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DISTURBIOS DE PROLIFERAÇÃO E CRESCIMENTO CELULAR

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DISTÚRBIOS DE PROLIFERAÇÃO E CRESCIMENTO CELULAR
Proliferação e diferenciação celular:
Célula tronco que recebe estímulo, se for
um fator mitogênico, ela vai se dividir em
outra célula e recompor a quantidade de
células tronco daquele local. Dependendo
do estímulo que ela receber, ao invés dela
se proliferar, ela vai se diferenciar,
sofrendo um processo de maturação para
se tornar uma célula especializada.
O processo de diferenciação é um
processo no qual a célula percorre para
se transformar em uma célula madura
com capacidade de exercer função, como
por exemplo a hematopoiese.
Em adultos ela acontece na medula de
ossos longos, na medula temos a célula
tronco hematopoiética que dependendo
do estímulo que ela recebe, entra em
proliferação, se duplica e se transforma
nela mesma. Dependendo do estímulo
que ela receber, ela vai se diferenciar em
células circulatórias para exercer uma
determinada função, chamadas de células
maduras diferenciadas, a célula tronco é
imatura e indiferenciada.
Diferenciação: processo pelo qual a célula
percorre para conseguir exercer uma
função em um determinado órgão ou
tecido pelo processo de especialização
celular.
Se mantém ativa ->
Recebe sinais que esti-
mulam ela se dividir
Recebe sinais que esti-
mulan ela a se diferen-
ciar em uma determinada
célula
● A proliferação e a diferenciação
vão depender dos estímulos que a
célula está recebendo.
Proliferação X Apoptose:
Célula em equilíbrio que constantemente
está se dividindo a partir do estímulo, mas
que também sofre apoptose por já ter
exercido sua função, isso está em
equilíbrio em homeostase.
Quando o processo de proliferação e
diferenciação estiverem aumentados e a
apoptose normal ou diminuída, começa-se
a favorecer o processo de formação de
um tumor, uma neoplasia.
● A divisão e a morte celular
programada devem sempre estar
em equilíbrio.
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Estímulos e controle do ciclo celular:
Dependendo do estímulo que a célula
recebe, ela começa a tentar se adaptar ao
estímulo recebido. A partir do momento
que ela se prolifera mais do que deveria,
a probabilidade de se ter um erro é
grande. Ela começa a se proliferar e até
um momento os danos são reversíveis,
porém se os estímulos forem fortes e a
célula começar a perder o controle da sua
divisão, vai chegar um momento que eles
serão irreversíveis.
A partir do momento que se tem uma
proliferação anormal de células temos
uma neoplasia/tumor. Que podem ser
classificados de duas formas:
Benigno: mesmo tendo alterações eles
continuam bem diferenciados
(semelhantes ao tecido normal),
crescimento progressivo, mitoses
normais, massa bem delimitada e quase
não há possibilidade de metástase.
Maligno: formado por células anaplásicas
(diferentes do tecido original, atípicas e
indiferenciadas, crescimento rápido,
mitoses anormais e numerosas, massa
pouco delimitada, infiltra em tecidos
adjacentes e há possibilidade de
metástase.
Câncer: é o resultado do acúmulo de
lesões (mutações) no material genético
das células, que induz o processo de
crescimento, reprodução e dispersão
anormal das células (metástase).
Mutações são alterações que acontecem
no material genético e podem ser
espontâneas ou induzidas por agentes
Uma única mutação não é suficiente para
causar a doença, e sim um conjunto.
Processo carcinogênico:
DISTÚRBIOS DE PROLIFERAÇÃO E CRESCIMENTO CELULAR
● Conjunto de células que podem
sofrer uma mutação, se
proliferando no tecido ainda sem
alterações, mas sofre outras
mutações. A partir desse momento
ela começa a perder sua
organização e seu controle na
proliferação, se tornando cada vez
mais agressiva. A partir disso as
células com alterações são
selecionadas por terem uma
capacidade proliferativa maior do
que a que sofreu a primeira
alteração.
Genes alvos:
● Proto-oncogenes
● Genes supressores de tumor
A proliferação celular é controlada por
fatores que estimulam a proliferação e
fatores antiproliferativos. Os proliferativos
são os fatores de crescimento e os
proto-oncogenes. Os proto-oncogenes
estimulam o crescimento e a proliferação
celular. Os genes supressores de tumor
inibem o crescimento da célula quando
detectam algum dano.
Na carcinogênese quero mutar os
proto-oncogenes, a partir disso eles são
ativados e denominados oncogenes,
estando superestimulados facilitando a
transformação maligna e quero mutar os
genes supressores de tumor inativando
eles.
Funcionamento da célula carcinogênica:
muta proto-oncogenes para estimular a
proliferação e muta os genes supressores
de tumor para que eles percam suas
funções e não bloqueiem o ciclo celular,
para que a célula perpetue o erro e
consiga autossuficiência para sua
sobrevivência.
Oncogenes: é a forma mutada dos
proto-oncogenes.
● Tem mutação dominante; a
alteração em um dos alelos já é
capaz de transformar o
proto-oncogene em oncogene e
estimular a proliferação.
Genes supressores de tumor: tem como
função inibir a proliferação celular.
● Para eles perderem sua função,
ambos os alelos devem estar
alterados.
A principal molécula envolvida nas
alterações é a p53, ela perde todas as
suas funções de controle e começa a
fazer com que os danos progridam e se
proliferam de forma anormal, fazendo com
que a célula tenha uma capacidade de
invasão/metastática pois ela sofre erros
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que não são mais verificados nos pontos
de checagem.
O processo de carcinogênese é
progressivo, ou seja, a partir do momento
que as células normais começam a perder
a regulação sofrendo mutações, ele
começa a levar ao processo de
carcinogênese e cada vez mais
acumulando mutações, mais agressivo é
o tumor e com maior capacidade de
invasão.
Metástase:
● ligada a capacidade da célula de
proliferação anormal;
● romper a membrana;
● degradar matriz extracelular;
● entrar na corrente circulatória;
● conseguir se proliferar em outra
região distante do tumor primário.
Para os tumores conseguirem essa
capacidade de invasão e proliferação,
eles têm mais necessidade de glicose do
que células normais, eles começam a
produzir lactato com concentração maior
do que outras células.
Transformação celular da célula
carcinogênica:
● menor interação célula-célula e
célula-matriz (fica autossuficiente
para invadir os tecidos);
● menor dependência a fatores de
crescimento;
● secreção de proteases (para
favorecer sua invasão);
● angiogênese aumentada (novos
vasos criados para irrigar os
tecidos);
● diferenciação diminuída (célula
especializada -> célula
indiferenciada);
● apoptose diminuída
Terapias para controle do ciclo celular:
Hormonioterapia: acontece inibindo as
ciclinas com as cdks. Inibindo a ciclina D
de se ligar no cdk 4/6, isso está inibindo o
início do ciclo celular. Independente do
fator externo, nessa terapia, o ciclo celular
será diminuído.
Translocação na LMC: ocorre entre os
cromossomos 9 e 22, e é chamado de
cromossomo filadélfia, nele possui um
oncogene. Esse oncogene estimula a
diferenciação das células e causa a
leucemia. Existe o tratamento que inibe
essa proliferação, no qual o oncogene
que fica constantemente ativado será
inibido pelo gleevec, diminuindo a
proliferação.
DISTÚRBIOS DE PROLIFERAÇÃO E CRESCIMENTO CELULAR
Inibição da via Ras: diferentes drogas que
atuam em diferentes pontos.

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