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3-VISAGISMO

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VISAGISMO
ASPECTO DE CORES 
Bruno Cesar de Albuquerque Ugoline
1 Pele
Embora a pele de diferentes indivíduos pareça semelhante quanto à sua anatomia, funcionalidade e bioquímica, muitos fatores exercem influência sobre essas características, levando a variações e aos diferentes tipos de pele conhecidos. A seguir, veremos as diferentes classificações e os tipos de pele conhecidos.
Muitas pesquisas foram realizadas com o objetivo da necessidade de estabelecer protocolos de cuidado e tratamento para os diferentes tipos de pele existentes, determinando características distintas entre os tipos de pele que conhecemos hoje.
A médica Helena Rubinstein, ao início do século XX, classificou os tipos de pele e, desde então, aplica-se a mesma avaliação da pele e escolha de produtos adequados (KEDE e SABATOVICH, 2009). Foram identificados novos tipos e novos critérios diante da grande variabilidade genética entre os humanos que demandam estudos para que se possam reconhecer esses novos tipos de pele. É o que veremos nos tópicos a seguir.
Conforme a dermatologia avançou, a classificação dos diferentes tipos de pele permitiu o reconhecimento pelos especialistas e pelos consumidores. A identificação dessas características é de fundamental importância para o profissional cosmetólogo e esteticista para propor aos consumidores o uso de produtos adequados ao seu biotipo cutâneo.
De acordo com Neligan et al. (2015), a utilização de cosméticos voltados para outros tipos de pele que não a do usuário pode piorar as condições da pele, e até comprometer suas defesas, provocando alterações drásticas nas suas propriedades e até ocasionar o surgimento de condições patológicas.
Temos, como exemplo, o uso de um creme cuja a base é oleosa, podendo contribuir com benefícios à pele seca; porém para a pele oleosa, uma base tipo creme pode elevar a oleosidade.
Para considerar uma pele saudável, ela precisa reunir condições funcionais, anatômicas e histológicas normais; apresentando parâmetros dermocosméticos dentro da faixa de condições fisiológicas da pele, além de não ter alterações estéticas ou provocadas pelo uso de cosméticos.
Parâmetros esses que identificam o biotipo cutâneo, dos quais a produção de sebo, o pH e a hidratação são os mais importantes. A condição da pele depende do equilíbrio desses fatores e está diretamente ligada à genética do indivíduo. No entanto, fatores individuais, ambientais e de vida podem influenciar, tais como: a utilização de medicamentos, níveis hormonais, alterações digestivas, clima, exposição ao sol, exposição à poluição, idade, estresse, ingestão de líquidos, carência de vitaminas dentre outros (BORGES, 2010).
Há metodologias que permitem esta quantificação, que são conhecidas como sebumetria. Voluntários foram selecionados para fornecerem dados sobre a produção de sebo. Foi, então, sobreposto papel filtro em uma região da pele da face para que houvesse a absorção da oleosidade e pesado para quantificar o sebo na pele. Produção de sebo considerada normal é quantificável entre 90 a 100 microgramas por centímetro quadrado de pele. Valores acima indicam a superprodução de sebo, caracterizando-a como oleosa e/ou seborreica; valores abaixo caracterizam a pele seca, pela baixa produção de sebo.
O pH da pele é outro fator considerado importante. Ele indica a propriedade ácida, alcalina ou neutra da pele, por meio de uma escala entre zero e quatorze. Existem equipamentos portáteis que podem determinar o pH cutâneo e vêm sendo utilizados por profissionais estetas e dermatologistas, são os chamados pHmetros de pele.
A pele apresenta, de forma geral, condições ácidas. O pH masculino, devido a maior produção de suor e sebo, encontra-se em torno de cinco, enquanto o feminino é um pouco menos ácido, aproximadamente de 5,5.
