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Liturgia e Sacramentos

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Prévia do material em texto

LITURGIA E 
SACRAMENTOS
Professor Dr. André Phillipe Pereira
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; PEREIRA, André Phillipe. 
 
 Liturgia e Sacramentos. André Phillipe Pereira. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 176 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Liturgia. 2. Sacramento. 3. Teologia EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-1250-7 CDD - 22 ed. 200
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
Roney Carvalho
Designer Educacional
Amanda Peçanha Dos Santos
Janaína de Souza Pontes
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
José Jhonny Coelho
Qualidade Textual
Érica Fernanda Ortega
Ilustração
Bruno Pinhata
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
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Professor Dr. André Phillipe Pereira
Doutor em Teologia pela PUCRIO. Mestre em Teologia pela PUCPR, conclusão 
em 2013. Especialista em Educação de História e Geografia pelo CEUCLAR, 
conclusão em 2014. Especialista em Espiritualidade pela FAVI, conclusão em 
2012. Graduação em Licenciatura em Filosofia pela Faculdade Padre João 
Bagozzi, conclusão em 2012. Graduação em Teologia pela PUCPR, conclusão 
em 2011.
Para mais detalhes e informações, acesse: http://buscatextual.cnpq.br/
buscatextual/visualizacv.do?id=K4495979T3
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) aluno(a), vamos iniciar nosso estudo sobre liturgia e sacramento. Para bem co-
meçarmos, partiremos nossa reflexão sobre o significado do termo liturgia, seu contexto 
bíblico, sem esquecer de sua íntima ligação com a história da salvação, uma vez que o 
termo significa no seu amplo contexto obra para o povo. A própria história da liturgia 
nos ajudará a compreender bem essa definição, uma vez que a liturgia é uma ação sal-
vífica de Deus para seu povo.
Neste sentido, vale a pena conhecer o sentido pleno de religião, ou seja, o termo religare, 
assim, a religião seria a tentativa de refazer algo que está desfeito, como podemos pensar no 
pecado de Adão que rompe os laços dos seres humanos com o Criador. No sentido judaico-
-cristão, religião pode ser pensada como uma forma de Deus Se revelar, de tornar-Se conhe-
cido por todas as pessoas, pois, se conhecemos a Deus, é porque Ele se revela e se apresenta.
Assim, é indispensável refletirmos sobre Liturgia, sem nos deter na Sagrada Escritura no 
Antigo e no Novo Testamento, para compreendermos que a Liturgia para os cristãos — 
especificamente Católicos, Ortodoxos e Anglicanos — é a celebração dos mistérios de 
Cristo, ou seja, os mistérios da nossa salvação, desde sua encarnação no seio da Virgem 
Maria até sua Ascenção e o envio do Espírito Santo.
No sentido de celebração dos mistérios de Cristo, nosso estudo apresentará que a litur-
gia não se refere a uma simples lembrança, ou seja, os que celebram não estão apenas 
lembrando do que Cristo fez e falou, mas sim, ao celebrar, estão atualizando os mistérios 
da Salvação. Assim, agora Cristo Morre e agora Cristo Ressuscita, como a afirmação da 
comunidade católica na Missa do domingo de páscoa “O Senhor Ressuscitou dos mor-
tos, como prometera; exultemos e alegremo-nos todos [...]” (Missal Romano, p. 297).
Quando falamos em celebração litúrgica, não podemos deixar de lado os sacramentos e 
isto nosso material apresenta bem, pois os sacramentos são celebrados e a liturgia tem 
como principal finalidade realizar os sacramentos para o povo fiel. Na liturgia, celebramos 
os sacramentos que são sete, como veremos no decorrer do nosso estudo. São eles: batis-
mo, Eucaristia, confirmação, confissão, Ordem, Matrimônio e unção dos enfermos. Pode-
-se definir sacramentoscomo uma graça visível de uma realidade invisível, ou seja, vemos 
a água no batizado, e sabemos que a criança está batizada, mas não vimos a ação de Deus 
propriamente dita. Assim como o Verbo Eterno encarnado, a Palavra Eterna que se faz Ho-
mem, os sacramentos são assim, também, a junção da palavra e da matéria, por exemplo: 
enquanto o Sacerdote diz: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, ele 
derrama três vezes água sobre a cabeça da criança. Deus agiu nesse momento na junção 
da Palavra com a matéria, Deus agiu e tornou aquela criança sua filha, uma vez que ela 
agora pelo Batismo faz parte do corpo do Seu único Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os Sacramentos são divididos em três grupos, de acordo com seu objetivo, assim, temos 
os Sacramentos da iniciação à vida cristã: Batismo, Eucaristia e Confirmação; os Sacra-
mentos do serviço: matrimônio e Ordem; e os Sacramentos da cura, sendo a confissão e 
a unção dos enfermos.
Desejo que você tenha um bom estudo e um bom aprofundamento da liturgia e dos 
Sacramentos, como verdadeiras formas da ação de Deus para a comunidade.
APRESENTAÇÃO
LITURGIA E SACRAMENTOS
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
O QUE É LITURGIA?
15 Introdução 
16 Significado Extra Bíblico de Liturgia 
19 “Leitourgia” na Sagrada Escritura 
23 História da Salvação e Liturgia 
26 Renovação Litúrgica 
30 O Ano Litúrgico 
35 Considerações Finais 
UNIDADE II
O CULTO SAGRADO
45 Introdução
46 O Culto nas Diversas Religiões 
48 O Culto no Antigo Testamento e no Novo Testamento 
53 Os Santos Mistérios 
57 Memória na Visão Bíblica 
61 Considerações Finais 
SUMÁRIO
10
UNIDADE III
ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA E SACRAMENTOS
73 Introdução 
74 Espiritualidade Litúrgica? 
78 Os Sacramentos 
83 Caráter Sacramental 
88 Graça Sacramental 
92 Considerações Finais 
UNIDADE IV
OS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ 
105 Introdução
106 Como agem os Sacramentos? 
110 Batismo 
116 Confirmação 
119 Eucaristia 
124 Considerações Finais 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
OS SACRAMENTOS DE CURA E SERVIÇO
135 Introdução
136 O Sacramento da Reconciliação 
143 O Sacramento da Unção dos Enfermos 
150 O Sacramento da Ordem 
157 O Sacramento do Matrimônio 
164 Considerações Finais 
172 Conclusão 
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Professor Dr. André Phillipe Pereira
O QUE É LITURGIA?
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Compreender o significado do termo em um contexto extra bíblico.
 ■ Assimilar o significado de Liturgia na Bíblia.
 ■ Relacionar História da Salvação e Liturgia.
 ■ Conhecer a Renovação da Igreja no que tange à liturgia.
 ■ Entender a estrutura do Ano litúrgico.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Significado Extra Bíblico de Liturgia
 ■ “Leitourgia” na Sagrada Escritura
 ■ História da Salvação e Liturgia
 ■ Renovação Litúrgica
 ■ O Ano Litúrgico
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), estamos começando nosso estudo sobre Liturgia e Sacramentos 
e nesta primeira unidade vamos refletir sobre liturgia, seu significado e seu con-
texto bíblico, sempre relacionado com a história da salvação até a compreensão 
do ano litúrgico, no qual estão todas as celebrações da Igreja Católica. A pala-
vra Liturgia pode ser caracterizada por uma compilação de ritos e cerimônias 
que se referem aos ofícios, serviços indispensáveis desenvolvidos pelas Igrejas 
Cristãs ou ainda pelas religiões monoteístas ao prestarem, de forma essencial, 
seu culto a Deus. Para eles, a liturgia torna-se essencial para realizar seu culto.
O termo Liturgia vem dos vocábulos: gregos leiton, significando: do povo 
ou ainda para o povo e érgon que significa: obra. Assim, compreendemos litur-
gia como uma obra para o povo, no entanto, sabemos que só a partir do século 
III, ainda antes de Cristo, que o termo assume um sentido religioso, sendo usado 
para designar o culto aos deuses prestado por pessoas que foram eleitas para tal, 
como os sacerdotes. Atualmente como Liturgia Católica compreendemos algo 
que Deus faz para Seu povo, enquanto este encontra-se reunido.
Para compreendermos bem liturgia, conhecer a história da salvação se faz 
indispensável, pois ela nos ajuda a compreender de forma excelente o que é 
liturgia. A história tendo origem no plano eterno do Pai e revelada ao longo 
da história humana hoje é celebrada como uma liturgia, porém, toda a liturgia, 
assim como a revelação, é uma ação de Deus em favor da comunidade reunida.
Na Igreja Católica, as celebrações litúrgicas são marcadas pelo ano litúrgico 
que é o ano da Igreja. É claro que ele está inserido dentro do calendário civil, que 
por sua vez é um calendário cristão. Neste ano, são realizadas todas as celebrações 
dos principais mistérios da vida de Cristo e, portanto, da nossa redenção.
Introdução
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SIGNIFICADO EXTRA BÍBLICO DE LITURGIA
Estamos iniciando nosso estudo de liturgia e sacramentos e nesta unidade vere-
mos o que é liturgia. Partiremos de um significado extra bíblico, percorrendo em 
seguida a tradição cristã, em que vamos compreender o ano litúrgico.
