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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem em Saúde 
do Homem" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem 
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
120 horas Atualização em Enfermagem 
em Saúde do Homem 
Samara Calixto Gomes 
 
 
 
 
 
 
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do Homem" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É 
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Atualização em Enfermagem 
em Saúde do Homem 
Samara Calixto Gomes 
120 horas 
Com certificado 
online 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
SUMÁRIO ........................................................................................................................ 3 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM 
(PNAISH) ......................................................................................................................... 7 
2.1 PRINCÍPIOS ....................................................................................................... 8 
2.2 DIRETRIZES .......................................................................................................... 9 
2.3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 10 
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO HOMEM ....................................................... 12 
3.1 VIOLÊNCIA ......................................................................................................... 13 
3.2 ALCOOLISMO E TABAGISMO ......................................................................... 14 
3.3 PESSOA COM DEFICIÊNCIA ............................................................................ 15 
3.4 ADOLESCÊNCIA E VELHICE ........................................................................... 15 
3.5 DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS ..................................... 16 
3.6 INDICADORES DE MORTALIDADE ............................................................... 16 
3.7 INDICADORES DE MORBIDADE .................................................................... 17 
3.7.1 Andropausa ..................................................................................................... 17 
3.7.2 Balanopostite .................................................................................................. 18 
3.7.3 Câncer de próstata .......................................................................................... 18 
3.7.4 Ejaculação Precoce ......................................................................................... 18 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DE SAÚDE DO HOMEM .... 19 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 21 
A PRÓSTATA ............................................................................................................... 23 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) ................................................... 25 
O CÂNCER .................................................................................................................... 27 
4.1 SINTOMAS ........................................................................................................... 28 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DE GLEASON ...................................................................... 29 
4.3 DIFERENTES ESTÁGIOS DO CÂNCER DE PRÓSTATA ............................... 30 
DIAGNÓSTICO ............................................................................................................ 32 
5.1 TOQUE RETAL .................................................................................................... 32 
5.2 PSA ........................................................................................................................ 34 
5.3 EXAME DE ULTRASSOM ................................................................................. 34 
TRATAMENTO ............................................................................................................ 36 
6.1 OBSERVAÇÃO .................................................................................................... 36 
6.2 CIRURGIA ............................................................................................................ 36 
6.3 RADIOTERAPIA .................................................................................................. 37 
6.4 TERAPIA HORMONAL ...................................................................................... 37 
PREVENÇÃO ................................................................................................................ 38 
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM ......................................................................... 39 
AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 41 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Saúde do Homem 
Unidade 1 – Introdução 
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5 
01 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
Todos nós já ouvimos falar que: 
 
“Homem não chora... Homem não sente dor... Homem é forte!”. 
 
Desde criança, os homens são condicionados a serem MACHOS, tanto pela 
sociedade como pelos próprios pais. Essa cultura é um dos principais motivos que fazem 
com que os homens fujam dos médicos como o diabo da cruz. Outro motivo é o medo! Medo 
de descobrir alguma doença adormecida no corpo considerado tão “forte”. 
Já os homens justificam a posição de provedor, como motivo para a não procura pelos 
serviços de saúde. Alegam que o horário do funcionamento dos serviços coincide com a 
carga horária do trabalho. 
Não podemos negar que na preocupação masculina a atividade laboral tem um lugar 
destacado, sobretudo em pessoas de baixa condição social, o que reforça o papel 
historicamente atribuído ao homem de ser responsável pelo sustento da família. Ainda que 
isso possa se constituir, em muitos casos, uma barreira importante, há de se destacar que 
grande parte das mulheres, de todas as categorias socioeconômicas, faz hoje parte da força 
produtiva, inseridas no mercado de trabalho, e nem por isso deixam de procurar os serviços 
de saúde. 
Outro ponto igualmente assinalado é a dificuldade de acesso aos serviços 
assistenciais, alegando-se que, para marcação de consultas, há de se enfrentar filas 
intermináveis que, muitas vezes, causam a “perda” de um dia inteiro de trabalho, sem que 
necessariamente tenham suas demandas resolvidas em uma única consulta. 
Entretanto, pesquisas do Ministério da Saúde mostram que, do total de pessoas entre 
20 e 59 anos que morrem no país, 68% são do sexo masculino. E mais, de acordo com o 
IBGE, os homens vivem, em média, 07 anos a menos do que as mulheres. 
Unidade 1 – Introdução 
Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem em Saúde do Homem" do EAD 
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6 
Na tentativa de reverter esse quadro, o Ministério da Saúde lançou a Política 
Nacional de Saúde do Homem que, entre outras medidas, pretende levar 2,5 milhões de 
brasileiros aos consultórios médicos e aos laboratórios, com o objetivo é inserir o homem na 
atenção básica. 
Assim, ao formular essa Política, o Ministério da Saúde visa estimular o autocuidado 
e, sobretudo, o reconhecimento de que a saúde é um direito social básico e de cidadania de 
todos os homens brasileiros. 
No mês de novembro, é realizada a campanha Novembro Azul que tem o objetivo de 
conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. 
Teve início na Austrália, em 1990, quando um grupo de amigos teve a ideia de deixar o 
bigode crescer durante todo o mês, como forma de apoio à conscientização da saúde 
masculina e arrecadação de fundos para doação às instituições de caridade. O mês de 
novembro foi o escolhido justamente por comemorar no dia 17 o Dia Mundial de Combate 
ao Câncer de Próstata. 
A campanha foi um sucesso, alguns anos depois o país todo estava participando. A 
ideia então era que os homens deixassem o bigode crescer durante todo o mês de novembro 
(as mulheres davam seu apoio usando a cor azul ou bigodes falsos) para espalhar a 
conscientização da importância do cuidado a saúde masculina, com foco principal no câncer 
de próstata e depressão. Além disso, diversos eventos de arrecadação de fundos foram 
criados. 
Atualmente, a campanha já é mundial. No Brasil, a campanha foi trazida pelo 
Instituto Lado a Lado pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia. A 
campanha ainda está crescendo por aqui, mas a cada ano, mais e mais instituições e 
personalidades estão aderindo e tornando-a cada vez maior. Por essa razão, hoje a Campanha 
Novembro Azul faz parte do calendário nacional de prevenções. 
Unidade 2 – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) 
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7 
02 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO 
INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM 
(PNAISH) 
 
 
 
 
Em 2010, Municípios brasileiros e o Distrito Federal iniciaram o processo de adesão à 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Desde 2007, enquanto 
ocorria a 13ª Conferência Nacional de Saúde reivindicava-se a medida, mas apenas em 2009, 
com a publicação da Portaria 1.944/2009, o projeto começou a render adesões. A política 
beneficia homens na faixa etária de 20 a 59 anos. 
 
