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Síntese 1 - Conhecimento e técnica

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Texto: A Téchne em Aristóteles
Autor: Fernando Rey Puentes
O ponto inicial do texto é acerca da semântica da palavra Téchne. Isso ocorre
pois, a tradução como Arte ou como técnica trazem um significado reduzido em
relação ao seu uso original, principalmente utilizado como uma forma de
conhecimento (o que acaba por confundir com a palavra episteme). De forma
interessante, pensadores como Sófocles e Platão utilizavam ambas as palavras sem
distinção, como exemplo, o segundo institui téchne iatriké e a téchne politiké como
as artes medicas e as artes da alma (política). Quem vai adentrar com maior detalhe
na distinção desses dois termos foi Aristóteles.
Um exemplo da distinção aristotélica foi em relação à Matemática (como arte)
e a poética (como ciência). Isso fica mais claro em alguns dos livros de Aristóteles,
como o Alfa da Metafísica e a Ética Nicomaquéia. Numa abordagem inicial, é
possível relacionar as ideias de conhecer com as capacidades humanas de
percepção (animal), memória e a experiência. Por outro lado, a arte (téchne) e a
ciência (epistéme) como capacidades completamente humanas.
Particularmente, não é possível entender o que ele quis dizer com a
passagem sobre a faculdade que as produzem na página 131, pelo que
entendi, a arte estaria relacionada com a capacidade de generalizar os casos?
Pelo visto, essa capacidade de Aristóteles poderia estar relacionada ao fato
da profissão de seu pai ser de médico. Como exemplo, a análise dos casos da
medicina e como são tratados podem ser colocados como forma de conceber a arte
de verificar casos particulares e aplicá-los depois universalmente.
Experiência relacionada ao fato.
Arte verifica uma causa e um porquê.
O pedreiro conhece pelo costume (ethos)
A arte pode ser ensinada, a experiência não.
A arte é prática, enquanto a ciência é teórica.
A ciência como uma contemplação da vida, como exemplo, Aristóteles cita o
desenvolvimento da Matemática pelos sacerdotes egípcios.
Não entendi muito bem a relação com corpos celes na página 132
Posto isso, vemos que a lógica aristotélica já se utilizava do silogismo e da
indução. Porém, a arte e o discernimento se situam em lados do que é produzido e
da ação. Isso reflete na finalidade da arte, que é diferente da sua ação,
enquanto a finalidade da ação é a própria ação. Exemplo da coragem e da
saúde. Vem daí a ideia de artificial como algo não natural, como uma imitação da
natureza (mímesis), da forma e da matéria.
Por fim, vale ressaltar que é um texto bastante complexo e necessita de uma
leitura cuidadosa. Porém, traz uma nova visão acerca da construção do termo arte e
ciência (técnica e conhecimento) ainda que baseado principalmente nas ideias de
Aristóteles.

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