Podemos caracterizar a palavra Liturgia como uma compilação de ritos e 
cerimônias que se referem aos ofícios, serviços indispensáveis ou reuniões de 
Igrejas Cristãs ou ainda das religiões monoteístas que prestam de forma essencial 
seu culto a Deus. Para eles, a liturgia torna-se essencial para realizar seu culto.
A palavra LIT-URGIA tem sua origem do grego clássico e é composta de 
duas raízes: liet – leos – laos: povo, público – ação do povo, obra pública, ação 
feita para o povo, em favor do povo; ergomai (ergom): operar, produzir (obra), 
ação, trabalho, ofício, serviço... Traduzindo literalmente, leitourghía significa: 
“serviço prestado ao povo” ou “serviço diretamente prestado para o bem comum”, 
serviço público.
Esse termo, Liturgia, vem dos vocábulos gregos leiton, significando “do povo” 
ou ainda “para o povo” e érgon que significa “obra”. Esses dois vocábulos signi-
ficavam, no entanto, uma obra do povo ou para o povo, poderíamos ainda dizer 
O QUE É LITURGIA?
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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também um obra pública. Na civilização grega antiga, as famílias mais abasta-
das em patrimônio eram obrigados a custear serviços públicos como abertura de 
estradas, construção de pontes, jogos olímpicos, material para guerras e enfim, 
as obras que facilitariam a vida em sociedade. Nesse contexto, alguns assumiam 
de forma voluntária esse serviço, outras eram obrigadas a prestar Leitourgia 
para a comunidade. Feito esse trabalho, os gregos diziam: realizamos uma litur-
gia. Seria, portanto, uma função exercida para interesse de todo o povo, seja de 
ordem política, técnica ou religiosa.
QUAL O SIGNIFICADO DA PALAVRA LITURGIA?
1069. Originariamente, a palavra liturgia significa obra pública, serviço por 
parte dele em favor do povo. Na tradição cristã, quer dizer que o povo de 
Deus toma parte na obra de Deus. Pela liturgia, Cristo, nosso Redentor e 
Sumo-Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa 
redenção.
1070. No Novo Testamento, a palavra liturgia é empregada para designar, 
não somente a celebração do culto divino, mas também o anúncio do Evan-
gelho e a caridade em ato. Em todas estas situações, trata-se do serviço de 
Deus e dos homens. Na celebração litúrgica, a Igreja é serva, à imagem do 
seu Senhor, o único, participando no seu sacerdócio (culto) profético (anún-
cio) e real (serviço da caridade):
Qualquer celebração litúrgica, enquanto obra de Cristo Sacerdote e do seu 
corpo que é a Igreja, é ação sagrada por excelência e nenhuma outra ação 
da Igreja a iguala em eficácia com o mesmo título e no mesmo grau. 
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (1983, par. 1069-1070).
Aristóteles (±322 a.C.) em sua obra A Políticanotava que essas leitourgia eram 
causas de desperdício do patrimônio familiar e que esses trabalhos muitas vezes 
feitos de forma obrigatória eram causa de endividamento e perda do patrimô-
nio familiar.
Significado Extra Bíblico de Liturgia
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Contudo, aos poucos e no passar do tempo, esse termo foi perdendo seu cará-
ter de serviço público e passou a ter um significado mais amplo, sendo usado 
para designar serviços como o de um escravo ao seu proprietário ou ainda de 
médico para seu paciente.
Com o passar do tempo, a mesma obra, ação, iniciativa, perdeu, quer por 
institucionalização quer por imposição, o seu caráter livre e, assim, passou 
a ser chamado de liturgia qualquer trabalho que importasse em serviço 
mais ou menos obrigatório prestado ao Estado ou à divindade (serviço 
religioso) ou a um particular (Dicionário de Liturgia, 2004, p. 639).
Somente a partir do século 
III, ainda antes de Cristo, que 
o termo assume um sentido 
religioso, sendo usado para 
designar o culto aos deuses 
prestado por pessoas que foram 
eleitas para tal, como os sacer-
dotes. Entendemos isso a partir 
do contexto helenístico grego 
que tinha a religião como um 
assunto de relevo na sociedade 
e de interesse público. O serviço era prestado aos deuses por meio de uma pes-
soa — sacerdote — em nome da comunidade. Com o passar dos anos, porém, a 
palavra “liturgia” vai perdendo o sentido de ação para o público e vai tomando 
o sentido de culto devido a Deus. É nesse sentido que a palavra “liturgia” apa-
rece na tradição grega do Antigo Testamento, até o cristianismo.
A Liturgia não esgota toda a ação da Igreja
(Catecismo da Igreja Católica, 1983, par. 1071)
O QUE É LITURGIA?
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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“LEITOURGIA” NA SAGRADA ESCRITURA
No Antigo testamento, na tradução grega conhecida como a tradução dos LXX, 
pois foram setenta e dois rabinos, sendo seis de cada uma das doze tribos de 
Israel que teriam completado a tradução da bíblia hebraica para o grego em 
setenta e dois dias. O termo liturgia é utilizado geralmente ao referir-se aos ritos 
na lei de Moisés.
Na chamada LXX, liturgia significa sempre, sem exceção, o serviço re-
ligioso prestado pelos levitas a Javé, primeiro na tenda e depois no tem-
plo de Jerusalém. Era, portanto, termo técnico que designava o culto 
público e oficial segundo as leis e culturas levíticas, diferente do culto 
privado, ao qual, na mesma tradução dos LXX, os autores se referem 
principalmente usando os temos latria ou dulia (Dicionário de Litur-
gia, 2204, p. 639)
Entretanto, no Novo Testamento (NT), liturgia aparece em três acepções dife-
rentes. No significado profano como os gregos, significando o culto ou o rito e 
no terceiro como algo vivencial celebrativo, mas quando falamos de liturgia já 
no cristianismo precisamos levar em conta que
“Leitourgia” na Sagrada Escritura
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enquanto na igreja oriental de língua grega liturgia serve para indicar 
tanto o culto cristão em geral quanto, em particular, a celebração da eu-
caristia, na igreja latina a palavra é praticamente desconhecida. De fato 
aconteceu o seguinte: enquanto muitos outros termos bíblicos neotesta-
mentários, como anjo, profeta, apóstolo epíscopo, presbítero, diácono, 
etc. provenientes do texto grego passaram em peso para a sua tradução 
latina por simples transliteração, com liturgia isto jamais ocorreu, e assim 
permanecerá como termo estranho à linguagem litúrgica latina.
Como foi dito acima, no NT teremos a liturgia em três vertentes, vejamos cada 
uma delas com alguns exemplos:
O primeiro seria a liturgia com um significado profano. Vemos o termo sendo 
usado como um trabalho, como o sustento dos Apóstolos no qual Epafrodito leva 
a esmola dos Filipenses: “Recebei-o, pois, no Senhor com toda a alegria e tende 
em grande estima pessoas como ele, pois pela obra de Cristo ele quase morreu 
arriscando a vida para atender por vós às minhas necessidades” (BÍBLIA, Fl 2, 
29-30). Ainda podemos ver em 2Cor 9, 12 que “o serviço desta coleta (Liturgia) 
não deve apenas satisfazer às necessidades dos santos, mas há de ser ocasião de 
efusivas ações de graças a Deus”. E em Romanos 13, 6 vemos ainda o serviço 
como algo que agrada a Deus. “É também por isso que pagais impostos, pois os 
que governam, são servidores de Deus, que se desincumbem com zelo do seu 
ofício (leitourgia)”.
O segundo sentido que o NT confere à Liturgia é o de significado ritual 
ou cúltico, apresentamos três exemplos desse significado no NT: At 13,2: 
“Celebravam eles (os primeiros discípulos) a liturgia em honra do Senhor”. Lc 
1, 23: “Completados os dias do seu ministério (liturgia)”, Zacarias voltou para 
casa” e, por fim, Hb 9, 21: “Moisés aspergiu com o sangue a Tenda e todos os 
utensílios do culto (liturgia)”.
Também vimos que liturgia no NT possui um significado vivencial, e tal-
vez esse seja o mais importante, pois toda a vida do cristão vem a ser um culto a 
Deus, de modo que nada existe, nesse sentido, de profano ou arreligioso, assim 
apresentamos alguns exemplos que o NT apresenta nesse sentido: Fl 2, 17: “Se 
o meu sangue, for derramado em libação, em sacrifício e serviço (liturgia) da 
vossa fé, alegro-me e regozijo-me com todos vós”. Rm 15, 16: “A graça me foi 
concedida por Deus de ser o ministro (litourgón) de Cristo Jesus para os gen-
tios, a serviço do Evangelho de Deus”
O QUE É LITURGIA?
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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A ideia de que toda a vida do cristão é um culto ou uma liturgia sagrada, 
encontra-se repetidamente nos escritos de São Paulo, embora nem sempre o 
Apóstolo use o vocábulo liturgia. Assim, por exemplo: Rm 1, 9: “Deus, a quem 
sirvo (latreuo = presto culto) em meu espírito, anunciando o Evangelho do seu 
Filho, é minha testemunha”. Fl 3, 3: “Os circuncidados somos nós, que prestamos 
culto a Deus em espírito”. Fl 4, 18: “Agora tenho tudo em abundância; tenho de 
sobra, depois de haver recebido o que veio de vós, perfume de suave odor, sacri-
fício aceito e agradável a Deus”. São Paulo tinha em vista as esmolas levadas por 
Epafrodito ao Apóstolo prisioneiro.