Tal conhecimento é fundamental para o desenvolvimento de produtos. Na prática, isso significa que um cosmético deve ser desenvolvido com um pH adequado para o local onde ele será utilizado. Por exemplo, se um produto se destina ao uso da pele, ele deve apresentar um pH muito próximo das suas condições fisiológicas, ou seja, próximo de 5 e 5,5. Isso garante que a pele não venha a sofrer alterações drásticas pelo uso do produto, o que torna seu uso seguro (SOUZA e ANTUNES, 2012).
A pele pode ser classificada perante alguns critérios, com intuito de atender aos diferentes perfis cosmetológicos de usuários. O conhecimento sobre essas diferenças e sobre os tipos de pele devem ser levadas em conta no desenvolvimento, formulação e utilização de cosméticos (KEDE e SABATOVICH, 2009).
Assim, segundo Borges (2010), a pele pode ser classificada de acordo com estes critérios:
qualidade e quantidade de secreções produzidas;
quantidade de sebo produzido;
grau de hidratação;
espessura;
emulsão epicutânea;
produção de melanina.
A emulsão epicutânea ou manto hidrolipídico possui uma composição formada de sebo e suor, que se misturam formando uma emulsão protetora. Essa emulsão forma uma película sobre a pele e garante sua homeostase. 
A aplicação de diferentes metodologias de classificação é de grande importância para obtenção de informações mais detalhadas sobre o tipo de pele que merece cuidados, permitindo a indicação mais específica e individualizada de produtos e tratamentos.
Thomas Fitzpatrick, médico americano da Universidade de Havard, em 1975, criou um método classificatório da pele com o objetivo de avaliar a resposta de pacientes em relação à exposição ultravioleta (UV) para buscar o tratamento para psoríase, que uma doença autoimune caracterizada por manchas e descamações cutâneas. Essa classificação ficou conhecida como a do fototipo cutâneo (FTC) e é válida e aplicada atualmente.
Nesse sistema de classificação, o tipo de pele do paciente é determinado por sua capacidade de se bronzear e/ou de apresentar queimaduras com a exposição solar. É importante determinar a dose eritematosa mínima (DEM), que na prática seria o tempo gasto para que a exposição UV leva para provocar vermelhidão (eritema) na pele do indivíduo.
Essa determinação foi utilizada por muito tempo para algumas terapias UV de doenças cutâneas (NELIGAN et al., 2015). Com o desenvolvimento da dermatologia, esse sistema de tipificação cutâneo evoluiu, transformando-se num método de caracterização da cor da pele.
O sistema de Fitzpatrick de classificação dos fototipos de pele, em um primeiro momento, levou em consideração apenas variações da pele branca. A pele naturalmente escura foi incluída na classificação anos depois. Tal classificação não determina a etnia do paciente, apenas avalia o potencial da pele em bronzear ou queimar.
A classificação de Fitzpatrick é amplamente utilizada, mas ainda é falha por não abordar características específicas de indivíduos de pele negra. Por exemplo, pacientes afrodescendentes que possuem pele classificada como dos tipos V ou VI (marrom e marrom escuro), apesar da maior produção de melanina, podem apresentar queimaduras após exposição ao sol. Ou seja, há inúmeros fatores que configuram a pele mais resistente e não somente a cor da pele.
Os fototipos cutâneos de Fitzpatrick:
Outros sistemas de classificação da pele mais recentes vêm sendo estudados como o sistema Baumann, método de classificação com maior exatidão. Foi proposto em 2006 pela médica dermatologista Leslie Baumann, que estabeleceu uma nova categorização da pele em 16 tipos (BAUMANN, 2006).
O recente sistema Baumann de classificação da pele leva em consideração quatro parâmetros:
1) Ser oleosa ou seca. 2) Ser sensível ou resistente. 3) Ser pigmentada ou não. 4) Ser enrugada ou firme. Essas características são independentes entre si, possibilitando combinações para 16 tipos de pele. (BAUMANN, 2006)
Cunha (2004) disserta que as peles normal e mista são consideradas as mais fáceis de cuidar, mas longe de serem consideradas perfeitas. Pelo contrário, os cuidados para eles merecem atenção tão especial quanto os demais tipos. A pele normal, ao longo do dia, pode sofrer modificações. Após os banhos demorados e com água muito quente,podem ficar secas; ou oleosa após a limpeza com surfactantes muito agressivos. A pele mista pode ser identificada em indivíduos no Brasil, mas dispõe de produtos específicos para sua limpeza, hidratação e controle da oleosidade. A seguir veremos um pouco sobre esses tipos de pele e seus principais cuidados.
