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Rafael Vieira

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ESPORTES 
COMPLEMENTARES
PROFESSORES
Dr. Patric Paludett Flores et al.
Quando identificar o ícone QR-CODE, utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. 
O download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
Google Play App Store
ESPORTES COMPLEMENTARES 
2 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação 
Cep 87050-900 - Maringá - Paraná - Brasil
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
FLORES, Patric Paludett.
Esportes Complementares. Patric Paludett Flores et al.
Maringá - PR.:Unicesumar, 2019. Reimpresso 2022.
220 p.
“Graduação em Design - EaD”.
1.Esportes . 2. Complementares. 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-1765-6 CDD - 22ª Ed. 796
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha Catalográfica Elaborada pelo Bibliotecário
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por: 
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da 
Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Minco�, James Prestes, Tiago Stachon, Diretoria de Graduação Kátia Coelho, 
Diretoria de Pós-Graduação Bruno do Val Jorge, Diretoria de Permanência Leonardo Spaine, Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite, Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima, Gerência 
de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira, Gerência de Curadoria Carolina Abdalla Normann de 
Freitas, Gerência de Contratos e Operações Jislaine Cristina da Silva, Gerência de Produção de Conteúdo 
Diogo Ribeiro Garcia, Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey, Supervisora de Projetos Especiais 
Yasminn Talyta Tavares Zagonel Supervisora de Produção de Conteúdo Daniele C. Correia
Coordenador(a) de Conteúdo Mara Cecília Rafael Lopes, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração 
Thayla Guimarães, Designer Educacional Nayara Valenciano e Kaio Vinicius, Revisão Textual Cíntia 
Prezoto, Ilustração Bruno Pardinho, Fotos Shutterstock.
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional 
e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa 
e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, 
com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. 
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais 
de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos 
pelo MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 
maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, 
informações, da educação por meio da conectividade 
via internet, do acesso wireless em diferentes lugares 
e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a 
tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
boas-vindas
Débora do Nascimento Leite
Diretoria de Design Educacional
Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Kátia Solange Coelho
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Leonardo Spaine
Diretoria de Permanência
autores
Professora Ana Luiza Barbosa Anversa
Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da 
Universidade Estadual de Maringá e UniversidadeEstadual de Londrina - UEM/
UEL (2017); Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Asso-
ciado da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina 
- UEM/UEL (2011); Especialista em Prescrição Personalizada de Exercícios Físicos 
pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2010), Especialista em Educação 
a Distância e tecnologias educacionais pelo Centro Universitário de Maringá - 
UNICESUMAR (2014); Graduada em Educação Física - Licenciatura Plena pela 
Universidade Estadual de Maringá - UEM (2007).
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/7812424308966855>.
Professora Bruna Solera
Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Uni-
versidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL 
(2018); Especialista em Educação Especial pelo Instituto Paranaense de Educação 
- IPE (2016); Especialista em Psicomotricidade no Contexto Escolar pelo Instituto 
Paranaense de Educação - IPE (2015); Graduada em Educação Física - Bacharelado 
(2014) e Licenciatura (2013) pela Universidade Estadual de Maringá - UEM. Espe-
cializanda em Arte, Educação e Terapia no Instituto Paranaense de Educação – IPE.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/4778060448341914>
Professor Jiusom Tokumi Akiyama
Graduado em Educação Física - Licenciatura pelo Centro Universitário de Maringá 
- UNICESUMAR (2016); Professor de Beisebol da Associação Cultural e Esportiva 
de Maringá - ACEMA.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9400476870964008>.
Professora Joicy Ligia de Andrade
Especializanda em Personal Training e Metodologia da Preparação Física no 
Centro Universitário Ingá - UNINGÁ; Especialista em Teoria Histórico Cultural 
pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2016); Graduada em Educação 
Física - Bacharelado (2014) e Licenciatura (2013) pela Universidade Estadual de 
Maringá - UEM. Mestranda em Educação Física pelo Programa Pós-Graduação 
Associado da Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de 
Londrina - UEM/UEL.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9093685922231430>. 
Professora Mariana Amendoa Puppin Akiyama
Graduada em Educação Física - Licenciatura pelo Centro Universitário de Marin-
gá - UNICESUMAR (2016).
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9591796087777262>.
autores
Professora Naline Cristina Favatto
Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade 
Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2016); Especialista em 
Educação Especial com ênfase em deficiência visual pelo Instituto Eficaz (2014); Especialista 
em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade do Centro do Paraná, UCP/ASSESPI 
(2011); Especialista em Educação Especial com ênfase em Libras pela Faculdade Estadual 
de Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA (2011); Graduada em Educação Física 
Licenciatura e Bacharelado pelo Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR (2011). 
Doutoranda em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universi-
dade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL. 
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/5241937170211496>.
Professor Patric Paludett Flores
Doutor em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade 
Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2018); Mestre em 
Educação pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2013); Especialista em Educa-
ção Física Escolar pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2012); Graduado em 
Educação Física - Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2010). 
Professor da Rede Municipal de Florianópolis (2013); Professor do curso de Educação Física 
do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR.
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/9742209806410309>.
Professora Patricia Carolina Borsato Passos
Doutora em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade 
Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2018); Mestre em Educa-
ção Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual de Maringá e 
Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2014); Especialista em Morfofisiologia aplicada 
à Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2003); Graduada em Educação 
Física - Licenciatura Plena pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2000); Árbitra pela Fe-
deração de Desportos Aquáticos do Paraná - FDPA; Professora de Educação Física da Prefeitura 
de Maringá (2004); Professora na Universidade Estadual de Maringá - UEM (2008); Professora 
na Universidade Paranaense - UNIPAR (2015-2016).
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/3088795225853584>.
Professora Suelen Vicente Vieira
Mestre em Educação Física pelo Programa Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual 
de Maringá e Universidade Estadual de Londrina - UEM/UEL (2016); Especialista em Metodologia 
da Educação Física pela Faculdade Eficaz (2016); Graduada em Educação Física - Licenciatura e 
Bacharelado pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2013). Doutoranda em Educação 
Física pelo Programa de Pós-Graduação Associado da Universidade Estadual de Maringá e Uni-
versidade Estadual de Londrina - UEM/UEL. Professora de Educação Física da rede municipal de 
Maringá. Professora Mediadora do curso de Educação Física do Centro Universitário de Maringá 
- UNICESUMAR. 
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/0695426170915616>.
apresentação do material
ESPORTES COMPLEMENTARES
Professor Dr. Patric Paludett Flores
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Este material foi construído para poten-
cializar sua aprendizagem a respeito de algumas práticas corporais da família 
dos esportes, as quais, aqui, denominaremos de esportes complementares, já 
que a ideia é diversificar a aquisição de modalidades para além dos esportes 
tradicionais (voleibol, basquetebol, handebol e futebol/futsal).
Neste livro, você perceberá que, ao longo de cada unidade, serão apresen-
tados conhecimentos e saberes sobre diferentes modalidades esportivas que 
integram os esportes com marca, de aventura, com rede divisória, de invasão e 
campo e taco aumentando o repertório de conteúdos explorados e trabalhados 
na sua formação profissional, bem como possibilitando novos olhares para a 
sua atuação dentro do campo da Educação Física.
Na primeira unidade, você conhecerá uma das modalidades dos esportes de 
marca: a Natação. Os esportes de marca são caracterizados pelo fato de o resultado 
surgir da comparação dos índices alcançados pelos praticantes durante a realização 
de uma prova, na qual os adversários medem forças para saber quem foi mais rápido, 
longe ou levantou mais peso. Um das características de maior visibilidade desses 
esportes é a quebra de recordes (superando marcas anteriormente registradas), 
que, por vezes, ganham mais destaque do que o resultado da própria competição.
Posteriormente, na segunda unidade, trataremos de algumas modalidades 
relacionadas aos esportes de aventura: Skate, Parkour e Slackline. Os esportes 
de aventura têm se tornado uma característica do mundo atual, e a maioria 
dessas modalidades apresentam a busca de um retorno à essência humana, 
de reaproximação ao meio natural e o desejo do desafio e superação de limi-
tes. Vale ressaltar que a criação de técnicas e equipamentos para a prática de 
esportes de aventura é essencial à dinâmica e execução desta.
Na terceira unidade, apresentamos algumas das práticas corporais que fazem 
parte da categoria dos esportes com rede divisória: Peteca, Badminton, Tênis 
de Campo e Tênis de Mesa. Esportes com rede divisória são modalidades nas 
quais se arremessa, lança ou se bate na bola ou peteca em direção à quadra 
oposta, sobre uma rede que divide os lados adversários, na tentativa que o rival 
não consiga ou a devolva fora daquadra adversária ou minimamente tenha 
dificuldades para devolvê-la. É interessante que esses esportes se orientam por 
desafios táticos ofensivos e defensivos semelhantes. Contudo, faz-se importan-
te diferenciar que, conforme a modalidade, algumas jogadas são passíveis de 
realização de passes entre os colegas de equipe e em outras tal ação é vetada, 
mesmo havendo a colaboração de um companheiro durante o jogo.
A quarta unidade traz uma das modalidades dos esportes de invasão: o 
Rugby. Os esportes de invasão são caracterizados pelo fato de que as equipes 
precisam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para 
marcar pontos que podem ser definidos, tais como gols, cestas ou touchdown, 
e, ao mesmo tempo, precisam proteger a própria meta. Pode-se perceber, entre 
tantas semelhanças, que as equipes jogam em quadras ou campos retangulares, 
e em uma das linhas de fundo ou num dos setores ao fundo, encontra-se a meta 
a ser atacada e, na outra linha ou setor de fundo, a que deve ser defendida. 
Ter a posse de bola é outra necessidade fundamental para atacar a meta do 
adversário e criar condições para alcançar o objetivo final.
Em nossa última unidade, você terá acesso a uma das manifestações dos 
esportes de campo e taco: o Beisebol. Os esportes de campo e taco reúnem as 
modalidades que se configuram por rebater uma bola lançada pelo adversário o 
mais longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes as bases, ou 
a maior distância possível entre as bases (aproveitando que os defensores ainda 
não recuperaram o controle da bola) e, então, somar pontos. Nessa categoria, 
encontramos diversas modalidades que são pouco conhecidas e praticadas no 
Brasil, mas que têm popularidade e visibilidade em outros países.
Lembre-se, o esporte é uma das temáticas da cultura corporal de movimento 
e, atualmente, tem se configurado como uma das manifestações culturais mais 
propagadas em todo o mundo, seja para a prática cotidiana no seio das variadas 
comunidades e pessoas, ou para o âmbito do espetáculo. Tanto os praticantes 
de esporte como os profissionais que o ensinam encontram diferentes senti-
dos e significados na sua prática. Por isso, faz-se necessário que conheçamos 
a história de cada esporte, seus elementos técnicos e táticos, como também as 
várias formas de aprendê-lo, jogá-lo e ensiná-lo. 
Sendo assim, diante da necessidade de estudarmos, problematizamos e viven-
ciarmos as múltiplas manifestações do esporte, na perspectiva de transcender os 
esportes inculcados na nossa sociedade como tradicionais, convido você a mergulhar 
com atenção nas cinco unidades que engendram este material, buscando reflexões e 
apontamentos para sua formação e desenvolvimento profissional. Vamos à leitura?
apresentação do material
sumário
UNIDADE I
ESPORTES AQUÁTICOS: NATAÇÃO
18 Introdução aos Esportes Aquáticos: Adaptação ao 
Meio Líquido e Aspectos Históricos da Natação
22 Os Quatro Estilos da Natação
28 Regras Básicas da Natação
32 O Ensino da Natação
36 Considerações Finais
41 Referências
UNIDADE II
ESPORTES DE AVENTURA
49 Introdução aos Esportes Radicais
50 Aspectos Históricos, Aplicação Pedagógica, 
Características e Classificações do Skate
58 Aspectos Históricos, Aplicação Pedagógica, 
Características e Classificações do Parkour
64 Aspectos Históricos, Aplicação Pedagógica, 
Características e Classificações do Slackline
70 Esportes Radicais de Ação e Aventura
82 Considerações Finais
88 Referências
UNIDADE III
ESPORTES COM REDE DIVISÓRIA
96 Peteca
101 Badminton
109 Tênis de Campo
122 Tênis de Mesa
129 Esportes com Rede Divisória na Escola
132 Considerações Finais
138 Referências
UNIDADE IV
ESPORTES DE INVASÃO: RUGBY
144 Conhecendo a História do Rugby
147 O Que é o Rugby?
168 Variações do Rugby
172 Modelos de Exercícios de Iniciação no Ensino do 
Rugby
177 Considerações Finais
182 Referências
UNIDADE V
ESPORTES DE CAMPO-E-TACO: BEISEBOL
188 Das Raízes à Modernidade: Beisebol, um Esporte 
em Evolução
190 Equipamentos do Beisebol
196 Posição e Função dos Jogadores em Campo
202 Regras do Beisebol e Dinâmica de Jogo
206 O “Minibeisebol”: uma Estratégia Pedagógica
213 Considerações Finais
218 Referências
Professora Dra. Patricia Carolina Borsato Passos
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Introdução aos esportes aquáticos: adaptação ao meio 
líquido e aspectos históricos da natação
• Os quatro estilos da natação
• Regras Básicas da Natação
• O Ensino da Natação 
Objetivos de Aprendizagem
• Reconhecer as características do ambiente aquático, 
atividades de adaptação ao meio líquido e os aspectos 
históricos da natação.
• Analisar o movimento técnico dos quatro estilos da 
natação.
• Reconhecer as regras básicas da natação.
• Possibilitar ações pedagógicas para o ensino da natação.
ESPORTES AQUÁTICOS: NATAÇÃO
unidade 
I
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta unidade, você poderá se apropriar de uma das modalidades esportivas mais prazerosas que existe, a nata-ção. Organizamos o conhecimento básico sobre ela em quatro 
tópicos para que o aprendizado seja facilitado e didático durante esta uni-
dade. O conhecimento do ambiente aquático é imprescindível para que o 
professor e profissional de Educação Física possa elaborar atividades para 
a adaptação ao meio líquido. Ainda, abordaremos os aspectos históricos 
da natação, pois reconhecendo a construção histórica desta modalidade, 
o professor de natação vai compreender a atuação de outros profissionais 
que obtiveram sua formação baseada em outros fundamentos científicos 
e, assim, podem atuar em harmonia, mas buscando sempre a evolução 
baseada em conhecimento científico e democratização deste esporte. 
Para tanto, o segundo tópico é um o conhecimento necessário para 
que você possa analisar o movimento técnico dos quatros nados da na-
tação – crawl, peito, costas e borboleta –, com base no desenvolvimen-
to histórico destes em nossa sociedade. Será detalhado o movimento de 
braçada, pernada, respiração e coordenação de cada um dos nados. Na 
sequência, abordaremos algumas regras da natação competitiva, no que 
diz respeito à piscina e suas principais marcações, principais funções, po-
sicionamento da equipe de arbitragem e as especificidades do estilo livre, 
sendo o estilo mais praticado e comum entre os praticantes e atletas de 
natação, fundamentada pela organização oficial da natação, a FINA.
No último tópico, será abordado o conteúdo mais esperado por qual-
quer professor de natação, a descrição das possibilidades de ações pe-
dagógicas para o ensino da natação, com o objetivo de instrumentalizar 
você em sua futura profissão.
Espero que, ao final desta unidade, você mergulhe fundo na busca 
do conhecimento a respeito da natação e proporcione aos seus alunos o 
prazer em nadar em qualquer etapa de sua vida.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
18 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
18 
Introdução aos Esportes Aquáticos: 
Adaptação ao Meio Líquido e Aspectos 
Históricos da Natação
Olá, caro(a) aluno(a), este tópico foi elaborado em 
três subseções, para que compreendam as caracte-
rísticas do ambiente aquático, o conteúdo de adap-
tação ao meio líquido e, em seguida, apresentar os 
aspectos históricos da natação.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 19
 DESIGN 
 19
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE 
AQUÁTICO
Cabe, neste tópico, evidenciar as características do 
ambiente aquático, que influenciarão a prática de 
todos os esportes praticados neste meio. Tais carac-
terísticas agem sobre as principais adaptações fisio-
lógicas do corpo imerso na água. A imersão, que 
ocorre no simples fato de uma pessoa entrar na água 
de forma passiva ou em repouso, responde à pres-
são hidrostática que representa a força compressi-
va que age no corpo durante a imersão (LOBO DA 
COSTA, 2010).
A pressão hidrostática é uma das características 
do ambiente aquático. O indivíduo, neste meio, sen-
te, em todas as partes do seu corpo envoltas de água, 
que estásendo pressionado por algo. É importante 
lembrar que a ação de estar dentro da água ocor-
re, maioria das vezes, na água mais fria (24 a 32 ºC) 
comparada à temperatura corporal (36 ºC); essas 
duas características – pressão hidrostática e tempe-
ratura – agem principalmente sobre vasos sanguíne-
os periféricos.
Devido à baixa temperatura da água, que esti-
mula a contração muscular, aliada à força exercida 
pela pressão hidrostática, uma grande quantidade 
de sangue periférico é lançada ao coração, que re-
cebe uma sobrecarga momentânea. Em seguida, 
devolve o sangue à periferia e, às vezes, com certa 
intensidade, certa sensação de calor que o indivíduo 
sente para dar conta do volume que foi aumentado.
Figura 1 - Pressão hidrostática
Fonte: DP Hidrotreinamento ([2018] on-line)1.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
20 
A profundidade é uma característica importante 
para ajustar intervenções no meio aquático. Con-
siderando o mecanismo de controle da frequência 
cardíaca, a profundidade da imersão no nível do 
processo xifoide (localizado próximo à parte supe-
rior do abdômen) ocasiona bradicardia (diminui-
ção da frequência cardíaca). Entretanto, níveis su-
periores de imersão provoca taquicardia (aumento 
da frequência cardíaca) (LOBO DA COSTA, 2010).
A pressão da água sobre o tórax imerso faz 
com que aumente o trabalho respiratório em per-
centuais elevados, provocando um excelente de-
senvolvimento dos músculos respiratórios, resul-
tando não só no fortalecimento total, bem como 
o aumento de sua capacidade. Tais características 
apresentadas provocam ajustes fisiológicos, mes-
mo na imersão passiva.
ADAPTAÇÃO AO MEIO LÍQUIDO
A adaptação ao meio líquido é um pré-requisito 
para o ensino da natação e outros esportes pratica-
dos no meio líquido, sendo o seu principal objetivo 
levar o aluno a ser capaz de resolver, em qualquer 
situação e circunstância, os desafios que se apre-
sentam em um novo meio. Uma dica relevante 
para estimular a adaptação ao meio líquido são os 
jogos, principalmente para crianças (MACHADO, 
2004), intercalando com movimentos corporais 
simples que são realizadas fora da água; devem ser 
praticados, neste ambiente, como: andar, correr, 
saltar, empurrar, chutar em diferentes direções, 
planos e formas, levando em consideração todas 
as características do ambiente aquático, que foram 
apresentadas na subseção anterior.
ASPECTOS HISTÓRICOS DA NATAÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta parte, trataremos o aspectos 
históricos da natação, no intuito de compreender-
mos sua evolução e alguns campos de atuação do 
mercado de trabalho. Ao final do tópico, deve ser 
questionado qual é a relevância do conteúdo histó-
rico da natação para os futuros professores e profis-
sionais de Educação Física.
Assim, recorremos a fatos históricos da Antigui-
dade, Idade Média e Idade Moderna. Na Antiguida-
de, 3.000 a.C., os gregos tinham grande apreço pela 
natação e corrida, pois essas atividades eram sinôni-
mas de força e beleza física. Há apontamentos que os 
filósofos Platão, Aristóteles, Heráclito e outros eram 
exímios nadadores. Havia uma lei nº 689 que definia 
que um cidadão para ser educado era necessário sa-
ber ler e nadar (NORONHA, 1985).
A Idade Média foi marcada pela prática da nata-
ção restrita à nobreza e aos militares, que utilizavam 
a prática de banhos públicos nas casas de banho, 
com o objetivo de higiene e prevenção de doenças. 
Mas, com a queda do Império Romano, a natação 
quase desapareceu; um dos motivos foi que a igreja 
condenava tudo o que era relacionado ao corpo e 
propagava que esta atividade era propulsora na dis-
seminação de epidemias (CHAVES, 2014).
Um salto na história, recorremos a 1798, na Ale-
manha, Guths Muths foi o primeiro a sistematizar o 
ensino da natação, cujo método era dividido em três 
partes: a primeira era chamada de adaptação geral à 
água; o segundo era exercícios em seco no banco de 
natação; e o terceiro era o exercício dentro da água 
com uma cinta amarrada na cintura e suspenso em 
uma corda (FERNANDES; LOBO DA COSTA, 2006).
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 21
Em 1837, em Londres, surge, oficialmente, os esti-
los da natação, mas somente em 1908 surge o ór-
gão responsável pela organização dos cinco espor-
tes aquáticos no mundo, a Federação Internacional 
de Natação (FINA), atualmente responsável pelas 
modalidades de natação, polo aquático, saltos or-
namentais, maratona aquática e nado sincronizado 
(DUARTE, 2016).
A natação competitiva, no Brasil, teve início em 1898, 
com a realização do primeiro campeonato no Rio de Ja-
neiro, mas sua participação em olimpíadas só aconteceu 
em 1920, na Bélgica, quando cinco nadadores do sexo 
masculino estiveram presentes. Um data que represen-
ta a evolução da natação no Brasil é 21 de outubro de 
1977, ano em que foi fundada a Confederação Brasileira 
de Desportos Aquáticos (CBDA, [2018], on-line)3.
Figura 3 - Modalidades esportivas de responsabilidade da FINA
Figura 2 - Banco seco de natação
Fonte: Modern mechanix (2008, on-line)2.
http://blog.modernmechanix.com/publication?pubname=ModernMechanix
ESPORTES COMPLEMENTARES 
22 
Os Quatro Estilos da Natação
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 23
CRAWL RESPIRAR
VIRADA OLÍMPICA
COSTAS
PEITO
BORBOLETA
Caro(a) aluno(a), após o estudo deste tópico, você poderá reconhecer os quatro 
nados da natação: crawl, costas, peito e borboleta, os quais foram apresentados 
em quatro subseções. Cada um dos nados contém uma breve história de como 
surgiu, o movimento técnico de braçada e pernada, além da coordenação do 
nado. Neste tópico, não serão evidenciadas as regras oficiais de cada estilo da 
natação competitiva. Além da descrição de cada um dos nados, é possível visu-
alizar cada um dos movimentos na Figura 3.
Figura 4 - Ilustração das fases dos quatro estilos da natação: crawl, costas, peito e borboleta
ESPORTES COMPLEMENTARES 
24 
ESTILO PEITO
O nado peito foi chamado de “Clássico” e era na-
dado com a pernada de tesoura e braçada lateral 
e aérea, pois a história conta que esse estilo foi 
o primeiro a ser utilizado em competição (MA-
GLISCHO, 2010). Em 1924, nas Olimpíadas em 
Paris, o alemão Erich Rademacher adotou a posi-
ção baixa dos joelhos (MACHADO, 2004).
O nado peito deve ser realizado em na posição cor-
poral horizontal em decúbito ventral (MAGLISCHO, 
2010); a braçada é dividida em três fases: apoio, tração 
e recuperação; a pernada também é dividida em três 
fases: sendo o início com as pernas estendidas, na se-
quência a flexão dos joelhos e a extensão para finalizar 
o movimento. A coordenação do nado peito deve ser 
de uma braçada para cada pernada e realizar a respi-
ração frontal em cada braçada (MACHADO, 2004).
Veja um exemplo do nado 
peito, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 5 - Estilo Peito
A explicação mais notável do porque as atividades no ambiente aquático são indicadas para pessoas que 
necessitam realizar exercícios com baixo impacto é devido a força do empuxo, que atua verticalmente 
sobre o corpo, no sentido contrário ao da força da gravidade, de baixo para cima.
Fonte: Lobo da Costa (2010).
SAIBA MAIS
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 25
Veja um exemplo do estilo 
borboleta, assistindo ao 
vídeo. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
ESTILO BORBOLETA ILUSTRAÇÃO DO NADO
O nado borboleta surgiu devido à imperfeição da regra 
que, por não detalhar precisamente o movimento da 
braçada do nado peito, foi possível realizar a braçada 
com a elevação dos braços para fora d’água, sendo que 
a primeira tentativa se deu em 1927, pelo nadador ale-
mão Redemacher, e só foi reconhecido como um estilo 
diferente do nado peito em 1953 (MACHADO, 2004).
Entre os quatro estilos da natação, o nado bor-
boleta é o mais novo a ser criado e é reconhecido, 
atualmente, como o estilo que mais exige habilidade 
e força do nadador.
Durante a realização do nado borboleta, o mo-
vimento da braçada inicia-se com a entrada das 
mãos na água na linha dos ombros; em seguida, 
realiza-se o afastamento lateraldos braços para o 
apoio e imersão das mãos; quando aproximarmos 
as mãos na frente do corpo inicia-se a elevação da 
cabeça para realizar a respiração frontal. A finali-
zação da braçada acontece com o afastamento das 
mãos para a lateral do corpo e elevação dos cotove-
los, sendo a fase de recuperação da braçada. É im-
portante ressaltar que para sincronização do nado, 
entre a braçada e a respiração, a cabeça deve retor-
nar para água após a respiração, antes do início do 
novo ciclo de braçada (LIMA, 2007).
O movimento da pernada do nado borboleta se 
dá no sentido vertical, contínuo e simultâneo, sendo 
que o movimento na fase ascendente deve ser esten-
dida ao subir, mas não deve sair da água; e na fase 
descendente, a perna flexiona-se ligeiramente e es-
tende para o fundo da piscina com força (MACHA-
DO, 2004). A coordenação geral do nado borboleta 
acredita-se que o ideal é o movimento de duas per-
nadas para cada ciclo de braçada (LIMA, 2007).
Figura 6 - Estilo Borboleta
ESPORTES COMPLEMENTARES 
26 
ESTILO COSTAS
O nado costas apareceu em 1900, sendo realizado em 
decúbito dorsal, com a movimentação dos braços e 
pernas de forma simultânea, semelhante ao nado peito 
clássico. Em 1912, o americano Henry Hebner nadou 
nos Jogos Olímpicos de Estocolmo o nado de costas 
com movimentos alternados de braço e perna (MA-
CHADO, 2004). Desde então, o nado costas vem se 
aperfeiçoando em cada ciclo olímpico. Para o presen-
te momento, iremos descrever os movimento técnicos 
que este vem sendo executado e descrito na literatura 
mais atual, permanecendo sua característica peculiar: 
o posicionamento corporal em decúbito dorsal.
O movimento da braçada do nado costas é realiza-
do de forma alternada, sendo dividido em fase área e 
fase aquática. A fase área é o momento de recuperação 
da braçada, que deve estar o mais relaxado possível, 
sair da água na lateral com o rolamento de ombro e 
estendido; antes de entrar na água, deixar a palma da 
mão voltada para fora. Na fase aquática ou submersa, o 
movimento inicia-se após a entrada da mão na água na 
linha do ombro, em direção ao fundo da piscina; em 
seguida, realiza-se a varredura para a cima e na lateral, 
finalizando com o movimento de varredura para baixo 
e saída da mão (LIMA, 2007; MAGLISCHO, 2010).
O movimento da pernada do nado costas se dá 
no sentido vertical e alternado, muito semelhante ao 
nado crawl, mas a diferença está no momento em que 
é dado ênfase na força da pernada; no costas, o mo-
mento é na direção de baixo para cima. A respiração 
durante o nado costas é facilitada, porém é semelhan-
te aos outros nados, sendo que a inspiração deve ser 
realizada pela boca. A coordenação do nado sugere-
-se, a cada ciclo de braçada, a realização de seis per-
nadas, na fase de aprendizagem (MACHADO, 2004).
Veja um exemplo do estilo 
costas, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 7 - Estilo Costas
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 27
ESTILO CRAWL
A realização de um nado semelhante ao crawl foi execu-
tado pelos egípcios, gregos, romanos e outros povos, que 
deixaram gravados suas artes do homem dentro d’água. 
Contudo, o nado com batimentos de pernas alternados, 
que era praticado por nativos da ilha Rubiana, no Pací-
fico, foi introduzido na Austrália por Harry Wilkham, 
em 1893. Fato relevante, foi o que, neste mesmo ano, 
Alik Wickham, ao nadar de forma muito rápida, arran-
cou a exclamação de um técnico: “Veja que forte ras-
tejar”. Sendo o estilo batizado por crawl, que, quando 
traduzida da língua inglesa para o português, significa 
rastejar (MACHADO, 2004). Ao utilizar o nado crawl, 
o nadador consegue realizar percursos com os menores 
tempos, quando comparado aos outros estilos.
Durante a realização do nado crawl, o movimen-
to da braçada deve ser alternado, apresentando uma 
fase aérea e uma aquática. Na fase aquática, uma das 
mãos realiza o apoio após a entrada na água na li-
nha dos ombros; em seguida, realiza o movimento de 
tração, que necessita da flexão do cotovelo levando 
a mão em direção a linha mediana sob o tronco, na 
qual a velocidade do movimento deve ser progressi-
va; e na finalização desta fase, o movimento de em-
purre ou varredura consiste na extensão do braço ao 
lado do tronco. Enquanto a outra mão está saindo 
d’água para a fase aérea, inicia-se com a elevação do 
cotovelo para fora d’água e mantendo-se sempre mais 
alto que o antebraço deve ser flexionado próximo ao 
tronco e antebraço e mão em um movimento de ro-
tação de ombro realizar a entrada da mão na água.
A respiração lateral, coordenada com o movi-
mento da braçada, acontece no momento da varre-
dura com o giro do tronco e da cabeça, para que a 
inspiração pela boca seja realizada; a face deve retor-
nar para água após a respiração, antes do início do 
novo ciclo de braçada (LIMA, 2007).
O movimento da pernada é alternado no sentido 
vertical, sendo que o movimento na fase ascenden-
te deve ser estendida ao subir, mas não deve sair da 
água; e na fase descendente, a perna flexiona-se ligei-
ramente e estende para o fundo da piscina com força 
(MACHADO, 2004).
Veja um exemplo do estilo 
costas, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 8 - Nado Crawl
ESPORTES COMPLEMENTARES 
28 
Regras Básicas da Natação
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 29
A respeito das regras básicas da natação, veremos 
três subtópicos: piscina, arbitragem e estilo livre 
baseando-se nas regras oficiais de 2017 a 2021 ela-
boradas pela Federação Internacional de Natação 
(FINA). Não é nossa pretensão abordar todas as 
particularidades que fazem parte deste conteúdo, 
mas fornecer informações para que o professor re-
conheça e possa se instrumentalizar para o ensino 
da natação. Vamos buscar explanar aspectos que 
fazem parte e se mantém após vários ciclos olím-
picos, já que é de conhecimento geral dos profis-
sionais vinculados às federações e confederações 
que a cada ciclo olímpico, as regras da modalidade 
esportiva passam por revisões.
PISCINA
A piscina para a realização de competições oficiais de-
vem ser de 50 metros (piscina olímpica) ou 25 metros 
(piscina semiolímpica), com profundidade de 1 me-
tros, salvo no caso de piscinas com blocos de partida, 
neste caso, é exigido a profundidade de 1,35 metros 
numa extensão de 1 a 6 metros da cabeceira de partida.
As raias devem ter, pelos menos, 2,5 metros de 
largura, com dois espaços de pelos menos 0,2 metros, 
na primeira e última raia, entre essas raias e as bordas 
laterais. É importante que as raias fiquem à superfície 
da água; as cores das divisórias de raia devem ser dis-
postas conforme o número de raia, 8 ou 10.
PISCINA OLÍMPICA - 50,0 m
5,0 m
15,0 m 15,0 m
CA
BE
CE
IR
A
 D
E 
PA
RT
ID
A
25
,0
 m
2,
5 
m
50,0 m
5,0 m Plataforma de
Partida
Raia
A
Raia
01
Raia
02
Raia
03
Raia
04
Raia
05
Raia
06
Raia
07
Raia
08
Raia
B
Figura 9 - Piscina Olímpica
Fonte: os autores.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
30 
ARBITRAGEM
A equipe de arbitragem em competições de natação 
é constituída conforme as regras da Fina; especifi-
camente para simplificar as principais funções, al-
gumas informações foram suprimidas. Conforme 
apresentado na Figura 10, a primeira e mais impor-
tante função é a do árbitro geral, que é o responsável 
por toda a competição e deve garantir o bom anda-
mento do evento, seja campeonato ou festival.
1. Árbitro Geral
2. Juiz de Partida
3. Banco de Controle
4. Juízes de Virada
5. Juízes de Chegadas
6. Juíz de Nado
7. Chefes de Cronometristas
8. Cronometristas
9. Locutor
Figura 10 - Equipe de arbitragem
Fonte: os autores.
O juiz de partida fará a saída de cada uma das provas 
durante todo o evento, com equipamento eletrônico 
ou apito. O banco de controle será ocupado por uma 
pessoa ou um casal, para entregar o cartão de prova 
e conferência da vestimenta e documento oficial. Os 
juízes de virada serão responsáveis por verificar se 
a virada de cada nadador foi realizada respeitando 
a regra de cada uma dasprovas; nesta função, não é 
necessário um juiz por raia em caso de festivais.
Na função de juiz de chegada, ele deverá anotar 
a sequência do número das raias conforme os na-
dadores chegaram ao final da prova, para o caso de 
o equipamento (cronômetro ou eletrônico) falhar, 
sendo possível classificar os atletas conforme suas 
anotações. O juiz de nado deverá acompanhar todo 
o percurso dos nadadores para garantir que nenhu-
ma infração ocorra que pode justificar a desclassifi-
cação de um atleta, por executar um movimento que 
não é previsto na regra do estilo escolhido.
O chefe de cronometristas será responsável por 
recolher a anotação de todos os cronometristas, em 
cada uma das raias. Os cronometristas deverão se 
posicionar cada um em uma das raias que serão uti-
lizadas na competição. A função de locutor fará a 
chamada das provas e dos nadadores no decorrer da 
competição, bem como anunciará qualquer desclas-
sificação, resultados e avisos.
A equipe de arbitragem deve se posicionar con-
forme a Figura 11 sugere, para um bom andamento 
da competição e exercício de sua função.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 31
ESTILO LIVRE
A prática da natação também envolve a participação 
de nadadores em campeonatos e festivais, sendo a 
prova de estilo livre a mais escolhida pelos pratican-
tes de natação em diferentes níveis de aprendizagem.
Semelhantemente aos estilos peito, borbole-
ta e medley, a partida nas provas de estilo livre 
inicia-se com o apito longo do árbitro geral, os 
nadadores se posicionam no bloco de partida. Em 
seguida, o juiz de partida diz “às suas marcas”, o 
nadador deve colocar pelo menos um pé na par-
te dianteira do bloco e permanecer imóvel até o 
sinal de partida (CBDA, 2018). Importante: qual-
quer nadador que parta antes do sinal de partida 
ser dado, será desclassificado.
O nado livre é uma prova oficial da natação, não 
significa nado crawl, porém a maioria dos nadado-
res utilizam o nado crawl em provas do nado livre. 
Vejamos o que diz o livro de regras oficiais sobre o 
nado livre, disponibilizado pela FINA.
A sigla SW 5 é sinônimo das regras do nado livre, no 
qual o nadador pode realizar qualquer nado, exceto nas 
provas de medley individual ou revezamento medley, 
nado livre significa qualquer nado diferente do nado de 
costas, peito ou borboleta (CBDA, 2018). Para comple-
tar uma prova do nado livre, o nadador deve tocar a pa-
rede em cada volta e no final com alguma parte do cor-
po. Não é permitido que o nadador pegue impulso no 
fundo da piscina ou ande durante o percurso da prova.
Juiz de Nado
Juiz de Nado
PISCINA OLÍMPICA - 50,0 m
5,0 m
15,0 m 15,0 m
CA
BE
CE
IR
A
 D
E 
PA
RT
ID
A
CA
BE
CE
IR
A
 O
PO
ST
A
(V
IR
A
D
A
S)
25
,0
 m
50,0 m
Bandeira
Indicadora Bandeira
Indicadora
Corda Falsa Corda Falsa
5,0 m Plataforma de
Partida
Chegada
Partida Geral
J
u
i
z 
V
o
l
t
a
C
r
o
n
o
m
e
t
r
i
s
t
a
Chegada
Raia
A
Raia
01
Raia
02
Raia
03
Raia
04
Raia
05
Raia
06
Raia
07
Raia
08
Raia
B
Figura 11 - Piscina olímpica com a localização da equipe de arbitragem
Fonte: os autores.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
32 
O Ensino da Natação
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 33
O ensino da natação permeia algumas particulari-
dades que devem ser levadas em consideração para 
que a aprendizagem se concretize e supere o ensino 
da natação pautado na visão da década de 80, que 
enfatizava, exclusivamente, a repetição mecânica da 
técnica (TANI; BENTO; PETERSEN, 2006). Diante 
desse anseio, no conteúdo deste tópico, apresentare-
mos a descrição das possibilidades de ações pedagó-
gicas para o ensino da natação, subdividido em três 
subseções que responderão a três perguntas:
1. Quais são os principais componentes neces-
sários para o ensino da natação?
2. O que devo ensinar primeiro em uma aula de 
natação para um desenvolvimento harmonioso?
3. Como ensinar a natação com base no conhe-
cimento construído ao longo dos anos?
Para responder a primeira pergunta, iremos abordar 
uma das mais importantes atividades de um profes-
sor, o planejamento. Para a realização de um bom 
planejamento, você precisa conhecer os componen-
tes de uma aula, um plano de aula de natação e as 
técnicas de ensino. Responderemos a segunda per-
gunta apresentando o método básico de adaptação 
ao meio líquido e os três principais elementos da 
adaptação no ensino da natação. Ao final deste tópi-
co, responderemos a terceira pergunta apresentando 
as correntes pautadas na pedagogia da natação e os 
movimentos necessários para o ensino da natação.
OS PRINCIPAIS COMPONENTES PARA O 
ENSINO DA NATAÇÃO
O ensino da natação deve iniciar com o planeja-
mento que deve responder às perguntas que seguem 
(MACHADO, 2004), para, então, organizar o cro-
nograma semestral ou anual, elaborando um plane-
jamento adequado à sua realidade.
1. Qual o grupo de alunos (idade, nível e quan-
tidade)?
2. Qual é o local disponível (instalações, piscina 
e materiais)?
3. Quanto tempo tenho para organizar o conte-
údo e as turmas?
4. Quais são os objetivos (adaptação, aprendi-
zagem, aperfeiçoamento, treinamento, ma-
nutenção da saúde e terapêutico)?
5. Quais são os dias disponíveis para as aulas 
conforme o calendário do município?
6. Quais são os movimentos técnicos de cada 
nado e as regras oficiais da prática da natação?
Após você responder às perguntas, terá as in-
formações necessárias dos componentes de uma 
aula: aluno, professor, local e materiais (MA-
CHADO, 2004). A respeito do aluno, você preci-
sa conhecer suas características; o professor deve 
possuir o conhecimento dos movimentos técni-
cos e as regras da natação, o local deve ser seguro, 
limpo e com instalações adequadas para a prática 
da natação e os materiais disponíveis específicos 
da modalidade, como o pullbóias, flutuadores, 
palmares, nadadeiras e pranchas, bem como ou-
tros que podem fazer parte da aula, sendo todos 
em condições apropriadas para o uso.
Outros componentes importantes são o pla-
no de aula, que deve contemplar um objetivo; os 
materiais; a parte inicial, como o aquecimento ou 
outra atividade que desperte o interesse pela aula; 
a parte de desenvolvimento, que deve apresentar 
as atividades principais para atingir o objetivo pro-
posto; e a parte final, com uma atividade de alon-
gamento, jogo recreativo ou relaxamento.
O último componente deve ser as sete técnicas 
de ensino adaptado de Kerbej (2002) e Lobo da 
Costa (2010), que visa:
ESPORTES COMPLEMENTARES 
34 
1. Organizar o contexto (local e materiais).
2. Variar a situação de estímulo (visual, cinesté-
sico, imaginário ou sonoro).
3. Formular perguntas para acompanhar a 
aprendizagem, bem como monitorar a respi-
ração e satisfação do seu aluno.
4. Ilustrar com exemplos do cotidiano do aluno, 
facilitando a comunicação ou por meio de re-
cursos audiovisuais.
5. Empregar reforços positivos, por meio de um 
feedback sincero sobre o desempenho do seu 
aluno.
6. Conduzir a aula conforme o objetivo, dei-
xando claro para seu aluno o que espera 
dele ao final de cada atividade, bem como 
no final da aula.
7. Favorecer experiências integradas de apren-
dizagem, para que o aluno, ao dominar um 
movimento, possa avançar no ensino da na-
tação, agregando conhecimento por meio de 
associações e repetições.
PRIMEIRO CONTEÚDO 
DO ENSINO DA NATAÇÃO
Todos perguntam a mesma coisa ao iniciar a atuação 
como professor de natação: o que eu devo ensinar 
primeiro? Na verdade, não temos a “receita de bolo”, 
mas já temos o conhecimento do que precede o en-
sino da técnica dos estilos culturalmente determina-
dos (estilo peito, borboleta, costas e crawl).
O aluno, antes de aprender os estilos da nata-
ção, deve dominar os três elementos da adaptação 
ao meio líquido: respiração, equilíbrio e propul-
são (TANI; BENTO; PETERSEN, 2006). A respi-
ração na água perde seu caráter automático e passa 
a ser voluntário. Ela deve ser ativa, enquanto a ins-
piração torna-se quase que um movimento reflexo. 
O equilíbrio está em constante mudança, devido à 
açãoda força da flutuação que produz instabilida-
de do corpo submerso e a propulsão que consiste 
em se deslocar na água com economia de esforço.
Importante para o sucesso da adaptação ao meio 
líquido, sugerimos considerar os seis itens que fa-
zem parte do método básico de adaptação, basean-
do-se em Lobo da Costa (2010):
1. Propiciar segurança e, se necessário, estar 
dentro d’água com o aluno no momento da 
adaptação.
2. Evitar utilizar materiais flutuadores na adap-
tação para que o aluno não se prenda a um ou 
outro material.
3. Dar o tempo suficiente para a experimen-
tação de novos exercícios e a frequência de 
repetições necessárias para a aprendizagem.
4. Iniciar sempre com tarefas fáceis e desafiadoras.
5. Proporcionar prazer na água, sempre que 
possível.
6. Promover jogos recreativos que facilitam a 
adaptação ao meio líquido.
ENSINANDO COM A PEDAGOGIA 
DA NATAÇÃO
O ensino da natação inicialmente era feito pelo mé-
todo global, no qual consistia em ausência do pro-
fessor, acreditava na capacidade de adaptação pelo 
instinto animal. As atividades eram desenvolvidas 
na tentativa e erro, considerava-se a estrutura bio-
lógica, e o aluno era atuante no processo de ensino 
(CHAVES, 2014). Um aspecto positivo é que todo o 
ensino era baseado em três unidades básicas – equi-
líbrio – respiração – propulsão. Outras duas corren-
tes foram apontadas por Machado (1978): corrente 
analítica e corrente moderna ou sintética.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 35
A corrente analítica enfatiza a reprodução de 
movimentos técnicos, utiliza educativos como o 
processo principal do ensino, tem como pontos po-
sitivos uma tentativa de organizar o ensino de forma 
metodológica, trabalhando as dificuldades de forma 
sucessiva, e o professor aparece como fator neces-
sário para o ensino de forma coletiva. Na corrente 
moderna, o professor deve contribuir com as téc-
nicas e dados científicos das diferentes áreas do co-
nhecimento (psicologia, pedagogia, biologia), orien-
tando, experimentando e proporcionando situações 
diversas de aprendizagem. O ensino está baseado 
em três unidades básicas – equilíbrio – respiração 
– propulsão (NISTA-PICCOLO; TOLEDO, 2014).
As correntes, que também podem ser chama-
dos de métodos, possuem vantagens e desvanta-
gens que são válidas. O que você, enquanto pro-
fessor, deve conhecer são os métodos e quando 
aplicá-los, buscando não utilizar um único mé-
todo. A pedagogia do desporto ressalta que inde-
pendentemente do método, o ensino deve almejar 
a competência aquática, respeitando o desenvolvi-
mento motor em suas diferentes fases, e que antes 
do ensino do nado, o ideal é que o aluno consiga 
realizar os movimentos fundamentais proposto 
por Freudenheim e Madureira (2006): posturas 
estáticas e dinâmicas, flexão e extensão, rotação e 
circundução e a adaptação respiratória. Em segui-
da, combinar os movimentos fundamentais para 
realizar: o flutuar, propulsionar, imergir e respirar.
Por fim, iniciar o ensino de um dos nados, que 
pode ser o crawl, por ser considerado o menos com-
plexo devido à característica do movimento alterna-
do ser semelhante ao andar. Entretanto, a pedagogia 
do desporto sugere que, para alcançar a competên-
cia aquática, o ensino deva extrapolar os quatros 
estilos, ir além, estimulando a aprendizagem dos 
desportos do meio líquido, como o polo aquático, 
nado sincronizado e outras modalidades olímpicas 
(FREUDENHEIM; MADUREIRA, 2006). Neste 
sentido, outras práticas poderia ser incentivadas, 
como o biribol e a hidroginástica.
Prezado(a) aluno(a), esperamos que, ao final desta 
unidade, os conteúdos abordados possam contribuir 
na atuação profissional, enquanto professores de nata-
ção e, mais que isso, que você desperte o interesse pelos 
desportos aquáticos e busque cada vez mais atualizar o 
conhecimento na área em que pretende trabalhar.
Você sabe me dizer entre os estilos da natação competitiva, livre, costas, borboleta e peito, qual seria 
o mais lento e por que? O estilo peito é o mais lento, por causa das grandes flutuações que ocorrem 
durante o ciclo de pernada e braçada.
(Ernest Maglischo)
REFLITA
36 
considerações finais
Ao final deste mergulho no conhecimento a respeito da natação, esperamos que 
você tenha se encantado com essa modalidade esportiva, por meio dos conteúdos 
abordados em quatro tópicos.
Buscamos evidenciar as características do ambiente aquático, por acreditar 
que o profissional em posse desse conhecimento tem condições básicas para ela-
boração de atividades de adaptação ao meio líquido, mas também foram sugeri-
dos movimentos e jogos que podem ser uma ferramenta eficiente para alcançar 
esse objetivo.
Abordamos os aspectos históricos da natação, pois entendemos que a história 
do esporte é parte da humanidade desde a criação à sua evolução. Esses aspectos 
devem nortear os futuros profissionais, na compreensão da realidade, para que 
superem os desafios atuais, evitando os equívocos do passado, para que a natação 
possa ser praticada por mais pessoas e, forma pretensiosa, esperamos que novos 
conhecimentos sejam produzidos a respeito dessa modalidade.
Achamos importante abordar, no segundo tópico, o movimento técnico dos 
quatros nados da natação: crawl, peito, costas e borboleta, que forneceu infor-
mações básicas a respeito de cada um dos estilos para que você possa ensinar a 
seu aluno. Contudo, atualmente, a evolução do conhecimento é disseminada em 
periódicos científicos, a partir dos quais é possível perceber o aprimoramento de 
métodos e o alcance de excelentes resultados em economia de energia e ganho de 
desempenho.
No Tópico 3, apresentamos algumas regras da natação competitiva, na ten-
tativa de fornecer ferramentas para a promoção de campeonatos e festivais que 
tanto despertam o interesse e entusiasmo dos que participam de atividades como 
estas, na prática da natação. A intenção é que você proponha adaptações no es-
paço que possui para a prática da natação e incentive seus alunos por meio da 
participação em festivais de natação.
Encerramos essa unidade com a descrição das possibilidades de ações peda-
gógicas para o ensino da natação na escola, para que você sinta-se motivado para 
ensinar a natação independentemente das instalações e materiais que terá dispo-
nível para atuação profissional, e, ainda, ao dominar esse conteúdo, possa cons-
truir novas formas de ensinar a natação ou outra modalidade do meio líquido.
considerações finais
 37
atividades de estudo
1. As características do ambiente aquático influen-
ciam a prática de todos os esportes praticados 
nesse meio. Tais características agem sobre 
as principais adaptações fisiológicas do corpo 
imerso na água. Essas características são:
a. Pressão da gravidade, temperatura do corpo 
e profundidade.
b. Pressão hidrostática, temperatura da água e 
do corpo.
c. Pressão hidrostática, temperatura e profundi-
dade.
d. Profundidade, pressão da gravidade e tem-
peratura.
e. Nenhuma das anteriores.
2. Sobre as afirmações a seguir:
I. A adaptação ao meio líquido é um pré-requisi-
to para o ensino da natação e outros esportes 
praticados no meio líquido, sendo o seu princi-
pal objetivo levar o aluno a ser capaz de resol-
ver, em qualquer situação e circunstância, os 
desafios que se apresentam em um novo meio.
II. Para a adaptação ao meio líquido, não se deve 
intercalar jogos com movimentos corporais 
simples que são realizadas fora da água e 
devem ser praticados neste ambiente, como: 
andar, correr, saltar, empurrar, chutar em di-
ferentes direções, planos e formas.
III. A pressão da água sobre o tórax imerso faz 
com que aumente o trabalho respiratório em 
percentuais elevados, provocando um excelen-
te desenvolvimento dos músculos respirató-
rios, resultando não só no fortalecimento total, 
bem como o aumento de sua capacidade.
IV. A imersão que ocorre no simples fato de uma 
pessoa entrar na água de forma passiva ou 
em repouso responde à pressão hidrostática, 
que representa a força compressiva que age 
no corpodurante a imersão.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas I, III e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas está correta.
3. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ) ( O nado peito foi chamado de “Clássico” e este 
era nadado com a pernada de tesoura e braça-
da lateral e aérea, e segundo a história, este es-
tilo foi o último a ser utilizado em competição.
 ) ( Entre os quatro estilos da natação, o nado 
borboleta é o mais novo a ser criado, o qual 
é reconhecido atualmente como o estilo que 
mais exige habilidade e força do nadador.
 ) ( Durante a realização do nado crawl, o movi-
mento da braçada deve ser alternado, apre-
sentando uma fase aérea e uma aquática.
Assinale a alternativa correta:
a. V, V, F.
b. F, V, V.
c. V, F, V.
d. F, F, F.
e. V, V, V.
4. Como em todo esporte, a natação tem suas re-
gras. Sobre as regras da natação:
I. A piscina, para a realização de competições 
oficiais, deve ser de 50 metros (piscina olímpi-
ca) ou 25 metros (piscina semiolímpica), com 
profundidade de 1 metro, salvo no caso de 
piscinas com blocos de partida, neste caso, é 
exigido a profundidade de 1,35 metros numa 
extensão de 1 a 6 metros da cabeceira de 
partida.
38 
atividades de estudo
II. Na função de juiz de chegada, deverá anotar a 
sequência do número das raias conforme os 
nadadores chegaram ao final da prova, para 
caso equipamento (cronometro ou eletrônico) 
falhe, seja possível classificar os atletas con-
forme suas anotações.
III. Diferente dos estilos peito, borboleta e me-
dley, a partida nas provas de estilo livre não se 
inicia com o apito longo do árbitro geral.
IV. O nado livre é uma prova oficial da natação, 
significa nado crawl, por isso a maioria dos na-
dadores utilizam o nado crawl em provas do 
nado livre.
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas I, III e IV estão corretas.
e. 5. Nenhuma das alternativas está correta.
5. O ensino da natação permeia algumas parti-
cularidades que devem ser levadas em consi-
deração para que a aprendizagem se concre-
tize e supere o ensino da natação pautado na 
visão da década de 80, que enfatiza exclusiva-
mente a repetição mecânica da técnica (TANI; 
BENTO; PETERSEN, 2006). Descreva o que a 
pedagogia do desporto ressalta sobre o mé-
todo para o ensino da natação.
 39
LEITURA
COMPLEMENTAR
Caro(a) aluno(a), quero compartilhar com você uma 
pesquisa que demonstrou a importância do professor 
de natação; achei pertinente para este conteúdo, além 
do fato de o material ter uma linguagem prazerosa. Es-
peramos que você goste e desperte o interesse em ler 
outras pesquisas sobre a natação. O artigo foi publica-
do em uma revista de boa qualidade com o título “O 
papel do professor no desenvolvimento da sensoper-
cepção em nadadores”. Os autores Onodera, Campana 
e Tavares (2015) esclarecem que sensopercepção é a 
percepção das sensações internas que são geradas por 
meio da experiência corporal.
Neste momento, não descreveremos os métodos do es-
tudo de forma detalhada, porém sugiro que você leia o 
artigo na íntegra, pois terá acesso a um planejamento 
de uma intervenção prática e sua avaliação, podendo ser 
uma ferramenta para sua atuação profissional.
Após todas as etapas necessárias para um bom planeja-
mento, foi estruturado um programa de intervenção de 
12 semanas, com a duração de três meses e a frequência 
de 3 aulas por semana; a importância do professor foi 
verificada por meio da impressão dos alunos que regis-
traram, em um diário de sensações, suas percepções a 
respeito das atividades propostas, bem como na forma 
com que elas foram conduzidas, juntamente com a pos-
tura da pesquisadora nos momentos de propor as ativi-
dades e corrigi-las.
Os resultados evidenciaram que todos os participan-
tes demonstraram, nos relatos, grande satisfação e 
gratidão por terem participado do projeto, por terem 
evoluído tecnicamente, melhorado o condicionamento 
físico, por terem tido tempo, espaço de aprendizado e 
descobertas sobre eles mesmos.
Os autores concluíram que o programa proposto para 
o desenvolvimento da sensopercepção foi capaz de 
identificar estratégias que tornassem os alunos mais 
atentos às próprias sensações por meio de estímulos, 
como a fala e as anotações realizadas nos diários de 
sensações. Constatou-se que a intervenção realizada 
juntamente com o exercício da escrita no diário fo-
ram eficientes no processo de tomada de consciência 
das sensações corporais dos voluntários, criando um 
espaço para que estas fossem validadas.
Por fim, percebeu-se a importância do professor no fato 
de estar atento às necessidades de cada um, reconhe-
cendo-os como únicos, respeitando o espaço, o tempo, 
os limites dos indivíduos e, principalmente, validando 
suas sensações, além de destacarem que o ambiente 
era confortável e seguro, aspecto relevante para o pro-
cesso de desenvolvimento individual.
Fonte: adaptada de Onodera, Campana e Tavares (2015, 
p. 600-613).
40 
material complementar
Pride – O orgulho de uma nação
Ano: 2007
Sinopse: baseado em eventos reais, Pride conta a inspiradora história de Jim Ellis, 
um carismático professor dos anos 70 que mudou algumas vidas para sempre 
quando criou uma equipe de natação formada por negros americanos em um dos 
bairros mais problemáticos da Filadélfia.
Indicação para Assistir
Conheça todas as regras oficiais da natação que são muito mais específicas e podem ser encontradas na CBDA.
Em: <http://www.cbda.org.br/regraFinaNatacao.pdf>.
Em: <http://www.abc.com.br>.
Indicação para Acessar
http://www.cbda.org.br/regraFinaNatacao.pdf
 41
referências
CBDA. Regras Oficiais: Natação 2017-2021. Con-
federação Brasileira de Desportos Aquáticos, 2018. 
Disponível em: <http://www.cbda.org.br/regraFina-
Natacao.pdf>. Acesso em: 06 set. 2018.
CHAVES, A. D. Mergulhando na aprendizagem da 
natação. In: NISTA-PICCOLO, V.; TOLEDO, E. 
Abordagens pedagógicas do esporte. Campinas: 
Editora Papirus, 2014.
DUARTE, O. História dos Esportes. São Paulo: Edi-
tora Senac, 2016.
FERNANDES, J. R. P.; LOBO DA COSTA, P. H. Pe-
dagogia da natação: um mergulho para além dos 
quatro estilos. Revista Brasileira de Educação Física 
e Esporte, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 5-14, mar. 2006. 
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rbefe/
article/view/16609>. Acesso em: 10 set. 2018.
FREUDENHEIM, A. M.; MADUREIRA, F. Natação: 
análise e ensino do nado crawl. In: TANI, G.; BEN-
TO, J. O.; PETERSEN, R. D. S. Pedagogia do Des-
porto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
KERBEJ, F. C. Natação: algo mais que 4 nados. Ba-
rueri: Manole, 2002.
LIMA, W. U. Ensinando Natação. São Paulo: Editora 
Phorte, 2007.
LOBO DA COSTA, P. H. Natação e atividades aquá-
tica: subsídios para o ensino. Barueri: Editora Ma-
nole, 2010.
MACHADO, D. C. Metodologia da Natação. São 
Paulo: EPU, 2004.
MACHADO, D. C.  Metodologia da natação. São 
Paulo: E.P.U., 1978.
MAGLISCHO, E. W. Nadando o mais rápido possí-
vel. Barueri: Editora Manole, 2010.
NISTA-PICCOLO, V.; TOLEDO, E. Abordagens pe-
dagógicas do esporte. Campinas: Editora Papirus, 
2014.
NORONHA, R. Nadar é preciso. Rio de Janeiro: Edi-
tora Marco Zero, 1985.
ONODERA, C. M. K.; CAMPANA, A. N. N. B.; 
TAVARES, M. C. G. C. F. O papel do professor no 
desenvolvimento da sensopercepção em nadadores. 
Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 3, jul./set., 
p. 600-613, 2015.
TANI, G.; BENTO, J.O.; PETERSEN, R.D.S. Pedago-
gia do Desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: <https://www.cdof.com.br/dp/dp1.htm>. Aces-
so em: 06 set. 2018.
2Em: <http://blog.modernmechanix.com/new-ma-
chine-teaches-swimming/>. Acesso em: 06 set. 2018.
3Em: <www.cbda.org.br>. Acesso em: 06 set. 2018.
referências
http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16609
http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16609http://www.cbda.org.br
42 
gabarito
1. C.
2. D.
3. B.
4. A.
5. A pedagogia do desporto ressalta que, indepen-
dentemente do método, o ensino deve almejar a 
competência aquática, respeitando o desenvolvi-
mento motor em suas diferentes fases e que an-
tes do ensino do nado o ideal é que o aluno consi-
ga realizar os movimentos fundamentais.
UNIDADE II
Professora Me. Bruna Solera
Professora Me. Naline Cristina Favatto
Professora Me. Suelen Vicente Vieira
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Introdução aos Esportes Radicais
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Skate
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Parkour
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Slackline
• Esportes radicais de ação e aventura
Objetivos de Aprendizagem
• Introdução aos Esportes Radicais
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Skate
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Parkour
• Aspectos históricos, aplicação pedagógica, características e 
classificações do Slackline
• Esportes radicais de ação e aventura
ESPORTES DE AVENTURA
unidade 
II
INTRODUÇÃO
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a)! Esta unidade tem como tema central trabalhar os Esportes de Aventura no contexto esco-lar e não escolar (clubes, hotéis, acampamentos, entre ou-tros). Quando falamos em Esportes de Aventura, o que vem 
em sua mente? As práticas super radicais que vemos pela televisão? Pessoas 
equilibrando-se e escalando o alto de um penhasco? Realmente, você não 
está errado em sua relação! Mas já parou para pensar qual a melhor forma 
de trabalhar esse esporte no ambiente escolar em suas aulas de Educação 
Física? Essa questão poderá ser respondida ao final desta unidade.
O Esporte de Aventura é uma prática relativamente nova, mas que 
vem ganhando visibilidade por apresentar modalidades que instigam 
tanto as habilidades motoras quanto as nossas emoções, pois apresenta 
uma íntima relação com diversos sentimentos, como o medo e o prazer. 
O material orienta de forma didática como deve ser a abordagem desse 
conteúdo, para aprendizagem e disseminação do Esporte de Aventura de 
forma atraente e acessível na escola.
O ato de ensinar deve ir além das técnicas aprendidas no dia a dia. 
É importante destacar que, nesse momento de aprendizagem, é primor-
dial que o aluno aprenda ludicamente as características e suas formas de 
aplicação e não necessariamente sua técnica. Isto é, o aluno aprenderá de 
forma prazerosa os esportes de aventura.
No primeiro tópico, vamos conhecer o Skate; no segundo, o Parkour; 
e no terceiro, o Slackline. Em cada tópico serão abordados os aspectos 
históricos, principais características e orientações básicas para aplicação 
desses esportes da aventura no ambiente escolar. No quarto e último tó-
pico, iremos conhecer outros esportes de aventura aquáticos, aéreos, ter-
restres, mistos e urbanos.
Os assuntos abordados nesta unidade permitirão uma aproximação e 
compreensão das principais características do Esporte de Aventura, a fim de 
aplicar em nossas aulas de Educação Física e demais ambientes. Bons estudos!
ESPORTES COMPLEMENTARES 
48 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 49
A palavra Aventura se origina do latim “adventura” 
e significa “o que está por vir”, com o significado de 
misterioso, inexplorável (FERREIRA, 1989).
Diversos autores discutem o esporte de aventu-
ra, mas, de maneira geral, podemos observar inicial-
mente sua forte característica por apresentar “riscos”.
Para explanar essa temática, Uvinha (2001) 
menciona que esses esportes apresentam em co-
mum o gosto pelo risco e pela aventura. Essa 
compreensão também pode ser percebida por 
Spink (2001), ao enfatizar que “Risco é também 
parte do pacote dos esportes de aventura que vem 
tornando-se cada vez mais populares”.
Introdução aos Esportes Radicais
Segundo Alves e Corsino (2013, p. 250), os es-
portes de aventura são considerados como “[...] ati-
vidades relativamente recentes na cultura esportiva” 
e passaram a ganhar destaque e força, principalmen-
te na mídia, a partir da década de 90. Atualmente, os 
esportes de aventura mostram-se como um esporte 
cada vez mais abrangente e adotado no mundo todo.
Dessa forma, ao longo desta unidade, você po-
derá ver que os elementos que compõem a prática 
esportiva de aventura estão intimamente ligados às 
nossas emoções, ao prazer, medo e superação, assim 
como diversos outros sentimentos que motivam sua 
prática, cada vez mais crescente em nosso país.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
50 
ASPECTOS HISTÓRICOS, 
Skate
APLICAÇÃO PEDAGÓGICA, 
CARACTERÍSTICAS E 
CLASSIFICAÇÕES DO 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 51
O skate, parkour e slackline são esportes radicais 
que tiveram como base para sua criação outros es-
portes. O skate teve influência do surfe, o parkour 
da ginástica e o slackline da escalada. Apesar desta 
semelhança, eles possuem características distintas, 
com relação a sua prática quanto a sua aplicabilida-
de no ambiente escolar, no entanto todos são pas-
síveis de adaptação e adequação para seu ensino.
ASPECTOS HISTÓRICOS DO SKATE
O Skate é uma das modalidades de aventura mais 
