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Prof. Julio Konevalik UNIDADE I Administração Estratégica O caso da IBM Entendendo o que é a administração estratégica Período de 1900 a 1950 Matriz de produto / mercado de Ansoff Período de 1950 a 1960 Matriz BCG / GE-McKinsey Michael Porter e estratégia Conteúdo da Unidade I A partir da década de 1980 Mintzberg e estratégica A vantagem competitiva de Ghemawat e Rivkin O processo de administração estratégica Níveis de decisão estratégica Conteúdo da Unidade I Esta disciplina trata do processo estratégico para a formulação das estratégias organizacionais (corporativas, de negócios e funcionais) a partir de ferramentas e métodos de análise dos ambientes e informações relevantes que afetam o negócio. Trata da implementação das estratégias por meio da definição dos objetivos estratégicos e respectivos indicadores de desempenho, metas e planos de ação, bem como do controle e aprendizado do processo estratégico. Introdução ao conteúdo do curso Fonte: https://www.maxpixel.net/ Serão discutidos aspectos importantes, como níveis de decisão, estratégia versus estrutura, análise de ambiente competitivo, matriz BCG, formulação de estratégias, campos e armas de competição, Balanced Scorecard (BSC), entre outros. Introdução ao conteúdo do curso Fonte: https://www.maxpixel.net/ O mundo em constante mutação; os administradores devem atentar-se ao novo em constante mutação. Vuca (inglês): Introdução ao conteúdo do curso Volatility (volatilidade) Uncertainty (incerteza) Complexity (complexidade) Ambiguity (ambiguidade) Vuca: São 4 importantes características para descrever o mundo em que vivemos atualmente, ou seja, um mundo de mudanças rápidas e com inúmeras variáveis, o que gera complexidades. Em resumo: o mundo está em constante movimento de mudança, o que torna a arte de administrar ainda mais desafiadora! Introdução ao conteúdo do curso Fonte: https://www.maxpixel.net/ Grandes mudanças que ocorrem no mercado empresarial desde a virada do século. O planejamento e administração estratégica tornaram-se ainda mais importantes para manter os negócios e as empresas competitivas! Casos Fonte: https://www.maxpixel.net/ Há inúmeros exemplos no mercado de empresas que iniciam as atividades e continuam pequenas por um determinado período, mas em um determinado momento explodem e tornam-se gigantes em seus respectivos segmentos. Por outro lado, há empresas gigantes que não se adaptam às mudanças mercadológicas e cenário econômico-financeiro global e simplesmente desaparecem! Empresas = Recursos (incluindo os Humanos!) Casos Fonte: https://www.maxpixel.net/ O Waze for criado em 2008 em Israel, cresceu rapidamente e foi comprado pelo Google em 2013 por quase 1 bilhão de dólares. Atualmente, o Waze possui 115 milhões de usuários ativos em 185 países. A Uber foi criada em 2009 na Califórnia, cresceu pelos EUA e cruzou o Atlântico, sendo lançada em Londres em 2012. O resto do mundo foi recebendo o serviço nos anos seguintes. Em 2019 abriu seu capital na Bolsa de Nova York e foi avaliada em US$ 82 bilhões, mesmo sem nunca ter registrado lucro. Importante: O mercado financeiro avalia a possibilidade de obtenção de lucros futuros! Casos de sucesso Fonte: https://www.maxpixel.net/ No início deste século, a empresa finlandesa Nokia foi líder em celulares. Por conta de decisões estratégicas equivocadas, quase faliu. Abandonou o ramo de celulares por vários anos e há pouco voltou ao mercado, porém sem grande representatividade. Em 2019, a unidade de negócios da Ford que fabricava caminhões no Brasil foi fechada e a marca saiu do setor no país. O motivo principal foi a necessidade de altos investimentos para adequar os produtos às exigências legais. Casos de fracasso Fonte: https://www.maxpixel.net/ Outras empresas de mídia e comunicação, como jornais e revistas impressas, encontraram inúmeras dificuldades para adaptar-se ao novo cenário de internet na palma da mão e a agilidade da disseminação de informações por meios não tradicionais; exemplo: influenciadores e youtubers. Casos de fracasso Mídia tradicional Novos meios e concorrentesX A IBM é uma multinacional americana de informática. Como os mercados mudam com o tempo, a estratégia também deve ser adequada. A empresa foi líder mundial de fabricação de computadores de grande e médio porte durante décadas no último século. Hoje é uma das líderes mundiais de TI em nuvem. A IBM abandonou a fabricação de computadores que a fez famosa, ou seja, a estratégia mudou com o tempo. O caso da IBM Fonte: Livro-texto. Fundada em 1911 por meio da fusão de três empresas, o nome original da IBM era CTR (Computing Tabulating Recording Company) e fabricava registradores mecânicos de tempo para máquinas industriais, instrumentos de aferição de peso, relógios e máquinas de cartões perfurados para tabulação. Eram centenas de produtos das três empresas originais que eram vendidos somente para empresas, e não pessoas físicas. Em 1914, passou a fabricar caixas registradoras e outras máquinas, mantendo o foco inicial de atender empresas. Sua primeira filial fora dos EUA foi no Brasil, em 1917, onde vendia máquinas que tabulavam o censo demográfico de 1920. O caso da IBM Em 1924, a empresa mudou o nome para International Business Machines Corporation (IBM), utilizado até hoje. O novo nome estabelece claramente o foco em produzir máquinas que auxiliam negócios. Na década de 1930, a IBM lançou com sucesso vários modelos de calculadoras mecânicas. Na Segunda Guerra (1939-1945), criou novas calculadoras e colocou todas as fábricas americanas à disposição do governo americano. Na década de 1950, a IBM lançou o primeiro computador de grande porte feito em linha de produção: o IBM 650. Foram cerca de 2 mil unidades em cinco anos. Na década de 1960, a IBM tornou-se a maior fabricante de computadores de grande porte do mundo e também passou a fabricar máquinas de escrever elétricas. O caso da IBM Em 1981, a IBM lançou o primeiro modelo de computador pessoal feito em massa, o PC-XT, e passou a ser uma das maiores empresas do mundo. Fabricou vários modelos, inclusive de computadores portáteis (que pesavam 15 kg), com grande sucesso. Na década de 1990, a IBM começou a focar também em software; O caso da IBM Tangível IntangívelX Produtos ServiçosX Nos anos 2000, tudo mudou. Assim, a IBM começou a se desfazer das unidades de negócio de produtos físicos como hard disks (HDs), periféricos, computadores etc. O foco concentrou-se em serviços, patentes e desenvolvimento de tecnologia. O caso da IBM Fonte: https://www.maxpixel.net/ Hoje, a empresa tem 350 mil funcionários no mundo e fatura mais de US$ 77 bilhões. Importante destacar a capacidade de adaptação ao ambiente de negócios da IBM. Antes mesmo de existirem estudos acadêmicos sobre estratégia, a IBM se adaptava e se reinventava, e foi objeto de estudo de várias contribuições acadêmicas. Sua reinvenção passou de grande produtora de ativos tangíveis (físicos/palpáveis como computadores) para grande produtora de ativos intangíveis (serviços não físicos como computação em nuvem, desenvolvimento de patentes e softwares). O caso da IBM Adaptabilidade Flexibilidade Inovação Resiliência Aponte a afirmação correta que descreve os principais fatores (motivos) que permitem que empresas permaneçam vivas no mercado por longos períodos: a) O fato de ter um faturamento constante e uma boa carteira de clientes. b) São fundamentais para a longevidade das empresas: adaptabilidade, resiliência e inovação. c) São fundamentais para a perpetuidade das empresas: flexibilidade e recursos. d) O fato de ter bons profissionais na área comercial. e) São fundamentais para a continuidade nos negócios: retorno do patrimônio líquido. Interatividade Aponte a afirmaçãocorreta que descreve os principais fatores (motivos) que permitem que empresas permaneçam vivas no mercado por longos períodos: a) O fato de ter um faturamento constante e uma boa carteira de clientes. b) São fundamentais para a longevidade das empresas: adaptabilidade, resiliência e inovação. c) São fundamentais para a perpetuidade das empresas: flexibilidade e recursos. d) O fato de ter bons profissionais na área comercial. e) São fundamentais para a continuidade nos negócios: retorno do patrimônio líquido. Resposta É fundamental para o administrador entender (perceber) a dinâmica competitiva das organizações no mercado; alguns exemplos de grandes mudanças mercadológicas no mercado: Financeiro / Bancário: Open banking e investimentos viabilizaram o surgimento de novas empresas no segmento elevando a concorrência e obrigando que as empresas que já atuavam no segmento se adaptassem e lançassem novos produtos ou serviços. Entendendo o que é administração estratégica Fonte: https://www.maxpixel.net/ Automobilístico brasileiro: O perfil do consumidor brasileiro é adquirir um veículo por design (que agrade a maioria das pessoas pela sua aparência visual). Exemplo: Ford Ecosport, lançado em 2003, que atuou sozinho no segmento utilitário esportivo compacto (SUV) por mais de dez anos. Por uma série de razões, a concorrência não entrou nesse segmento e as margens de lucro do Ecosport garantiram à Ford Brasil uma posição muito confortável no período. Porém, quando houve reação e os concorrentes lançaram produtos equivalentes, as vendas caíram e o Ecosport nunca mais voltou à liderança do segmento. Hoje, o segmento é o mais representativo nas vendas gerais de automóveis e a que inaugurou o segmento não possui mais a mesma fatia de mercado. Entendendo o que é administração estratégica De acordo com Ansoff (1965), a vantagem competitiva procura identificar propriedades específicas e combinações individuais de produtos e mercados que dão à empresa uma forte posição concorrencial. Em uma outra definição: Uma vantagem competitiva sustentável ou sustentada ocorre quando uma empresa implementa uma estratégia de criação de valor da qual outras empresas são incapazes de duplicar os benefícios ou os mesmos são custosos de imitar (HITT; IRELAND; HOSKISSON, 1999, p. 5). Entendendo o que é administração estratégica Neste contexto: para competir é necessário adotar estratégias que os concorrentes não tenham condições de copiar. Para adotar essas estratégias, é preciso entender a administração estratégica: Administração estratégica é um processo que consiste no conjunto de decisões e ações que visam proporcionar uma adequação competitivamente superior entre a organização e seu ambiente, de forma a permitir que ela alcance seus objetivos (SOBRAL; PECI, 2013, p. 206). Entendendo o que é administração estratégica Assim, a administração estratégica é um processo (ciclo entrada/processamento, saída e retroalimentação) em que há decisões empresariais (planejamento) e ações (implantação do planejado) com foco na vantagem competitiva para que objetivos sejam atingidos. Os objetivos estratégicos: O que a empresa quer alcançar. Assim, a razão de se traçar as metas e os objetivos do negócio é orientar o caminho a ser utilizado para que a empresa cumpra sua missão em direção à sua visão. Nas organizações, os objetivos estratégicos são ajustados em pelo menos um dos seguintes itens: crescimento, lucro e prestígio. Entendendo o que é administração estratégica Em outras palavras, de forma simplista, podemos destacar que a administração estratégica é a avaliação constante do mercado e a implementação de mudanças nos produtos e serviços oferecidos pelo organização para manter seu produto/serviço atraente ao seu público-alvo. Entendendo o que é administração estratégica Continuidade – Perpetuidade Fonte: https://www.maxpixel.net/ Na Grécia Antiga, período histórico compreendido entre os séculos XV e III a.C., a palavra strategía significava “a arte de ser general” liderando exércitos e derrotando inimigos. Você provavelmente assistiu a filmes ou leu livros sobre guerras e conflitos armados. A estratégia é necessária quando há competição! Quando exércitos se enfrentam, estão competindo por algo: terreno, recursos, poder etc. Quando empresas se enfrentam no mercado, estão competindo por algo também: o cliente. Evolução histórica da estratégia Competição pelo mercado consumidor Por volta de 500 a.C., um general e filósofo chinês chamado Sun Tzu escreveu um livro impactante até hoje: A arte da guerra, obra em que o autor desenvolve várias técnicas estratégicas para derrotar um exército adversário. O livro cobre todos os aspectos de como se fazer uma guerra e fornece grandes quantidades de conselhos estratégicos e filosóficos que ainda estão sendo usados como uma fonte de inspiração para políticos e líderes empresariais. A obra em questão é um texto derivado daquilo que se concebia na época como guerra na China. Ou seja, há toda uma contextualização social, histórica e comportamental cujo conteúdo foi apropriado pela área da administração; Evolução histórica da estratégia Negócios são guerra! De maneira direta e utilizando o linguajar da época, Tzu (2006) descreve o que se pode interpretar como conceitos e aplicações de: Evolução histórica da estratégia Oportunidades Ameaças Uso do tempo como vantagem Uso do espaço como vantagem Eficiência e eficácia Disciplina Táticas Por volta de 1500: Nicolau Maquiavel (Niccolò Machiavelli, originalmente, em italiano) foi filósofo, historiador, dramaturgo, diplomata e escritor. É considerado o precursor da teoria política, pois procurava descrever o Estado e os meios de governar de maneira direta e clara. Sua principal publicação, O príncipe, publicado em 1532, é editado e estudado até hoje pelos interessados em ciências políticas. Evolução histórica da estratégia O príncipe Nenhum método é melhor do que aquele que o inimigo não percebe até o adotarmos. Na guerra, reconhecer a oportunidade e aproveitá-la vale mais do que qualquer outra coisa. A natureza não faz muitos homens bravos; a aplicação e o exercício, sim. Na guerra, a disciplina pode mais que o ímpeto (MAQUIAVEL, 2007, p. 127). Evolução histórica da estratégia Em 1832, um general prussiano chamado Carl Von Clausewitz publicou o livro Da guerra, conteúdo obrigatório para os estudantes de teoria militar em todo o mundo. O material é fundamental, pois contribuiu para a compreensão da estratégia. [...] o estrategista deve definir, portanto, uma meta para todo o aspecto operativo da guerra, que deverá estar de acordo com o seu propósito. Em outras palavras, ele esboçará o plano de guerra, e o propósito determinará a série de ações pretendidas para atingi-lo [...] (CLAUSEWITZ, 2010, p. 199). Evolução histórica da estratégia Em um contexto de evolução histórica da administração estratégica, podemos apontar que foram fatores de influência: a) Filósofos e historiadores com influência ou atuação militar contribuíram para os alicerces de estudo da concorrência. b) Influência de generais e coronéis chineses que, após a Segunda Guerra foram contratados por empresas norte-americanas. c) Historiadores franceses e espanhóis que estudavam a arte da guerra. d) Influência de ex-soldados que foram contratados por empresas japonesas no pós-guerra. e) Filósofos e historiadores que estudavam a estratégia adotada por Henri Ford. Interatividade Em um contexto de evolução histórica da administração estratégica, podemos apontar que foram fatores de influência: a) Filósofos e historiadores com influência ou atuação militar contribuíram para os alicerces de estudo da concorrência. b) Influência de generais e coronéis chineses que, após a Segunda Guerra foram contratados por empresas norte-americanas. c) Historiadores francesese espanhóis que estudavam a arte da guerra. d) Influência de ex-soldados que foram contratados por empresas japonesas no pós-guerra. e) Filósofos e historiadores que estudavam a estratégia adotada por Henri Ford. Resposta Na primeira metade do século XX, a evolução dos negócios se deu mais por crescimento de demanda do que por concorrência pelos mesmos mercados. Qualquer coisa produzida tinha demanda certa. A maioria das empresas estava mais ligada a políticas de negócios voltadas para melhoria de procedimentos, aumento de produção e geração de retorno para os acionistas, sem se preocupar muito em ser melhor que a concorrência. Havia mercado para todos. Exportação de excedentes e dominar novos mercados em outros países. Estratégia em termos de ser melhor que o concorrente ainda não era uma necessidade! Período de 1900 a 1950 Cenário totalmente diferente dos dias atuais Setor mais competitivo no período: Automóveis. Linha de montagem de manufatura seguindo conceitos da administração científica de Taylor. Fordismo: Ford T (1913) – Padronização do processo de produção. Período de 1900 a 1950 A Ford perdeu a liderança para a General Motors (GM) na década de 1920. Em 1923, o novo presidente da GM, Alfred Sloan, estudou os métodos da Ford e achou um ponto fraco: oferta de uma única cor. Lançou modelos diferentes com várias cores. O resultado foi a conquista da liderança da GM no mercado americano e a liderança do mercado mundial na década de 1950, quando Sloan saiu da presidência da companhia. Período de 1900 a 1950 Oportunidade e diferenciação No Brasil, a IRFM (Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo) foi a maior organização empresarial da América Latina. Baseado em São Paulo, o grupo chegou a ter 350 empresas de vários ramos, como têxtil, químico, bancário e alimentício. Surgiu em 1891 e faliu na década de 1980. O principal motivo foi a concorrência. Enquanto não havia concorrente, vendia tudo o que fabricava. Período de 1900 a 1950 Motivo do fracasso: Não havia vantagem competitiva sustentável. Pós-Segunda Guerra Mundial (1939-1945): A desmobilização da maioria dos combatentes; Parcela expressiva de oficiais norte-americanos foi contratada por grandes conglomerados industriais em altos cargos. A visão estratégica desses ex-oficiais poderia contribuir para o crescimento das empresas; Características pessoais; Disciplina e respeito à hierarquia. Período de 1900 a 1950 Estratégia = Gestão de recursos Igor Ansoff, executivo de topo da empresa americana de aviões militares Lockheed Corporation, era também um acadêmico que observou e mapeou as distintas realidades das grandes empresas e percebeu o valor da estratégia como um meio de fazer as empresas crescerem. Ansoff (1965) postulava que estratégia só tinha aplicação para empresas que queriam crescer. É preciso entender melhor a ideia conceitual de estratégia de crescimento. Pela visão de Ansoff, caso a empresa continuasse a fazer o que sempre fazia, não teria crescimento, faturando basicamente o mesmo valor do período anterior. A matriz produto/mercado de Ansoff Caso adotasse uma estratégia, cresceria x% sobre o período anterior (se a estratégia fosse bem-sucedida, claro). Veja o gráfico a seguir. Ansoff dizia que, sem estratégia de crescimento, a tendência seria a empresa permanecer com o mesmo faturamento após um período (cor azul). Se adotasse uma estratégia de crescimento bem-sucedida, teria faturamento “azul + laranja”, sendo laranja o acréscimo de vendas advindo da estratégia bem-sucedida. A matriz produto/mercado de Ansoff Fonte: Adaptado de: Livro-texto. Ano 1 Ano 2 Mercados: a empresa escolhe