A pele normal reúne características consideradas adequadas para sua proteção, ou seja, a pele produz sebo capaz de se distribuir de forma homogênea e não excessiva. Este tipo de pele é comum em crianças antes da puberdade, sendo considerado o mais tolerante, reunindo características como:
· Oleosidade suficiente, sem provocar efeito untuoso ou brilhante.
· Ausência de regiões ressecadas ou opacas.
· Poros fechados.
· Toque aveludado.
· Já a pele mista, tipo de pele é mais comum em indivíduos dos países mediterrâneos, é caracterizada pela presença de regiões secas nas laterais e levemente oleosas na região central da face, a chamada zona T e que contempla a fronte da testa, nariz e queixo. Geralmente, a região das bochechas é mais seca, com aparecimento de manchas e acne. Ela possui aparência brilhante na zona T, em função da maior produção de óleos e do maior número de glândulas sebáceas. (PEYREFITTE et al., 1998). Sob a lupa, os poros da região encontram-se dilatados, por vezes ocluídos pela presença de cravos, sendo os poros das bochechas mais visíveis a olho nu. A espessura da pele mista na zona T é maior que nas laterais da face, que apresentam aspecto mais delgado e normal (CUNHA, 2004).
· De acordo com Souza (2012), a escolha de produtos e na forma de aplicação deve estar de acordo com os tipos de pele e de cada região da face que deverá receber tratamentos diferenciados.
· Para a pele normal e mista, as recomendações quanto à escolha das formas cosméticas voltadas são semelhantes. Veremos:
evitar a ação adstringente excessiva, ou seja, o fechamento dos poros não pode ser completo;
evitar bases que contenham álcool para evitar o ressecamento e efeito rebote da oleosidade;
evitar produtos excessivamente oleosos ou cremosos para que não aumentem a oleosidade natural.
Podem ser utilizadas formas cosméticas diversificadas, desde que atendam a essas recomendações. Por exemplo, para a limpeza, sabonetes líquidos ou em barra podem ser utilizados; hidratantes em cremes não muito oleosos e gel são bem tolerados. Atualmente, novas formas cosméticas versáteis vêm sendo desenvolvidas, como os séruns,  que apresentam uma textura leve e adaptável a todos os tipos de pele, principalmente as do tipo normal e mista (SOUZA, 2012).
Os passos de cuidado para a pele normal são considerados semelhantes ao dos cuidados para outros tipos de pele, entretanto, os ingredientes ativos são diferentes. A pele normal deve ser primeiramente higienizada com sabonetes líquidos ou em barra com compostos de alto teor de gordura, conhecidos como combars. Esses tipos de sabonete são formulados com a combinação de tensoativos do tipo sabões alcalinos e tensoativos sintéticos com alto teor de ácidos graxos de origem vegetal, tornando-os mais suaves, porém oferece menor capacidade de limpeza, comparados aos sabonetes tradicionais.
Ainda, de acordo com Cunha (2004), na tonificação devem ser empregados produtos de ação hidratante, evitando veículos hidroalcoólicos, já que os mesmos podem estimular o aumento da oleosidade.
A hidratação também é recomendável. Nesse passo, são encontrados produtos hidratantes contendo agentes antioxidantes que previnem contra radicais livres e danos da radiação solar. Os hidratantes devem ser avaliados com critérios, pois devem possuir uma base equilibrada em óleos, ou seja, que forneçam o revestimento do manto hidrolipídico e não contribuam para aumentar a oleosidade da pele. É comum a indicação de hidratantes pós-banho que contenham óleos vegetais como de amêndoas e minerais que contribuem para a proteção e previnem o envelhecimento (CUNHA, 2004).
