Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO O CIV foi desenvolvido a partir de 1971, e foi a partir de duas substâncias LÍQUIDO DO CIMENTO DE POLICARBOXILATO DE ZINCO + PÓ DE CIMENTO DE SILICATO. Com essa junção o CIV consegue fornecer adesividade, biocompatibilidade, liberação de flúor e estética. Um outro fator muito importante do CIV, é que ele é uma fonte importante de ions para o ambiente, logo ajuda no processo DES-RE. Pode-se fazer uma restauração em uma lesão de cárie, com o objetivo de controlar aquele ambiente, após esse controle pode, inclusive, ser substituído por outro material. O CIV TEM PAPEL FUNDAMENTAL NO TRATAMENTO E NOCONTROLE DA DOENÇA CÁRIE. CLASSIFICAÇÃO Existe o CIV convencional e os CIV híbridos (mistura com resina e metais). CIV CONVENCIONAL Sempre vem na formação de apresentação de pó e liquido, esses podem vir juntos ou separados por uma película. CARACTERISTICAS DO CIV - Adesividade química - Coeficiente de expansão térmica linear próximo ao do esmalte e dentina - Liberação e incorporação de fluoretos (além de doar os íons de flúor, ele pode receber um recarregamento de flúor caso tenha contato com aplicação tópica de flúor) - Biocompatibilidade - Módulo de elasticidade próximo a dentina (esse modulo oferece a capacidade da dentina de absorver tensões, assim como p CIV) - Baixa condutividade e difusividade térmica LIMITAÇÕES - Propriedades mecânicas inferiores - Opacidade e maior rugosidade superficial - Sinérese e embebição - Curto tempo de trabalho e longo tempo de presa COMPOSIÇÃO DO PÓ Um pó vitro de alumínio-silicato-cálcio, contendo alto teor de fluoreto. Temos dois óxidos que são responsáveis pela resistência mecânica do material: Óxido de Silício – SiO2; Óxido de Alumínio – Al2O. E temos o Fluoreto de Cálcio – CaF2, que é responsável pela liberação de fluoreto no ambiente bucal. COMPOSIÇÃO DO LÍQUIDO Um ácido poliacrílico misturado com água, que faz com que esse liquido seja mais ionizado, ou seja, mais ácido. Tem copolímeros como: Ácido itacônico, Maleico; Tricarboxílico, Tartárico. Esses ácidos são incorporados no ionômero para aumentar o tempo de trbalho do material na bancada. A agua é fundamental para a reação do CIV, responsável pela ionização do ácido. Essa água é muito importante, pois essa acidificação do CIV que vai garantir uma melhor adesão ao dente. Porém o CIV tem uma facilidade ganhar e perder a água. SINÉRESE: Perda da agua para o meio – retarda a formação do gel, provocando rachaduras e fissuras. Exemplos: Quando termina de colocar o CIV na cavidade e fazemos um aquecimento com um instrumento rotatório ou quando deixamos o CIV na bancada por muito tempo e o ambiente está quente. EMBEBIÇÃO: Ganho de água do meio: causa dissolução dos íons tornando o cimento menos resistente e mais solúvel. Exemplos: Quando não fazemos um isolamento absoluto adequado, então a saliva entra em contato com ele. REAÇÃO DE PRESA OU GELEIFICAÇÃO Essa reação é de neutralização: ÁCIDO + BASE = SAL + ÁGUA Na primeira etapa, ao misturarmos o liquido com o pó, os ácidos vão atacar as partículas de pó e o exterior dessas partículas (laranja na imagem), essa parte vai liberar para o meio os íons, esses íons formam novas ligações, inclusive com o dente, criando a adesividade química. Essa diminuição do pH é importante para aumentar a adesão ao dente, logo devemos colocar ainda nessa fase mais acida o CIV na cavidade dentária. Nessa segunda etapa, os íons que estavam no meio criando novas ligações e formam a matriz de polissais, composta por 2 sais. O Policarboxilato de cálcio é mais suscetível à embebição e o Policarboxilato de alumínio mais suscetível