POR QUÊ A LITURGIA?
No Símbolo da Fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e o seu 
desígnio admirável sobre toda a criação: o Pai realiza o mistério da sua von-
tade, dando o seu Filho muito amado e o seu Espírito Santo para a salvação 
do mundo e para a glória do Seu nome. Tal é o mistério de Cristo, revelado e 
realizado na história segundo um plano, que São Paulo chama de economia 
do mistério e a que patrística chama de economia do Verbo encarnado.
Esta obra da redenção humana e da glorificação perfeita de Deus, cujo prelú-
dio foram as magníficas obras divinas operadas no povo do Antigo Testamen-
to, realizou-se por Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua 
bem-aventurada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, em que, 
morrendo, destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida. Efetivamente, 
foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável 
de toda a Igreja. É por isso que, na liturgia, a Igreja celebra principalmente o 
mistério pascal, pelo qual Cristo realizou a obra da nossa salvação. 
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (1983, par. 1066-1067).
Esse sentido de Liturgia também é encontrado em Rm 12, 1: “Exorto-vos, irmãos, 
pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e 
agradável a Deus; este é o vosso culto espiritual” e em 1 Pd 2, 5: “Vós, como pedras 
vivas, constituí-vos em um edifício espiritual; dedicai-vos a um sacerdócio santo, 
a fim de oferecerdes sacrifíciosespirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo”.
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É este mistério de Cristo que a Igreja anuncia e celebra em sua liturgia, 
a fim de que os fiéis vivam e dêem testemunho dele no mundo: com 
efeito, a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrifício da 
Eucaristia, se exerce a obra de nossa redenção, contribui do modo mais 
excelente para que os fiéis, em sua vida exprimam e manifestem aos 
outros o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja. 
(CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, 1983, par. 1068)
Aliás, ao fazer de toda a sua vida uma oferta de culto a Deus, o cristão não faz 
senão reproduzir o gesto de Cristo, que desde a sua conceição no seio materno, 
se ofereceu ao Pai como Hóstia viva e consciente, em lugar das vítimas irracio-
nais da Antiga Aliança; é o que diz o autor de Hebreus (BÍBLIA, Hb 10, 5-7.10):
Ao entrar no mundo. Ele afirmou: Tu não quiseste sacrifício e oferenda. 
Tu, porém, me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado 
não foram do teu agrado. Por isto digo: Eis-me aqui... eu vim, ó Deus, 
para fazer a tua vontade...’ Graças a esta vontade é que somos santificados 
pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.
Este texto é um programa para toda a vida do Cristão. Toda a vida do cristão deve 
ser um contínuo imitar Cristo em suas palavras e atitudes, essa perícope apre-
senta toda a vida de Jesus Cristo como culto de louvor e expiação a Deus Pai, ou 
seja, o cristão deve viver permanentemente em oblação a Deus com Cristo na uni-
dade do Espírito Santo e tudo isso é refletido depois na celebração da liturgia nos 
templos e em comunidade, para que todos possamos dizer como São Paulo em 
Gálatas 2, 20: “Vivo eu, não eu; é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na 
carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”.
A missão do Espírito Santo na Liturgia da Igreja é preparar a assembléia para 
encontrar-se com Cristo; tornar presente e atualizar a obra salvífica de Cristo 
por seu poder transformador e fazer frutificar o dom da comunhão na Igreja.
(Catecismo da Igreja Católica, 1983, par. 1112)
O QUE É LITURGIA?
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HISTÓRIA DA SALVAÇÃO E LITURGIA
A história da salvação nos ajuda a compreender bem o que é a liturgia, por-
tanto, estudar a liturgia relacionada ao contexto histórico salvífico é importante 
uma vez que a salvação tem sua origem no plano eterno do Pai já antes da cria-
ção do mundo, porém esse mistério foi sendo aos poucos revelado no tempo da 
promessa, em que Deus falou aos Patriarcas e profetas muitas vezes e de muitos 
modos, anunciando-lhes a plenitude da promessa em Cristo, conforme a carta 
aos Hebreus: “Muitas vezes e de modos diversos Deus falou, outrora, aos pais 
pelos profetas, agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do Filho, 
a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e pelo qual fez os séculos” (1, 1-2).
O tempo da promessa tem seu auge no evento Cristo. Este evento tem seu 
início de modo subjetivo na criação, mas de modo direto na encarnação, em que 
o Verbo de Deus se faz homem, anunciando pela vida, palavras e obras a Boa 
Nova da salvação: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos sua 
glória, glória que ele tem junto ao Pai como Filho único cheio de graça e ver-
dade” (Jo 1, 14).
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O Filho é o Novo Adão, e nEle tudo é recriado, uma vez que tudo foi feito 
por Ele, com Ele e nEle como nos ensina São Paulo, Ele reconcilia os homens 
com Deus com seu sangue que é a Nova Aliança.
O tempo de Cristo é prolongado na Igreja, e a Igreja preparada na história 
do Povo de Israel é plenificada em Cristo, pois, é o verbo encarnado que realiza 
no mundo o plano salvífico.
Assim, Cristo manifesta o Reino de Deus a todo ser humano, primeiro reúne 
uma pequena comunidade, a estes envia para continuar sua obra em todo o mundo. 
Contudo, a Cruz é o auge dos sacramentos que dão vida à Igreja. Quando 
Cristo crucificado é transpassado e do seu lado aberto jorra sangue e água, “che-
gando a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos 
soldados transpassou-lhe o lado com a lança e imediatamente saiu sangue e 
água” (BÍBLIA, Jo 19, 33-34), esses elementos são figuras dos sacramentos que 
fazem a Igreja e que transmitem a vida eterna a nós, pois batismo e eucaristia 
nos comunicam a vida de Deus.
A obra da Redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, da 
qual foram prelúdio as maravilhas divinas operadas no povo do Antigo 
Testamento, completou-as Cristo Senhor, principalmente pelo misté-
rio pascal de sua sagrada Paixão, Ressurreição dos mortos e gloriosa 
Ascensão. Por este mistério. Cristo, morrendo, destruiu a nossa morte 
e, ressuscitando, restaurou a nossa vida. Pois, do lado de Cristo ador-
mecido na Cruz, nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja (Sa-
crosanctum Concilium, nº 5).
A liturgia é o último tempo da história da salvação, pois ela torna presente a obra 
redentora de Cristo mediante sinais sagrados que são os sacramentos. Veremos 
sobre os sacramentos nas unidades seguintes. 
A história da liturgia pode dividir-se em duas partes bem distintas, deli-
mitadas pelo Concílio de Trento (1545-1563). Antes do Concílio de Trento, 
a liturgia evolui muito paralelamente no Oriente e no Ocidente. Depois do 
Concílio de Trento, a liturgia latina, submetida diretamente à autoridade da 
Sé Apostólica, torna-se objeto de reformas que a sua unificação e centraliza-
ção tornam não só possíveis, mas ainda necessárias; pelo contrário, as liturgias 
do Oriente são cuidadosamente preservadas na pureza e integridade do seu 
patrimônio espiritual.
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Os sacramentos nos inserem na obra redentora de Cristo, por meio deles a 
Igreja gera novos filhos de Deus (Batismo) e os alimenta fortalecendo na mis-
são e na fidelidade a Deus (Eucaristia). Percebemos, portanto, que a liturgia não 
se configura como um espetáculo legislado por rubricas, mas é a própria his-
tória da salvação acontecendo no agora dos cristãos. Toda a obra redentora de 
Deus — convocação de Abraão, Moisés, Profetas, Encarnação, Páscoa, Ascensão, 
Pentecostes — toma sentido na vida do cristão na vivência e na celebração da litur-
gia, pois esta atualiza os mistérios da nossa redenção, conforme a Sacrosanctum 
Concilium no número 6:
Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os 
Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para pregarem o Evange-
lho a toda criatura e anunciarem que o Filho de Deus, pela sua morte 
e ressurreição, nos libertou do poder de Satanás e da morte, e nos 
transferiu para o Reino do Pai, mas também para levarem a efeito 
(para efetuarem) o que anunciavam: a obra da salvação através do 
sacrifício e dos sacramentos, acerca dos quais se desenvolve toda a 
vida litúrgica.
1110. Na liturgia da Igreja, Deus Pai é bendito e adorado como fonte de 
todas as bênçãos da criação e da salvação, com que nos abençoou no seu 
Filho, para nos dar o Espírito da adoção filial.
1111. A obra de Cristo na liturgia é sacramental, porque o seu mistério de 
salvação torna-se ali presente pelo poder do seu Espírito Santo; porque o 
seu corpo, que é a Igreja, é como que o sacramento (sinal e instrumento) 
no qual o Espírito Santo dispensa o mistério da salvação; e porque, através 
das suas ações litúrgicas, a Igreja peregrina participa já, por antecipação, na 
liturgia do céu.