A pele mista demanda cuidados específicos para cada parte, ou seja, haverá regiões que necessitarão de hidratação, enquanto outras precisarão de uma ação secante e removedora da oleosidade. A idade é um fator importante para os cuidados com a pele mista, inclusive o fototipo de pele e clima da região onde o paciente reside. Geralmente, são recomendadas: a limpeza com uso de sabonetes líquidos ou em barras extras suaves (sintéticos ou combars); a hidratação com pós-banhos que possuam óleos e antioxidantes. O ácido glicólico é outro ativo que, em pequenas concentrações, favorece a formação de colágeno e o possui ação adstringente sobre os poros.
A pele oleosa é o tipo mais comum nas populações latino-americanas, principalmente em função do clima tropical. Neste tipo de pele, há a produção contínua de material lipídico epidérmico, que se junta ao suor cutâneo formando um manto hidrolipídico, que se mistura e fecha a camada córnea contribuindo para a sua função principal de proteção (CUNHA, 2004). O manto hidrolipídico é uma mistura emulsionada de suor e sebo, que fecha possíveis poros do estrato córneo e contribui para sua ação de evitar a perda de água, ou seja, ele funciona como um cimento para a parede que o estrato córneo representa. A produção desse manto é imprescindível para a manutenção da umidade da pele. Porém, essa produção excessiva de óleos, apesar de proteger melhor a pele, pode torná-la com aspecto untuoso e gorduroso. O surgimento da pele oleosa relaciona-se a fatores e doenças de cunho hormonal, sendo muito comum sua origem na puberdade e na gravidez. A pele do tipo oleosa é caracterizada, clinicamente, como uma pele de aspecto brilhante e untuoso (gorduroso), com maior espessura e presença de poros dilatados em toda frente da face, incluindo nariz, bochechas e queixo. Essas características estimulam a formações de cravos e comedões (obstruções dos poros da pele devido ao excesso de oleosidade) e podem originar o agravamento dessas condições como nos casos da pele seborreica e acneica (CUNHA, 2004). Nestes casos, na pele do tipo seborreica, há produção de sebo e seu espalhamento exacerbada (ARNOLD et al., 1994).
Nesse contexto, produtos que desobstruem os poros e que controlem a oleosidade e sua distribuição na pele devem ser priorizados. é importante escolher produtos cujas formas cosméticas sejam adequadas ao tipo de pele do paciente. Veremos a seguir.
As formas cosméticas empregadas no cuidado da pele oleosa, geralmente, buscam conservar a proteção da barreira cutânea, mantendo-se em suas condições normais, porém, removendo o excesso de oleosidade. A utilização de veículos e formas cosméticas hidrossolúveis e removíveis em água são os mais indicados, pois não contribuem com o aumento da oleosidade e comedogenicidade da pele, assim sendo, são mais indicadas as formas aquosas como hidrogéis e hidroalcoólicas. No rótulo há informações do produto que deve ser a base de água, ou de mistura de água e álcool. De forma geral, os produtos são transparentes e límpidos. As escolhas de produtos cosméticos devem levar em conta essas características e com cuidados adequados permitem excelentes resultados no controle da produção da oleosidade (BAUMANN, 2006).
2 Visagismo aplicado à odontologia
O visagismo consiste em um método inovador descrito por Phillip Hallawell. O artista plástico se baseia nos fundamentos da linguagem visual, estética, física, óptica, geométrica, antropológica, psicológica e neurológica. Tais fundamentos interessam diretamente a cabeleireiros, maquiadores, consultores de imagem, profissionais da moda, cirurgiões dentistas, cirurgiões plásticos, médicos da medicina estética, esteticistas e psicólogos por conseguirem unir a área da saúde, a área de ciências humanas e a arte da estética, oferecendo, como objetivo, uma visão ampla para o sorriso. Paolucci (2011) realizou um estudo com o intuito de informar profissionais da odontologia e a demonstrar a relevância da visão interdisciplinar do sorriso, por meio de trabalhos relacionados ao conceito “beleza do sorriso”.
