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Prof. Dr. Vitor Painelli UNIDADE I Nutrição Aplicada ao Esporte Qual é a amostra sendo estudada? – humanos vs. animais Por que é importante “vendar” os participantes de um estudo? Será que monitorar o controle alimentar dos participantes ajuda a identificar os indivíduos responsivos a uma intervenção? A interpretação dos resultados é acurada? Cuidado com os (potenciais) conflitos de interesse! O que eu vou dizer a vocês – metodologia da pesquisa em Nutrição Aplicada ao Esporte Fonte: https://hidroquim.com.br/ Restrição calórica = 70% da ingestão calórica do grupo controle. Leucina na proporção: 71,43 g de leucina/kg de peso corporal. 6 semanas de intervenção. Qual é a amostra sendo estudada? – humanos vs. animais Fonte: adaptado de: livro-texto. Figura – massa magra de ratos da linhagem wistar submetidos a tratamentos de restrição calórica (barra cinza), restrição calórica adicionada à suplementação de leucina (barra preta) ou controle (barra branca). As letras se referem a diferenças estatisticamente significantes (ao nível P<0.05) entre os grupos. Fonte: https://biot.fm.usp.br Controle Restrição Calórica (RC) RC + leucina a b c 500 400 300 200 100 0 Massa magra (g ) 30 homens idosos e sedentários. 7,5 gramas de leucina por dia. 12 semanas. Qual é a amostra sendo estudada? – humanos vs. animais Efeitos da suplementação de leucina ou placebo sobre a composição corporal Fonte: adaptado de: VERHOEVEN et al., 2009. PLACEBO (N = 15) LEUCINA (N = 15) ANTES APÓS ANTES APÓS Massa magra (kg) 55.8 ± 0.9 56.2 ± 1.1 54.6 ± 1.0 55.0 ± 1.5 Massa gorda (kg) 19.8 ± 1.7 19.2 ± 2.0 20.0 ± 1.4 20.0 ± 1.3 Gordura corporal (%) 24.5 ± 1.7 23.9 ± 1.9 25.3 ± 1.2 25.4 ± 1.2 Massa magra de pernas (kg) 17.6 ± 0.4 18.0 ± 0.4 17.1 ± 0.5 17.6 ± 0.4 Gordura de pernas (%) 18.9 ± 1.5 19.4 ± 1.6 19.6 ± 1.2 19.8 ± 1.2 Área de secção transversa do quadríceps (cm2) 71 ± 3 71 ± 3 71 ± 2 71 ± 2 Fonte: https://noticias.r7.com/saude SEM DIFERENÇAS! Potência média avaliada em um contrarrelógio de 10-km. Participantes foram avisados do que receberiam e quando receberiam. Por que é importante vendar os participantes de um estudo? Mudança percentual de desempenho comparada à condição basal (média [desvio-padrão]) Chance percentual de que o efeito seja benéfico (trivial/prejudicial) Placebo -1,4 (3,1)% 4 (51/46) 4,5 mg/kg de cafeína 1,3 (2,7)% 45 (53/2) 9,0 mg/kg de cafeína 3,1 (3,4)% 86 (13/1) Em todas as condições foi fornecido PLACEBO! Fonte: https://pedal.com.br Suplementação de creatina. 20 g por dia, 5 dias. Respostas individuais! Será que monitorar o controle alimentar dos participantes ajuda a identificar os indivíduos responsivos a uma intervenção? Voluntários Fonte: HARRIS et al., 1992. 5 14 1 13 1R 3 8 4 6 170 160 150 140 130 120 C o n te ú d o t o ta l d e c re a ti n a (m m o l/ k g d e m ú s c u lo s e c o ) Suplementação de beta-alanina ou placebo por 5 semanas. Nadadores de 100-m e 200-m de nível nacional. Avaliação da mudança no tempo de prova ANTES e APÓS a suplementação. A interpretação dos resultados é acurada? Fonte: https://qualidadedevida.com.br p = 0,07 p = 0,002 PL BA 3 2 1 0 -1 -2 -3 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 V a ri a ç ã o a b s o lu ta n o s 2 0 0 -3 (s ) V a ri a ç ã o a b s o lu ta n o s 1 0 0 -m (s ) Fonte: adaptado de: PAINELLI et al., 2013. Tempo nas finais masculinas dos 100-m e 200-m nado livre (Jogos Olímpicos do Rio 2016). Embora certos resultados não sejam estatisticamente significantes, eles podem ser significativos em um contexto de alto rendimento. A interpretação dos resultados é acurada? Fonte: adaptado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nata%C3%A7%C3%A3o_nos_Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o_de_2016 Evento Ouro Prata Bronze 50 m livre Anthony Ervin (EUA) 21.40 Florent Manaudou (FRA) 21.41 Nathan Adrian (EUA) 21.49 100 m livre Kyle Chalmers (AUS) 47.58 Pieter Timmers (BEL) 47.80 NR* *Novo recorde nacional Nathan Adrian (EUA) 47.85 200 m livre Sun Yang (CHN) 1:44.65 Chad le Clos (RSA) 1:45:20 AF* *Recorde africano Nathan Adrian (EUA) 1:45.23 Tempo de estudo (semanas) 0 4 8 12 Valor P Peso corporal (kg) Placebo 84.8+0.9 85.7+0.9 86.0+0.9 85.1+0.9 HMB-FA 85.0+0.9 85.8+0.9 86.7+0.9 86.9+0.9 0.003 Massa magra (kg) Placebo 67.1+1.1 68.0+1.1 70.0+1.1 69.2+1.1 HMB-FA 67.1+1.1 70.1+1.1 72.2+1.1 74.5+1.1 0.001 Massa gorda (kg) Placebo 17.6+1.7 16.8+1.7 16.0+1.7 15.9+1.7 HMB-FA 17.9+1.7 15.7+1.7 14.4+1.7 12.5+1.7 0.0003 Área de secção transversa do quadríceps (mm) Placebo 50.2+2.1 52.2+2.1 52.5+2.1 52.6+2.1 HMB-FA 50.2+2.1 53.1+2.1 55.60+2. 1 57.4+2.1 0.0001 Suplementação de HMβ X placebo (12 semanas). Homens previamente treinados. ~7,5 kg de aumento de massa magra! Cuidado com os (potenciais) conflitos de interesse Fonte: adaptado de: WILSON et al., 2014. CONFLICT OF INTEREST This research was funded in part through a grant from Metabolic Technologies Inc. JMW, RPL, JMJ, JCA, and SMCW declare no competing interestc. JR, JF, and SB are employed by Metabolic Technologies, Inc. Fonte: adaptado de: WILSON et al., 2014. Fonte: https://dicasdemusculacao.org Cuidado com os (potenciais) conflitos de interesse! A área de Nutrição Aplicada ao Esporte/Exercício é constantemente atualizada. Inúmeros são os pontos a serem considerados para avaliar a qualidade da informação produzida nessa área. A amostra do estudo determinará a sua validade ecológica, isto é, o quanto ela reflete o “mundo real”. O efeito placebo “existe e está entre nós”! – o vendamento é imprescindível! Como regra, suplementos são complementos da dieta, ou seja, deve-se prestar atenção sobre o potencial papel do estado nutricional e consumo alimentar previamente reportados. Cautela deve ser exercida durante a análise e a interpretação dos resultados. O conflito de interesse pode influenciar a elaboração, a condução e a interpretação de um estudo – a ética e a integridade devem ser preservados. Take-home messages – mensagens para casa Sobre os pontos a serem considerados em uma nova informação publicada na área de Nutrição Aplicada ao Esporte, assinale a alternativa correta: a) Resultados provenientes de estudos com suplementos nutricionais em modelos animais são facilmente extrapoláveis para humanos. b) Informações e/ou pistas a respeito de um suplemento nutricional podem influenciar a expectativa de um indivíduo e, portanto, a sua performance física. c) Independentemente do consumo alimentar de um indivíduo, todos os suplementos nutricionais com fundamentação científica serão sempre benéficos. d) A interpretação estatística deve ser a mais rigorosa possível em investigações nesse campo. e) O patrocínio de uma investigação nessa área, provavelmente, terá pouca ou nenhuma influência sobre os resultados. Interatividade Resposta Sobre os pontos a serem considerados em uma nova informação publicada na área de Nutrição Aplicada ao Esporte, assinale a alternativa correta: a) Resultados provenientes de estudos com suplementos nutricionais em modelos animais são facilmente extrapoláveis para humanos. b) Informações e/ou pistas a respeito de um suplemento nutricional podem influenciar a expectativa de um indivíduo e, portanto, a sua performance física. c) Independentemente do consumo alimentar de um indivíduo, todos os suplementos nutricionais com fundamentação científica serão sempre benéficos. d) A interpretação estatística deve ser a mais rigorosa possível em investigações nesse campo. e) O patrocínio de uma investigação nessa área, provavelmente, terá pouca ou nenhuma influência sobre os resultados. Processo de contração muscular. Importância da dieta (macronutrientes x micronutrientes). Sistemas de fornecimentode energia durante o exercício para o processo de contração muscular. Sistema anaeróbio alático/sistema anaeróbio lático/ sistema aeróbio. Quem são eles? Quais são as suas características? Em quais tipos de exercícios possuem maior contribuição? O que eu vou dizer a vocês – bioenergética e integração metabólica Fonte: https://ccb.med.br É o ramo da bioquímica que aborda a transferência, a conversão e a utilização de ENERGIA nos sistemas biológicos. Bioenergética – conceito Fonte: adaptado de: https://sobiologia.com.br Fonte: adaptado de: https://universiaenem.com.br Fonte: https://universiaenem.com.br ENERGIA P+ENERGIA Grupos fosfato MOLÉCULA DE ATP Estrutura da adenosina trifosfato ATP Ribose Adenina Visão geral do processo de contração muscular Ca++ Miosina Troponina ATP Fonte: adaptado de: FITTS (1994) e ROBERGS et al., 2004. Actina Tropomiosina Tnl TnC TnT Exemplos de estoques de energia no corpo humano e papel da dieta Tabela – Estimativa da energia total disponível (kcal) nos principais reservatórios do organismo Fonte: adaptado de: Brooks et al., 2000. Reservas Energia disponível (kcal) Glicogênio muscular 2.000 Glicogênio hepático 280 TG tecido adiposo 141.000 Proteínas corporais 24.000 Carboidratos Proteínas Gorduras Vitaminas Minerais Nutrientes Macro Micro Suplementos Alimentos PROVISÃO DE ENERGIA REGULAÇÃO DO METABOLISMO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio alático (ATP-PCr) Adenina Água Fosfato inorgânicoATP ADP Adenina ADP ATPCreatina-fosfato (CP) Creatina Fonte: adaptado de: Robergs et al., 2004. Adenina Adenina “Tampão temporal energético” (TERJUNG et al., 2000). Fornecimento do fosfato necessário para a ressíntese de adenosina trifosfato (ATP). ATPATP ATP ADP ADP ADP ADP PCr Cr ATP CK CK CKCK ATPase CK ATPase Creatina quinase mitocondrial Creatina citosólica AtPase citosólica CK Mitocôndria Citoplasma Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio alático (ATP-PCr) Apesar de abundantes, os estoques de PCr são rapidamente depletados em situações com elevada demanda por ATP não suprida pela respiração mitocondrial. ~10-15 segundos. Tempo (s) % d o v a lo r d e r e p o u s o Exaustão Fonte: adaptado de: VERHEIJEN, 1998. Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio alático (ATP-PCr) Natação (50 m); Atletismo (100 m); Arremesso de disco; Arremesso de peso; Salto triplo; Salto em distância; Levantamento de peso. Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio alático (ATP-PCr) Fontes: http://treinamentoesportivo.com/index.php/lpo/levantamento-olimpico-o-arranco-e-o-arremesso/ http://tudosobrenatacao.blogspot.com/2016/04/ https://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/acusado-de-jogar-garrafa-em-pista-de-corrida-se-diz-inocente/ https://veja.abril.com.br/esporte/fabiana-murer-confirma-aposentadoria-nao-salto-nunca-mais/ https://atletisminterativo.weebly.com/lanccedilamento-do-disco.html Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio lático (glicólise) FASE DE PAGAMENTOFASE DE RECOMPENSA Nesse sistema, a glicose proveniente do glicogênio passa a ser o substrato utilizado para a geração de ATP. Fonte: adaptado de: https://canalcederj.ceci erj.edu.br/recurso/7667 Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio lático (glicólise) – formação de lactato Fonte: adaptado de: ROBERGS et al., 2004. A nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADH), uma coenzima eletricamente carregada, seria naturalmente reoxidada na mitocôndria; contudo, dada a insuficiência de oxigênio, o piruvato aceita os elétrons do NADH, convertendo-se em lactato. Atletismo (400 e 800 m); Natação (100 e 200 m); Ciclismo indoor (1 km); Boxe; Judô. Sistema de fornecimento de energia: sistema anaeróbio lático (glicólise) Fontes: https://www.torcedores.com/noticias/2018/12/selecao-brasileira-de-ciclismo-kacio-freitas http://www.judan.com.br/2014/12/os-10-melhores-ippons-de-2014-no-judo.html https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/olimpiada/noticia/2016/06/phelps-garante-vaga-nos-200m-borboleta-dos-jogos-do- rio-6274673.html https://sites.google.com/site/edfisicaempic/educacao-fisica-corpo-e-mente/atletismo Com a presença de oxigênio, o piruvato é convertido em Acetil-CoA, o qual adentrará o ciclo do ácido cítrico (Ciclo de Krebs). O ciclo levará à produção de ATP. E também levará à produção das já mencionadas coenzimas eletricamente carregadas (NADH e FADH). Sistema de fornecimento de energia: sistema aeróbio (Ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons) Fonte: http://profpenafortefundamentosdabiologia.blogspot.com/2012/02/metabolismo- metabolismo.html Sistema de fornecimento de energia: sistema aeróbio (Ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons) Fonte: adaptado de: NELSON & COX, 2002. NADH e FADH fornecem os seus elétrons aos complexos da cadeia transportadora de elétrons. Ao passo que esses elétrons são transportados pela cadeia, prótons são gerados no espaço intermembranar da mitocôndria, os quais vão levar à síntese de ATP. Maratona; Maratona aquática; Marcha atlética; Cross-country; Ciclismo de estrada; Triatlo. Sistema de fornecimento de energia: sistema aeróbio (Ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons) Fontes: http://www.ssat.or.th/en/2017/04/20/cross-country-skiing-2/ https://esporte.ig.com.br/olimpiadas/triatlo/ http://www.finishlynx.com/pt/packages/cycling-timing-systems/ https://www.torcedores.com/noticias/2018/11/maratona-de-nova- york-ao-vivo-na-tv Principais características dos três sistemas de fornecimento de energia. CARACTERÍSTICAS SISTEMA ANAERÓBIO ALÁTICO SISTEMA ANAERÓBIO LÁTICO SISTEMA AERÓBIO Tipo de atividade Potência Velocidade Endurance Duração do esforço 0 a 20 segundos 30 a 120 segundos >180 segundos Evento esportivo Lançamentos, saltos, sprints Corridas de 400 e 800 metros, nado 100 e 200 metros Maratona, triatlo, remo Localização de enzimas Citosol Citosol Citosol e mitocôndrias Localização de substrato Citosol Citosol Citosol, sangue, fígado e tecido adiposo Velocidade de ativação do processo Imediato Rápido Lento, mas prolongado Substratos utilizados Fosfocreatina Glicose e glicogênio muscular Glicose e glicogênio muscular, glicogênio hepático, ácidos graxos, aminoácidos Presença de oxigênio Não Não Sim Take-home messages – mensagens para casa Fonte: adaptado de: BROOKS, 1998. Assinale a alternativa incorreta dentre as sentenças: a) O NADH e o FADH são coenzimas eletricamente carregadas, cujo destino é a cadeia transportadora de elétrons, em que ATP será produzido por vias aeróbias. b) O ATP é a “moeda energética” do organismo. Além de permitir que determinadas reações enzimáticas e trocas iônicas ocorram, sem ele, não há contração muscular. c) A ligação do cálcio à troponina também tem papel imprescindível no processo de contração muscular. d) O corpo humano tem “estoques de energia” para a sobrevivência, como o glicogênio muscular e os triglicerídeos no tecido adiposo. e) O levantamento básico, o lançamento de peso e o salto triplo são exemplos de modalidades em que há a predominância do sistema aeróbio. Interatividade Resposta Assinale a alternativa incorreta dentre as sentenças: a) O NADH e o FADH são coenzimas eletricamente carregadas, cujo destino é a cadeia transportadora de elétrons, em que ATP será produzido por vias aeróbias. b) O ATP é a “moeda energética” do organismo. Além de permitir que determinadas reações enzimáticas e trocas iônicas ocorram, sem ele, não há contração muscular. c) A ligação do cálcio à troponina também tem papel imprescindível no processo de contração muscular. d) O corpo humano tem “estoques de energia” para a sobrevivência, como o glicogênio muscular e os triglicerídeosno tecido adiposo. e) O levantamento básico, o lançamento de peso e o salto triplo são exemplos de modalidades em que há a predominância do sistema aeróbio. Classificação dos CHO. Processo de digestão e absorção intestinal dos CHO. Captação tecidual dos CHO. Utilização dos CHO durante o exercício físico. Importância do fornecimento de CHO pela dieta para o exercício físico. Efeitos da suplementação de CHO sobre o desempenho físico. Efeitos sobre o treinamento físico (aeróbio e resistido). Recomendações. O que eu vou dizer a vocês – carboidratos (CHO) Fonte: https://mundoboaforma.com.br Monossacarídeos = CHO simples. Não sofrem digestão (glicose, frutose). Dissacarídeos (lactose, sacarose) e polissacarídeos (glicogênio) = CHO complexos. Precisam sofrer digestão. Carboidratos – classificação Figura – Classificação e função dos carboidratos Adaptado de: Jenkins et al., 1981. Classificação Funções Estrutural Energética Monossa- carídeos Polissa- carídeos Dissacarídeos são Substâncias orgânicas Carboidratos Inicia na boca (trituração + ptialina). Interrompida no estômago. Duodeno suco pancreático Amilase pancreática. Formação dos dissacarídeos. Jejuno e íleo secreção de enzimas específicas aos dissacarídeos. Carboidratos – digestão e absorção intestinal Figura – Ilustração da digestão dos carboidratos no organismo humano Digestão dos carboidratos Dissacarídeos MonossacarídeosAmilase salivar Polissacarídeos Amilase pancreática Dextrinas Maltose Sucrose Lactose LactaseSacaraseMaltase Dextrinas ptialina ph ácido do estômago inibe a ptialina (duodeno) Glicose Frutose Galactose Fonte: Adaptado de http://ww w.namrata.c o/reaction- catalyzed- by-amylase/ Glicemia deve ser regulada. Pâncreas – secreção de insulina. Insulina favorece o transporte de GLUT para a membrana celular. GLUT (glucose transporter) é o responsável por captar a glicose. Carboidratos – captação tecidual Fonte: livro-texto. Figura – ilustração do processo de captação de glicose do meio extracelular para o meio intracelular pelo transportador de glicose isoforma 4 (GLUT4), a qual ocorrerá após a ligação da insulina ao seu receptor específico. Insulina Glicose Receptores de insulina Ativo Inativo GLUT4 Ativação de sinalizadores Estocagem ou utilização da glicose Hormônios liberados durante o exercício estimulam a quebra de glicogênio (glicogenólise) até glicose. A glicose sofre a glicólise, levando à produção de ATP. Carboidratos – utilização durante o exercício físico Fonte: autoria própria Tecido muscular Energia GLUCAGON GLICOSE G6P 3 2 1 GLICOGÊNIO GLUT 4 GLUT 4 (+) CONTRAÇÃO GLICOGENÓLISE 1 Hexoquinase 2 Glicogênio sintetase 3 Via oxidativa Quanto > a intensidade, maior a mobilização de glicogênio muscular para o exercício. Quanto > a duração, maior a mobilização de glicogênio muscular para o exercício. Glicogênio muscular Triglicerídeos musculares Glicose plasmática Ácidos graxos plasmáticos % do VO2 máx G a s to c a ló ri c o ( c a l/ k g /m in ) C o n c e n tr a ç ã o d e G li c o g ê n io ( m m o l/ k g /m in ) Duração (mín) Fonte: GOLLNICK et al., 1974; HERMANSEN et al., 1967; ROMIJN et al., 1993. Carboidratos – utilização durante o exercício físico 25 65 85 Dietas de diferentes conteúdos de CHO levarão a diferentes concentrações de glicogênio muscular, o que impactará o desempenho físico. Carboidratos e exercício físico – influência da dieta? Relação entre a tolerância ao esforço e a concentração inicial de glicogênio muscular fornecida por dietas com diferentes conteúdos de carboidrato. Os quadrados são os participantes submetidos à dieta pobre em carboidrato; os triângulos são os participantes submetidos à dieta moderada; os círculos fazem referência aos participantes submetidos à dieta rica. Fonte: adaptado de: BERGSTROM et al., 1966. [ g li c o g ê n io m u s c u la r] g /1 0 0 m ú s c u lo Tempo de exaustão (mín) 0 50 100 150 200 250 300 6.0 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0 Ciclistas treinados. 