aéreas permeáveis e observar o aparelho cardiorrespiratório; 
• Fornecer oxigênio, se necessário; 
• Em caso de parada cardiorrespiratória realizar massagem cardiorrespiratória; 
• Observar o aspecto físico da urina (cor e odor); 
• Em caso de choque administrar soro e o antídoto específico 
• Administrar analgésico ou antitérmico em caso de dor intensa ou febre alta; 
• Antídoto universal: duas partes de torradas queimadas, uma parte de leite de 
magnésia e uma parte de chá forte; 
• Transportar urgentemente para o hospital. 
 
50 
 
VENENOS CORROSIVOS PARA OS ÁCIDOS 
Dar leite de magnésia ou claras de ovo batidas (quatro claras para 1 litro de água); 
PARA AS BASES: Dar leite, suco de frutas ou vinagre diluído em água; 
• não faça lavagem gástrica; 
• não provoque vômitos; e encaminhar para um socorro hospitalar. 
 
VENENOS NÃO CORROSIVOS 
Dar leite ou água morna em grande quantidade; 
Provocar vômitos (ministrar três a quatro copos de água morna com sal ou sabão); 
Fazer lavagem estomacal com água morna ou soro fisiológico em abundância. 
 
VENENOS INALADOS 
• Remover a vítima para o local livre e arejado; 
• Administrar oxigênio; 
• Não dar bebidas alcoólicas; 
• Manter a vítima aquecida; 
• Se for intoxicação por monóxido de carbono (CO), administrar oxigênio a 100%, com 
máscara, sob pressão. 
 
VENENOS DE CONTAMINAÇÃO CUTÂNEA 
• Aplicar jato d’água enquanto retira as vestes da vítima; 
• Lavar a pele com água abundante e corrente; 
• Evitar o estado de choque; 
• Manter a vítima agasalhada; 
• Procurar socorro médico urgentemente. 
 
PARTO SÚBITO 
Denomina-se parto súbito, aquele que 
ocorre fora do ambiente médico – 
hospitalar. A gestação normal, com 
duração de 9 meses (36 semanas), 
culmina com o parto. A interrupção da 
gestação com menos de 28 semanas, ou 
7 meses, é considerada abortamento. 
 
51 
 
O parto prematuro ocorre entre o 7º e 8º mês. Completado os 9 meses, o parto é denominado 
a termo. 
O trabalho de parto pode subdividir-se nas seguintes etapas: 
• Dilatação do colo uterino como eliminação do tampão mucoso e líquido amniótico; 
• Expulsão do feto; 
• Eliminação da placenta ou dequitação. 
 
Etapa 1: Dilatação do colo uterino com a eliminação do tampão mucoso e líquido amniótico: 
Ocorre para possibilitar o acesso do feto ao canal do parto (vagina), sendo determinada pelas 
contrações uterinas. Este período caracteriza-se por cólicas no baixo ventre provocados por 
essas contrações. A princípio espaçadas, as dores intensificam- se com o trabalho de parto, até 
atingir uma média de três a quatro, a cada dez minutos. O tempo de duração desta primeira 
etapa varia muito entre as mulheres. Para a primeira gravidez (primigesta), a média está entre 
quatro a dez horas; e nas demais gestações (multíparas) varia entre três a seis horas. 
Etapa 2: Expulsão do Feto: 
Período expulsivo caracterizado pela saída do feto do interior do organismo materno. 
Normalmente é breve, ocorrendo em cerca de três a dez minutos. Esta etapa pode ocasionar 
lacerações maternas, ou mesmo traumatismos fetais. 
Etapa 3: Eliminação da Placenta: 
Na maioria das vezes ocorre cerca de dez a vinte minutos após a expulsão do feto. 
Este fenômeno verifica-se espontaneamente. 
ATENDIMENTO AO PARTO 
Sendo inevitável o parto, o socorrista rapidamente deve orientar-se quanto à idade da 
gestação, a multiparidade ou não, e à duração do trabalho de parto da gestante. Em seguida: 
 
52 
 
• Comunicar ao Comandante e procurar um médico a bordo (anotar o nome e o CRM do 
mesmo); 
• Preparar todo o material a ser utilizado, tais como: tesoura, fios, mantas etc. 
• Manter a gestante depois parturiente, deitada antes e depois do parto; 
Urgência: As urgências podem ser divididas em quatro categorias, a saber: 
EXTREMA URGÊNCIA 
(Remoção imediata), nos casos de: Hemorragias internas, hemorragias externas que não se 
detém com garroteamento; 
Hemorragias Arteriais 
• No momento do parto, proteger o períneo da parturiente e desfazer alguma circular 
do cordão umbilical, porventura existente; 
• Após a saída do feto, mantê-lo com a cabeça para baixo, limpando as vias aéreas, 
evitando aspiração; 
• Proceder a ligadura do cordão umbilical e a posterior secção do mesmo, sem tracioná-
lo, a uma distância média de 7 cm (4 dedos transversos) do abdome do bebê; 
Providenciar dois cordões limpos e proceder a ligadura do cordão umbilical do feto como 
segue: 
Medir 4 ou 5 dedos transversos ao abdômen do feto e dar um forte nó com um dos cordões. 
A uma distância aproximada de 3 dedos dar outro nó e cortar entre eles. 
Após o corte do cordão, promover a limpeza da criança, começando pelos olhos, mantendo-a 
sempre aquecida; 
Aguardar a eliminação da placenta, massageando o baixo ventre da parturiente; 
Uma vez eliminada a placenta, a mesma deve ser guardada em um saco plástico, para ser 
entregue à equipe médica que for receber a parturiente no aeroporto. 
OS GRANDES CHOQUES (GRANDES QUEIMADOS); 
• Ferimento no tórax; 
• Asfixiados. 
 
PRIMEIRA URGÊNCIA 
(Remoção antes de uma hora) 
• Situação de garroteamento; 
• Membros esmagados; 
• Ferimentos abdominais. 
 
 
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SEGUNDA URGÊNCIA 
(Remoção antes de três horas) 
• Fraturas do crânio; 
• Fraturas da coluna vertebral; 
• Fraturas da pelve; 
• Fraturas expostas e ferimentos profundos. 
 
SEM URGÊNCIA OU PEQUENA URGÊNCIA (REMOÇÃO POSTERIOR) 
Fraturas fechadas dos membros e ferimentos com pouca gravidade. 
Com base nestas categorias, o socorrista poderá priorizar o atendimento, tendo sempre em 
mente as três situações mais críticas que exigem um pronto atendimento, e que são: 
1 – Parada cardíaca; 
2 – Parada respiratória; 
3 – Hemorragias. 
 
 
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