1112. A missão do Espírito Santo na liturgia daIgreja é preparar a assem-
bleia para o encontro com Cristo, lembrar e manifestar Cristo à fé da assem-
bleia, tornar presente e atualizar a obra salvífica de Cristo pelo seu poder 
transformante e fazer frutificar o dom da comunhão na Igreja.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (1983, par. 1110-1112).
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RENOVAÇÃO LITÚRGICA
A prática litúrgica é a vida da Igreja, mas para entendê-la faz-se necessário conhe-
cer a liturgia relacionada à história da salvação e foi isso que tentamos fazer no item 
anterior, mas também não podemos esquecer que as práticas devocionais também 
fizeram história na liturgia. Nesse item, vamos entender o caminho da liturgia a 
partir do século XVI, século que marca grande mudança no pensamento e na vida 
da sociedade em geral e, claro, na liturgia. Entender essas mudanças nos ajudarão 
a compreender a grande mudança litúrgica promulgada no Concílio Vaticano II.
Logo no século XVI temos o evento que nós conhecemos chamado Reforma 
Protestante:
Etimologicamente, a palavra reforma não tem um sentido bem claro 
e definido, na última fase da Idade Média, era comum o clamor pela 
reforma da Igreja; basta lembrarmo-nos de figuras como Francisco de 
Assis, João Hus e jerônimo de Savonarola, ou dos Concílio de Constan-
ça e Basiléia. Por Reformatio entendia-se sempre uma purificação da 
Igreja, de sua doutrina e sua vida, livrando-a de abusos e sua renovação 
por uma volta ao antigo, à doutrina e à vida da Igreja nos seus primór-
dios (ZINHOBLER, 2006, p. 205).
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Com a reforma, nasce um subjetivismo ou ainda um individualismo. Os refor-
madores pregavam o princípio do livre exame da Sagrada Escritura, segundo o 
qual cada crente estaria habilitado a ler e interpretar as Escrituras. Isso originou 
uma multiplicação de comunidades eclesiais e denominações cristãs diferentes, 
cada qual dependendo do que foi instituído por seu fundador. Lembremos tam-
bém que o latim era a língua oficial da Igreja e do Império; com a reforma, os seus 
pregadores começaram a incentivar as celebrações no vernáculo de cada região.
Esse individualismo nascido da pregação protestante afeta também a pie-
dade católica, muitos aderem a essa pregação, deixando de participar da vida da 
Igreja e da Eucaristia, praticando uma piedade particular.
Neste contexto, temos ainda o movimento Galicano:
Na França do século XVII, teólogos e canonistas procuraram conceder 
ao Estado uma influência muito grande sobre os assuntos da Igreja e 
limitar o mais possível o poder do papa. Desde 1662, o jovem rei Luiz 
XIV, criado num ambiente galicano, já entrou em conflito com o papa 
Alexandre VII por causa da imunidade diplomática do bairro da em-
baixada francesa em Roma [...] o rei aprovou unanimemente os quatro 
artigos galicanos [...] o poder civil é independente em assuntos tempo-
rais, o concílio está acima do papa, a autoridade dos papas é limitada 
pelos cânones eclesiásticos e as decisões em assuntos de fé dependem 
da aprovação da Igreja inteira. (ZINHOBLER, 2006. p. 263)
Neste movimento, os reis — tidos como católicos e responsáveis pela evange-
lização de novas terras — receberam amplos poderes sobre a vida da Igreja em 
seus territórios (nomeação de párocos, indicação de bispos, arrecadação de 
dinheiro...), que, de certo modo, subtraiam da jurisdição de Roma o clero e os 
fiéis católicos, pois os monarcas, com exceções, se deixaram levar por interesses 
políticos mais do que por preocupações eclesiais. Isto contribuía para empobre-
cer a piedade católica, que era, sem dúvida, fervorosa, mas carecia do autêntico 
nutrimento espiritual. Isso tudo acontecia em meio a um nacionalismo crescente 
e um racionalismo que destronava a escolástica.
Em uma linha contrária a todo esse movimento, temos os mosteiros, que 
colaboravam pela renovação da piedade e prezavam pela prática litúrgica autên-
tica e comunitária, destacavam na sua prática e pregação uma vida cristã com o 
centro na oração da Igreja que nasce da relação entre Sagrada Escritura, Tradição 
e Magistério.
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O Papa S. Pio X (1903-1914) fortaleceu essa corrente, inspirado por seu lema 
“Instaurar todas as coisas em Cristo”. Em 1910, publicou o decreto Quam singu-
lari, que chamava as crianças à primeira Comunhão desde que tivessem o uso 
da razão e soubessem distinguir do pão comum o pão eucarístico; em oposição 
à mentalidade jansenista.
ESPÍRITO SANTO E A IGREJA NA LITURGIA
1091. Na liturgia, o Espírito Santo é o pedagogo da fé do povo de Deus, o ar-
tífice das «obras-primas de Deus» que são os sacramentos da Nova Aliança. 
O desejo e a obra do Espírito no coração da Igreja é que nós vivamos da vida 
de Cristo ressuscitado. Quando Ele encontra em nós a resposta da fé que 
suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação. E, por ela, a liturgia torna-se 
a obra comum do Espírito Santo e da Igreja.
1092. Nesta dispensação sacramental do mistério de Cristo, o Espírito Santo 
age do mesmo modo que nos outros tempos da economia da salvação: pre-
para a Igreja para o encontro com o seu Senhor; lembra e manifesta Cristo 
à fé da assembleia; torna presente e actualiza o mistério de Cristo pelo seu 
poder transformante; e finalmente, enquanto Espírito de comunhão, une a 
Igreja à vida e à missão de Cristo. 
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (1983, par. 1091-1092).
Pio X via no sacramento o canal de uma vida nova e o antídoto do pecado, por 
isto também incitou os adultos à Comunhão Eucarística frequente ou mesmo 
cotidiana, exigindo para isto apenas o estado de graça e a reta intenção de se 
unir ao Senhor. O mesmo Pontífice publicou um documento (Motu Próprio) 
em 22/11/1903 a favor do canto gregoriano, que deveria substituir a polifonia 
nas Igrejas (polifonia que impedia a participação dos fiéis e assemelhava as fun-
ções sagradas a uma exibição musical profana); afirmava Pio X: “Todos devem 
estar certos de que um Ofício religioso nada perde da sua solenidade se não é 
acompanhado por outra música que não o canto gregoriano”. Também mandou 
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rever a Liturgia das Horas, que deveria exprimir melhor as grandes verdades da 
fé professada pela Igreja; foram suprimidas certas festas que sobrecarregavam o 
calendário, especialmente os domingos, impedindo que os fiéis pudessem acom-
panhar o Senhor Jesus nos seus mistérios de Natal, Páscoa e Pentecostes.
Em suma, são de S. Pio X as seguintes palavras, que tomaram significado 
decisivo para o posterior florescimento da Liturgia:
É nosso vivíssimo desejo que o verdadeiro espírito refloresça de todos 
os modos... Por isso é necessário cuidarmos, antes do mais, da santidade 
e da dignidade dos templos, onde precisamente os fiéis se reúnem 
para haurir esse espírito da sua primeira e indispensável fonte, que é 
a participação ativa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e 
solene da Igreja (Motu próprio Tra le sollecitudini, 1903, on-line)1.
Esse movimento da sociedade e da Igreja preparam o Concílio Vaticano II e a 
construção do documento a constituição Sacrosanctum Concilium que declara: 
“Toda celebração litúrgica como obra de Cristo Sacerdote e de seu Corpo, que 
é a Igreja, é uma ação Sagrada por excelência, cuja eficácia, no mesmo título e 
grau, não é igualada por alguma outra ação da Igreja” (S. C. no 7). E continua:
a Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo 
tempo, é a fonte donde emana toda a sua força. Pois os trabalhos apos-
tólicos se ordenam a esta finalidade:todos, feitos pela fé e pelo Batismo 
filhos de Deus, juntos se reúnam, louvem a Deus na Igreja, participem 
do sacrifício e da Ceia do Senhor (S. C. no 10).
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O ANO LITÚRGICO
O Ano Litúrgico é o ano da Igreja, é claro que ele está inserido dentro do calendá-
rio civil, que por sua vez é um calendário cristão. O Ano Litúrgico começa com o 
primeiro domingo do Advento (celebrado ou na última semana de novembro ou 
na primeira semana de dezembro, tendo, portanto, variação a cada ano) e encerra 
na semana que inicia com o Domingo de Cristo Rei (Celebrado em uma das duas 
últimas semanas de Novembro ou ainda na primeira semana de dezembro).
A Constituição Sacrosanctum Concilium apresenta o que significa o ano litúrgico:
Relembrando os mistérios da Redenção, a Igreja franqueia aos fiéis 
as riquezas do poder santificador e dos méritos de seu Senhor, de tal 
modo que, de alguma forma, os torna presentes em todos os tempos, 
para que os fiéis entrem em contato com eles e sejam repletos da graça 
da salvação (C. S. no 102).
Ao apresentar o ano litúrgico, vamos dividi-lo em dois temas, como apresenta o 
Missal Romano (1992). O Missal Romano é o livro usado nas Missas, fica sobre 
o Altar e é usado apenas pelo sacerdote. Eles contêm todo o rito da Missa, de 
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todas as celebrações possíveis e todas as orações que o sacerdote deve rezar em 
diversas Missas com motivos diferentes.