A PNSH traduz um longo anseio da sociedade ao reconhecer que os agravos do sexo 
masculino constituem verdadeiros problemas de saúde pública. 
Um dos principais objetivos desta Política é promover ações de saúde que contribuam 
significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos 
contextos socioculturais e político-econômicos. O outro é o respeito aos diferentes níveis de 
desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão. 
Este conjunto possibilita o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices 
de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população. 
Para isso, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem está alinhada 
com a Política Nacional de Atenção Básica, que é porta de entrada do Sistema Único de 
Saúde, com as estratégias de humanização, e em consonância com os princípios do SUS, 
fortalecendo ações e serviços em redes e cuidados da saúde. 
Espera-se que os homens passem a encarar consultas e exames preventivos como 
algo natural e corriqueiro. Isso diminuiria, e muito, futuros problemas de saúde, pois, na 
prática, o homem só vai ao médico depois de uma certa idade, quando as doenças não podem 
mais ser evitadas. Ao contrário das mulheres, que desde a adolescência são levadas pela mãe 
Unidade 2 – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) 
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8 
ao ginecologista, os meninos, depois que passam da fase de ir ao pediatra, só vão ao médico 
quando estão doentes. 
A implementação da política deverá ocorrer de forma integrada às demais políticas 
existentes, numa lógica hierarquizada de atenção à saúde, priorizando a atenção primária 
como porta de entrada de um sistema de saúde universal, integral e equânime. 
Essa política tem como princípios a humanização e a qualidade, que implicam na 
promoção, reconhecimento e respeito à ética e aos direitos do homem, obedecendo às suas 
peculiaridades sócio culturais. 
A grande parte dos homens que frequentam os serviços de saúde, adentram por meio 
da atenção especializada. Essa atitude tem como consequência o agravo da morbidade pelo 
retardamento na atenção e maior custo para o Sistema Único de Saúde (SUS). 
É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a promoção 
da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis. 
Vários estudos comparativos, entre homens e mulheres, têm comprovado o fato de 
que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e 
crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres. 
Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com 
regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção primária 
aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, e, sobretudo, o 
sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família, na luta pela conservação da saúde 
e da qualidade de vida dessas pessoas. 
Tratamentos crônicos ou de longa duração têm, em geral, menor adesão, visto que os 
esquemas terapêuticos exigem um grande empenho do paciente que, em algumas 
circunstâncias, necessita modificar seus hábitos de vida para cumprir seu tratamento. Tal 
afirmação também é válida para ações de promoção e prevenção à saúde, que requerem, na 
maioria das vezes, mudanças comportamentais. 
Mobilizar a população masculina brasileira pela luta e garantia de seu direito social 
à saúde é um dos desafios dessa Política. Ela pretende tornar os homens protagonistas de 
suas demandas, consolidando seus direitos de cidadania. 
 
 
2.1 PRINCÍPIOS 
A presente Política enfatiza a necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à 
percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua 
família. Considera essencial que, além dos aspectos educacionais, entre outras ações, os 
serviços públicos de saúde sejam organizados de modo a acolher e fazer com que o homem 
sinta-se integrado. 
Unidade 2 – Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) 
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9 
 
 
I. Universalidade e equidade nas ações e serviços de saúde voltados para a população 
masculina, abrangendo a disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais 
educativos; 
 
II. Humanização e qualificação da atenção à saúde do homem, com vistas à garantia, 
promoção e proteção dos direitos do homem, em conformidade com os preceitos 
éticos e suas peculiaridadessocioculturais; 
 
III. Co-responsabilidade quanto à saúde e à qualidade de vida da população masculina, 
implicando articulação com as diversas áreas do governo e com a sociedade; e 
 
IV. Orientação à população masculina, aos familiares e à comunidade sobre a promoção, 
a prevenção, a proteção, o tratamento e a recuperação dos agravos e das enfermidades 
do homem. 
 
 
2.2 DIRETRIZES 
Como formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas pelo setor saúde, as 
seguintes diretrizes devem reger a elaboração dos planos, programas, projetos e atividades. 
 
I. Integralidade, que abrange: 
a. Assistência à saúde do usuário em todos os níveis da atenção, na perspectiva de uma linha 
de cuidado que estabeleça uma dinâmica de referência e de contrarreferência entre a 
atenção básica e as de média e alta complexidade, assegurando a continuidade no processo 
de atenção; 
b. Compreensão sobre os agravos e a complexidade dos modos de vida e da situação social 
do indivíduo, a fim de promover intervenções sistêmicas que envolvam, inclusive, as 
determinações sociais sobre a saúde e a doença; 
I. Organização dos serviços públicos de saúde de modo a acolher e fazer com que o 
homem sinta-se integrado; 
II. Implementação hierarquizada da política, priorizando a atenção básica; 
III. Priorização da atenção básica, com foco na estratégia de Saúde da Família; 
IV. Reorganização das ações de saúde, por meio de uma proposta inclusiva, na qual os 
homens considerem os serviços de saúde também como espaços masculinos e, por 
sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como sujeitos que necessitem 
de cuidados; e 
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10 
V. Integração da execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem 
às demais políticas, programas, estratégias e ações do Ministério da Saúde. 
 
 
2.3 OBJETIVOS 
São objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: 
 
I. Promover a mudança de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina 
em relação ao cuidado com a sua saúde e a saúde de sua família; 
II. Captar precocemente a população masculina nas atividades de prevenção primária relativa 
às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos recorrentes; 
III. Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo o território brasileiro, a atenção 
integral à saúde do homem; 
IV. Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo o acesso 
e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco das doenças e 
dos agravos à saúde; 
V. Capacitar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à saúde 
do homem; 
VI. Implantar e implementar a atenção à saúde sexual e reprodutiva dos homens, incluindo as 
ações de planejamento e assistência às disfunções sexuais e reprodutivas, com enfoque na 
infertilidade; 
VII. Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento reprodutivo masculino; 
VIII. Estimular a participação e a inclusão do homem nas ações de planejamento de sua vida 
sexual e reprodutiva, enfocando as ações educativas, inclusive no que toca à paternidade; 
IX. Garantir a oferta da contracepção cirúrgica voluntária masculina nos termos da legislação 
específica; 
X. Promover a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da infecção 
pelo HIV; 
XI. Garantir o acesso aos serviços especializados de atenção secundária e terciária; 
XII. Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas, negras, 
quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais, homens com 
deficiência, em situação de risco, e em situação carcerária, entre outros; 
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11 
XIII. Estimular a articulação das ações governamentais com as da sociedade civil organizada, a 
fim de possibilitar o protagonismo social na enunciação das reais condições de saúde da 
população masculina, inclusive no tocante à ampla divulgação das medidas preventivas; 
XIV. Ampliar o acesso às informações sobre as medidas preventivas contra os agravos e as 
enfermidades que atingem a população masculina; 
XV. Incluir o enfoque de gênero, orientação sexual, identidade de gênero e condição étnico-
racial nas ações socioeducativas; 
XVI. Estimular, na população masculina, o cuidado com sua própria saúde, visando à realização 
de exames preventivos regulares e à adoção de hábitos saudáveis; e 
XVII. Aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira a possibilitar um melhor 
monitoramento que permita tomadas de decisão. 
 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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12 
03 
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO 
HOMEM 
 
 
 
 
Estudos que sugerem ser necessária a reflexão da especificidade da saúde da população 
masculina indicam linhas temáticas que estruturam o debate sobre a saúde do homem. 
A reflexão crítica em relação à univocidade da masculinidade, no entanto, desdobrou-
se no avanço das discussões, que passaram a incorporar as relações de gênero como 
determinantes do processo de saúde-doença e a resgatar os homens como sujeitos de direito 
à saúde. 
O diagnóstico objetiva o conhecimento da realidade permitindo a tomada gerencial 
de decisões racionais, bem como antever o resultado das decisões e contribuir para as 
prováveis modificações futuras. 
Ele se concentra nos determinantes socioculturais, biológicos e comportamentais, 
examinando as necessidades de ações de promoção, prevenção, tratamento e recuperação. 
O diagnóstico também inclui a análise dos grupos da população masculina cujas 
características e peculiaridades demandam ações específicas de saúde. E, identifica as 
principais causas de morbimortalidade. 
Entre os determinantes, estão: 
 
 Violência 
 Alcoolismo e Tabagismo 
 Pessoa com deficiência 
 Adolescência e velhice 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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13 
 Direitos sexuais e direitos reprodutivos 
 Indicadores de mortalidade 
 Indicadores de morbidade 
 
