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Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial

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Craniofacial
 Para que o ortodontista seja capaz de 
diagnosticar e planejar a terapia 
ortodontia, é preciso ter conhecimento 
acerca do crescimento e desenvolvimento 
craniofacial; 
 Dessa forma, é possível perceber e 
distinguir maloclusões e deformidades 
dentofaciais, a partir das variações no 
processo de crescimento e desenvolvimento 
craniofacial e de dentição. 
 Crescimento: 
└ Alteração em magnitude, ou seja, 
aumento de massa (aspecto 
quantitativa do desenvolvimento 
biológico); 
└ É medido por unidade de aumento X 
unidade de tempo (cm/ano ou g/dia); 
 Desenvolvimento: 
└ Grau crescente de organização ou 
aumento na complexidade; 
└ Progresso no sentido da maturidade das 
funções, englobando a diferenciação e 
progressiva em níveis celulares; 
└ Natureza mais qualitativa, fisiológico e 
comportamental; 
 
 O crescimento acontece como fruto do 
aumento e da formação óssea: 
└ Formação óssea endocondral 
└ Formação óssea intramembranosa 
└ Crescimento ósseo sutural 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
 Inicialmente, forma-se uma cartilagem, um 
esboço para a peça óssea, que 
posteriormente será destruída e substituída 
pelo osso; 
 Acontece em regiões que envolvem alto 
nível de compressão: extremidades dos 
osso longos, vértebras, côndilo mandibular e 
base do crânio (sincondroses); 
 Formação óssea: 
 
 
1
• Na formação do tecido 
cartilaginoso, há inicialmente 
um crescimento intersticial: 
células mesenquimais se 
diferenciam em condroblastos
2
• Condroblastos começam a 
produzir uma matriz 
cartilagínea, que ficarão 
aprisionados nessa matriz, 
dando origem aos condrócitos
3
• Essa cartilagem é invadida e 
substituída por tecido ósseo 
(osso endocondral) a partir da 
diferenciação dos 
condroblastos em pericôndrio
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA 
 A formação óssea ocorre a partir da 
condensação do tecido conjuntivo 
membranoso; 
 Células mesenquimatosas diferenciam-se em 
osteoblastos que produzem a substância 
óssea extracelular (matriz osteoide); 
 Essa matriz sofre ossificação, tendo como 
resultado o tecido ósseo; 
 Ocorre na calvária e em ambos os 
maxilares; 
CRESCIMENTO ÓSSEO SUTURAL 
 Permite forte relação entre os ossos 
conferindo movimentos limitados, enquanto 
provê formação de novo osso; 
 Permite que o crânio e a face acomodem o 
crescimento ósseo de acordo com as suturas; 
APOSIÇÃO E REABSORÇÃO ÓSSEA 
 Consiste nos processos de aposição óssea 
em um lado da superfície cortical e de 
reabsorção óssea na superfície oposta; 
 Quando a quantidade de aposição é maior 
que a de reabsorção, ocorre o aumento do 
osso; 
 
 Movimentos de crescimento: remodelação e 
deslocamento; 
REMODELAÇÃO/DESLIZAMENTO 
 É o movimento gradual da área de 
crescimento ósseo provocado pela 
combinação dos processos de aposição e 
reabsorção óssea; 
 Ocorre em todas as áreas do osso em 
crescimento, produzindo um aumento 
generalizado; 
 Contribui tanto para manter a configuração 
de todo osso, como para adaptá-lo aos 
tecidos e ossos vizinhos. 
 
DESLOCAMENTO 
 É o movimento de todo osso como uma 
unidade; 
 Permite consideravelmente o aumento das 
dimensões craniofaciais; 
 Deslocamento primário: movimento 
causado pelo crescimento do próprio osso, 
se deslocando no sentido contrário, 
afastando-se do osso vizinho; 
 Deslocamento secundário: movimento de 
todo osso causado pelo crescimento de 
outros ossos que podem estar próximos ou 
distantes destes; 
 
CALVÁRIA 
 É composta por uma série de ossos planos 
que são constituídos por formação óssea 
intramembranosa, sem precursores 
cartilaginosos; 
 O crescimento ósseo ocorre no periósteo 
alinhado com as suturas cranianas; 
 Ao nascimento, os ossos planos do crânio 
estão separados por espaços abertos por 
tecido conjuntivo frouxo, chamados de 
fontanelas; 
 As fontanelas permitem a deformação do 
crânio no nascimento, permitindo a 
passagem da cabeça no canal de 
nascimento; 
 Após o nascimento, a aposição óssea nas 
bordas das fontanelas elimina esses 
espaços e os ossos ficam separados por uma 
fina sutura de periósteo durante muitos 
anos, fundindo-se, por fim, na vida adulta; 
 A aposição de ossos novos nessas suturas é 
o mecanismo principal para o crescimento 
da calvária. 
 
BASE CRANIANA 
 Os ossos da base do crânio são formados 
inicialmente em cartilagem (formação óssea 
endocondral); 
 A modelação das cartilagens ocorre 
especialmente nas estruturas da linha 
mediana, sendo o crescimento em suturas e 
remodelação superficial mais importantes; 
 Sincrondoses: faixas de cartilagem que 
permanecem entre os centros de 
ossificação; 
 
└ Interesfenoidal: ossifica até os 2 anos; 
└ Intraocciptal: ossifica entre 5 a 6 anos; 
└ Esfeno-etmoidal: entre 6 a 8 anos; 
└ Esfeno-occiptal: ossifica durante a 
adolescência. 
 Influencia diretamente no deslocamento e 
na direção do crescimento facial; 
 A expansão da fossa craniana média 
intervém no deslocamento secundário do 
complexo nasomaxilar e mandíbula; 
MAXILA 
 Cresce como um todo e em todas as 
direções, desenvolvendo-se após o 
nascimento por ossificação exclusivamente 
intramembranosa; 
 O crescimento ocorre por: 
└ Aposição de osso nas suturas que 
conectam a maxila com o crânio e com a 
base craniana; 
└ Remodelamento superficial; 
 O padrão de crescimento da face requer 
que ela se desenvolva “para baixo e para 
a frente a partir da base do crânio”, que 
ocorre por: 
└ Pressão causada pelo crescimento 
posterior da base do crânio e 
crescimento nas suturas. 
 