O Missal Romano (1992) ao falar do Ano Litúrgico primeiramente faz uma 
breve introdução, como segue:
1. No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados 
a obra salvífica de Cristo. Cada semana, no dia chamado domingo (dia 
do Senhor), ela recorda a ressurreição, que celebra também uma vez por 
ano, com a bem-aventurada Paixão na solenidade máxima da Páscoa. 
Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemo-
ram-se os aniversários dos Santos. Nos vários tempos do ano litúrgico, 
segundo a disciplina tradicional, a Igreja aperfeiçoa a formação dos fiéis 
por meio de piedosos exercícios espirituais e corporais, pela instrução 
e oração, e pelas obras de penitência e de misericórdia. 2. Os princípios 
que seguem podem e devem ser aplicados tanto ao rito romano como 
a todos os outros; as normas práticas, porém, devem ser consideradas 
como visando apenas o rito romano, a não ser que se trate de coisas que, 
pela sua própria natureza, concerne também aos outros ritos.
Depois apresenta o tema dos dias litúrgicos e em segundo bloco apresenta o 
tema do ciclo anual. Ao apresentar os dias, ressalta o domingo e as solenidades 
e depois dos dias feriais. O Missal (1992) afirma que todos os dias são santifi-
cados pelas celebrações do Povo de Deus, as liturgias, durante todo o dia que 
a Igreja entende começar a meia noite e terminar também à meia noite. Para a 
Igreja todos os dias são santificados, porém, ao falar do domingo, afirma: 
4.No primeiro dia de cada semana, que é chamado do dia do Senhor 
ou domingo, a Igreja, por uma tradição apostólica que tem origem no 
próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal. Por 
isso, o domingo deve ser tido como principal festa. 5.Por causa de sua 
especial importância, o domingo só cede sua celebração às solenidades 
e às festas do Senhor; contudo os domingos do Advento, da Quares-
ma e da Páscoa gozam de precedência sobre todas as festas do Senhor 
e todas as solenidades. As solenidades que ocorrem nestes domingos 
sejam antecipadas para o sábado. 6. O domingo exclui pela sua própria 
natureza a fixação definitiva de qualquer outra celebração. Contudo: a) 
no domingo dentro da oitava do Natal do Senhor, celebra-se a festa da 
Sagrada Família; b) no domingo depois do dia 6 de janeiro, celebra-se 
a festa do Batismo do Senhor; c) no domingo depois de Pentecostes, 
celebra-se a solenidade da Santíssima Trindade; d) no último domingo 
do Tempo Comum, celebra-se a solenidade de Cristo Rei do Universo. 
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7. Onde as solenidades da Epifania, Ascensão e Santíssimo Corpo e 
Sangue de Cristo não forem dias santos de guarda, sejam celebradas 
num domingo que se torna seu dia própria, a saber; a) a Epifania, no 
domingo que ocorre entre os dias 2 e 8 de janeiro; b) a Ascensão, no 7º 
domingo da Páscoa; c) a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de 
Cristo, no domingo depois da Santíssima Trindade (p. 102-103).
Contudo, além do domingo temos também solenidades que são celebrações com 
importância para a vida do cristão. Por exemplo, a celebração das duas maio-
res solenidades cristãs a Páscoa e o Natal, são prolongadas por oito dias, sendo 
chamada de oitava de Páscoa e Oitava de Natal, ou seja, oito dias celebrando 
a mesma festa. Depois temos as solenidades menores que são celebradas ape-
nas durante um dia como as festas de Nosso Senhor, Nossa Senhora e alguns 
Mártires e outros santos.
No segundo bloco dentro do Ano litúrgico, o Missal (1992) apresenta o ciclo 
anual; neste a Igreja celebra todo o mistério de Cristo, da encarnação ao dia 
de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor. A Igreja divide esse da seguinte 
maneira: O Tríduo Pascal, O tempo Pascal (os dois tempos mais importantes 
para a fé a vida cristã), O tempo da Quaresma, o Tempo do Natal, o Tempo do 
Advento e o tempo comum. Destacamos neste item os dois tempos mais impor-
tantes, o tríduo Pascal e a Páscoa, porém as festas mais importante são a Páscoa 
e depois a festa do Natal.
O TRÍDUO PASCAL - 18. Como o Cristo realizou a obra da reden-
ção humana e da perfeita glorificação de Deus principalmente pelo seu 
mistério pascal, quando morrendo destruiu nossa morte e ressuscitan-
do renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição 
do Senhor resplandece como o ápice de todo o ano litúrgico. Portando, 
a solenidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma culminância do 
domingo em relação à semana. 19.O Tríduo pascal da Paixão e Ressur-
reição do Senhor começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, 
possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do 
domingo da Ressurreição. 20. Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, ob-
serva-se o sagrado jejum pascal. E, onde for oportuno, também no Sá-
bado Santo até a Vigília Pascal. 21. A Vigília pascal, na noite santa em 
que o Senhor ressuscitou, seja considerada a “mãe de todas as vigílias”, 
na qual a Igreja espera, velando a Ressurreição de Cristo, e a celebra 
os sacramentos. Portanto, toda a celebração desta sagrada Vigília deve 
realizar-se à noite, de tal modo que comece depois do anoitecer ou ter-
mine antes da aurora do domingo. 
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O TEMPO PASCAL - 22. Os cinquenta dias entre o domingo da Res-
surreição e o domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e 
exaltação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um 
grande domingo”. É principalmente nesses dias que se canta o Aleluia. 
23. Os domingos deste tempo sejam tidos como domingos de Páscoa 
e, depois do domingo da Ressurreição, sejam chamados de 2º, 3º, 4º, 
5º, 6º, 7º domingos de Páscoa. O domingo de Pentecostes encerra este 
tempo sagrado de cinquenta dias. 24. Os oito primeiros dias do Tempo 
pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades 
do Senhor. 25. No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a As-
censão do Senhor, a não ser que seja transferida para o 7º domingo da 
Páscoa, nos lugares onde não for considerada dia santa de guarda. 26. 
Os dias da semana depois da Ascensão, até o sábado antes de Pente-
costesinclusive, constituem uma preparação para a vinda do Espírito 
Santo Paráclito (Missal, 1992, p. 104).
O tempo da Quaresma inicia na quarta-feira de cinzas e se estende por 5 sema-
nas. Esse tempo é marcado pela Oração, Penitência e Caridade. Como sinal, os 
fiéis são marcados com as cinzas na cabeça, que significa penitência e mortifica-
ção e também não dizem durante todos este tempo o Aleluia. Esse tempo marca 
também a preparação para Páscoa da Ressurreição, depois do tempo de peni-
tência, vem o tempo da graça, o tempo da vida em Cristo.
O tempo do Natal, a segunda festa mais importante para a Igreja, inicia na 
véspera do dia 25 de dezembro, ou seja, na noite do dia 24 de dezembro, essa 
festa se estende com uma oitava, ou seja, oito dias de celebração. Esse tempo se 
estende até o dia 6 de janeiro ou o domingo seguinte a esta data. Marca este tempo 
a memória do nascimento do Senhor e sua primeira manifestação.
O tempo do Advento é anterior ao Natal, sendo uma preparação para esta 
festa que se estende por 4 semanas e visa uma preparação para celebrar a pri-
meira vinda do Messias e um convite a uma preparação dos fiéis para a segunda 
vinda do salvador, sobre este tempo o Missal (1992, p. 108) afirma:
o Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de 
preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a pri-
meira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo 
em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expec-
tativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo 
motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa 
e alegre expectativa.
O Ano Litúrgico
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O tempo comum inicia na segunda-feira após 6 de janeiro até terça-feira de 
carnaval, ou seja, antes da quarta-feira de cinzas, depois retorna na segunda-
-feira de Pentecostes até as vésperas do primeiro domingo do Advento. Nele é 
celebrado a vida de Cristo refletindo sobre sua vida, palavras e obras, conforme 
lemos no Evangelho.
Observe abaixo, na Figura 1, como se distribuem os períodos do Ano 
Litúrgico:
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PRIMEIRAS
PREGAÇÕES
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SENHOR
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TUDO O QUE
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PARA NOSSA
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3°
2°
1º
Figura 01 - Ano Litúrgico
Fonte: ArqRio (2014, on-line)2.
Caro(a) aluno(a), encerramos essa unidade em que refletimos sobre o conceito 
de liturgia e sua celebração na Igreja Católica e a importância que esta repre-
senta na história da salvação. A Liturgia Católica não é apenas uma composição 
de ritos, mas a celebração de tudo o que a Igreja crê e prega.
O QUE É LITURGIA?
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E34
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluindo nosso estudo sobre o conceito de liturgia, conseguimos compreen-
der que a prática Litúrgica é a vida da Igreja, e para compreendê-la é necessário 
conhecer a liturgia sempre relacionada à história da salvação e foi esse o cami-
nho que fizemos nesta unidade que se encerra. Ao mesmo tempo que damos 
importância para a história da salvação revelada, também levamos em conside-
ração as práticas devocionais que também fizeram história na liturgia.