 
3.1 VIOLÊNCIA 
A violência é um fenômeno difuso, complexo, multicausal, com raízes em fatores sociais, 
culturais, políticos, econômicos e psicobiológicos, que envolve práticas em diferentes níveis. 
O homem é mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima. Homens 
adolescentes e jovens são os que mais sofrem lesões e traumas devido a agressões, e as 
agressões sofridas são mais graves e demandam maior tempo de internação, em relação às 
sofridas pelas mulheres. 
A agressividade está biologicamente associada ao sexo masculino e, em grande parte, 
vinculada ao uso abusivo de álcool, de drogas ilícitas e ao acesso as armas de fogo. Sob oponto de vista sociocultural, a violência é uma forma social de poder que fragiliza a própria 
pessoa que a pratica. 
A integralidade na atenção à saúde do homem implica na visão sistêmica sobre o 
processo da violência, requerendo a desessencialização de seu papel de agressor, por meio 
da consideração crítica dos fatores que vulnerabilizam o homem à autoria da violência, a fim 
de intervir preventivamente sobre as suas causas, e não apenas em sua reparação. 
Segundo o CONASS (2007), “saúde e violência tem uma relação pouco explorada 
até hoje. Não só pelas vítimas que a violência produz, mas também pelas suas causas. Seu 
crescimento avassalador tem tido características de uma epidemia, e como tal pode e deve 
ser enfrentado”. 
Violência é um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação 
moral a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade 
física ou psicológica e até mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do 
necessário ou esperado. 
Assim, a violência no sentido amplo deve ser compreendida como determinante dos 
indicadores de morbimortalidade por causas externas em todas as suas dimensões, tais como: 
 
 Acidentes por transporte; 
 Agressões; 
 Lesões autoprovocadas voluntariamente e/ou suicídios. 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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14 
 
Como consequência da maior vulnerabilidade dos homens à autoria da violência, 
grande parte da população carcerária no Brasil é formada por homens. 
Embora não existam informações sistematizadas sobre a morbimortalidade nos 
ambientes prisionais, a atenção para doenças e agravos nesse contexto deve primar pelo 
fomento a estudos que venham a evidenciar as condições de saúde da população privada de 
liberdade, seja nos presídios, seja nas instituições de cumprimento de medidas 
socioeducativas para menores infratores em situação de semiliberdade ou de internação. 
Vale lembrar que o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, instituído 
pela Portaria Interministerial nº 1777, de 9 de setembro de 2003, prevê o cumprimento do 
direito à saúde para as pessoas privadas de liberdade, garantindo ações de saúde em todos os 
níveis de complexidade. 
 
 
3.2 ALCOOLISMO E TABAGISMO 
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 2 bilhões de pessoas 
consomem bebidas alcoólicas no mundo. (BRASIL, 2008) 
O uso abusivo do álcool é responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos 
os anos perdidos de vida útil. Na América Latina, cerca de 16% dos anos de vida útil perdidos 
estão relacionados ao uso abusivo dessa substância. 
Este índice é quatro vezes maior do que a média mundial e torna o problema da 
prevenção e do tratamento dos transtornos associados ao consumo de álcool, um grande 
problema de saúde pública. 
Homens e mulheres bebem com frequências diferentes. Os homens iniciam 
precocemente o consumo de álcool, tendem a beber mais e a ter mais prejuízos em relação à 
saúde do que as mulheres. 
Avaliar os determinantes sociais de vulnerabilidade do homem para os problemas 
com o álcool torna-se, assim, imperioso para a construção de ações efetivas de prevenção e 
promoção da saúde mental deste segmento. Na medida em que o uso do álcool, como 
apontam diversos estudos, está sendo iniciado cada vez mais precocemente por homens e 
mulheres, as ações de promoção e prevenção para jovens e adolescentes também merecem 
mais investimento e monitoramento. 
Em relação ao tabagismo, os homens usam cigarros também com maior frequência 
que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade às doenças cardiovasculares, cânceres, 
doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças bucais e outras. 
Homens e mulheres devem ser conscientizados sobre os malefícios dessas práticas 
por meio da promoção da saúde, de ações preventivas e de hábitos saudáveis. 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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15 
O uso de álcool e do tabaco está diretamente relacionado aos indicadores de 
morbimortalidade a serem apresentados como requerentes de ações enérgicas na atenção 
integral à saúde. 
 
 
3.3 PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
A pessoa com deficiência é muitas vezes infantilizada e inferiorizada, encontrando-se em 
situação de vulnerabilidade social que a expõe a riscos à saúde. A crença na 
invulnerabilidade masculina é dissonante em relação à deficiência física e/ou cognitiva, o 
que o leva a ser mais vulnerável à violência e exclusão. 
De acordo com o CENSO/2000, 25 milhões de brasileiros declararam-se como 
pessoas com deficiência, com graus diferentes de dificuldade ou de incapacidade de 
enxergar, ouvir, locomover-se e/ou com deficiência intelectual. 
Do total das pessoas com deficiência, aproximadamente, 11 milhões são homens, dos 
quais 1,5 milhões têm deficiência intelectual e 900 mil são deficientes físicos (falta de 
membro ou parte dele). 
O maior número absoluto de pessoas com deficiência encontra-se na população de 
40 a 49 anos de idade. Existem, no Brasil, quase 4,5 milhões de pessoas de 40 a 49 anos com 
pelo menos uma deficiência ou incapacidade, sendo 2,1 milhões de homens. Predomina o 
grupo de pessoas com pelo menos alguma dificuldade para enxergar. 
No caso da deficiência intelectual, auditiva e física o maior contingente é de homens. 
O resultado é compatível com o tipo de atividade desenvolvida por eles e com o risco de 
acidentes por diversas causas. 
 
 
3.4 ADOLESCÊNCIA E VELHICE 
Na adolescência, há uma predisposição aos agravos à saúde pela NÃO adoção de práticas 
preventivas. Desses agravos, podemos citar, principalmente: a gravidez indesejável e 
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), além de uma maior exposição a situações de 
risco, como uso de drogas, situações de violência. 
 
Os adolescentes e adultos jovens são o principal grupo de risco para mortalidade por 
homicídio na população brasileira. 
Na velhice, os homens são levados a se confrontar com a própria vulnerabilidade, 
sobretudo porque nessa etapa do ciclo de vida muitos homens são levados a procurar ajuda 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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16 
médica diante de quadros irreversíveis de adoecimento, por não terem lançado mão de ações 
de prevenção ou de tratamento precoce para as enfermidades. 
 
 
3.5 DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS 
É necessário conscientizar os homens do dever e do direito à participação no planejamento 
reprodutivo. 
A paternidade não deve ser vista apenas do ponto de vista da obrigação legal, mas, 
sobretudo, como um direito do homem a participar de todo o processo, desde a decisão de 
ter ou não filhos, como e quando tê-los, bem como do acompanhamento da gravidez, do 
parto, do pós-parto e da educação da criança. 
Na adolescência, a paternidade não deve ser vista apenas como algo a ser evitado. 
Devem ser conscientizados da responsabilidade de assumir seus deveres de estudante, das 
suas necessidades e projetos de vida. 
A eles devem ser disponibilizadas informações e métodos contraceptivos. Na 
eventualidade de uma gravidez, o importanteé assegurar condições para que a paternidade 
seja vivenciada de modo responsável. 
Em relação à terceira idade, as pessoas devem ser consideradas como sujeitos de 
direitos sexuais, reconhecendo que o exercício da sexualidade não é necessariamente 
interrompido com o avanço da idade. A sexualidade é uma importante dimensão da vida 
subjetiva, afetiva e relacional das pessoas. 
 
