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capitulo-02 Armazenagem e movimentação de terminais

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Armazenagem e 
Movimentação 
de Terminais
Projetando um Armazém
Desenvolvimento do material
Júlio César de Souza Loureiro
1ª Edição
Copyright © 2020, Afya.
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, 
mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia 
autorização, por escrito, da Afya.
Sumário
Projetando um Armazém
Para início de conversa... ..................................................................... 3
Objetivo ........................................................................................... 3
1. Localização do Armazém (Níveis de Decisão Envolvidos, 
Proximidade das Fontes de Matérias-Primas e Fornecedores, 
Proximidade dos Consumidores, Facilidades de Acesso) ............. 4
2. O Layout do Armazém (Objetivos, Utilização Cúbica, Estruturas 
Administrativas, Docas, Câmaras Frias, Frigoríficas e Outras de 
Apoio à Operação, Estudos de Layout) .......................................... 7
3. Decisões de Layout do Armazém ................................................... 16
Referências: .......................................................................................... 18
Armazenagem e Movimentação de Terminais 2
Objetivo
Avaliar a localização de um armazém, considerando o layout e as 
decisões que impactam a sua escolha.
Para início de conversa...
O objetivo desta segunda Unidade de Aprendizagem é avaliar a 
localização de um armazém, considerando o layout e as decisões que 
impactam a sua escolha. 
Para isso, estudaremos os aspectos que envolvem a localização do 
armazém, considerando os níveis de decisão envolvidos, proximidade 
das fontes de matérias-primas e fornecedores, proximidade dos 
consumidores, facilidades de acesso, entre outros elementos.
Conheceremos a composição do layout de um armazém, ou seja, os seus 
objetivos, utilização cúbica, principais estruturas envolvidas, tais como 
as administrativas, docas, câmaras frias, frigorificadas e outras de apoio 
à operação. Veremos, ainda, alguns aspectos relacionados aos estudos de 
layout.
Por fim, reuniremos as principais decisões que um gestor deverá tomar 
diante da elaboração do projeto de layout do armazém, seja ele uma 
estrutura completamente nova, uma adequação de uma instalação 
já existente ou uma expansão desta, que será aproveitada por meio 
de reformas para acomodar a nova realidade operacional que será ali 
executada.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 3
1. Localização do Armazém (Níveis de Decisão 
Envolvidos, Proximidade das Fontes de 
Matérias-Primas e Fornecedores, Proximidade 
dos Consumidores, Facilidades de Acesso)
A decisão quanto à escolha de localização de um armazém ou de 
qualquer facilidade logística deve ser criteriosa, dispensando impulsos 
e decisões ocasionais. Geralmente são estruturas de médio e grande 
porte que trarão inúmeras dificuldades de mudanças das instalações 
e permitirão o acesso de veículos de maior porte e capacidade ou até 
mesmo expansões e ampliações quando do aumento do volume.
Para Dias (2018), existem três formas básicas de estocagem utilizadas 
por fábricas ou manufaturas que transformam as matérias-primas em 
produtos acabados e orientam a tomada de decisão relacionada à 
escolha da localização do armazém:
a. Estocagem de matéria-prima: apesar da existência de certas matérias-
primas que, em função de sua natureza e propriedades, podem ser 
armazenadas ao tempo, sem proteção específica, a estratégia mais 
comumente observada é a de estocagem interna, protegida das 
intempéries. Podemos citar como exemplos a estocagem da madeira 
na indústria do papel, dos lingotes na laminação do alumínio e do aço, 
e diversas outras indústrias de processamento de produtos químicos.
b. Estocagem intermediária: trata-se de estocar os materiais que já 
passaram por transformação ou foram submetidos a algum tipo de 
processamento de forma parcial ou total para, então, seguir para a 
próxima etapa da produção. Como exemplos, temos a produção de 
motores em uma planta automotiva, que aguardam o momento de 
serem aplicados nos automóveis.
c. Estocagem de produtos acabados: feita para atender ao usuário, 
cliente ou consumidor, seja para os produtos de entrega imediata 
(produção empurrada), seja para o caso de encomendas sob pedido 
(produção puxada). Um caso que ilustra essa situação é a das 
estruturas que armazenam geladeiras prontas para serem enviadas 
aos clientes dispostos e interessados em adquiri-las.
A produção empurrada pode ser melhor compreendida como aquela 
observada nos alimentos de consumo de massa, como arroz, feijão e 
laticínios, pois ela utiliza a previsão da demanda futura para providenciar 
os seus itens fabricados. Por outro lado, a produção puxada é aquela 
comumente observada em itens com elevado grau de personalização 
ou de alto valor agregado, como veículos, servidores de tecnologia da 
informação ou aeronaves, feitos sob encomenda e com especificações 
muito rigorosas, conforme as exigências de cada cliente.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 4
A seguir, apresentaremos considerações importantes sobre cada 
uma das situações elencadas anteriormente, as quais impactam 
a escolha do local da armazenagem, apresentando as respectivas 
vantagens e desvantagens:
 ▪ A escolha entre a centralização de toda a matéria-prima ou seu 
armazenamento junto ao ponto de utilização (fábrica) passa a ser 
considerada a partir da observação das vantagens de cada um 
desses critérios, pois, ao ser centralizada, facilita o planejamento 
da produção. Essa medida agiliza e auxilia o controle de inventário 
e manutenção por parte de um pessoal especializado, que ficará 
concentrado em um só ponto da fábrica (almoxarifado). A decisão 
pela centralização permite dispensar um melhor controle sobre 
as peças ou produtos defeituosos, tornando o ato de rejeição 
mais simples.