120 min a 70% VO2máx. Contrarrelógio 30-km. CHO: ~150 g antes/solução de glicose 6,4%. Placebo: adoçante artificial / adoçante artificial. Ingestão 30 min antes/a cada 15 min. Carboidratos e exercício físico – influência da suplementação? T e m p o p a ra c o m p le ta r 3 0 -k m ( s ) CC: CHO antes e durante o exercício PC: placebo antes e CHO durante o exercício CP: CHO antes e placebo durante o exercício PP: placebo antes e durante o exercício Fonte: adaptado de: FEBBRAIO et al., 2000. Fonte: https://cob.org.br 4000 3000 2000 1000 0 CC PC CP PP Tal como durante as competições, os CHO também são importantes para manter uma intensidade de treino elevada, de forma a adquirir melhores adaptações ao treinamento e, assim, melhores índices de competição. Carboidratos – efeitos sobre o treinamento físico Baixo CHO Alto CHO % d a p o tê n c ia m á x im a Fonte: adaptado de: YEO et al., 2008. Figura – Efeitos de dietas ricas e pobres em carboidratos (CHO) sobre a intensidade de treinamento a cada sessão 77 75 73 71 69 67 65 HIT1 HIT2 HIT3 HIT4 HIT5 HIT6 HIT7 HIT8 HIT9 * p = 0.06 Séries de agachamento a 85% 1RM até a exaustão. 3 min de descanso entre as séries. 0,3 g de CHO/kg antes e após cada série completada. Carboidratos – efeitos sobre o treinamento de força? Fonte: adaptado de: KULIK et al., 2008. Tabela – Efeitos da suplementação de carboidratos sobre o desempenho de força Fonte: https://treinomestre.com.br VARIÁVEL CARBOIDRATO PLACEBO p Repetições 20.4+14.9 19.7+13.1 0.88 Séries 3.5+3.2 3.5+2.7 1.00 Volume total (kg.reps) 2928.7+2219.5 2772.8+1951.4 0.78 Trabalho total (kJ) 29.9+22.3 28.6+19.5 0.83 Tempo total (mín) 29.7+3.6 28.5+3.0 0.70 Carboidratos – recomendações (ACSM) Fonte: THOMAS et al., 2016. Recomendações diárias Leves Baixa intensidade ou dependentes de habilidades 3 a 5 g de CHO/kg/dia Moderadas Atividades de duração e/ou intensidades moderadas (~1h/dia) 5 a 7 g de CHO/kg/dia Intensas + prolongadas Atividades de natureza aeróbia e/ou intermitente, de intensidade moderada à alta e duração prolongada (1 a 3h/d) 6 a 10 g de CHO/kg/dia Intensas + (muito) prolongadas Atividades de intensidade moderada à alta, com duração extremamente prolongada (>4-5h/dia) 8 a 12 g de CHO/kg/dia Pré-exercício: 3 a 4 horas antes (refeição). 4 a 5 g de CHO/kg de peso corporal. 1 hora antes (repositores energéticos líquidos). 1 a 2 g de CHO kg de peso corporal. Durante o exercício (duração < 1 hora): Desnecessários! Durante o exercício (intensos, contínuos ou intermitentes, com duração > 1 hora): 30 a 60 g de CHO/hora; provê-lo a cada 15 ou 30 minutos. Carboidratos – recomendações (ACSM) Pós-exercício: 1,0 a 1,2 g de CHO/kg de peso corporal/hora durante 4 a 6 horas após o término do exercício; depois disso, retornar às necessidades diárias. Carboidratos – recomendações (ACSM) Fonte: https://peakendurancesport.comFonte: https://suppversity.blogspot.com Os CHOs possuem mecanismos de digestão e absorção bem definidos, iniciando-se na boca e terminando no íleo e no jejuno por meio da ação de enzimas específicas a esses sítios. A liberação de insulina pelo pâncreas e a sua ligação ao seu receptor específico é um passo de suma importância para a captação de glicose pelos tecidos. Uma vez dentro dos diferentes tecidos, a principal função da glicose será o fornecimento energético. A sua contribuição para a manutenção do exercício é fundamental conforme a intensidade e a duração do exercício aumentam. Isso tem relação direta com o desempenho físico. Assim, a suplementação de CHOs antes e durante o exercíciofísico tem sido recomendada para a melhora do desempenho em atividades intensas e de longa duração (> 1 hora). Exercícios resistidos parecem não sofrer benefícios com a suplementação de CHO. Take-home messages – mensagens para casa Assinale a alternativa correta dentre as sentenças: a) A combinação de intensidades elevadas e durações prolongadas em um exercício físico acarreta em baixa mobilização do glicogênio muscular para a produção de energia para a manutenção da contração muscular. b) Considerando o sistema de fornecimento de energia durante o treinamento resistido para quem quer ganhar força máxima, pode-se dizer que o efeito da suplementação de carboidratos exerceria efeitos ergogênicos. Interatividade c) Modalidades esportivas intensas e de longa duração (maratona, triatlo) são exemplos de atividades em que não se esperariam efeitos ergogênicos da suplementação de carboidratos. d) A ingestão de carboidratos durante atividades de alta intensidade e de relativa curta duração (30 a 40 minutos) se tornaria irrelevante já que não há completa depleção do glicogênio muscular em atividades com tal duração, nem risco de hipoglicemia. e) Todas as afirmativas anteriores são incorretas. Interatividade Assinale a alternativa correta dentre as sentenças: d) A ingestão de carboidratos durante atividades de alta intensidade e de relativa curta duração (30 a 40 minutos) se tornaria irrelevante já que não há completa depleção do glicogênio muscular em atividades com tal duração, nem risco de hipoglicemia. Resposta Classificação. Digestão e absorção intestinal. Mobilização e oxidação durante o exercício físico. Estratégias nutricionais para “otimizar” a mobilização e a oxidação de lipídios. O que eu vou dizer a vocês – lipídios Fonte: https://brasilescola.uol.com.br Moléculas hidrocarbonatadas (carbono, hidrogênio e oxigênio). Não solúveis em água. Simples (triglicerídeos). Compostos (fosfolipídios). Esteroides (colesterol). Lipídios – classificação Reação de síntese dos triglicerídeos (gorduras) a partir da condensação de três moléculas de ácido graxo com uma molécula de glicerol Fonte: adaptado de: https://sobiologia.com.br Glicerol + 3 ácidos graxos de diferentes comprimentos Um triglicerídeo formado a partir de 1 glicerol + 3 ácidos graxos Estrutural. Armazenamento e provisão de energia. Isolante térmico e físico. Lipídios – classificação e função Fonte: adaptado de: https://todamat eria.com.br Glicerol Ch2 – OH CH – OH CH2 – OH Ácido graxo HO O= HO O= Saturado Ligação dupla Insaturado Lipídios – classificação e função (Alimentos de origem animal) (Azeite de oliva, óleo de canola e de amendoim) (Castanha, amêndoa, óleo de girassol) Triglicerídeos Fonte: adaptado de: https://todamateria.com.br O= Ch2 – O CH – O CH2 – O Glicerol + 3 ácidos graxos O= O= O= Ch2 – O CH – O CH2 – O O= O= SATURADO MONOINSATURADO O= Ch2 – O CH – O CH2 – O O= O= POLI-INSATURADO Lipídios – digestão 3) 4) 5) Na boca, lipase lingual inicia a digestão dos lipídios No estômago, a lipase gástrica continua a digestão dos lipídiosA vesícula biliar libera a bile, rica em sais/ácidos biliares As micelas são transportadas até a mucosa intestinal do jejuno A lipase pancreática, liberada pelo pâncreas, é responsável pela digestão final dos lipídios, quebrando as micelas em glicerol e ácidos graxos 2) No duodeno, os sais biliares continuarão a quebra das gotículas maiores de lipídios, transformando-os em moléculas menores, as micelas 6) Fonte: adaptado de: https://lactobacilo.com 1) Lipídios – absorção Tecidos Sangue Células da mucosa intestinal Resintetizados em triglicerídeos Quilomícrons Ácidos graxos, glicerol absorção Colesterol fosfolipídios de proteínas Ácidos graxos e glicerol Fonte: Adaptado de: McArdle et al., 1996. Oxidação dos ácidos graxos (AG) Circulação sistêmica AG ligado à albumina Captação (fígado e músculo) Lipídios – Mobilização do tecido adiposo e transporte através da corrente sanguínea Fonte: Autoria Própria Triacilglicerol (TAG) GLICEROL 3 AG Sist. Circulatório Adipócito AMPc (+) Hormônios Glucagon Adrenalina GH Lipase Hormônio Sensível (LHS) Ácido graxo + albumina Tecido muscular Lipídios – Captação e ativação pela célula muscular Oxidação dos ácidos graxos (AG) a) Citoplasma Captação (difusão) Ligação à FABP Ligação à Coenzima A Sist. Circulatório Fonte: Autoria Própria Ácido graxo + albumina COENZIMA A (CoA) ATP AG-FABP MIÓCITO Acil-CoA Lipídios – Oxidação pela célula muscular Fonte: Autoria Própria Oxidação dos ácidos graxos (AG) b) Mitocondrial Degradação do Acetil CoA no ciclo de Krebs produzindo ATP, CO2 e H2O. Cada Acetil CoA no ciclo de Krebs gera 12 ATPs. COENZIMA A (CoA) ATP AG-FABP MIÓCITO Acil-CoA Acil-CoA Acetil-CoA CK Mitocôndria Conforme a duração do exercício se prolonga, o conteúdo muscular de glicogênio diminui, e a oxidação de gorduras passa a ser predominante; Dado que o glicogênio muscular é o substrato predominantemente recrutado em intensidades elevadas de exercício, a oxidação de gorduras possui maior participação em intensidades leves a moderadas de exercício. Lipídios – Contribuição para o exercício físico: influência da duração e da intensidade Fonte: Adaptado de: McArdle et al., 1996 P o rc e n ta g e m d e E n e rg ia d a s G o rd u ra s e d o s C a rb o id ra to s 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 % do VO2 máx Carboidratos Gorduras % d o m e ta b o lis m o d e g o rd u ra o u c a rb o id ra to 70 65 60 55 50 45 40 35 30 % 0 20 40 60 80 100 120 % Gorduras % Carboidratos