 
3.6 INDICADORES DE MORTALIDADE 
Ao ano de 2005, as causas de mortalidade na população masculina dos 15-59 anos, observou-
se observou que em 78% dos casos os óbitos incidem em 5 (cinco) grupos principais de 
entidades mórbidas. São eles: 
A maior porcentagem de óbitos deve-se à: 
 
 Causas Externas (CID 10 - Cap. XX); 
 Doenças do Aparelho Circulatório (CID 10 – Cap. IX); 
 Tumores (CID 10 – Cap. II); 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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17 
 Doenças do Aparelho Digestivo (CID 10 – Cap. XI); e 
 Doenças do Aparelho Respiratório (CID 10 – Cap. X). 
 
Há de se chamar atenção que, as causas externas de mortalidade, embora apresentem 
uma alta incidência nas faixas etárias mais jovens, dos 15 aos 40 anos, são quantitativamente 
superadas pelas doenças do aparelho circulatório a partir dos 45 anos e pelos tumores a partir 
dos 50 anos. 
Os tumores que incidem com maior frequência na população masculina são oriundos 
dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário. 
O câncer da próstata é uma neoplasia que geralmente apresenta evolução muito 
lenta, de modo que a mortalidade poderá ser evitada quando o processo é diagnosticado e 
tratado com precocidade. 
Maiores informações sobre o Câncer de Próstata estão dispostas na unidade de 
Estudo: CUIDADOS DA ENFERMAGEM NO CÂNCER DE PRÓSTATA. 
Uma estimativa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o 
aparecimento de novos casos de cânceres no ano de 2008 aponta o câncer de próstata como 
sendo o mais frequente, só superado pelo câncer de pele não-melanoma. 
Ao se falar de neoplasias malignas do aparelho urinário, não se pode deixar de 
mencionar o câncer de pênis. Trata-se de um tumor raro, relacionado com as baixas 
condições socioeconômicas e a má higiene íntima. No Brasil, este câncer representa cerca 
de 2% de todas as neoplasias que atingem o homem. 
Além das causas externas e dos tumores, há muitas outras causas de mortalidade que 
podem ser assinaladas. Dentre as doenças do aparelho digestivo, por exemplo, podem-se 
destacar as doenças do fígado que, em 2005, foram responsáveis por 70% das causas de 
morte de homens de 25-59 anos. Destas, 46% deve-se a doença alcoólica, 36% a fibrose e 
cirrose, e 18% a outras doenças do fígado. 
 
 
3.7 INDICADORES DE MORBIDADE 
Algumas doenças são características da condição masculina ou possuem uma incidência 
maior em homens. Portanto, enumeramos os principais problemas que podem colocar em 
risco a saúde do homem. 
 
3.7.1 Andropausa 
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A Andropausa não é uma doença, mas sim uma fase onde surgem alterações na vida do 
homem, na faixa etária dos 50 aos 70 anos de idade. Devem-se ao fato de uma redução na 
produção dos hormônios masculinos, provocando alterações sexuais e físicas, como 
diminuição do desejo sexual e flacidez muscular. 
Para atravessar melhor esta fase, o homem deve ter uma boa alimentação, praticar 
esportes, ter um repouso adequado e, em alguns casos, um apoio psicoterápico. 
 
3.7.2 Balanopostite 
Balanopostite é uma inflamação conjunta da glande e prepúcio, desencadeada por diversos 
fatores. Os tipos mais comuns são consequências de fenômenos irritativos como hábitos 
higiênicos inadequados dos genitais, principalmente quando o paciente for portador de 
fimose. 
 
3.7.3 Câncer de próstata 
O câncer de próstata atinge grande parcela do sexo masculino acima dos 50 anos. 
A consulta com o urologista, a partir dos 40 anos, é de extrema importância e deve 
ser feito o acompanhamento contínuo, anualmente. As taxas de PSA total devem ser 
inferiores a 2,5ng/dl. Valores superiores devem ser analisados pelo seu médico. 
Alguns fatores podem contribuir para a prevenção do câncer de próstata e de outros 
tipos de câncer, como não fumar; manter uma dieta saudável, rica em frutas, legumes e 
cereais; evitar o consumo de carne vermelha e de alimentos gordurosos; e não ingerir bebidas 
alcoólicas. 
 
3.7.4 Ejaculação Precoce 
A ejaculação precoce é caracterizada pela incapacidade do homem em manter ereção por 
tempo suficiente para satisfazer-se a si e à companheira. Pode ser primária ou secundária e 
também por período longo ou temporário. 
Esse problema afeta, principalmente, homens na adolescência e na melhor idade. No 
adolescente, ela é influenciada pela inexperiência, grande ansiedade e hiperexcitação. Já no 
homem acima dos 60 anos, a ejaculação precoce vem 
associada, muitas vezes, à disfunção erétil. 
O tratamento baseia-se em ansiolíticos, ou psicoterapia, exercícios de controle e 
relaxamento. 
Unidade 3 – Diagnóstico da Situação do Homem 
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04 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA 
PROMOÇÃO DE SAÚDE DO HOMEM 
 
 
 
 
A Consulta de Enfermagem é um processo interativo entre enfermeiro e o cliente, sendo uma 
atividade independente que proporciona melhoria da qualidade de vida, por meio de uma 
abordagem contextualizada e participativa. Essa interação busca promover à saúde, prevenir 
doenças e limitar danos. 
Na Consulta de Enfermagem o profissional deve desenvolver suas habilidades de 
comunicação, saber ouvir e dialogar, além de demonstrar interesse pelo ser humano, seu 
estilo de vida e sua relação com a família e a comunidade. 
Uma das práticas desenvolvidas pelos enfermeiros durante o cuidado com o homem 
são as visitas domiciliares, sendo fundamentais por aproximarem o profissional com a 
realidade de vida do sujeito do cuidado. 
A visita permite ao visitador o reconhecimento do espaço físico, das necessidades 
reais apresentadas e possíveis soluções que a comunidade pode oferecer. 
Durante a visita, o enfermeiro poderá avaliar a situação de moradia e estilo de vida 
do cliente e ter a oportunidade de convidá-lo a participar de forma mais ativa das atividades 
realizadas pela Estratégia de Saúde da Família. 
O enfermeiro, como membro da Estratégia Saúde da Família (ESF), tem a função de 
conhecer e executar as propostas de promoção da saúde masculina emanadas pela PNAISH, 
possuindo o papel de executar ações que atendam os problemas de saúde dos homens, 
contribuindo para promover o seu bem-estar físico e mental. 
 
 
 
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Cuidados no 
Câncer de Próstata 
Unidade 1 – Introdução 
 
 
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01 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
O câncer de próstata (CaP) é hoje o câncer mais comum no sexo masculino e ainda uma 
importante causa de morte no mundo. 
A mortalidade pelo CaP vem caindo, mas para que o tratamento tenha maior sucesso, 
algumas medidas são necessárias, entre elas a detecção precoce da doença. 
A prevenção, por vezes, é muito simples. Entretanto, a maioria dos homens talvez 
nem saiba o que é a próstata ou o câncer de próstata, mas, certamente, já ouviu falar do tão 
temido exame de toque, o mais eficiente para detectar esse tipo de câncer. 
O exame de próstata é responsável por mais de 70% dos diagnósticos de CaP. 
Atualmente, um em cada 18 homens tem câncer de próstata, uma doença com 80% de chance 
de cura se detectada no início, com a ajuda dos exames de toque e de sangue, o PSA (sigla 
em inglês para antígeno prostático específico). Se a cirurgia for realizada no início do 
diagnóstico, as chances de cura do câncer de próstata, o que mais mata os homens, chegam 
a 80%. 
Em 2012 a Sociedade Brasileira de Urologia divulgou uma pesquisa realizada pelo 
instituto Datafolha sobre a percepção masculina em relação ao câncer de próstata e o temido 
exame de toque. Apesar de 76% dos entrevistados terem ciência deste tipo de detecção, 
somente 32% já o fizeram. Os números são mais alarmantes no Nordeste aonde apenas 36% 
dos homens vão ao urologista e na população de classe D/E, onde 74% nunca fizeram o 
exame de toque. 
A maior parte dos homens não conhece exatamente a verdadeira função do exame, 
nem tampouco a sua técnica, achando que ao fazê-lo irá correr o risco de alterar a sua 
masculinidade. 
Essa simbologia negativa sobre o exame é só mais uma barreira que impede a 
prevenção dessa patologia. Os motivos que levam os homens a ter receio em realizar o 
Unidade 1 – Introdução 
 