 ▪ Já a armazenagem da matéria-prima, sendo realizada de forma 
descentralizada, espalhada ao longo das linhas de produção, 
favorece a prática de rotinas de inventário mais rápidas, com 
auxílio de recursos visuais (como o quadro Kanban), e, por estar 
localizada junto aos pontos de utilização, reduz os impactos 
causados por atrasos e enganos no envio de materiais a outros 
locais que não sejam o de utilização. O trabalho burocrático de 
preenchimento de documentos e de atualização dos controles é 
reduzido com essa opção (apesar de continuar existindo).
 ▪ Quando a armazenagem é centralizada, tanto para o caso de 
matérias-primas quanto para produtos semiacabados, é comum 
o emprego em maior proporção de veículos transportadores com 
carga completa por causa do volume movimentado. Já o processo 
de descentralização, por lidar com volumes menores, passa a exigir 
o uso de frações menores, com paletes ou caixas, que podem ser 
apoiados por racks, ou de prateleiras, pois serão dispostos juntos ou 
próximos das estações de trabalho.
 ▪ Por fim, para a armazenagem de produtos acabados padronizados, 
o desejável é que se situe próximo ao local de expedição. Por sua 
vez, para o atendimento de pedidos especiais, variáveis de cliente 
a cliente, isto é, os chamados personalizados ou customizados, 
a localização passa a ter importância secundária, buscando, 
preferencialmente, a proximidade dos mercados aos quais se 
detina, isso porque, para atender a essa demanda cada vez maior, as 
empresas optam pela postergação da montagem final ou fazem o 
processamento da fabricação por demanda puxada, de acordo com 
os requisitos do cliente.
 ▪ Se o produto acabado é destinado à manutenção interna da fábrica ou 
da própria estrutura logística, equipamentos de escritório, entre outras 
tarefas, o sistema centralizado é o mais indicado. Considerando uma 
empresa de grande porte, poderá ser estabelecida a subdivisão do 
estoque em áreas específicas, tais como manutenção elétrica, predial, 
hidráulica, material de expediente, de limpeza e conservação, etc.
Armazenagem e Movimentação de Terminais5
Caberá ao gestor a escolha do melhor sistema de estocagem. Ele 
deverá formular sua decisão contemplando aspectos como espaço 
disponível, o número de itens estocados, tipo de embalagem, velocidade 
de atendimento necessária, características de cada item armazenado, 
entre outros. Ao se iniciar um projeto de implantação ou modificação 
de um armazém, são ponderados os custos de armazenagem do novo 
sistema e as vantagens adquiridas em termos de tempo e custo, nível 
de automação e participação de recursos tecnológicos. Deve-se observar 
os princípios fundamentais do sistema de estocagem, que são os de 
conservar e retirar ou acrescentar um material a qualquer momento.
Quando ampliamos a visão da localização dos pontos de estocagem e o 
colocamos na perspectiva de uma cadeia de suprimentos, perceberemos 
que quanto maior for o valor agregado do material em estoque, maior 
será a tendência para a centralização e eliminação de estoques de 
segurança ao longo da cadeia, pois haverá uma forte tendência à 
obsolescência a partir da sua descentralização, bem como de se justificar 
ter e manter diversos estoques distribuídos em vários locais.
O estágio da cadeia de suprimentos no qual se dá a sua localização 
também pode ser caracterizado por diferentes atributos, tais como: 
visibilidade da demanda; tempo de resposta dos elos; se ele está voltado 
para a operação, para a manutenção das instalações ou para a produção; 
e se os estoques serão utilizados na distribuição.
As facilidades de acesso 
envolvem não apenas a 
proximidade das fontes 
de matérias-primas 
ou dos mercados a 
que se destinam os 
produtos acabados, 
mas passam, também, 
pela proximidade de 
rodovias, ferrovias, 
portos, dutos, aeroportos 
e facilidades logísticas, 
conforme cada caso. 
Uma siderúrgica deve 
possuir proximidade de 
linhas férreas para receber 
os minérios e enviar os seus 
produtos acabados por meio de vias 
de acesso que permitam o fluxo 
de veículos, como carretas para 
entrega das chapas ou bobinas 
produzidas, com destino às 
fábricas que as utilizarem.
Figura 1: Silos que funcionam como armazéns 
de milho (grãos) ao lado de uma fábrica de 
ração animal, com facilidade de acesso por 
rodovia e ferrovia. Fonte: Dreamstime.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 6
Pouco ou nada adiantaria instalar uma fábrica em um local de difícil 
circulação de veículos, tanto para a realização das entregas de matérias-
primas quanto para a disponibilização de insumos, componentes, 
conjuntos ou subconjuntos destinados à montagem, por mais 
interessantes que fossem as condições de aquisição do terreno ou de 
construção em terreno alugado para essa finalidade. 
Outros pontos a serem considerados na localização do armazém são:
 ▪ Presença de pedágios: pode ser que existam vias em um raio próximo 
que não sejam pedagiadas; essa análise tornará a operação mais 
competitiva à medida que custos adicionais possam ser evitados.
 ▪ Pontos de retorno na via: existem terrenos em excelentes condições 
para venda, mas cujos retornos nas vias se dão muitos quilômetros 
à frente. Se você precisar dele, terá de acrescentar na viagem o 
deslocamento, que pode ser evitado ao se observar esse aspecto.
 ▪ Características do terreno: os terrenos mais indicados para a 
edificação são aqueles que apresentam baixo risco de alagamentos 
ou inundações, planos e que estão situados em municípios capazes 
de possibilitar a construção conforme a natureza do projeto. Terrenos 
acidentados ou com risco de sofrer impactos naturais demandam 
investimentos mais robustos para adequação.
 ▪ Grau de urbanização do entorno: locais muito urbanizados tendem 
a obrigar que instalações industriais e comerciais cumpram a lei 
do silêncio, eliminando a possibilidade de operação noturna ou 
tornando-a limitada. Diante disso, é necessário dispor de altos 
investimentos para reduzir os sons produzidos.