O visagismo é a arte de customizar a imagem pessoal. Aplicávela diversas classes e pessoas, um estilo pessoal só é possível quando a pessoa realmente tem valores e princípios próprios e um pensamento livre de padrões.
É preciso que saiba quem é e que tenha conteúdo, porque seu estilo vai refletir seu pensamento, seus valores, seu modo de vida, sua personalidade sendo assim será única − customizada a suas características únicas (HALLOWELL et al., 2003). Segundo Sauer (2003), a formação da identidade e autoimagem se inicia no princípio da vida através de trocas afetivas com os familiares, o amparo quando bebê, o olhar, o tom de voz, o cheiro, o amor dos pais, que resultam na identificação de sentimentos e com os objetos ao seu redor, das quais a identidade e personalidade do bebê se forma. Alterações da imagem pessoal, modificando sua estética como na forma, tamanho ou cor, a anatomia dental do paciente deve ser realizada com cautela, pois poderá alterar sua identidade visual e causar danos em sua autoestima.
Hallawell (2009) afirma que o visagismo ensina o profissional a ler a imagem pessoal, o que expressam cada linha, formato, proporção e cor. Fala, também, sobre como afetam as pessoas emocional e psicologicamente e como pode ajudar seus pacientes a estabelecer uma imagem pessoal que os identifique positivamente para o mundo e para si mesmos.
2.1 Análise Facial 
Ainda para o autor, Hallawell (2009), as formas geométricas básicas possuem um significado e, consequentemente, uma mensagem psicológica. Elas podem ser relacionadas com o formato da face do paciente.
O autor afirma que enquanto o rosto redondo está associado transmite estabilidade, passividade, calma, monotonia, introversão, portanto, a essas características, o rosto quadrado expressa equilíbrio, força e conservadorismo. E enquanto o rosto triangular transmite dinamismo, jovialidade, extroversão, a forma oval expressa suavidade, sensualidade e romantismo (HALLAWELL, 2009).
2.2 Análise Dental 
Em Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas, Borges (2010) afirma que os dentes ântero-superiores serão o foco dos estudos visagistas, pois é nesta região que estão concentradas as mais importantes informações não verbais da face do paciente. Para o autor, a forma da coroa dos incisivos centrais pode ser triangular, retangular, oval ou quadrada, ou até mesmo a fusão de duas formas como o formato trapezoidal (retângulo + triângulo).
A proporção entre estes elementos traz mais harmonia ao sorriso, mas há contradições literárias odontológicas sobre a escolha do formato do central. A intenção do paciente deve ser levada em conta juntamente com o conhecimento visagista do profissional. Se o paciente desejar transmitir força, persistência e liderança, o formato ideal é o retangular, mas se a opção for evidenciar o dinamismo, alegria e extroversão o formato triangular é o ideal, já em caso do formato oval, este transmitirá delicadeza e elegância, e no formato quadrado, estabilidade, calma e tranquilidade (Borges, 2010).
Para o mesmo autor, nos incisivos laterais, sua incisal e ângulo disto-incisal possuem mais influência na percepção do formato final. Os caninos expressam ação ao sorriso: em uma visão frontal, o contorno vestibular e a inclinação dos caninos quando retos, transmitem ação persistente; e quando curvos, delicadeza e inclinados, impulsividade.
Para Borges (2010), os lábios são a moldura do sorriso e sua espessura, tonicidade e desenho se diversificam entre os sexos, idade e raças, e expressam elementos emotivos tanto em movimento (sorriso) como estático. Vejamos:
· Lábios finos com o canto da boca caído 
Expressam autocontrole, submissão e tristeza.
· Lábios grossos
Expressam autoridade, força temperamental.
· Lábios em forma de cupido
Expressam doçura e grande afetividade.
O grau de exposição gengival também transmite informações sobre a personalidade: quando a exposição gengival for grande, expressa extroversão e simpatia e quando pequena expressa timidez e tranquilidade.