atender aos novos clientes ou atender aos clientes existentes (atuais); Produtos: a empresa foca em novos produtos ou em produtos existentes (atuais). A matriz produto/mercado de Ansoff Fonte: Adaptado de: Livro-texto / Adaptado de Porter (1999). Produtos Existentes Novos M e rc a d o s E x is te n te s Penetração de mercado Desenvolvimento de produtos N o v o s Desenvolvimento de mercado Diversificação Peter Drucker (1950): Escreveu mais de trinta livros. The practice of management (1954): obra em que defende que o negócio é determinado pelo cliente e suas necessidades. Não é o dono (ou acionista) do negócio quem determina sua existência: é o cliente. A estratégia é a análise de situação atual e de mudanças, se necessárias. Incorpora-se a essa análise os recursos disponíveis e os que precisam ser adquiridos. Desenvolveu na década de 1950 a APO (administração por objetivos), em que gestores e subordinados estabelecem objetivos comuns e definem suas áreas de responsabilidade com foco nos resultados. Período das décadas de 1950 e 1960 Chandler (1962): estudou as mudanças históricas de grandes organizações dos EUA (GM, Du Pont, Standard Oil e Sears, entre outras) sob o ponto de vista da estrutura de negócios. A maioria utilizava um modelo descentralizado de gestão, com várias unidades de negócios sendo controladas por um escritório central, e que as mudanças estruturais (fábricas, recursos etc.) eram guiadas pelos objetivos de longo prazo. Nessa discussão sobre estratégia e estrutura empresarial, formularam-se as bases do planejamento estratégico: “É a determinação de metas e objetivos de longo prazo de uma empresa, e a adoção das linhas de ação e aplicação dos recursos necessários para alcançar essas metas” (CHANDLER, 1962, p. 23). Período das décadas de 1950 e 1960 George Steiner (1969): Modelo de planejamento estratégico em etapas: Fixação de objetivo: métodos e procedimentos para estabelecer metas que, somadas, atendem a objetivos. Auditoria externa: envolve procedimentos de checagem (cheklists) / projeção de tendências; Auditoria interna: verificação de atividades-chave para atingir os objetivos. Avaliação da estratégia: análise de riscos e de perspectivas financeiras. Operacionalização da estratégia: detalhamento das ações desdobradas em tarefas seguindo procedimentos hierárquicos. Programação do processo: desenvolvimento de cronogramas com feedback e controle. Período das décadas de 1950 e 1960 Durante a década de 1960: Surgimento das duas mais famosas empresas de consultoria ligadas à estratégia: Boston Consulting Group (BCG). McKinsey & Company. Ambas desenvolveram métodos de análise de mercado que são amplamente utilizados até hoje, como a matriz BCG e a matriz GE (também chamada matriz McKinsey). Período das décadas de 1950 e 1960 É uma ferramenta de análise de portfólio de produtos, considera: Dados numéricos de volume de vendas próprio e da concorrência; Taxa de crescimento de mercado e representatividade no faturamento da empresa para cada um dos produtos oferecidos ao mercado (portfólio de produtos); Demonstrada em um gráfico com padronização conceitual que permite analisar a situação de mercado de cada produto. Matriz BCG Estrela: alto crescimento de mercado com alta participação relativa de mercado. Ponto de interrogação: alto crescimento de mercado com alta participação relativa. Vaca-leiteira: São produtos líderes cujo mercado apresenta baixa taxa de crescimento, gera mais recursos do que exige para se manter. Abacaxi: produtos que não são líderes e cujo mercado apresenta baixa taxa de crescimento Matriz BCG Produtos Alto Baixo C re s c im e n to d o m e rc a d o -p ro d u to A lt o Estrela Ponto de interrogação B a ix o Vaca-leiteira Abacaxi Fonte: Adaptado de: Livro-texto Considerando um exemplo hipotético de uma empresa de telecomunicações e os conceitos relacionados à matriz BCG, podemos afirmar que: a) Serviço de internet de alta performance com pacotes de mídia streaming em regiões remotas do Brasil podem ser classificados como vaca-leiteira. b) Placas USB com pacote de internet 3Ge 4G podem ser classificadas como estrela. c) O serviço de internet de alta performance 5G pode ser classificado como abacaxi. d) Serviço de telefonia móvel com pacotes de internet pode ser classificado como abacaxi. e) Serviço de telefonia fixa (modelo tradicional – não móvel) pode ser classificado como vaca-leiteira. Interatividade Considerando um exemplo hipotético de uma empresa de telecomunicações e os conceitos relacionados à matriz BCG, podemos afirmar que: a) Serviço de internet de alta performance com pacotes de mídia streaming em regiões remotas do Brasil podem ser classificados como vaca-leiteira. b) Placas USB com pacote de internet 3G e 4G podem ser classificadas como estrela. c) O serviço de internet de alta performance 5G pode ser classificado como abacaxi. d) Serviço de telefonia móvel com pacotes de internet pode ser classificado como abacaxi. e) Serviço de telefonia fixa (modelo tradicional – não móvel) pode ser classificado como vaca-leiteira. Resposta A matriz GE (ou McKinsey) é uma ferramenta de análise de unidades de negócio e foi criada originalmente pela consultoria McKinsey para atender à empresa General Electric. Os dados de análise levam em consideração o nível de atratividade do ramo de atividade e a força competitiva da unidade de negócio. Matriz GE/McKinsey Fonte: https://www.maxpixel.net/ Ghemawat (2002) comenta que em 1968 o presidente da General Electric contratou a consultoria McKinsey & Company para examinar a estrutura corporativa da organização, que na época era composta de 145 departamentos dispostos em dez diretorias. A lógica do arranjo organizacional era de controle financeiro. Os consultores da McKinsey consideraram esse arranjo inadequado, pois os departamentos eram voltados para dentro (controles financeiros internos), e propuseram uma estrutura baseada em linhas de estratégia alinhadas com as condições externas (de mercado). A nova estrutura teria divisões em unidades estratégicas de negócios e, de fato, foi implementada. Matriz GE/McKinsey Matriz GE/McKinsey Fonte: Adaptado de: Livro-texto / Adaptado de Ghemawat (2002). Investimento prioritário A unidade de negócio que estiver neste quadrante deve ter atenção especial com investimentos prioritários. É o melhor dos casos possíveis Investimento seguro Vale a pena realizar investimentos, pois as perspectivas de crescimento e rentabilidade são promissoras Investimento cauteloso Unidades de negócio neste quadrante merecem algum investimento se for possível, pois estão em ordem de prioridade 3. Há riscos de investimento que devem ser analisados Colheita Só vale a pena manter se houver geração de lucros satisfatórios, e o investimento deve ser focado basicamente em manter a operação funcionando. Caso contrário, vale a pena se retirar do ramo de atividade Zona de perigo É recomendável parar de investir nesta unidade de negócio e se retirar do ramo de atividade, pois não há perspectivas futuras positivas Investimento cauteloso Investimento seguro Investimento prioritário Colheita Investimento cauteloso Investimento seguro Zona de perigo Colheita Investimento cauteloso Baixa Média Alta Força da unidade de negócio A tr a ti v id a d e d a i n d ú s tr ia B a ix a M é d ia A lt a As estratégias das décadas de 1980 e 1990 são dominadas por Michael Porter por meio de três livros: Competitive strategy (1980); Competitive advantage (1986); The competitive advantage of nations (1990). Michael Porter e estratégia Modelo das cinco forças competitivas, modelo das estratégias genéricas e vantagens competitivas das nações: Não são somente os concorrentes que afetam a competitividade de uma organização. Michael Porter apresentou outras quatro forças que também afetam a capacidade competitiva das organizações: Michael Porter e estratégia Rivalidade entre concorrentes Ameaça de novos entrantes Ameaça de produtos substitutos Poder de barganha dos clientes Poder de barganha dos fornecedores Fonte: Livro-texto / Adaptado de Porter (2002). Alguns fatores que afetam a força da rivalidade são: Nível de equilíbrio – Exemplo: Caloi e Monark / Importações; Nível de cartelização: mercados com poucas empresas de porte podem incentivar acordos de não agressão, isto é, cartel. Taxa de crescimento de mercado: a Teoria de Ciclo de Vida de Produto estabelece que produtos e empresas são como seres humanos: nascem, crescem, atingem a maturidade e entram em declínio em fases sequenciais. Michael Porter e estratégia Ameaça de novos entrantes – algumas barreiras: Economias de escala / competência produtiva; Capital de entrada elevado e/ou falta de disponibilidade de crédito; Acesso a fornecedores ou distribuidores; Curva de experiência; Marco legal e/ou regulatório; Diferenciação. Michael Porter e estratégia Ameaça de produtos substitutos, alguns exemplos: Toca-discos / CD; TV tradicional / Stream internet; Máquina fotográfica com filme / Smartphone / Foto digital; Táxi tradicional / Uber; Telefone fixo / Celular; Jornais e revistas impressos / Digitalização da mídia. Michael Porter e estratégia Poder de barganha de fornecedores: o mais forte exerce influência no mais fraco. Poder de barganha dos clientes: conforme exemplo anterior, no entanto, sentido inverso. Michael Porter e estratégia Fonte: Adaptado de: Livro-texto. Fornecedor forte Fornecedor fraco Produtor fraco Produtor forte Produtor forte Produtor fraco Cliente fraco Cliente forte Impõe condições comerciais Impõe condições comerciais Impõe condições comerciais Impõe condições comerciais Andrews (apud