2. O Layout do Armazém (Objetivos, Utilização 
Cúbica, Estruturas Administrativas, Docas, 
Câmaras Frias, Frigoríficas e Outras de Apoio à 
Operação, Estudos de Layout)
Na visão de Dias (2015), ao se elaborar o layout (do inglês) ou leiaute 
(equivalente em português) de um armazém, que diz respeito à forma 
de distribuição de elementos em um espaço, espera-se atingir alguns 
objetivos. Ao se implantar um depósito, tem-se a oportunidade 
de desenhá-lo de forma a contemplar as atividades que ali serão 
desempenhadas, o que sugere a tomada de decisões relacionadas à 
escolha do local, projeto escolhido para a sua construção, localização 
de equipamentos e estações de trabalho, seleção do equipamento de 
transporte e movimentação, estocagem, expedição, número e quantidade 
de docas e dezenas de outros detalhes que envolvem desde a topografia 
do terreno até a presença ou não de janelas, pois sabe-se que quanto 
maior forem os pontos de contato com o meio externo, maiores serão as 
necessidades de controle para prevenção de furtos e desvios.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 7
No projeto citado, o nível de serviço que se espera prestar e os itens a 
serem estocados são os parâmetros em torno dos quais os profissionais 
especializados na elaboração de layout montarão suas propostas, 
visando cercar o projeto em curso com as condições ideais de operação, 
maximizando o seu rendimento com o mínimo de recursos. Mas como o 
ótimo é inimigo do bom, podem ocorrer situações ajustadas ao modelo, 
processos e equipamentos já em uso. Nesse caso, são executados estudos 
para um layout de adaptação ao existente.
Figura 2: Docas de carga e descarga de produtos, visão 
externa e interna. Fonte: Dreamstime.
As docas podem ser perpendiculares em relação ao armazém, permitindo 
a carga e descarga com os veículos alinhados pela porta traseira com o 
edifício, como no exemplo trazido pela Figura 3, a seguir, ou inclinadas, 
formando um ângulo menor que os 90º da situação anterior, desenhadas 
para locais com espaço limitado para manobras, onde o veículo encosta 
em docas que formam ângulos menores, como no exemplo com 45º.
Docas de 90o Docas de 45o
Plataforma
b
a
Maior número de 
docas por metro 
linear de construção, 
maior demanda de 
área de manobra.
b
Carretas
Plataforma
Carretas
Menor número de 
docas por metro 
linear de construção, 
menor demanda de 
área de manobra.
Figura 3: Tipos de docas de carga e descarga. Fonte: Adaptada de SCM Concept. 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 8
Essas estruturas podem ter dispositivos niveladores que se adequam à 
altura dos veículos, facilitando o acesso de empilhadeiras ou paleteiras 
para carga e descarga, conforme ilustra a Figura 4, a seguir:
Figura 4: Empilhadeira acessando o interior de um veículo de carga, graças ao 
nivelamento do piso entre o depósito e o caminhão, patrocinado pela doca niveladora. 
Fonte: SCM Concept.
Para acesso às câmaras frias (estruturas especializadas de armazenagem 
que mantêm a temperatura baixa e controlada), as docas são adaptadas 
com estruturas que minimizam a perda de temperatura, auxiliando na 
redução do consumo de energia e contribuindo para a conservação da 
temperatura indicada para os produtos ali alocados.
As câmaras frigoríficas são estruturas desenvolvidas para permitir 
o armazenamento refrigerado, segundo as propriedades específicas 
de cada produto. Um paralelo pode ser observado em uma geladeira 
doméstica: os FLV (frutas, legumes e vegetais) são colocados na gaveta, 
que normalmente fica na parte inferior do compartimento maior, demais 
produtos, como laticínios, bebidas, ovos e alimentos preparados que serão 
consumidos em breve, são guardados nas prateleiras de cima, e proteínas 
animais, alimentos congelados e gelo, no freezer do equipamento.
O mesmo se dá em equipamentos maiores dentro dos armazéns. 
Geralmente utilizam-se dois padrões de armazenamento: a câmara fria 
de resfriados e a câmara fria de congelados. A temperatura é o fator 
que as diferencia; na primeira, a temperatura varia de 0°C a + 18°C, e na 
última a temperatura internaassume temperaturas inferiores a 0°C.
Cada atividade desenvolvida dentro e fora do depósito apresenta 
fluxogramas típicos, o que não quer dizer que eles permaneçam estáticos 
ao longo dos anos. Novos procedimentos ou equipamentos podem tornar 
ultrapassados e obsoletos quaisquer materiais, equipamentos, etapas e 
funções que eram perfeitamente adequados para as condições vigentes 
na época de implantação, mas que, em função das atualizações, devem 
sofrer ajustes no layout, influenciando a dinâmica do depósito.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 9
Em muitos casos, são incluídas no projeto inicial previsões sobre 
futuras expansões ou até mesmo sobre atualização ou incorporação 
de tecnologias ainda incipientes na fase de projeto, mas que poderão 
promover avanços expressivos, quando passarem a ser difundidas 
e implementadas nas empresas. A não observância desse detalhe 
demandará a busca de espaços e ampliações, caso não tenham sido 
previstas. Um excelente exemplo se dá na indústria alimentícia, visto 
que, por causa do mercado altamente competitivo, ela promove 
lançamentos periódicos de produtos, apresentando novidades 
relacionadas à embalagem, forma de apresentação e região onde 
os itens serão comercializados. Tal condição pode requerer grandes 
alterações nas operações de um depósito, como a circulação de 
um maior número de equipamentos e de pessoal. Logo, além da 
instalação inicial, todas as possíveis ampliações e modificações são 
registradas e indicadas pelo layout.