 Tuberosidade maxilar: 
└ Maior área de crescimento da maxila; 
└ Cresce por aposição óssea periosteal 
nas suas superfícies posterior lateral (ou 
bucal) e alveolar (para baixo); 
└ O lado endósteo da cortical (dentro da 
tuberosidade) é de reabsorvido 
fazendo com que acompanhe este 
crescimento em direção posterior; 
└ Com o crescimento na tuberosidade é 
obtido o espaço para os molares 
permanentes e contribui para o 
crescimento da maxila no sentido 
anteroposterior. 
 
└ À medida que a maxila cresce para 
cima e para trás, sofre também um 
deslocamento em direção anterior e 
inferior. 
 Processo alveolar: 
└ Adapta-se e remodela-se de acordo 
com as necessidades dentários e sofre 
reabsorção quando os dentes são 
perdidos; 
└ Forma-se em resposta à erupção 
dentária; 
└ Contribui para o aumento da maxilar 
nos sentidos vertical e anteroposterior, 
acompanhando o crescimento do túber; 
 
 Palato: 
└ Possui padrão definido de 
remodelamento, porém há absorção 
externa na região anterior e aposição 
óssea interna na região de rebordos 
alveolares; 
└ Acompanha a direção do crescimento 
facial, com aposição na superfície bucal 
e reabsorção nasal; 
 
 Complexo nasomaxilar: 
└ Alonga-se verticalmente pela 
combinação de deslocamento e 
remodelamento; 
└ Há absorção óssea na superfície das 
paredes laterais e do assoalho das 
fossas nasais; 
└ A aposição acontece no teto da 
cavidade nasal, porém a superfície 
craniana é de absorção; 
└ Este padrão de remodelamento faz com 
que haja expansão lateral das fossas 
nasais e movimento para baixo, junto 
com o palato. 
 
 Órbitas: 
└ Aa nascimento já apresentam-se 
praticamente do tamanho adulto; 
└ Adaptar ao crescimento da maxila; 
└ Apresenta um remodelamento 
complexo, com envolvimento dos ossos: 
maxila, etmoide, frontal, zigomático, 
asa maior e menor do osso esfenoide; 
 
 Seios Maxilares: 
└ Ao nascimento são pequenos, porém 
quando o complexo craniofacial 
aumenta, os seios se expandem pela 
função respiratória; 
 
 Osso malar: 
└ Acompanha o crescimento do arco 
maxilar para posterior com aposição e 
absorção anterior; 
 
 Suturas: 
└ Áreas de ajuste de crescimento, que 
adaptam suas tensões produzidas pelo 
crescimento dos tecidos moles, como 
cérebro, mucosas, olhos, língua etc; 
└ A medida queos ossos se afastam por 
ação do crescimento dos órgãos, ocorre 
aposição nas bordas suturais, ampliando 
o próprio osso e mantendo as uniões; 
└ O crescimento na sutura mediana 
palatina participa do alargamento do 
palato e do arco alveolar; 
MANDÍBULA 
 Três partes: corpo, processo alveolar e 
ramo; 
 Ao nascimento: 
└ Os ramos mandibulares são curtos; 
└ O desenvolvimento condilar é mínimo; 
└ Praticamente não existe eminência 
articular do temporal; 
 Ossificação mista: formação óssea 
intramembranosa em sua maioria, com 
exceção das áreas condilares, que 
apresentam ossificação endocondral; 
 Processo condilar: 
└ Coberto por cartilagem; 
└ A ossificação endocondral se faz devido 
aos níveis de pressões exercidas nas 
superfícies condilares; 
└ Os côndilos crescem em direção à 
articulação, para cima e para trás, com 
o deslocamento de todo osso para 
baixo e para frente; 
 
 Ramos e corpo mandibular: 
└ Sofrem reabsorção nas suas paredes 
anteriores e correspondente aposição 
óssea nas paredes posteriores; 
└ Todo o ramo é recolocado no sentido 
posterior e a antiga parte anterior do 
ramo que sofreu absorção é 
transformada em corpo, o que permite 
a erupção dos dentes posteriores; 
 
└ Áreas de remodelação óssea também 
ocorrem nos processos coronoides e na 
chanfradura sigmoide (aposição 
superior); 
 O processo alveolar na mandíbula, 
depende dos dentes, crescendo 
verticalmente e em largura conforme 
irrupção e acompanhando o crescimento 
para posterior dos ramos mandibulares; 
 Reabsorção óssea na borda anterior e aposição na área posterior (processo de remodelamento); 
 Na região do mento, há aposição óssea e absorção na região alveolar inferior; 
 Crescimento da Mandíbula: 
└ O crescimento da face se dá nos sentidos posteriores e inferiores, mas em decorrência da 
relação de equivalência com a base do crânio seu deslocamento é para baixo e para frente; 
└ A força que causa o movimento do deslocamento é a matriz funcional; 
└ Os ossos se desenvolvem em uma relação de dependência com os tecidos moles que os 
circundam;

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