GHEMAWAT, 2002, p. 41) aponta que toda organização, suas divisões e mesmo funcionários devem ter um conjunto claramente definido de propósitos ou metas que a faz se mover numa direção deliberadamente escolhida e previne que vá para direções indesejadas. Nesse âmbito, em 1981 Andrews estabeleceu as bases para a criação da análise SWOT, ferramenta que compara pontos fortes e fracos de uma organização com as ameaças e oportunidades do ambiente externo. A expressão SWOT é um acrônimo formado pelas seguintes palavras: strenghts (pontos fortes); weaknesses (pontos fracos); opportunities (oportunidades); e threats (ameaças). Década de 1980 em diante As teorias contemporâneas partem de um ponto em comum: A competição cria a necessidade de estratégias, que têm uma parte visível pelo mercado e outra de caráter sigiloso. Ohmae (1982): propõe a metáfora do iceberg: a parte visível da estratégia (produtos, canais de distribuição, preços etc.) é o topo acima da linha d’água, e a parte sigilosa (processos, fornecedores, patentes, custos) é a enorme massa do iceberg submersa. A essência da formulação da estratégia reside nas escolhas feitas para a organização serem diferentes dos outros players do mercado, e essas escolhas são parcialmente visíveis. Década de 1980 em diante Fonte: Livro-texto. Chaffee (1985): analisa as teorias de estratégia e as agrupa em três modelos de estratégia: Linear, Adaptativo e Interpretativo. A estratégia linear tem uma perspectiva funcional por ser metódica, sequencial e por ser baseada em um planejamento formal com análises estruturadas, sendo característica de empresas de médio e grande porte. A estratégia adaptativa se ajusta ao ambiente competitivo e é multifacetada com ajustes e mudanças, sendo mais comum em empresas de pequeno e médio porte com visão mais avançada. Já a estratégia interpretativa tem caráter informal e deriva do contexto, sendo mais comum em empresas de pequeno porte. Década de 1980 em diante Peter Drucker aprimorou suas ideias sobre estratégia na década de 1990 e abraçou um escopo mais amplo: Estratégia é uma perspectiva, uma maneira como a empresa responde às seguintes perguntas: O que énossa empresa? Qual é a sua missão? O que ela deveria ser? Quais deveriam ser seus objetivos, sua relação com o mercado, com seus recursos, com a criatividade, com o lucro, a formação pessoal e a responsabilidade social? (DRUCKER, 1994, p. 98). Década de 1980 em diante Mintzberg (1987): discute cinco significados ou dimensões para entender o conceito de estratégia: plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. Plano: a estratégia é um guia ou curso de ação para lidar com a situação, é feito antes de agir; Pretexto: a estratégia é um movimento intencional, como um truque ou manobra que visa sobrepujar um concorrente. É derivado de condições dinâmicas da competição e tem funções táticas. Estratégia como posição: a estratégia é a maneira como a organização se posiciona no meio competitivo. Estratégia como perspectiva: a estratégia é uma abstração que está na mente dos líderes que as concebem, e é difundida coletivamente em função de valores, ideologias e cultura uniformes. Mintzberg e estratégia Ghemawat e Rivkin (2006): aprofundaram os conceitos de vantagem competitiva a partir das estratégias genéricas de Porter (1986). Definem vantagem competitiva como criação de valor superior aos concorrentes diretos, considerando a diferença entre a disposição a pagar e o custo de oportunidade da empresa. Disposição a pagar: é o valor monetário que em média os clientes aceitam pagar pelo produto ou serviço. Custo de oportunidade da empresa: é o mínimo valor monetário em média que a empresa aceita para comercializar o produto. Abaixo desse valor, não há condições de negócio. A vantagem competitiva de Ghemawat e Rivkin Há uma sequência lógica de passos para a execução do processo, incluindo planejar, implementar e controlar. Planejar: fazer um diagnóstico da situação atual da empresa, analisar dados internos e externos e formular a estratégia a ser adotada. Implementar: significa executar as ações previstas com eficiência e eficácia. Controlar: avaliar os resultados obtidos em comparação com o planejado e propor correção de rumo quando necessário. Retroalimentação: das informações coletadas no controle de volta para a etapa de planejamento, reiniciando o ciclo. O processo de administração estratégica Exemplo: O processo de administração estratégica Fonte: Adaptado de: Livro-texto. Análise ambiental Análise interna Diagnóstico da situação atual Formulação estratégica Implementação estratégica Controle estratégico Diagnóstico da situação atual: avaliação da coerência e adequação de missão, visão, valores, objetivos e estratégias da empresa em função da situação atual. Quanto maior a coerência e adequação, melhor terão sido definidos esses itens no passado. Análise ambiental e análise interna: levantamento de dados e informações sobre o ambiente externo e interno da empresa. O foco é ter subsídios para enfrentar ameaças e identificar oportunidades. Formulação estratégica: definição de objetivos e meios para atingi-los. Implementação estratégica: realização das ações definidas buscando atingir os objetivos. Controle estratégico: acompanhamento e monitoração das atividades avaliando resultados. O processo de administração estratégica Sobral e Peci (2013) definem como três os níveis de decisão estratégica, deixando claro que há variações e adaptações no mundo corporativo. Níveis de decisão estratégica Fonte: Adaptado de: Sobral e Peci (2013, p. 212). Estratégia de nível corporativo Estratégia de nível de negócio Estratégia de nível funcional Marketing P&D Operações Finanças Recursos humanos Unidade de negócio Unidade de negócio Unidade de negócio Corporação A estratégia de nível corporativo é responsabilidade da cúpula organizacional (normalmente um conselho de administração ou equivalente) e tem foco nos interesses e objetivos das organizações que atuam em várias unidades de negócios. Foco no longo prazo, é nesse nível de decisão estratégica que ocorre a definição dos negócios mais atrativos e a correspondente alocação de recursos disponíveis. Níveis de decisão estratégica A estratégia de nível de negócio desdobra um conjunto de ações a partir da estratégia corporativa, tudo dentro de cada unidade de negócio. Ou seja, a unidade de negócio aplica suas próprias estratégias visando atender à estratégia corporativa. Também chamadas de estratégias competitivas por Porter (1986), as mais comuns são: Liderança de custo; Diferenciação; Foco. Níveis de decisão estratégica Fonte: https://www.maxpixel.net/ A estratégia de nível funcional, como o próprio nome sugere, é aplicada em cada área funcional da organização: RH, vendas/ marketing, produção/operações etc. Os responsáveis (normalmente diretorias ou gerências) desenvolvem estratégias restritas à sua área e alinhadas com as estratégias de negócio. Por exemplo, caso a estratégia de negócio de uma empresa seja voltada para liderança de custo, as áreas funcionais deverão formular estratégias voltadas para o atendimento desse quesito. Nesse caso, a área funcional de produção poderia focar em processos de alta escala de produção para reduzir custo unitário. Níveis de decisão estratégica Também é comum encontrar nas empresas os três níveis principais de hierarquia decisória com a nomenclatura de: Níveis de decisão estratégica Nível estratégico operacional Nível estratégico tático Nível estratégico Fonte: autoria própria. Nesta unidade foram abordados fatores históricos que contribuíram para a evolução da administração estratégica nas empresas e foram apontados os principais teóricos e ferramentas. A administração estratégica é um processo no qual ocorrem decisões e ações empresariais com foco na vantagem competitiva para atingir objetivos. Unidade I – Conclusão Nível estratégico operacional Nível estratégico tático Fonte: https://www.maxpixel.net/ Uma das 5 forças apontadas por Michael Porter é a força da rivalidade. Aponte abaixo a afirmação que, segundo Porter, pode afetar esta força: a) Economias de escala, capital de entrada elevado e acesso a fornecedores ou distribuidores. b) Poder de barganha de fornecedores e poder de barganha dos clientes. c) Nível de equilíbrio, cartelização e taxa de crescimento do mercado. d) Produtos e serviços substitutos diretos e indiretos. e) Poder de barganha de fornecedores. Interatividade Uma das 5 forças apontadas por Michael Porter é a força da rivalidade. Aponte abaixo a afirmação que, segundo Porter, pode afetar esta força: a) Economias de escala, capital de entrada elevado e acesso a fornecedores ou distribuidores. b) Poder de barganha de fornecedores e poder de barganha dos clientes. c) Nível de equilíbrio, cartelização e taxa de crescimento do mercado. d) Produtos e serviços substitutos diretos e indiretos. e) Poder de barganha de fornecedores. Resposta ANSOFF, H. I. Corporate strategy: an analytic approach to business policy for growth and expansion. Nova York: McGraw-Hill Companies, 1965. CHAFFEE, E. Three models of strategy. Academy of Management Review, v. 10, n. 1, p. 89-98, jan. 1985. Disponível em: https://bit.ly/38BybeC. Acesso em: 16 maio 2022. CHANDLER JUNIOR, A. D. Strategy and structure: chapters in the history of the American industrial enterprise. Cambridge: MIT Press, 1962. CLAUSEWITZ, C. V. Da guerra. Tradução: Michael Howard e Peter Paret [para o inglês]; Luiz Carlos Nascimento e Silva do Valle. São Paulo: Martins Fontes, 2010. DRUCKER, P. F. The practice of management: a study of the most important function in America society. Nova York: Harper & Brothers, 1954. DRUCKER, P. F. The theory of business. Harvard Business Review, p. 95-104, set./out. 1994. Disponível em: https://bit.ly/39rsMan. Acesso em: 16 maio 2022. Referências GHEMAWAT, P. Competition and business strategy in historical perspective. Business HistoryReview, Cambridge, v. 76, n. 1, p. 37-74, 2002. Disponível em: https://bit.ly/3sEaOrX. Acesso em: 16 maio 2022. GHEMAWAT, P.; RIVKIN, J. W. Creating competitive advantage. Boston: Harvard Business School Note, 2006. HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Strategic management: competition and globalization. Ontário: Western College, 1999. MAQUIAVEL, N. A arte da guerra. Tradução: Eugênio Vinci de Moraes. Porto Alegre: L&PM, 2007. MINTZBERG, H. The strategy concept I: five Ps for strategy. California Management Review, v. 30, n. 1, p. 11-24, 1987. Referências OHMAE, K. The strategic triangle: a new perspective on business unit strategy. European Management Journal, v. 1, n. 1, p. 38-48, 1982. Disponível em: https://bit.ly/3LdKQSs. Acesso em: 16 maio 2022. PORTER, M. Competitive advantage: creating and sustaining competitive performance. Nova York: The Free Press, 1986. SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013. TZU, S. A arte da guerra. Tradução: Samuel B. Griffith [do chinês para o inglês]; Gilson César Cardoso de Souza e Klauss Brandini Gerhardt. