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Conceito e Introdução da Prática Baseada em Evidência (PBE) As práticas clínicas baseadas em evidências têm sido definidas como o uso consciencioso, explícito e criterioso das melhores evidências disponíveis na tomada de decisão clínica sobre cuidados de pacientes individuais (SACKETT et al., 1996) Buscam reconhecer publicações com melhor rigor científico (estudos bem desenhados e bem conduzidos, com número adequado de pacientes), compilar esses estudos, torná-los acessíveis aos profissionais da saúde, diminuindo, assim, as incertezas clínicas. ❖ A PEBE requer: ✔ Habilidades específicas dos profissionais, voltadas à identificação de problemas do cotidiano; ✔ Busca por evidências científicas que respondam, de maneira satisfatória, a essas questões e auxiliem no processo de tomada de decisão; ✔ Tomada de decisões por adoção do julgamento clínico criterioso; ✔ Evidências relevantes e produzidas a partir de pesquisas e que atendam as necessidades do usuário e da sociedade. PEBE • Um movimento para uso consciencioso, explícito e criterioso das melhores evidências disponíveis na tomada de decisão clínica sobre cuidados a pacientes individuais. • Os resultados de pesquisa são considerados as principais fontes de evidências, contudo emprega-se também as preferências do paciente, padrões populacionais, expertise clínica e legislações. • A PBE baseia-se na tríade composta pelos seguintes elementos: evidências, habilidades clínicas do profissional e preferências do paciente, que devem ser consideradas em conjunto na sua implementação. • Os achados das investigações clínicas substituem as condutas previamente aceitas por informações mais seguras, acuradas e eficazes. • A habilidade clínica é a capacidade de utilizar conhecimentos clínicos e as experiências prévias na identificação do estado de saúde e diagnóstico, bem como os riscos individuais e os possíveis benefícios das intervenções propostas. • A preferência do paciente sugere que seus valores, expectativas e preocupações sejam considerados no cuidado e cabe ao profissional integrá-los às decisões clínicas, quando lhe forem úteis. • os achados da pesquisa a ser implementada precisam estar de acordo com a preferência dos pacientes e de seus familiares. • Nessa prática, podem ser listadas dificuldades como: as evidências reconhecidas e acertadas estão disponíveis, em sua maioria, em outros idiomas e a importância do enfermeiro pesquisar, ser capaz de obter, interpretar e integrar as evidências para orientar a tomada de decisão e, consequentemente, planejar o cuidado. • O termo baseado em evidências implica o uso e aplicação de pesquisas como base para a tomada de decisões sobre a assistência à saúde. • Barreiras que dificultam esse processo: • falta de preparo do enfermeiro, • não percepção da pesquisa como parte integrante do seu cotidiano, • falta de tempo, • e suporte organizacional. Melhoria da qualidade e a Pesquisa em Enfermagem O QUE É A PBE? • É o uso consistente das melhores evidências (achados de pesquisa, dados procedentes de melhoria da qualidade, padrões de organização profissional) em combinação com a experiência clínica e as preferências e valores dos pacientes, para darem suporte à tomada de decisões clínicas. Melhoria da qualidade e a Pesquisa em Enfermagem • A necessidade de se oferecer uma assistência pautada em evidências deve-se: ❖ à expectativas de alta qualidade, ❖ custo-benefício de cuidados, ❖ acessibilidade aumentada às informações de saúde. ● Agências de acreditação e regulamentação exigem documentos que comprovem o uso efetivo de evidências em decisões de cuidados clínicos. Passos do Processo da PBE PASSO 1: FAZER UMA QUESTÃO CLÍNICA QUE POSSA GERAR UMA PESQUISA E UMA RESPOSTA. P – paciente/população I – intervenção C – comparação O – outcome (resultado) T – tempo (período) EXEMPLO: Em pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca (P), a morfina (I) ou a fentanila (C) é mais efetiva para reduzir a dor (O) no primeiro dia pós-operatório (T)? • Algumas questões clínicas podem incluir somente os 4 primeiros passos (PICO), sem o T porque, muitas vezes, o TEMPO pode não ser tão importante. • O componente C (COMPARAÇÃO) pode incluir uma comparação com uma intervenção específica, o padrão usual de cuidados ou a não realização de qualquer intervenção. PASSO 2: • É UMA BUSCA COMPLETA E A COLETA DE EVIDÊNCIAS COM BASE NA QUESTÃO CLÍNICA. • O CONTEÚDO E O TIPO DE QUESTÃO DIRECIONAM O CLÍNICO PARA AS BASES DE DADOS QUE SÃO MAIS ADEQUADAS. PASSO 3: • É A ANÁLISE CRÍTICA E A SÍNTESE DAS EVIDÊNCIAS ENCONTRADAS NA BUSCA. • O OBJETIVO DA ANÁLISE CRÍTICA É DETERMINAR O VALOR DA PESQUISA PARA A PRÁTICA. • DEVE CONSIDERAR 3 QUESTÕES ESSENCIAIS: ● QUAIS SÃO OS RESULTADOS? ● OS RESULTADOS SÃO VÁLIDOS? ● OS ACHADOS SÃO CLINICAMENTE RELEVANTES PARA MEUS PACIENTES? • OS CLÍNICOS DEVEM DETERMINAR A FORÇA DA EVIDÊNCIA E SINTETIZAR OS ACHADOS RELACIONADOS COM A QUESTÃO CLÍNICA PARA CONCLUÍREM QUAL SERÁ A MELHOR PRÁTICA A SER REALIZADA. PASSO 4: • DEPENDE DA FORÇA E DAS EVIDÊNCIAS PARA RESPONDER A PERGUNTA. • SE NÃO HOUVER EVIDÊNCIAS SUFICIENTES PARA GUIAREM A PRÁTICA, NESTA FASE O CLÍNICO DEVE GERAR DADOS PARA RESPONDER À QUESTÃO. PASSO 5: • É A AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS QUE FORAM IDENTIFICADOS. OS RESULTADOS DEVEM ESTAR DE ACORDO COM O OBJETIVO DO PROJETO CLÍNICO.
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