O autor complementa que os principais elementos estruturais do sorriso que expressam a composição são: plano incisal, eixos dentais, posicionamento dental, formas dentais, exposição dental, proporções dentais e linhas complementares. O plano incisal da arcada ântero-superior representa a limitação do posicionamento das bordas incisais dos incisivos centrais, laterais e caninos, e podem ser ajustados pelo profissional. A inclinação sagital do plano oclusal e o formato do arco superior servem de referências para a configuração, na qual quanto mais largo se relaciona com o plano incisal reto, enquanto em maxilas estreitas o plano incisal ascendente é mais comum. O paralelismo entre a borda superior do lábio inferior e o plano incisal quando em sorriso, é considerado mais harmônico para a maioria das pessoas. Independentemente de sua idade ou sexo, este elemento pode transmitir força ou leveza ao sorriso do paciente, portanto, deve ser levada em conta a intenção do paciente em fusão com outras condições orais, como a forma do arco, linha do lábio superior, linha do lábio inferior e inclinação sagital do plano (BORGES, 2010).
A individualização do sorriso com a utilização dos princípios do Visagismo na odontologia é efetiva, pois se analisa as características das estruturas faciais juntamente com a personalidade do indivíduo, com o objetivo de harmonizar esses dois elementos na composição do sorriso que mais se adequam ao seu perfil. Há, portanto, uma relevante melhoria da autoestima e relacionamento social do paciente, favorecendo um planejamento previsível e sobretudo individualizado (PAOLUCCI, 2015).
3 Imagem
Antes de falar de imagem pessoal e das diferenças entre a Consultoria de Visagismo e a Consultoria de Imagem tradicional, é importante entender que as linhas e as formas têm os mesmos significados em toda imagem em qualquer parte do mundo, são os chamados símbolos arquétipos (PARDO, 2012).
Para Souza (2012), as linhas e formas do rosto, das sobrancelhas, dos ombros, do corpo de um modo geral ou, até mesmo, a linha de uma lapela, corte do vestido ou barra de uma roupa possuem significados. Além disso, na roupa, a cor e a luminosidade da cor podem alterar a nossa percepção da forma, ou seja, a perspectiva tonal, e isso modifica o que expressa.
Para Hallawell (2004), o estilo é expressão, e autoconhecimento é libertação. É necessário, portanto, entender o que o conjunto do cabelo, maquiagem, sobrancelhas, vestimentas e acessórios diz e se condiz com quem a pessoa é. Há muitos casos, por exemplo, de mulheres que têm medo de perder sua feminilidade por serem fortes e, quase sempre, escolhem uma imagem mais doce e melancólica achando que vão ficar mais suaves, mas não percebem que, além de ser uma imagem falsa, as enfraquecem. O que elas querem é tirar aspectos de dureza e de insensibilidade, sem perder a força e dinamismo. Mas não sabem que se enfraqueceram! Daí a importância da consultoria baseada no Visagismo de Philip Hallawell.
Enquanto uma consultoria tradicional só visa à moda, à tendência e à estética, o visagismo valoriza o indivíduo como um todo − estilo, personalidade e temperamento. Um visagista trabalha com paradigmas individuais, por isso apenas depois de uma profunda análise é que orienta o indivíduo a adequar a sua imagem ao seu real desejo.
Em relação à imagem pessoal, a maioria não possui conhecimento visual, mas todos querem dar sua opinião sem fazer ideia do que as linhas, formas, volumes, cores, sombras e luzes podem significar na criação e composição de uma imagem.
Recentemente, o economista e consultor austríaco de corporações, Peter Drucker, comentou que, analisando o século XX, percebeu que as tecnologias, como a televisão e a internet, não foram o que mais marcaram a época, mas, sim, o fato de proporcionarem escolhas a milhões de pessoas, repentinamente. Mais importante ainda, porém, foi a incapacidade das empresas de oferecê-las e o despreparo da população para essa enorme mudança.