praticadas no Brasil, com objetivo de lazer ou alto 
rendimento, e vem crescendo e destacando-se entre 
os demais esportes de aventura. Assim, você já deve 
ter ouvido falar ou visto algo sobre o Skate, certo?
O surgimento do Skate é incerto, pois falta regis-
tros precisos e sistematizados sobre isto, o que dificul-
ta identificar com exatidão sua história. Contudo, de 
acordo com os estudos encontrados, foi em meados 
de 1950, na Califórnia – EUA, que criou-se o Skate. 
Os surfistas estavam insatisfeitos com a calmaria das 
ondas que, por verões, não ofereciam condições ideais 
para surfar, então, pegaram as rodinhas de seus patins 
e as colocaram sob uma tábua de madeira do tamanho 
de uma prancha de surfe pequena (DUARTE, 2000; 
UVINHA, 2001) e, assim, passaram a deslizar pelas 
calçadas, buscando realizar manobras como se esti-
vessem no mar. Além disso, o esporte era praticado 
descalço de forma a buscar maior aproximação com 
surfe (UVINHA, 2001). O esporte ficou conhecido 
como “sidewalk surfing”, traduzido como “surfe na 
calçada” (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
Também existem teorias sobre o surgimento do 
Skate a partir do carrinho de rolimã e patinetes dos 
anos 60 (DUARTE, 2000). Uvinha (2001), ao entre-
vistar dois skatistas, traz outra versão do surgimento 
do Skate, ocorrida por volta de 1943, numa espécie 
de patinete sem guidão. Ainda sobre esta versão, o 
autor afirma que o skate pode ter sido inventado por 
um menino no interior dos EUA, ao tirar a “direção” 
de um patinete para facilitar as manobras.
No Brasil, o Skate teve início na década de 60 por 
meio da influência de anúncios nas revistas americanas 
de Surfer (PEREIRA; ARMBRUST, 2010; RICHTER, 
2013). Era uma forma de vivência no lazer e ficou conhe-
cido como “surfinho” (PEREIRA; ARMBRUST, 2010; 
ARMBRUST; LAURO, 2010). Em 1965, o skate já tinha 
criado identidade e, assim, ganhou o seu nome definitivo 
skateboard, em português skate (CÁSSARO, 2011).
Após sua criação, com o passar dos anos, sofreu 
mudanças com relação ao tamanho, formato, durabili-
dade dos materiais e no desenvolvimento de manobras.
Figura 1 - Skat
e
52 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Como se pratica?
O Skate é um esporte acessível a todas as classes 
sociais e diferentes idades, mas, em sua maioria, é 
praticado por adolescentes em busca de uma iden-
tidade e para fazer parte de um grupo (PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010).
Você conhece os componentes do skate?
Ele é composto por: tábua de Shape (ou pran-
cha), onde colocamos os pés para andar com o 
skate; dois Trucks, que dão sustentação ao skape, 
em que se encaixam os rolamentos e as rodas; 
uma lixa sobre a prancha; e parafusos para man-
ter unidas as partesdo skate.
O tamanho da tábua do skate (shape) varia 
de acordo com a modalidade praticada e com a 
altura do praticante (pessoas mais baixas podem 
optar por um shape menor e pessoas mais altas 
por um shape maior para facilitar as manobras). 
Observe algumas modalidades do skate a seguir 
de acordo com Confederação Brasileira de Skate 
(2017, on-line)1 e Pereira e Armbrust (2010):
Figura 2 - Partes do skate
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 53
Street
Freestyle
Slalom
Figura 3 - Modalidade Street
Figura 4 - Modalidade Freestyle
Figura 5 - Modalidade Slalom
Fonte: Visuahunt (2014, on-line)2.
É baseada em obstáculos encontrados nas 
ruas, como: bordas, pequenas descidas, 
escadas e corrimãos.
É praticado no solo plano com no mínimo 
300 m2, onde são realizadas manobras con-
secutivas sem colocar o pé no chão, acom-
panhada por música como uma coreografia.
Consiste em deslizar em ziguezague entre 
cones, geralmente em descidas. É utiliza-
do um skate mais estreito e menor que os 
tradicionais.
54 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Vertical
Down Hill
High Jump
Figura 6 - Modalidade Vertical
Figura 7 - Modalidade Down Hill
Figura 8 - Modalidade High Jump
Fonte: Visuahunt ([2018], on-line)3.
Praticada em pistas em formato de half-
-pipes (meio tubo com formato parecendo 
um U) ou bowls (bacia) onde são realiza-
das manobras aéreas.
Descida de ladeiras e montanhas. São usa-
dos skates maiores.
Consiste em realizar saltos em rampas 
com obstáculos.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 55
Banks
Park
EspaciaL Big Air
Figura 9 - Modalidade Banks
Figura 10 - Modalidade Park
Figura 11 - Modalidade Espacial Big Air
Fonte: Wikimedia ([2018], on-line)4.
É praticada em pista mais ovalada, seme-
lhante a piscinas antigas em forma de feijão 
e sem quinas.
Praticada em pistas com grandes dimensões 
com obstáculos.
A rampa pode ter mais de 30 m, o que pos-
sibilita velocidade próxima a 100 km/h. 
As manobras são feitas a mais de 10 m.
56 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Essas modalidades podem ser praticadas de forma 
competitiva ou não e em cada uma delas estão envol-
vidas diferentes manobras. Veja algumas delas a seguir. 
Quadro 1 - Manobras que podem ser realizadas com o skate
MANOBRAS DESCRIÇÃO
Frontside Manobra executa de frente para o destino.
Backside Manobra realizada de costas para o destino.
Slide
Deslizar com o shape, atritando as 
rodas de modo perpendicular à pista 
ou a rampo.
Ollie Tirar o skate do chão sem perder o contato dos pés com o skate.
Varial Giro do skate em rotação no eixo longi-tudinal, por baixo dos pés e pra frente.
180º
Rotação de 180º no próprio eixo 
longitudinal de seu corpo, e o skate 
segue seus pés.
360º Semelhante ao 180º. A rotação é de 360º.
Fonte: adaptado de Pereira e Armbrust (2010).
Para execução dessas manobras, é preciso par-
tir de uma aprendizagem básica, que conta des-
locamentos sem fase área e sem movimentos 
isolados do skate; em seguida, parte-se para as 
intermediárias, em que se pode realizar desloca-
mentos com fase área e de fakie (trocar a base ao 
andar depois de começar a andar na base nor-
mal) com movimentos isolados e, por fim, che-
ga-se à aprendizagem avançada, na qual os des-
locamentos com fase área estão presentes assim 
como movimentos isolados do skate e base de 
troca também (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
É importante lembrar que para a prática do 
skate são necessários alguns equipamentos de 
proteção, como: capacete, joelheiras, cotoveleiras, 
luvas e tênis. Pereira e Armbrust (2010) ressaltam 
que na iniciação não há necessidade de equipa-
mentos de proteção, pois podem dificultar o equi-
líbrio e a mobilidade. O equilíbrio é uma das mais 
importante habilidades da prática e, ao iniciar, a 
velocidade é moderada, podendo ocorrer às vi-
vências em quadra. No entanto, os cuidados com 
a segurança são indispensáveis.
Além disso, para a prática do skate se deve 
conhecer e optar pela base que irá te proporcio-
nar maior segurança para impulsionar o skate. 
São elas: Regular: pé esquerdo a frente; Goofy: 
pé direito à frente; Switch: é usado as duas bases 
(Regular e Goofy).
Veja os exemplos de 
Manobra, assistindo ao 
vídeo. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 57
O ensino do Skate
Caro(a) aluno(a), para o ensino do skate, podemos 
partir de acordo com a faixa etária, habilidade e 
contato dos alunos com a modalidade. Desta forma, 
aqui, iremos expor possibilidades para se trabalhar 
com skate no ambiente escolar, tendo como ponto de 
partida o aluno que nunca teve contato com o skate.
1º Antes de iniciar a prática do skate, faça um 
levantamento do conhecimento prévio dos 
alunos a respeito do skate, questione: o que é 
o skate? Como e quando ele surgiu? Alguém 
já andou de skate? Após obter as respostas, in-
troduza o conteúdo relacionando às pergun-
tas feitas. Esta parte inicial pode acontecer na 
sala de aula ou na quadra com os alunos sen-
tados em roda.
2º Início da prática: reconhecer os componentes 
do skate explicadas na teoria. Permitir ao alu-
no a exploração do skate, andar sentado com 
o impulso de um colega, deitado, de joelhos 
e, por fim, em pé. Na fase em pé, um colega 
pode acompanhar o aluno dando-lhe a mão.
3º Desenhar skates do chão da quadra com giz 
para auxiliar o aluno na identificação da base. 
Após isso, passe para o shape do skate. Ensine 
o aluno a frear.
4º Utilizar jogos para compreensão do que foi en-
sinado, como uma estafeta. Ir em pé no skate, 
com auxílio do colega, até o cone e voltar, pas-
sar para o próximo da fila, que deve realizar a 
mesma tarefa até que todos tenham participa-
do. Atenção: não deixe a fila sem função! Dê 
tarefas que auxiliem os alunos no momento 
de contato com o skate na brincadeira. Uma 
opção é pedir que todos da fila esperem equi-
librando em um pé só.
5º Podemos utilizar, também, brincadeiras para 
auxiliar na assimilação das bases do skate e 
na intimidade do aluno com o próprio ska-
te. Espalhar os alunos pela quadra, cada um 
com um skate, e dar comandos de base regu-
lar, goofy, switch, remada para frente, remada 
para trás, agachado, sentado, deitado no sha-
pe. Em caso de poucos skates, é possível adap-
tar esta prática. Peça para os alunos realiza-
rem os movimentos em skate desenhados no 
chão, ou cumprirem outra tarefa, como correr 
acompanhado o colega e auxiliá-lo na prática.
De forma geral, temos muitas formas de trabalhar 
com o skate. Aqui vimos o ponto de partida para sua 
prática que pode ser aperfeiçoada e ampliada para a 
profissionalização no esporte.
Destacamos a importância do planejamento 
escolar, pois a sequência pedagógica bem estru-
turada auxilia no sucesso das aulas, no alcance 
de seus objetivos e satisfação dos alunos. Planejar 
“[...] é como desenhar a planta de um edifício ou 
casa em construção” (OLIVEIRA; PERIM, 2009, 
p. 239) e você é o responsável por essa evolução. 
Estabeleça metas e comece a agir.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
58 
PARKOUR
ASPECTOS HISTÓRICOS, APLICAÇÃO 
PEDAGÓGICA, CARACTERÍSTICAS E 
CLASSIFICAÇÕES DO 
Figura 12 - Movimento do Le Parkour - Transposição
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 59
Você já deve ter visto na televisão, ou então em sua 
própria cidade, esse esporte de aventura que chama 
atenção por seus movimentos radicais. O objetivo 
principal é percorrer um percurso e com seu próprio 
corpo alcançá-lo, vencendo os desafios e transpon-
do obstáculos que aparecerem durante o caminho 
(BELLE, 2006, on-line)5.
Esse esporte é conhecido como um agrupamen-
to de movimentos naturais do homem, por exemplo, 
saltar, escalar e correr somado às habilidades de rea-
lizar movimentos mais rápidos, de maneira natural, 
eficiente e fluído (PARKOUR WORD ASSOCIA-
TION, 2006, on-line6; ANGEL, 2011).
É necessário, além de ter uma condição física, 
apropriar-se de recursos para transposição de obstá-
culos, minimizar o gasto energético, perpassando de 
maneira eficiente pelo trajeto escolhido.
Caro(a) aluno(a), essa prática corporal foi criada 
pelo francês David Belle, na França, ao final doséculo 
XX e início do século XXI, e foi influenciado por ou-
tros esportes para a sua criação (ALVES; CORSINO, 
2013). Além de apropriar-se de seus conhecimentos 
sobre a ginástica, esporte que praticava desde a infân-
cia, Belle foi influenciado por seu pai, que era militar 
do bombeiro, treinado em salvamentos, e também 
pelos conhecimentos do Método Natural de Geor-
ge Hérbert (ALVES; CORSINO, 2013; PARKOUR 
WORLD ASSOCIATION, 2006, on-line)6.
A partir desses conhecimentos, Belle e seus ami-
gos iniciaram treinamentos que visavam a sequência 
por meio do movimento, sendo que todos os mo-
vimentos realizados deveriam se aplicar à vida real, 
com o objetivo de superar problemas e obstáculos. 
Desde então, com a instituição do primeiro grupo 
organizado de Parkour, em 1997, os Yamikazi (nome 
de origem africana, que expressa espírito forte), 
composto por Belle e seus amigos, o Le parkour co-
meçou a ser difundido em todo mundo (PARKOUR 
WORLD ASSOCIATION, 2006, on-line)6.
No Brasil, segundo Serikawa (2006), é muito 
provável que essa prática tenha chegado em 2004. O 
seu possível início pode ter sido motivado por víde-
os divulgados na internet, não possuindo nenhum 
embaixador da modalidade no Brasil.
O Le parkour começou a ser evidenciado a par-
tir de jovens paulistas e brasilienses, que se propu-
seram a estudar os movimentos de David Belle e a 
praticá-los (ALVES, CORSINO, 2013). Um ano mais 
tarde, em 2005, institui-se a Associação Brasileira de 
Parkour, estipulando regras na modalidade, para que 
o esporte mantivesse características de liberdade, su-
peração e sem objetivar a competição (STRAMAN-
DINOLI et al., 2012). Perceba que o objetivo era 
manter o significado da modalidade criada por Belle.
Você sabia que, anteriormente à existência do 
Le Parkour, existia o Método Natural de George 
Hébert. Este baseia-se na importância de tra-
balhar movimentos que atualmente o homem 
não realiza. Para combater o sedentarismo, 
George Hébert criou um sistema no qual o ser 
humano realiza movimentos utilizados para se 
locomover em ambientes naturais, como em 
uma pedra, árvore, lugares baixos que exigem 
o uso da quadrupedia, locomovendo-se, car-
regando objetos pesados, agarrando-se em 
algo ou até mesmo rastejando (SOARES, 2003). 
Esse método tem base no argumento de que 
todo ser vivo, obediente às suas necessidades 
naturais, atinge seu desenvolvimento físico 
completo por meio da utilização de seus ór-
gãos de locomoção, de seus meios de defesa 
e de trabalho (GODTSFRIEDT, 2010).
Fonte: Stramandinoli, Remonte e Marchetti (2012).
SAIBA MAIS
60 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
COMO É A PRÁTICA DO PARKOUR?
Apesar de apresentar-se como um esporte de mo-
vimentos naturais e cotidianos dos homens, o 
parkour apresenta uma complexidade e uma diver-
sidade em seus movimentos.
Como já vimos anteriormente, essa prática corpo-
ral apresenta movimentos básicos como correr e sal-
tar. Entretanto, objetiva um mínimo gasto de energia 
com uma maior eficiência nos movimentos, projetan-
do uma otimização durante o percurso percorrido.
Você aprenderá agora, caro(a) aluno(a), algumas 
nomenclaturas dos movimentos básicos que com-
põem o Parkour. Segundo Pereira e Armbrust (2010), 
existem 3 movimentos característicos da modalidade 
e que auxiliam no deslocamento rápido e seguro:
Figura 13 - Transposição ou 
passagem com o apoio das mãos
Figura 14 - Transposição ou passagem 
de obstáculos com as pernas
Transposições ou passagens sobre obstá-
culos: esses movimentos podem ser rea-
lizados com o apoio das mãos, com giros 
e também com as pernas entre os braços.
Assista ao vídeo de Trans-
posição ou passagem com 
o apoio das mãos. Para 
acessar, use seu leitor de 
QR Code.
Assista ao vídeo Trans-
posição ou passagem de 
obstáculos com as pernas. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 61
Figura 15 - Deslocamento Tic-Tac Figura 16 - Salto de alta precisão
Deslocamentos e saltos: podem ser reali-
zados os deslocamentos tic-tac ou o salto 
de alta precisão.
Assista ao vídeo Salto de 
alta precisão. Para acessar, 
use seu leitor de QR Code.
Aterrisagens: o mais importante nessa ca-
tegoria são os amortecimentos, que devem 
ser realizados com os membros inferiores 
ou também com rolamentos.
3
Figura 17 - Aterrissagem com rolamento
Fonte: Visualhunt ([2018], on-line)7.
62 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Os praticantes dessa modalidade são conheci-
dos como traceurs, do sexo masculino, e traceuses 
para as praticantes do sexo feminino (PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010). Características de superação, 
disciplina mental, autoconfiança, coragem, controle 
de emoções e persistência são fundamentais aos tra-
ceurs e traceuses, visto o objetivo de superar desafios 
e realizar os movimentos com tranquilidade (BEL-
LE, 2006, on-line5; DJORDJEVIC, 2006, on-line)9.
Para Djordjevic (2006, on-line)9, o parkour 
transmite uma mensagem de união, de acolher di-
ferentes sexos e raças, o que é imprescindível para 
atrair grupos praticantes.
Vale destacar que você, enquanto futuro(a) pro-
fessor(a) de Educação Física, deve atentar-se para a 
segurança na realização dessa modalidade. A prática 
do Parkour envolve variados grupos musculares, en-
tão a segurança é indispensável, tanto na realização 
de pequenas transposições até nas aterrissagens e sal-
tos mais complexos (PEREIRA; ARMBRUST, 2010). 
Além disso, o equilíbrio e a coordenação motora são 
de suma importância para a prática dessa modalidade.
O ENSINO DO PARKOUR
Você, enquanto futuro(a) professor/profissional de 
Educação Física, deve estar se perguntando: como 
poderei ensinar esse esporte? O trabalho com o 
conteúdo de Parkour são essenciais, vistos que pro-
porcionam o desenvolvimento de habilidades e ca-
pacidades motoras fundamentais para as crianças 
(ALVES; CORSINO, 2013).
O Parkour pode ser trabalhado desde a educação 
infantil até o ensino médio; entretanto, é necessário 
que as atividades sejam adaptadas e que as caracterís-
ticas físicas e cognitivas dos alunos sejam respeitadas 
(UVINHA, 2010). O ensino de movimentos básicos, 
Figura 18 - Aterrissagem com rolamento
Fonte: leparkour… (2012, on-line)8.
Assista ao vídeo Aterrissa-
gem com rolamento. Para 
acessar, use seu leitor de 
QR Code.
A partir desses principais movimentos, a prática do 
parkour já é possível. Você deve ter percebido que 
outras modalidades presentes na Educação Física 
já utilizam desses movimentos elencados anterior-
mente. O diferencial é o caráter aventureiro e de 
risco que a modalidade propõe.
Mas você deve estar se perguntando: em quais espa-
ços essa prática corporal acontece? Quais são as roupas e 
como se caracterizam os praticantes dessa modalidade?
A prática inicial do parkour era realizada em es-
paços urbanos e não possuíam caráter de competição 
(ALVES; CORSINO, 2013). Entretanto, já existem 
indícios de jovens e grupos praticantes de parkour 
que utilizam de parques e praças para a realização da 
modalidade (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
http://leparkur-leparkur.blogspot.com.br/
http://leparkur-leparkur.blogspot.com.br/
http://leparkur-leparkur.blogspot.com.br/
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 63
aspectos históricos, características da prática, aspectos 
de segurança e de cooperação são indicados para o tra-
balho com essa modalidade (PEREIRA; ARMBRUST, 
2010). Além disso, você enquanto professor(a) de Edu-
cação Física, poderá trabalhar juntamente com outras 
disciplinas, como Matemática, Artes, História, Línguas 
Estrangeiras, entre outras (ALVES, CORSINO, 2013).
Para iniciar o trabalho com o parkour, o ensino 
de saltos, rolamentos e aterrissagens pode ser ade-
quado e bastante atraente para as crianças e adoles-
centes (PEREIRA; ARMBRUST, 2010). Após isso, 
você poderá trabalhar com pequenos circuitos de 
transposição. Você já parou para observar um re-
creio escolar ou as crianças brincando em espaços 
públicos? As crianças transpõem obstáculos com 
saltos e aterrissagens a todo momento.
A ideia de pequenos circuitos com transposi-
çõesde objetos e espaços são ideais para a prática do 
parkour. O circuito pode ser montado com diferentes 
objetos, como bancos, cordas, arcos que propiciem 
passagens em planos altos e baixos, deslocamentos 
em espaços grandes e pequenos. Lembre-se que o 
mais importante é que seu aluno vivencie essa mo-
dalidade rica em habilidades e capacidades motoras.
Os materiais para a aplicação dessa modalida-
de podem ser encontrados na própria escola, nos 
espaços comuns que as crianças estão acostumadas 
a brincarem todos os dias. Assim, a percepção do 
local e da segurança de realizar os movimentos não 
serão um problema.
Como afirmam Vieira, Pereira e Marco (2011, s.p):
[...] qualquer espaço pode tranquilamente se 
transformar em um circuito para acontecer uma 
aula, nada precisa ser criado, modificado nem 
construído, o espaço está ai, já existe, e pode ser 
facilmente utilizado para as crianças praticarem.
A partir dos movimentos básicos, o professor de 
Educação Física deve adequar a dificuldade e desa-
fios das atividades, conforme a faixa etária dos alu-
nos. Por exemplo, para o Ensino Médio, Pereira e 
Armbrust (2010) propõem que sejam trabalhadas 
diferentes possibilidades de saltos e aterrissagens, 
com e sem obstáculos. Além disso, você pode pro-
por situações em que os alunos vivenciem estraté-
gias em grupo para superar os desafios.
A prática do Parkour pode ser feita por meio de brincadeiras e jogos para as crianças que estão no 
ensino infantil e no fundamental I. Por exemplo, a brincadeira de Pula Sela, tem como objetivo trans-
por obstáculos. Nessa atividade, os alunos deverão saltar uns sobre os outros, com o apoio das mãos 
sobre as costas dos colegas que estão agachados ou abaixados. Os alunos formarão uma fila e ficarão 
abaixados com as costas em curvatura, apoiando as mãos no joelho. Um único aluno ficará em pé e 
deverá saltar sobre os alunos abaixados até o final da fila. Quando chegar ao fim da fila, o saltador fará 
a mesma posição dos outros alunos e quem está ao final passará a ser o saltador realizando o mesmo 
percurso que o primeiro aluno. A brincadeira segue até que o todos sejam saltadores.
Quais outras brincadeiras e jogos você conhece que poderiam ser utilizadas para trabalhar movimentos 
do Parkour?
Fonte: adaptado de 100 Brincadeiras... (2018, on-line)10.
SAIBA MAIS
ESPORTES COMPLEMENTARES 
64 
SLACKLINE
APLICAÇÃO PE
DAGÓGICA, 
CARACTERÍSTIC
AS E 
ASPECTOS HIST
ÓRICOS, 
CLASSIFICAÇÕE
S DO 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 65
Assim como a grande parte dos esportes de aven-
tura, o slackline começou a ser praticado em me-
ados dos anos 70 e 80. Sua origem está associada 
aos escaladores que frequentavam o vale de Yose-
mite, na Califórnia, desde os anos de 1851 (XA-
VIER, 2012). Essa prática, reconhecida como Hi-
ghline, é executada em alturas acima de 5 metros, 
em que o praticante caminha sobre a fita ancora-
da em dois pontos fixos, como: rochas, prédios, 
pontes etc. (REVISTA UNIVERSO SLACK, 2012, 
on-line)11. Diante dessas características, o Highli-
ne é compreendido como a modalidade mais ra-
dical do slackline (XAVIER, 2012).
Além da prática de equilibrar-se realizada nos 
circos, destaca-se também a prática do Jultagi. O 
Jultagi coreano tradicional é uma forma distintiva 
de caminhar da corda bamba que é acompanha-
da por música e diálogo espirituoso entre o ca-
minhante da corda bamba e um palhaço terrestre 
(UNESCO, 2011, on-line)12.
Apesar do ato de equilibrar-se ser reconhecido 
em diversas atividades, pesquisas destacam que o 
slackline realmente originou-se da prática da esca-
lada. A partir da difusão de sua prática desde o ano 
de 1851, essa atividade ganhou muitos adeptos que o 
realizam em diversos locais e alturas variadas.
COMO É A PRÁTICA DO SLACKLINE?
O princípio do slackline é completar de uma ponta à 
outra a travessia sobre uma fita, normalmente de nylon 
e poliéster (XAVIER, 2012). É uma atividade em que 
os participantes tencionam uma fita tubular entre dois 
apoios em diversas alturas (MAHAFFEY, 2009).
A seguir, podemos observar a catraca do sla-
ckline, que controla a posição da fita, podendo estar 
mais tensionada ou mais solta durante a prática.
Diversos elementos psicomotores são fundamen-
tais para a prática dos esportes de aventura. Dentre 
as diversas valências físicas, o equilíbrio destaca-se 
como o principal (MAHAFFEY, 2009; XAVIER, 
2012). Como afirma Grosser (1983), o equilíbrio ca-
racteriza-se como uma combinação de ações muscu-
lares, que sustentam o corpo contra a lei da gravida-
de, com bases estáveis ou instáveis.
Dessa forma, ao iniciar a prática, procure execu-
tar os quatros passos dispostos a seguir:
Figura 19 - Prática de jultagi
Fonte: Wikimedia commons (2008, on-line)13.
Figura 20 - Catraca do slackline
Flexione os joelhos.
Mantenha os braços abertos a coluna ereta.
Mantenha o calcanhar e a ponta dos dedos na fita.
Olhe sempre para um ponto fixo.
Vamos tentar?
66 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
A CAMINHADA NO SLACKLINE
A caminhada é a primeira tentativa de manter o 
equilíbrio em movimento no slackline. Sabemos que 
requer persistência do praticante por tratar-se de 
um dos primeiros contatos com a prática.
Como já discutimos nesta unidade, o equilíbrio 
é necessário para a realização das diversas manobras, 
dentre tantas destacamos as manobras básicas para que 
você e seus alunos possam iniciar a prática do slackline.
O equilíbrio em apenas um dos pés destaca-se 
como uma extensão do movimento inicial de cami-
nhada na fita, na qual o praticante deverá manter-
-se equilibrado pela planta do pé. Os braços abertos 
facilitará a execução dos movimentos como já dis-
cutimos anteriormente.
A manobra cair de joelhos consiste em manter 
os dois pés em contato com a fita. Uma das pernas se 
mantém flexionada com a planta do pé fixa na fita, e 
a outra perna também flexionada, mas com o dorso 
do pé fixado na fita.
A manobra andar de joelhos requer um pouco 
mais de controle motor, uma vez que o praticamente 
mantém o tronco à frente e não posiciona-se com a 
planta do pé fixo na fita, fato que poderá proporcio-
nar maior desequilíbrio ao praticante iniciante.
Assista ao vídeo Caminhada. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Assista ao vídeo Equilíbrio 
em um dos pés. Para aces-
sar, use seu leitor de QR 
Code.
Figura 21 - Caminhada Figura 22 - Equilíbrio em apenas um dos pés
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 67
Assista ao vídeo Cair de 
joelho. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
Assista ao vídeo Andar de 
joelhos.Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
Figura 23 - Cair de Joelho Figura 24 - Andar de joelhos
SALTOS
Os saltos se configuram como uma das manobras 
mais complexas no slackline. Dentro dessa manobra, 
podemos evidenciar o salto caindo sentado, caindo 
de joelhos, caindo de peito e caindo de costas, entre 
tantos outros praticados atualmente.
Figura 25 - Saltos
ESPORTES COMPLEMENTARES 
68 
O ENSINO DO SLACKLINE
O slackline é uma ferramenta pedagógica interes-
sante para aplicar nas aulas de Educação Física, 
visto que as capacidades e habilidades requisitadas 
são importantes para o desenvolvimento da criança, 
como a postura e o equilíbrio (MACHADO, 2014). 
Na escola, podemos proporcionar estímulos apro-
priados a diferentes etapas da vida, desde a Edu-
cação Infantil, Ensino Fundamental até o Ensino 
Médio (PEREIRA; ARMBRUST; 2010), ou seja, é 
preciso adaptar o esporte que trabalharemos a se-
guir de acordo com a idade dos alunos.
Nesse momento, você deve ter se perguntado: 
mas como poderei aplicar o slackline?
Para turmas da Educação Infantil e início do En-
sino Fundamental I, podemos iniciar a prática do sla-
ckline colocando uma fita no chão para que os alunos 
possam ter a primeira experiência de equilíbrio com 
o esporte. Você poderá adaptar essa atividade colo-
cando diferenciadas regras, por exemplo: os alunos 
não poderão pisar fora da fita ou deverão fazer o per-
curso de costas e/ou de lado. Lembre-se que, nesses 
momentos, é importante valorizar suacriatividade.
É preciso certificar-se que a escola apresenta 
um local seguro para a montagem do slackline, 
por exemplo árvores ou as próprias colunas de 
concreto, caso a escola possua uma quadra cober-
ta. Após amarrar na árvore ou na coluna de con-
creto uma corda resistente, o primeiro passo para 
a montagem do slackline está dado.
Para turmas do Ensino Fundamental I e II, po-
demos estimular o aprendizado do slackline amar-
rando duas cordas resistentes nas árvores, uma para 
o aluno equilibrar-se e outra acima de sua cabeça 
para servir de apoio sempre que ele achar necessário.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 69
Não se preocupe se sua escola não tiver condi-
ções financeiras de comprar os equipamentos ofi-
ciais para a prática do slackline, pois você poderá 
adaptá-lo com cordas de caminhão utilizados para 
segurar cargas transportadas.
A primeira tentativa no Slackline resulta em 
um incontrolável balanço das pernas (KELLER et 
al, 2012), dessa forma, faz-se importante estimu-
lar o equilíbrio dos alunos, peça para que tentem 
equilibrar-se na fita sem deslocar-se, apenas para 
que consigam, aos poucos, reconhecer os pontos 
de equilíbrio: joelhos flexionados, braços abertos, 
coluna ereta, calcanhar e pontas dos dedos retos 
na fita e olhar sempre para um ponto fixo, para não 
perder a concentração.
Após essa experiência de reconhecimento do 
equipamento e das exigências físicas de sua práti-
ca, o segundo passo é pedir para que os alunos ca-
minhem sobre a fita. Nesse momento, você poderá 
deixar uma corda amarrada acima da cabeça deles, 
assim, quando o aluno se desequilibrar poderá se-
gurar nessa corda, ou pedir para que outro aluno 
acompanhe o colega andando ao lado dele, ao me-
nor sinal de desequilíbrio o aluno que está andan-
do no slackline poderá apoiar nas costas do colega. 
Veja, ele não estará caminhando de mãos dadas com 
o colega, apenas o terá como apoio se necessário.
Ao passo que os alunos vão se familiarizan-
do com a caminhada básica no slackline, esses 
apoios deverão ser removidos e você poderá co-
locar algumas dificuldades, como estimular o alu-
no a executar outras posições ou manobras. Que 
tal tentar umas das manobras básicas trabalhadas 
nesta unidade com o apoio de um colega?
Figura 26 - Catraca
ESPORTES COMPLEMENTARES 
70 
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 71
No âmbito dos esportes, a palavra radical tem em 
comum o gosto pelo risco e pela aventura, muitos 
deles com a proposta de engajamento em causas 
de preservação ambiental (UVINHA, 2010). Os 
esportes radicais podem ser compreendidos e 
classificados de maneiras distintas como esporte 
de aventura e esportes de ação (PEREIRA; ARM-
Quadro 2 - Classificação dos esportes radicais
ESPORTES RADICAIS
Característica Ação Aventura
Habilidade Predomina a estabilização Predomina a locomoção
Capacidade 
física
Predomina a força potente. A velocidade das 
manobras exige força e velocidade
Predomina a resistência. A estratégia e a 
escolha ganham importância
Surgimento Como atividade de lazer e uso do tempo livre
Como expedição ou exploração (militar, 
econômica ou científica)
Etimologia Manifestação de força e energia, movimento, 
comportamento, e atitude
Experiências arriscadas, incomuns, perigo-
sos e imprevisíveis
Objetivo O lazer é o principal motivo. As competições 
geram eventos de grande importância
Forte relação entre lazer e turismo
Usado como educação
Local Urbano e natureza. Espaços construídos e even-
tos da natureza (onda, vento)
Natureza e urbano. Espaços naturais (a 
meta é sair de um ponto e chegar a outro)
Público Média entre 15 e 25 anos Média entre 25 e 35 anos
Perigo Socorro mais próximo. Menor ação do clima Socorro mais distante. Maior ação do clima
Organização Existem regras, associações e formação de tribos
Existem regras, associações e formação de 
equipes
Mídia
Busca captar a manobra. Relaciona-se com públi-
co-alvo na: atitude, vestimenta, comportamento e 
linguagem
Busca captar uma história. Relaciona-se 
com o público-alvo na ecologia, qualida-
de de vida e meio ambiente
Fonte: Pereira, Armbrust e Ricardo (2008).
BRUST; RICARDO, 2008). Diante dessa pers-
pectiva, o esporte de ação está atrelado ao mo-
vimento e à atitude, como uma manifestação de 
força e energia; já o esporte de aventura, como 
já discutimos anteriormente, apresenta o signi-
ficado de desconhecido, imprevisível (PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010).
72 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Esse quadro nos traz um retrato muito interessante 
quanto às diversas características do esporte de ação 
e aventura, dentre elas habilidade, capacidade física, 
surgimento, etimologia, objetivo, local de prática, 
público-alvo, possíveis perigos, formas de organiza-
ção e sua relação com a mídia.
Além dessa distinção entre esportes de ação e 
de aventura realizada pelos autores, as modalidades 
de esportes radicais são classificadas como: aéreos, 
aquáticos e terrestres (UVINHA, 2010). Dentro 
dessa temática, Pereira, Armbrust e Ricardo (2008) 
também acrescentam os esportes misto e urbanos. 
Para os autores, essa distinção é necessária diante 
das peculiaridades com que cada esporte se mani-
festa, como podemos visualizar no quadro a seguir.
Quadro 3 - Características dos Esportes de Ação e de Aventura
ESPORTES RADICAIS
MEIO AÇÃO AVENTURA
Aquático Surf, windsurf
Mergulho (livre e 
autônomo), canoagem 
(rafting, caiaque, aqua 
ride, canyonning)
Aéreo Base jump, sky 
surf
Paraquedismo, balonis-
mo, voo livre
Terrestre Bungee Jump, 
sandboarding
Montanhismo (escalada 
em rocha, escalada em 
gelo, técnicas verticais, 
tirolesa, rapel, arvo-
rismo); mountain bike 
(down hill, cross coun-
try) trekking
Misto Kite surf Corrida de aventura
Urbano
Escalada 
indoor, skate, 
patins in line, 
bike (trial, bmx)
Le parkour
Fonte: Pereira, Armbrust e Ricardo (2008).
ESPORTES RADICAIS AQUÁTICOS
Surfe
É um esporte de ação praticado no ambiente aquático, é 
uma modalidade realizada com diferentes tipos de pran-
chas, com o objetivo de deslizar e fazer manobras sobre 
as ondas (FRANCO; CAVASINI; DARIDO, 2014).
Seu surgimento é controverso: alguns estudio-
sos associam a povos Polinésios que deslizavam pelo 
oceano com suas jangadas, enquanto outros veem 
a origem do surfe na costa do norte do Peru, onde 
os nativos tinham embarcações feitas de junco que 
andavam pelos mares (REZENDE, 2004; PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010; ROSAS, 2013).
No Brasil, de acordo com Pereira e Armbrust 
(2012), o surfe teve início em Santos (litoral de 
São Paulo), onde, em 1938, Osmar Gonçalves, Jua 
Hafers e Silvio Malzoni construíram uma prancha, 
cópia de um projeto da revista “Mecânica Popu-
lar”. Entretanto, foi no Rio de Janeiro que a moda-
lidade se desenvolveu, na virada de 1950.
As pranchas, assim como a modalidade, tam-
bém sofreram mudanças com o decorrer do tempo 
e, hoje, são dividas em meio, rabeta e bico. Elas po-
dem variar no tamanho e conter outros ajustes que 
irão influenciar na velocidade, flutuabilidade e le-
veza nas manobras (PEREIRA; ARMBRUST, 2012).
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 73
Windsurf
O windsurf é uma modalidade aquática que mis-
tura o surf e a vela. Foi na década de 60 que um 
casal, Newman (velejador) e Naomi Darby (cano-
ísta) criaram o windsurf, isso porque Naomi ti-
nha o desejo de velejar mais rápido e, para isso, 
adicionou uma vela à canoa (RODRIGUES, 2009; 
WASBRASIL, 2015, on-line)14. Quatro anos de-
pois, os amigos Jim Drake e Hoyle Schwietzer in-
vestiram e patentearam o esporte.
Mergulho
O mergulho surgiu da vontade do homem de explo-
rar o ambiente submarino e buscar alimentos e péro-
las (PEREIRA; ARMBRUST, 2010). Com o decorrer 
dos anos, foram sendo criados equipamentos que 
permitiram ao homem mergulhar cada vez mais fun-
do, como o Cilindro, que armazena o ar respirável.
De acordo com Pereira e Armbrust (2010) exis-
tem dois tipos de mergulho:
• Mergulho Livre: mergulhamos sem o uso de 
equipamentos, assim usamos nossa capacida-
de pulmonar e o sistema fisiológico para per-
manecer na profundidade.
• MergulhoAutônomo: mergulhamos usando 
um aparelho de respiração aquático indepen-
dente (scuba), podendo, assim, ficar na pro-
fundidade permitida pelo sistema de forneci-
mento de oxigênio.
Figura 27 - Mergulho Livre
Figura 28 - Mergulho Autônomo
74 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Canoagem
Figura 29 - Canoagem
A prática da canoagem está ligada historicamente à 
necessidade dos povos indígenas em retirar do mar 
o próprio sustento (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
Rafting
Figura 30 - Rafting
O Rafting derivou da canoagem. Foi identificado 
como esporte em 1869, nos Estados Unidos, quan-
do John Powel organizou a primeira expedição em 
barcos de remo em rio com corredeiras (PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010). Sua prática consiste na desci-
da de rios a bordo de botes infláveis de borracha. A 
aventura deste esporte está em descer as corredeiras 
evitando que o bote vire ou que as pessoas caiam na 
água (ROMANINI; UMEDA, 2002).
ESPORTES RADICAIS TERRESTRES
Montanhismo
A prática do montanhismo está presente desde o Renas-
cimento, quando, em 1492, o camareiro do rei Francês 
Carlos VIII recebeu a ordem de subir até o topo de Mon-
te Agulha para relatar o que se via lá de cima. Já no Brasil, 
os pioneiros dessa prática foram os bandeirantes à pro-
cura de ouro, mas a primeira prática do montanhismo 
documentada ocorreu em 1856, quando José Franklin 
Silva escalou sozinho o pico das montanhas negras, em 
Minas Gerais (ROMANINI; UMEDA, 2002).
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 75
Trekking Escalada
Figura 31 - Trekking Figura 32 - Escalada indoor
Caminhar de forma esportiva é relativamente re-
cente, pois somente a partir da Revolução Indus-
trial, quando a população tornou-se, em sua gran-
de maioria, urbana, que sentiu-se a necessidade de 
buscar um contato com a natureza nos momentos 
de lazer. A prática do trekking define-se em ca-
minhar em ambientes de mata e montanha e por 
não necessitar de equipamentos caros, atualmen-
te é um dos esportes de aventura mais praticados 
(ROMANINI; UMEDA, 2002).
Por apresentar essas características, permite 
que sua prática seja difundida nas aulas de edu-
cação física, na qual o professor poderá propor 
um dia de caminhada em locais específicos de seu 
município. Que tal convidar o professor de Ge-
ografia e promover uma aula multidisciplinar? 
Cheia de atividade física e conhecimento!
A escalada consiste em subir uma parede rocho-
sa utilizando somente os apoios naturais da pe-
dra, sendo a forma mais praticada no Brasil, ou 
também fazendo uso dos materiais de segurança 
(ROMANINI; UMEDA, 2002).
A escalada apresenta diversas variações quanto 
à sua prática: escalada livre e esportiva – a escala-
da livre em estruturas artificiais, Bulder, Progres-
são artificial em rocha, Big Wall, Escalada Alpina 
e Alta montanha (ROMANINI; UMEDA, 2002; 
PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
Diante dessas variações, podemos trabalhar a 
escalada artificial em uma parede, caso a sua escola 
possua condições. Não é preciso utilizar cordas de 
sustentação, tampouco equipamentos caros. Nesse 
caso, trabalhe com paredes baixas e utilize apenas 
um colchonete para que seus alunos tenham uma 
queda segura ao final da atividade.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
76 
Mountain Bike
Na década de 50, nos Estados Unidos, observou-se a 
prática do ciclismo fora do perímetro urbano. Peda-
laram em montes, ladeiras e montanhas. Já no Brasil, 
essa modalidade foi aparecer a partir da década de 80 
(PEREIRA; ARMBRUST, 2010). As características 
desse esporte dá-se pelo ambiente no qual ele é pra-
ticado. De acordo com Romanini e Umeda (2002), 
montanhas com descidas íngremes ou grandes subi-
da, trilhas e estradas de terra no meio da natureza e 
pedras é o ambiente perfeito para seus praticantes.
Sua prática requer uma bicicleta específica para 
o esporte e um capacete. A partir disso, você poderá 
iniciar sua prática e incentivar seus alunos também 
nessa nova experiência. Sabemos que não são todos 
os alunos que possuem uma bicicleta, mas que tal 
convidá-los para essa aventura? Você poderá levá-
-los para pedalar em espaços rurais, predominantes 
na maioria dos municípios de nosso país, basta cer-
tifica-se que o local não oferecerá riscos para os alu-
nos e, a partir disso, sua aula está garantida.
Você também poderá convidar outros professo-
res para essa experiência, assim terá mais profissio-
nais para lhe auxiliar. Dentro desse contexto, é mui-
to importante destacar que o bicicleta é um meio 
popular de locomoção não poluente (PEREIRA; 
ARMBRUST, 2010). Sendo assim, professores de 
Biologia de Geografia são muito bem-vindos nessas 
aulas, pois o esporte de aventura possui uma forte 
ligação com o respeito à natureza, e nada melhor do 
que unir diversão e conhecimento!
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 77
ESPORTES RADICAIS AÉREOS
Paraquedismo
O paraquedismo é a atividade de descer planando 
no ar ou de voar. Nos séculos XIV e XV, Leonardo da 
Vinci e os chineses já estudavam formas de realizar 
esse tipo de voo. Em 1797, André Jaques Garnerin 
realizou o primeiro salto de paraquedas a partir do 
uso de um balão (PEREIRA; ARMBRUST, 2010). Os 
esportes de aventura são interessantes, pois diversos 
deles se originaram de práticas já existentes; outros 
passaram a ocupar funções variadas, como é o caso 
do paraquedas. De acordo com Pereira e Armbrust 
(2010), o paraquedas foi usado na Segunda Guerra 
Mundial para levar as tropas a atacar os inimigos.
Essa prática requer muita cautela e cuidado 
com os equipamentos de segurança necessários, 
pois se praticados de maneira incoerente com 
as normas de segurança, poderão causar proble-
mas fatais. Assim como outros esportes aéreos de 
aventura, como o balonismo e voo livre.
MISTO
Corrida de Aventura
A corrida de aventura nasceu em 1987, durante 
a cobertura de Gerald Fusil (jornalista francês) a 
uma corrida de vela, pois a partir disso, ele teve 
a ideia de criar uma competição parecida com 
esta, sem transportes motorizados (ROMANI-
NI; UMEDA, 2002). Hoje, então, a corrida é uma 
prática competitiva que tem como objetivo correr 
por um determinado percurso no menor tempo 
possível (PEREIRA; ARMBRUST, 2010), (FRAN-
CO; CAVASINI; DARIDO, 2014). Esse desloca-
mento pode ser por meio do trekking, mountain 
bike, técnicas verticais, rafting, canoagem e ca-
valgada. Cada uma delas será utilizada de acordo 
com o terreno escolhido e dificuldade da corrida 
(ROMANINI; UMEDA, 2002).
Para a prática desse esporte, lembrem das bús-
solas e mapas, pois eles irão auxiliar na orientação.
Figura 33 - Mapa e bússula
78 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
As regras da corrida de aventura podem variar 
de acordo com as características de cada região e 
do público participante, podendo durar horas ou 
dias; mas, em geral, de acordo com Pereira e Arm-
brust (2010), este esporte é praticado por equipes 
de três a cinco pessoas, sendo a equipe formada 
por pessoas de ambos os sexos.
Cada equipe deve percorrer os Postos de Con-
trole (PCs), que estão espalhados na região da com-
petição de forma estratégica. Os PCs possuem uma 
determinada ordem e os participantes devem passar 
por eles para ter sua corrida validada. Os atletas con-
tam com o auxílio externo nas Áreas de Transição 
(ATs), onde se encontra uma equipe de apoio com 
equipamentos e suprimentos, assim como a equipe 
médica e o resgate (PEREIRA; ARMBRUST, 2010).
Kitesurf
O Kitesurf é um esporte aquático recente que mis-
tura surf, windsurf e wakeboard (BERNEIRA et al., 
2011), no qual o praticante utiliza a força do vento 
para deslizar com uma prancha sobre a água (MA-
CHADO; COERTJENS, 2011), assim, ele depende 
da sintonia entre propulsão, direção, equilíbrio e 
também das condições climáticas (LUCENA; SIL-
VA; BRASILEIRO, 2013). Ele pode ser praticado 
em rios, mares e lagos desde que tenham ventos 
adequados (12 nós). Para sua prática, então, é ne-
cessário uma prancha onde se apoia os pés com-
binada com pipas (kites) presas em um cinto na 
cintura do praticante (LUCENA; SILVA; BRASI-
LEIRO, 2013). Além disso, conta-se com umabarra 
de controle para controlar a direção e velocidade 
(PACIEVITCH, 2017, on-line)15.
O ensino de esportes de aventura por vezes 
perpassa um conteúdo multidisciplinar. As-
sim, é possível trabalhá-lo em parceria com 
outras disciplinas.
REFLITA
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 79
URBANO
Escalada indoor
É a escalada esportiva praticada em lugares fecha-
dos, podendo estes serem, até mesmo, academias e 
ginásios, com muros com agarras artificiais fixadas, 
formando um caminho de diferentes níveis de difi-
culdade (SILVA et al., 2007; MARINHO; BRUHNS, 
2015). Marinho e Bruhns (2015) ressaltam que a es-
calada indoor é usada para treinamento que, poste-
riormente, será aplicado na escalada de montanhas.
80 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Patins in-line
O patins in-line é uma modalidade recente, na qual 
se utiliza de patins para sua prática. Sua história 
teve início nos países frios europeus, onde pessoas 
deslizavam pelo gelo com ossos de animais fixados 
aos pés (PEREIRA; ARMBRUST, 2010). No Brasil, 
o patins in-line surgiu em 1993 e virou uma febre, 
começando a ser realizadas competições amisto-
sas. A oficialização da modalidade de Patinação se 
deu em 1999 (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA 
DE ESPORTES RADICAIS, [2018] on-line)16.
O Patins in-line conta com cinco modalidades 
de acordo com a Confederação Brasileira de Espor-
tes Radicais ([2018] on-line)16. São elas:
• Slalom Inline (Speed e Freestyle): modalidade na 
qual se corre entre os cones. No Speed, vence quem 
terminar o percurso mais rápido e no Freestyle se 
tem a execução de manobras entre os cones.
• High Jump: salto em altura de patins (Pure High 
Jump), tendo a disputa de melhor manobra 
(Best Trick).
• Street: consiste em realizar gaps (saltos), giros e 
grinds (deslizamento pelo corrimão) no ambiente 
urbano, como escadas, rampas e telhados.
• Vert: manobras da modalidade street executa-
das em rampas em forma de “U”, chamadas de 
Halfpipe.
• Park: praticada em pistas especializadas locali-
zadas, geralmente, em “parks” ou “skatepark’s”.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 81
Bike
Biketrial é um esporte individual prati-
cado com bicicletas especiais para a mo-
dalidade com o objetivo de passar por 
obstáculos naturais ou não o mais rápido 
possível com menor contato dos pés com 
o solo (BIKETRIAL INTERNATIONAL 
UNION, 2018, on-line)17.
A Bike BMX é um esporte individu-
al no qual se utiliza uma bike, e com ela se 
deve percorrer uma pista de 470 metros de 
extensão para os homens e 430 metros para 
as mulheres cheia de obstáculos (COMITÊ 
OLÍMPICO BRASILEIRO, 2015, on-line)18.
82 
considerações finais
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final de nossa segunda unidade, na qual apresentamos 
diferentes formas de trabalhar os esportes de aventura e reconhecemos a necessidade 
de superar apenas o ensino das práticas corporais mais tradicionais e inserir o espor-
te de aventura de maneira efetiva nas aulas de Educação Física. Também pudemos 
oferecer subsídios para que você, futuro(a) professor(a), possa aplicar esse conteúdo, 
adaptando os locais e materiais necessários para sua prática escolar, pois sabemos que 
as escolas e as regiões as quais estão inseridas apresentam características distintas.
A fim de compreender como os campos de atuação dos esportes de aventura se 
apresentam, tratamos de forma ampla o assunto não apenas no contexto escolar, mas 
também abordamos as formas de aplicação dos esportes de aventura e suas princi-
pais características em diversos outros ambientes.
Por meio dos temas desenvolvidos, você também poderá organizar atividades que 
levem seus alunos a conhecerem o contexto histórico do esporte de aventura e entender 
como as modalidades de hoje receberam influências de diferentes momentos históricos.
Ao compreender as principais características e classificações do esporte de aven-
tura e reconhecer as diferentes formas de aplicabilidade no ambiente escolar, possibi-
litamos de forma efetiva a aplicação pedagógica desse conteúdo também de maneira 
interdisciplinar contando com a participação efetiva de outros atores escolares.
Não deixe de aplicar e compartilhar com seus alunos tudo que aprendemos aqui! 
Forte abraço!
considerações finais
 83
atividades de estudo
1. O Skate é um esporte radical classificado como 
de ação do ambiente urbano; no entanto, sua 
origem não é certa. Uma das vertentes que po-
dem ter dado início ao skate está relacionada ao 
surfe, um esporte de ambiente aquático. Com 
base nas leituras sobre o Skate desta unidade, 
responda Verdadeiro (V) paras as respostas cor-
retas e Falso (F) para as respostas erradas.
( ) As origens do Skate não apontam com precisão 
para um fato único, podendo ela estar relacio-
nada ao uso de patinetes sem o guidão e ao 
uso de pranchas com rodinhas.
( ) O Skate chega ao Brasil em 1960 e fica conhe-
cido como “sidewalk surfing”, traduzido como 
“surfe na calçada”.
( ) Desde a criação do Skate, em 1950, na Califórnia- 
EUA, ele era tido como um modo de vida por seus 
praticantes, assim como sua prática era adotada 
com o objetivo de integração a um grupo.
Assinale a alternativa correta:
a) V, V, F.
b) V, F, F.
c) F, V, V.
d) F, F, V.
e) F, F, F.
2. Com o passar dos anos, o Skate foi evoluindo, 
tanto em questões relacionadas à sua estrutura 
e competições quanto nas manobras. Além dis-
so, foram sendo criadas modalidades para esse 
esporte. Com apoio na leitura feita sobre o Skate 
e sua prática, analise as afirmativas que seguem 
e, em seguida, marque a alternativa correta:
I) Todas as modalidades do Skate devem ser 
práticas com o intuito competitivo, buscan-
do a realização de manobras diversas e 
alto grau de complexidade.
II) A modalidade Street é baseada em obstá-
culos encontrados nas ruas, como bordas, 
escadas, corrimãos e descidas.
III) Banks é uma modalidade do Skate pratica 
em pista mais ovalada semelhante à pisci-
na antigas.
IV) Em todas as modalidades do Skate, é im-
portante o uso de equipamentos de se-
gurança, como capacete. No entanto, na 
iniciação, estes podem ser dispensáveis, 
devido à pequena velocidade alcançada.
V) Há inúmeras manobras que podem ser rea-
lizadas com o Skate, entre elas temos: front-
side, backside, slide, ollie, speed e varial.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e V estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão corretas.
3. Sabemos que a realidade de muitas escolas não 
permite que trabalhemos os variados conteúdos 
que competem à Educação Física com a estrutura 
adequada, principalmente ao se tratar de espor-
tes de aventura. No entanto, podemos usufruir 
em nossas aulas das riquezas naturais que nos-
so município apresenta. Dessa forma, descreva 
quais as possibilidades e vantagens de se tra-
balhar o conteúdo de Mountain Bike, Corrida de 
orientação e Trekking de maneira interdisciplinar?
4. Por meio da leitura dessa unidade, pudemos 
compreender e categorizar os esportes de aven-
tura e assimilar os aspectos históricos que con-
templam cada modalidade. Dentro desse con-
texto, analise as afirmativas a seguir e assinale a 
alternativa correta quanto às características his-
tóricas dos esportes de aventura.
84 
atividades de estudo
I) Muitos acreditam que o Slackline originou-
-se da prática do Highline por montanhis-
tas. No entanto, tal prática originou-se do 
circo por meio do equilibrismo.
II) A corrida de aventura surgiu a partir da 
Revolução Industrial quando a população 
tornou-se, em sua grande maioria, urba-
na sentindo a necessidade de buscar um 
contato com a natureza nos momentos de 
lazer.
III) A prática da canoagem está ligada histori-
camente à necessidade dos povos indíge-
nas em retirar do mar o próprio sustento.
IV) O Mountain Bike nasceu em 1987, duran-
te a cobertura de uma corrida de vela por 
um jornalista, pois a partir disso ele teve 
a ideia de criar uma competição parecida 
com esta, sem transportes motorizados.
V) A prática do montanhismo está presentedesde o Renascimento, quando em 1492, 
o camareiro do rei Francês Carlos VIII rece-
beu a ordem de subir até o topo de Monte 
Agulha, para relatar que se via lá de cima.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas III e V estão corretas.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) I, II, III e IV estão corretas.
5. O parkour é um esporte de aventura que tem 
como objetivo percorrer um percurso, e com seu 
próprio corpo alcançá-lo, vencendo os desafios e 
transpondo obstáculos que aparecerem durante 
o caminho. Como um(a) professor(a) de Educa-
ção Física poderia trabalhar com essa modalida-
de na iniciação?
6. Durante esta unidade, aprendemos o conceito 
de esportes de aventuras e, consequentemente, 
conhecemos algumas dessas práticas que po-
dem ser trabalhadas por professores de Educa-
ção Física. Sobre as características desses espor-
tes, leia as afirmações a seguir:
I) Inicialmente, uma forte característica dos es-
portes de aventura é a presença de “riscos”.
II) A segurança é indispensável na prática dos 
esportes de aventura, principalmente quan-
do se trabalha na iniciação.
III) Segundo Pereira, Armbrust e Ricardo (2008), 
os esportes de aventura podem ser classi-
ficados em: Aquáticos, Aéreos, Terrestres, 
Mistos e Urbanos.
IV) O equilíbrio é uma das capacidades motoras 
que pode ser trabalhada e que auxiliará no 
ensino dos esportes de aventura, por exem-
plo ao se equilibrar no slackline.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
c) Apenas a afirmativa II está correta.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
 85
LEITURA
COMPLEMENTAR
Os esportes de aventura podem ser praticados por to-
das as pessoas, inclusive com deficiência. Veja o excerto 
sobre o canoismo para pessoas com deficiência visual, 
retirado de um estudo feito por Carvalho (2005):
“Os esportes na natureza não devem ser restritos a gru-
pos específicos de pessoas, como o de aventureiros fa-
mosos ou de pessoas que possuam um perfil imposto 
pelo padrão social como sendo os únicos capazes de re-
alizar proezas ou simplesmente pela mídia. Através de 
uma proposta pedagógica e de uma metodologia estru-
turada, é possível fazer com que outros grupos como o 
de pessoas com deficiências de qualquer natureza, bioti-
pos diferenciados, ou até com problemas de ordem psi-
cológica consigam ter acesso a estes esportes modernos, 
podendo desfrutá-los com segurança e com os mesmos 
direitos de se expor ao risco imaginário”.
Frente a isso, Carvalho (2005) propôs um programa pe-
dagógico para o ensino da canoagem a um grupo de pes-
soas com deficiência visual. Veja alguns passo:
“Para ensinar ao grupo de deficientes visuais o que era 
especificamente o canyoning, optamos por desenvolver 
as atividades de forma pedagógica e gradativa, conside-
rando os níveis de complexidade. Após a etapa de ex-
plicações verbais sobre o tema, iniciamos as aulas com 
base no reconhecimento dos materiais e equipamentos 
pessoais que são utilizados na prática do canyoning. Pen-
sando em facilitar a compreensão dos alunos e causar 
maior interação no grupo, inclusive entre os monitores, 
exploramos atividades nas quais os alunos tinham que 
utilizar o próprio corpo formando figuras que correspon-
deriam ao equipamento a ser utilizado nas aulas subse-
qüentes. Antes porém, todos tinham acesso ao equipa-
mento para senti-lo e tateá-lo para o reconhecimento”.
Vejam um exemplo trazido no estudo de atividade para 
o ensino da canoagem a pessoas com deficiência visual:
“Atividade 1 : Brincadeira de Vestir a Cadeirinha
Montamos duas equipes divididas em duas colunas dis-
postas uma ao lado da outra. Alguns metros à frente ha-
via dois monitores, um frente a cada coluna. Cada aluno 
tinha em suas mãos uma cadeirinha de escalada. Ao sinal 
do professor o primeiro da coluna deveria se deslocar 
até o monitor e vesti-lo corretamente com a cadeirinha 
e sentar-se atrás dele. Em seguida, o próximo da fila de-
veria executar o mesmo procedimento colocando outra 
cadeirinha no mesmo monitor, o que se tornava cada vez 
mais complicado em função do acúmulo de cadeirinhas. 
A equipe que terminasse primeiro e com todas as cadei-
rinhas devidamente fechadas seria a vencedora. Nesta 
brincadeira buscamos treinar a capacidade dos alunos na 
colocação do equipamento em um colega, aprendendo a 
manuseá-lo e com níveis de dificuldade progressiva”.
Fonte: adaptada de Carvalho (2005).
86 
material complementar
PST/Navegar: aspectos técnicos e pedagógicos
Rodrigo Cavasini, Ricardo Demetrio de Souza Petersen, Fábio de Oliveira Petkowicz.
Editora: Eduem
Sinopse: esse livro trata de aspectos técnicos e pedagógicos de esportes de aven-
tura aquáticos, Canoagem, Remo e Vela. Além disso, conta com tópicos sobre im-
pactos ambientais e gestão de risco dos esportes de aventura. Assim, ao estudar 
esse material, você saberá mais sobre os esportes aquáticos e como aplicá-los na 
escola com segurança, minimizando a poluição da natureza.
Indicação para Ler
Tudo por um sonho
2012
Sinopse: Jay Moriarity, 15 anos, trabalha e estuda para ajudar sua família. Um 
dos sonhos de Jay é enfrentar as maiores ondas do mundo na costa Mavericks. 
Morando com a mãe e irmã, em Santa Cruz, Califórnia, é em seu vizinho e surfis-
ta Frosty Hesson que o garoto se espelha. Por meio das orientações e apoio de 
Frosty, o garoto irá realizar o necessário para atingir seu sonho.
Indicação para Assistir
Vida sobre Rodas
2010
Sinopse: Esse documentário apresenta o caminho percorrido nas últimas dé-
cadas pelo Skate no Brasil. Histórias, manobras, desenvolvimento das técnicas 
desse esporte por quem vivenciou toda essa transformação e os desafios en-
frentados pelo Skate.
Indicação para Assistir
http://www.lume.ufrgs.br/browse?type=author&value=Petersen,%20Ricardo%20Demetrio%20de%20Souza
http://www.lume.ufrgs.br/browse?type=author&value=Petersen,%20Ricardo%20Demetrio%20de%20Souza
http://www.lume.ufrgs.br/browse?type=author&value=Petkowicz,%20F%C3%A1bio%20de%20Oliveira
http://www.lume.ufrgs.br/browse?type=author&value=Petkowicz,%20F%C3%A1bio%20de%20Oliveira
 87
material complementar
Yamakasi - Les samouraïs des temps modernes
2001
Sinopse: Jovens, aventura, emoção. Esse filme representa um grupo de Jovens 
franceses, os Yamakasi, que imersos na prática do Parkour objetivam diversão e 
o reconhecimento da modalidade. Entretanto, os policiais locais não compreen-
dem a prática do Parkour dessa forma.
Indicação para Assistir
Neste vídeo, você poderá acompanhar alguns dos movimentos básicos do 
Parkour realizados por adolescentes e sua aplicação em uma escola. Acesse o 
conteúdo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6FXJn6FWgE4>.
Indicação para Acessar
88 
referências
ALVES, C. S. R.; CORSINO, L. N. O Parkour como 
Possibilidade para a Educação Física Escolar. Revis-
ta Motrivivência, ano XXV, n. 41, p. 247-257, dez. 
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3, p. 799- 807, 2010. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/motriz/v16n3/a28v16n3.pdf>. Acesso 
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dh/v13n3/06.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.
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cação Física) - Universidade Estadual de Campinas, 
Campinas, 2005. Disponível em: <http://repositorio.
unicamp.br/handle/REPOSIP/275210>. Acesso em:10 set. 2018.
CÁSSARO, E. R. Atividades de aventura: aproxima-
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em nível de Especialização em Educação Física na 
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drina. Londrina, 2011.
CAVASINI, R.; PETERSEN, R. D. S.; PETKOWICZ, 
F. O. PST/Navegar: aspectos técnicos e pedagógicos. 
Maringá: Eduem, 2013.
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Paulo: Votorantim, 2000
FERREIRA, A. B. H. Minidicionário da Língua Por-
tuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
FRANCO, L. C. P.; CAVASINI, R.; DARIDO, S. C. 
Práticas corporais de aventura. In: GONZÁLEZ, F. J.; 
DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. Lutas, capoeira 
e práticas corporais de aventura. Maringá: Eduem, 
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LUCENA, A. B.; SILVA, P. P. C.; BRASILEIRO, M. D. 
S. A prática do Kitesurf e o universo da preservação 
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Educação Física escolar. Faculdade de Ciências da 
Educação e saúde – FACES Curso de licenciatura em 
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mecanismos de lesão e marcadores bioquímicos. Re-
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 91
gabarito
1. V, F, F.
2. D.
3. Essas atividades poderão ser realizadas em pe-
quenas plantações, sítios entre outras regiões 
rurais que possibilite ao aluno o contato direto 
com a natureza. O professor de Geografia pode-
rá ajudá-lo, durante a caminhada ou pedalada, 
a reconhecer os tipos de rochas, tipo de terreno 
característico da região. O professor de Biologia 
poderá explicar sobre os principais animais que 
habitam esses locais e caracterizar as principais 
árvores e plantações predominantes na região. 
O professor de História poderá contextualizar o 
surgimento desses esportes. Esse tipo de aula 
possibilitará ao aluno o contato direto comos 
diversos conteúdos escolares de maneira não 
fragmentada, de modo que o mesmo objeto de 
estudo levará ao aluno uma gama de conheci-
mento, além de tornar a aula mais dinâmica.
4. B.
5. Na iniciação do parkour, é indicado que utilize 
o ensino de saltos, rolamentos e aterrisagens, 
pois são adequados e muito atraentes para 
as crianças e adolescentes. Depois, o trabalho 
com pequenos circuitos de transposição pode 
ser utilizado. A ideia de pequenos circuitos com 
transposições de objetos e espaços são ideais 
para a prática do parkour. O mais importante é 
que o aluno vivencie essa modalidade rica em 
habilidades e capacidades motoras.
6. E.
Professora Dra. Ana Luiza Barbosa Anversa
Professor Dr. Patric Paludett Flores
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Peteca
• Badminton
• Tênis de Campo
• Tênis de Mesa
• Esportes com Rede Divisória na Escola
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender os aspectos históricos, regras e fundamentos da 
Peteca e sua aplicabilidade em situação de jogo.
• Compreender os aspectos históricos, regras e fundamentos do 
Badminton e sua aplicabilidade em situação de jogo.
• Compreender os aspectos históricos, regras e fundamentos do 
Tênis de Campo e sua aplicabilidade em situação de jogo.
• Compreender os aspectos históricos, regras e fundamentos do 
Tênis de Mesa e sua aplicabilidade em situação de jogo.
• Refletir sobre a aplicabilidade dos esportes com rede divisória no 
contexto escolar.
ESPORTES COM REDE DIVISÓRIA
unidade 
III
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a), nesta unidade vamos conhecer um pouco de algumas modalidades esportivas da família dos esportes com rede divisória. Esses esportes se caracterizam pela necessidade de se arremessar, lançar ou bater em uma 
bola ou peteca em direção ao campo contrário (sobre uma rede divisó-
ria) de tal forma que o rival não consiga devolvê-la de forma satisfatória 
(dar sequência ao rally ou marcar ponto).
Várias modalidades no mundo todo podem ser classificadas nessa 
categoria e ambas se orientam por desafios táticos próximos. Podemos 
citar como alguns exemplos: voleibol, vôlei de praia, tênis, tênis de mesa, 
badminton, peteca, pádel, sepaktakraw, ringo e ringtennis. Nota-se, 
como característica comum dessas modalidades, a importância de sem-
pre interceptar a trajetória da bola ou peteca ao mesmo tempo em que se 
busca jogá-la para o lado contrário.
Para esta unidade, vamos conhecer só algumas modalidades espor-
tivas dessa família, em especial as que se configuram pelo vai e vem da 
bola ou peteca ser direto (alternado direto), o que possibilita apenas um 
toque. No entanto, você aprendendo algumas delas, é possível transferir 
e relacionar os conhecimentos de uma para outras modalidades.
Sendo assim, as modalidades esportivas apresentadas ao longo des-
ta unidade são: Peteca, Badminton, Tênis de Campo e Tênis de Mesa. 
Para cada modalidade, buscaremos aprender sobre sua história dentro 
do campo esportivo, suas características enquanto jogo, bem como suas 
principais regras básicas e suas possibilidades no contexto escolar.
Nossa ideia é apresentar algumas das diferentes práticas corporais 
da Educação Física, derivadas do conteúdo estruturante do esporte, para 
que você construa novas formas de jogar inventadas com base na lógica 
dessas modalidades esportivas. Por isso, não deixe de criar, experimen-
tar e ensinar novos jogos de rede divisória. Boa leitura e aproveite os 
conhecimentos adquiridos!
 