As duas concepções, a história da salvação e a prática devocional, contribuí-
ram para o desenvolvimento da liturgia na Igreja. Destacamos portanto, o século 
XVI, século que marca grande mudança no pensamento e na vida da sociedade 
em geral e, claro, na liturgia. Entender essas mudanças nos ajudou a compreen-
der a grande mudança litúrgica promulgada no Concílio Vaticano II.
A Igreja Católica confere grande importância à Liturgia, pois esta celebra 
toda a sua fé, sendo configurada como o último tempo da história da salvação, 
uma vez que se torna presente a obra redentora de Cristo mediante sinais sagra-
dos que são os sacramentos, que veremos nas unidades seguintes.
A Instituição Católica na sua pregação, como São Paulo, prega a ressurreição 
de Cristo como o fundamento e a base da sua fé, mas não se cansa de apresen-
tar a Cruz como um dos seus sacramentos, pois assim como a cruz nos salvou, 
os sacramentos dão vida à Igreja, quando Cristo crucificado é transpassado e 
do seu lado aberto jorra sangue e água: “Chegando a Jesus e vendo-o já morto, 
não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados transpassou-lhe o lado com 
a lança e imediatamente saiu sangue e água” (BÍBLIA, Jo 19, 33-34). Tudo isso 
celebrado de forma sistemática na estrutura do ano litúrgico, visto como a espi-
nha dorsal das celebrações católicas.
Considerações Finais
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O MOVIMENTO LITÚRGICO - O RETORNO À LITURGIA 
Com D. Guéranger, abade de Solesme, sur-
gem as primeiras manifestações do que mais 
tarde será chamado movimento litúrgico. 
Como bem afirma Bouyer, nada há nesse 
movimento cuja origem não esteja em 
Guéranger. O abade de Solesme restaurou 
a ordem beneditina em seu país, foi um infa-
tigável e ardente opositor de toda forma de 
jansenismo, galicanismo e laicismo, tendo 
unido os católicos em torno do papado. Com 
ele tem início o retorno à liturgia romana, 
promovido pela descoberta das riquezas 
espirituais e teológicas desta. A mentali-
dade de Guéranger pode ser condensada 
nas seguintes teses: a liturgia é por excelên-
cia a oração do Espírito na Igreja, é a voz do 
corpo de Cristo, da esposa orante do Espí-
rito; há na liturgia uma presença privilegiada 
da graça; nela se encontra a mais genuína 
expressão da Igreja e de sua tradição; a 
chave de inteligência da liturgia é a leitura 
cristã do antigo Testamento, bem como a 
do Novo apoiada no Antigo. A descoberta 
da liturgia foi para Guéranger descoberta do 
mistério da Igreja, por meio da experiência 
espiritual dessa mesma liturgia e da leitura 
assídua dos padres, artífices das primeiras 
formas da liturgia romana. A contemplação 
do mistério da Igreja anima a espiritualidade 
do abade. A Igreja como corpo e esposa de 
Cristo contrasta com a piedade individua-
lista pós-tridentina que Guéranger crítica. 
A PASTORAL LITÚRGICA 
No congresso de Obras Católicas (Malines, 
1909), foi lançado propriamente o movi-
mento litúrgico. Seu promotor foi D. 
Lamberto Beauduin (1873-1960), que de 
sacerdote dedicado ao mundo operário pas-
sara a monge beneditino de Monte César. 
Beauduin foi um homem de ação e atuou 
mais na pastoral litúrgica nas paróquias, 
tentando levar as pessoas a uma participa-
ção na Missa paroquial, criando uma revista 
Questions Liturgiques (1910), realizando 
semanas litúrgicas destinadas à mentali-
zação do clero. A expansão do movimento 
litúrgico ficou um tanto paralisada no decor-
rer das duas guerras mundiais, voltando a 
propagar-se com mais vigor nos respectivos 
períodos pós-guerra. Contribuíram para essa 
difusão pastoral, na Bélgica, além da abadia 
de Monte César, a de Santo André; na França, 
o Centro de Pastoral Litúrgica de Paris; na 
área germânica, a abadia de Maria Laach, o 
Instituto de Liturgia de Tréveris, Pio Parsch 
e os cônegos regulares de Klosteneuburg; 
e, em toda a Igreja, os congressos Interna-
cionais de Liturgia. Um ponto que chamou 
a atenção nesse movimento litúrgico foi o 
das relações entre liturgia e compromisso 
cristão. Nas sessões de estudo, organiza-
das pelo Centro de Pastoral Litúrgica de 
Paris, depois da SegundaGuerra, reuniam-
-se especialistas em liturgia e sacerdotes 
dedicados ao ministério em meios rurais e 
urbanos, bairros e centros das cidades, na 
Ação Católica em geral e nos movimentos 
especializados. Nessas reuniões, aparecia 
com freqüência o desejo de uma maior 
inserção dos valores mundanos na liturgia 
da Igreja, bem como de uma maior acomo-
dação do culto às novas situações européias 
e dos países de missão. Em conseqüência, 
37 
foi vivamente discutido o problema da lín-
gua litúrgica. Assim, o movimento passava 
do clima restauracionista de Guéranger para 
outro clima reformista. Contudo, os gran-
des pioneiros litúrgicos, como Beauduin, 
foram reformadores, mas não reformistas, 
não tendo enveredado pelos caminhos da 
livre experimentação litúrgica, abertos por 
indivíduos e grupos entre o segundo perí-
odo pós-guerra e os nossos dias. 
O MAGISTÉRIO DA IGREJA SOBRE A LITURGIA 
- Dois papas se sobressaem nesse magistério, 
Pio X e Pio XII Pio X se distinguiu pelo seu inte-
resse litúrgico já antes de chegar ao supremo 
pontificado. Três meses depois da eleição 
como Papa, tornou público o Motu Próprio 
Tra li sollecitudini (1903, on-line)1, destinado 
a renovar a música religiosa e restaurar o 
gregoriano. Dois anos depois, promulgou o 
decreto Sacra tridentina synodus (1905), para 
fomentar a comunhão frequente e, cinco 
anos mais tarde, o decreto Quam singulari 
(1910), para promover a admissão das crian-
ças à comunhão em tenra idade. Em 1911, 
publicava a constituição apostólica Divino 
aflanti, sobre a reforma do breviário e a reva-
lorização da liturgia dominical. Três linhas 
claras aparecem no magistério litúrgico de 
Pio X: a renovação da música sagrada, porque 
“não devemos cantar e orar na Missa, mas 
cantar e orar a Missa”; a aproximação entre 
batizados e a comunhão eucarística que rom-
peu um distanciamento de séculos entre os 
fiéis e o comungatório e aplainou o caminho 
para a participação sacramental da eucaris-
tia, mesmo que a catequese oferecida acerca 
dessa comunhão devesse ser aperfeiçoada; 
a reforma do ano litúrgico e do breviário. A 
partir de Pio X e de Beauduin, a participação 
ativa será o objeto da pastoral litúrgica. No 
amplo magistério de Pio XII, dois documen-
tos se destacaram: a encíclica Mediator Dei, 
considerada “a carta magna” do movimento 
litúrgico e o discurso aos participantes do 
Congresso Internacional de Pastoral Litúr-
gica celebrado em Assis (1956). Alguns dados 
da renovação litúrgica efetuada por Pio XII: 
Instrução sobre a formação do clero no ofí-
cio divino (1945); a extensão ao sacerdote, 
em alguns casos, da faculdade de confirmar 
(1946); a multiplicação dos rituais bilíngües, 
sobretudo a partir de 1947; a determinação 
da matéria e forma do diaconato, do presbi-
terato e do episcopado (1948); a reforma da 
vigília pascal (1951) e do jejum eucarístico 
(1953 e 1957); nas mesmas datas, a intro-
dução das Missas vespertinas; a reforma da 
Semana Santa (1955); lecionários bilíngües, 
a partir de 1958. A obra do papa Pacelli é 
coroada, em 1958, com a Instrução sobre 
a música sagrada e a liturgia, nos termos 
das encíclicas Musicae sacrae disciplinae e 
Mediator Dei. - Os conteúdos fundamentais 
da Mediator Dei: A teologia da liturgia como 
culto público integral do corpo místico de 
Cristo, da cabeça e dos membros, e como 
presença privilegiada da mediação sacer-
dotal de Cristo-Cabeça. A espiritualidade da 
liturgia, a dimensão interior e profunda do 
culto da Igreja: “Estão inteiramente equivoca-
dos aqueles que consideram a liturgia como 
mero lado exterior e sensível do culto divino 
ou como cerimonial decorativo; e não o estão 
menos aqueles que pensam ser a liturgia o 
conjunto de leis e preceitos com que a hierar-
quia eclesiástica configura e ordena os ritos”. 
Fonte: Princípio (2016, on-line)3.
38 
1. Vimos em nosso estudo da primeira unidade que, na civilização grega antiga, 
as famílias mais abastadas em patrimônio eram obrigadas a custear serviços 
públicos como abertura de estradas, construção de pontes, jogos olímpicos, 
material para guerras, enfim, as obras que facilitariam a vida em sociedade. 