Em uma visão resumida, o layout pode ser entendido como a 
combinação de pessoas, materiais e máquinas sob um arranjo, 
considerando a integração e fluidez dos materiais, movimentação e 
funcionamento dos meios e equipamentos de deslocamento, os quais 
devem atuar adequadamente e em sincronia para promover uma 
produtividade maior das pessoas que ali trabalham, tudo isso para 
proporcionar a excelência na armazenagem de determinado produto 
em conformidade com o máximo possível de economia e rendimento.
Segundo Nogueira (2018), os modernos armazéns são bem diferentes 
dos que existiam há trinta anos, pois o papel estratégico e o propósito da 
armazenagem vêm sofrendo mudanças nos últimos anos por influência 
da crescente velocidade e necessidade de disponibilização de produtos 
em curto espaço de tempo.
A armazenagem depende de um bom layout, com grande acessibilidade 
e circulação dos equipamentos de movimentação aos produtos e fluidez 
do fluxo de materiais. Deve contar, ainda, com a eficiência da mão de 
obra, segurança do pessoal e do armazém.
O prédio que abriga as instalações industriais deve fazer parte dos 
estudos e projetos de layout, uma vez que essa estrutura atuará em 
parceria com o armazém, visto que a sua forma, espaço disponível, 
aspectos de estruturas e localização, analisados antecipadamente para 
a escolha do local, podem anular ou abafar a solução ideal que deveria 
ser adotada para a edificação do armazém demandado. Tal fenômeno se 
observa com maior frequência em estruturas e edificações já existentes.
Ao se debruçarem sobre a realização de estudos e projetos de 
adequação de instalações existentes para o uso final esperado, as 
empresas podem optar por montar equipes especializadas para a 
realização de tais atividades ou contratar escritórios especializados na 
elaboração e execução do projeto. O recomendado é que os gestores 
da área de materiais e logística façam o acompanhamento e participem 
de reuniões e tomadas de decisão quanto ao que se pretende modificar, 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 10
adequar. Encerradas as obras de adequação, a logística cuidará do 
espaço, então é justo que ela tenha uma participação efetiva desde 
as reuniões de alinhamento iniciais. 
Seguem as possíveis situações que desencadeiam uma mudança 
de layout:
 ▪ Modificação de um produto – mercados muito competitivos exigem, 
por vezes, atualizações e modificações periódicas dos produtos que 
acabam trazendo impactos nos recursos disponíveis (equipamentos, 
mão de obra e espaço físico).
 ▪ Lançamentos de novos produtos – o desenvolvimento de um novo 
produto, ou mesmo a descontinuidade na produção de um produto da 
carteira de vendas, produz alterações na estrutura de armazenagem; o 
novo layout deve ser providenciado em paralelo com o planejamento 
do processo de fabricação do novo membro do portfólio.
 ▪ Variação na demanda – um aumento ou uma redução das vendas ou 
produção que demande estudos de capacidade ociosa, obsolescência 
iminente do produto, mudança de perfil de consumo dos clientes são 
condições que justificam adequações de layout.
 ▪ Obsolescência das instalações – procedimentos, linhas de separação, 
equipamentos e até mesmo a edificação podem se tornar um 
obstáculo na armazenagem de determinado produto. O problema 
do equipamento é o que menos afeta o layout nesses casos. A 
obsolescência de um processo exige, por outro lado, modificações 
sensíveis, ao passo que, no caso do prédio, o layout pode indicar a 
necessidade de ampliações horizontais ou verticais das instalações, 
com a construção de novo bloco ou até mesmo a mudança radical 
para um novo endereço.
 ▪ Ambiente de trabalho inadequado tanto para quem atua dentro da 
empresa quanto para o meio onde está inserida. Com a crescente 
urbanização, verificada nos últimos anos, o  layout  deve levar em 
conta as adequações necessárias para atenuar o efeito do ruído, 
das temperaturas anormais, presença de agentes agressivos, a 
adequação às normas ambientais de uso da água, possibilidade de 
aproveitamento dos ventos (ventilação cruzada) e da luz solar durante 
o dia (redução do consumo de energia para iluminar a operação) e de 
outros fatores que possam contribuir para o rendimento do trabalho. 
Ainda fazem parte desse agrupamento os estudos e a disposição das 
estações de trabalho, acesso a materiais e ferramental.
 ▪ Índice elevado de acidentes – fazem parte dos estudos de  layout  a 
localização de instalações que possam atender em caráter de 
emergência os operários que entram em contato com produtos 
químicos altamente corrosivos (para instalação de equipamentos de 
proteção coletiva, como o lava-olhos), o isolamento ou confinamento 
de certos locais de trabalho, previsão de mecanismos de contenção 
de vazamento ou de direcionamento de fluxos de pressão, como o 
observado em operações com riscos de explosões. Compreende, 
também, o dimensionamento e a demarcação de corredores, passagens, 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 11
portas antipânico, áreas de tráfego e de manobra de veículos, entre 
outras medidas, objetivando não apenas a proteção, mas também um 
eventual atendimento de emergência de acidentados.
 ▪ Mudança na localização do mercado consumidor – é um problema 
que, não tendo influência direta, age como reflexo no layout, já 
que a necessidade na relocação de um depósito envolve um novo 
estudo de layout.
 ▪ Redução de custos – um melhor aproveitamento da edificação da 
mão de obra e dos equipamentos e produtos de um layout adequado 
traz consigo uma redução nos custos não só de estocagem, mas 
também de manutenção.
Como observado, existem muitos fatores a serem considerados no 
projeto de um armazém. Inicialmente, deve-se determinar o nível de 
flexibilidade desejado, com base no propósito da instalação. Se esse 
objetivo for uma instalação para estocar itens raramente utilizados, 
então provavelmente não será necessária uma resposta rápida. Se 
for um armazém no qual grandes cargas precisam ser rapidamente 
movimentadas para dentro e para fora da instalação, a flexibilidade 
é imperativa. Esses tipos de armazém incluem produtos acabados, 
cross-docking (que significa “atravessar docas”, ou seja, o produto 
é recebido em um CD e despachado para entrega – conforme cada 
região atendida, rumo aos clientes, sem transitar pelos estoques) e 
suporte à manufatura.