Cafeína; Carnitina; Ácido Linoleico Conjugado Chá verde; Fucoxantina Forscolina Cromo Lipídios – Estratégias nutricionais para otimizar a mobilização e oxidação de gorduras Ilustração dos ‘supostos’ efeitos de um Fat BurnerFonte: Adaptado de Jeukendrup & Randell, 2011 Fat burner Aumento da oxidação de lipídios durante o exercício Inibe o apetite Previne ganho de peso após a perda de peso Aumenta a perda de peso Aumento do gasto calórico Diminui a absorção de lipídios Causam adaptações de longo prazo no metabolismo lipídico Acelera o metabolismo A maior parte dos lipídios ingeridos na dieta está na forma de triglicerídeos, compostos por 1 molécula de glicerol e 3 de ácidos graxos. A digestão dos lipídios se inicia na boca (lipase lingual) e termina na mucosa intestinal, onde as micelas são clivadas pela lipase pancreática em glicerol e ácidos graxos. A mobilização de lipídios durante o exercício parece ser maior em intensidades leves a moderadas, condizentes com a lentidão da sua mobilização, tal como em durações prolongadas, em que os estoques de glicogênio se reduzem drasticamente. Estratégias vêm sendo empregadas na tentativa de otimizar a oxidação de lipídios. Os resultados em estudos com animais são empolgantes. Já os resultados em humanos são inconsistentes. A lista de fat burners cresce direcionada pela indústria a uma velocidade que não é pareada por suporte científico. Take-home messages – mensagens para casa Em relação à suplementação de fat burners, é correto afirmar que: a) Há um grande número de suplementos dessa faixa no mercado, mas apenas a carnitina e o chá verde têm eficácia cientificamente comprovada. b) Há substancial informação na literatura que apoie a segurança de cada um deles, isto é, seus potenciais efeitos colaterais sobre a saúde. c) Não existe suporte científico e/ou fundamentação teórica que apoie a eficácia de qualquer suplemento fat burner. d) É improvável que a comercialização de fat burners esteja associada ao interessede indústrias e, portanto, a conflitos de interesse. e) Eles apresentam resultados positivos e similares sobre a composição corporal tanto de animais quanto de humanos. Interatividade Em relação à suplementação de fat burners, é correto afirmar que: a) Há um grande número de suplementos dessa faixa no mercado, mas apenas a carnitina e o chá verde têm eficácia cientificamente comprovada. b) Há substancial informação na literatura que apoie a segurança de cada um deles, isto é, seus potenciais efeitos colaterais sobre a saúde. c) Não existe suporte científico e/ou fundamentação teórica que apoie a eficácia de qualquer suplemento fat burner. d) É improvável que a comercialização de fat burners esteja associada ao interesse de indústrias e, portanto, a conflitos de interesse. e) Eles apresentam resultados positivos e similares sobre a composição corporal tanto de animais quanto de humanos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA! Prof. Dr. Vitor Painelli UNIDADE II Nutrição Aplicada ao Esporte Classificação e função; Digestão e absorção; Como se dá o turnover/balanço proteico? Suplementação de proteínas; Influência da dose? Fonte? Distribuição? Necessidades proteicas; Recomendações. O que eu vou dizer a vocês – proteínas Fonte: https://beduka.com/ Macromoléculas compostas por cadeias de aminoácidos; AAs ácidos orgânicos que possuem um grupo amina e um grupo carboxila ligados ao seu carbono α; AA + AA = dipeptídeo; AA + AA + AA = tripeptídeo; 4 até 20 AAs (ou 100) = polipeptídeo; Acima disso = proteína. Proteínas – classificação Fonte: autoria própria – baseado em: LEHNINGER et al., 1995. Não essenciais: são aqueles sintetizados pelo corpo; Essenciais: são aqueles que o corpo humano não pode sintetizar DIETA. Aminoácidos – classificação Lista dos aminoácidos essenciais e não essenciais. Não essenciais Essenciais Alanina Isoleucina Arginina Leucina Asparagina Valina Aspartato Lisina Cisteína Metionina Ácido glutâmico Fenilalanina Glutamina Treonina Glicina Triptofano Prolina Histidina Serina Valina Tirosina Fonte: autoria própria – Baseado em: LEHNINGER et al., 1995. Hormonal (ex.: insulina – metabolismo dos carboidratos); Enzimática (ex.: ATPase – hidrólise do ATP); Transportadora (ex.: albumina – transporta ácidos graxos livres); Receptora (ex.: GLUT4 – capta a glicose da corrente sanguínea); Contrátil (ex.: actina/miosina – contração muscular); Estrutural (ex.: colágeno – tecido conjuntivo); Energética. Proteína – funções Processo de digestão de proteínas Sítio de digestão Enzima Processo Estômago Pepsina Duodeno Tripsina Intestino delgado Erepsina Proteínas – digestão e absorção PROTEÍNA POLIPEPTÍDEOS POLIPEPTÍDEOS PEPTÍDEOS PEPTÍDEOS AMINOÁCIDOS Fonte: autoria própria – baseado em: LEHNINGER et al., 1995. Destino dos aminoácidos e turnover/balanço proteico Fonte: HARRIS et al., 1992. O balanço proteico diz respeito à diferença aritmética entre as taxas de síntese e degradação proteica durante um determinado período. Balanço/turnover proteico REFEIÇÃO REFEIÇÃO REFEIÇÃO TEMPO B A L A N Ç O P R O T E IC O M U S C U L A R Fonte: adaptado de: PHILLIPS, 2004. Paddon-Jones et al. (2004): Comparação da resposta de síntese proteica muscular entre jovens e idosos após a ingestão de 15 gramas de aminoácidos essenciais. Ambos respondem, mas a resposta é mais discreta em idosos RESISTÊNCIA. Balanço/turnover proteico: influência da ingestão proteica S ín te s e p ro te ic a m u s c u la r (% /h ) Jovem Idoso Jejum Pós-ingestão Fonte: adaptado de PADDON-JONES et al., 2004.Fonte: https://healthhub.sg/ 0.12 0.10 0.08 0.06 0.04 0.02 0 Wilkinson et al. (2008): comparação da resposta da síntese proteica muscular ao exercício resistido e aeróbio em jovens; O exercício resistido se mostra uma ferramenta mais potente para aumentar a síntese proteica muscular. Balanço/turnover proteico: influência do tipo de treinamento Fonte: adaptado de: WILKINSON et al., 2008. REPOUSO PÓS-EXERCÍCIO Exercício aeróbio Exercício resistido Fonte: https://ativo.com/ S ín te s e p ro te ic a ( % /h ) 0.15 0.10 0.05 0.00 REFEIÇÃO REFEIÇÃO REFEIÇÃO TEMPO B A L A N Ç O P R O T E IC O M U S C U L A R A combinação do treinamento resistido a um aumentado aporte proteico tem sido sugerida como uma estratégia mais eficiente para aumentar a massa e a força musculares ou combater sua perda do que qualquer uma delas isoladamente. Balanço/turnover proteico: treinamento + suplementação de proteínas Fonte: adaptado de: PHILLIPS, 2004. III IV As proteínas possuem inúmeras funções. Apesar do papel dos aminoácidos no fornecimento energético, eles possuem importante papel na sinalização intracelular para a síntese de proteínas; O balanço/turnover proteico ditará a “plasticidade muscular”, seja no sentido da hipertrofia, seja no sentido da atrofia, e é bem caracterizado em algumas situações; O treinamento resistido e a ingestão proteica se mostram estratégias efetivas para o aumento da síntese proteica muscular, embora ele seja mais discreto na população idosa; Dessa forma, a associação da suplementação com proteínas ao treinamento resistido se mostra uma estratégia ainda mais eficaz para otimizar o ganho de força e massa muscular. Take-home messages – mensagens para casa Assinale a alternativa correta a respeito do metabolismo das proteínas: a) Indivíduos idosos possuem resposta da síntese proteica muscular similar a de indivíduos idosos após estímulos anabólicos, como a ingestão de proteínas. b) O tipo de treinamento parece não influenciar a resposta anabólica muscular. c) O balanço proteico tem impacto direto no acréscimo ou na diminuição da massa muscular. Logo, o emprego de estratégias para mantê-lo o mais positivado possível ao longo do dia é interessante. d) Os aminoácidos não essenciais são aqueles que o corpo humano não sintetiza; logo, só podem ser obtidos pela dieta. e) Tal como os carboidratos e os lipídios, a digestão das proteínas se inicia na cavidade bucal. Interatividade Assinale a alternativa correta a respeito do metabolismo das proteínas: a) Indivíduos idosos possuem resposta da síntese proteica muscular similar a de indivíduos idosos após estímulos anabólicos, como a ingestão de proteínas. b) O tipo de treinamento parece não influenciar a resposta anabólica muscular. c) O balanço proteico tem impacto direto no acréscimo ou na diminuição da massa muscular. Logo, o emprego de estratégias para mantê-lo o mais positivado possível ao longo do dia é interessante. d) Os aminoácidos não essenciais são aqueles que o corpo humano não sintetiza; logo, só podem ser obtidos pela dieta. e) Tal como os carboidratos e os lipídios, a digestão das proteínas se inicia na cavidade bucal. Resposta Para indivíduos jovens, observa-se que doses de 20 g são suficientes para maximizar a resposta da síntese proteica muscular. Proteínas – influência da dosagem proteica por refeição S ín te s e p ro te ic a ( % /h ) Dose proteica (g) ~0,25 a 0,3 g/kg Fonte: adaptado de: MOORE et al., 2009. Fonte: https://hipertrofia.org Fonte: https://malharbem.com.br Consistente com o fenômeno da resistência anabólica, idosos parecem precisar de maiores doses para maximizar a resposta da síntese proteica muscular. Proteínas – influência da dosagem proteica por refeição S ín te s e p ro te ic a ( % /h ) Perna não exercitada Dose de whey protein (g) Perna exercitada Fonte: https://palacegatepractice. com Fonte: https://indiamart.com Fonte: adaptado de YANG et al., 2012. Proteínas vegetais = região esplâncnica; Proteínas animais = tecidos periféricos; Whey e soja = alta digestibilidade; Whey e caseína = alto conteúdo de AAs essenciais.Proteínas – influência da fonte proteica S ín te s e p ro te ic a m u s c u la r (% /h ) Repouso Exercício Caseína SojaWhey Fonte: adaptado de: TANG et al., 2009. 