a sinérese. Nessa etapa, o CIV já está rígido, mas internamente continua sofrendo algumas reações. Essa etapa de formar o gel de sílica e da presa final pode levar até 48 horas, por isso o CIV tem um longo de presa. Na etapa final temos partículas que não foram totalmente consumidas, o gel de sílica e a matriz de polissais. O fluoreto e o sódio vão estar fracamente ligados à essa massa, por isso podem ser retirados e recolocados com facilidade. Classificação do CIV convencional Tipo 1 – Cimentação Tipo 2 – Restauração Tipo 3 – Selamento, base e forramento Quimicamente são iguais, mas a partícula do pó tem tamanhos diferentes. O tipo 1, precisa ser mais fluido, então a partícula é menor. O tipo 2, precisa ser mais viscoso, ter mais resistência, logo a partícula é maior. O tipo 3 é intermediário. CIV HIBRIDOS COM METAIS Também podem ser chamados de CERMETS: metais sinterizados ao pó Coma inserção do metal conseguimos melhores propriedades mecênicas e radiopacidade, porém temos uma diminuição na liberação de flúor e uma pior estética. CIV HIBRIDO COM RESINA Um material que é 80% ionômero e 20% é de resina (BIS/GMA/HEMA) A resina é importante para dar ao CIV nos fornece mais tempo de trabalho, pois essa porção resinosa só vai endurecer depois que ela receber uma ativação, geralmente a luz de fotopolimerizador, fornecendo mais tempo de trabalho. CARACTERÍSTICAS - Melhor estética - Maior resistência mecânica - Liberação de flúor comparável aos convencionais - Contração de polimerização (pode se desprender o CIV de uma das paredes) - Coeficiente de expansão térmica linear semelhante ao da resina e não da dentina - Custo mais elevado COMPÔMEROS Não é muito utilizado. Não tem reação ácido-base, são apenas materiais fotoativados. Menor liberação de flúor Sem adesividade Propriedades mecânicas inferiores às resinas compostas MANIPULAÇÃO Sempre começamos a manipular primeiro o pó, pois o liquido pode perder água para o ambiente. A proporção sempre é de 1:1. Aglutinação Fazemos um leve movimento de molhar as partículas do pó com o liquido, cerca de 15 segundos para molhar a primeira parte do pó. Depois leva a segunda parte, sendo que devemos levar no máximo de 40-60 segundos para fazer a aglutinação total. Ao final da minha mistura o CIV deve apresentar uma superfície brilhante, pois assim tenho certeza de que ainda está ácido e deve ser levado ao dente. O CIV pode vir em forma de cápsulas, onde tem menos propensão de erros na manipulação, porém tem maior custo. Ele pode ser utilizado nas várias classes que existem. Em cavidades que sofrem alta tensão mastigatória não deve ser usado o CIV, pois tem uma resistência mecânica baixa, a menos que sejam em situações temporárias ou ART – tratamento restaurador atraumático, aquele tratamento em que é feito em um local sem um equipo para fazer um processo mais elaborado. ETAPAS INSERÇÃO - Levamos com uma espátula de inserção ou com uma seringa centrix o CIV à cavidade dentária. PROTEÇÃO SUPERFICIAL - Como sabemos que o CIV tem facilidade de embebição e sinérese, temos que fazer uma proteção superficial. Pode-se usar verniz ou esmalte ou ainda com adesivo Ou cera e vaselina, principalmente na odontopediatria, esses usamos quando queremos que o CIV fique liberando o máximo de íons. Caso no acabamento inicial remova a proteção superficial, devemos refazê-la. OUTRAS FUNÇÕES DO CIV O CIV pode ser usado como SELAMENTO, em fóssulas e fissuras, para funcionar como uma barreira física contra retenção de filme. Ou como FORRAMENTO/BASE, proteção pulpar ou reforço em áreas sem suporte de dentina. Cimentação é um processo para fixar uma prótese na boca.
Compartilhar