O CD automatizado da Natura em São Paulo é um ótimo exemplo, pois 
a agilidade na carga e descarga com equipamentos automatizadosrepresenta um diferencial no layout de um armazém. 
Com uma área construída de 35.000m² e capacidade de armazenar 3 
milhões e 600 mil caixas, o HUB recebe por dia cerca de 20 carretas 
provenientes de suas fábricas próprias e terceirizadas.
Quando os paletes chegam, passam por uma estação de controle que 
verifica, por meio de sensores, se o palete e a unidade de carga estão 
em perfeitas condições para serem armazenados.
Após essa checagem, os paletes são direcionados para o armazém 
vertical. Esse armazém tem uma capacidade de 90.000 posições de 
armazenagem e é equipado com 13 transelevadores, que além de 
movimentarem os paletes de forma completamente automática, 
garantem uma elevada eficiência energética do processo.
Uma vez que os paletes são retirados do armazém vertical, eles 
podem ir tanto para a área de expedição quanto para a área de 
despaletização, dependendo da quantidade solicitada pelos Centros 
de Distribuição.
Quando o palete é despaletizado, as caixas são enviadas para o 
inovador sistema navette, que armazena e organiza os mais de 1.000 
produtos diferentes da Natura, permitindo a montagem robotizada de 
paletes mistos, contendo os produtos e quantidades exatas solicitadas.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 12
Voltando às etapas do planejamento, após definido o objetivo da estrutura 
em estudo, passa-se à fase de seleção dos equipamentos de armazenagem 
(porta-paletes, estantes, etc.) e, em seguida, aos de movimentação 
(empilhadeiras, transelevadores, etc.), visando assegurar que eles 
contemplarão todas as necessidades previstas e futuras, com margem de 
flexibilidade. Segundo Christopher (2018), devemos considerar os seguintes 
atributos do estoque:
 ▪ Tamanho, forma e peso dos itens e cargas a serem movimentados.
 ▪ Quantidades de reabastecimento.
 ▪ Nível de atividade de cada SKU (Stock Keeping Unit).
 ▪ Quantidade recebida e expedida por carga.
 ▪ Necessidades especiais de acesso aos contenedores (tipo de suporte 
para a manipulação e armazenagem da mercadoria com o qual se forma 
uma unidade de carga. Podem ser caixas, gradis, racks, entre outros 
equipamentos).
 ▪ Necessidade especiais de movimentação e estocagem de materiais 
(por exemplo: gases e líquidos, materiais que oferecem riscos quando 
manuseados de maneira incorreta).
 ▪ Estocagem e movimentação.
O sistema mais utilizado para a realização de tais levantamentos é baseado 
na curva ABC. Limitar o número de categorias pode aumentar a flexibilidade, 
permitindo que diversos SKU sejam estocados em locais diferentes.
No fim do século XIX, o italiano e economista sócio-político Vilfredo 
Pareto observou que havia uma distribuição desigual de riqueza e 
poder na população total. Ele calculou matematicamente que 80% da 
riqueza estava nas mãos de 20% da população. Desses seus estudos 
surgiu a curva ABC, ferramenta muito utilizada para a identificação e 
classificação dos estoques.
Para Nogueira (2018), na escolha das estruturas de armazenagem, 
deve-se dar preferência para equipamentos de estocagem com 
aberturas (vãos livres) e que permitam o uso de contenedores de 
diversos tamanhos.
Inicie escolhendo os equipamentos para estocagem de itens maiores 
e siga até os menores. A opção mais popular de estocagem de cargas 
de grande porte é a clássica estrutura porta-paletes. As estruturas 
de estocagem determinarão os equipamentos de movimentação de 
materiais a serem utilizados no armazém, e não o oposto.
A maximização e a utilização efetiva da metragem quadrada e cúbica 
tornam a densidade de estocagem (ocupação) do armazém mensurável. 
Quanto maior a densidade ocupada, melhor.
Para estimar a densidade de estocagem, o Instituto de Movimentação 
e Armazenagem de Materiais (2013) ilustra o caso de um armazém 
que foi projetado para abrigar um estoque de 200 mil m³ (somatório 
de todos os itens que podem ser armazenados, em volume de itens: 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 13
base x lado x altura) e cuja área de estocagem total (incluindo os 
corredores e demais estruturas internas, como salas) seja 57 mil m². 
Nossa densidade de estocagem é dada pela divisão dos 200 mil m³ 
pelos 57 mil m², cujo resultado é 3,50 m³/ m². 
Se o pé direito, que é a altura livre 
para colocação de produtos 
nas estruturas, for de 8m, 
teremos uma densidade 
de 3,5 m³/m² na altura 
vertical de 8m. Outra 
forma de visualizar 
isso é imaginar que 
se todos os produtos 
(sem os paletes e 
corredores) fossem 
empilhados nos 57 
mil m², as mercadorias 
subiriam 3,5 m do piso.
A largura dos corredores 
está diretamente relacionada 
com o tipo de equipamentos de 
movimentação de cargas que 
serão escolhidos. 
Essa dependência está relacionada com o giro em torno do seu 
eixo, proporcionando um raio maior ou menor para sua realização. 
Esse raio deve ser relacionado com a largura do corredor para que 
ele possa realizar essa rotação de forma livre, sem esbarrar nas 
laterais das colunas e estantes. Independentemente da largura e do 
tipo de equipamento, recomenda-se a instalação de proteções nas 
bases das colunas dos porta-paletes, evitando-se esbarrões com os 
equipamentos de movimentação que poderiam, em caso de colisão, 
fazer colapsar a estrutura.