96 
PETECA
A peteca é uma modalidade esportiva de origem 
brasileira. Desde antes do descobrimento do Brasil, 
ela já era um jogo muito praticado pelos índios na-
tivos como atividade esportiva para ganho de aque-
cimento corporal durante os dias frios do inverno. 
Essa atividade estava presente em todas as festas e 
rituais das tribos indígenas e, como uma manifes-
tação cultural, com o passar dos anos, geração por 
geração, acabou se difundindo por todo o país.
O nome peteca é de origem Tupi (peteca – ba-
ter com a mão). Sua origem condiz muito com 
a característica do jogo, sua simplicidade. Para 
praticar esse esporte, de forma recreativa ou com-
petitiva, não há a necessidade de grandes imple-
mentos, sendo a peteca o único existente – a qual 
pode ser facilmente adaptada com materiais alter-
nativos (GINCIENE; GONZÁLEZ, 2017). Vamos 
conhecer melhor o esporte peteca?
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 97
A HISTÓRIA DA PETECA
A peteca, conforme a Confederação Brasileira de 
Peteca (CBP), como recreação, era praticada pelos 
índios brasileiros, mesmo antes da chegada dos por-
tugueses. Consequentemente, por meio de sucessi-
vas gerações, nossos antepassados também foram 
praticando, o que fez essa recreação indígena chegar 
a todo o território brasileiro (CBP, 2017, on-line)1.
Na primeira participação do Brasil nos Jogos 
Olímpicos de 1920, na Antuérpia – capital da Bélgica 
–, os atletas brasileiros levaram petecas como estraté-
gia de aquecimento e até recreação. Tal jogo acabou 
atraindo olhares e despertando o interesse de atletas 
de outros países, o que possibilitou uma maior visi-
bilidade dessa atividade (GINCIENE; GONZÁLEZ, 
2017). Em registros da época, destaca-se que o então 
chefe da Delegação Brasileira, Dr. José Maria Castelo 
Branco, viu-se embaraçado pelos insistentes pedidos 
de regras formuladas de técnicos e atletas finlande-
ses, os quais demonstraram interesse pela nova ativi-
dade esportiva (CBP, 2017 on-line)1.
Coube a Minas Gerais o privilégio de dar senti-
do competitivo à modalidade peteca. Na década de 
40, os clubes pioneiros de Belo Horizonte realizaram 
os primeiros jogos internos entre clubes da cidade, o 
que possibilitou a transformação dessa recreação, an-
tes praticada na rua, na grama ou na areia, em esporte, 
praticado, a partir de então, em quadras. Contudo, so-
mente em 1973 que surgiram as regras da peteca e, com 
isso, dois anos depois, a criação da Federação Mineira 
de Peteca (FEMPE), consolidando o pioneirismo do 
estado nesse esporte nascido e desenvolvido no Brasil.
Mas quando a peteca foi oficializada como uma 
modalidade esportiva? Somente em 1985 que esse 
jogo se tornou um esporte, conforme deliberação 
do Conselho Nacional de Desporto n° 15, de 17 de 
agosto de 1985, em Brasília. Em 1986, em Belo Ho-
rizonte, sob o comando do desportista Walter José 
dos Santos, então dirigente do Departamento de 
Peteca, aconteceu a primeira reunião para codificar 
as regras e regulamentos dessa modalidade, os quais 
foram adotados para o primeiro Campeonato Brasi-
leiro de Peteca no ano de 1987 (CBP, 2017 on-line)1.
A potência desse esporte levou-o para fora das 
fronteiras de Minas Gerais, instalando-se no Dis-
trito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pa-
raná, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso 
do Sul e Rondônia. Com o crescimento do esporte 
nesses estados, surgiram as suas federações e logo 
depois a CBP, que tem, atualmente, sua sede em 
Belo Horizonte-MG.
Apesar de tanto tempo de existência, a pete-
ca como esporte institucionalizado ainda é muito 
recente se comparada a outros esportes (GINCIE-
NE; GONZÁLEZ, 2017). Contudo, a modalidade 
vem crescendo e ganhando mais adeptos, graças à 
organização de federações, confederações e cam-
peonatos nacionais.
Para além do Brasil, jogam-se peteca também 
no Paraguai, Bolívia, Chile, Estados Unidos, Por-
tugal, Holanda, França, Alemanha, Suíça, Estônia, 
Lituânia, Rússia, China e Japão. Porém, ainda não 
existem competições internacionais oficiais para 
essa modalidade esportiva, embora já estejam 
sendo feitos congressos para reverter tal situação, 
como na Alemanha no ano de 2000 e na Estônia 
em 2002, bem como competições de destaque fora 
do Brasil, igual a que aconteceu na França em 
2006, entre atletas franceses e brasileiros com o 
objetivo de difundir, ainda mais, a prática desse 
esporte naquele país (CBP, 2017, on-line)1.
98 
 