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006. Referências ATÉ A PRÓXIMA! Prof. Julio Konevalik UNIDADE II Administração Estratégica Análise do ambiente externo. Análise do ambiente interno. A integração das análises – SWOT (FOFA). Conteúdo da unidade II As organizações devem monitorar os fatores relevantes do ambiente externo, uma vez que estes influenciam a performance empresarial sem que a própria organização tenha condições de influenciar o ambiente em troca. Em outras palavras: os fatores que acontecem no ambiente além dos muros da empresa afetam os seus resultados, e a contrapartida é, praticamente, nula: a empresa afeta muito pouco (ou nada) esses fatores. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ O ambiente externo é incerto, e é preciso ter capacidade de resposta aos principais fatores, como, por exemplo: Taxa de juros ou do dólar afetam as organizações; Preço das commodities, petróleo, entre outros insumos de produção; Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ O ambiente externo é incerto, e é preciso ter capacidade de resposta aos principais fatores, como, por exemplo: Custos de logística – transporte. Externalidades: Fatores climáticos, catástrofes, pandemias, crises sanitárias, entre outros. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Concorrência: o que os concorrentes são e o que fazem afeta a empresa. Capacidade produtiva: alguns concorrentes podem ter processos produtivos mais modernos e eficientes, o que reduz os seus custos, enquanto outros têm processos defasados. Know-how: saber fazer/capacidade de desenvolver novos produtos e serviços. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Concorrência: o que os concorrentes são e o que fazem afeta a empresa. Força dos canais de distribuição: alguns ramos de atividade apresentam os canais de distribuição muito poderosos. Exemplos: alimentos. A Nestlé tem um razoável poder de negociação com uma grande rede como o Pão de Açúcar ou grupo Carrefour, mas um pequeno fabricante de chocolates não. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Concorrência: o que os concorrentes são e o que fazem afeta a empresa. Modelo das cinco forças de Porter: A concentração observada em alguns ramos do varejo diz muito sobre a força deste nas negociações com os fornecedores. Um varejo, extremamente, pulverizado no Brasil é o de material de construção. As maiores redes somadas não chegam a 15% do mercado. A Revista Anamaco traz o ranking nacional das lojas de material de construção de 2020: Análise do ambiente externo Fontes: livro-texto; Revista Anamaco (2020). Leroy Merlin: 4,4%; Telhanorte/Tumelero: 3,5%; Sodimac: 2,9%; C&C: 2,6%. Fatores externos que influenciam as organizações: Ciclo econômico: Como está a economia no ramo de atividade; Nível de investimentos futuros; Demanda aquecida que viabilize elevar a produção (crescer a infraestrutura). Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Fatores externos que influenciam as organizações: Legislação: leis e normas que afetam as empresas; Leis que beneficiam, somente, as empresas brasileiras/barreiras à entrada de empresas de outros países; Normas da Vigilância Sanitária que aumentam o custo de operar. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Fatores externos que influenciam as organizações: Legislação: leis e normas que afetam as empresas; Marco legal para atuar: telecomunicações, financeiro, brinquedos; Exemplo: montadoras de veículos não podem vender carros zero km, diretamente, para as pessoas físicas. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Fatores externos que influenciam as organizações: Tecnologia: Acesso mais fácil à tecnologia e podem ter vantagem; Inovações desenvolvidas por pequenas empresas que as faz crescer vertiginosamente, como, por exemplo: Uber e Waze; Patentes de medicamentos. Exemplo: Viagra, em 2010: a patente perdeu a validade no Brasil (nos EUA, durou até 2012) e a concorrência entrou com tudo nesse mercado, copiando legalmente o princípio ativo do medicamento, derrubando as vendas do Viagra. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Fatores externos que influenciam as organizações: Esses são, apenas, alguns exemplos. Há uma enorme quantidade de fatores externos que afetam (para o bem e para o mal) as empresas; Não são todos os fatores que afetam todas as empresas: a alíquota de importação (taxa cobrada pelo governo para a entrada de produtos importados) de um componente qualquer somente afeta as empresas ligadas aos produtos que usam esse componente. Análise do ambiente externo OU Fatores externos que influenciam as organizações: Os governos nacionais, quando aumentam a alíquota de importação de algum produto, na prática, beneficiam as empresas instaladas no país que fabricam o mesmo tipo de produto, uma vez que o preço da versão importada vai aumentar; Importante: geralmente, o protecionismo é danoso ao consumidor final; no entanto, estes fatores precisam ser considerados na análise do ambiente externo. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Assinale a alternativa que não descreve um fator externo que afeta as empresas: a) Recursos humanos. b) Tecnologia. c) Legislação. d) Ciclo econômico. e) Custo de logística/transporte. Interatividade Assinale a alternativa que não descreve um fator externo que afeta as empresas: a) Recursos humanos. b) Tecnologia. c) Legislação. d) Ciclo econômico. e) Custo de logística/transporte. Resposta Não ter informação sobre os fatores externos relevantes pode ser fatal para as organizações. Sem informação não há planejamento! Certo e Peter (1993, p. 35) afirmam que a análise do ambiente externo é “monitorar o ambiente organizacional para identificar os riscos e as oportunidades presentes e futuras que possam influenciar na capacidade da empresa em atingir os objetivos”. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Riscos e oportunidades se revelam no dia a dia do ambiente externo das empresas, como, por exemplo: Na década de 1990 houve um período de instabilidade da indústria automobilística brasileira e o governo brasileiro aprovou uma lei que reduzia o Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) de carros com motor 1.0 para a insignificante taxa de 0,1%; A medida consistia em uma redução brutal de imposto que permitia reduzir bastante o preço final do veículo. Análise do ambiente externo Riscos e oportunidades se revelam no dia a dia do ambiente externo das empresas, como, por exemplo: A única montadora no Brasil que tinha condições de aproveitar, imediatamente, essa redução era a Fiat, adaptando o seu modelo Fiat Uno, que já era fabricado com os motores maiores no Brasil, com um motor 1.0 que já existia e era usado pelo mesmo modelo na Itália. Em poucos meses, a linha de montagem iniciou a fabricação do Fiat Mille, nome dado ao Uno com motor 1.0, com o preço bem mais baixo do que a concorrência. Análise do ambiente externo Riscos e oportunidades se revelam no dia a dia do ambiente externo das empresas, como, por exemplo: As outras montadoras não tinham projetos de motores 1.0 na mão e os seus modelos eram mais pesados do que o Uno, o que prejudicaria o desempenho de seus modelos. Análise do ambiente externo Fontes: livro-texto; Fiat Uno. Fonte: https://www.maxpixel.net/ O Diamante de Porter. Análise do ambiente externo Fontes: livro-texto; Adaptado de: Porter (1990). Estratégia, estrutura e rivalidade da organização Características da demanda Características específicas do país Indústrias relacionadas e de suporte O ponto de partida dessa análise é o conjunto de características específicas do país: Local onde está instalada originalmente a empresa para, depois, analisar as características específicas dos países-alvo de investimento. Porter (1990) chama de base nacional o país de origem. Por exemplo: a base nacional do Bradesco é o Brasil, e as suas operações externas estão localizadas nos EUA, Argentina, União Europeia etc. As características específicas do Brasil, quanto ao setor bancário, são, por exemplo: Análise do ambiente externo As características específicas do Brasil quanto ao setor bancário: Estágio avançado de automação bancária. O mercado bancário brasileiro é um dos mais avançados do mundo em tecnologia. As razões remontam ao período de altíssima inflação que o Brasil enfrentou entre as décadas de 1980 e 1990. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ As características específicas do Brasil quanto ao setor bancário: Alta regulação governamental: as normas e regulações oficiais são barreiras de entrada para os novos bancos. Ou seja, de certa maneira, há uma reserva de mercado no Brasil; Taxas de juros compostos: o mercado bancário brasileiro utiliza a lucrativa modalidade de juros compostos para os empréstimos e financiamentos, sendo que, em vários países, os juros são da modalidade simples, bem menos lucrativa. Análise do ambiente externo Diferentes leis trabalhistas de diversos países. Nível educacional. Recursos naturais. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Infraestrutura de transportes. Carga tributária. Externalidades/fatores imprevistos. Ou seja, cada país possui características próprias referente à legislação, aos tributos, às regulamentações e normas; desta forma, para atuar em diferentes nações, é fundamental conhecer o local. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Complexidade A segunda ponta do diamante é denominada como características da demanda. Características da demanda: em cada categoria de produtos da organização; por exemplo: o mercado de embalagens de bebidas no Japão tem como característica os volumes de conteúdo pequenos. Embalagens Tetra Pak de 80 ml são raras no mundo, mas vendem milhões de unidades no Japão. Sucos, cafés, leites aromatizados e saquês têm uma característica de demanda diferente da maioria dos países. Cultura de um povo. Religião/hábitos/costumes. Análise do ambiente externo Fonte: https://www.maxpixel.net/ A terceira ponta do diamante é chamada de indústrias relacionadas e de suporte. Trata-se da cadeia de fornecedores de máquinas, equipamentos e matérias-primas necessários para determinado ramo, dos fornecedores de serviços correlatos, da infraestrutura de suporte a um ramo etc. Exemplo: a China é excelente em tecnologias de ponta, como as de telecomunicações, pois tem um conjunto de organizações correlatas que se beneficiam mutuamente. Análise do ambiente externo Quem serão os seus fornecedores? A última ponta é composta de estratégia, estrutura e rivalidade: As características das estratégias e da infraestrutura do Estado, e da rivalidade com outros Estados também estabelecem uma vantagem competitiva; Exemplo: a rivalidade entre o Brasil e a Argentina é histórica, e essa característica fez com que a indústria automobilística buscasse vantagens para se localizar no Mercosul – qual governo dá mais vantagens? A infraestrutura de transporte brasileira é ruim, pois depende do modal rodoviário, com as estradas mal conservadas na maior parte do território. Análise do ambiente externo A última ponta é composta de estratégia, estrutura e rivalidade: As estratégias adotadas pelos Estados para atrair e manter os negócios em seus territórios também devem ser ponderadas. Algumas práticas: Concessão de terrenos (áreas para a instalação livres de impostos por determinados períodos); Incentivos fiscais/tributários/outros. Análise do ambiente externo Guerra fiscal A última ponta é composta de estratégia, estrutura e rivalidade: Outro exemplo: A estratégia que a China adotou muitos anos atrás para absorver o know- how competitivo foi simples. Uma vez que a mão de obra chinesa era muito mais barata e as obrigações trabalhistas eram, praticamente, inexistentes, o que tornava a China um atraente local para a manufatura, o governo instaurou uma regra restritiva para joint ventures; Empresas estrangeiras que quisessem se instalar na China precisavam ter um sócio local, apontado pelo governo, que teria 50% do negócio – sem investir nada e sem interferir nas operações. Análise do ambiente externo Outro exemplo: Coreia do Sul Os conceitos relacionados ao Diamante de Porter oferecem importantes orientações para a análise do ambiente externo. Neste contexto, assinale a alternativa incorreta: a) Deve-se considerar as características específicas do país. b) Deve-se considerar as características da demanda. c) Deve-se considerar as características das indústrias relacionadas e de suporte, ou seja, a cadeia de suprimentos. d) Deve-se considerar a estratégia, estrutura e rivalidade entre os concorrentes. e) Deve-se considerar o capital humano da organização. Interatividade Os conceitos relacionados ao Diamante de Porter oferecem importantes orientações para a análise do ambiente externo. Neste contexto, assinale a alternativa incorreta: a) Deve-se considerar as características específicas do país. b) Deve-se considerar as características da demanda. c) Deve-se considerar as características das indústrias relacionadas e de suporte, ou seja, a cadeia de suprimentos. d) Deve-se considerar a estratégia, estrutura e rivalidade entre os concorrentes. e) Deve-se considerar o capital humano da organização. Resposta Toda organização tem recursos à disposição: Financeiros, humanos, produtivos ou mercadológicos; Os recursos internos afetam a capacidade da empresa em competir no ambiente externo; As empresas precisam analisar os seus recursos e compará-los com os da concorrência, procurando identificar os pontos fortes e fracos. Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ Importante: Os fatores que, cotejados com a concorrência, representam uma vantagem operacional são chamados de pontos fortes. Quais são as forças impulsoras internas que representam uma vantagem diante da concorrência; Os pontos fracos são os fatores que se traduzem em uma desvantagem operacional diante da concorrência, sendo limitações que restringem a atuação organizacional. Análise do ambiente interno Pontos fortes e fracos Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Participação de mercado ou market share: % atendido por determinada organização. Exemplo: a Ambev obteve 59,4%do mercado brasileiro de cerveja, em 2019, somando todas as marcas; Análise do ambiente interno Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Canais de distribuição utilizados: existem para facilitar o processo de transferência de produtos e serviços do produtor ao consumidor. Exemplo: a Chocolates Garoto usa diversos canais, como: supermercados, padarias, lojas de doces, atacados etc.; Linhas de produto: agrupamento de produtos e serviços/características semelhantes; Análise do ambiente interno Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Programas de pesquisa: volume que a empresa investe em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento); Satisfação dos clientes: diversas empresas medem, periodicamente, o nível de satisfação de seus clientes. Exemplo: pesquisas de satisfação que o varejo faz no caixa, ou nas pesquisas feitas após um atendimento por telefone ou internet; Análise do ambiente interno Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Processos produtivos e operacionais: quão eficientes e eficazes são os processos que geram os produtos e serviços oferecidos. São automatizados e geram baixo custo unitário de produção? Exemplo: as fábricas de automóveis com os robôs industriais que produzem com o mesmo nível de qualidade todos os produtos; Análise do ambiente interno Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Recursos humanos: a qualificação das pessoas que trabalham na empresa pode ser um ponto forte (ou fraco). Tempo de experiência, habilidades, competências, comprometimento etc.; Exemplo: vendedores de uma joalheria de bom nível; a qualificação deve estar alinhada com os objetivos da empresa. Comparações com a concorrência permitem verificar os pontos fortes e fracos da estratégia de RH da empresa. Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Recursos humanos: Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ As pessoas, ou seja, o capital humano, podem ser o grande diferencial estratégico (competitivo) para uma empresa Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Rentabilidade: rentabilidade e lucratividade do negócio. Ou seja, como está a eficiência da empresa na alocação de recursos; As empresas mais rentáveis de um ramo de atividade podem, ao longo do tempo, ganhar força para defender as suas posições estratégicas e se distanciar, ainda mais, dos concorrentes. Menor rentabilidade significa menor poder de fogo contra os concorrentes; Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ Elementos internos que devem ser analisados, e que podem ser pontos fortes ou fracos: Força dos sindicatos: a pressão sindical pode significar maiores custos de RH. Sindicatos fortes exercem maior influência nos custos de pessoal do que os sindicatos fracos; Exemplo: a Fiat escolheu a cidade mineira de Betim para instalar a sua fábrica, local onde nem sequer havia um sindicato de metalúrgicos ou equivalente, e arcou com o investimento de treinar a mão de obra para iniciar a operação. Análise do ambiente interno Outros fatores que devem ser analisados: Inovações tecnológicas; Reputação e imagem da marca; Grau de centralização; Capacidade laboratorial. Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ Em um contexto de análise do ambiente interno podemos afirmar que: a) Os recursos humanos, geralmente, não devem ser considerados na análise do ambiente interno e sim na análise do ambiente externo. b) Processo produtivo e desempenho operacional não devem ser considerados na análise do ambiente interno. c) Os recursos humanos, ou o capital humano, podem oferecer grande vantagem competitiva para uma empresa; deve-se considerar na análise do ambiente interno. d) A rentabilidade não deve ser considerada na análise do ambiente interno. e) As características da demanda (clientes) é um importante fator do ambiente interno. Interatividade Em um contexto de análise do ambiente interno podemos afirmar que: a) Os recursos humanos, geralmente, não devem ser considerados na análise do ambiente interno e sim na análise do ambiente externo. b) Processo produtivo e desempenho operacional não devem ser considerados na análise do ambiente interno. c) Os recursos humanos, ou o capital humano, podem oferecer grande vantagem competitiva para uma empresa; deve-se considerar na análise do ambiente interno. d) A rentabilidade não deve ser considerada na análise do ambiente interno. e) As características da demanda (clientes) é um importante fator do ambiente interno. Resposta Outros fatores que devem ser analisados: Eficiência dos esforços promocionais; Canais de comunicação internos; Estrutura de desenvolvimento de novos produtos; Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ Outros fatores que devem ser analisados: Capacidade financeira/acesso aos recursos financeiros; Qualificação de equipamentos; Nível de experiência da mão de obra; Grau de endividamento; Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ Outros fatores que devem ser analisados: Localização das instalações; Habilitações acadêmicas dos funcionários; Absenteísmo. Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ A análise do ambiente interno consiste em examinar os recursos e as capacidades da empresa que influenciam a sua capacidade competitiva, comparando-as com os mesmos recursos da concorrência e identificando se são pontos fortes, fracos ou neutros. Análise do ambiente interno Fonte: https://www.maxpixel.net/ A análise SWOT envolve os ambientes interno e externo da empresa; o modelo trata das forças e fraquezas em dimensões-chaves, como o desempenho e os recursos financeiros, os recursos humanos, as instalações e a capacidade de produção, a participação de mercado, as percepções do consumidor sobre a qualidade, o preço e a disponibilidade do produto, e a comunicação organizacional. A integração das análises SWOT A lógica da aplicação consiste em comparar os fatores internos identificados como os pontos fortes/fracos da organização com os fatores externos identificados como as ameaças/oportunidades. A integração das análises SWOT Fonte: Adaptado de: livro-texto. Ajuda Atrapalha In te rn a (o rg a n iz a ç ã o ) S W E x te rn a (a m b ie n te ) O TOr ig e m d o f a to r Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças Pontos fortes são as capacidades e características da empresa que contribuem positivamente em sua competitividade, enquanto que os pontos fracos são o oposto: contribuem negativamente nos resultados. Ambos são fruto da análise do ambiente interno. Churchill Jr. e Peter (2000) citam alguns exemplos de fatores que podem ser analisados como fortes ou fracos: Recursos financeiros; Reconhecimento de marca; Domínio tecnológico; A integração das análises SWOT OU Churchill Jr. e Peter (2000) citam alguns exemplos de fatores que podem ser analisados como fortes ou fracos: Fidelidade à marca; Direção estratégica; Custos; Modernidade de instalações. A integração das análises SWOT OU Exemplos de fatores que podem ser analisados como as ameaças ou oportunidades: Força da concorrência; Taxa de crescimento do mercado; Leis e regulamentações; Barreiras comerciais internacionais; Novas tecnologias/know-how; Força dos canais de distribuição; Desejos e necessidades de clientes/classe social (econômica) dos clientes. A integração das análises SWOT Os fatores selecionados são classificados por ordem de importância, do mais alto ao mais baixo. Exemplo: A integração das análises SWOT Pontos fortesPonto forte mais importante Ponto forte menos importante Pontos fracos Ponto fraco mais importante Ponto fraco menos importante Oportunidades Oportunidade mais importante Oportunidade menos importante Ameaças Ameaça mais importante Ameaça menos importante Fonte: livro-texto. Adaptado de: Tarapanoff e Gregolin (2001, p. 216). Nesta unidade, foi abordada como as organizações devem avaliar os fatores internos e externos, com o objetivo de sustentar a sua permanência no mercado e ter condições de enfrentar a concorrência. Foram apresentados os conceitos e as ferramentas de gestão para uma eficiente administração estratégica. Destacou-se que a análise SWOT é uma forma de integração. A lógica da aplicação consiste em comparar os fatores internos identificados como os pontos fortes/fracos da organização com os fatores externos identificados como as ameaças/oportunidades. Unidade II – Conclusão Nível estratégico operacional Nível estratégico tático Fonte: https://www.maxpixel.net/ Assinale a alternativa correta que melhor descreve os principais fatores (motivos) que permitem que as empresas permaneçam vivas no mercado por longos períodos: a) O fato de ter um faturamento constante e uma boa carteira de clientes. b) São fundamentais para a longevidade das empresas: adaptabilidade, resiliência e inovação. c) São fundamentais para a perpetuidade das empresas: flexibilidade e recursos. d) O fato de ter bons profissionais na área comercial. e) São fundamentais para a continuidade nos negócios: retorno do patrimônio líquido. Interatividade Assinale a alternativa correta que melhor descreve os principais fatores (motivos) que permitem que as empresas permaneçam vivas no mercado por longos períodos: a) O fato de ter um faturamento constante e uma boa carteira de clientes. b) São fundamentais para a longevidade das empresas: adaptabilidade, resiliência e inovação. c) São fundamentais para a perpetuidade das empresas: flexibilidade e recursos. d) O fato de ter bons profissionais na área comercial. e) São fundamentais para a continuidade nos negócios: retorno do patrimônio líquido. Resposta CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e implementação da estratégia. São Paulo: Makron, 1993. CHURCHILL JÚNIOR, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. PORTER, M. The competitive advantage of nations. Nova York: Free Press, MacMillan, 1990. Referências ATÉ A PRÓXIMA! Prof. Julio Konevalik UNIDADE III Administração Estratégica Caso Havaianas. Formulação da estratégia de nível corporativo. Estratégia de crescimento/estabilidade/retração. Formulação da estratégia de nível de negócio. Liderança de custo/diferenciação/foco. Conteúdo da unidade III Formulação da estratégia de nível funcional. Estratégia de RH/vendas/marketing/produção e operação/outras estratégias funcionais. Campos e armas da competição: um novo modelo de estratégia. Campos de competição. Armas de competição. Conteúdo da unidade III Fonte: https://www.maxpixel.net/ As sandálias Havaianas, produzidas pela empresa São Paulo Alpargatas, trazem um exemplo histórico de estratégias que se adaptam aos tempos, resultando em alguns fracassos e muitos sucessos. Evolução estratégica das Havaianas na forma de ondas: 1º onda: onda das commodities (1962 até 1994); Em 1962, a Alpargatas lançou um produto cuja inspiração era uma tradicional sandália de dedo japonesa chamada Zori, feita com tiras de tecido e sola de palha de arroz. Caso Havaianas Fonte: livro-texto. Nas décadas de 1970 e 1980, as Havaianas eram um produto barato e, amplamente, usado pelas classes C e D. Era comum ver operários de construção, pedreiros, pintores e vendedores ambulantes usando-as para trabalhar. A distribuição feita através de atacados fazia o produto chegar às lojas populares em todo o Brasil, que vendiam o produto encostado em qualquer lugar. Caso Havaianas Fonte: livro-texto. Mesmo tendo um diferencial único (a secreta formulação da borracha do solado e tiras que não deformava, não soltava as tiras e não retinha o cheiro), a percepção geral era de produto “comoditizado” (massificado e não diferenciado pelo cliente) e, extremamente, popular. Para as classes A e B, as Havaianas estavam associadas à falta de elegância. Para o restante da população, eram um produto confiável e barato. Percebendo esse ponto fraco, a concorrência avançou ao longo da década de 1980 com as sandálias (ou chinelos) de borracha com melhor imagem. Caso Havaianas Fonte: livro-texto. Entretanto, em 1988, com o avanço dos concorrentes, a empresa teve uma forte queda nas vendas, de 88 milhões de pares para 65 milhões de pares, com uma margem cada vez menor ao longo do tempo. O baixo custo de produção já não era uma vantagem competitiva. Desta forma, adotou- se uma nova estratégia de fabricação, distribuição e divulgação. Caso Havaianas O ano de 1994 foi o início da onda da redefinição da estratégia. Para isso, a Alpargatas teve por base pesquisas que indicavam que muitas pessoas das classes A e B também usavam as Havaianas, porém, restringindo o uso para as próprias casas. Não era aceitável para a classe alta e média ser vista usando o produto nas ruas, praias e piscinas, pois o preconceito de imagem pobre dominava. Mas era aceitável usar as Havaianas em casa, longe dos olhos dos pares sociais. Caso Havaianas Em 1994, ocorreu o lançamento da linha Havaianas Top, que simbolizou a segunda onda da marca. A sua proposta era reconquistar a classe média. Se as Havaianas tradicionais tinham sempre duas cores – solado e tiras em uma cor básica, palmilha branca –, as top vinham monocromáticas, em cores da moda. Caso Havaianas Fonte: https://medium.com/knowledge- stew/unusual-vending-machines- from-around-the-world-fc4e683efbeb Assim, a linha de produtos de Havaianas