0.20 0.15 0.10 0.05 0.00 Logo, proteínas de fonte animal e de alta digestibilidade devem ser escolhidas em detrimento das proteínas de origem vegetal ou de lenta digestibilidade; 3 horas pós-ingestão, a aminoacidemia retorna aos níveis basais. Proteínas – influência da fonte proteica A m in o á c id o s e s s e n c ia is (n m o l/ m L ) Tempo (minutos) Whey Soja Caseína Fonte: adaptado de: TANG et al., 2009. 1400 1200 1000 800 600 400 0 30 60 90 120 150 180 Proteínas – influência da distribuição proteica ao longo do dia Fonte: Adaptado de Areta et al., 2013 BOLUS INTERMEDIÁRIA FREQUENTE Bolus Intermediária Frequente S ín te s e p ro te ic a m u s c u la r (% / h ) Proteínas – influência da coingestão com carboidratos A Fonte: HAMER et al., 2013. Fonte: KOOPMAN et al., 2007. S ín te s e p ro te ic a m u s c u la r (% /h ) S ín te s e p ro te ic a m u s c u la r (% /h ) 0.03 0.02 0.01 0.00 0.14 0.12 0.10 0.08 0.06 0.04 0.02 0.00 B PRO PRO+LCHO PRO+HCHO PRO PRO-CHO Fonte: KATSANOS et al., 2008. 6,72 g de AAs essenciais; 7,57 g de AAs não essenciais; 15 g de whey protein. Proteínas – o que é melhor? Uma proteína inteira ou aminoácidos isolados? S ín te s e p ro te ic a Aminoácidos essenciais Aminoácidos não essenciais Whey protein Fonte: https://realfitness.es 150 125 100 75 50 25 0 -25 * * Quantidades >0,89 g/kg/dia para sedentários não conferem benefícios adicionais; Atletas precisam de uma ingestão proteica diária maior do que sedentários, mas quantidades >1,42 g/kg/dia não conferem grandes benefícios significantemente adicionais. Proteínas – necessidades diárias de acordo com o perfil 0.89 g / kg / d 2.32 g / kg / d1.42 g / kg / d S ín te s e p ro te ic a (m g / k g / h o ra ) ATLETAS SEDENT Fonte: adaptado de: TARNOPOLSKY et al., 1992. 400 350 300 250 200 150 100 50 0 15 a 35% da ingestão calórica diária deveria ser sob a forma de proteínas; Recomendação para pessoas sedentárias: 0,8 g/kg/dia; Recomendação para atletas de endurance: ~1,4 g/kg/dia; Recomendação para atletas de força: ~1,8 g/kg/dia. Proteínas – recomendação 0,8-0,9 1,3-1,4 1,7-1,8 15-35% Ingestão proteica diária (g/kg/dia) Atleta de força Atleta de endurance Indivíduo sedentário Taxa de Síntese Proteica (unidades arbitrárias) Recomendação atual Recomendação para endurance Recomendação para força Fonte: LEMON, 1998. 50 40 30 20 10 0 50 40 30 20 10 0 A = ingestão diária recomendada para sedentários (0,8 g/kg/dia); B = recomendação diária para treinados (1,4-1,5 g/kg/dia); C = ingestão diária média calculada nos 9 estudos (2,05 g/kg/dia). Proteínas – consumo proteico x recomendação HÁ A REAL NECESSIDADE DE SUPLEMENTAR???? In g e s tã o p ro te ic a (g / k g / d ia ) ESTUDO Fonte: adaptado de: PHILLIPS, 2004. Existem fatores que podem influenciar a síntese proteica muscular em resposta à ingestão de proteínas, tais como a dosagem, a fonte, a distribuição; outros nem tanto, tal como a combinação com CHO; A suplementação com “proteínas inteiras” parece ser superior aos aminoácidos isolados para aumentar a síntese proteica; Atletas de fato requerem mais proteínas do que indivíduos sedentários, mas a quantidade é bem menor do que se pensa; A real necessidade de se suplementar com proteínas deve ser analisada de acordo com a dieta! Take-home messages – mensagens para casa Assinale a alternativa correta dentre as sentenças abaixo: a) Para otimizar a síntese proteica muscular, indivíduos jovens necessitam de doses maiores de proteínas por refeição se comparados a indivíduos idosos. b) A fonte proteica pode influenciar a síntese proteica muscular, em que as proteínas de origem vegetal, como a soja, podem gerar uma maior otimização da síntese proteica se comparadas às de origem animal, como a proteína do soro do leite (isto é, o whey protein). c) A combinação de carboidratos e proteínas parece não otimizar a resposta da síntese proteica muscular se comparada à suplementação isolada de proteínas. d) A suplementação de aminoácidos isolados reflete em aumentos similares da síntese proteica muscular se comparada à suplementação de uma proteína inteira. e) Quanto maior a quantidade de proteínas diárias para atletas, maiores os benefícios sobre a massa muscular. Interatividade Assinale a alternativa correta dentre as sentenças abaixo: a) Para otimizar a síntese proteica muscular, indivíduos jovens necessitam de doses maiores de proteínas por refeição se comparados a indivíduos idosos. b) A fonte proteica pode influenciar a síntese proteica muscular, em que as proteínas de origem vegetal, como a soja, podem gerar uma maior otimização da síntese proteica se comparadas às de origem animal, como a proteína do soro do leite (isto é, o whey protein). c) A combinação de carboidratos e proteínas parece não otimizar a resposta da síntese proteica muscular se comparada à suplementação isolada de proteínas. d) A suplementação de aminoácidos isolados reflete em aumentos similares da síntese proteica muscular se comparada à suplementação de uma proteína inteira. e) Quanto maior a quantidade de proteínas diárias para atletas, maiores os benefícios sobre a massa muscular. Resposta O que são vitaminas? E o que são minerais? Quais as suas funções no organismo e fontes de aquisição? Quais são as recomendações feitas sobre esses micronutrientes para os praticantes de exercício físico? A suplementação é realmente eficaz? Para quem? Quando? Quanto? O que eu vou dizer a vocês – vitaminas e minerais Fonte: https://cfn.org.br Micronutrientes – classificação Fonte: https://agristar.com.br Fonte: https://belezaesaude.com Fonte: autoria própria Carboidratos Proteínas Gorduras Vitaminas Minerais Nutrientes Macro Micro Suplementos Alimentos PROVISÃO DE ENERGIA REGULAÇÃO DO METABOLISMO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Compostos orgânicos não sintetizados pelo organismo. Exceções: Vitamina D – sintetizada na pele (raios solares); Biotina (B8), ácido pantotênico (B5), vitamina K, folato (B9) – sintetizados pelas bactérias da microbiota intestinal (mas em baixíssimas quantidades). Classificação de acordo com a solubilidade: Lipossolúveis – A, D, E e K; Hidrossolúveis – C e todas as 8 vitaminas do complexo B. Vitaminas – classificação Fonte: https://prootica.com.br Fonte: https://revista.algomais.com LIPOSSOLÚVEIS Vitamina Para que serve? Onde podemos encontrar? Avitaminoses A (retinol) Dá pigmento às células visuais, antioxidante, manutenção do tecido visual e das membranas celulares. Vegetais de cor verde, amarelo e laranja; frutas, alguns derivados do leite (manteiga), gema do ovo, fígado. Cegueira noturna e ressecamento da córnea. D (calciferol) Crescimento de ossos e dentes. Derivados do leite, gema do ovo, óleo de fígado de bacalhau, raios solares. Raquitismo, ossos fracos, problemas nos dentes. E (tocoferol) Antioxidante, auxilia na gametogênese masculina. Sementes oleaginosas (nozes, castanhas), óleos vegetais, óleo de fígado de bacalhau. Infertilidade, aborto. K (filoquinona) Atua na coagulação sanguínea. Vegetais verde- escuros. Hemorragia, deficiência na coagulação. Vitaminas – lipossolúveis Fonte: https://study.com Fonte: MURRAY et al., 1998; VIEIRA, 2003; CHAMPE et al., 2006. Vitamina Para que serve? Onde encontrar? Avitaminose B1 (tiamina) Síntese de pentoses, condução do potencial elétrico ao longo de membranas e nervos, participa daprodução de energia. Carnes, peixes, gema do ovo, vegetais, legumes e cereais integrais. Béri-béri, confusão mental, fraqueza muscular, insuficiência cardíaca. B2 (riboflavina) Tem papel na síntese de coenzimas, produção de hormônios pelas glândulas suprarrenais. Leite, iogurte, queijo, ovos, vegetais de folhas verdes. Prurido, fotofobia. B3 (niacina) Componente do NAD e do FADH, participa de reações de oxidorredução, participa da produção de hormônios sexuais. Carnes, peixes, aves, ovos, cereais e derivados. Confusão e desorientação mental, dermatite atópica. B5 (ácido pantotênico) Constituinte da coenzima A, síntese de colesterol, fosfolipídios e hormônios esteroides. Brócolis, batata, abacate, lentilha, carnes, aves, ovo, leite e derivados. Fadiga, insônia, câimbras. B6 (piridoxina) Forma as coenzimas que participam das reações de transaminação, forma neurotransmissores. Carne de porco, fígado, cereais integrais, batata, legumes, banana, frutas secas. Distúrbios relacionados ao sistema nervoso central. B8 (biotina) Forma as enzimas envolvidas na gliconeogênese, bem como na oxidação de ácidos graxos e de aminoácidos. Fígado, gema do ovo, cogumelos, sementes oleaginosas. Palidez, náuseas, vômitos, dermatite atópica. Vitaminas – hidrossolúveis Fonte: https://freetuvandinhduong.com Fonte: MURRAY et al., 1998; VIEIRA, 2003; CHAMPE et al., 2006. Compostos químicos que fornecem sódio, ferro, zinco, potássio, magnésio, flúor, entre outros, ao organismo. Estrutural – formação de dentes e ossos; Funcional – manutenção do ritmo cardíaco, da contratilidade muscular e da condutividade neural; Regulação – atividades de enzimas e hormônios, equilíbrio ácido-base. Minerais – classificação Sais minerais Funções Principais alimentos Cálcio (Ca) Forma ossos e dentes, atua na contratilidade muscular e na coagulação sanguínea. Laticínios e hortaliças