O JOGO DA PETECA
A peteca é um esporte de rede divisória, semelhante ao 
badminton, sóque sem a raquete. Os jogadores podem 
utilizar qualquer uma das mãos para bater na peteca.
Essa modalidade pode ser praticada por qual-
quer pessoa, em qualquer idade, e sua lógica interna 
não é muito distante de outras práticas corporais co-
nhecidas pelos brasileiros, por exemplo, o voleibol 
(segundo esporte mais popular no país). Em ambos 
esportes, o objetivo do jogo é fazer a peteca/bola 
passar sobre a rede e cair no espaço contrário, con-
tudo, a diferença entre ambas as modalidades é que 
na peteca é possível utilizar apenas um toque para 
concluir tal ação, enquanto no voleibol são permi-
tidos três toques (GINCIENE; GONZÁLEZ, 2017).
O jogo pode ser disputado de diferentes forma-
tos: Simples (1v1) masculino ou feminino, duplas 
(2v2) masculinas e femininas. O diferencial entre 
os formatos de disputa (simples ou duplas) está nas 
dimensões da quadra (Figura 1), que apresenta di-
mensões de 15,0 m x 7,5 m para duplas, e 15,0 m 
x 5,50 m para simples, dividido em duas metades, 
cada uma para o uso de uma das equipes contrárias.
Você sabia que existe uma modalidade de peteca que se joga em países da Europa e Ásia que muito se 
parece com o voleibol, denominada de Indiaca? No entanto, as equipes jogam com cinco e não seis jo-
gadores. Essa modalidade é organizada pela International Indiaca Association (Associação Internacional 
de Indiaca, nome internacional da peteca). Criada em Berlim no ano de 2000, essa federação propôs-se a 
regulamentar as diferentes formas do jogo e promover torneios internacionais da modalidade. As maiores 
federações do esporte se encontram na Alemanha e Japão, mas também são membros da Associação a 
Suíça, Estônia, Eslováquia, Brasil e Luxemburgo.
Fonte: adaptado de Ginciene e González (2017).
SAIBA MAIS
5 5
5
1500
5
5
750
5100 550
Q
uadra de Peteca
75ou
175
Figura 1 - Dimensões da Quadra de Peteca
Fonte: Feperj… ([2017], on-line).
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=International_Indiaca_Association&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=International_Indiaca_Association&action=edit&redlink=1
http://feperj.blogspot.com.br/p/regulamento.html
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 99
Sobre a rede (Figura 2), para jogos da categoria mascu-
lina, esta deverá apresentar uma altura de 2,43 m; para 
a categoria feminina e até 12 anos, ela deverá ter 2,24 m.
Para além dos aspectos táticos citados, os movi-
mentos (Quadro 1) também são muito importantes 
no jogo, e precisam ser aprendidos nos momentos 
certos e quando fizeram sentido para o atleta.
760 50
83
60
243
Dimensões da rede
Figura 2 - Dimensões da Rede Masculina
Fonte: Feperj… ([2017], on-line).
Como é confeccionada a peteca oficial para 
essa modalidade?
O diâmetro da base da peteca (Figura 3) deve ter de 
5 a 5,2 cm e a altura total delas deve ser de 20 cm, in-
cluindo as penas. O peso da peteca deve ser de 
40 a 42 gramas, aproximadamente. Em relação 
às penas, elas devem ser brancas, em núme-
ro de quatro, montadas paralelamente duas a 
duas, de modo que o quadrado formado caiba 
num círculo ideal com diâmetro de, aproxi-
madamente, 5 cm. As penas podem ter outra 
coloração nas situações em que a cor branca 
prejudica a visibilidade dos jogadores ou de 
meios de gravação em vídeo. A base deve 
ser construída com discos de borracha, 
montados em camadas sobrepostas.
No jogo, o objetivo central é fazer 
com que a peteca caia no chão da quadra 
adversária, ou forçar o erro adversário 
para que devolva o móvel. Nesse sen-
tido, é necessário que o jogador com-
preenda as intenções táticas (Figura 4), 
criadas para a modalidade da peteca.
Figura 3 - Peteca
TÁTICA
DE JOGO
Não errar
Preparar o ponto sem precipitação,
criando a oportunidade adequada
Antecipar jogada
Explorar o lado fraco do adversário
Usar seus pontos fortes
(jogadas que executa bem)
Dosar o esforço físico
Não jogar a peteca na mão do adversário
(peteca a meia altura)
Figura 4 - Táticas de jogo na peteca
Fonte: os autores.
Quadro 1 - Movimentos demandados pelo jogo de peteca
MOVIMENTO CARACTERÍSTICAS
SAQUE Pode ser por baixo ou por cima
TOQUE
Pode ser feito com a direita ou 
esquerda, mas nunca com as duas 
mãos ao mesmo tempo. Pode ser 
feito por baixo ou por cima
CORTADA Golpe de ataque, muito parecido com a cortada do voleibol.
PINGADA Golpe curto próximo à rede, pareci-do com a deixadinha ou drop-shot.
Fonte: os autores.
Assista ao vídeo de Movi-
mentos do jogo da pete-
ca. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
http://feperj.blogspot.com.br/p/regulamento.html
100 
 
REGULAMENTOS E NORMAS DA PETECA
A peteca é posta em jogo por meio de um saque, no 
qual o jogador golpeia com a mão a peteca para que 
passe por cima da rede. A peteca deve ser jogada para 
o outro lado da quadra com um único toque, sem que 
tenha tocado o solo. Atualmente, utiliza-se o sistema 
de vantagens para contagem de pontos. Cada partida 
é disputada em sets, que chegará ao fim quando uma 
das equipes alcançar 12 pontos ou após 20 minutos 
de jogo. O atleta ou dupla que ganhar dois sets pri-
meiro, ganha a partida. Outro detalhe importante é 
que após o saque, o ponto deverá ser finalizado em 30 
segundos, senão a vantagem será revertida.
Colocados os jogadores na quadra, um deles 
inicia o jogo com um saque postado atrás da linha 
de fundo, no qual ele segura a peteca com uma 
mão, batendo nela com a outra, a fim de jogá-la, 
por cima da rede, para a quadra adversária.
O jogador ou dupla adversária deve, então, re-
bater a peteca, devolvendo-a, também, por cima da 
Figura 5 - Jogo da peteca
Fonte: Barata... (2013, on-line).
rede (Figura 5), mas com apenas um toque, como 
no jogo de tênis de campo ou mesa. Posta a pete-
ca em jogo, ela vai sendo jogada de um adversário 
para outro até que seja marcado um ponto.
O atleta ou dupla consegue o ponto quan-
do não deixa a peteca cair em seu campo, ou não 
aconteceu nenhuma falta técnica (toque na rede, 
invasão da linha central, condução etc.) ou, ain-
da, quando o adversário não consegue rebatê-la, 
ou se consegue, não a devolve dentro dos limites 
do campo adversário, porque bateu na rede ou foi 
fora dos limites da quadra. Para disputa do ponto 
seguinte, o jogador que conseguiu o ponto inicia 
nova disputa mediante um novo saque.
Vale lembrar, como foi mencionado ante-
riormente, que o tempo também é um condicio-
nante da disputa. As regras completas são muito 
mais específicas e podem ser encontradas na CBP 
([2017], on-line)1.
Assista ao vídeo Jogo da 
peteca. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 101
BADMINTON
O badminton é um esporte de raquete 
que integra a família dos esportes com 
rede divisória. Pelas estimativas, ele é um 
dos esportes praticados por milhões de pesso-
as em todo o mundo. Este secular jogo de peteca, 
que foi regulamentado na Inglaterra, em cone-
xão com a Índia e com raízes lúdicas nos antigos 
hábitos de lazer da China, dos gregos e romanos, 
dos povos astecas e até mesmo entre os indíge-
nas brasileiros, adquiriu uma legião de aprecia-
dores, em especial após a estreia nas Olimpía-
das de Barcelona, em 1992 (SESI, 2012).
102 
 
No Brasil, esse esporte ainda é pouco conhecido, 
diferentemente de alguns países europeus e asiáti-
cos, no qual a modalidade faz parte da cultura as-
sim como o futebol se faz presente na nossa. Con-
tudo, nosso país viveu/vive um momento único 
no esporte, foi sede em 2016 dos Jogos Olímpicos 
do Rio, no qual pode presenciar inúmeras moda-
lidades que ainda não têm certa visibilidade e que 
podem se tornar práticas corporais do dia a dia 
da nossa população, por exemplo, o badminton. 
Vamos conhecer essa modalidade esportiva?
O BADMINTON E SUA HISTÓRIA
O badminton tem origem em Poona, uma cidade 
mística do oeste da Índia, estado de Maharashtra, 
berço da meditação, a qual, no século XIX, tinha 
como tradição um jogo nada místico batizado com 
o nome da cidade e que representava uma atividade 
de convivência e recreação. Jogar ‘poona’ restringia-
-seem manter no ar uma espécie de peteca (conhe-
cida também de volante ou birdie), rebatida de um 
lado a outro por garotos que seguravam um tipo 
de tamborete, parecido com um pequeno remo. A 
competição não existia durante o jogo, a ênfase se 
dava na movimentação, distração e leveza, o que 
chamava também a atenção dos adultos, os quais 
transformavam as reuniões para jogar ‘poona’ em 
pretexto para agradáveis piqueniques (SESI, 2012).
O entretenimento conquistou a todos, princi-
palmente, oficiais ingleses a serviço na Índia, os 
quais criaram gosto em jogar ‘poona’ e não demo-
raram a levar para a Grã-Bretanha os princípios 
básicos do jogo (CBBd, 2017, on-line)2. A partir 
disso, com o auxílio de uma rede que dividia o es-
paço de jogo, demarcando o campo de competição, 
era só criar um conjunto de códigos e um modo 
de pontuação para a diversão acontecer. E foi as-
sim que certo Duque de Beaufort fez, ao receber 
a novidade no início da década de 70. O jogo se 
tornou popular na propriedade do Duque, e a li-
gação Poona e Gloucestershire, cidade do sudoeste 
da Inglaterra, na qual ficava a propriedade, estava 
criada (SESI, 2012). O nome da propriedade do 
Duque, Casa de Badminton, significou a certidão 
de batismo ocidental ao jogo, e por isso recebeu 
o nome atual (GINCIENE; ABURACHID, 2017).
No ano de 1893, foi fundada a Badminton As-
sociation of England, na Grã-Bretanha, e dois anos 
após sua equivalente nos Estados Unidos. O pri-
meiro torneio internacional de badminton, o All 
England Open Championships, surgiu em 1899, na 
cidade inglesa de Birmingham. O prestígio deste 
torneio foi tão significativo que até 1977, ano em 
que oficialmente o Campeonato Mundial passou a 
ser disputado, o vencedor do All England era, para 
todos os efeitos, o campeão do mundo (SESI, 2012).
Em 1934, foi criada a Federação Internacional 
de Badminton – International Badminton Fede-
ration (IBF) –, situada, logicamente, em Glouces-
tershire, com nove membros: Canadá,  Dinamar-
ca, Inglaterra, França, Irlanda, Países Baixos, Nova 
Zelândia, Escócia e País de Gales). Três anos depois, 
uma representação foi criada na Índia como um 
reconhecimento do local de origem do jogo, bem 
como para atender a demanda crescente de clubes 
asiáticos de badminton. Em 1948, a IBF realizou 
a Thomas Cup, primeira competição internacional 
por equipes, no masculino, e após oito anos a Uber 
Cup, versão feminina do torneio (SESI, 2012).
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 103
O aumento do número de torneios internacio-
nais e de praticantes da modalidade levou o Co-
mitê Olímpico Internacional (COI) a estruturar 
um teste-exibição do badminton durante os Jo-
gos Olímpicos de Munique, em 1972. No ano de 
1988, nas Olimpíadas de Seul, a modalidade foi 
disputada em caráter experimental, mas somente 
nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, que a 
modalidade foi incorporada, na qual a Indonésia 
se tornou o primeiro país a ganhar medalhas de 
ouro na história desse esporte olímpico, conquis-
tando os títulos de simples masculino e feminino. 
Na Olimpíada seguinte, em Atlanta, os jogos de 
duplas mistas foram introduzido (SESI, 2012). 
Desde então, a partir do número de medalhas de 
ouro distribuídas até a última Olimpíada do Rio 
(Figura 6), nota-se o domínio soberano de três 
países asiáticos: China, Indonésia e Coreia do Sul.
Figura 6 - Badminton: Olimpíadas do Rio - 2016
104 
 