 
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exame, vão desde questões puramente culturais até o próprio medo de descobrir uma doença 
e enfrentar o tratamento. 
Acabar com o tabu não é fácil. Assim, é cada vez mais importante que os enfermeiros 
estejam capacitados para abordar os homens em relação ao tema, esclarecendo dúvidas e 
conscientizando sobre a importância do exame. 
No mês de novembro, é realizada a campanha Novembro Azul que tem o objetivo de 
conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Teve 
início na Austrália, em 1990, quando um grupo de amigos teve a ideia de deixar o bigode crescer 
durante todo o mês, como forma de apoio à conscientização da saúde masculina e arrecadação de 
fundos para doação às instituições de caridade. O mês de novembro foi o escolhido justamente por 
comemorar no dia 17 o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. 
A campanha foi um sucesso, alguns anos depois o país todo estava participando. A ideia 
então era que os homens deixassem o bigode crescer durante todo o mês de novembro (as 
mulheres davam seu apoio usando a cor azul ou bigodes falsos) para espalhar a conscientização da 
importância do cuidado a saúde masculina, com foco principal no câncer de próstata e depressão. 
Além disso, diversos eventos de arrecadação de fundos foram criados. 
Atualmente, a campanha já é mundial. No Brasil, a campanha foi trazida pelo Instituto Lado 
a Lado pela Vida em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia. A campanha ainda está 
crescendo por aqui, mas a cada ano, mais e mais instituições e personalidades estão aderindo e 
tornando-a cada vez maior. Por essa razão, hoje a Campanha Novembro Azul faz parte do 
calendário nacional de prevenções. 
Unidade 2 – A Próstata 
 
 
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02 
A PRÓSTATA 
 
 
 
 
Também chamada de glândula prostática, está presente apenas nos indivíduos do sexo 
masculino. É um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e peso de 20g, situando-se logo 
abaixo da bexiga e à frente do reto. 
 
 
 
A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na 
bexiga é eliminada. 
Tem função de: 
 
 Produção do fluido prostático, que representa grande quantidade em volume do 
sêmen ejaculado; e 
Unidade 2 – A Próstata 
 
 
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 Auxiliar na expulsão do sêmen na ejaculação, através da contração de sua 
musculatura. 
 
É esperado que a partir dos 40 anos de idade a próstata apresente um crescimento benigno, 
o que chamamos de hiperplasia benigna de próstata. E exatamente nessa faixa etária podem 
começar a se desenvolver as neoplasias prostáticas. 
Unidade 3 – Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) 
 
 
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03 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 
(HPB) 
 
 
 
 
Hiperplasia e câncer de próstata são patologias frequentes na vida adulta do homem. A Hiperplasia 
Prostática Benigna (HPB) caracteriza-se pela multiplicação benigna das células prostáticas. 
Observe a figura abaixo: 
 
 
 
Sintomas comuns da hiperplasia prostática incluem: 
 
 Vontade frequente de urinar, especialmente à noite; 
 Urgência repentina de urinar; 
 Dificuldade para começar a urinar; 
Unidade 3 – Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) 
 
 
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 Dor ou queimação durante a micção; 
 Sensação de que a sua bexiga nunca se esvazia por completo; 
 Gotejo ou vazamento de urina; 
 Fluxo de urina fraco. 
 
Muitos homens relatam mudanças no estilo de vida, tais como evitar viagens, 
interromper atividades de lazer e usar os vasos sanitários em vez dos mictórios. Idas 
frequentes ao banheiro também podem atrapalhar o sono. 
A hiperplasia é uma lesão benigna. Já no câncer de próstata, as células prostáticas perdem 
a inibição, crescem e invadem os tecidos vizinhos. O câncer é um processo maligno que traz consigo 
uma série de outros problemas. 
 
Unidade 4 – O Câncer 
 
 
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04 
O CÂNCER 
 
 
 
 
No Brasil, de acordo com o Instituto de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais 
comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Em valores 
absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 
cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países 
desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. 
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca 
de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas 
de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, 
pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de 
vida. 
De acordo com o Manual de Diretrizes de Câncer de Próstata, acredita-se que todo 
homem nasce programado para ter CaP, pois todos carregam em seu código genético os 
chamados "protooncogenes", que dão a ordem para uma célula normal se transformar em 
outra maligna. Isto só não ocorre indiscriminadamente porque a função dos protooncogenes 
é antagonizada por outro grupo de genes protetores, chamados de "supressores". 
Além disso, este câncer pode se desenvolver de maneira silenciosa, ou seja, sem 
causar nenhum sintoma ao paciente até chegar a um estágio muito avançado. 
Dessa forma, alguns crescem muito lentamente, até serem detectados podem já estar 
num processo de metástase, no qual o câncer se espalha pelo corpo e se instala em alguns 
locais preferidos, como os gânglios linfáticos e os ossos, e, mais tardiamente, fígado, 
pulmões e adrenal. 
Por este motivo, a detecção precoce dos tumores, mesmo que não estejam causando 
nenhum incômodo ao paciente é fundamental para um tratamento de maior eficácia. 
A origem do Câncer de Próstata é desconhecida, entretanto, presume-se que alguns 
fatores possam influenciar o seu desenvolvimento. 
Unidade 4 – O Câncer 
 
 
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 Fatores genéticos. Homens que tenham histórico de câncer de próstata na família têm 
maior probabilidade de desenvolver a doença; 
 Fatores hormonais. Estudos confirmaram que homens que não produzem o hormônio 
testosterona têm menores chances de desenvolver o câncer de próstata, porém, outros 
estudos mostraram que a produção de testosterona não causa o câncer, mas em homens 
que já possuem a doença, o hormônio poderia estimular o crescimento do tumor; 
 Alimentação. Especialistas acreditam que dietas ricas em gordura predispõem ao 
câncer e as ricas em fibras e tomate diminuem o seu aparecimento. 
 Sedentarismo; 
 Fatores ambientais. Muitos estudos estão sendo feitos para comprovar se realmente o 
ambiente pode interferir no desenvolvimento do câncer de próstata. Estudos já 
confirmaram que populações com baixa incidência de câncer de próstata e que migram 
para locais com alta incidência, apresentam um aumento da ocorrência de casos. 
 Idade: O CaP é uma “doença da terceira idade”. Mais de ¾ dos casos acometem homens > 
65 anos. 
 
 
4.1 SINTOMAS 
Como já dito anteriormente, a maioria dos CaP cresce lentamente e não causam sintomas. 
A maior parte deles é detectada em homens sem sintomas, nos quais foram detectados 
nódulos, ou áreas endurecidas na próstata, quando feito o exame de toque retal. 
Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar: 
 
 Dificuldade para urinar; 
 Disfunção erétil; 
 Sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga; 
 Hematúria (presença de sangue na urina); 
 Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal 
de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade. 
 
Unidade 4 – O Câncer 
 
 
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O surgimento do câncer de próstata ocorre devido à alteração no funcionamento celular. A 
célula com "alteração" passa a ter um comportamento anormal e entra em um processo de 
proliferação descontrolado. Quanto maior for o grau de alteração dessa célula, mais rápido será o 
crescimento do tumor e maior será a sua malignidade. 
Os tumores de próstata são graduados de acordo com sua malignidade em uma escala que 
varia de 2 – 10, sendo que quanto maior o escore, mais agressivo será o tumor. 
A classificação histológica universalmente aceite e utilizada para estes tumores é a 
Classificação de Gleason, elaborada por Donald Gleason, Anatomopatologista norte-americano. 
 