As modernas empilhadeiras elétricas, em função das suas 
características de construção, possuem um comprimento total 
reduzido, quando comparadas aos modelos de mesma capacidade 
com motores à combustão. Isso favorece as suas manobras em 
corredores mais estreitos, possibilitando que em um mesmo 
armazém sejam economizados centímetros valiosos em todos os 
corredores, liberando espaço para instalação de novas estruturas do 
tipo porta-paletes.
A padronização deve ser considerada para facilitar a manutenção e 
substituição de componentes, sejam eles ligados às estruturas de 
armazenagem ou aos equipamentos de movimentação.
Figura 5: Estruturas de armazenagem do tipo 
porta-paletes com destaque para a proteção 
citada. Fonte: Dreamstime. 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 14
A altura para colocação da última carga paletizada na estrutura 
de armazenagem depende da elevação máxima do garfo da 
empilhadeira, além da altura do pé-direito do armazém, presença 
de luminárias, equipamentos de ventilação, entre outros aspectos. 
Esses detalhes são vitais para não limitar a armazenagem em locais 
com restrição de acesso pela presença de obstáculos ou limitação 
de elevação da empilhadeira. A utilização de túneis de circulação 
entre as estruturas de armazenagem (um pouco superiores à 
altura para passagem de empilhadeiras), facilita a circulação dos 
equipamentos de movimentação de materiais de um corredor para 
o outro e permite a utilização do espaço acima que ficaria sem 
uso. Porém, deve-se atentar para a altura do maior equipamento de 
movimentação utilizado para que este não fique comprometido em 
relação à sua passagem.
As empilhadeiras possuem uma tabela de elevação que possibilita 
a movimentação de cargas mais pesadas. Quanto mais próximas as 
empilhadeiras estiverem do solo e à medida que as cargas são elevadas, 
a capacidade de elevação se torna menor pelo deslocamento do centro 
de gravidade total. O deslocamento deve ser feito com a carga próxima 
ao solo, ampliando a estabilidade do conjunto. A imagem a seguir ilustra 
em (1) a altura do equipamento e em (2) a altura livre, que deve ser 
preservada como margem de segurança.
1
2
Figura 6: Empilhadeira atravessando uma estrutura porta-palete por um túnel que possibilita o 
aproveitamento da parte superior para armazenagem. Fonte: Adaptado de Mecalux (2020).
O dimensionamento das estruturas, estantes e locais de estocagem de 
caixas, paletes ou contenedores dependerá das medidas e peso desses 
elementos. Além de todos esses detalhes, na elaboração de um layout 
de prédio já existente (reforma ou retrofit), será importante avaliar o 
estado geral das instalações do prédio, tipo de piso, presença de rede 
de prevenção de incêndio, rede elétrica capaz de atender ao quadro de 
consumo queserá ali instalado, encanamentos no piso ou tubulação no 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 15
teto, colunas, paredes (se possuem condições de suportar o aumento 
do pé direito, caso necessário), quantidade de portas e janelas (quanto 
maior o número, maiores as chances de furto), escadas, entre outros.
No que se refere ao piso, é importante verificar se o pavimento será 
capaz de suportar a instalação da estrutura de armazenagem escolhida. 
Ele deve ser plano e nivelado (eliminar possíveis trincas, buracos ou 
desníveis). Também é preciso observar se o piso do armazém possui 
estruturas construídas com paralelepípedos, bloquetes, lajotas, placas de 
rocha e piso asfáltico, pois geralmente ficam desnivelados e possuem 
baixa resistência para suportar os chumbadores das estruturas de 
armazenagem. O ideal é a utilização de piso monolítico de concreto 
armado com características mínimas de resistência a esforços verticais, 
conforme o projeto estabelecido.
Quanto ao desenho e número dos corredores, eles funcionam como 
as veias e artérias do nosso sistema circulatório, pois permitirão a 
movimentação dos equipamentos com cargas da área de recebimento até 
a de armazenagem, e desta até a expedição. Quanto maior a quantidade 
de corredores, menor o espaço disponível para armazenar. Basicamente 
são definidos e dimensionados um corredor central de mão dupla e 
corredores perpendiculares ou não de acesso às estruturas. A largura 
dependerá dos equipamentos de movimentação escolhidos. Nenhuma 
estrutura deverá estar encostada nas paredes. Logo, deve-se atentar para 
o recuo previsto a fim de possibilitar a manutenção da parte de trás 
das estruturas, caso seja necessário. Todas as passagens são projetadas 
em conformidade com os equipamentos de movimentação, operações de 
manuseio, cargas e descargas.
Também é válido considerar locais livres para guardar os equipamentos, 
operações gerais, separação de mercadorias, embarque e desembarque, 
quarentenas.
3. Decisões de Layout do Armazém
Como observado, são muitas as decisões que permeiam o projeto de um 
armazém, envolvendo desde a análise do tipo de piso até a configuração 
dos corredores e equipamentos que ali irão circular. Um bom projeto 
deve analisar diversas disciplinas ligadas ao assunto, maximizando 
o retorno que será feito, seja na aquisição e construção ou na mera 
adequação de uma estrutura existente.
Para tais casos, quando se tratar da adequação de algo previamente 
construído, o recomendado é ponderar quanto à meta a ser atingida 
pela empresa e aos fatores que influenciam o fluxo das atividades que 
serão desenvolvidas na estrutura existente, isto é, o futuro armazém, o 
qual, após as adequações, passará a ter o logístico considerado. Dessa 
forma, pode-se buscar a minimização da movimentação interna, a 
redução do custo de estocagem ou, ainda, a maximização da estocagem, 
independentemente do quanto isso vai representar para o orçamento da 
organização, visando sazonalidades ou fluxos diferenciados de vendas, 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 16
como no caso do álcool em gel ou álcool a 70% observado durante a 
pandemia de Covid-19 no início de 2020.