JOGANDO BADMINTON
A prática do badminton exige peculiaridades físicas 
e mentais. Você vai encontrar a competitividade do 
voleibol, as exigências musculares e psicológicas do 
tênis de mesa, a concentração do tênis de campo e 
o domínio apurado de movimentações e rotações 
comuns a todos os esportes de quadra fechada, do 
futsal ao basquete, passando pela esgrima. Porém, 
além de toda essa exigência corporal, o badminton 
possui a leveza como marca estética do jogo, tornan-
do-o plástico e dinâmico (SESI, 2012).
O jogo pode ser disputado em diferentes for-
matos: Simples (1v1) masculino ou feminino, du-
plas (2v2) masculinas e femininas e duplas mistas. 
O diferencial entre os formatos de disputa (simples 
ou duplas) está nas dimensões da quadra (Figura 
7). O badminton, normalmente, é disputado em 
locais fechados, em uma quadra dividida por uma 
rede, a qual deve ter uma trama bem esticada de 
forma que seus fios superiores fiquem no mesmo 
alinhamento dos postes. A rede pode ser fixada em 
postes ou em suportes fora da área da quadra. Para 
evitar acidentes, o espaço deve ser de material an-
tiderrapante, e suas marcações precisam ser feitas 
de cores de fácil visualização.
Figura 7 - Dimensões da Quadra de Badminton
Fonte: os autores.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 105
Quais são os equipamentos necessários para 
jogar badminton?
Petecas: as petecas (Figura 8), usadas em competi-
ções, pesam entre 4,74 e 5,50 gramas. Existem dois 
tipos de petecas, as tradicionais, feitas com penas 
de ganso, e as sintéticas, feitas de nylon. Ambas 
possuem bases esféricas feitas de cortiça ou poliu-
retano, contendo um pequeno peso de chumbo, 
sem o qual a peteca seria muito leve para percorrer 
as distâncias necessárias. A esta base estão fixadas 
16 penas, e no caso das petecas de nylon, uma ‘saia’ 
deste material. Jogadores profissionais só utilizam 
as petecas de penas, que só duram alguns rallys, 
pois as penas não suportam os golpes.
Raquetes: a raquete (Figura 9) é, sem dúvida, 
o principal equipamento do badminton, sendo 
sua escolha muito importante para um bom de-
sempenho nas quadras. Elas variam de 85 a 110 
gramas em peso.
Qual é o objetivo a ser alcançado ao jogar 
badminton?
O objetivo do jogo é rebater a peteca sobre a rede para 
que esta toque o solo da quadra adversária, ou que o(s) 
adversário(s) não consiga(m) devolvê-la (GINCIENE; 
ABURACHID, 2017). Apesar de se assemelhar muito 
ao tênis de campo pelo objetivo do jogo, o badmin-
ton apresenta aspectos peculiares, pois é disputado 
em uma quadra muito menor. Por isso, a técnica e a 
forma como ela é aplicada ganha muita importância. 
Sendo assim, na modalidade badminton, muitos são 
os elementos que determinam o desempenho no jogo, 
os quais podem influenciar diretamente no resultado.
Conforme Ginciene e Aburachid (2017), o aspecto 
tático (Figura 10) é um dos primeiros elementos que 
devem ser considerados no processo de ensino-apren-
dizagem, justamente para que o aprendiz consiga com-
preender como funciona o jogo. Por isso, é importante 
que os jogadores entendam ‘o que se deve fazer’ na par-
tida, ou seja, as intenções táticas necessárias ao jogo.
Figura 9 - RaquetesFigura 8 - Petecas
106 
 
Para além dos pensamentos que se deve ter du-
rante um jogo de badminton, também se torna 
importante que o aprendiz saiba como fazer os 
diferentes movimentos demandados pela modali-
dade (Quadro 2). Só assim ele terá mais artifícios 
para alcançar o objetivo do jogo.
Como posso criar espaços na
quadra adversária
O que devo fazer para marcar ponto
O que devo fazer para atacar em duplas
O que devo fazer para defender
meu lado da quadra
O que devo fazer para defender
um ataque
Como devo agir para defender em duplas
INTENÇÕES
TÁTICAS
Figura 10 - Pensamentos que se deve ter ao jogar badminton
Fonte: os autores.
Quadro 2 - Movimentos ao jogar badminton
DIFERENTES MOVIMENTOS DURANTE O JOGO
DRIVE Golpe feito à frente do corpo e na altura do ombro.
CLEAR Golpe feito por cima da cabeça e dire-cionado para o alto e para o fundo.
SMASH
Golpe feito por cima da cabeça, 
quando a peteca estiver em frente à 
cabeça, direcionando-a para baixo.
DROP-SHOT
Golpe parecido com o clear, porém 
com um movimento mais lento quan-
do próximo à peteca para fazê-la cair 
logo após a rede.
LOB Golpe feito de baixo para cima, direcio-nando a peteca para o fundo da quadra.
NET-SHOTS
Golpes feitos de cima para baixo ou 
de baixo para cima, direcionando a 
peteca para a parte anterior da qua-
dra, próxima à rede.
PUSH Golpe para empurrar a peteca para o outro lado com apenas um toque.
Fonte: os autores.É sempre bom lembrar que o ensino da técni-
ca e da tática precisa acontecer da forma mais 
contextualizada, para potencializar maiores 
significados. Mas, além disso, quais outros 
aspectos são determinantes para o resultado 
de uma partida de Badminton?
REFLITA
REGRAS BÁSICAS DO BADMINTON
Conforme a Confederação Brasileira de Badmin-
ton (CBBd, 2017, on-line)2, as regras oficiais dessa 
modalidade se configuram a partir das seguintes 
características:
Para começar o jogo: sorteie com uma moe-
da, ou peteca, ou gire a raquete. O vencedor tem a 
opção de servir ou receber.
Posição na quadra no começo de um game: a 
pessoa que saca deve ficar dentro da área de saque 
no lado direito da quadra (olhando para a rede) (Fi-
gura 11). Quem recebe fica dentro da área de servi-
ço da quadra, na diagonal do sacador. Nos jogos em 
duplas, o parceiro pode ficar em qualquer lugar da 
quadra desde que não bloqueie a vista do receptor.
Figura 11 - Jogador em posição de saque
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 107
Posição do sacador: se o placar do sacador for par, o 
serviço deve ser feito do lado direito; se for ímpar, do 
lado esquerdo. Nos jogos em duplas, quando o placar 
da dupla for par, a dupla permanece na posição inicial 
do jogo. Quando for ímpar, invertem-se as posições. 
Isto, somente para a dupla que está com o serviço.
O Saque: os saques, no badminton, sempre são rea-
lizados na diagonal, como no tênis. O serviço, tanto 
no jogo de simples quanto no de duplas, inicia-se 
pelo lado direito da quadra do sacador, que deve lan-
çar a peteca, obliquamente, para o lado esquerdo da 
quadra adversária, tomando-se por referência a vi-
são do sacador. Vencendo o ponto, continua sacando 
o mesmo jogador, devendo apenas inverter a sua po-
sição na quadra. Sacará, então, para o lado direito da 
quadra adversária. Havendo perda do ponto, o saque 
passa ao companheiro de equipe, sem que haja mo-
dificação na posição dos jogadores. Perdendo este 
seu saque, o serviço transfere-se à equipe adversária.
Desta forma: 
a. perdendo o primeiro ponto, transfere-se o 
saque para o companheiro de equipe do sa-
cador; 
b. perdendo o segundo ponto, finda o serviço 
da equipe, que passa aos adversários. 
Há, porém, uma exceção. No primeiro saque de 
cada game, a perda do ponto importa a perda do 
serviço, que passa automaticamente à equipe con-
trária, sem que o companheiro do primeiro saca-
dor sirva. O receptor não deve se mexer até que o 
sacador golpeie a peteca.
O sacador tem que: 
a. manter parte ou ambos os pés numa posição 
imóvel no chão; 
b. acertar a base da peteca primeiro; 
c. acertar a peteca abaixo da sua linha de cin-
tura; 
d. acertar a peteca abaixo da linha da mão que 
segura a raquete; 
e. manter o movimento contínuo da raquete, 
não podendo enganar o adversário. 
Sempre que uma equipe saca à direita, isto significa 
que sua contagem – no momento do saque – é par. 
Se o saque é pela esquerda, a pontuação, necessaria-
mente, será ímpar;
Durante o jogo: se o jogador ganhar a disputa da 
jogada (rally), ele marca um ponto, mudando o lado 
do serviço e continuando a sacar. Se ele perde o rally, 
seu oponente passa a sacar e nenhum ponto é mar-
cado. Nos jogos em duplas, se a dupla sacadora ga-
nhar o rally, um ponto é marcado e o sacador muda 
de lado e continua a servir. Se eles perderem o rally, 
o saque passa para o parceiro. Note-se que não há 
troca de posições e nenhum ponto é marcado. De-
pois que a dupla perder os dois serviços, este passará 
para a dupla oponente. No início de cada game, a 
dupla sacadora só tem o direito ao primeiro serviço.
Assista ao vídeo de Saque. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
108 
 
Servindo ou recebendo do lado errado: o jogador 
repetirá o saque (let) se a pessoa que cometeu o erro 
vencer o rally e o erro for descoberto antes do próxi-
mo serviço. O placar continua o mesmo se a pessoa 
que cometeu o erro perde o rally. Neste caso, os jo-
gadores permanecerão na posição ‘errada’ e repete-se 
o serviço. Se o próximo serviço for efetuado, o placar 
continua e os jogadores continuam na posição ‘errada’;
O let ocorre quando: a) o sacador ou o recep-
tor estiver do lado errado e vencer o rally; b) ocorre 
uma interferência de fora do jogo como, por exem-
plo, uma peteca de outra quadra que cai na sua qua-
dra; c) a peteca bater na rede ficar presa nela ou cair 
no lado do adversário (exceto no serviço);
Será considerado falta: a) se a peteca cair fora 
das linhas da quadra (a linha é considerada parte da 
quadra); b) se o atleta (raquete ou roupa, inclusive) 
encostar-se à rede enquanto a peteca está em jogo; 
c) se o jogador invade ou acerta a peteca no lado 
oposto da rede (não vale ‘carregar’ a peteca); d) se 
a peteca for golpeada duas vezes do mesmo lado da 
quadra; e) se a peteca acerta o jogador, sua roupa, 
teto ou arredores da quadra; f) se houver interfe-
rência com a peteca, mal comportamento ou ‘cera’, 
o jogador perde o serviço ou o oponente ganha um 
ponto; g) se o parceiro do receptor receber o serviço; 
h) se o sacador faz o movimento e erra a peteca.
Observação: se a peteca acertar a rede e cair do 
lado oposto, o serviço é válido, desde que ela caia 
na área de serviço.
Fim do jogo: o primeiro jogador a atingir 21 
pontos ganha o ‘game’. O ‘game’ pode chegar ao má-
ximo de 30 pontos, caso os jogadores empatam em 
20 a 20, é prorrogado para 22 pontos, caso empa-
tam em 21 a 21, é prorrogado para 23 pontos e as-
sim até os 30 pontos máximos. O jogo tem duração 
máxima de três ‘games’, o famoso melhor de três. 
Ganha quem vencer 2 ‘games’.
Assista ao vídeo de Servin-
do ou recebendo do lado 
errado. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 109
TÊNIS DE CAMPO
O esporte tênis de campo é uma modalidade es-
portiva que a cada dia conquista novos adeptos e 
espectadores. Já são mais de um bilhão de fãs, em 
todo o mundo. O tênis de campo é um esporte de 
rede divisória com suas características próprias, 
podendo ser jogado de forma individual e em du-
plas mistas em gênero ou não. Vamos conhecer 
um pouco melhor essa modalidade?
110 
 
ASPECTOS HISTÓRICOS DO TÊNIS DE 
CAMPO
O Tênis de Campo é um esporte praticado em todo 
o mundo. De acordo com a Federação Internacio-
nal de Tênis – International Tennis Federation (ITF, 
[2018], on-line)3 – o Brasil possui cerca de um mi-
lhão e meio de praticantes. A popularidade da mo-
dalidade se deu principalmente após o tenista brasi-
leiro Gustavo Kuerten (Figura 12) vencer o torneio 
de Rolland Garros, em 2000 e 2001, chegando à po-
sição de número 1 do mundo (GINCIENE, 2017).
Mas onde e quando surgiu o tênis de campo? Va-
mos, a partir deste momento, fazer um breve resgate 
histórico da modalidade.
Os primeiros indicativos do tênis de campo se 
deram há mais de dois mil anos atrás, quando egíp-
cios e persas praticavam uma modalidade seme-
lhante, mas utilizando-se das mãos ao invés da ra-
quete. A versão mais próxima das características que 
temos nos dias de hoje no tênis de campo descende 
do século XII, período em que monges italianos e 
franceses praticavam uma modalidade desportiva 
utilizando-se de bola e raquete em um espaço deli-
mitado por cordas (TRAVASSOS, 2015).
Como modalidade esportiva, o tênis de campo 
surgiu no século XIX nos países do Reino Unido, 
destacando-se a Inglaterra e a Escócia, onde as re-
gras da modalidade foram registradas pelo Major 
Walter C. Wingfield e a consolidação da modalidade 
veio com a criação do torneio de Wimbledon, em 
1877 (GONZÁLEZ; DARIDO; OLIVEIRA, 2017).
No Brasil, a modalidade foi trazida pelos ingleses 
que trabalhavam nas ferrovias e nas docas portuárias 
e as primeiras quadras foram construídas em 1892, 
no São Paulo Athletic Club. Neste período histórico, a 
modalidade não visava competição e sim uma prática 
recreativa voltada para o convívio social. O primeiro 
torneio brasileiro só foi realizado em 1904, com um 
interclube entre o Tennis Club de Santos e o Paulistano.
Em 1924, foi fundada a FederaçãoPaulista de Tê-
nis (FPT), tendo, na década de 30, um número recor-
de de 30 filiados. Até o ano de 1955, o tênis de cam-
po era membro junto com mais outros esportes da 
Confederação Brasileira de Desporto (CBD). Nesse 
ano, a modalidade passou a ser cargo da Confedera-
ção Brasileira de Tênis (CBT), criada no governo de 
Juscelino Kubitschek (CARTA; MARCHER, 2004).
Apresentado o processo histórico do tênis de 
campo, vamos, agora, compreender as principais ca-
racterísticas da modalidade, destacando as caracte-
rísticas gerais do jogo e dos jogadores.
Figura 12 - Tenista Gustavo Kuerten (Guga)
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 111
23
,77
m 
de
 co
mp
rim
en
to
8,23m de largura
1,06 m de altura
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO JOGO 
DO TÊNIS DE CAMPO
Você já jogou tênis de campo? Se sim, quais prin-
cipais características da prática você pode indicar? 
Isso mesmo, a primeira característica a ser indicada 
é que o tênis de campo se configura como um es-
porte com rede divisória, assim como o voleibol e as 
demais modalidades que vimos até o momento.
Outra característica marcante do tênis de campo 
é o fato de ser um esporte individual e não ser permi-
tido, durante um jogo/partida, a comunicação com o 
técnico, o que demanda do jogador, além de um bom 
preparo físico, técnico e tático, um trabalho psicoló-
gico que o auxilie a lidar com o erro e com fatores es-
tressantes da partida, mantendo a concentração e foco 
em estímulos relevantes do ambiente (WEINBERG; 
GOLD, 2001; MAZO; BALBINOTTI, 2009, apud 
GONZÁLES; DARIDO; OLIVEIRA, 2017).
Vale ressaltar que mesmo sendo um esporte in-
dividual, o jogo do tênis de campo pode ser disputa-
do entre duas pessoas (jogo simples - 1 v 1) ou entre 
quatro pessoas (jogo de dupla - 2 v 2), adotando a 
mesma forma de disputa, tendo como principal in-
tuito rebater a bola para a quadra do oponente sem 
chance de defesa, ou seja, a bola precisa tocar o chão 
adversário para garantir o ponto.
A quadra do jogo de tênis de campo (Figura 
13) é retangular de 23,77 m de comprimento por 
8,23 m de largura para jogos de simples (utilizam 
a demarcação das linhas laterais internas) e 10,97 
m para jogos de duplas (utilizam a demarcação 
das linhas laterais externas). A quadra é dividi-
da ao meio por uma rede com 1,06 m de altura, 
e a área de saque é de 6,40 m de comprimento 
por 4,11 m de largura. Ao longo destas medidas, 
o jogador conta com três áreas de jogo, a zona de 
defesa (rally) no fundo da quadra, a zona de ata-
que e contra-ataque no meio fundo de quadra e 
a zona de definição, próximo à rede (ISHIZAKI; 
CASTRO, 2012).
Figura 13 - Medidas da quadra de tênis
112 
 
No que se refere aos tipos de quadra, o tênis de campo pode ser praticado em quadras abertas e em três tipos 
de superfície, sendo:
Figura 14 - Quadra de Saibro
Saibro: feita de pó de tijolo, deixando a quadra com 
uma aparência de terra fofa, isso faz com que a bola, ao 
quicar, perca sua velocidade e ganhe efeito (Figura 14).
Figura 15 - Quadra de Grama
Grama: neste tipo de quadra, a relva não pode ultra-
passar os 8 mm de altura, deixando a quadra mais 
irregular, isso faz com que a bola perca pouca veloci-
dade ao quicar no solo, deixando o jogo mais rápido, 
uma vez que a bola não sobe tanto e acaba deslizan-
do/escorregando (Figura 15).
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 113
Figura 16 - Quadra de cimento
Cimento: conhecida como quadra rápida, a quadra 
dura pode ser feita de cimento, material sintético ou 
carpete, deixando o jogo mais dinâmico, uma vez 
que favorece golpes de base assim como os de saque 
e voleio (Figura 16).
Além da quadra e suas peculiaridades, o jogo do tênis 
de campo requer alguns equipamentos apropriados.
A raquete deve ser leve e pesar entre 260 g e 340 
g. Geralmente, é feita de fibra de vidro, um material 
com maior durabilidade e que minimiza o efeito de 
vibração provocado pelo impacto com a bola. A ra-
quete é dividida em duas partes: aro ou cabeça e grip 
ou corpo, e deve medir, no máximo, 73,66 cm de com-
primento com 31,75 cm de largura.
Além da raquete, outro material imprescindível 
para a prática é a bola, que deve ser revestida por te-
cido uniforme e sem costuras, na bola amarela, e pos-
suir um peso entre 56,0 g e 59,4 g.
Vale ressaltar que há diferença no peso e diâmetro 
da bola dependendo da categoria, sendo: infantil, bola 
vermelha (75% mais lenta que a amarela); bola interme-
diária - Estágio 2 (laranja - 50% mais lenta que a amare-
la); bola intermediária - Estágio 1 (bola verde - 25% mais 
lenta que a amarela) e a categoria adulto, bola amarela.
A modalidade possui seis golpes básicos (AMERI-
CAN SPORT EDUCATION PROGRAM, 1999; ISHI-
ZAKI; CASTRO, 2006; GINCIENE, 2017; CONFEDE-
RAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS, [2018], on-line)4. 
Subdivididos em golpes de fundo e de rede, denomina-
dos fundamentos de jogo, que são de suma importân-
cia para se obter resultados satisfatórios. Sendo:
114 
 
Golpes de fundo
São os golpes realizados no fundo da quadra, per-
to da linha de base. Geralmente, marcam um a 
jogada mais agressiva. Os golpes de fundo são:
Figura 17 - Movimento Forehand
Forehand: a raquete é segurada com uma mão, e o 
movimento é executado quando a palma da mão que 
segura a raquete está apontada para a bola no ato da 
rebatida (Figura 17). Com isso, esse golpe é dado do 
lado direito do destro e do lado esquerdo do canhoto.
Assista ao vídeo de Fo-
rehand. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 115
Backhand: a raquete é segurada com uma ou com as 
duas mãos e o movimento é o oposto do forehand, 
sendo executado quando, “as costas” ou a parte de 
cima da mão que segura a raquete está apontada 
para a bola no ato da rebatida (Figura 18). Com isso, 
esse golpe é dado do lado esquerdo do destro e do 
lado direito do canhoto.
Por meio destes movimentos, o jogador pode execu-
tar dos efeitos (GINCIENE, 2017):
• Top spin: efeito que faz a bola girar de baixo 
para cima, dando à bola a tendência de ganhar 
velocidade, profundidade e altura.
• Slice: mais utilizado com o golpe de forehand, dá 
à bola um efeito contrário ao Top Spin, ou seja, a 
bola sai mais baixa, lenta e com rotação para trás.
Figura 18: Movimento Backhand
Assista ao vídeo de 
Backhand. Para acessar, 
use seu leitor de QR Code.
116 
 
Golpes de rede
São os golpes realizados próximos à rede. Geral-
mente, buscam quebrar o ritmo de jogo, forçando o 
ponto e/ou encurtando o tempo de reação do adver-
sário. Os golpes de rede são:
Saque ou serviço: fundamento que marca o início 
da disputa dos pontos e pode ser executado por 
cima ou por baixo (Figura 19). Para executá-lo, o 
jogador deve lançar a bola com uma das mãos e gol-
pear com a raquete antes que ela encoste o chão, é 
o único golpe em que o jogador tem domínio sobre 
sua execução e resultado (LONGHI et al., 2014).
Figura 19 - Movimento Saque
Assista ao vídeo de Golpes 
de Rede. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
Assista ao vídeo de Saque 
ou serviço. Para acessar, 
use seu leitor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 117
Assista ao vídeo de Voleio. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
Figura 20 - Movimento Voleio
Voleio: como se fosse um bloqueio da bola de ataque 
do seu adversário, neste fundamento, o jogador gol-
peia a bola do adversário antes de deixá-la quicar no 
chão (Figura 20). A diferença do voleio para o smash é 
que no voleio o contato com a bola ocorre nas laterais, 
próximo ao tornozelo e ombro. Já no smash, o contato 
é acima da cabeça, batendo de cima para baixo.
118 
 
Figura 21 - Movimento Lob
Lob: fundamento que tem como objetivo fazer a 
bola subir encobrindo o adversário antes de cair na 
quadra oposta, é utilizado quando o adversário está 
fora de posição ou próximo à rede (Figura 21).
Assista ao vídeo de Lob. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 119
Figura 22 - Movimento Smash
Smash: também é realizado dentro da quadra perto 
da rede, o movimento é semelhante a uma cortada do 
voleibol(Figura 22) e tem como objetivo anular o lob.
Assista ao vídeo de Smash. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
120 
 
A sequência dos quatro principais torneios do mundo do Tênis de campo são nomeados de Grand 
Slam, sendo eles: o Open da Austrália, o torneio de Roland Garros, Wimbledon e o US Open. No Open 
da Austrália e o US Open, as partidas são realizadas em piso de cimento/asfalto, Rolang Garros adota 
o piso de saibro e Wimbledon o de grama.
Fonte: Jogando Tênis ([2017], on-line).
SAIBA MAIS
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 121
Visualizadas as principais características do jogo, 
vamos para nosso último bloco de conteúdo do 
tópico, que se direciona para as regras básicas, 
não para atuarmos como árbitros, mas para temos 
aporte didático necessário à nossa futura interven-
ção neste campo de atuação.
REGRAS BÁSICAS DO TÊNIS DE CAMPO
Em relação ao jogo propriamente dito, a partida se 
inicia mediante o lançamento de uma moeda (cara 
ou coroa), em que se decide qual jogador irá começar 
com o saque e quem vai escolher o lado da quadra.
O sacador é quem dá início à partida, golpeando 
a bola atrás da linha de base, lançando-a para quadra 
adversária por cima da rede em direção ao retângu-
lo de serviço do rebatedor (jogador que responde o 
saque). Vale destacar que se o primeiro saque não 
atingir a área correta, será considerado falta, e se a 
bola bater na rede antes de ir para a área correta, essa 
ação será chamada de let; com isso o sacador repete 
a ação sem penalidade (AMERICAN SPORT EDU-
CATION PROGRAM, 1999).
O jogo se inicia com o saque no lado direito 
da marca central, que deve ser enviado em dia-
gonal para o lado oposto de onde está sacando. 
O segundo saque deve ser realizado pelo lado 
esquerdo e ir alternando até completar o game. 
Após o saque, a bola deve ser golpeada por cima 
da rede para a quadra adversária com o propósito 
do jogador oposto não conseguir devolver, se isso 
ocorrer, marca-se o ponto.
De acordo com as regras estabelecidas pela Inter-
national Tennis Federation (ITF, [2018], on-line)3, o 
tênis de campo é disputado em pontos, games e sets. 
Uma partida é, geralmente, decidida em melhor de 3 
sets, sendo o vencedor aquele que fizer dois sets. Os 
grandes torneios, geralmente, são decididos em me-
lhor de 5 sets e podem perdurar por mais de três horas.
Set é o nome dado à divisão de uma partida de 
tênis de campo, composta por 6 games vencidos 
por um dos lados, com diferença mínima de 2 ga-
mes (por exemplo 6-4). Havendo empate em 5-5, 
o set continuará até 7 games (por exemplo um de-
sempate em 7-5). Se houver novo empate com 6-6 
o jogo será decidido por tie break, que é o game de 
desempate com sistema de pontos corridos, na qual 
vence o jogador que acumular 7 pontos primeiro. 
O primeiro jogador sacará no 1º 4º e 5º pontos. O 
segundo jogador sacará no 2º, 3º, 6º e 7º pontos 
(ITF, [2018], on-line3; ISHIZAKI; CASTRO, 2012).
O game é a disputa dos pontos, sendo quatro no 
total, mantendo-se o mesmo sacador até seu final. O 
primeiro recebe a contagem de 15, o segundo de 30, 
o terceiro de 40 e o quarto completa o game; caso 
ocorra empate em quarenta quarenta, disputam-se 
mais dois pontos chamados de vantagem (ISHI-
ZAKI; CASTRO, 2012).
No que se refere à contagem de pontos, Brown 
(2000) aponta que, em uma partida amistosa ou em 
uma partida de categoria juvenis, os jogadores são 
responsáveis pela contagem e em comunicar quando 
a bola do adversário quicar dentro ou fora da quadra.
Perde pontos quando sacar na rede ou fora da 
zona de saque do adversário, nas duas tentativas; 
deixar a bola quicar por duas vezes seguidas na sua 
metade da quadra; devolver a bola na rede; e de-
volver a bola fora dos limites determinados pelas 
linhas da quadra adversária. Ganha pontos quando 
sua bola de saque ou golpe não for devolvida pelo 
adversário e quando o adversário cometer qualquer 
das falhas listadas no item anterior.
122 
 
TÊNIS DE MESA
Agora, vamos conhecer o esporte que ganhou o ape-
lido “ping-pong” devido ao barulho da bola ao longo 
da partida. Mas fique atento(a)! Essa nomenclatura 
só cabe no contexto recreativo, em seu viés esporti-
vo, este esporte de raquete é nomeado tênis de mesa.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 123
ASPECTOS HISTÓRICOS DO TÊNIS DE MESA
O tênis de mesa é um esporte de origem inglesa, 
criado no Século XVIII como adaptação do tênis 
de campo para o ambiente fechado, devido ao clima 
frio do inverno inglês ou as altas temperaturas da 
índia na época da ocupação por soldados britânicos 
(DEPRÁ, 2011).
De acordo com a Sociedade Social da Indústria 
(SESI, 2012), em sua origem o tênis de mesa era pra-
ticado em salões fechados, utilizando-se de uma mesa 
de jantar, dividida ao meio por uma corda, ou sob ár-
vores para minimizar o calor dos campos de ocupa-
ção. Nessa nova modalidade, os jogadores se enfren-
tavam sob regras semelhantes ao do tênis de campo.
Desde esse período, o esporte passou por aper-
feiçoamentos e pela constituição de regras e téc-
nicas. Seus recursos materiais oficiais (raquete e 
bolinha) foram trazidos dos Estados Unidos para 
Inglaterra pelo ex-maratonista James Gibb. A em-
presa americana, responsável pela a construção 
deste material, patenteou o produto sob o nome de 
“Ping Pong”, devido a isso a prática passou a utilizar 
o nome tênis de mesa (SESI, 2012).
No ano de 1926, foi criada a Federação Interna-
cional de Tênis de Mesa, em Berlim – Alemanha, e o 
reconhecimento do esporte como modalidade olím-
pica se deu em 1977, tendo sua primeira participa-
ção nos Jogos Olímpicos de Seul (1988).
No Brasil, a prática foi introduzida em 1905, 
nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, princi-
palmente no formato recreativo em clubes e associa-
ções. De acordo com a Confederação Brasileira de 
Tênis de Mesa (CBTM, [2018] on-line)4, foi em 1912 
que as atividades da modalidade começaram a ser 
desenvolvidas de modo organizado e a oficialização 
da modalidade se deu a partir da tradução das regras 
e pela fundação da Confederação Brasileira de Des-
porto (CBD) no ano de 1942.
Nas grandes competições da modalidade, o Bra-
sil se destaca entre os países da América do Sul e 
da América Latina. Nosso maior destaque é o atleta 
Hugo Hoyama, que possui 10 medalhas, sendo sete 
de ouro em jogos Pan-americanos.
Nos dias de hoje, o tênis de mesa é um dos espor-
tes mais praticados no mundo, em especial na sua 
forma recreativa. Os principais destaques no contex-
to esportivo são os atletas chineses, que trouxeram à 
modalidade fortes traços de atenção, concentração, 
velocidade e precisão nas técnicas e movimentos.
Apresentado o processo histórico do tênis de 
mesa, vamos, agora, compreender as principais ca-
racterísticas da modalidade, destacando os aspectos 
gerais do jogo e dos jogadores.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO JOGO 
DO TÊNIS DE MESA
Quando falamos em tênis de mesa, nos vem à mente 
o “Ping Pong”, a prática mais popular e recreativa 
da modalidade, com regras variadas, mas que tem 
como principal característica, assim como as outras 
modalidades com rede divisória, passar a bola de 
um lado para o outro da mesa, sem dar chance que o 
adversário a defenda.
Em seu viés esportivo, o tênis de mesa assume 
como característica ser um jogo de ataque e contra-
-ataque, com tempos curtos para os pontos e para 
as pausas entre um ponto e o próximo saque (de 
oito a dez segundos). Devido a isso, essa modali-
dade não é marcada por regras complicadas, mas 
sim pela necessidade de preparação técnica, aten-
ção e domínio psicológico, apresentando algumas 
variantes clássicas (SESI, 2012):
 
124 
1
2
3
4
5
6
7
Tempo de reação: variante menos treinável, está re-
lacionada a uma condicionante individual, mas por 
meio de treinos e repetições, é possível aprimorar.
Antecipação: um dos pontos principais do tênis de 
mesa. Provém da experiência, é uma forma de ante-
cipar o que o adversário fará na jogada, traçando es-
tratégia de ataque, contra-ataque e/ou defesa.
Rapidez: combinaçãode velocidade de racio-
cínio e explosão muscular. Pode ser treinado 
uma vez que resulta da distribuição do peso e 
força no corpo.
Concentração: um dos elementos principais do 
jogo. É preciso ter foco na bolinha e movimentos.
Precisão: fundamento indispensável para a 
finalização das jogadas e para as respostas de 
ataque e contra-ataque.
Equilíbrio emocional: está relacionado ao 
clima de competição e a fatores psicológicos, 
como motivação, percepção de competência 
e níveis de ansiedade.
Capacidade de coordenação: equilibrar todos os fa-
tores aos movimentos corporais. Faz referência à ca-
pacidade do jogador organizar os movimentos.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 125
Essas variantes são aplicadas ao longo das partidas, que 
podem ser disputada entre duas pessoas (jogo simples 
- 1v1) ou entre quatro pessoas (jogo de dupla - 2v2).
Todas as partidas, seja do “ping pong” (viés re-
creativo da modalidade) seja do tênis de mesa, são 
realizadas em um mesa retangular (Figura 23) com 
2,74 m de comprimento, 1,525 mm de largura e 
com 76 cm de altura, tendo uma linha branca de 2 
cm em toda sua volta. Em jogos de dupla, há uma 
linha branca de 3 mm que divide a mesa em duas 
partes, no sentido de comprimento. Vale ressaltar 
que a cor da mesa deve ser escura e fosca para via-
bilizar um pique padrão a bola.
Em relação à rede, ela deve se estender 15,25 
cm além das bordas laterais da mesa e ter 15,25 
cm de altura. Precisa ser de cor escura e ter sua 
parte superior a cor branca.
A bola deve ser feita de celuloide ou plástico 
similar, na cor branca ou laranja, pesar 2,7 g e ter 
40 mm de diâmetro. Já em relação à raquete (Figu-
ra 24), a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa 
(CBTM, [2018] on-line)4 aponta que ela pode ser 
feita de qualquer tamanho, forma ou peso, mas pre-
cisa conter 85% de madeira natural. O lado usado 
para bater na bola deve ser coberto com borracha, 
tendo uma espessura máxima de 2 mm. O lado não 
usado para bater na bola deve ser manchado de cor 
diferente da borracha e só deve ser vermelho vivo ou 
preto. A raquete tem que ter duas cores diferentes, 
que, geralmente, são o preto e o vermelho vivo.
Figura 23 - Mesa oficial do Tênis de Mesa
126 
 