de folhas verdes (brócolis, espinafre etc.). Fósforo (P) Forma ossos e dentes, participa da transferência de energia e da molécula dos ácidos nucleicos. Carnes, aves, peixes, ovos, laticínios, ervilha, feijão. Sódio (Na) Auxilia no impulso nervoso e nas membranas da célula. Sal de cozinha e sal natural dos alimentos. Cloro (Cl) Forma o ácido clorídrico no estômago. Encontra-se combinado ao sódio nos alimentos. Potássio (K) Age com o sódio no impulso nervoso e nas membranas da célula. Frutas, verduras, feijão, leite, cereais. Magnésio (Mg) Atua em inúmeras reações químicas, na formação dos ossos e no funcionamento de nervos e músculos. Hortaliças de folhas verdes, cereais, peixes, carnes, ovos, feijão, soja e frutas. Ferro (Fe) Forma a hemoglobina, que ajuda a transportar o oxigênio. Fígado de boi, carnes, gema do ovo, pinhão, legumes e hortaliças de folhas verdes. Iodo (I) Forma os hormônios da tireoide. Sal de cozinha iodado, peixes e frutos do mar. Flúor (F) Fortalece ossos e dentes. Água fluoretada, peixes e chás. Minerais – função Fonte: https://natue.com.br Fonte: MURRAY et al., 1998; VIEIRA, 2003; CHAMPE et al., 2006. Suplementação de vitaminas e minerais – recomendação Fonte: https://setorsaude.com.br Fonte: THOMAS et al., 2016. A suplementação de vitaminas e minerais não é necessária se a energia necessária para a manutenção do peso corporal é consumida por meio de uma alimentação variada. Entretanto, atletas que restringem o consumo energético (estratégias severas de perda de peso, eliminam um ou mais grupos alimentares da dieta ou consomem dietas não balanceadas com baixa densidade de micronutrientes) podem precisar de suplementos. Fonte: https://dc.clicrbs.com.br Fonte: https://globoesporte.globo.com Fonte: https://record.pt Fonte: https://swissinfo.ch Fonte: https://allafrica.com Fonte: https://dicasdemusculacao.org Suplementação de vitaminas e minerais – quem pode precisar? Suplementação de vitaminas e minerais – quem pode precisar? - VITAMINA B12; - CÁLCIO; - FERRO Vegetarianismo - VITAMINA D Modalidades indoor/ países escandinavos Fonte: https://sare.com.br Fonte: https://ops.com.br - VITAMINAS C e E (ANTIOXIDANTES!) Os micronutrientes recebem essa nomenclatura devido à sua menor necessidade de ingestão diária e ausência de fornecimento de calorias; Tanto as vitaminas quanto os minerais possuem diferentes funções e fontes alimentares. A deficiência de qualquer um deles no organismo pode ocasionar severas consequências na saúde e no desempenho; Dietas variadas e equilibradas fornecerão todas as vitaminas e os minerais que o corpo necessita; Não há dados que apoiem a suplementação de vitaminas e minerais caso o aporte energético seja adequado e a alimentação seja variada. Take-home messages – mensagens para casa Assinale a alternativa correta dentre as sentenças sobre vitaminas e minerais: a) O potássio atua na formação de hemoglobina e no fortalecimento dos dentes. b) As vitaminas são compostos orgânicos exclusivamente sintetizados pelo nosso organismo. c) A avitaminose é uma condição em que ocorre uma deficiência de uma determinada vitamina no organismo. d) Os minerais são compostos químicos apenas produzidos pelo corpo. e) As principais fontes de vitamina D para o organismo humano são alimentos como ovos e derivados do leite. Interatividade Assinale a alternativa correta dentre as sentenças sobre vitaminas e minerais: a) O potássio atua na formação de hemoglobina e no fortalecimento dos dentes. b) As vitaminas são compostos orgânicos exclusivamente sintetizados pelo nosso organismo. c) A avitaminose é uma condição em que ocorre uma deficiência de uma determinada vitamina no organismo. d) Os minerais são compostos químicos apenas produzidos pelo corpo. e) As principais fontes de vitamina D para o organismo humano são alimentos como ovos e derivados do leite. Resposta Deficiência de ferro Atinge 40% da população mundial!! Uma das mais prevalentes deficiências de minerais; Vegetarianos; Anemia. E durante o exercício? Perda de ferro pela urina e suor (hemólise). Suplementação com vitaminas e minerais – ferro Recomendação: 10 a 15 mg/dia Fonte: LOOKER et al. 1997; HAAS & BROWNLIE, 2001. Fonte: https://todamateria.com Fonte: https://receitasdmais.com Fonte: https://mundoboaforma.com.br Mulheres previamente sedentárias; Divididas em um grupo que tinha ou não tinha deficiência de ferro; Submetidas a treinamento físico aeróbio (6 semanas – 30min, 75 a 85% HRmáx). Suplementação de vitaminas e minerais – ferro Fonte: BROWNLIE IV et al., 2004. Suplementadas com sulfato ferroso (100 mg/dia) ou placebo. Grupo com deficiência Sulfato ferroso Placebo 5 km 10 km 15 km 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -2,5 -3 A lt e ra ç ã o n o t e m p o d e p ro v a ( m ín ) Grupo sem deficiência Sulfato ferroso Placebo 1 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -2,5 -3 5 km 10 km 15 km A lt e ra ç ã o n o t e m p o d e p ro v a ( m ín ) Recomendação: 75 nmol/L (30 ng/mL ou 600 UI/dia); Macedo et al. (2007): deficiência observada em 50% da população de São Paulo; Exposição de pernas e braços à luz solar (2x/semana, 5 a 30min, 10h-15h)? Alimentação pobre em vitamina D? Suplementação de vitaminas e minerais – vitamina D Fonte: https://prismatic.com.br Fonte: https://folhavitoria.com.br Fonte: WILLIS et al., 2008. 5000 UI/dia; 8 semanas. Suplementação de vitaminas e minerais – vitamina D Salto vertical (cm) Sprint de 10m (seg)1.95 1.90 1.85 1.80 1.75 1.70 0.00 A A 65 60 55 50 45 40 0 Pre Post Pre Post Placebo Placebo Vit DVit D Fonte: adaptado de: CLOSE et al., 2012. Vitamina D sérica (nmol/L) Pre Post Placebo Vit D 140 120 100 80 60 40 20 0 COMPARTIMENTO FORMA LOCALIZAÇÃO QUANTIDADE FUNÇÕES Intracelular Solúvel Citoplasma, núcleo 0,02 g Potencial de ação, contratilidade,regulação metabólica. Extracelular Solúvel Fluido extracelular 1, 0 g Potencial de membrana, exocitose, coagulação. Insolúvel Ossos e dentes 1000 g Proteção, locomoção. Suplementação de vitaminas e minerais – cálcio Fonte: https://nutrimental.com.br Fonte: ATKINS & FINDLEY, 2012. Deficiência de cálcio. Suplementação de vitaminas e minerais – cálcio Fonte: https://qualidadedevida.com.brFonte: https://bikeradar.com Fonte: https://portallagoaonline.com Fonte: ATKINS & FINDLEY, 2012, ABRAHIN et al., 2016. Medida da DMO (g/cm2) durante uma temporada competitiva; Grupo dose alta (1500 mg/dia); Grupo dose baixa (250 mg/dia). Suplementação de vitaminas e minerais – cálcio Sítio Grupo 0 9 Grupo Tempo Grupo x tempo Quadril total Dose alta Dose baixa Diferença 1.063 (0.024) 1.014 (0.038) -0.050 (-0.147,0.048) 1.040 (0.029) 0.999 (0.037) -0.041 (-0.141,0.062) 0.330 0.001 0.796 Trocanter Dose alta Dose baixa Diferença 0.780 (0.28) 0.766 (0.034) -0.014 (-0.110,0.081) 0.766 (0.033) 0.759 (0.034) -0.017 (-0.120,0.086) 0.698 0.025 0.811 Pescoço de fêmur Dose alta Dose baixa Diferença 0.905 (0.021) 0.873 (0.027) -0.032 (-0.107,0.043) 0.893 (0.025) 0.867 (0,029) -0.025 (-0.110,0.059) 0.476 0.036 0.893 Colo do fêmur Dose alta Dose baixa Diferença 1.280 (0.024) 1.216 (0.046) -0.064 (-0.177,0.050) 1.246 (0.033) 1.200 (0.047) -0.46 (-0.171,0.079) 0.327 0.003 0.690 Coluna lombar Dose alta Dose baixa Diferença 1.082 (0.037) 1.076 (0.043) -0.005 (-0.130,0.119) 1.65 (0.045) 1.080 (0.044) 0.015 (- 0.123,0.152) 0.965 0.079 0.147 Fonte: adaptado de: BARRY & KOHRT, 2008. MÊS p Quanto maiores as doses diárias, maior o risco de cálculo renal; Suplementação com cálcio pode aumentar o risco de arritmias cardíacas e infarto do miocárdio, em razão da calcificação de artérias e plaquetas. Suplementação de vitaminas e minerais – cálcio Percentual cumulativo de participantes sofrendo infarto do miocárdio P ro p o rç ã o d e p a rt ic ip a n te s c o m in fa rt o d o m io c á rd io ( % ) Grupo cálcio Grupo placebo Fonte: adaptado de: BOLLAND et al., 2008; REID et al., 2008. 5 4 3 2 1 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Meses Peroxidação lipídica; Lesão proteica; Lesão de DNA. Suplementação de vitaminas e minerais – vitaminas C e E VITAMINA C VITAMINA E Glutationa peroxidase Superóxido dismutase Espaço intermembranar Célula normal Célula com estresse oxidativo Célula atacada por radicais livres Citosol Matrix mitocondrial Fonte: https://thevet isin.com Fonte: https://content.iospress.com Fonte: NEMES et al., 2018. SOD2 GPX Homens destreinados e sem deficiência de vitaminas C e E; 4 semanas de treinamento (aeróbio + força). Divididos em 2 grupos: Controle (sem suplementação); Vitamina C (1000 mg/dia) e vitamina E (IU/dia). Suplementação de vitaminas e minerais – vitaminas C e E E x p re s s ã o d a s u p e ró x id o d is m u ta s e (u n id a d e s a rb it rá ri a s ) E x p re s s ã o d a g lu ta ti o n a p e ro x id a s e (u n id a d e s a rb it rá ri a s ) Fonte: RISTOW et al., 2009. Fonte: https://puritanspride.gr Dependendo da estratégia escolhida (e.g., antioxidantes, cálcio), o resultado pode ser contrário ao desejado e prejuízos sobre as adaptações ao treinamento físico e/ou à saúde podem ocorrer. Sob condições “deficientes”, a suplementação com determinados micronutrientes (e.g., vitamina D, ferro) pode favorecer o desempenho físico. A necessidade de suplementação com vitaminas e minerais deve ser avaliada caso a caso, dependendo das características da modalidade esportiva e da deficiência do indivíduo. Take-home messages – mensagens para casa Assinale a alternativa incorreta a respeito das vitaminas e dos minerais: a) A deficiência