 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DE GLEASON 
Escore de Gleason, também chamado de Escala ou Pontuação de Gleason é uma pontuação 
dada ao CaP baseado em sua aparência microscópica. Esta classificação é feita em função 
das características celulares e histológicas que constituem o tumor. Geralmente, os maiores 
escores estão associados a piores prognósticos, já que são dados a cânceres mais agressivos. 
O grau histológico é dado pelas características das células vistas ao microscópio, 
quando se avaliam os fragmentos retirados da próstata por biópsia transretal guiada por 
ecografia ou após uma cirurgia em que se retira a próstata. 
O escore de Gleason varia de 2 a 10. Um escore de 2 está associado com o melhor 
prognóstico, enquanto o escore de 10 com o pior. O escore final é uma combinação de dois escores 
diferentes, que variam cada um de 1 a 5. O resultado final resulta da soma dos graus dos dois graus 
mais frequentes. Os escores de Gleason estão associados com as seguintes características: 
 
 Grau 1 - A próstata cancerosa se parece muito com o tecido normal. As glândulas são 
pequenas, bem formadas e muito próximas. 
 Grau 2 - O tecido ainda possui glândulas bem formadas, mas elas são maiores e possuem 
mais tecido entre cada uma. 
 Grau 3 - O tecido ainda possui glândulas reconhecíveis, mas as células são mais escuras. Em 
uma magnificação maior, algumas destas células deixaram as glândulas e estão começando 
a invadir o tecido circundante. 
 Grau 4 - O tecido possui poucas glândulas reconhecíveis. Muitas células estão invadindo o 
tecido circundante. 
 Grau 5 - O tecido não possui glândulas reconhecíveis. 
 
Unidade 4 – O Câncer 
 
 
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Para elaborar o escore, o médico irá formar da seguinte forma: 
O grau histológico mais frequente ou predominante surgirá em 1º lugar. O segundo tipo 
histológico mais frequente aparece mencionado em 2º lugar. 
Assim é, por exemplo, nos relatórios dos exames histológicos das biópsias da próstata, pode 
ser mencionado um escore de “Gleason6” resultante da soma de 3+3. O mesmo score 6 pode 
resultar da soma de 4+2, embora estas diferenças não sejam tão frequentes. 
Já um Gleason escore 7 pode resultar da soma 3+4 ou 4+3. Neste último caso o prognóstico 
é pior porque neste caso o padrão mais agressivo surge em primeiro, o que quer dizer que é o 
predominante. 
O tipo histológico é dado pelo escore de Gleason. Este escore varia entre os 2, mais 
diferenciado, e os 10, menos diferenciado e consequentemente, mais agressivo. 
Os escores de Gleason de 2 até 6, designados de bem diferenciados, têm um melhorprognóstico do que os tipos mais agressivos. Já os mais agressivos. Escores de 8 a 10 traduzem os 
tumores indiferenciados e mais agressivos, pois há uma maior probabilidade do tumor se 
comportar de uma forma localmente agressiva e/ou de metastizar mais precocemente. 
Já o escore 7 é intermédio, que corresponde aos tumores moderadamente indiferenciados. 
Estes tumores apresentam características e agressividade intermédias entre os bem diferenciados 
e os indiferenciados. 
 
 
4.3 DIFERENTES ESTÁGIOS DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
O estágio do câncer determinará, em grande parte, o tipo de tratamento a aplicar. A escala a 
seguir indica o grau de progressão do câncer da próstata, desde o menor até o mais elevado: 
 
Estágios do câncer da próstata: T1, T2, T3, T4. 
Unidade 4 – O Câncer 
 
 
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Cânceres localizados: 
 
 Estágio T1: corresponde a um tumor não percebido ao toque retal. Somente algumas 
células são cancerosas. O paciente não sente nenhum sintoma da doença. 
 Estágio T2: corresponde a um câncer palpável ao toque retal (presença de uma massa dura) 
e que parece localizado na célula, em um ou nos dois lóbulos da próstata. 
 
Cânceres avançados: 
 
 Estágio T3: corresponde a um câncer que se estende para fora da próstata e/ou para as 
vesículas seminais. 
 Estágio T4: corresponde a um câncer que invadiu os órgãos vizinho da próstata (bexiga, 
reto etc.). 
Unidade 5 – Diagnóstico 
 
 
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05 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
Como dito anteriormente, o câncer de próstata somente leva a sintomas quando apresenta 
crescimento acentuado. Por essa razão é recomendável que o homem realize uma consulta 
anual preventiva, independente do surgimento dos sintomas. 
Essa avaliação deve ser realizada anualmente a partir dos 45 anos de idade. Desta 
forma, o profissional especializado terá a possibilidade de detectar o tumor ainda nos 
estágios iniciais, o que levará a uma maior chance de cura. 
Nessa consulta, o profissional deve solicitar o exame de PSA e realizar o exame de 
palpação digital ou toque retal para palpar a superfície da glândula. 
Na percepção de alguma alteração suspeita de câncer de próstata no PSA ou no toque 
prostático, ele irá recomendar uma biópsia da próstata. Essa biópsia deve ser realizada guiada 
por Ultrassonografia Transretal e sob sedação para maior conforto do paciente. Quando a 
biópsia apresenta-se positiva, ou seja, encontra-se sinais de malignidade na avaliação 
microscópica, o diagnóstico está confirmado. 
 
 
5.1 TOQUE RETAL 
Esse exame é praticado pelo urologista clínico durante uma simples consulta. O médico 
apalpará a próstata passando pelo reto. Trata-se de um exame rápido e indolor. 
Por preconceito cultural, a maioria dos latinos resiste ao exame, mas quem já se 
submeteu geralmente aceita repeti-lo sem restrição. Por essa razão, acredita-se que o 
problema talvez não seja cultural ou psicológico, mas apenas o medo infundado de possível 
dor. 
Unidade 5 – Diagnóstico 
 
 
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Existem diferentes posições para se realizar o exame do toque retal como: 
 
1. Decúbito lateral; 
2. Em pé, inclinado e apoiando os cotovelos sobre a mesa de exame; 
3. Posição genupeitoral, com o tórax e joelhos apoiados sobre a cama ou maca de 
exame; ou 
4. Decúbito dorsal com os membros inferiores flexionados. 
 
 
 
A escolha da posição depende da preferência do médico examinador e de eventuais 
limitações físicas do paciente. 
O exame se inicia por inspeção da região anal, onde podem ser encontradas 
hemorroidas, verrugas, fissuras, fístulas ou mesmo tumores. 
Após a lubrificação, o dedo indicador deve ser introduzido cuidadosamente para no 
início poder avaliar o tônus do esfíncter anal, que pode refletir alterações similares no 
esfíncter urinário. Em doenças neurológicas, essa etapa do exame é de fundamental 
importância. 
A superfície posterior da próstata deve ser examinada em sua totalidade. Seus limites 
devem ser notados, assim como seu tamanho. Com a experiência acumulada, o médico pode 
calcular com razoável precisão o volume prostático. 
Unidade 5 – Diagnóstico 
 
 
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Caso exista um tumor, o examinador pode sentir durante o toque um nódulo de 
consistência bastante endurecida e identificá-lo ainda precocemente. Neste caso, poderá 
indicar a realização de uma biópsia para confirmação da suspeita. 
Dessa forma, é de extrema importância a obrigatoriedade de realização desse exame 
anualmente, principalmente após os 50 anos. Assim, é mais possível a detecção precoce e 
tratamento ainda em fase inicial, aumentando as chances de cura. 
A maioria das pessoas, após os devidos esclarecimentos acerca do exame, refere-se 
ao exame de toque como procedimento bem mais simples do que o esperado. Mesmo em 
presença do câncer de próstata, o exame não dói. 
 