Além das características físicas, psicológica e mate-
riais, o jogo do tênis de mesa também é marcado pela 
empunhadura (grip) adotada pelo jogador ao longo 
da partida e pelos seus principais movimentos.
A empunhadura mais conhecida e utilizada é a 
empunhadura clássica (Shakehand) (Figura 25), na 
qual o jogador pega a raquete como em um aperto 
de mãos, com o indicador aberto sobre a borracha. 
Nesta empunhadura, o golpe de backhand é poten-
cializado (DEPRÁ, 2011; SESI, 2012).
A segunda mais utilizada é a empunhadura ca-
neta (Penholder) (Figura 26), na qual o jogador se-
gura a raquete de modo similar a como se empunha 
uma caneta. Nesta empunhadura, é comum que o 
jogador utilize apenas um lado da raquete para gol-
pear a bola, e a força e velocidade dos golpes são fa-
vorecidos (DEPRÁ, 2011; SESI, 2012).
A terceira empunhadura é a classineta, uma 
evolução, criada pelos chineses, para a empunha-
dura caneta. Nessa empunhadura, o polegar fica 
apoiado em um lado da raquete, e do outro lado 
os dedos mínimo, médio e indicador, com isso se 
ganha liberdade de movimento, uma vez que é pos-
sível golpear a bola com os dois lados da raquete 
(DEPRÁ, 2011; SESI, 2012).
Já em relação aos movimentos, muitos são 
provenientes do tênis de campo, como o saque, 
forehand, backhand, smash, slice/backspin e tops-
pin. Para além destes, o tênis de mesa conta com 
o movimento de bloqueio e slidespin. No tênis de 
mesa, o forehand é o golpe mais comum, realizado 
com a palma da mão voltada para frente (para a 
bola), podendo ser realizado à frente ou ao lado 
do corpo. Utilizado quando a bola é lançada 
para o lado direito (DEPRÁ, 2011; SESI, 2012; 
GINCIENE; DEPRÁ, 2017).
Figura 25 - Shakehand
Figura 26 - Penholder
Figura 24 - Raquete e bolinha utilizada para a prática do tênis de mesa
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 127
O backhand é feito ao lado do corpo com as costas 
da mão virada para a bola. É utilizado quando a bola 
é lançada para o lado esquerdo do jogador (DEPRÁ, 
2011; SESI, 2012; GINCIENE; DEPRÁ, 2017).
O Smash, assim como no tênis de campo, é o 
movimento de cortada, realizado de cima para baixo. 
O Slice/backspin é um golpe defensivo, no qual o conta-
to com a bola é feito de cima para baixo, tirando a velo-
cidade do golpe adversário. O Topspin é igual o movi-
mento do tênis de campo, fazendo a bola girar de baixo 
para cima (SESI, 2012; GINCIENE; DEPRÁ, 2017).
Para além desses golpes, como apontado ante-
riormente, o tênis de mesa conta com o movimento 
de bloqueio, uma jogada defensiva utilizada para 
tentar neutralizar o ataque adversário. E o slidespin, 
que é o efeito topspin, realizado para direita ou es-
querda, ou seja, ora de dentro para fora da raquete, 
ora de fora para dentro, exigindo grande precisão 
do jogador (SESI, 2012).
Apresentadas as principais características da 
modalidade, suas empunhaduras e movimentos, 
vamos, no próximo tópico, debater sobre as regras 
básicas do tênis de mesa.
A prática competitiva do tênis de mesa não requer um biótipo específico. Há atletas com 1,50 m e outros 
com quase 2,00 m. Mas, será que o tipo físico dos atletas não influencia diretamente nos resultados 
obtidos na partida?
REFLITA
REGRAS BÁSICAS DO TÊNIS DE MESA
Em relação ao jogo (DEPRÁ, 2011; CBTM, [2018] 
on-line4; SESI, 2012), ele deve ser composto de qual-
quer número de sets ímpares, por exemplo, em uma 
partida de três sets, ganha a partida quem conquis-
tar dois destes. Cada set é constituído de 11 pontos, 
caso ocorra empate com 10 pontos, vence quem 
fizer dois pontos consecutivos primeiro.
A partida se inicia mediante o sorteio da ficha 
(duas cores), em que se decide qual jogador irá come-
çar com o saque e quem vai escolher o lado da mesa. 
O atleta que atuar no 1o set de um lado é obrigada 
a atuar no lado contrário no set seguinte. No caso 
de partidas com necessidade de desempate, deve-se 
mudar o lado da mesa quando atingir cinco pontos.
Assista ao vídeo de Regras 
básicas do Tênis de mesa. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
128 
 
O set é iniciado com o saque. Para isso, o jogador 
precisa lançar a bola, atrás da linha de fundo, para 
cima (16 cm no mínimo) e, na descida, deve ser 
batida, de modo a bater primeiro no campo do 
sacador, passando a rede sem tocá-la para então 
tocar no campo do recebedor. Cada jogador tem 
direito a realizar dois saques consecutivos, depois 
deste número, os saques devem ser realizados de 
modo alternado, até um dos jogadores atinja onze 
pontos. Caso o placar seja de 10 a 10, o saque segue 
a mesma sequência, mas o jogador só tem direito a 
um saque, até o final do jogo.
O ponto é marcado quando ocorrer falha na re-
alização do saque ou em sua recepção pelo oponen-
te; quando a bola toca em algo que não seja a rede 
e seus acessórios antes de chegar ao oponente; se a 
bola passar da metade da mesa ou atrás da linha de 
fundo sem tocar o campo; se o oponente bater duas 
vezes na bola ou com o lado da raquete que não res-
peite as regras oficiais da modalidade (bater com o 
lado de madeira); se a mão livre do oponente tocar 
a superfície do jogo; quando houver movimento da 
mesa de jogo e se o oponente obstruir a bola.
A obstrução da bola pode ser gerada quando 
o saque “queimar” a rede; o adversário não estiver 
preparado para receber a bola; ocorrer erro na or-
dem do saque e quando condições de jogo forem 
perturbadas (SESI, 2012).
Por fim, ressalta-se que no jogo de duplas, se-
guem-se as mesmas regras, mas o saque deve ser al-
ternado entre os jogadores (dois saques para cada) e 
ser executado na diagonal (do lado direito da mesa 
até o outro lado direito), sempre para o mesmo re-
ceptor da equipe adversária. Em situação de defesa, 
cada atleta pode bater uma vez na bola.
Assista ao vídeo de Regras 
básicas do Tênis de mesa.Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
Assista ao vídeo de Regras 
básicas do Tênis de mesa. 
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tor de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 129
ESPORTES COM REDE 
DIVISÓRIA NA ESCOLA
130 
 