Assinale a alternativa correta sobre o significado de Liturgia para os gregos:
a) Rito do culto.
b) Rito aos deuses.
c) Serviço público.
d) Reunião para os deuses.
e) Serviço para os deuses.
2. Sobre as acepções do Novo Testamento:
I. O Novo Testamento apresenta três acepções sobre a liturgia.
II. Encontramos no Novo Testamento um significado profano de liturgia.
III. Percebemos no Novo Testamento um significado de culto em relação à Li-
turgia.
IV. Apenas um significado de culto para a liturgia o Novo Testamento oferece.
 Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas I, II e III estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
3. Sobre a História da Salvação em relação a Liturgia, assinale Verdadeiro (V) ou 
Falso (F):
( ) A história da salvação nos ajuda a compreender bem o que é a liturgia.
( ) Estudar a liturgia relacionada ao contexto histórico salvífico é importante 
uma vez que a salvação tem sua origem no plano eterno do Pai já antes da 
criação do mundo.
( ) A Liturgia não se relaciona à história da Salvação, apenas a celebra.
39 
Assinale a alternativa correta:
a) V; V; F.
b) F; F; V.
c) V; F; V.
d) F; F; F.
e) V; V; V.
4. Assinale a alternativa correta sobre a participação do Papa Pio X nas reformas 
litúrgicas:
a) O Papa Pio X apenas conserva a Liturgia.
b) O Papa Pio X pede que a Igreja cuide de seus templos, pois eles são o mais 
importante da Liturgia.
c) Em seu Motu próprio de 1903, o papa ajuda em um reflorescimento da Li-
turgia.
d) O Papa Pio X não se importa com os templos e a relação da Liturgia.
e) A Liturgia para ele é apenas rito.
5. O Ano Litúrgico é o período no qual a Igreja celebra os mistérios da nossa sal-
vação na liturgia e pelos sacramentos. Assim, assinale a alternativa correta em 
relação ao Ano Litúrgico.
a) O Centro do ano Litúrgico é o Natal, pois marca o início da salvação.
b) O Ano Litúrgico é apenas um movimento Litúrgico.
c) O Ano Litúrgico tem seu centro em Pentecostes, pois, neste, é revelada a 
missão da Igreja.
d) O Tríduo Pascal e o tempo da Páscoa são as celebrações mais importantes 
do Ano Litúrgico.
e) O tempo comum não tem importância no Ano Litúrgico.
Missal Romano
Comissão da doutrina da Fé 
Editora: Paulus
Sinopse: o Missal, entre os costumados preliminares, apresenta as 
Normas Universais do Ano Litúrgico e do Calendário, com o Calendário 
Romano Geral com o próprio dos países a que se destina. É a partir 
destes documentos que se elabora, anualmente, o Diretório Litúrgico, 
espécie de agenda que existe em qualquer sacristia, pois a ela temos 
de recorrer para os preparativos da celebração da Missa.
Comentário: seria bom que o estudante fizesse a leitura da Introdução do Missal Romano, ele 
continua sendo a melhor introdução sobre o estudo da Liturgia Católica.
MATERIAL COMPLEMENTAR
REFERÊNCIAS
41
ARISTÓTELES. A política. Traduzido por Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Martins 
Fontes, 2002.
CATECISMO da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 1983.
BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002
MISSAL ROMANO. São Paulo: Paulinas, 1992.
ZINNHOBLER, Rudolf. A Idade Média. In LENZENWEGER, Josef et al. História da 
Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2006.
Referências On-Line
1 Em: <http://w2.vatican.va/content/pius-x/pt/motu_proprio/documents/hf_p-x_
motu-proprio_19031122_sollecitudini.html>. Acesso em: 07 jun. 2018.
2 Em: <http://arqrio.org/formacao/detalhes/615/ano-liturgico>. Acesso em: 07 jun. 2018.
3 Em: <http://principo.org/curso-de-liturgia.html?page=>. Acesso em: 07 jun. 2018.
1. Opção correta é A.
2. Opção correta é D.
3. Opção correta é A.
4. Opção correta é C.
5. Opção correta é D.
GABARITO
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Professor Dr. André Phillipe Pereira
O CULTO SAGRADO
Objetivosde Aprendizagem
 ■ Identificar a forma de culto nas diversas religiões.
 ■ Compreender o Culto no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
 ■ Assimilar os Santos Mistérios na visão da Igreja.
 ■ Entender o sentido Bíblico de Memória e Memorial.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ O culto nas diversas religiões
 ■ O culto no Antigo Testamento e no Novo Testamento
 ■ Os Santos Mistérios
 ■ Memória na Visão Bíblica 
Introdução
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), estamos iniciando a segunda unidade e essa apresenta a ques-
tão própria da liturgia Cristã. Por motivo histórico e para conseguirmos entender 
claramente as diferenças, a unidade inicia com o item sobre o culto nas diver-
sas religiões, buscando apresentar o sentido e a intenção do culto nas religiões. 
Lembramos sempre que a palavra religião vem do latim religare, ou seja, seria 
uma tentativa de refazer algo que fora outrora desfeito. Lembramos também que 
no sentido judaico-cristão a religião é também uma forma de Deus se revelar ao 
ser humano, e Ele assim faz porque é de Sua vontade ser conhecido por todos.
O segundo item desta unidade, por sua vez, apresenta o conceito de culto 
no Antigo Testamento e Novo Testamento. O culto na Sagrada Escritura é um 
serviço a Deus por meio do serviço ao outro.
O Novo Testamento dentro dessa concepção apresenta a ideia de culto ligada 
ao mandamento de Jesus, Ele mesmo manda que os apóstolos celebrem quando 
diz: “Fazei isto em Memória de Mim”.
No terceiro item, entendemos como os cristãos de tradição Católica, Ortodoxa 
e Anglicana, mas também outros, entendem a liturgia como celebração dos 
santos mistérios de Cristo. O evento Cristo é cercado de mistérios, desde a sua 
encarnação, nascimento, entres os doutores da lei, tentações, paixão, morte e res-
surreição e também Ascenção ao céu e todos esses mistérios são celebrados na 
Liturgia ou ao que foi chamado de Santa Missa.
Encerramos no quarto item, refletindo sobre a questão da memória, no 
qual, com muita insistência nossa, apresentamos o significado muito diferente 
de uma simples lembrança de algo que aconteceu no passado, pouco mais de 
2000 anos atrás.
Celebrar a Liturgia é fazer Memória dos santos mistérios de Cristo, ou seja, 
atualizar, trazer para hoje, como se o próprio Cristo falasse na pessoa do sacer-
dote e executasse sua obra salvadora no agora. O agora é o que existe em Deus, 
pois Ele está fora do tempo, portanto, o agora é o que temos. Deus age agora na 
liturgia nos salvando no evento Cristo, memorial na liturgia.
O CULTO SAGRADO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E46
O CULTO NAS DIVERSAS RELIGIÕES
Caro(a) aluno(a), seguindo com nosso estudo de liturgia, vamos nesse 
item estudar o culto nas diversas religiões e tentar compreender e dife-
renciar a intenção do culto em diversos sentidos e formas. Claro, depois de 
uma breve introdução vamos nos fixar no culto cristão desde o Antigo Testamento 
passando pelo Novo Testamento e o conceito de Culto no cristianismo e 
catolicismo.
O termo religião deriva da palavra latina religio que significa prestar culto 
a uma divindade, religar, fazendo uma série de referências de religar o homem 
ao ser humano em uma visão criacionista, ou seja, Deus nos criou, nos sepa-
ramos dEle e agora buscamos essa religação que poderá ser feita a partir do 
próprio Deus que se revela e da busca incessante do ser humano de apro-
ximar-se a Ele. A religião também pode ser definida como um conjunto de 
crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobre-
natural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais 
e códigos morais que derivam dessas crenças.
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Como religião podemos entender vários sentidos diferentes de crenças e 
filosofias que variam muito. As religiões podem ser muito diferentes entre si e ao 
mesmo tempo muito parecidas, porém o que mostra a fé de determinada religião 
é sua celebração ou seu culto, pois, na religião, celebra-se o que se crê. A cele-
bração é fruto de sua fé, de sua doutrina, de sua filosofia e de seu texto sagrado.
Pode-se afirmar com muita clareza que toda religião possui um sistema de 
crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses, ou ainda 
um único e verdadeiro Deus como é o caso das religiões Monoteístas, a saber: o 
Judaísmo, o Cristianismo e Islamismo. As religiões costumam também possuir 
mitos criacionais que podem também serem muito diferentes ou muito próximos 
uns dos outros, mas que, ao final, tudo é apresentado no modo da religião celebrar.
“Mas esta relação íntima e vital que une o homem a Deus pode ser esqueci-
da, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes 
podem ter origens diversas a revolta contra o mal existente no mundo, a 
ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das ri-
quezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à 
religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se es-
conde de Deus e foge quando Ele o chama.
Exulte o coração dos que procuram o Senhor (Sl 105, 3). Se o homem pode 
esquecer ou rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o ho-
mem a que O procure, para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta 
busca exige do homem todo o esforço da sua inteligência, a retidão da sua 
vontade, um coração reto, e também o testemunho de outros que o ensi-
nam a procurar Deus.”