Figura 7: Armazém recém-construído com piso em cimento e estruturas do tipo porta-palete. 
Fonte: Dreamstime.
Ao se pensar na proposição de quaisquer dos pontos listados 
anteriormente para a execução de um novo projeto ou para a adequação 
de uma estrutura existente, deve-se ter em mente que a operação 
com o novo layout deve contemplar soluções que sejam operadas 
preferencialmente a um custo menor do que o existente, para que haja 
vantagem econômica na mudança. Caso contrário, deve-se pensar na 
manutenção do modelo existente. Se as decisões forem tomadas com 
base nesse princípio, lembrando-se de que as opções viáveis são poucas 
e precisam ser comparadas racionalmente, deve-se evitar a escolha de 
ideias preconcebidas ou de preferências subjetivas.
E, por fim, destacamos algumas preocupações dos gestores no 
momento de discutir o projeto de reforma de uma instalação já 
existente para um rearranjo, visando à melhoria da circulação de 
materiais e ao ganho de espaço:
 ▪ Procurar as plantas dos edifícios e das utilidades ou, se não for 
possível encontrá-las, refazê-las.
 ▪ Traçar os fluxos dos produtos mais importantes.
 ▪ Rever a política de abastecimento de matérias-primas, a fim de tentar 
reduzir os estoques e ganhar espaço no armazém.
 ▪ Rever a política de armazenamento de produtos acabados, a fim de 
tentar reduzir os estoques desses itens e ganhar espaço na expedição.
 ▪ Tentar ganhar espaço vertical, principalmente nos depósitos de 
matérias-primas, materiais auxiliares, produtos semiacabados e 
acabados, procurando empilhá-los ao máximo.
 ▪ Alugar depósitos auxiliares para estocar matérias-primas e produtos 
acabados.
 ▪ Enterrar os tanques de óleo combustível, solventes e demais líquidos.
 ▪ Colocar motores, ventiladores, transformadores e outros acessórios 
sobre estrados sob os quais sobre uma área de circulação, 
especialmente nos corredores entre prédios.
 ▪ Colocar os motores debaixo das máquinas, quando possível.
 ▪ Colocar escritórios de supervisores e instalações sanitárias em 
Armazenagem e Movimentação de Terminais 17
mezaninos, aproveitando a área útil por baixo deles. Construir 
jiraus para estocagem.
 ▪ Remover todo o lixo, material inservível, máquinas obsoletas 
ou reduzir o espaço ocupado pelo lixo ao mínimo (por exemplo, 
prensando aparas de papel). Aqui, a aplicação da ferramenta da 
qualidade 5S poderá ser de grande utilidade.
 ▪ Incorporar melhorias que possam ser usadas posteriormente numa 
fábrica nova (como as prateleiras metálicas nos almoxarifados, 
mais fáceis de desmontar do que as equivalentes confeccionadas 
em madeira).
Como pôde ser observado ao longo dessa Unidade de Aprendizagem, 
são diversos os fatores que nos auxiliam na elaboração de um 
projeto robusto de armazenagem, que deve partir das necessidades 
relacionadas aos materiais, tipicidades de operação requeridas, 
passando pelos equipamentos de armazenagem e movimentação que 
serão prescritos. Estudamos, ainda, as possibilidades de incorporação 
de métodos de construção ou reforma que viabilizem o aproveitamento 
de correntes de vento, de iluminação diária (você não vai pagar nada 
por isso), das águas da chuva, captação de energia solar e eólica, entre 
outras medidas sustentáveis.
O projeto também deverá prever a plena utilização dos espaços tidos 
como nobres para a armazenagem propriamente dita, deixando espaços 
como refeitórios, salas de reunião e de trabalho para ocupar espaços 
em mezaninos, preferencialmente acima da área de recebimento e 
expedição, pois essas áreas geralmente não são utilizadas para a 
estocagem, ficando, então, liberadas para esse fim.
Referências:
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
São Paulo: Cengage, 2018.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 6 ed. 
São Paulo: Atlas, 2015.
IMAN – Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais. Revista 
Logística, 2013. Disponível em: https://www.imam.com.br/consultoria/
artigo/pdf/calcule-espaco.pdf. Acesso em: 12 abr. 2020. 
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial: um guia prático de operações 
logísticas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2018.
Armazenagem e Movimentação de Terminais 18
https://www.imam.com.br/consultoria/artigo/pdf/calcule-espaco.pdf
https://www.imam.com.br/consultoria/artigo/pdf/calcule-espaco.pdf
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	Apresentação
	Objetivos Gerais
	A Armazenagem no
Contexto Logístico
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Características da Armazenagem (Funções de Armazenagem, Tipologia dos Armazéns e Terminais de Operações Logísticas)
	2. Necessidades de Espaço Físico (Razões para a Adoção de um Espaço Físico)
	3. Armazém Próprio x Armazém Terceirizado x Misto(Exemplos, Vantagens e Desvantagens de Cada Modelo)
	3.1 Armazém Próprio
	3.2 Aluguel de Espaço de Terceiros
	3.3 Estoque em Trânsito 
	3.4 Operações Mistas
	Referências
	Projetando um Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Localização do Armazém (Níveis de Decisão Envolvidos, Proximidade das Fontes de Matérias-Primas e Fornecedores, Proximidade dos Consumidores, Facilidades de Acesso)
	2. O Layout do Armazém (Objetivos, Utilização Cúbica, Estruturas Administrativas, Docas, Câmaras Frias, Frigoríficas e Outras de Apoio à Operação, Estudos de Layout)
	3. Decisões de Layout do Armazém
	Referências
	Recebimento de Materiais
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Antes do Recebimento Físico (Agendamento, Conciliação da DANFE x Pedido)
	2. Recebimento Físico (Recebimento de Devoluções, Conferência de Recebimento, Contagem Cega, Recebimento Automático e de Fornecedor Certificado, Situações que Demandam Recebimento Técnico e Quarentena para Aferição da Qualidade)
	3. Registro de não Conformidades (Relatório de Ocorrências); Devolução Total e Parcial; Lançamento nos Sistemas de Controle, Trâmite de Documentos e Incorporação ao Estoque Físico
	Referência
	Equipamentos voltados para a armazenagem
	 e a movimentação de produtos
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Principais estruturas de armazenagem (blocado, porta-paletes, estantes, mezaninos, drive-in, drive-through etc.)