 
5.2 PSA 
Além de produzir líquido seminal, a próstata secreta uma molécula chamada antígeno 
específico da próstata ou PSA. 
Geralmente considera-se que até 4ng/ml de PSA no sangue uma taxa normal. Acima 
desse nível, será solicitado um novo teste para verificar se a taxa de PSA e, eventualmente, 
outros exames complementares para determinar a origem da elevação do PSA. 
Os testes de PSA normalmente são recomendados a partir de 50 anos. Uma taxa 
elevada de PSA indicará um problema de funcionamento da próstata, mas não permite 
diagnosticar um câncer. Para isso é necessário realizar exames complementares. 
O PSA é uma proteína produzida exclusivamente pela próstata, que se eleva de 
maneira significativa nos casos de câncer, mas também aumenta em pacientes com infecção 
ou com crescimento benigno exagerado da glândula. Por isto, elevações do PSA sempre 
exigem uma atenção médica, mas não indicam necessariamente a presença de câncer na 
próstata. 
 
 
5.3 EXAME DE ULTRASSOM 
O exame de ultrassom feito através do ânus permite visualizar as chamadas áreas hipoecóicas 
dentro da próstata, suspeitas de lesões cancerosas. 
Este exame, falha em 60% a 70% dos pacientes, deixando de evidenciar tumores que 
estão presentes ou demonstrando áreas hipoecóicas que não são malignas. Por isto, o 
ultrassom é utilizado pelos urologistas em alguns casos de dúvida clínica e, principalmente, 
para orientar a realização de biópsias da próstata. O método de maior custo-benefício e, 
portanto, o mais utilizado é a combinação entre o toque retal e o PSA. 
Unidade 5 – Diagnóstico 
 
 
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O próximo passo é a biópsia, que consiste na retiradade uma amostra de tecido de 
várias partes da próstata para confirmar a doença e saber em que estádio ela se encontra. A 
biópsia confirma ou descarta o diagnóstico de câncer. A seguir, se confirmada à presença de 
neoplasia, inicia-se o estadiamento, onde deve-se procurar metástases pelo corpo, ou seja, 
verificar se o câncer se espalhou. Seguidos estes passos, podemos planejar as formas de 
tratamento. 
Unidade 6 – Tratamento 
 
 
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06 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
Enquanto alguns tumores apresentam comportamento agressivo, outros são tão indolentes 
que dificilmente chegarão a provocar complicações nos pacientes mais idosos, mesmo que 
não sejam tratados. Nestes casos, o simples acompanhamento clínico e laboratorial pode ser 
a opção mais adequada. 
Ao planejar o tratamento do câncer da próstata, o profissional leva em consideração 
a extensão da doença para assim, finalmente decidir pelo caminho mais adequado. 
Abaixo listam-se alguns tipos de tratamento e suas indicações: 
 
 
6.1 OBSERVAÇÃO 
Opção para homens de idade avançada, com câncer confinado na próstata e de crescimento 
lento. Através de exames periódicos de PSA o médico irá acompanhar a evolução do caso. 
 
 
6.2 CIRURGIA 
A prostatectomia radical, que seria a retirada de toda a próstata, é indicada para os tumores 
malignos iniciais restritos à próstata, que ainda não tenham infiltrado a cápsula prostática ou órgãos 
adjacentes como: bexiga, uretra, musculatura perineal, reto e vesículas seminais. 
Indicada apenas se o paciente é jovem, tem boa expectativa de vida e com tumor em 
estágio inicial. Estritamente limitado à próstata. É uma cirurgia de grande porte, onde a próstata e 
as vesículas seminais são retiradas em bloco. É o único tratamento que garante a cura completa. 
Unidade 6 – Tratamento 
 
 
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Tem como desvantagem, a possibilidade de em alguns poucos casos de deixar o paciente impotente 
ou incontinente, com possibilidade de correção. 
 
 
6.3 RADIOTERAPIA 
Expõe áreas cancerosas às pequenas quantidades de radiação, exterminando o câncer. É utilizada 
mesmo em casos iniciais em que o paciente não tenha condições clínicas mínimas de ser operado 
ou tenha negado a cirurgia. A impotência sexual também poderá ocorrer após radioterapia. 
 
 
6.4 TERAPIA HORMONAL 
Indicada para os casos em que o câncer já se espalhou para outros órgãos, nos estágios avançados 
da doença, onde não há possibilidade de cura completa. São usados vários medicamentos à base 
de hormônios, no intuito de deter o crescimento do tumor. 
A existência de focos de tumor ou metástases em outros órgãos torna inútil a tentativa de 
se erradicar o tumor prostático inicial através de cirurgia ou de radioterapia. Como o crescimento 
das células malignas da próstata é estimulado pela testosterona, qualquer medida que reduza os 
níveis desta substância no sangue, faz retroceder o câncer, tanto a lesão inicial da próstata como 
os focos de metástases. 
Na prática, recorre-se à castração (extração de ambos os testículos) ou à administração de 
hormônios chamados antiandrogênicos, que antagonizam a testosterona. A eficiência clínica destas 
diversas alternativas é mais ou menos parecida, o que as diferenciam são os seus efeitos colaterais. 
O mais incômodo deles é a impotência sexual, que surge em quase todos os casos e é difícil de ser 
contornada, já que o paciente perde as ereções e, também, o desejo sexual. 
Unidade 7 – Prevenção 
 
 
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07 
PREVENÇÃO 
 
 
 
 
Apesar de sua alta frequência, o CaP pode ser tratado com grande sucesso, desde que seja 
diagnosticado precocemente. Para tal, é fundamental que todos dos homens acima de 45 anos 
realizem anualmente o toque retal e o exame de PSA, de forma preventiva. 
Assim, poderemos controlar de forma eficaz essa doença tão prevalente, já que existe 
apenas um modo seguro de se curar o câncer da próstata, descobrindo-o precocemente. 
O exame preventivo deve ser realizado pelo médico urologista, anualmente, a partir dos 45 
anos. Dessa forma, consegue-se detectar tanto a hipertrofia benigna da próstata quanto o câncer 
em fase inicial e ainda curável. 
Mesmo os pacientes operados da próstata por tumor não maligno, devem submeter-se ao 
preventivo, pois, as cirurgias para o tratamento das doenças benignas da próstata, não a retiram 
por completo, deixando intacta sua cápsula, a partir de onde o câncer pode desenvolver-se. 
Não se deve esperar pelo aparecimento dos sintomas para recorrer ao exame preventivo. 
Seguramente, quando os sintomas começarem a se manifestar, a doença já existirá há algum tempo 
e poderá ocorrer metástase. 
Homens com história familiar de câncer de próstata, principalmente os de primeiro grau 
como pais e irmãos, devem fazer os exames preventivos semestralmente após os 40 anos de idade. 
Unidade 8 – Assistência de Enfermagem 
 