Por isso, a grande tendência de todos os mercados se chama customization - a personalização no oferecimentode produtos e serviços. Empresas, como a Dell Computadores, que conseguiram isso obtiveram grandes vantagens e liderança no seu mercado. Na área da beleza, é o visagismo que se enquadra nessa tendência.
Retomando o assunto, segundo Hallawell (2009), o profissional de visagismo não trabalha com padrões de beleza, ou com soluções padronizadas, ele busca soluções que revelam o que é singular nos seus clientes, para adaptar as tendências de moda ao estilo de cada um, por isso, o seu atendimento é personalizado. O profissional analisa o seu cliente como pessoa única para identificar suas características físicas − positivas e negativas − e sua personalidade, pois sabe o que o formato do rosto, os formatos e proporções das feições, a cor da pele e outras características físicas revelam do temperamento.
Por meio de uma análise profunda, é possível conhecer o estilo de vida, as atividades profissionais e pessoais, as necessidades e situações específicas de cada cliente. Os clientes, quando conhecem o visagismo, surpreendem-se e se encantam. A percepção de que sua imagem revela tanto de si mesmos faz com que valorizem a criação consciente e dirigida que só o visagista consegue (PARDO, 2012).
A criação da concepção ou ideia básica do que se deseja expressar com a imagem, é feita pelo cliente, com a ajuda do visagista. Envolve uma profunda reflexão, por parte do cliente (falaremos mais sobre isso no próximo artigo), que será continuada, quando sair do salão.
Cabe ao profissional transformar esse conceito em imagem. Ele só pode ser considerado um verdadeiro visagista se tiver domínio da linguagem visual, além de domínio de técnicas de corte, coloração e maquilagem. O conhecimento da linguagem visual lhe permite criar conscientemente, sem depender unicamente de sua intuição e de sua inteligência visual. Ele sabe o que as linhas, as cores, os formatos e outros elementos visuais expressam e como usá-los para criar a imagem que o cliente deseja. Também sabe como explicar ao cliente o que pretende fazer, porque escolheu determinada solução, como a imagem afetará o seu comportamento e como será percebida por outras pessoas (HALLAWELL, 2009)
O visagista deve alertar seus clientes sobre o poder da imagem. Recentes pesquisas neurobiológicas comprovam que toda imagem cria um impacto emocional, antes que seu significado seja compreendido racionalmente. É por isso que se diz que a primeira impressão é que vale. As linhas, formas e cores têm significados fixos, compreendidos intuitivamente da mesma maneira por todas as pessoas, independentemente de sua cultura ou raça, mas agem sobre a emoção e não sobre a razão. A imagem de uma pessoa afeta as pessoas, com quem se relaciona, emocionalmente, criando sensações positivas ou negativas. Também afeta a própria pessoa, seu comportamento e sua autoestima. De acordo com Hallawell (2009), o visagista, por conhecer a linguagem visual, sabe o que determinada imagem expressará e como afetará as relações de uma pessoa e sua autoestima.
Os benefícios que o visagismo traz ao profissional são inúmeros. Os clientes valorizam muito mais seu trabalho, têm muito mais confiança nos procedimentos indicados por ele, já que são embasados em conhecimento, e ele mesmo tem maior confiança. Todo trabalho é único e sua criatividade está sendo exercida constantemente, o que propicia maior prazer e evita a rotina. O visagismo transforma o profissional de beleza em um artista. Ele se sente realizado, porque vê que está criando beleza e bem-estar e está beneficiando os seus clientes em todas as esferas de sua vida (HALLAWELL, 2009).
Na esfera comercial, isso se traduz em clientes fiéis que tendem a usar os seus serviços com mais frequência, pois tem consciência da importância da imagem pessoal. Percebem que, para cada ocasião, é preciso ter uma imagem adequada e como é importante que seja tratada por um visagista. Também têm consciência que a imagem deve refletir as mudanças que ocorrem ao longo das suas vidas. Por tudo isso, seus clientes indicam seus serviços a outros com prazer, segurança e entusiasmo.Finalmente, o visagismo abre oportunidades para o profissional, principalmente com empresas, para que cuide da imagem de seus funcionários.

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