A Educação Física escolar é marcada pelo ensi-
no dos esportes tradicionais conhecidos popular-
mente como “quarteto fantástico”, ou seja, fute-
bol, basquetebol, handebol e voleibol. Entretanto, 
ressalta-se que há a necessidade de romper com 
essa proposta, explorando outras possibilidades 
da prática corporal, advindas da cultura corporal 
de movimento (BETTI, 2009).
Uma das possibilidades pode ser o incentivo de 
vivências dos esportes não tão frequentes ou que não 
apresentam um trabalho sistematizado no contexto 
escolar, atentando-se para os interesses e necessida-
des do grupo, uma vez que o trabalho com os ele-
mentos da cultura corporal de movimento assumem 
uma importância na formação do sujeito.
Dentre as possibilidades, temos os esportes com 
rede divisória, que debatemos ao longo desta uni-
dade. Ao levá-los ao contexto escolar, é preciso nos 
atentar para alguns elementos durante o planeja-
mento de ensino escolar (Quadro 3).
Quadro 3 - Sistematização do trabalho com esportes com rede divisória
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA DESENVOLVIMENTO DA AULA
Valorizar a participação e a integração de 
todos.
Intervir para que não ocorra discriminação de participação, 
não permitindo que ninguém fique de fora da aula.
Viabilizar que todos os alunos joguem ao mes-
mo tempo.
Organizar a aula de forma que todos os alunos se envolvam 
na maioria das atividades propostas.
Organizar grupos com o nível de desempenho 
motor semelhante.
Buscar o equilíbrio entre os grupos de forma a favorecer o 
interesse e a motivação para com a atividade proposta.
Estruturar o tempo das atividades de acordo 
com questões físicas e motivacionais.
Acompanhar o nível de motivação dos alunos e suas capacida-
des físicas, pensando em atividades de curta e média duração.
Organizar grupos mistos. Incentivar que meninos e meninas joguem juntos.
Construir materiais alternativos.
Proporcionar que, ao longo das aulas, sejam construídos 
materiais alternativos para serem utilizados nas vivências das 
modalidades.
Adaptar as dimensões para as práticas das 
modalidades.
Possibilitar a adaptação dos espaços da quadra, flexibilizando 
as dimensões oficiais da quadra e da rede.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 131
Resgatar os conhecimentos prévios dos alunos. Aproveitar o que os alunos sabem sobre a modalidade para incorporar e aprofundar.
Indagar os alunos sobre os conceitos técnicos 
e táticos da modalidade.
Refletir junto aos alunos quais são os movimentos necessários 
e quais as ações devem ser pensadas para alcançar os objeti-
vos do jogo.
Indagar os alunos sobre as regras das modali-
dades.
Proporcionar que os alunos busquem, junto aos sites das 
confederações das modalidades, suas regras oficiais de modo 
a compreendê-las enquanto praticante e expectador.
Iniciar as práticas do simples para o complexo.
Proporcionar que o ensino das modalidades que requerem 
implementos (raquete), nas primeiras aulas, seja realizado 
sem o material. Ao longo do processo, implementar o uso da 
raquete e ampliar os níveis de dificuldade das tarefas, intervin-
do sempre que necessário (mesmo durante o jogo).
Utilizar materiais mais leves.
Usar, nas primeiras aulas, bolas/petecas e/ou raquetes mais 
leves que as oficiais, para contribuir com o processo de ensino 
e aprendizagem.
Fonte: adaptado de González, Darido e Oliveira (2017).
Além das possibilidades apresentadas no quadro, 
outro elemento importante e que deve ser levado 
em consideração no contexto escolar é a realização 
de festivais e/ou eventos culminantes ao término 
de cada modalidade, de modo proporcionar a vi-
vência em situações mais próximas do jogo formal, 
viabilizando uma experiência esportiva.
Para a realização dos festivais/eventos, é impor-
tante proporcionar aos alunos autonomia no que se 
refere à organização, viabilizando que sejam, além 
de atletas, também capitão, técnico, observador, ár-
bitro, secretário, gandulas e assessor de imprensa.
considerações finais
132 
considerações finais
Chegamos ao fim desta unidade sobre os esportes com rede divisória. Esperamos que, ao 
longo das unidades, você tenha compreendido as características de cada uma das modali-
dades trabalhadas, bem como suas aproximações.
No Tópico 1, trabalhamos com os conteúdos e saberes relacionados à peteca. Uma mo-
dalidade de origem brasileira e com fortes traços recreativos que, aos poucos, foram se 
ajustando, por meio de regras e táticas, ao contexto desportivo.
Já no Tópico 2, conhecemos o badminton. Um esporte, de origem Indiana e regula-
mentado pelos britânicos que faz uso da peteca e raquetes para o desenvolvimento de sua 
prática, dando ao jogo a marca de um esporte plástico e dinâmico.
No Tópico 3, discutimos as principais características do tênis de campo. Esporte prove-
niente dos países nórdicos e que assume diferentes características de jogo, de acordo com o 
tipo de quadra em que é praticado.
No Tópico 4, abordamos o tênis de mesa, um esporte que surgiu da necessidade de 
adaptar o tênis de campo para locais fechados e que tem sua prática fortemente atrelada 
ao viés recreativo (Ping-Pong), mas no contexto esportivo/competitivo vêm assumindo a 
característica de uma modalidade extremamente técnica, que demanda precisão, rapidez e 
concentração de seus praticantes.
No Tópico 5, vimos que para desenvolver o trabalho com a cultura corporal de movi-
mento, no caso dessa unidade com os esportes com rede divisória, é preciso pautar-se em 
conhecimentos históricos, culturais e sociais, proporcionando um ensino condizente ao ob-
jetivo do participante (aluno, atleta, cliente). As vivências com a modalidade precisam partir 
dos conhecimentos prévios dos sujeitos e primar pela experimentação. Por fim, a partir 
dessa base e dos conteúdos abordados, esperamos que você construa novas formas de jogar 
e não deixe de experimentar e ensinar essas modalidades em sua trajetória profissional!
considerações finais
 133
atividades de estudo
1. A peteca é uma prática corporal de origem bra-
sileira, criada como uma atividade recreativa 
pelos povos indígenas e que, atualmente, tem 
sua estrutura e organização como modalidade 
esportiva. Os jogadores podem utilizar qualquer 
uma das mãos para bater na peteca e o objetivo 
do jogo é fazer com que a peteca passe sobre a 
rede e caia no espaço adversário. Considerando 
os aspectos apresentados nesta unidade e as re-
gras que normatizam o esporte peteca, assinale 
a afirmativa correta.
a) A peteca é posta em jogo por meio de um 
saque, no qual o jogador golpeia com a 
mão a peteca para que passe por cima da 
rede, podendo esta ser jogada para o ou-
tro lado com até dois toques.
b) Durante o jogo da modalidade peteca, uti-
liza-se o sistema de vantagens para con-
tagem de pontos. Chega ao fim do set a 
equipe que alcançar 12 pontos ou após 20 
minutos de jogo.
c) Durante um jogo de peteca oficial, o tem-
po não é considerado um condicionante 
da disputa, sendo vencedor a equipe que 
ganhar dois sets primeiro.
d) A equipe consegue o ponto quando não 
deixa a peteca cair em seu campo, mesmo 
tocando na rede, ou quando o adversário 
não consegue rebate-la, ou se consegue, 
não a devolve nos limites do adversário.
e) A quadra do esporte peteca deve apresen-
tar dimensões de 15,0 m x 7,5 m em jogos 
simples (1x1), não havendo diferença em 
suas dimensões nos jogos femininos ou 
masculinos.
2. O esporte badminton exige peculiaridades fí-
sicas e mentais. Nessa modalidade esportiva, 
você encontrará a competitividade do voleibol, 
as exigências musculares e psicológicas do tênis 
de mesa, a concentração do tênis de campo e o 
domínio apurado de movimentações e rotações 
comuns a todos os esportes de quadra fechada. 
Considerando os diferentes tipos de movimenta-
ções demandados ao jogar badminton, assinale 
a afirmativacorreta.
a) Ao jogar badminton, um dos artifícios que 
pode ser utilizado é o Lob, o qual se carac-
teriza por ser um golpe feito de baixo para 
cima, direcionando a peteca para o fundo 
da quadra.
b) O Drive é um golpe feito por cima da cabe-
ça, direcionando a peteca para o alto e para 
o fundo da quadra, é um movimento bas-
tante utilizado na modalidade badminton.
c) Um golpe que é utilizado ao jogar badmin-
ton e que se caracteriza por ser feito de 
cima para baixo ou de baixo para cima, di-
recionando a peteca para a parte anterior 
da quadra, próxima à rede, é o Smash.
d) Clear é um Golpe feito por cima da cabeça, 
quando a peteca estiver em frente à 
cabeça, direcionando-a para baixo. É uma 
jogada bastante agressiva e muito utilizada 
no badminton.
e) Um movimento que pode ser evidenciado 
no jogo do badminton e que se caracteriza 
por ser um golpe feito à frente do corpo e 
na altura do ombro, direcionando a peteca 
para o fundo de quadra, é o Net-Shots.
3. O tênis de campo é um esporte com rede di-
visória, originário dos países do Reino Unido e 
que a cada ano conquista novos adeptos (pra-
ticantes e/ou espectadores), devido a suas téc-
nicas e características apresentadas durante 
o jogo. Considerando os tipos de quadra e os 
fundamentos técnicos da modalidade tênis de 
campo, analise as afirmações:
I - O tênis de campo pode ser praticado em 
quadras de cimento, saibro e grama, sen-
do os jogos na quadra de grama os com 
jogadas mais lentas, devido à resistência 
exercida pela relva na bola.
134 
atividades de estudo
II - Dentre os fundamentos técnicos do tênis 
de campo, destaca-se os golpes de fundo, 
os quais são marcados por jogadas com 
maior agressividade, como os golpes de 
Forehand e Backhand.
III - Os golpes de rede são conhecidos como 
técnicas que visam quebrar o ritmo do 
jogo encurtando o tempo de reação do 
adversário. Dentre os golpes de rede, te-
mos Smash, golpe que se assemelha a 
cordada do voleibol.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
4. Deprá (2011) aponta que o tênis de mesa surgiu 
como uma adaptação do tênis de campo para 
locais fechados, devido às situações climáticas. 
Mesmo com suas aproximações técnicas e táti-
cas com o esporte tênis de campo, a modalidade 
apresenta suas especificidades. Com base nos 
conteúdos trabalhados sobre o tênis de mesa, 
avalie as afirmações a seguir como V para verda-
deiras e F para falsas:
I - O termo “ping pong” se destina à práti-
ca recreativa da modalidade, enquanto o 
nome tênis de mesa faz referência ao ter-
mo competitivo, aderido após uma empre-
sa americana patentear sob a marca “ping 
pong” os equipamentos da modalidade.
II - Além da necessidade de preparação téc-
nica, de atenção e domínio psicológico, 
o jogador precisa estar atento ao longo 
da partida, uma vez que o tênis de mesa, 
dentre os esportes com rede divisória, é 
o que apresenta regras mais complicadas.
III - O tênis de mesa apresenta três empunha-
duras: a clássica ou Shakehand; caneta ou 
Penholder; e a classineta, empunhadura 
criada pelos chineses, que permite, ao 
longo da partida, que o jogador golpeie a 
bola com os dois lados da raquete.
IV - Os golpes do tênis de mesa são exatamen-
te os mesmos que os do tênis de campo, 
sendo saque, forehand, backhand, smash, 
slice/backspin e topspin.
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente:
a) V, F, F, F.
b) V, V, F, F.
c) V, F, V, F.
d) F, V, V, V.
e) V, F, V, V.
5. O esporte, por ser um fenômeno culturalmente 
enraizado em nossa sociedade, apresenta-se 
como uma das manifestações da Cultura Cor-
poral de Movimento que precisa ser vivenciada 
nas aulas de Educação Física escolar. Por isso, 
faz-se importante que nós, professores de Edu-
cação Física, sejamos responsáveis por ofere-
cer aos alunos condições de entender e refletir 
sobre o esporte e suas possibilidades. Nesse 
sentido, a partir das discussões e possibilida-
des apresentadas nesta unidade, quais cuida-
dos didáticos devem ser considerados para o 
desenvolvimento das aulas dos esportes com 
rede divisória na escola?
 135
LEITURA
COMPLEMENTAR
PÁDEL
O pádel é uma modalidade esportiva de raquete da fa-
mília dos esportes com rede e parede de rebote. Esse 
esporte é jogado somente em duplas que ficam dispos-
tas em uma quadra dividida ao meio por uma rede, mas 
com paredes ao fundo e parte das laterais que podem 
ser utilizadas para a reposição da bola em jogo.
Histórico
O pádel surgiu, primeiramente, dentro de navios ingle-
ses, por volta de 1890, como uma forma de adaptação do 
jogo de tênis, que era muito praticado. Em 1924, o pádel 
passou a ser praticado em terra a partir da improvisação 
de quadra executadas pelo norte-americano Frank Beal, 
em Nova Iorque. Nesse período, o pádel era conhecido 
como pádel tênis. Em 1969, Enrique Corcuera levou o pá-
del para o México e definiu as dimensões da quadra e 
as regras oficiais para o esporte. Afonso de Hohenlohen, 
príncipe espanhol, levou o pádel para a Europa, inician-
do sua difusão lá. Atualmente, o pádel é regulamentado 
pela Internacional Padel Federation (FIP, 2017), a qual pos-
sui 33 países associados.
O pádel chegou à América do Sul, primeiramente nos pa-
íses de língua espanhola devido à influência do México e 
Espanha. No Brasil o pádel chegou em 1988, trazido por 
uruguaios e argentinos, tendo grande difusão no Estado 
do Rio Grande do Sul, com a construção de quadras nas 
cidades de Jaraguão e Livramento, expandido-se a par-
tir de 1991 para outros locais. Em 1992, foi fundada a 
primeira Federação de Pádel no Brasil no Estado do Rio 
Grande do Sul, permitindo, então, sua difusão por outros 
estados brasileiros em especial Santa Catarina, Paraná, 
São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
Materiais e espaço de jogo
O pádel é disputado em uma quadra retangular de 10 
m de largura e 20 m de comprimento, dividida em sua 
metade por uma rede com 88 cm de altura no centro. A 7 
m da rede e paralela a ela é marcada uma linha denomi-
nada linha de serviço ou saque. Paralela à lateral da qua-
dra e ao centro desta, é marcada uma linha que liga as 
duas linhas de 7 m de distância da rede e divide a quadra 
em metades esquerda e direita. O espaço delimitado por 
essas linhas e a rede corresponde à área de recepção do 
saque e forma dois retângulos de 5 m de largura por 7 
m de comprimento. Entre a linha de fundo e a linha de 
saque, fica situada a área de saque constituída por dois 
retângulos de 3 m de comprimento por 5 m de largura, 
tanto para a direita quanto para a esquerda.
As paredes de fundo possuem 3 m de altura e acima de-
las um alambrado de 1 m de altura. As paredes laterais 
e alambrados laterais podem possuir dimensões dife-
renciadas de quadra para quadra. As paredes de fundo 
e laterais podem ser feitas de alvenaria ou de vidro ou 
blindex que permite uma melhor visualização do jogo. De 
cada lado da rede existe, também, obrigatoriamente, um 
vão de saída, sem nenhum tipo de porta constituído por 
1,90 m de altura e 90 cm de largura.
Quanto aos materiais, utiliza-se uma bola de tênis para 
a disputa das partidas e uma raquete com 45,5 cm de 
comprimento por 26 cm de largura e 50 mm de espes-
sura que, necessariamente, deve possuir um cordão de 
segurança de uso obrigatório pelo jogador.
136 
LEITURA
COMPLEMENTAR
O jogo e o sistema de pontuação
Segundo a Federação Gaúcha de Pádel (2017), o siste-
ma de pontuação é igual ao do tênis de campo. As par-
tidas são disputadas em melhor de 3 ou 5 sets, sendo 
que cada set possui 6 games e cada game 4 pontos con-
tados por 15, 30, 40 e game. São necessários dois pon-
tos de vantagem para se vencer um game, assim como 
também são necessários dois games de vantagem para 
se vencer um set. Se ocorrer empate nos games em 6X6, 
pode ser disputado um tie-break com contagem igual 
ao do tênis, ou seja, contagem numérica crescente de 0 
até 7, vencendoquem chegar a 7 pontos primeiro com 
dois pontos de vantagem.
Quanto ao jogo, este se inicia com o saque que deve ser 
executado abaixo da linha da cintura e de forma cruza-
da. O jogador possui duas chances de acertar o saque 
que não pode ser respondido por voleio pela equipe 
adversária, ou seja, antes que a bola quique no solo. 
Durante a disputa do ponto permite-se que a bola to-
que nas paredes laterais e de fundo e seja recolocada 
em jogo, desde que ela não quique duas vezes no solo.
Fonte: adaptado de Copelli (2010).
 137
material complementar
Para ter conhecimento de todas as regras oficiais do Badminton, você pode 
acessar ao site da CBBd. Disponível em: <http://www.badminton.org.br/regras>. 
Acesso em: 11 set. 2018.
Conheça as regras completas do Tênis de Campo que são muito mais específicas 
e podem ser encontradas na CBTM, disponível em: <http://www.cbt-tenis.com.
br>. Acesso em: 11 set. 2018.
As regras completas do Tênis de Mesa são muito mais específicas e podem ser 
encontradas na CBTM. Disponível em: <http://www.cbtm.org.br>. Acesso em: 11 
set. 2018.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa disponibiliza um Guia Prático, com 
informações sobre as principais competições da modalidade, além de questões 
históricas e as regras. Disponível em: <http://www.cbtm.org.br/Data/Sites/1/me-
dia/guia-tm_rev-10-1-2017.pdf>. Acesso em: 11 set. 2018.
Indicação para Acessar
Esportes de marca e com rede divisória ou muro/parede de rebote
Fernando Jaime Gonzáles; Suraya Cristina Darido; Amauri Aparecido Bássoli de Oli-
veira (Org)
Editora: Eduem
Sinopse: o livro faz parte da coleção Práticas Corporais e a Organização do Co-
nhecimento, do Ministério do Esporte, por intermédio da Secretária Nacional de 
Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social - SNELIS. A coleção busca dar suporte 
pedagógico aos professores de Educação Física, contribuindo na organização das 
aulas, por meio de planos de aula estruturados sob os direcionamentos do espor-
te educacional.
Indicação para Ler
http://www.badminton.org.br/regras
http://www.cbt-tenis.com.br
http://www.cbt-tenis.com.br
http://www.cbtm.org.br/
http://www.cbtm.org.br/Data/Sites/1/media/guia-tm_rev-10-1-2017.pdf
http://www.cbtm.org.br/Data/Sites/1/media/guia-tm_rev-10-1-2017.pdf
138 
referências
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Manole, 2000.
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Maria Esther Bueno a Gustavo Kuerten. São Paulo: 
Códex, 2004.
COPELLI, V. N. Introdução dos esportes de raquete 
nas aulas de Educação Física Escolar: uma visão se-
gundo a cultura corporal de movimento. Monografia 
(Graduação em Educação Física) - Universidade Es-
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DEPRÁ, P. P. Tênis de Mesa. In: OLIVEIRA, A. A. B. 
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ma Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2011.
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e lazer. 11 out. 2013. Divirta-se mais. Disponível em: 
<http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/progra-
me-se/2013/10/11/noticia_programese,144661/ba-
rata-e-simples-a-peteca-proporciona-competicao-e-
-lazer.shtml>. Acesso em: 18 set. 2018.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PETECA DO 
RIO DE JANEIRO. Regulamento. Disponível em: 
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GINCIENE, G. Tênis de Campo. In: GONZÁLEZ, 
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Esportes de marca e com rede divisória ou muro/
parede de rebote: badminton, peteca, tênis de cam-
po, tênis de mesa, voleibol, atletismo. 2. ed. Maringá: 
Eduem, 2017. (Volume 2).
GINCIENE, G.; ABURACHID, L. M. C. Badminton. 
In: GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, 
A. A. B. (Org.). Esportes de marca e com rede divi-
sória ou muro/parede de rebote: badminton, peteca, 
tênis de campo, tênis de mesa, voleibol, atletismo. 2. 
ed. Maringá: Eduem, 2017. (Volume 2).
GINCIENE, G.; DEPRÁ, P. P. Tênis de Mesa. In: 
GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. 
A. B. (Org.). Esportes de marca e com rede divisória 
ou muro/parede de rebote: badminton, peteca, tênis 
de campo, tênis de mesa, voleibol, atletismo. 2. ed. 
Maringá: Eduem, 2017. (Volume 2).
GINCIENE, G.; GONZÁLEZ, F. J. Peteca. In: GON-
ZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. 
(Org.). Esportes de marca e com rede divisória ou 
muro/parede de rebote: badminton, peteca, tênis de 
campo, tênis de mesa, voleibol, atletismo. 2. ed. Ma-
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GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. 
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ou muro/parede de rebote: badminton, peteca, tênis 
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ca&oldid=53020858>. Acesso em: 30 ago. 2018.
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referências
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gabarito
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São Paulo: Sesi-SP Editora, 2012.
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bre tênis na Educação Física Escolar. Monografia 
(Especialização em Educação Física Escolar) - Uni-
versidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 
2015.
WEINBERG, R. S. GOULD, D. Fundamentos da psi-
cologia do esporte e do exercício. 4. ed. Rio Grande 
do Sul: Artmed, 2001. (Volume 2).
REFERÊNCIA ON-LINE
1Em: <http://www.cbpeteca.org.br/>. Acesso em: 10 
set. 2018.
2Em: <http://www.badminton.org.br/>. Acesso em: 
11 set. 2018.
3Em: <http://www.itftennis.com/home.aspx>. Aces-
so em: 11 set. 2018.
4Em: <http://www.cbtm.org.br/111guia-do-t%-
C3%AAnis-de-mesa.aspx>. Acesso em: 11 set. 2018.
1. B.
2. A.
3. D.
4. C.
5. Nessa questão, é importante discorrer a partir dos indicativos apresentados 
no Quadro 3, destacando:
• A importância da integração e participação de todos alunos/atletas.
• Organização de grupos mistos com níveis de habilidades motoras seme-
lhantes.
• Levar em consideração questões físicas e motivacionais para a prepara-
ção das atividades.
• Adaptar os materiais e dimensões da quadra, partindo de questões mais 
simples para as mais complexas.
• Verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as regras, conceitos 
técnicos e táticos.
http://www.cbpeteca.org.br/
http://www.cbpeteca.org.br/
http://www.badminton.org.br/
http://www.itftennis.com/home.aspx
http://www.cbtm.org.br/111guia-do-t%C3%AAnis-de-mesa.aspx
http://www.cbtm.org.br/111guia-do-t%C3%AAnis-de-mesa.aspx
Professora Esp. Joicy Ligia de Andrade
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Conhecendo a história do Rugby
• O que é o Rugby? 
• Variações do Rugby
• Modelos de exercícios de iniciação no ensino do Rugby
Objetivos de Aprendizagem
• Reconhecer o contexto de origem do Rugby e sua inserção 
no Brasil.
• Conhecer as principais características do Rugby, assim 
como as regras e fundamentos necessários para sua 
prática.
• Identificar as principais variações do Rugby.
• Analisar as possibilidades de ensino e aprendizagem na 
iniciação do Rugby.
ESPORTES DE INVASÃO: RUGBY
unidade 
III
INTRODUÇÃO
Olá, aluno(a), seja bem-vindo(a)! Nesta unidade, teremos a oportunidade de nos familiarizar com o Rugby, um esporte deinvasão e contato físico que teve suas origens nas escolas Inglesas, chegando anos mais tarde em território brasileiro. 
Apesar de não ser tão popular no Brasil, é um dos esportes mais pratica-
dos em países, como a Inglaterra, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, 
França e também na Argentina.
Nesta unidade, optamos por trabalhar com o Rugby Sevens, esporte 
que surgiu como variação do Rugby XV (ou Union), modalidade originá-
ria. O Rugby Sevens ganhou espaço e se popularizou mundialmente, pro-
porcionando competições oficiais para o público masculino e feminino. 
Esta modalidade conseguiu consolidar seu espaço, ganhando o direito de 
ser oficialmente inserida como modalidade olímpica nos Jogos Olímpi-
cos, em 2016, no Rio de Janeiro.
O Rugby é um conhecimento historicamente produzido pela humanida-
de e enquanto esporte deve ser praticado de modo que promova a aprendi-
zagem do aluno/atleta e a reflexão acerca do contexto e das situações da vida 
real. Pensando na iniciação e no esporte escolar, devem ser trabalhados de 
maneira lúdica, mas sem excluir os conhecimentos técnicos da modalidade.
O professor, durante o processo de ensino e aprendizagem, deve pro-
mover a integração e o trabalho em equipe, evitando um ambiente onde 
o aluno sinta-se desmotivado a participar por não ser tão habilidoso ou 
possuir dificuldades em sua prática. 
Nesse sentido, esperamos que com essa unidade, você, futuro(a) pro-
fessor(a), possa conhecer a história da modalidade, os princípios e valo-
res da modalidade, seus fundamentos, as regras básicas, além de suges-
tões para a iniciação desse conteúdo dentro e fora da escola. Que o seu 
aprendizado possa ser prazeroso e desafiador, uma vez que avançamos 
esse “território desconhecido”. 
Desejamos a você uma ótima leitura! 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
144 
CONHECENDO A 
HISTÓRIA DO RUGBY
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 145
Olá, caro(a) aluno(a), neste tópico inicial, daremos 
um salto no tempo, retornando ao século XIX, para 
conhecer um pouco da história do Rugby. Sua ori-
gem ocorreu na Inglaterra, no ano de 1823, quando 
um rapaz, aluno da Rugby School, chamado William 
Web Ellis, durante uma partida de futebol, tomou a 
bola em suas mãos e tentou atravessar o campo sem 
que ninguém o parasse. Apesar de existirem outras 
teorias acerca da origem do Rugby, o mito de Web 
Ellis é o mais aceito e difundido entre seus pratican-
tes (PINHEIRO; SCHUSTER, 2010).
Thomas Arnold, diretor da Rugby School, foi 
um dos maiores incentivadores dessa prática e res-
ponsável por delinear suas regras. Para o diretor, a 
modalidade auxiliava no controle do espírito agres-
sivo dos alunos (AGUIAR, 2011; GARCIA, 1964). 
O esporte começou a se propagar por escolas e en-
tre ex-alunos, dando origem a clubes na Inglaterra. 
Com a popularização do esporte e o aumento de 
seus adeptos, tornou-se necessária a organização de 
um manual de normas e regras para a modalidade 
que posteriormente foram adotadas em escolas da 
Alemanha, França, Inglaterra e Irlanda, possibilitan-
do a realização de jogos intercolegiais (CENAMO; 
DANTAS, 2010; COLLINS, 2009).
Hoje, a entidade responsável por regulamen-
tar o Rugby no mundo é a World Rugby, contan-
do, em 2016, com um número de aproximada-
mente 3,2 milhões de jogadores registrados e 5,3 
milhões de jogadores não registrados (WORLD 
RUGBY, [2018], on-line)1.
No Brasil, acredita-se que o Rugby tenha vin-
do pelas mãos de Charles Miller, que, após anos 
morando na Inglaterra, retornou ao Brasil aos 
vinte anos de idade, empregado da São Paulo, 
Railway Company. Miller trouxe em sua bagagem 
alguns materiais esportivos, dentre eles os neces-
sários para a prática do críquete, futebol e do Ru-
gby (CENAMO; DANTAS, 2010).
No Brasil, em 1970, o Rugby também já fazia 
parte das grades de educação física de colégios pau-
listanos tradicionais, como o Rio Branco, Liceu Pas-
teur, Santa Cruz, Pueri Domus, Porto Seguro, São 
Luis, Objetivo, entre outros. O ensino do esporte nas 
escolas possibilitava a realização de jogos intercole-
giais. Na década de 80, houve um acidente durante 
o jogo da Escola Politécnica, que resultou na fratura 
da coluna cervical de um jogador, desenvolvendo, 
deste modo, um quadro de tetraplegia. A gravidade 
da lesão levou pais e professores a discutirem se essa 
prática seria realmente viável para que continuasse 
sendo praticada nas escolas (CENAMO; DANTAS, 
2010; MAZZONI, 1950).
No ano de 1963, foi fundada, em nosso país, a 
União Brasileira de Rugby (URB), responsável por 
sediar o III Campeonato Sul-Americano e inaugu-
rar o campo do São Paulo Athletic Club. Em dezem-
bro de 1972, a URB foi substituída pela Associação 
Brasileira de Rugby e reconhecida pelo Conselho 
Nacional de Desportos. Sob a supervisão da ABR, a 
equipe Brasileira de Rugby participou do VIII, IX, X 
e XI campeonatos Sul-Americanos no Paraguai, na 
Argentina, no Chile e no Uruguai, respectivamente 
(PINHEIRO; SCHUSTER, 2010).
O Rugby, no Brasil, começou a ganhar seu es-
paço no século XXI. Segundo Pinheiro e Schus-
ter (2012), desde 2004, teve um aumento anual 
de 43% de seus praticantes. Hoje, a Confederação 
Brasileira de Rugby (antiga ABR) é o órgão máxi-
mo da modalidade em nosso país, contando com 
uma média de 11 mil atletas federados e 60 mil 
praticantes (CBRu, [2018], on-line)2.
146 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
No ano de 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janei-
ro, o Rugby Sevens foi oficialmente inserido como 
modalidade Olímpica, contando com a participa-
ção das seleções feminina e masculina de nosso 
país, que terminaram em 9º e 12º lugar, respec-
Figura 1 - Seleção Brasileira Feminina de Rugby
Fonte: Visualhunt ([2018], on-line)3.
Seleção brasileira feminina de Rugby conquista o título de tridecacampeã (treze vezes) Sul-Americana de 
Rugby Sevens. Apesar desse esporte ainda estar na busca por espaço no Brasil, nossa equipe feminina 
vem obtendo bons resultados em competições no exterior. Após vencer cinco jogos consecutivos com um 
placar disparado, a equipe disputou a final em um duríssimo jogo contra a Argentina, fechando com um 
saldo positivo de 22x12 e garantindo pela 13ª vez consecutiva o título de campeãs Sulamericanas. O título 
garantiu a nossa seleção a classificação para a Copa do Mundo de Rugby de Sevens, em Hong Kong 2018.
Fonte: Ramalho (2017, on-line)4.
SAIBA MAIS
tivamente. A equipe masculina de Fiji sagrou-se 
campeã olímpica em cima da Grã-Bretanha, en-
quanto que, dentre as seleções femininas, a vitó-
ria ficou com a Austrália sobre a Nova Zelândia 
(ESPN, 2016a; 2016b).
http://esporte.ig.com.br/maisesportes/rugbi/2017-02-20/rugby-titulo-feminino.html
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 147
Esporte de ogros jogado por cavalheiros, o Rugby 
pode ser caracterizado como um esporte de inva-
são, uma vez que é necessário avançar (correr) pelo 
campo adversário portando a bola em suas mãos, 
apoiá-la dentro da linha do “gol” (in-goal) sem per-
mitir que ela caia nesse processo, realizando, assim, 
o try. Possui como característica o contato físico, re-
presentado, principalmente, pelo tackle – que é um 
movimento defensivo utilizado para derrubar o ad-
versário em posse da bola e impedir que este avance 
pelo campo (ANDRADE, 2016).
Para que o jogo possa progredir, é permitido ao 
atleta passar a bola somente para trás ou para o lado 
ou, então, chutá-la para frente. No Rugby, a bola re-
presenta a linha de impedimento, ou seja, todo atleta 
da equipe em posse de bola que estiver a frente dessa 
linha será considerado impedido, devendo ser pena-
lizado (ANDRADE, 2016).
De acordo com a World Rugby (2014, on-line), o 
Rugby é um esporte coletivo que traz consigo bene-
fícios sociais e para a saúde. É um esporte que exige 
muito preparo físico e mental para uma prática segura 
e positiva. É responsabilidade de todos os seus parti-
cipantes (jogadores, técnicos e pais) ensinar compor-
tamentos positivos para que todos possam desfrutar 
dessa prática em um ambiente saudável e prazeroso.
O QUE É O RUGBY?
148 
ESPORTESCOMPLEMENTARES 
PRINCÍPIOS E VALORES
A prática do Rugby não se baseia somente 
em aspectos técnico-táticos. Os jogadores, 
técnicos e também os fãs do esporte seguem 
princípios e valores de conduta, levados tão 
a sério quanto suas próprias regras (WORLD 
RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
É fundamental para que o jogo aconteça, sen-
do gerada a partir de atitudes honestas e do 
jogo limpo.
A INTEGRIDADE
Representa o entusiasmo apaixonante que as 
pessoas têm pelo esporte, gerando emoções e 
sentimentos de fazer parte de uma grande fa-
mília que é o Rugby.
A paixÃO
Promove um espírito de união, que reúne 
amizades, trabalho em equipe e lealdade para 
a vida toda.
A solidariedade
Presente dentro e fora do campo, desde o res-
peito às leis e normas do jogo até a adesão aos 
seus princípios e valores.
A disciplina
Entre companheiros de equipe, adversários, 
árbitros, técnicos, dirigentes e todos aqueles 
envolvidos no jogo.
O respeito
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 149
TERCEIRO TEMPO
Valorizando suas raízes e tradições, ao final dos jogos, 
é comum a realização de uma confraternização or-
ganizada pela equipe anfitriã. Essa confraternização 
recebe o nome de terceiro tempo – um momento de 
integração, amizades, trocas de experiências, onde os 
atletas deixam sua rivalidade de lado, para desfrutar 
de um ambiente familiar, onde todos comem, bebem, 
realizam brincadeiras, cantam músicas tradicionais, 
trotes com seus calouros, oportunizando muita di-
versão, além de criar e reafirmar laços de amizade 
(AGUIAR, 2011; CENAMO; DANTAS, 2010).
Figura 2 - Seleção Neozelandesa All Blacks
Os All Blacks, nome pela qual ficou conhecida 
a equipe de Rugby neozelandensa, realizam 
uma “dança de guerra” em frente aos oponen-
tes antes de iniciarem suas partidas, trazendo 
intimidação. Essa dança é conhecida como 
“haka”, que reafirma a tradição e memória 
da cultura da tribo maori, originária da Nova 
Zelândia. O haka mais conhecido e apresenta-
do pelo All Blacks é o “ka mate“ utilizado para 
aproximar os espíritos e para pedir proteção 
e confiança para aqueles que o realizam.
Fonte: Pereira e Moraes (2016).
SAIBA MAIS
150 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO RUGBY
A técnica dentro do Rugby é fundamental para que o 
atleta consiga se desenvolver na modalidade. Andra-
de (2013) aponta que, para jogar Rugby, o aluno deve 
perder o medo de cair, de entrar em contato com o ou-
tro sem a intenção de feri-lo, utilizando corretamente 
suas técnicas de contato e respeitando as leis do jogo.
Segundo Soares et al. (1992), todos esportes pos-
suem gestos técnicos, que não devem ser o único con-
teúdo de nossas aulas, mas também não podem ser 
excluídos da educação física. O uso de jogos esporti-
vizados não atendem a necessidade dos alunos de co-
nhecer e dominar as técnicas da modalidade. Passes, 
recepção, chutes, fundamentos de contato e outras ha-
bilidades, como dummy, hand-off, side-step e offload, 
são os principais fundamentos trabalhados no Rugby.
Passe
O passe no Rugby é um fundamento muito impor-
tante, permitindo que o companheiro possa receber 
a bola a longas e curtas distâncias. Para que o jogo 
possa progredir, é importante saber que apesar da 
necessidade de atravessar o campo portando a bola, 
ela só poderá ser passada para o lado ou para trás. 
Existem dois tipos de passes muito utilizados no 
Rugby: o passe em pêndulo (simples) e o passe spin 
(WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Passe em pêndulo
O passe em pêndulo é utilizado para curtas distân-
cias, facilitando a recepção do companheiro. Por 
ser de fácil aprendizagem, Fernandes (2002) reco-
menda que seja o primeiro tipo de passe a ser en-
sinado para seu aluno. Para executá-lo você deverá 
segurar a bola com suas duas mãos, olhar firme-
mente seu companheiro e realizar um movimento 
de pêndulo com os braços, iniciando sempre na 
extremidade oposta e seguindo até o jogador na 
qual pretende passar a bola.
Assista ao vídeo de passe 
em pêndulo. Para acessar, 
use seu leitor de QR Code.
Assista ao vídeo de passe. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.
Figura 3 - Passe em pêndulo
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 151
Passe spin
O passe spin é um passe em espiral, utilizado para 
longas distâncias e uma excelente maneira de fazer 
com que a bola chegue em velocidade para seu com-
panheiro. Para realizá-lo, é preciso segurar a bola 
com uma mão na parte de trás (responsável por apli-
car força e o giro na bola) e 
a outra mão mais a frente 
(apenas para apoiar e di-
recionar). No momento do 
giro, as mãos saem próximas 
ao quadril e deslocam-se para 
frente, finalizando o movimen-
to apontadas para a mesma 
direção do jogador (COA-
CHING WORLD RUGBY 
LAWS, [2018], on-line)5.
Recepção
Assim como os passes, a recepção é fundamental 
no Rugby, uma vez que o jogador, ao realizar uma 
boa recepção, consegue manter a posse de bola e dar 
continuidade ao jogo. No Rugby, utilizamos dois ti-
pos de recepções: a de passe e a de chute.
Assista ao vídeo de passe 
spin. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
Assista ao vídeo de recep-
ção de passe. Para aces-
sar, use seu leitor de QR 
Code.
Assista ao vídeo de recep-
ção . Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
Figura 4 - Passe Spin
Recepção de Passe
Inicialmente, o jogador deve avançar em direção a 
bola, mantendo suas duas mãos voltadas para frente 
com os dedos abertos e os polegares quase se tocan-
do, formando uma letra W. O tronco deve ser girado 
ligeiramente em direção ao jogador que irá passar a 
bola. Acompanhe a bola com os olhos até que esteja 
controlada em suas mãos. A comunicação é funda-
mental nesse momento, desse modo, o jogador deve-
rá pedir a bola para se mostrar disponível a receber 
(COACHING WORLD RUGBY, [2018], on-line)6.
152 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Recepção de Chute
Uma boa recepção de chute é tão importante quan-
to a de passes, uma vez que o jogo se inicia com um 
chute do centro do campo. É preciso, inicialmente, 
calcular o espaço onde a bola irá cair, verificando se 
será necessário se deslocar, esperar a bola 
com os pés no chão ou saltar para rece-
bê-la. Estender os braços para 
cima e acompanhar a bola 
com os olhos até que ela seja 
recebida por suas mãos, trazen-
do, posteriormente, para os bra-
ços e, por fim, em direção ao corpo 
(NOGUEIRA; MIGLIANO; VOU-
GA, 2012).
Chutes
No Rugby, a bola também pode ser chutada ou con-
duzida com os pés. Sua realização pode ser feita de 
inúmeras maneiras, porém, trazermos as três princi-
pais utilizadas no jogo.
Assista ao vídeo de recep-
ção de chute. Para aces-
sar, use seu leitor de QR 
Code.
Assista ao vídeo de Tap-
-kick ou Quick Tap. Para 
acessar, use seu leitor de 
QR Code.
Assista ao vídeo de chu-
tes. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
Figura 5 - Recepção de chute
Tap-kick ou Quick Tap
O quick tap, como a tradução sugere, consiste em 
um toque rápido para suas próprias mãos. O joga-
dor deve segurar a bola com as duas mãos, posi-
cionar seus braços estendidos à frente do corpo e 
inclinar levemente o tronco para frente. A bola de-
verá ser soltada em direção ao pé, que será utiliza-
do para chutar. Após soltar a bola, o jogador deverá 
devolver a bola para suas mãos com um chute curto, 
sendo permitido o uso de qualquer parte da perna 
abaixo do joelho. Também é possível realizar uma 
cobrança colocando a bola no solo e movê-la com 
um chute curta antes de tomá-la em suas mãos.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 153
Punt
Chute longo, sem permitir que a bola toque o solo. 
Para realizar um punt, segure a bola a com o braço es-
tendido à frente da perna que será utilizada para chu-
tar. Dê um passo com a perna de apoio e solte a bola 
em direção à perna do chute. No momento do conta-
to, o dedo do pé deverá estar apontado para baixo. Se 
for necessário recuperar o equilíbrio, estenda o braço 
oposto ao chute durante a finalização do movimento 
(COACHING WORLD RUGBY, [2018], on-line)6.
1 2
3 4
Assista ao vídeo de punt. 
Para acessar, use seu lei-
tor de QR Code.Assista ao vídeo de drop-
-kick. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
Figura 6 - Punt Kick
Fonte: Tomlatchford11… ([2018], on-line)7.
Drop-kick
A bola toca (quica) no solo antes do contato com 
os pés, semelhante ao chute de bate pronto no fu-
tebol. Para realizá-lo, você deve segurar a bola de 
modo que, ao cair, ela deverá manter-se na mesma 
posição na qual estava antes da queda. Uma de suas 
mãos deve se posicionar atrás da bola segurando-a 
de modo semelhante ao punt; solte a bola ao solo e 
de um passo à frente com a perna de apoio. A perna 
que será utilizada para o chute deverá ser posiciona-
da para trás, dobrando o joelho e, no momento em 
que a bola tocar o solo, deverá ir de encontro com ela 
tocando a parte superior do pé na parte inferior da 
bola com a ponta dos dedos apontados para frente 
(WORLD RUGBY COACHING, [2018], on-line)6.
Figura 7 - Drop-Kick
154 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Fundamentos de Contato
Os fundamentos de contato permitem a dinâmica e 
a continuidade do jogo.
Assista ao vídeo de funda-
mentos de contato. Para 
acessar, use seu leitor de 
QR Code.
Tackle
O tackle é um movimento defensivo característico do 
Rugby, mas também pode ser encontrado no futebol 
americano. É uma forma eficiente de impedir que o 
adversário em posse da bola continue progredindo 
em campo. Para realizar um tackle, o jogador deve 
agarrar o portador da bola, levando-o consigo ao solo.
O tackleador não pode empurrar ou soltar o 
jogador tackleado durante a execução do movimen-
to e também é proibido segurar o adversário à altura 
do pescoço, pois estes movimentos representam jogo 
perigoso e são passíveis de falta. Após realizado o ta-
ckle (quando já estiverem no chão), o jogador deve 
soltar imediatamente seu adversário, permitindo que 
ele disponibilize a bola para o lado onde sua equipe se 
encontra (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Figura 8 - Tackle
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 155
Tackle Lateral
Para realizar o tackle lateral, você deverá estar posi-
cionado lateralmente ao jogador em posse de bola. 
Mantenha os olhos no seu adversário e se agache, 
preparando para realizar o contato abaixo da linha 
das nádegas. Com as pernas, o jogador deverá se 
impulsionar para o contato, apoiando o ombro na 
coxa do adversário e abraçando suas duas pernas, 
levando-o ao solo. É importante apoiar a cabeça 
sempre no lado oposto ao lado que irá para o solo 
(NOGUEIRA; MIGLIANO; VOUGA, 2012).
Tackle Frontal
A execução do tackle frontal é muito semelhante 
ao tackle lateral, porém o jogador deve se posi-
cionar ligeiramente em um dos lados do seu ad-
versário e realizar o contato com seu ombro en-
tre o peito e a cintura do adversário, segurando-o 
com os braços e girando ao realizar o impacto 
(NOGUEIRA; MIGLIANO; VOUGA, 2012).
Maul
Quando o jogador de defesa não consegue levar 
seu adversário ao solo, é possível dar continui-
dade na ação defensiva a partir de uma forma-
ção conhecida como maul. Para iniciar um maul, 
são necessários, no mínimo, três jogadores (um 
portando a bola, seu companheiro e um adver-
sário). Durante a execução do maul, os jogadores 
abraçam, ou apoiam seus ombros no portador da 
bola e podem empurrar, deslocando-se até a linha 
de in-goal ou passar a bola a qualquer momento, 
para jogadores que não façam parte da forma-
ção (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008; 
WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Figura 9 - Maul / Fonte: Visualhunt ([2018], on-line)8.
Ruck
Para dar continuidade ao jogo, após o tackle, é per-
mitida a realização de um ruck, que consiste em pro-
teger a bola disponibilizada pelo jogador tackleado. 
Para realizar um ruck, um ou mais jogadores em pé 
devem se posicionar ao redor da bola, protegendo-a 
como se formasse uma “casa”. No ruck, é permitido 
utilizar os pés para puxar a bola ou empurrar os 
adversários, visando manter ou ganhar a posse da 
bola (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008; 
WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Figura 10 - Ruck
156 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Outras Habilidades
No Rugby, além dos fundamentos básicos, exis-
tem algumas habilidades que podem ser execu-
tadas como modo de garantir a posse de bola e 
avançar para o in-goal e realizar o try. São elas: o 
dummy, o hand-off, o side-step e o offload.
Dummy
Para realizar um dummy, o jogador deve avançar em 
direção ao adversário e simular um passe para seu 
companheiro, porém no momento do passe, ele guar-
da a bola para si e ludibria o adversário, avançando em 
campo (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008).
Figura 11 - Execução do Dummy
Fonte: adaptada de Keyassets ([2018], on-line)9.
Hand-off
O hand-off é realizado no momento em que o ad-
versário prepara o tackle. O portador da bola deve 
guardá-la sob um de seus braços, estendendo o bra-
ço oposto, mantendo-o firme e com a mão aberta, 
desviando a trajetória do tackleador empurrando-o 
(INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008).
Figura 12 - Posição de Hand-off
Side-Step
O side-step é utilizado como forma de finta, em que 
o portador da bola, marca sua entrada para um lado 
com uma das pernas e muda de direção rapidamente, 
para transpor a defesa (INTERNATIONAL 
RUGBY BOARD, 2008).
Figura 13 - Executando um Side-Step
Fonte: adaptada de Flickr ([2018], on-line)10.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 157
Offload
O offload consiste em realizar um passe para seu 
companheiro no momento exato em que o jogador 
recebe o tackle e antes de ir ao solo, evitando a ne-
cessidade de formação de um ruck para reiniciar o 
jogo e garantir a posse de bola.
Figura 14 - Offload
Regras Básicas do Rugby
O Rugby possui regras bem características que se 
baseiam em princípios e condutas dentro e fora de 
campo. O cumprimento das regras é fundamental, 
uma vez que diminuem os riscos de lesões por con-
dutas inapropriadas dentro de campo. Traremos, 
aqui, as regras que possibilitam a compreensão do 
jogo. Porém, para maior aprofundamento, é neces-
sário consultar o manual de regras disponibilizado 
pela World Rugby Laws ([2018], on-line)5.
158 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Figura 15 - Campo de Jogo
Fonte: os autores.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 159
Campo de Jogo
As recomendações para o campo do jogo, é que ele 
seja de grama. Porém, a lei permite que possa ser 
grama artificial, neve, areia ou terra, desde que se-
jam avaliadas como seguras para o jogo. O campo 
não deve exceder a 100 x 70 metros em sua área de 
jogo, e 22 metros de comprimento na área de gol (in-
-goal). Todas as áreas devem ter um formato retan-
gular (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Área de Jogo
A área de jogo compreende o campo de jogo e o 
in-goal. As linhas de lateral, linha de bola morta 
e as linhas do in-goal, estão além da área de jogo, 
o que significa que no momento que a bola ultra-
passa estas linhas, ela está fora de jogo (WORLD 
RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
• Linha de Meio de Campo: utilizada para iní-
cio da partida ou reinício após um try.
• Linha Lateral: limita as laterais do campo de 
jogo, resultando em um line-out (alinhamento 
lateral) quando a bola sai de jogo por essas linhas.
• Linha de 10 metros: demarca a distância na qual 
devem se posicionar os jogadores de defesa no 
início e reinício da partida após o try e a distância 
que a bola deve percorrer após o chute inicial.
• Linha de 22 metros: demarca a última área 
antes do in-goal, permitindo o uso da técni-
ca mark (ver mais a frente) quando a bola é 
chutada nessa área. Permite, também, a saída 
de 22, que consiste em um drop kick realiza-
do pela equipe defensora após “queimar” um 
try (realizar um try contra), impedindo, dessa 
forma, que o adversário pontue.
• Linha de Meta: linha que demarca o início da 
área de in-goal.
• Linha Lateral de In-goal: linha que demarca 
a lateral da área de in-goal.
• Linha de Bola Morta: demarca o limite da 
área de in-goal.
Postes de gol
Os postes de gol possuem um formato de H e de-
vem manter uma distância de 5,6 m entre eles; ao 
centro, deve ser colocada uma barra transversal a 
3 metros do solo; a prolongação dos postes, aci-
ma da barra transversal,deve possuir uma altura 
mínima de 3,4 m (ANDRADE, 2016; WORLD 
RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Altura mínima
3,4 m
3 m até a parte
superior do
travessão
5,6 m
Figura 16 - Postes de Gol
Fonte: os autores.
Regras de Tempo
No Rugby Sevens, o tempo total de jogo não deve 
ultrapassar 14 minutos. Esses 14 minutos são di-
vididos em dois tempos de 7 minutos. O interva-
lo de jogo deve ter a duração de dois minutos e, 
ao final do intervalo, as equipes deverão trocar o 
lado do campo.
http://laws.worldrugby.org/images/laws/goal-posts-ptbr.jpg
160 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Tempo extra
O tempo extra ocorre quando há um empate. Para 
que as equipes se organizem, uma pausa de um mi-
nuto deverá ser realizada. O tempo extra possui a 
duração de períodos de cinco minutos. As equipes 
deverão trocar de lado sem intervalo ao final de cada 
período. O vencedor será deliberado imediatamente 
a equipe que realizar ponto no tempo extra.
Equipamentos de Jogo
Para um bom desempenho e prática de Rugby, al-
guns equipamentos são necessários, bem como bola 
e vestimentas.
A bola
Para jogar Rugby, é necessário o uso de bola de for-
mato oval, medindo de 280 a 300 milímetros de 
comprimento, 580 a 620 milímetros de circunferên-
cia (na largura), 740 a 770 milímetros de circunfe-
rência (entre seus extremos) e pesando entre 410 a 
460 gramas. Esta bola deverá ser confeccionada com 
quatro gomos de couro ou material sintético similar 
(WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Vestimentas
As vestimentas necessárias para a prática do Ru-
gby consistem no uso de camisetas, calções, rou-
pas térmicas, meias e chuteiras. No entanto, além 
destes, são permitidos o uso de tornozeleiras por 
baixo da meia, feitas de um material que não 
apresente metal. Também são permitidos o uso 
de luvas sem dedos, ombreira, protetor bucal ou 
dental, capacete (scrum-cap) e esparadrapo para 
proteger partes do corpo ou cobrir ferimentos 
(WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Para as mulheres, além dos equipamentos já ci-
tados, é liberado o uso de protetores de seios, calças 
compridas por baixo do short e das meias e lenços 
na cabeça. Todos os equipamentos citados são per-
mitidos desde que estejam em acordo com as leis do 
jogo (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Figura 17 - Bola Figura 18 - Arbitragem
Fonte: Visualhunt ([2018], on-line)11.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 161
Equipe de Jogo e Arbitragem
O árbitro é a autoridade máxima dentro de campo, e 
de modo hierárquico, somente o capitão deve dialogar 
com ele, utilizando e recebendo o título de “senhor”. 
As reclamações, dúvidas e questionamentos devem 
ser repassadas para o capitão e este poderá dialogar 
com o árbitro responsável pela partida. Cabe ao árbi-
tro garantir que a partida possa ocorrer de forma justa 
e leal (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
O árbitro é auxiliado por um juiz de linha, res-
ponsável por verificar os momentos em que a bola 