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08 
ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
O enfermeiro, como membro da equipe multidisciplinar de saúde, tem condições de atuar 
não só nas atividades de controle da doença, mas também na implementação de medidas 
preventivas contra o câncer. 
Em programas de prevenção, o enfermeiro, juntamente com a equipe de saúde, poderá 
planejar sua atuação nos diferentes níveis de atenção a saúde, principalmente com os níveis de 
atenção primária e secundária. 
As medidas tomadas para a promoção da saúde são de origem geral e incluem, entre outras 
atividades, educação e motivação sanitárias, saneamento, habitação, informação, alimentação 
adequada, divulgação e trabalhos comunitários. Ao nível secundário, envolve ações para o 
diagnóstico precoce e tratamento simplificado, como por exemplo, a investigação para o 
rastreamento de determinada doença na comunidade, exames seletivos e procedimentos 
terapêuticos imediatos. 
Medidas preventivas primárias e secundárias associadas podem reduzir a mortalidade dos 
cânceres em geral, em aproximadamente 15% dos casos. 
É através da busca ativa e das visitas domiciliares que a enfermagem pode investigar um 
domicílio, que na avaliação dos indivíduos pode encontrar homens com risco da doença, que não 
possuem discernimento sobre o assunto, que tem medos e dúvidas sobre o tema, na pretensão de 
promover ações de promoção e prevenção direcionadas a eles. 
Boa parte dos fatores de risco para o câncer de próstata depende dos hábitos de vida da 
população, sendo que esta pode ser influenciada e modificada de forma significativa pelo 
enfermeiro. Por isso, a conscientização é fundamental para ajudar os homens a criar o hábito de 
consultas e exames periódicos. 
É responsabilidade de o enfermeiro desenvolver atividades educativas, por meio de ações 
individuais e/ou coletivas com a população masculina sobre o câncer de próstata.Essas ações 
Unidade 8 – Assistência de Enfermagem 
 
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podem ser realizadas através de reuniões, palestras, orientações e também através das consultas 
de enfermagem, fazendo uso de linguagem acessível. 
A consulta de enfermagem é uma forma de ensino e aprendizagem que potencializa os 
cuidados e a manutenção da saúde. 
Durante a consulta é preciso esclarecer sobre a importância, a periodicidade e a técnica dos 
exames a serem realizados, visando reduzir a ansiedade, aumentando o conhecimento sobre o 
câncer e os meios preventivos, e conseguindo maior colaboração na adoção dos métodos 
preventivos. 
A consulta ainda possui particularidades por abordar informações íntimas, podendo levar 
ao constrangimento do cliente, exigindo do profissional uma postura ética e a criação de vínculo 
baseado no respeito e confiança. 
Dessa forma, os enfermeiros devem agir como educadores, esclarecendo as dúvidas, 
orientando quanto à doença, elevando o nível de conhecimento dessa população e conscientizá-
los sobre o valor da realização dos exames preventivos e das consultas periódicas, visto que a 
maioria dos homens ao buscar atendimento, já o procura quando sua condição de saúde está a 
nível sintomático, ou seja, necessitando de especialistas, pois já está com a morbidade instalada. 
Sobre o pós-operatório de prostatectomia, são enfatizados para os cuidados de 
enfermagem: 
 
 Manutenção do equilíbrio do volume hídrico; 
 Alívio da dor e desconforto; 
 Capacidade de realizar atividades de autocuidado; 
 Evitar complicações. 
 
O enfermeiro deve observar as particularidades de cada paciente principalmente no que 
tange as orientações para autocuidado, pois a ansiedade do paciente pode impedi-lo de ouvir 
atentamente e entender os objetivos das orientações. Também, neste momento é importante que 
a família se faça presente, para que possa ser orientada acerca dos cuidados a serem realizados no 
domicílio. 
A equipe de enfermagem tem um importante papel diante da necessidade de diálogo e 
esclarecimento de dúvidas. Destaca-se a importância dos conhecimentos técnicos e científicos 
aliados à habilidade para transmiti-los, além de sensibilidade para saber ouvir e interpretar as 
demandas da clientela. 
 
 
Avaliação 
 
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AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site www.enfermagemadistancia.com.br. 
Você precisa atingir um aproveitamento igual ou superior a 60% para poder emitir o seu 
certificado. 
 
 
1. Ao ano de 2010, municípios brasileiros e o Distrito Federal iniciaram o processo de adesão a 
que programa? 
 
a. Política Municipal de Saúde do Homem; 
b. Política Nacional de Saúde do Homem; 
c. Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem; 
d. Política Brasileira de Adesão a Saúde do Homem. 
 
2. A violência deve ser compreendida como determinante dos indicadores de morbimortalidade. 
São exemplos de causas externas, EXCETO: 
 
a. Tumores. 
b. Acidentes por transporte. 
c. Agressões. 
d. Lesões autoprovocadas voluntariamente e/ou suicídios. 
 
3. A PNAISH beneficia homens na faixa etária de: 
 
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a. 20 a 59 anos. 
b. 19 a 59 anos. 
c. 20 a 50 anos. 
d. 19 a 60 anos. 
 
4. Em relação à PNAISH, responda, 
Espera-se que os homens passem a encarar consultas e exames preventivos como algo natural e 
corriqueiro: 
 
I. Ao contrário das mulheres, que desde a adolescência são levadas pela mãe ao 
ginecologista, os meninos, depois que passam da fase de ir ao pediatra, só vão ao médico 
quando estão doentes. 
II. Com a implantação do programa, será possível o aumento da expectativa de vida e a 
redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis entre os 
homens. 
III. A PNAISH está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica, que é porta de entrada 
do Sistema Único de Saúde, com as estratégias de humanização, e em consonância com os 
princípios do SUS, fortalecendo ações e serviços em redes e cuidados da saúde. 
IV. Espera-se diminuir drasticamente futuros problemas de saúde, uma vez que, o homem só 
vai ao médico depois de uma certa idade, quando as doenças não podem mais ser evitadas. 
Estão corretas: 
 
a. Apenas I, II e III. 
b. Apenas II, III e IV. 
c. Todas as alternativas acima. 
d. Nenhuma das alternativas acima. 
 
5. A Consulta de Enfermagem é um processo interativo entre enfermeiro e o homem, sendo uma 
atividade independente que proporciona melhoria da qualidade de vida, por meio de uma 
abordagem contextualizada e participativa. Nesse momento, o enfermeiro deve: 
 
Avaliação 
 
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a. Informar-se inicialmente da renda familiar e averiguar a faixa etária que tem que ser 
entre 19 e 59 anos. 
b. Desenvolver suas habilidades de comunicação, saber ouvir e dialogar, além de 
demonstrar interesse pelo ser humano, seu estilo de vida e sua relação com a família e 
a comunidade. 
c. Obrigar o homem a frequentar à unidade de saúde, no mínimo, duas vezes mais que a 
sua esposa. 
d. Todas as opções acima. 
 
6. Indicada para os casos em que o câncer já se espalhou para outros órgãos, nos estágios 
avançados da doença, onde não há possibilidade de cura completa. São usados vários 
medicamentos à base de hormônios, no intuito de deter o crescimento do tumor. Estamos 
falando sobre que tipo de tratamento? 
 
a. Cirurgia 
b. Antibioticoterapia 
c. Terapia Hormonal 
d. Radioterapia 
 
7. São ações de Enfermagem no cuidado do paciente em pós-operatório de prostatectomia: 
 
a. Realizar manutenção do equilíbrio do volume hídrico; 
b. Evitar complicações; 
c. Proporcionar alívio da dor e desconforto; 
d. Todas as opções acima. 
 
8. Mais do que qualquer outro tipo, o Câncer de Próstata é considerado um câncer da terceira 
idade por quê? 
 
a. Por ser silenciosa até a fase adulta do homem. Após os 40 anos os sintomas tornam-se 
mais evidentes, e diminuindo o tamanho da próstata nesse período. 
b. Por ser uma patologia frequente em crianças, podendo ressurgir depois dos 60 anos. 
Avaliação 
 
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c. Por ser mais comum em homens a partir dos 65 anos. 
d. Por ser uma doença frequente no passado e acometia apenas idosos. Atualmente está 
sendo erradicada com o avanço da tecnologia. 
 
9. De acordo com o Escore de Gleason, responda: 
I. Os menores escores estão associados a piores prognósticos. 
II. É uma pontuação dada ao câncer de próstata baseado em sua aparência microscópica. Esta 
classificação é feita

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