	2. Principais equipamentos de movimentação (paleteiras, empilhadeiras, AGV, talhas, pórticos móveis, pontes rolantes, rebocadores, guindastes, carrinhos, transelevadores etc.)
	3. Esteiras, transportadores, carrosséis horizontal e vertical
	Referências
	Endereçamento e Cuidados
no Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Endereçamento e Localização no Armazém (Projeto de Identificação de SKU, Identificação de Ruas, Espaços e Áreas Especiais, Endereço Fixo, Aleatório WMS)
	2. EPI, EPC e NR-35 para a Equipe Envolvida 
na Armazenagem
	3. Prevenção de Perdas na Armazenagem, Tecnologias de Monitoramento
	Referências
	Separação e Expedição
	Para início de conversa...
	Objetivos
	1. Técnicas de separação física (formas e soluções)
	2. Mecanismos de conferência, embalagem dos produtos separados, pesagem e identificação
	3. Emissão do DANFe, expedição de mercadorias com direcionamento para as transportadoras e destinação adequada de avarias e resíduos
	Referências
	Custos na Armazenagem
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Principais custos associados à armazenagem e à movimentação de materiais e soluções para reduzi-los
	2. Conceito LDC laid-down cost (dos custos de entrega afetados pela localização dos armazéns)
	3. Trade-offs na armazenagem (compensação de custos, custo da sobra, da falta e das avarias)
	Referências
	O Futuro da Armazenagem
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Armazém do Futuro (Hub Multimarcas e Multiempresas)
	2. Armazém Verde e Autossustentável
	3. Desafios Logísticos para Manter e Elevar o Nível de Serviço ao Cliente com a Armazenagem
	Referências
	Considerações Finais
	A Armazenagem no
Contexto Logístico
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Características da Armazenagem (Funções de Armazenagem, Tipologia dos Armazéns e Terminais de Operações Logísticas)
	2. Necessidades de Espaço Físico (Razões para a Adoção de um Espaço Físico)
	3. Armazém Próprio x Armazém Terceirizado x Misto (Exemplos, Vantagens e Desvantagens de Cada Modelo)
	3.1 Armazém Próprio
	3.2 Aluguel de Espaço de Terceiros
	3.3 Estoque em Trânsito 
	3.4 Operações Mistas
	Referências
	Projetando um Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Localização do Armazém (Níveis de Decisão Envolvidos, Proximidade das Fontes de Matérias-Primas e Fornecedores, Proximidade dos Consumidores, Facilidades de Acesso)
	2. O Layout do Armazém (Objetivos, Utilização Cúbica, Estruturas Administrativas, Docas, Câmaras Frias, Frigoríficas e Outras de Apoio à Operação, Estudos de Layout)
	3. Decisões de Layout do Armazém
	Referências:
	Recebimento de Materiais
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Antes do Recebimento Físico (Agendamento, Conciliação da DANFE x Pedido)
	2. Recebimento Físico (Recebimento de Devoluções, Conferência de Recebimento, Contagem Cega, Recebimento Automático e de Fornecedor Certificado, Situações que Demandam Recebimento Técnico e Quarentena para Aferição da Qualidade)
	3. Registro de não Conformidades (Relatório de Ocorrências); Devolução Total e Parcial; Lançamento nos Sistemas de Controle, Trâmite de Documentos e Incorporação ao Estoque Físico
	Referência
	Equipamentos voltados para a armazenagem
	 e a movimentação de produtos
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Principais estruturas de armazenagem (blocado, porta-paletes, estantes, mezaninos, drive-in, drive-through etc.)
	2. Principais equipamentos de movimentação (paleteiras, empilhadeiras, AGV, talhas, pórticos móveis, pontes rolantes, rebocadores, guindastes, carrinhos, transelevadores etc.)
	3. Esteiras, transportadores, carrosséis horizontal e vertical
	Referências
	Endereçamento e Cuidados
no Armazém
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Endereçamento e Localização no Armazém (Projeto de Identificação de SKU, Identificação de Ruas, Espaços e Áreas Especiais, Endereço Fixo, Aleatório WMS)
	2. EPI, EPC e NR-35 para a Equipe Envolvida 
na Armazenagem
	3. Prevenção de Perdas na Armazenagem, Tecnologias de Monitoramento
	Referências
	Separação e Expedição
	Para início de conversa...
	Objetivos
	1. Técnicas de separação física (formas e soluções)
	2. Mecanismos de conferência, embalagem dos produtos separados, pesagem e identificação
	3. Emissão do DANFe, expedição de mercadorias com direcionamento para as transportadoras e destinação adequada de avarias e resíduos
	Referências
	Custos na Armazenagem
	Para início de conversa...
	Objetivo
	1. Principais custos associados à armazenagem e à movimentação de materiais e soluções para reduzi-los
	2. Conceito LDC laid-down cost (dos custos de entrega afetados pela localização dos armazéns)
	3. Trade-offs na armazenagem (compensação de custos, custo da sobra, da falta e das avarias)
	Referências
	O Futuro da Armazenagem
	Para Início de Conversa
	Objetivo
	1. Armazém do Futuro (Hub Multimarcas e Multiempresas)
	2. Armazém Verde e Autossustentável
	3. Desafios Logísticos para Manter e Elevar o Nível de Serviço ao Cliente com a Armazenagem
	Referências
	Considerações Finais

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