de ferro é uma das mais prevalentes no mundo. b) Mulheres na menopausa ou sob a tríade da mulher atleta possuem maior risco de deficiência de cálcio. c) Os óleos vegetais, as sementes oleaginosas e as frutas cítricas são excelentes fontes alimentares para a obtenção das vitaminas E e C, respectivamente. d) Devido à sua fácil obtenção após o contato com os raios solares, a deficiência de vitamina D está erradicada em países tropicais. e) As suplementações de ferro e vitamina D parecem gerar efeitos positivos no desempenho físico para indivíduos com deficiência desses nutrientes. Interatividade Assinale a alternativa incorreta a respeito das vitaminas e dos minerais: a) A deficiência de ferro é uma das mais prevalentes no mundo. b) Mulheres na menopausa ou sob a tríade da mulher atleta possuem maior risco de deficiência de cálcio. c) Os óleos vegetais, as sementes oleaginosas e as frutas cítricas são excelentes fontes alimentares para a obtenção das vitaminas E e C, respectivamente. d) Devido à sua fácil obtenção após o contato com os raios solares, a deficiência de vitamina D está erradicada em países tropicais. e) As suplementações de ferro e vitamina D parecem gerar efeitos positivos no desempenho físico para indivíduos com deficiência desses nutrientes. Resposta ATÉ A PRÓXIMA! Prof. Dr. Vitor Painelli UNIDADE III Nutrição Aplicada ao Esporte Água – um novo nutriente? Influência da temperatura interna (Ti) sobre o desempenho físico. Mecanismos de termorregulação. Desidratação e desempenho físico. Estratégias para atenuar a elevação da Ti: Aclimatação; Imersão em água gelada; Hidratação. O que eu vou dizer a vocês – Termorregulação e Hidratação Fonte: https://jornalciencia.com/ Fonte: https://saude.ig.com.br A água como nutriente – conteúdo hídrico nos alimentos AlimentoPercentual Água Óleos, açúcares Pizza Pão, Baguete, Queijo cheddar Bolachas, bolo, peperoni Margarina, manteiga, uva passa Amendoim, nozes, biscoito de chocolate, pretzels, bolacha água e sal, manteiga de amendoim Macarrão, legumes, salmão, sorvete, peito de frango Carne moída, hot dog, queijo feta, filé mignon (cozido) Banana, abacate, queijo cottage, queijo ricota, batata assada, milho cozido, camarão Suco de frutas, iogurte, maçã, uva, laranja, cenoura, brócolis cozido, pera, abacaxi Leite, melão, morango, melancia, alface, repolho, aipo, espinafre, picles, abóbora cozida Fonte: Adaptado de Popkin et al., 2010 100% 90-99% 80-89% 70-79% 60-69% 50-59% 40-49% 30-39% 20-29% 10-19% 1-9% 0% A água como nutriente – conteúdo hídrico nos tecidos corporais TABELA 1: Conteúdo hídrico em diferentes tecidos corporais (Adaptado de Marquezi & Lancha Jr., 1998). TECIDO CORPORAL CONTEÚDO HÍDRICO PARTICIPAÇÃO NO PESO CORPORAL TOTAL Músculos Ossos Tecido adiposo Pele Órgãos Sangue 76% 22% 10% 72% 76% 83% 43% 15% 12% 18% 7% 5% AUXILIA NA TERMORREGULAÇÃO FACILITADORA DE REAÇÕES QUÍMICAS LUBRIFICA AS ARTICULAÇÕES TRANSPORTE DE OXIGÊNIO E ÍONS DIGESTÃO E EXCREÇÃO DO ORGANISMO PROTEÇÃO DE ÓRGÃOS A água como nutriente – funções da água no organismo Fonte: Grandjean & Campbell, 2010 Nascimento et al., 2014 Fonte: https://sportlife.com.br Estado de Hidratação % variação peso corporal Coloração da urina Gravidade específica da urina Euhidratado +1 a -1 Amarelo claro a amarelo citrino <1.010 Desidratação mínima -1 a -3 Amarelo citrino a amarelo âmbar 1.010- 1.020 Desidratação significativa -3 a -5 Amarelo âmbar a acastanhado 1.021-1.030 Desidratação grave > -5 Acastanhado a amarronzado > 1.030 Estado de hidratação e recomendação Fonte: DRI (2002); Ministério da Saúde (2005) E DURANTE O EXERCÍCIO? Produção de calor durante o exercício físico Fonte: Donkoh, 1989; Zhou & Yamamoto, 1997; Sawka et al., 2011; Casa et al., 2015 ~36,5 °C Fonte: https://planodesaude.net.br https://active.com 37 °C Produçãode calor durante o exercício físico ↑ TEMPERATURA INTERNA ↓ FORÇA E POTÊNCIA MUSCULARES ↑ PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO ↑ FREQUÊNCIA CARDÍACA ↓ DESEMPENHO FÍSICO Fonte: Casa et al., 2015 Gonzalez-Alonso et al., 2008 Nybo & Nielsen, 2001 Controle da Temperatura Corporal Detecta a baixa temperatura Detecta a alta temperatura Fonte: https://tucuerpohumano.com https://irp-cdn.multiscreensite.com https://dicionariosaude.com https://mdsaude.com Pelos Corpúsculo de Krause Epidermis Corpúsculo de Ruffini Calor/Energia PeleCapilares Dilatados suor glândula sudorípara Dissipação de calor durante o exercício físico (para o ambiente) (Ex.: diversas pessoas dentro de um elevador) (Para objetos mais frios) (Ex.: cachorro deitando no chão) (Via movimentação de fluidos) (Ex.: piscina / ventilador no rosto) (Vaporização da umidade na superfície da pele) (Ex.: evaporação do suor) Fonte: https://clinicadoexercicio 2010b.blogspot.com Fonte: Nadel et al., 1977 Taxa de sudorese Fonte: Taylor et al., 1984. PRINCIPAL DEFESA DO ORGANISMO CONTRA O AUMENTO DA TEMPERATURA INTERNA Ureia, potássio, cloreto ... E principalmente sódio e água; Perda de calor: superfície exposta ao ambiente! TAXA DE SUDORESE (TS): TS = Peso antes (kg) – Peso depois (kg) + Volume ingerido (L) – Volume de Urina (L) Duração do exercício (h) TS = 75 – 72 + 1 – 0 2 TS = 4 2 TS = 2 Litros / hora EXERCÍCIO SEM EXPOSIÇÃO DE SUPERFÍCIE? ENXUGAR O SUOR? Fonte: https://sorrisologia.com.br Fonte: https://unidospelavida.org.br A água representa um importante nutriente para a sobrevivência dos seres humanos; ela possui diversas funções e está presente em inúmeros órgãos e tecidos; seu conteúdo corporal deve ser cuidadosamente mantido, por exemplo, através de recomendações. O calor metabólico proveniente da contração muscular pode gerar um aumento da temperatura interna (Ti), principalmente quando associado a um ambiente quente, induzindo algumas alterações no organismo, e em última instância, a fadiga. O organismo humano possui alguns mecanismos de defesa contra a elevação da Ti, sendo a evaporação do suor a defesa mais eficiente. O suor humano é composto principalmente de água e sódio; logo, taxas de sudorese elevadas proporcionarão perdas exacerbadas destes nutrientes. Take-home messages – mensagens para casa Calcule a taxa de sudorese de um atleta judoca, de 24 anos, altura 1,72 metros, que realizou uma sessão de treino de judô por 240 minutos, tinha como peso inicial 82,4 kg, e teve como peso final 81,2 kg: a) 5 mL/min b) 10 mL/min c) 15 mL/min d) 7 mL/min e) 20 mL/min Interatividade Calcule a taxa de sudorese de um atleta judoca, de 24 anos, altura 1,72 metros, que realizou uma sessão de treino de judô por 240 minutos, tinha como peso inicial 82,4 kg, e teve como peso final 81,2 kg: a) 5 mL/min b) 10 mL/min c) 15 mL/min d) 7 mL/min e) 20 mL/min Resposta Hiponatremia Fonte: Hew-Butler et al., 2017 Baixas concentrações de sódio no sangue (<135 mEq/L). Sintomas mais leves: Câimbras; Descoordenação motora; Desorientação e confusão mental; Tonturas e dores de cabeça. Sintomas mais intensos: Edema pulmonar e cerebral; Convulsão e parada cardiorrespiratória; Morte súbita. HIPONATREMIA HIPERNATREMIACONCENTRAÇÃO NORMAL Fonte: https://digitalinta.com Fonte: https://naturalrunningcenter.com Ciclistas treinados; 90 minutos a 65% VO2máx; Seguido de um contrarrelógio de ~30km; Restrição hídrica vs. sem restrição; Iniciaram o teste com -0,6% do peso corporal; Terminaram com -3,0% do peso corporal. Desidratação T e m p e ra tu ra r e ta l (° C ) F re q u ê n c ia c a rd ía c a (b a t/ m in ) Tempo (min) P e rc e p ç ã o d e e s fo rç o Tempo (min) Tempo (min) Fonte: Logan-Sprenger et al., 2015 Tempo total para completar 30-km: HIDRATADO: 31,8 ± 4,1 min. DESIDRATADO: 36,0 ± 3,1 min. -13%!!! Estratégias para atenuar a elevação da temperatura interna – Aclimatação Ciclistas treinados; Sem exposição a temperaturas >10°C nos últimos 4 meses; Contrarrelógio de 43.4km; - TTC = Controle = 8°C; - TTH1 = 1° dia a 37°C; - TTH2 = 6° dia a 37°C; - TTH3 = 14° dia a 37°C. Fonte: Adaptado de Racinais et al., 2014 Performance Potência (W) Velocidade (km/h) Tempo (h:min:s) Fonte: https://lance.com.br Fonte: https://ciclismoexpert.com.br 304 ± 9 39.4 ± 2.0 1:06.13 ± 3.26 1:17.17 ± 6.26 34.8 ± 2.6 256 ± 19 280 ± 19 37 ± 2.5 294 ± 15 1:09.25 ± 4.37 1:05.37 ± 3.44 39.8 ± 2.3 TTC TTH-1 TTH-2 TTH-3 Temperatura ambiente: 40 °C; Umidade relativa: 19%; Exercício até a exaustão (60% Wmáx); Imersão em tanque de água a: - 17 °C / 36 °C / 40 °C Estratégias para atenuar a elevação da temperatura interna – Imersão em água gelada T e m p e ra tu ra re ta l (° C ) F re q u ê n c ia c a rd ía c a (b a t/ m in u to ) Tempo até a exaustão (min) Tempo até a exaustão (min) 17°C 36°C 40°C 17°C 36°C 40°C Fonte: https://exercisemed.org Fonte: https://globoesporte.globo.com Fonte: Adaptado de González- Alonso et al., 1999 36°C; 70% VO2máx; 90 minutos de exercício: Divididos em 2 períodos de 45 min; 15 min de intervalo entre eles. Fonte: Adaptado de Geor & McCutcheon, 1998 Estratégias para atenuar a elevação da temperatura interna – Hidratação T e m p e ra tu ra ( °C ) Sem fluidos Solução de CHO + eletrólitos A lt e ra ç ã o n o v o lu m e p la s m á ti c o ( % ) Sem fluidos Solução de CHO + eletrólitos Repouso Fonte: https://aminhacorrida.com Água Água Estratégia de melhor custo-benefício! Estratégias para atenuar a elevação da temperatura interna – Hidratação Fonte: Adaptado de Painelli et al., 2017 REPOSIÇÃO HÍDRICA Volume plasmático Débito cardíaco Volume sistólico Temperatura interna Frequência cardíaca Fluxo sanguíneo Percepção de esforço