passou a ter duas opções: tradicional, sem alterações nas políticas de produção e marketing, e top, com 30% a mais na espessura da sola, cores diferentes e a marca Havaianas gravada em relevo na tira, além de outras ações estratégicas. A Alpargatas não ofereceu a Havaianas Top aos atacados e focou a oferta, diretamente, no varejo de calçados masculinos e femininos, lojas de material esportivo, lojas de moda jovem em shoppings etc. A ideia era mostrar ao público das classe A e B que o novo produto não seria encontrado nos locais populares. Caso Havaianas Os resultados foram ótimos. Em um ano, as tradicionais recuperaram o volume de vendas e a top atingiu as metas de vendas estabelecidas. Comunicação: o prestígio das Havaianas Top, de certa forma, ajudou a reforçar as vendas das Havaianas tradicionais. O público tradicional das classes C e D também tinha uma projeção nas celebridades, mesmo não comprando o produto mais caro. É um bom exemplo de comunicação eficiente, que traz um efeito guarda-chuva para a marca. Cabe ressaltar que a linha de comunicação, de 1994, permanece a mesma, até hoje. Caso Havaianas O sucesso das Havaianas Top incentivou a Alpargatas a desenvolver mais modelos, alguns em uma edição limitada e com o preço alto. Por exemplo, para o réveillon do ano 2000, foi lançado um modelo que brilhava no escuro. E, assim, novos produtos foram lançados e, posteriormente, as lojas com a própria marca Havaianas contribuíram para elevar as vendas e a consolidação da marca. Novos produtos, como o vestuário, foram lançados e muitos alcançaram bons índices de venda. Caso Havaianas Demonstração de adaptabilidade, resiliência e sucesso O sucesso das Havaianas: o sucesso desta sandália foi emblemático tornando-se um artigo de consumo desejado por muitos estrangeiros que quando visitavam o Brasil compravam o produto para o consumo próprio e para presentear. O sucesso das campanhase da grande mudança estratégica fomentou as vendas em aeroportos e em outros países. Caso Havaianas De um artigo secundário para um artigo desejado! Assinale a alternativa que não foi um dos motivos que contribuíram para o sucesso das sandálias Havaianas constatado, principalmente, a partir de 1994: a) A estratégia de comunicação e divulgação. b) A estratégia de distribuição. c) A estratégia de custos e produto. d) A estratégia de retirada total do mercado do produto mais simples (comoditizado) que fez sucesso entre 1962 e 1994. e) A estratégia de lançar um produto diferenciado com a linha Havaianas Top. Interatividade Assinale a alternativa que não foi um dos motivos que contribuíram para o sucesso das sandálias Havaianas constatado, principalmente, a partir de 1994: a) A estratégia de comunicação e divulgação. b) A estratégia de distribuição. c) A estratégia de custos e produto. d) A estratégia de retirada total do mercado do produto mais simples (comoditizado) que fez sucesso entre 1962 e 1994. e) A estratégia de lançar um produto diferenciado com a linha Havaianas Top. Resposta Esse nível é adequado para as organizações estruturadas em unidades de negócios. A formulação estratégica visa obter a sinergia entre os diversos negócios, aproveitando da melhor maneira as possibilidades de compartilhar as atividades. Formulação estratégica de nível corporativo Fonte: https://www.maxpixel.net/ Tipos de crescimento: Interno; Integração horizontal; Diversificação horizontal relacionada; Diversificação horizontal não relacionada; Integração vertical; Fusões; e Alianças estratégicas. Estratégia de crescimento Fonte: https://www.maxpixel.net/ Interno: Aumento de produção e vendas através da ampliação da força de trabalho. Ou seja, aumento da produtividade comercial e produtiva. Também chamado de crescimento orgânico; Exemplo: os esforços do McDonald’s em crescer no faturamento dentro da rede atual de restaurantes. Estratégia de crescimento Fonte: https://www.maxpixel.net/ Integração horizontal: Aquisição/fusão/criação de empresas que atuam no mesmo mercado; O crescimento se dá em vista da ampliação da capacidade produtiva/operacional. Nem sempre é comprar a empresa inteira, podendo comprar só as partes produtivas ou comerciais. Estratégia de crescimento Integração horizontal: Exemplo: em 2008, o Banco Itaú comprou o Unibanco e, com isso, cresceu tanto a base de clientes quanto a de agências. Estratégia de crescimento Fonte: Adaptado de: livro-texto. Concorrente Empresa Concorrente Integração horizontal Diversificação horizontal relacionada: A expressão “relacionada” no nome diferencia essa diversificação, que trata da aquisição/fusão/criação de empresas que atuam em outro mercado, mas que têm características complementares que permitem uma sinergia de operações. Ou seja, não é comprar um concorrente, e sim comprar (ou se fundir) com as empresas de ramos correlatos; É possível comprar só as partes produtivas ou comerciais; Exemplo: WEG, empresa brasileira líder mundial em vários setores ligados às soluções em motores. Estratégia de crescimento Diversificação horizontal não relacionada: Aquisição/fusão/criação de empresas que atuam em outro mercado sem qualquer relação com os mercados atendidos pelas unidades de negócio. É possível comprar só as partes produtivas ou comerciais; Exemplo: a empresa brasileira de suco de laranja Cutrale e o Banco Safra compraram, em sociedade, a empresa americana produtora de bananas Chiquita, por US$ 1,3 bilhão, em 2014. Estratégia de crescimento Fonte: https://www.maxpixel.net/ Diversificação horizontal não relacionada: Outro exemplo é a Vivara, rede brasileira de joalherias com produtos de ouro, prata, óculos, relógios, perfumes e acessórios de couro, que, em 2004, criou uma nova unidade de negócio: a rede de lojas de móveis e decoração Etna. Estratégia de crescimento Fonte: https://www.maxpixel.net/ Integração vertical: Aquisição/fusão/criação de empresas que atuam ao longo da cadeia de suprimento/distribuição. É o caso de empresas que compram ou criam uma empresa que vai ser a sua própria fornecedora de insumos, ou que vai distribuir os seus produtos. Isso também é chamado de verticalização. É possível comprar só as partes produtivas ou comerciais. Estratégia de crescimento Integração vertical: Por exemplo, o Grupo Votorantim tinha, em 2004, em sua unidade de negócios de papel e celulose, alto nível de integração vertical. A sua cadeia produtiva era assim: a VCP Florestal plantava e colhia os eucaliptos, que os fornecia para a VCP Celulose, que transformava a matéria-prima em celulose de uso industrial, que o fornecia para a VCP Papel, que transformava a celulose em papel. Estratégia de crescimento Fonte: Adaptado de: livro-texto. Fornecedor Empresa Distribuidor Integração vertical Fusões: União de duas ou mais empresas em uma nova para ganhar competitividade, por sinergia e compartilhamento. Estratégia de crescimento Brasserie Den Hoorn (Artois) 1366 Brasserie Piedboeuf 1853 Companhia Cervejaria Brahma 1888 Companhia Antarctica Paulista 1882 Anheuser-Busch 1860 Interbrew 1987 AmBev 1999 InBev 1999 Anheuser-Busch InBev N.V. 2008 Fonte: Adaptado de: livro-texto. Fusões: Exemplo: em 1999, as duas maiores cervejarias brasileiras, Antarctica e Brahma, se fundiram em uma só empresa chamada AmBev, unificando as operações fabris e comerciais; Eram concorrentes que disputavam o mesmo mercado, há mais de cem anos. No mesmo exemplo, em 2004, a Ambev se fundiu com a cervejaria belga Interbrew, formando uma nova empresa chamada InBev. Em 2008, a InBev se fundiu com a Anheuser-Busch, a maior cervejaria americana, tornando-se o maior fabricante de cerveja do mundo: a AB-InBev. Estratégia de crescimento Fusões: Vantagens dos processos de fusão: Processo produtivo; Cadeia de distribuição; Fornecedores/clientes; Estrutura comercial, administrativa, financeira; Força competitiva/poder de barganha. Estratégia de crescimento Fonte: https://www.maxpixel.net/ Fusões: Desvantagens dos processos de fusão: Visibilidade e relevância; Órgãos reguladores locais; Domínio de mercado pode ser limitado pelo governo. Estratégia de crescimento Fonte: https://www.maxpixel.net/ Dentre as possíveis estratégias de crescimento para as empresas, podemos citar os processos de fusões. Quanto a este processo, é correto afirmar que: a) Trata-se do aumento de produção e vendas através da ampliação da força de trabalho. b) Trata-se da união de duas ou mais empresas em uma nova, para ganhar a competitividade por sinergia e compartilhamento. c) É quando compram ou criam uma empresa que vai ser a sua própria fornecedora de insumos. d) É quando atuam em outro mercado sem qualquer relação com os mercados atendidos. e) É quando compram as empresas que atuam em outro mercado com complementariedades. Interatividade Dentre as possíveis estratégias de crescimento para as empresas, podemos citar os processos de fusões. Quanto a este processo, é correto afirmar que: a) Trata-se do aumento de produção e vendas através da ampliação da força de trabalho. b) Trata-se da união de duas ou mais empresas em uma nova, para ganhar a competitividade por sinergia e compartilhamento. c) É quando compram ou criam uma empresa que vai ser a sua própria fornecedora de insumos. d) É quando atuam em outro mercado sem qualquer relação com os mercados atendidos. e) É quando compram as empresas que atuam em outro mercado com complementariedades. Resposta Alianças estratégicas: Parcerias em que duas ou mais empresas diferentes cooperam entre si buscando as vantagens competitivas em determinado negócio; Exemplo: as empresas de logística
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