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (par. 29 e 30)
Entendemos também que religião não é apenas um fenômeno individual, 
mas também um fenômeno social, ou seja, será muito difícil encontrarmos 
uma religião institucionalizada que possa ser vivida individualmente, no mais 
comum o modo da religião apresentar as relações é a seguinte: Eu e Deus – Eu 
O CULTO SAGRADO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO 
E NO NOVO TESTAMENTO
A Bíblia, o livro dos Cristãos e dos Judeus, ao se referir ao que denominamos de 
culto, não usou termos similares aos que se referiam ao culto em outras religi-
ões. Quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento, essencialmente, o 
culto é descrito como serviço. Em qualquer língua, etimologicamente, liturgia 
significa o trabalho que pessoas realizam, e não pessoas se divertindo, alegran-
do-se, fazendo o que acham ser bom. No Antigo Testamento, a adoração era 
prescrita e controlada, era litúrgica.
Ao falarmos de culto nas Sagradas Escrituras, percebemos que desde os pri-
mórdios da criação e tendo em vista a recusa do homem em obedecer a Deus e 
a sua Verdade revelada conforme Gn 3, 1-6. 
e a comunidade – Nós (comunidade reunida) e Deus. A partir do conceito de 
religião e de relações nas religiões, entendemos que culto Sagrado é um con-
junto de ritos que se prendem à adoração ou homenagem a divindades em 
qualquer de suas formas e em qualquer religião, como também a antepassa-
dos ou outros seres sobrenaturais.
Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, o homem 
que procura Deus descobre certos caminhos de acesso ao conhecimento de 
Deus. Também se lhes chama não no sentido das provas.
O Culto no Antigo Testamento e no Novo Testamento 
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Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que 
o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus 
disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à 
serpente:Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas do fruto 
da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, 
nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mu-
lher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que 
dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo 
o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se co-
mer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; 
tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu 
com ela.
Entendemos que o culto ao Senhor era familiar, centralizado no altar. Ali, Deus 
e a família se encontravam e havia o culto. Foi a fé que possibilitou a Abel ter 
sua oferta aceita pelo Senhor (BÍBLIA, Hb 11, 4).
Partindo para o período da monarquia, já percebemos a presença do taber-
náculo, a habitação de Deus. O cuidado com o tabernáculo com os utensílios 
e com o lugar onde estava, era claramente para o povo de Israel a presença de 
Deus e tudo era indispensável para o culto a Ele.
No período da Monarquia, destacam-se grandes mudanças na centra-
lidade do culto, o povo se reunia para a adoração ao Senhor. A pessoa do 
Sacerdote ganha mais destaque e as prescrições para a realização do culto 
foram transmitidas pelo próprio Deus a Davi. Tornou-se um culto com muita 
participação que marcavam os dias de festas, as procissões e os sacrifícios. 
Lendo o salmo 67, observamos que o culto era um serviço duplo no qual o 
Senhor era adorado no serviço ao próximo em uma perfeita celebração da 
vida e não puro ritual.
Quando o povo estava exilado, porém, não tinha também mais o Templo nem 
sacrifícios e nem o sacerdote. Em meio à desesperança do seu povo, o Senhor 
envia profetas para encorajar, guiar e ensinar seu povo, pois Deus sempre foi fiel 
à aliança e todos precisavam responder a isso. No exílio, o lugar de reunião ficou 
conhecido como sinagoga.
Após o exílio, acontece o retorno à lei de Deus à Torah, que começa a ser 
lida para o povo reunido. O Templo, ou seja, o lugar de Deus é restaurado e os 
sacerdotes voltaram às suas atividades; também voltam à prática os sacrifícios e 
as ofertas começam a serem feitas.
O CULTO SAGRADO
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rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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O Culto no Novo Testamento aparece como o culto que Jesus mandou celebrar na 
sua Última Ceia. Quando São Paulo escreveu aos coríntios, para corrigir abusos 
na maneira que estavam celebrando a Eucaristia, recordou a noite em que Jesus 
foi entregue conforme a primeira carta de São Paulo aos Coríntios 11, 23-25. 
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor 
Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o 
partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; 
fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de 
cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu 
sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Veja, São Paulo conta que Jesus ‘tomou o pão, dando graças, partiu-o e disse: Isto 
é o meu corpo e da mesma maneira ‘tomou o cálice … dizendo ‘Este cálice é a 
Nova Aliança no meu sangue’. Recordou ainda as palavras de Jesus aos Apóstolos, 
quando disse: fazei isto em memória de mim.
“Na Antiga Aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primí-
cias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas também recebem 
uma nova significação no contexto do Êxodo: os pães ázimos que Israel come 
todos os anos na Páscoa, comemoram a pressa da partida libertadora do Egip-
to; a lembrança do maná do deserto recordará sempre a Israel que é do pão da 
Palavra de Deus que ele vive (166). Finalmente, o pão de cada dia é o fruto da 
terra prometida, penhor da fidelidade de Deus às suas promessas. O «cálice de 
bênção» (1 Cor 10, 16), no fim da ceia pascal dos judeus, acrescenta à alegria 
festiva do vinho uma dimensão escatológica – a da expectativa messiânica 
do restabelecimento de Jerusalém. Jesus instituiu a sua Eucaristia dando um 
sentido novo e definitivo à bênção do pão e do cálice”. 
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (par. 1335).
O Culto no Antigo Testamento e no Novo Testamento 
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As primeiras descrições da Igreja no Novo Testamento são marcadamente euca-
rísticas. Mostram-nos a Igreja realizando o mandamento de Jesus na Última Ceia, 
conforme os textos de At 2, 42 = “perseverantes na doutrina (ensinamento) dos 
apóstolos” e “na fração do pão”; At 20, 7-11 = sermão – fração do pão e Lc 24, 
25-32.35 = Proclamação da Palavra – fração do pão.
Jesus ensinou que a Eucaristia foi prenunciada no maná dado por Deus durante 
o êxodo do povo de Israel do Egito (cf. Jo 6, 49-51). Na verdade, muito antes da 
Última Ceia, Jesus já havia prefigurado a Eucaristia ao multiplicar os pães para ali-
mentar seu povo; ao mencionar cenas de banquetes em sua pregação e optando por 
nascer em uma cidade chamada Belém (em hebraico “a casa do pão”). E em uma 
prefiguração explícita e prolongada, detalhou a teologia de Sua presença Eucarística 
no famoso discurso do “Pão da Vida” (BÍBLIA, Jo 6, 26-58). “Eu sou o pão vivo 
que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou 
dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida” (BÍBLIA, Jo 6, 51). 
Sua carne é pão; Seu sangue é bebida. Isso corresponde diretamente às Suas pala-
vras sobre o pão e o vinho na Última Ceia: “Isto é o Meu corpo… Este é o cálice 
do Meu sangue” – a própria ação que Ele ordenou a seus Apóstolos para repetirem.
As primeiras celebrações eucarísticas respeitaram a seguinte estrutura em duas partes: 
leitura do ‘ensino dos apóstolos’ seguida pela fração do pão. Então, na descrição mais 
antiga da vida da Igreja, vemos Palavra e Sacramento, Bíblia e Liturgia unidos. São 
Lucas nos diz que, ao ressuscitar, Jesus se 
encontrou com dois discípulos no cami-
nho de Emaús (cf. Lc 24, 13-35). Primeiro 
Jesus ‘proclama’ as Escrituras, ensinando 
como o Antigo Testamento se cumpre no 
Novo Testamento realizado no Seu san-
gue. Depois Jesus oferece ação de graças 
por esta aliança no partir do pão. Desde 
aquela noite, os cristãos se reúnem a cada 
domingo, o dia da ressurreição que nós 
conhecemos como o Dia do Senhor (At 
20, 7; Ap 1, 10). Nessa assembleia, abri-
mos as Escrituras e partimos o pão.
O CULTO SAGRADO
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A Eucaristia, sacramento da nossa salvação realizada por Cristo na cruz, é 
também um sacrifício de louvor em ação de graças pela obra da criação. No 
sacrifício eucarístico, toda a criação, amada por Deus, é apresentada ao Pai, 
através da morte e ressurreição de Cristo. Por Cristo, a Igreja pode oferecer o 
sacrifício de louvor em ação de graças por tudo o que Deus fez de bom, belo 
e justo, na criação e na humanidade. A Eucaristia é um sacrifício de ação de 
graças ao Pai, uma bênção pela qual a Igreja exprime o seu reconhecimento a 
Deus por todos os seus benefícios, por tudo o que Ele fez mediante a criação, 
a redenção e a santificação. Eucaristia significa, antes de mais, ação de graças.
A Eucaristia é também o sacrifício de louvor, pelo qual a Igreja canta a glória 
de Deus em nome de toda a criação. Este sacrifício de louvor só é possível 
através de Cristo: Ele une os fiéis à sua pessoa, ao seu louvor e à sua interces-
são, de maneira que o sacrifício de louvor ao Pai ë oferecido por Cristo e com 
Cristo, para ser aceite em Cristo.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (par. 1359 – 1361).
Se os cristãos celebram a Eucaristia desde as origens e sob uma forma que, 
na sua substância, não mudou através da grande diversidade dos tempos e 
das liturgias, é porque sabem que estão ligados pela ordem do Senhor, dada 
na véspera da sua

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