Ingerir 5 a 10 mL de líquidos/kg, 2 a 4 horas antes do exercício. Durante o exercício, ingerir ~0.4 a 0.8 L/hora (30 a 60 g de CHO se o exercício for de longa duração – glicose ou maltodextrina); se curta duração (< 60 minutos), ingerir preferencialmente água. Se o exercício for de longa duração (e se a taxa de sudorese for maior do que 1.2 L/h), incluir de 0.5 a 0.7 g/L de Na+ (concentração de sódio no suor é de aproximadamente 1.0 g/L). Usar bebidas com temperaturas entre 0.5 e 5 °C. A reposição de fluidos pós-exercício é encorajada a 125-150% da perda final de peso (ex.: 1,25L para 1kg perdido) – reposição também deve conter sódio. Fonte: Thomas et al., 2016 Hidratação – recomendações Repositores hídricos em baixa temperatura poderiam conferir vantagem ao: Atuarem como dissipadores de calor; Melhorarem a palatabilidade da bebida; Aumentarem a ativação de centros cerebrais que controlam as sensações de ‘recompensa’ e ‘motivação’. Hidratação – influência da temperatura da bebida? Fonte: Adaptado de Painelli et al., 2017 +23% NO TEMPO ATÉ A EXAUSTÃO! T e m p e ra tu ra ( °C ) P e rc e p ç ã o d e e s fo rç o F re q u ê n c ia c a rd ía c a ( b a t/ m in ) Fria Quente Tempo (min) Tempo (min) Fria Quente Tempo (min) Fria Quente Teste a 65% VO2máx, realizado até a exaustão num ambiente quente (35° C) e úmido (60%): Bebida a 4 °C Bebida a 37 °C Hidratação – influência da temperatura da bebida? Take-home messages – mensagens para casa Taxas excessivas de sudorese podem levar à desidratação e à hiponatremia. Ambas, a desidratação e a hiponatremia, podem induzir alterações centrais, cardiovasculares, térmicas e do desempenho físico. A aclimatação e a imersão em água gelada são eficazes para atenuar a elevação da TI durante o exercício em ambientes quentes. A reposição de fluidos parece ser a estratégia com melhor custo-benefício para contra-atacar este problema. A temperatura dos repositores hídricos também pode influenciar o desempenho (Necessidade de padronização nas recomendações internacionais?). Sobre os mecanismos ergogênicos da reposição hídrica, assinale a alternativa incorreta. a) Ela atenua o aumento da frequência cardíaca. b) Ela aumenta o volume plasmático e do fluxo sanguíneo. c) Ela promove uma alteração na oxidação de substratos energéticos. d) Ela atenua a elevação da temperatura interna. e) Ela promove uma diminuição da percepção subjetiva de esforço. Interatividade Resposta Sobre os mecanismos ergogênicos da reposição hídrica, assinale a alternativa incorreta. a) Ela atenua o aumento da frequência cardíaca. b) Ela aumenta o volume plasmático e do fluxo sanguíneo. c) Ela promove uma alteração na oxidação de substratos energéticos. d) Ela atenua a elevação da temperatura interna. e) Ela promove uma diminuição da percepção subjetiva de esforço. Suplementação de creatina; Mecanismos de ação; Efeitos sobre o desempenho físico-esportivo; Efeitos colaterais; Suplementação com “tamponantes” (β-alanina e bicarbonato de sódio); Mecanismos de ação; Efeitos sobre o desempenho físico-esportivo; Efeitos colaterais. O que eu vou dizer a vocês – Recursos Ergogênicos Fonte: https://suplementosimports.com.br Fonte: https://blackskullstore.com.br/ Fonte: https://auriunformulas.com.br Sintetizada endogenamente a partir dos aminoácidos arginina e glicina. Rins, pâncreas e fígado (1 g/dia). Encontrada no cérebro, no músculo cardíaco e no músculo esquelético (95%!!!) CreaT. 60 a 70% – forma livre. 30 a 40% – forma fosforilada hidrofílica. Espontaneamente convertida à creatinina (2 g/dia). Creatina: síntese, captação e excreção CR da dieta (~1 g/dia) Excreção urinária de creatininaFonte: adaptado de Persky et al., 2003. Molécula de creatina AGAT – glicina amidinotransferase GAMT – guanidinoacetato metil transferase AdoMet – adenosilmetionina AdoHcy – adenosilacisteína Síntese de fosforilcreatina (PCr). “Tampão temporal energético”. Fornecimento do fosfato necessário para a ressíntese de adenosina trifosfato (ATP). Contudo, a PCr é rapidamente depletada sob elevada demanda por ATP não suprida pela respiração mitocondrial. Funções da creatina ATPATP ATP ADP ADP ADP ADP PCr Cr ATP CK CK CKCK ATPase CK ATPase Creatina quinase mitocondrial Creatina citosólica AtPase citosólica CK Mitocôndria Citoplasma Tempo (s) Exaustão Fonte: adaptado de Verheijen, 1998. % d o v a lo r d e r e p o u s o Fonte: adaptado de Ferreira, 2014 Suplementação de creatina é uma ferramenta eficaz para aumentar o conteúdo total de creatina muscular. Limite para o aumento ponto de saturação! Respostas individuais. Creatina: efeitos da suplementação sobre o seu conteúdo muscular C o n te ú d o t o ta l d e c re a ti n a (m m o l/ k g d e m ú s c u lo s e c o ) Voluntários Ponto de saturação Fonte: Harris et al., 1992. 170 160 150 140 130 120 5 14 1 13 1R 3 8 4 6 Homens treinados em força. Controle, placebo ou creatina (25 gramas por dia, 5 dias). Teste de resistência de força. 5 séries até a falha (80% 1-RM). Efeitos ergogênicos da suplementação de creatina: treinamento de força R e p e ti ç õ e s Série 1 Série 2 Série 3 Série 4 Série 5 Controle Placebo Creatina Fonte: Volek et al., 1995. Fonte: https://muscleandfitness.com Meta-análise. Efeitos da suplementação de creatina associada ao treinamento de força em indivíduos idosos. Efeito médio sobre a massa muscular: +1.37 kg. Efeitos ergogênicos da suplementação de creatina: treinamento de força Fonte: https://soufitness.com.br Efeito médio (e desvio-padrão) da intervenção -5 0 +5 +10 Favorece o placebo Favorece a creatina Fonte: Chilibeck et al., 2017 Homens fisicamente ativos. Placebo ou creatina (20 gramas por dia, 6 dias). 10 x 6 segundos all-out (30 segundos de intervalo). Efeitos ergogênicos da suplementação de creatina: exercícios intermitentes * * * * Efeito da suplementação de creatina sobre a manutenção do desempenho em séries repetidas de exercício de alta intensidade. Fonte: adaptado de Balsom et al., 1995. Fonte: https://joelminden.com Fonte: https://allunitedsports.com Homens treinados; 3 meses de creatina (20 g/dia, por 5 dias; 5 g/dia até o fim do estudo) ou placebo; Avaliados pelo clearance de EDTA; SEM DIFERENÇAS! Suplementação de creatina: efeitos colaterais? Placebo Creatina PÓSPRÉ períodoFonte: Lugaresi et al., 2014 76 PÓSPRÉPÓSPRÉ Suplementação de creatina: efeitos colaterais? Fonte: Gualano et al., 2011 Idosos diabéticos; 3 meses de creatina (5 g/dia até o fim do estudo) ou placebo; Avaliados pelo clearance de EDTA; SEM DIFERENÇAS! Take-home messages – mensagens para casa A creatina (Cr) pode ser sintetizada endogenamente (~1 g/dia) ou obtida por meio de dieta (carnes) (~1 g/dia). Ela é convertida diariamente em creatinina (~2 g/dia) e excretada pelos rins. No músculo esquelético, a Cr auxilia na síntese de fosforilcreatina, um importante substrato energético do sistema anaeróbio alático. A suplementação de Cr é uma ferramenta eficaz para aumentar o conteúdo muscular total de Cr; no entanto, respostas individuais à suplementação devem ser esperadas. Possui comprovada eficácia ergogênica em tarefas com predominância do sistema anaeróbio alático. As evidências na literatura não nos permitem afirmar que a suplementação de Cr prejudica a função renal em populações saudáveis ou sem problemas renais prévios. Sobre a suplementação de creatina (Cr) e seu metabolismo, é incorreto afirmar que: a) A Cr é encontrada no músculo esquelético sob as formas livre (60 a 70%), e também fosforilada (30 a 40%). b) A Cr é naturalmente sintetizada pelo fígado, pelos rins e pelo pâncreas, mas também pode ser obtida via alimentação e por meio da ingestão de suplemento alimentar. Interatividade c) Tanto indivíduos jovens quanto idosos podem se beneficiar da suplementação de Cr. d) Quanto maior o conteúdo muscular inicial de Cr, menor o aumento de Cr muscular com a suplementação e vice-versa. e) Em modalidades predominantemente aeróbias ou em que o peso corporal pode ser um fator limitante para a performance, a suplementação de Cr provavelmente produzirá efeitos positivos sobre o desempenho físico. Interatividade Sobre a suplementação de creatina (Cr) e seu metabolismo, é incorreto afirmar que: e) Em modalidades predominantemente aeróbias ou em que o peso corporal pode ser um fator limitante para a performance, a suplementação de Cr provavelmente produzirá efeitos positivos sobre o desempenho físico. Resposta Diminuição da liberação de Ca2+ do R.Sarcoplasmático; Depleção de substratos (PCr e glicogênio); Acúmulo de metabólitos ADP / Pi / K + / H+ Possíveis causas e mecanismos da fadiga durante os exercícios de alta intensidade Fonte: Sahlin (1992); Fitts (1994); Allen et al., (2008) Fonte: https://saudevitalidade.com Fonte: https://livewellrehab.com.au Íons H+ e fadiga Fonte: Fitts (1994); Robergs et al., (2004) GLICOGÊNIO GLICOGÊNIO (n-1) glicogênio fosforilase GLICOSE fosfo-fruto- quinase (PFK) 2 PIRUVATO 2 LACTATO2 ACETIL-CoA Ca++ Miosina Troponina ATP Mecanismos de defesa contra a ‘acidose’ muscular intracelular extracelular respiratório renal imediatos curto prazo longo prazo Tamponamento Dinâmico Tampões Químicos Sanguíneos Fosfatos, aminoácidos, dipeptídeos,... Transportadores de H+ (MCT, NHE1,...) Fosfatos, aminoácidos,... BICARBONATO (HCO3) Tampões Químicos Intracelulares Fonte: Juel (2004) Suplementação de β-alanina: mecanismos de ação L-histidina Carnosina pKa 6.83 pKa 6.1 + β-alanina - pKa expressa, em escala logarítmica, a força
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