sai de jogo pelas linhas laterais e laterais do in-goal e 
as conversões após o try, e por um árbitro assistente, 
que além de cumprir a função do juiz de linha deve 
estar atento ao jogo sujo, auxiliando o árbitro princi-
pal (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
No Rugby Sevens, são permitidos sete jogadores 
dentro da área de jogo e mais cinco reservas nome-
ados. Uma vez que o jogador tenha sido substituí-
do, este não pode retornar ao campo de jogo nessa 
partida. Cada jogador é fundamental para que seu 
time obtenha sucesso. Suas posições recebem nomes 
específicos que, geralmente, englobam jogadores 
de portes físicos diferenciados. Temos os fowards 
(avançados) e os backs (recuados).
Fowards
Os fowards são os atletas com maior força física, 
possuem vantagens nos scrums, usando sua força 
para empurrar os adversários e garantir a posse de 
bola. Os fowards, são divididos em: dois pilares (ca-
misas 1 e 2) e o hooker (camisa 4), que geralmente 
disputam os scrums e os line-outs.
Backs
Os backs são muito mais leves e velozes, facilitando 
sua progressão pelo campo e finalização das 
jogadas. Os backs são divididos em: scrum-half 
(camisa 3), abertura (camisa 5), centro (camisa 6) 
e ponta (camisa 7).
• Pilares: ótimos defensores. Fortes e resis-
tentes, sustentam os scrums e auxiliam no 
line-out.
• Hooker (Talonador): forte e veloz, porém não 
tão grande quanto os pilares. É o responsável 
por puxar a bola nos scrums.
• Scrum-Half (Meio-Scrum): vínculo entre 
fowards e backs. Orienta constantemente sua 
equipe. Não é forte ou pesado. Geralmente 
um bom chutador.
• Fly-Half (Abertura): é o responsável pelas jo-
gadas de ataque do time, devendo ser ótimo 
em tomada de decisão. Forte e rápido, tam-
bém pode ser ótimo chutador.
• Centro: é inteligente, encontrando falhas na 
defesa adversária. Seus braços são fortes e é 
veloz. Está sempre sincronizado com os joga-
dores ao seu lado.
• Ponta: é o mais rápido da equipe e um exce-
lente finalizador de jogadas. Deve ser habili-
doso na recepção de bola, chute e defesa.
Figura 19 – Posições Rugby Sevens
Fonte: os autores.
162 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Início de Jogo e Posicionamento
Para o início da partida, os times deverão se posi-
cionar em campo. Um dos membros da equipe em 
posse de bola deverá dar um pontapé inicial (kick-
-off), a partir da linha central, e seus companheiros 
deverão se posicionar atrás do portador da bola no 
momento do chute. Os adversários, durante o chute 
inicial, devem estar posicionados a dez metros da 
linha central, podendo receber a bola e iniciar as 
jogadas. Após o chute, qualquer jogador que não 
esteja em situação de impedimento poderá receber 
a bola, passá-la ou chutá-la. (ANDRADE, 2016; 
WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Para facilitar a dinâmica dos passes, é preciso 
que a equipe se posicione em diagonal, de modo 
que os jogadores sempre se encontrem atrás da li-
nha da bola. Uma vez posicionados, a equipe pode 
trocar passes até encontrar um espaço vazio que 
oportunize transpor a defesa e seguir para o in-go-
al fazer o try. A defesa poderá utilizar a estratégia 
que julgar mais conveniente com a situação, po-
rém, a sugestão é de que se mantenham em linha 
reta, posicionando-se um ao lado do outro.
Figura 20 - Exemplo de posicionamento de início de jogo
Fonte: os autores.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 163
Pontuações
As pontuações, em qualquer modalidade esportiva, 
possuem seu valor, sendo fundamentais para estabe-
lecer um vencedor nas partidas. Sua principal forma 
de pontuar é o try (ensaio) com um valor de cinco 
pontos para a equipe que atravessar a linha de meta 
adversária e apoiar a bola no solo, sem derrubá-la ou 
perder o contato com alguma parte do corpo. Porém, 
além do try, existem outras formas de pontuar, como: 
o Pênalti try, o chute de conversão, o gol de pênalti 
(penalty kick) e o drop gol. Durante a execução dos 
chutes, com exceção do drop gol, a equipe adversária 
deve ficar posicionada a dez metros do local de co-
brança (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Pênalti Try
Ocorre quando um jogador que claramente teria 
finalizado marcado um try é impedido por meio 
do jogo sujo de seu adversário. Nesse caso, é apli-
cado um pênalti try, atribuindo sete pontos para a 
equipe que sofreu a falta. Nesse caso, não se deve 
realizar o chute de conversão (WORLD RUGBY 
LAWS, [2018], on-line)5.
Chute de Conversão
O chute de conversão deverá ocorrer quando um 
jogador consegue efetuar um try. No Rugby Sevens, 
para efetuar uma conversão, o jogador deve reali-
zar um drop kick em direção aos postes de gol. A 
bola deve passar acima do travessão e entre os pos-
tes laterais, somando mais dois pontos para a equi-
pe. O chute deve ser realizado dentro de um tempo 
de 30 segundos; do contrário, poderá ser anulado 
(WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Gol de Pênalti
O jogador deve realizar o chute de pênalti a partir do 
local onde sofreu a falta. Quando o pênalti ocorrer 
dentro do in-goal, deverá ser cobrado a 5 m da linha 
da meta, alinhada com o local da infração. Ao acer-
tar o chute, a equipe recebe3 pontos por um gol de 
pênalti (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Drop Gol
O drop gol ocorre quando o jogador consegue con-
verter um drop kick em direção aos postes durante 
o jogo aberto. Essa conversão equivale a três pontos 
(WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Impedimento
No Rugby, a bola representa a linha de impedimen-
to. Isso impossibilita que os jogadores em posse da 
bola recebam passes a frente dessa linha. A bola 
pode, ainda, ser chutada para frente, porém, somen-
te aqueles jogadores que estiverem atrás da linha da 
bola no momento do chute é que poderão recebê-la. 
(INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008).
Uma maneira simples de observar se o jogador 
está impedido é verificar se ele se encontra à frente 
da linha da bola no momento do chute ou passe re-
alizado por qualquer membro de sua equipe. Segun-
do a World Rugby Laws, [2018], on-line)5, o impedi-
mento no Rugby pode ocorrer:
• Quando um jogador impedido recebe a bola 
ou obstrui/atrapalha o adversário.
• Quando um membro da equipe do jogador 
impedido chuta a bola para frente e o jogador 
impedido não se coloca em posição legal an-
tes de se mover ao local onde a bola cai.
• Quando não cumpre a lei dos 10 metros.
164 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
A lei dos dez metros se aplica quando um jogador 
impedido está à frente de uma linha imaginária cru-
zando o campo, no momento do chute de seu compa-
nheiro, a dez metros do oponente que espera receber 
a bola, ou onde a bola irá cair. O atleta impedido deve 
sair imediatamente posicionando-se atrás dessa linha 
ou do companheiro que chutou a bola, sem interferir 
no jogo (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
É importante analisar a situação antes de sancionar 
uma punição. Por exemplo: o jogador, ao receber 
um passe para frente, que não foi intencional, não 
está impedido e não é marcando impedimento se 
o jogador estiver dentro do in-goal. Para se colo-
car em posição legal (ver Quadro 1), o atleta pode 
depender de si mesmo, de seus companheiros ou 
dos adversários.
Quadro 1 - Posição Legal no Rugby
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 165
Infrações
As infrações são registradas mediante algumas 
ações, como: forward pass, knock-on e jogo sujo.
• Foward pass: ocorre quando o jogador realiza 
um passe ou lançamento da bola para frente.
• Knock-on: ocorre quando o jogador perde o 
controle da bola, derrubando-a para frente.
Jogo sujo
Corresponde a ações contrárias às leis do jogo, in-
cluindo a obstrução, o jogo desleal, o jogo perigoso 
e a má conduta.
• Obstrução: empurrar o adversário, atrapa-
lhar o jogador em posse da bola, bloquear o 
tackleador, bloquear a bola.
• Jogo Desleal: infringir intencionalmente as 
leis do jogo, enrolar o jogo e perder tempo, 
jogar intencionalmente a bola para a lateral 
com as mãos.
• Jogo perigoso e má conduta: socos, golpes, 
chutes, pisotear um adversário, dar rastei-
ras, tackles perigosos (altos ou no oponente 
sem a posse da bola), levantar um jogador 
do chão e deixa-lo cair enquanto seus pés 
estão fora do chão, revidar a provocações 
e brigas, má conduta fora de jogo, obstruir 
um chutador, desrespeito ao árbitro ou aos 
oficiais da partida.
Sanções
As infrações das leis do jogo podem resultar em 
advertências, suspensões ou expulsões. No Ru-
gby Sevens, a suspensão deve durar dois minu-
tos, permitindo que o jogador retorne ao campo 
após cumpri-la. A suspensão ocorre com a apre-
sentação de um cartão amarelo ao jogador. A ex-
pulsão será realizada com o uso de um cartão 
vermelho, não permitindo que o jogador retorne 
à partida.
Quadro 2 – Exemplos de Infrações e Sanções
Infração Sanção Infração Sanção
Obstrução Pênalti Impedimento Pênalti
Jogo desleal Pênalti Foward-Pass Scrum
Perda de tempo Free-kick Demora na saída das 22 Free-kick
Jogo perigoso e má conduta Pênalti Equipe adversária avança na linha das 22 antes da bola ser chutada
Free-kick
Equipe com jogadores a mais em campo Pênalti Obstrução da Saída da linha das 22 Pênalti
Retorno de um jogador ao campo sem 
autorização do árbitro Pênalti
Investida contra um jogador que pediu 
Mark
Pênalti
166 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Uso de equipamento inapropriado Pênalti Sair da posição em pé, no ruck Pênalti
Tackleador não solta adversário após o 
tackle Pênalti
Não segurar os braços do adversário, 
ou apenas apoiar suas mãos sobre o 
adversário no ruck
Pênalti
Jogador tackleado não solta a bola após o 
tackle Pênalti
Cabeça abaixo da linha do quadril no 
ruck
Free-Kick
Tocar a bola evitando gol de Pênalti Pênalti Devolver a bola para dentro do Ruck Free-Kick
Não realizar o chute de conversão em 30 
segundos
Anulação 
do Chute Foward-Pass
Scrum
Fonte: adaptado de World Rugby Laws ([2018], on-line)5.
Mark
O mark ocorre quando a bola é chutada em pro-
fundidade e recebida por um jogador em sua área 
de 22 metros. Ao receber a bola, este deve gritar 
“MARK” e pode optar por chutá-la ou realizar uma 
cobrança curta e correr com a bola. O Mark não 
deve ocorrer após chutes de início e reinício de 
jogo. Ele também pode ser pedido por um jogador 
da equipe defensora na linha de in-goal (WORLD 
RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Além das sanções apresentadas para as faltas, a equi-
pe na qual foi outorgado o direito de pênalti ou free 
kick,pode optar por realizar um scrum, ganhando o 
direito de introduzir a bola.
Free-kick
O free kick consiste em uma forma de cobrança após 
uma infração, em que o jogador pode optar pelo 
tipo de chute que irá utilizar, podendo ser realizado 
um punt ou um drop kick.
Scrum
O scrum, no Rugby Sevens, é uma formação com o 
objetivo de reiniciar a partida de modo rápido e im-
parcial, executada com três jogadores de cada equi-
pe. Os jogadores (dois pilares e um hooker) de cada 
equipe devem se unir em uma linha, interligando 
cabeças e ombros para criar um túnel. Esse túnel irá 
permitir que o scrum-half coloque a bola em dispu-
ta. Somente o hooker deverá tentar chutá-la para trás 
para que seu scrum-half coloque a bola em jogo no-
vamente (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Figura 21 - Scrum
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 167
Line-Out (alinhamento Lateral)
O line-out consiste na cobrança de lateral. Para ser 
executado, necessita de quatro jogadores: dois le-
vantadores, um saltador e um lançador.
Levantadores
Devem se manter um à frente e outro atrás do salta-
dor, com as pernas flexionadas e afastadas na largura 
dos ombros. Para levantar, o jogador posicionado à 
frente do saltador deverá apoiar suas mãos logo acima 
dos joelhos, enquanto que o de trás deverá segurar no 
calção. A força para levantar deverá estar concentrada 
nos membros inferiores, utilizando as mãos somente 
para o empurrão final, finalizando estendidas.
Saltador: deverá realizar um salto para cima, es-
tendendo seu corpo para facilitar o movimento dos 
levantadores. Ao saltar, o jogador deve contrair toda 
a musculatura do abdome e membros inferiores, 
além de disponibilizar as mãos para receber a bola.
Lançador: deverá se posicionar a cinco metros 
do line-out. A bola deverá ser segurada com as duas 
mãos e elevada atrás da cabeça. Para realizar o lança-
mento, o jogador deverá girar a bola de modo seme-
lhante ao passe spin, finalizando o movimento com 
os braços estendidos acima da cabeça e as palmas da 
mão voltadas para frente.
Figura 22 - Line-out
Figura 23 - Lançador
ESPORTES COMPLEMENTARES 
168 
VARIAÇÕES DO RUGBY
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 169
Além do Rugby XV e do Rugby Sevens, existem ou-
tras variações que permitem sua aprendizagem de 
modo simplificado. Abordaremos aqui o Rugby Bea-
ch, o Touch Rugby e o Tag-Rugby.
RUGBY BEACH
O Rugby Beach (Rugby de praia/areia) é uma forma 
simplificada de jogar a modalidade trazendo poucas 
regras e necessitando, como “campo de jogo”, apenas 
uma quadra de areia. Para competições oficiais, a 
World Rugby Laws ([2018], on-line)5 recomenda um 
campo de jogo com 31 metros de comprimento e 25 
metros de largura. Essa variação pode ser jogada por 
homens e mulheres de várias idades e níveis deex-
periência. Para jogar, são necessários de cinco a sete 
jogadores de cada lado, podendo variar conforme as 
regras de cada competição. O tempo de jogo varia 
entre dois tempos de cinco a sete minutos.
O jogo se inicia com um free kick ou um punt kick. 
É permitido que os jogadores em posição legal recebam 
a bola e deem continuidade ao jogo. No Rugby Beach, 
é permitido tacklear os jogadores adversários que este-
jam portando a bola, seguindo a dinâmica do Rugby Se-
vens, porém sem scrum, line-out e sem chute aos postes 
(H). As penalidades devem ser cobradas com um free 
kick e o try é a forma de pontuar, valendo apenas 1 (um) 
ponto (WORLD RUGBY LAWS, [2018], on-line)5.
Figura 24 - Rugby Beach
Veja um exemplo do Rugby 
Beach, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
170 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
TOUCH RUGBY
O Touch Rugby segue a mesma dinâmica do Ru-
gby Beach, contudo, essa variação é jogada com 
o mínimo de contato físico. Pode ser jogado 
na areia, nos gramados e em espaços físicos de 
piso duro. O Touch também pode ser jogado de 
forma mista, sem quaisquer restrições. Para jo-
gá-lo de forma livre, o espaço físico e o número 
de jogadores pode ser adaptado de acordo com 
suas necessidades. Entretanto, para a realização 
de competições oficiais, existem algumas regras 
trazidas pela Federação Internacional de Touch 
(FIT, [2018], on-line)12.
De acordo com a FIT (2018], on-line)12, o 
campo deve ter uma extensão de 70 metros por 
50 metros de largura. São necessários seis joga-
dores em campo e, no máximo, sete no banco de 
reservas. Nessa modalidade, a única forma de 
contato permitida é o touch, que consiste em to-
car no jogador em posse da bola. Uma vez tocado, 
o adversário deve disponibilizar imediatamente a 
bola no solo para que um companheiro de equipe 
venha buscá-la.
Veja um exemplo do Touch 
Rugby, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Veja um exemplo do Tag 
Rugby, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
São permitidos 6 (seis) touchs por equipe antes 
de trocar a posse de bola. Contudo, se o jogador re-
alizar um knock on, a posse de bola deve ser trocada 
imediatamente, reiniciando o jogo com um roll ball 
(pisando na bola e rolando para trás, ou rolando ela 
para trás com as mãos por entre suas pernas), os de-
mais jogadores devem se afastar cinco metros para 
a realização do roll ball. As pontuações ocorrem ao 
atravessar o campo e apoiar a bola no chão, realizan-
do o try que, nessa variação, vale apenas um ponto.
TAG-RUGBY
O Tag-Rugby é uma variação excelente para inicia-
ção. Pode ser praticada por todas as faixas etárias, 
e na composição do time em meio escolar é reco-
mendado que haja dois meninos e duas meninas, 
no mínimo. O Tag-Rugby conta com um estímulo 
visual e palpável que são as fitas (tags), facilitando a 
organização do jogo e sua arbitragem, uma vez que, 
o jogador em posse de bola só deve cessar seu movi-
mento quando sua fita for retirada.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 171
Segundo Portugal Rugby (2011), o Tag-Rugby possibili-
ta inúmeras vivências pelos alunos, trazendo benefícios 
a sua aprendizagem e desenvolvimento motor. Permite 
a socialização, a convivência, o respeito e a integração 
de meninos e meninas de diferentes tipos físicos, fa-
vorecendo a inclusão e o êxito em um esporte no qual 
todos são necessários para que a equipe possa vencer.
Esta variação pode ser jogada entre cinco a sete 
jogadores em cada lado do campo/quadra. O espaço 
recomendado é de 20x40 m ou 30x50 m e o jogo divi-
de-se entre dois tempos de cinco a sete minutos. As-
sim como o Touch, a dinâmica do jogo acontece sem 
scrums, line-outs e sem chute aos postes. O início do 
jogo ocorre no centro do campo com um free kick/
tap kick e após a realização do try, reinicia no centro 
da quadra com um free kick, cobrado pela equipe que 
sofreu o try (PORTUGAL RUGBY, 2011).
Possui como objetivo conquistar território e reali-
zar o try que, nessa variação, também vale um ponto. 
Apesar de não trabalhar o Rugby como um todo, no 
Tag-Rugby, encontramos os principais fundamentos 
dessa modalidade, como o passe, a recepção, o side-step, 
a progressão e o try (PORTUGAL RUGBY, 2011).
O Tag-Rugby não utiliza o contato físico. Em seu 
lugar, são utilizadas duas fitas com velcro, presas 
em cada lado da cintura do jogador. Para cessar a 
progressão adversária, é preciso retirar uma tag do 
jogador que está portando a bola. Ao trabalhar com 
essa modalidade nas escolas, fica a sugestão de uti-
lizar, como alternativa, fitas confeccionadas com o 
T.N.T ou algum tipo de tecido (ANDRADE, 2016).
Após ter a tag retirada, o portador da bola tem 
três segundos para passar a bola para seus compa-
nheiros. Os defensores, ao retirar uma tag, devem 
levantá-la para cima, gritar Tag e devolver ao porta-
dor da bola. As faltas e as saídas de bola pelas laterais 
mudam automaticamente a posse da bola e levam 
a equipe adversária a se posicionar a cinco metros 
de distância (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE 
RUGBY, [2018], on-line)2.
A cobrança de falta deverá ser realizada com um 
Free-Kick. As faltas ocorrem quando o jogador toca a 
bola de modo intencional com seus pés, quando re-
alizam knock on ou passam a bola para frente, além 
de jogadas perigosas que possam ferir a integridade 
física dos jogadores (PORTUGAL RUGBY, 2011).
Como ensinar o Rugby para nossos alunos? Quais os possíveis desafios e dificuldades encontrados na prática 
escolar e iniciação esportiva? Identificadas as dificuldades, como superá-las?
REFLITA
Figura 25 - Tag-Rugby
172 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
MODELOS DE EXERCÍCIOS 
DE INICIAÇÃO NO 
ENSINO DO RUGBY
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 173
Olá, aluno(a), chegamos ao último tópico desta uni-
dade. Para auxiliar em suas vivências enquanto alu-
no(a) e futuro(a) professor(a), traremos aqui algumas 
sugestões de exercícios trazidos pela Coaching World 
Rugby, [2018], on-line)6, além de ideias oriundas de 
vivências experienciadas pela autora desta unidade.
Para a World Rugby (2014), esportes como o 
Rugby promovem o respeito, a interação social, a 
amizade, a solidariedade, dentre outros valores, esti-
mulando a autoestima e a autoconfiança dos alunos. 
Possibilita o desenvolvimento de habilidades funda-
mentais para a vida, como: a disciplina, o autocontro-
le, a tomada de decisão, a liderança e a concentração.
Para a iniciação com o Rugby, é recomendado o 
uso do Tag-Rugby e do Touch Rugby, modalidades 
explicadas no item 3 desta unidade. Porém, ao tra-
balhar somente essas variações, acabamos por dei-
xar de lado muitos fundamentos que enriquecem as 
experiências corporais de nossos alunos.
Para a experimentação de fundamentos que 
envolvem quedas e contato físico, na ausência de 
gramados, recomendamos o seu ensino utilizando 
placas de E.V.A (tatame), colchonetes para ameni-
zar o impacto. É importante que o professor esteja 
constantemente atento e oriente seus alunos corre-
tamente na execução de tackles, line-outs e scrums, 
evitando acidentes e proporcionando um ótimo 
momento de aprendizagem.
De acordo com Andrade (2013), para que o 
aluno possa compreender e jogar a modalidade 
corretamente, sua técnica é fundamental, dimi-
nuindo os riscos de lesões na prática. Além do en-
sino das técnicas, é possível realizar um caminho 
de reconstrução da história da modalidade com 
seus alunos, possibilitando refletir e compreender 
o contexto no qual surgiu a modalidade a partir 
do futebol.
1. Jogo: do Futebol ao Rugby
2. Objetivo: conhecer a história da modalidade e compreender sua transição do esporte de origem até o Rugby.
3. Materiais: bola de futebol, fitas de tag, bola de Rugby.
Início: o jogo se inicia com as regras básicas do futsal, 
em que os alunos devem conduzir a bola com os pés e 
tentar fazer o gol.
Primeira alteração: além dos pés, os alunos podem 
correr com a bola nas mãos, mas só podem fazer pas-
ses e gols com os pés.
Segunda alteração: a bola só pode ser passada com 
asmãos (passes livres).
Terceira alteração: não se pode mais usar os pés 
para passar ou conduzir a bola, apenas para finalizar. 
Os passes com as mãos poderão ser feitos somente 
para trás. Se a bola cair, troca a posse de bola.
Quarta alteração: os goleiros entram no jogo e o gol 
(try) só poderá ser feito dentro do gol e apoiando a 
bola no solo. Ao tocar o adversário em posse da bola, 
ele deverá parar e passar a bola.
Final: a partir desse momento seguir a regra do Touch 
Rugby, caso necessário, entregar as fitas e realizar um 
jogo de tag.
174 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
1. Jogo: Touch com suicídio
2. Objetivo: desenvolver a recuperação rápida da 
defesa em situações que exijam reposicionamento 
constante.
3. Materiais: cones e bola de Rugby
4. Como Jogar: Utilizando a regra básica do Rugby Touch, os 
jogadores deverão realizar troca de passes e progressões em 
campo. Quando um jogador de defesa realizar um touch, ele 
deverá correr até o cone, tocar no chão e voltar para marcar. 
O jogador de defesa só poderá voltar a marcar após realizar o 
exercício de suicídio no campo.
Cone
Defesa
Ataque
Bola
Trajeto
do jogador
Figura 26 - Defesa com suicídio
Fonte: os autores.
1. Exercício: Quadrado de Passes
2.Objetivo: aprimorar habilidades de passe, recep-
ção e deslocamento.
3. Materiais: cones e bola de Rugby
4. Como Jogar: os jogadores deverão formar 4 filas for-
mando um quadrado a 2 ou 3 metros de distância. Um 
jogador deverá ficar posicionado no centro do quadrado. 
O jogador da fila A deverá passar a bola ao jogador do 
centro e tomar seu lugar. O Jogador do centro deverá 
passar a bola para a fila B e entrar no final da fila, e assim 
o exercício segue até que todos tenham passado por 
todas as filas e pelo centro.
Variação 1: duas bolas e dois jogadores no centro. Um 
de costas para o outro.
Cone
Bola
Trajetória
do jogador
no cone
Trajetória
do jogador
do centro
Figura 27 - Passes com deslocamento
Fonte: os autores.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 175
1. Exercício: Diagonal de passes
2.Objetivo: aprimorar habilida-
des de passe para trás, recepção 
em deslocamento e formação 
em diagonal
3. Materiais: cones e bola de 
Rugby
4. Como Jogar: formar uma diagonal com os cones e posicionar os alunos 
em cada cone. No primeiro cone, ficará o aluno em posse de bola, ele deverá 
trotar e passar a bola para o aluno do segundo cone (que deverá ultrapassá-
-lo após receber a bola) e assim o exercício segue até o último aluno.
Obs: esse movimento de ultrapassar o colega após receber a bola permite 
que a diagonal vá sendo construída novamente para que a bola possa ir e 
voltar a qualquer momento.
Variação 1: fazer a bola ir até o final da linha de passe e voltar até o início 
novamente (sempre em deslocamento).
Variação 2: fazer um passe mais longo pulando um jogador. Exemplo: joga-
dor 1 passa para o jogador 3, o 3 passa para o 5.
Cone
Bola
Trajetória
do jogador
Trajetória
da bola
Figura 28 - Diagonal de passes
Fonte: adaptada de World Rugby Coaching, [2018], on-line)6.
1. Jogo: Tag com superiorida-
de numérica
2.Objetivo: promover situa-
ções de jogo com superiorida-
de numérica.
3. Materiais: cones, Tags e 
bola de Rugby
4. Como Jogar: iniciar o jogo de Tag-Rugby em uma situação de 3 jogadores no 
ataque contra 2 na defesa. A equipe no ataque deverá aproveitar a superiorida-
de numérica para tentar avançar e fazer o try. A defesa deverá pensar em meios 
de barrar a progressão adversária mesmo com um número inferior. O professor 
delimita o tempo de jogo e vai modificando as equipes de ataque e defesa.
Variação 1: aumentar as situações de superioridade (4x3, 5x4, 6x5, 7x6).
Variação 2: inverter a situação de jogo, tornando o ataque com inferioridade 
e a defesa com superioridade, visando encontrar furos na defesa e progredir 
para marcar try.
Ataque
Defesa
Ataque
Defesa
Figura 29 - Superioridade Numérica
Fonte: adaptada de World Rugby Coaching, [2018], on-line)6.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
176 
As sugestões apresentadas nesta unidade nos 
trazem alguns caminhos para trabalhar a ini-
ciação do Rugby, contudo, adaptações e novas 
estratégias metodológicas para o ensino des-
sa modalidade podem ser necessários para 
contemplar as diferentes realidades, nas quais 
nosso aluno está inserido. É importante ob-
servar que, conforme o aluno se desenvolve, 
novos fundamentos podem ser acrescentados, 
sempre avançando e retrocedendo, permitin-
do, deste modo, que o aluno possa se apro-
priar e refletir acerca de sua própria prática.
 177
considerações finais
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final desta unidade! Tivemos oportunidade de conhe-
cer um pouco da história do Rugby, seus princípios e valores, suas regras e fundamen-
tos, além das variações e sugestões para sua prática de iniciação nesta modalidade.
A partir de nossas discussões, pudemos perceber que o Rugby, apesar de ser um 
esporte que surgiu dentro das escolas, em nosso país ainda enfrenta resistência de 
pais e professores, movidos pelo receio de trabalhar com uma modalidade que traz 
em sua raiz uma alta incidência de contato físico.
As sugestões aqui apresentadas nos mostram que é possível, sim, desenvolver 
um ótimo trabalho com a modalidade e, ao mesmo tempo, cuidar da segurança 
de nossos alunos. O contato físico pode ser inserido aos poucos, conforme o 
aluno progride, permitindo que ele se aproprie cada vez mais de elementos es-
pecíficos da modalidade.
Nas escolas, além dos recursos apresentados, é possível trabalhar com livros, 
imagens, vídeos, seminários e um contato orientado em colchonetes e superfícies se-
guras. Para incentivar a prática, fica a sugestão de realizar visitas aos clubes próximos 
a cidade, realização de festivais de Tag-Rugby com terceiro tempo, apresentações 
abertas à comunidade proporcionando um momento familiar de interação, diversão 
e difusão da modalidade.
Além de uma rica experiência corporal, o Rugby proporciona a formação de ca-
ráter, a disciplina e a socialização, mostrando a importância de respeito, da solida-
riedade e do companheirismo. Nós, enquanto professores, somos responsáveis por 
propagar esses valores, auxiliando no desenvolvimento e formação de nossos alunos, 
não apenas para o esporte, mas também para a vida!
Caro(a) aluno(a), esperamos que, a partir dessa leitura inicial, novas inquieta-
ções e curiosidades tenham surgido, proporcionando um momento de buscas e re-
flexões acerca de sua prática enquanto futuro professor.
considerações finais
178 
atividades de estudo
1. O Rugby é um esporte que foi criado em terras In-
glesas no ano de 1823, na cidade de Rugby, onde 
os alunos da Rugby School, em meio à ação ilegal 
de um jogador, que tomou a bola de futebol em 
suas mãos e correu em direção ao gol sem per-
mitir que fosse parado, deram origem ao mito do 
Rugby, difundido historicamente por seus joga-
dores. Assinale corretamente o nome do jogador 
responsável por executar essa jogada ilegal e, 
consequentemente, dar origem ao Rugby?
a) Joseph Jason Momoa.
b) Charles William Miller.
c) Thomaz Arnold.
d) Jorah Eduard Mormonn.
e) William Web Elis.
2. O jogo de Rugby apresenta algumas caracterís-
ticas e regras específicas que o diferenciam das 
outras modalidades esportivas. Deste modo, du-
rante sua prática, o jogador deve avançar e se 
posicionar constantemente, evitando estar im-
pedido. Uma maneira simples de observar se o 
jogador está impedido é verificar se ele se encon-
tra à frente da linha da bola no momento do chu-
te ou passe realizado por qualquer membro de 
sua equipe. Com base nas informações, cite as 
três formas de impedimento trazidas pela World 
Rugby Laws, [2018], on-line)5.
3. O Tag-Rugby é uma variação excelente para ini-
ciação. Pode ser praticada por todas as faixas 
etárias, e na composição do time em meio esco-
lar é recomendado que haja dois meninos e duas 
meninas no mínimo. O Tag-Rugby conta com um 
estímulo visual e palpável que são as fitas (tags), 
facilitando a organização do jogo e sua arbitra-
gem, uma vez que ojogador em posse de bola só 
deve cessar seu movimento quando sua fita for 
retirada. Pensando no trecho, assinale a(s) afir-
mativa(s) correta(s):
I - O ensino do Tag-Rugby é inviável, uma vez 
que pode lesionar os alunos em virtude 
do contato físico constante.
II - O uso das Tags facilita a compreensão 
acerca das regras do jogo, permitindo 
que, ao jogar, saiba o momento exato em 
que deve parar e reiniciar o jogo por meio 
da retirada das tags.
III - O Tag-Rugby é uma alternativa exclusiva-
mente voltada para as escolas, sendo to-
talmente inviável ensinar outras técnicas 
da modalidade em meio aos pisos duros.
IV - Apesar do ensino do Tag-Rugby ser uma 
ótima alternativa para a iniciação, o pro-
fessor não deve se prender somente a 
essa variação, é preciso proporcionar, ao 
aluno, momentos em que ele possa in-
teragir, reconhecer e vivenciar os outros 
movimentos da modalidade, desde que 
seja planejado e executado de modo se-
guro.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e IV estão corretas.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Apenas I, III e IV estão corretas.
4. O Rugby é um esporte de invasão e contato físi-
co, muito popular no campo mundial. Considera-
do um esporte de ogros jogado por cavalheiros, 
traz junto às leis do jogo princípios e normas de 
conduta, difundidos como fundamentais para a 
prática da modalidade. Seus fundamentos e re-
gras trazem uma complexidade inicial, justamen-
te por apresentar movimentos que não estamos 
habituados, por exemplo, realizar os passes 
somente para o lado ou para trás. Os desafios 
trazidos pela modalidade são excelentes para di-
 179
atividades de estudo
versificar nossas aulas e evitar que nossos alunos 
sintam-se excluídos por não terem suas habilida-
des desenvolvidas, gerando um ambiente amis-
toso onde todos devem se ajudar para aprender 
e alcançar seus objetivos. Reflita sobre o texto e 
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) O Rugby é um esporte extremamente agres-
sivo oriundo da Nova Zelândia, país com um 
dos melhores Rankings mundiais no Rugby e 
muito conhecido hoje por sua equipe intitula-
da All Blacks.
( ) Os passes com as mãos, no Rugby, podem ser 
realizados para frente, somente depois que 
seu companheiro realizar um drop-kick e repor 
rapidamente a bola em jogo.
( ) O alinhamento lateral (line-out) ocorre quando 
a bola ultrapassa a linha lateral, necessitando 
de três jogadores para formar o elevador.
( ) O Tag-Rugby é uma ótima alternativa para a 
iniciação do Rugby, uma vez que pode ser tra-
balhado em pisos duros e evita o contato físico 
entre os alunos, proporcionando um ambiente 
amigável e divertido.
( ) O Rugby XV foi a modalidade criada, inicialmen-
te, pelos Ingleses, sendo adaptada posterior-
mente e difundida também em uma variação 
conhecida como Rugby Sevens.
5. Andrade (2016) aponta que o ensino do Rugby 
deve permitir ao aluno a reflexão acerca de sua 
história, seus princípios e valores e sua essência 
enquanto formador de caráter. Ao ser trabalha-
do na iniciação ou nas escolas, deve oportunizar 
ao aluno não só a vivência, mas a apropriação do 
conhecimento teórico e prático, permitindo que 
possa desenvolver suas habilidades motoras e 
cognitivas. O conhecimento técnico permite ao 
aluno a prática da modalidade de forma mais 
eficiente e com um menor dispêndio de energia. 
Pensando nos fundamentos técnicos da modali-
dade, assinale a alternativa correta.
I - As técnicas de chute no Rugby também 
podem ser utilizadas como forma de co-
brança de falta, por meio de um free-kick.
II - Apesar de gerar contato brusco, o tackle 
e o scrum, se executados corretamente, 
não representam nenhum risco de lesão 
aos atletas.
III - O passe no Rugby é um fundamento mui-
to importante e necessita de constante co-
municação, permitindo que os jogadores 
possam se localizar e realizá-lo de modo 
eficiente, mantendo a posse de bola.
IV - Todos os fundamentos podem ser ensina-
dos e trabalhados no ambiente escolar e 
na iniciação, desde que o professor tome 
os devidos cuidados para manter a segu-
rança de seus alunos.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e IV estão corretas.
c) Apenas IV está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Apenas I, III e IV estão corretas.
180 
LEITURA
COMPLEMENTAR
A estrutura proposta por Andrade (2016) traz um esboço 
que não deve ser tratado como manual de instruções, 
mas possibilita a reflexão e reconstrução a partir da re-
alidade na qual se insere. A autora sugere a organização 
em três temas: aspectos históricos, aspectos técnicos e 
aspectos sociais.
Aspectos Históricos (Origem do Rugby) - apresenta a 
origem do Rugby contextualizando a prática do aluno 
por meio:
• Da realização de jogos que demonstrem sua ori-
gem no futebol e sua evolução até Rugby.
• Vídeos e imagens que tragam características do país 
de origem, da modalidade em si e que facilitem a 
compreensão da criança acerca dessa origem.
• Rodas de histórias: onde o professor pode contar, re-
presentar ou possibilitar que as crianças façam parte 
da representação, contando a história do Rugby.
Aspectos técnicos da modalidade (características do 
Rugby, Tag-Rugby). Possibilitar que o aluno seja introdu-
zido ao mundo dessa modalidade. Para isso, o professor 
tem como alternativa apresentar:
• O Union e o Rugby Sevens: por meio de vídeos e 
imagens, uma vez que sua prática como um todo 
(com contato físico), não é recomendada ainda nes-
se período, pelo alto risco de lesões.
• Os materiais necessários para a prática: o professor 
pode trazer para a aula a bola e os equipamentos uti-
lizados, mostrar por meio de imagens, recortes etc.
• Regras e fundamentos básicos: devem ser traba-
lhados para que a criança possa se apropriar desse 
conhecimento, conseguindo, desta forma, jogar o 
Tag-Rugby.
• Princípios e valores: muito defendidos na modali-
dade, visando sempre à formação do aluno para a 
coletividade.
• Terceiro-tempo: possibilitar eventualmente a re-
alização de jogos, e ao término desses jogos, a 
participação do terceiro tempo, a partir da qual as 
crianças podem dividir comidas e bebidas, além de 
brincar e socializar os conhecimentos que já adqui-
riram.
• O Tag-Rugby deve ser utilizado como uma forma ini-
cial de se apropriar da modalidade, possibilitando 
que o aluno aprenda as formas de movimentação e 
regras básicas do jogo. É possível trabalhar funda-
mentos como: passes, corridas, recepções, ataque 
(progressão com a bola), defesa (evitar progressão 
adversária), linhas de ataque e defesa (formas de 
organização básicas de ataque e defesa).
Aspectos Sociais (Organizações de festivais): a ideia 
principal deste conteúdo é organizar para os alunos, fes-
tivais abrindo as portas para a comunidade escolar (pais, 
professores).
• Possibilitar um momento lúdico para a criança, no 
qual possa interagir, mostrar e ensinar o que pode 
aprender sobre a modalidade em seus aspectos 
históricos e técnicos.
• Realização do terceiro tempo, em que todos podem 
se alimentar e trocar abertamente suas novas ex-
periências em meio à modalidade.
Fonte: adaptada de Andrade (2016).
 181
material complementar
O link a seguir possibilita a compreensão da técnica de execução dos passes.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CNDjdYkHRmg>.
O vídeo a seguir possibilita sua compreensão sobre o side-step no Rugby
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zjLgoReDBGw>.
O vídeo facilita a compreensão da técnica do maul no Rugby.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ak_QWAAtvFo>. 
O link, a seguir, apresenta de forma simples a execução da técnica do tackle. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=QiOzQprHjkE&t=38s>. 
O link, a seguir, nos mostra a forma correta de levantar um jogador no lite-out. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=9XdtrQfgZSA>.
Indicação para Acessar
ForeverStrong - Para Sempre Vencedor
2008
Sinopse: após um acidente de trânsito, o jogador adolescente de rúgbi, Rick, vai 
para a cadeia. Lá, recebe uma outra chance quando é chamado para fazer parte 
do time local, mas deve seguir regras rígidas de conduta. Seu grande desafio 
chega quando deve enfrentar seu antigo time, treinado por seu próprio pai.
Indicação para Assistir
Invictus
2009
Sinopse: após o fim do apartheid, o recém-eleito presidente Nelson Mandela 
lidera uma África do Sul que continua racial e economicamente dividida. Ele 
acredita que pode unificar a nação por meio da linguagem universal do esporte. 
Para isso, Mandela junta forças com Francois Pienaar, capitão do time de rúgbi, 
promovendo a união dos sul-africanos em favor do time do país na Copa Mun-
dial de Rúgbi de 1995.
Indicação para Assistir
https://www.youtube.com/watch?v=zjLgoReDBGw
https://www.youtube.com/watch?v=Ak_QWAAtvFo
https://www.youtube.com/watch?v=QiOzQprHjkE&t=38s
https://www.youtube.com/watch?v=QiOzQprHjkE&t=38s
https://www.youtube.com/watch?v=9XdtrQfgZSA
https://www.youtube.com/watch?v=9XdtrQfgZSA
182 
referências
AGUIAR, F. R. Valores presentes na prática do rugby 
em um clube de Porto Alegre. Porto Alegre: Uni-
versidade Federal do Rio Grande do Sul, 2011 Dis-
ponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/
handle/10183/39322/000825637.pdf?sequence=1>. 
Acesso em: 12 set. 2018.
ANDRADE, J. L. O Rugby para além dos campos: 
possíveis contribuições para o desenvolvimento das 
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live/wp-content/uploads/sites/7/2012/08/dummy-
-pass1.jpg>. Acesso em: 11 set. 2018.
1. E.
2. O impedimento no Rugby ocorre: a. Quando um jogador impedido recebe a bola ou obstrui/atrapalha o 
adversário. b. Quando um membro da equipe do jogador impedido chuta a bola para frente e o jogador 
impedido não se coloca em posição legal antes de se mover ao local onde a bola cai. c. Quando não 
cumpre a lei dos 10 metros.
3. B.
4. F, F, V, V, V.
5. E.
10Em: <http://farm1.static.flickr.
com/253/460295283_323f131e30.jpg>. Acesso em: 
11 set. 2018.
11Em: <https://visualhunt.com/f2/pho-
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2018.
12Em: <https://www.internationaltouch.org/>. Aces-
so em: 11 set. 2018.
Professora Mariana Amendoa Puppin Akiyama
Professor Jiusom Tokumi Akiyama
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Das raízes à modernidade: Beisebol, um esporte em 
evolução
• Equipamentos do Beisebol
• Posição e função dos jogadores em campo
• Regras do beisebol e dinâmica de jogo
• O “Minibeisebol”: uma estratégia pedagógica
Objetivos de Aprendizagem
• Inserir o leitor no universo do beisebol por meio da 
história, tradição e expansão do esporte.
• Estudar sobre os equipamentos utilizados para o jogo.
• Apresentar as posições dos titulares e suas respectivas 
funções em campo.
• Proporcionar o contato com o conhecimento da 
modalidade, bem como suas regras e dinâmica de jogo.
• Habilitar os alunos para o ensino da modalidade em 
escolas e clubes.
ESPORTES DE CAMPO-E-TACO: 
BEISEBOL
unidade 
V
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a). Seja bem-vindo(a) à Unidade 5. Nesta unidade, falaremos sobre o Beisebol, esporte que vem cres-cendo muito no Brasil e ganhando milhares de amantes e adeptos. Embora ele já esteja presente em nosso território 
há mais de cento e cinquenta anos, ainda precisa ser conhecido por mui-
tos brasileiros e ser desenvolvido no país. Esta informação tão importan-
te deve estar fazendo você se questionar: “Como assim? Existe beisebol 
no Brasil durante todo esse tempo e eu não sabia?” E a nossa resposta 
para você é sim, isso mesmo! 
O Beisebol chegou ao Brasil nos anos de 1850 por meio de funcioná-
rios americanos de uma empresa de telefonia, mas não se consolidou com 
eles. Foi por meio dos imigrantes japoneses, que desembarcaram no Bra-
sil pelo navio Kasato Maru, em 1908, no porto de Santos, que o esporte 
se sustentou até os dias de hoje em nosso território nacional. No entanto, 
esses imigrantes que trabalhavam nas lavouras de café nos estados de São 
Paulo e Paraná, bem como em outros estados, serviam-se do esporte com 
intuito recreativo. Desta forma, juntavam-se com os amigos para matar a 
saudade de sua terra natal, e durante muitos anos, o beisebol se manteve 
desconhecido para várias pessoas e praticamente inexplorado.
Para introduzi-lo melhor neste tema, esta unidade foi cuidadosamen-
te preparada para lhe apresentar um conhecimento global sobre o moda-
lidade, bem como seus aspectos históricos, táticos, técnicos e as nuances 
do jogo. Sua estrutura pedagógica está organizada em tópicos, passando 
pelo período da criação, o momento da chegada no Brasil e como se de-
senvolveu até os dias de hoje. 
Deste modo, desejamos a você uma boa leitura, que esta unidade 
possa lhe preparar para as oportunidades que surgirem em sua carreira 
profissional, que você consiga desenvolver suas capacidades de profissio-
nal do movimento nesta modalidade, que possa proporcionar aos seus 
futuros alunos um excelente desenvolvimento dascapacidades motoras, 
intelectuais e sociais. Bons estudos!
ESPORTES COMPLEMENTARES 
188 
DAS RAÍZES À MODERNIDADE: 
BEISEBOL, UM ESPORTE EM EVOLUÇÃO
Figura 1 - Equipe de beisebol da People’s Drug Store, membros das equipes amadoras de Washington 1921
Neste tópico, vamos explorar um pouco sobre a 
história do beisebol, sua criação, expansão e con-
temporaneidade. Esperamos que esta unidade 
possa proporcionar uma experiência animadora 
nesse novo universo que nos reserva várias sur-
presas pelo caminho.
Não é possível datar exatamente quando o 
beisebol nasceu, porém, há relatos de um certo 
jogo, praticado na Inglaterra, chamado Rounders, 
de onde pode ter surgido os primeiros traços do 
beisebol. Oficialmente, o beisebol surgiu com os 
Knickerbocker Base Ball Club, na cidade de Nova 
York, em meados de 1845, fundado por Alexander 
Cartwrigth. A partir de então, o jogo foi ganhando 
espaço no coração dos novaiorquinos e dos ameri-
canos de forma geral, vindo a tornar-se, hoje, uma 
paixão nacional, capaz de reunir mais de cinquenta 
mil pessoas em um estádio, para se divertir assis-
tindo aos jogos, como é o caso do Dodger Stadium, 
na cidade de Los Angeles.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 189
Há relatos de que o Beisebol foi trazido para o Bra-
sil no Século XIX, por funcionários americanos da 
empresa Light, companhia telefônica e Frigorífico 
Armour, que praticavam o esporte onde hoje é o 
Parque Antártica, estádio do Palmeiras, mas não 
se encontra relatos da continuidade dessa ativida-
de dos americanos no Brasil.
Portanto, em 1908, desembarcou no Brasil, tra-
zendo os primeiros imigrantes japoneses, o Navio 
Kasato Maru, por meio dos quais o beisebol começa 
a deixar seu legado no país. Os imigrantes recém-
-chegados ao Brasil instalaram-se em sua grande 
maioria nos estados do Paraná e São Paulo, para 
trabalhar na lavoura de café, contudo, em seus mo-
mentos de descanso, com caráter recreativo e de re-
cordar suas origens, praticavam o beisebol.
O beisebol foi levado nesse intuito durante mui-
tos anos, ao se tornar mais competitivo em meados de 
1920 e 1940. Em setembro de 1946, com o objetivo de 
formalizar as competições que aconteciam no estado 
de São Paulo, foi criada a Federação Paulista de Beise-
bol e Softbol (FPBS) e, neste mesmo ano, com 13 equi-
pes filiadas, foi disputado o Campeonato Estadual de 
Beisebol. Surge, no ano de 1990, a Confederação Bra-
sileira de Beisebol e Softbol (CBBS, [2018], on-line)1, 
fundada para regulamentar e promover as competi-
ções em âmbito nacional, desta forma, ampliando o es-
paço para a difusão do esporte em território nacional. 
Atualmente, são cerca de 25 clubes filiados à CBBS, os 
quais disputam torneios regionais e nacionais.
Os atletas brasileiros, Ian Gomes, André Rienzo, 
Paulo Orlando, Thiago Vieira, entre outros, são as 
estrelas brasileiras que brilham no beisebol ameri-
cano e carregam uma geração de novos jogadores 
brasileiros com o mesmo sonho de desbravar cada 
vez mais o beisebol mundial.
Figura 2 - Dodger Stadium na cidade de Los Angeles, California.
ESPORTES COMPLEMENTARES 
190 
EQUIPAMENTOS DO BEISEBOL
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 191
Após nos entusiasmar com os aspectos históricos que 
permeiam o beisebol, acredito que a vontade de seguir 
em frente tenha aumentado ainda mais, não é mesmo?
Antes de conhecermos os aspectos táticos do jogo, 
precisamos conhecer de que forma jogam, onde jo-
gam e como atuam os jogadores dentro do campo de 
beisebol. Para isso, falaremos um pouco sobre o cam-
po e suas dimensões os equipamentos utilizados pelos 
jogadores e a função de cada um deles dentro do jogo.
CAMPO DE BEISEBOL
O Beisebol é jogado em campo misto de terra e gra-
ma (opcional), popularmente chamado de diaman-
te, em função do seu formato; sua área total é de, 
aproximadamente, doze mil metros quadrados, di-
vididos com quatro bases de 27,432 m. O campo é 
separado em território “foul” e território “fair” que 
serve de limite entre a bola válida e não válida.
O território “foul” indicado pelas linhas brancas 
e a parte de fora do campo pode ser chamada de “ba-
ckstop”, a barreira está situada a partir das linhas de 
foul até o limite da arquibancada, podendo medir 
18,795 m ou mais. O território fair é definido como 
toda a extensão do campo que fica para dentro das 
linhas brancas, partindo da “home plate” e seguindo 
a extensão das linhas de foul, pode ter 97,536 m ou 
mais. Da home plate ao “center field” 121,92 m ou 
mais. Há, também, uma divisão de campo interno e 
campo externo chamado de infield e outfield, respec-
tivamente, constituído pela parte inferior do campo, 
composta por terra ou saibro e toda a parte superior 
do campo gramado, onde atuam os jogadores aptos 
a interceptar as bolas altas. Dentro de todo esse com-
plexo, movem-se os defensores, dos quais falaremos 
adiante, com o objetivo de defender o “diamante”, 
impedindo que os rebatedores conquistem as bases. Figura 3 - Materiais utilizados pelos jogadores
192 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Figura 4 - Campo de beisebol e suas dimensões
Fonte: os autores.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 193
EQUIPAMENTO DOS JOGADORES
A Luva
A luva ou glove, como é chamada, é utilizada pelos 
jogadores que estão em ação defensiva. Feita em cou-
ro de alta durabilidade, pode variar entre 8 a 14 po-
legadas, dependendo da posição em que o jogador 
estará atuando. As luvas dos jogadores de campo in-
terno são, geralmente, menores do resto dos jogado-
res e servem para aparar as bolas rebatidas na terra, e 
as luvas de campo externo são maiores para auxiliar 
os jogadores a interceptar bolas altas, porém os joga-
dores escolhem qual o melhor tamanho para sua mão 
e com a qual ele se sente seguro para agarrar as bolas.
No campo interno, diferente de todas as ou-
tras luvas, encontra-se a luva para o jogador da 
primeira base, chamada de “first mitt”, feita em 
acolchoado intermediário e de tamanho maior, 
para agarrar as bolas lançadas para ele, no intuito 
de eliminar os corredores intencionados em con-
quistar sua base correspondente.
Figura 5 - Luva de beisebol Figura 6 - Mitt para o jogador da primeira base
194 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
O Capacete
O BASTÃO OU TACO
O Bastão de beisebol é utilizado na ação ofensiva 
dos times. Feito em formato cilíndrico, pode chegar 
a 1,09 m; porém, os mais utilizados têm em torno de 
81,3 cm e 81,9 cm, pode ser produzido em carbo-
no, madeira ou alumínio. Entretanto, os mais usa-
dos pelos jogadores a partir dos 17 anos é feito em 
madeira. Um bat pode pesar de 850 g a 1kg, com 
uma particularidade para os tacos de madeira, que 
se não forem utilizados da maneira correta, ou seja, 
se o rebatedor golpear a bola com as extremidades 
do taco e não no centro, ele poderá se romper, fato 
que ocorre com frequência nos jogos profissionais.
Figura 7 - Catcher´s Mitt
O Beisebol, originalmente, foi jogado a mãos 
nuas; somente em meados de 1860 é que 
surgiram as primeiras luvas, no intuito de 
proteger as mãos dos defensores. Os primei-
ros jogadores a adotarem as luvas foram os 
catchers, seguido pelos jogadores da primeira 
base e depois todos os outros jogadores. To-
das as luvas são feitas em couro e preenchidas 
com acolchoados menos ou mais resistentes, 
como é o caso do catcher e do primeira base.
Para saber mais, acesse o link disponível em: 
<https://www.britannica.com/sports/base-
ball/Analyzing-baseball#toc30444>.
Fonte: adaptado de Encyclopaedia ([2018], on-line)2.
SAIBA MAIS
A luva do catcher (o receptor) é uma particularidade, 
diferente da de todos os outros jogadores, chamada de 
“Catcher´s Mitt”. É composta por um acolchoado mais 
resistente, que permite agarrar bolas lançadas acima 
de 150 km/h, garantindo a segurança das mãos.
Figura 8 - Bat ou Bastão
Figura 9 - Capacete com proteção para as duas orelhas
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 195
O capacete é utilizado pelo rebatedor para prote-
gê-lo de eventuais golpes contra a cabeça. Existem 
vários modelos e tamanhos, podendo ter proteção 
para as duas orelhasdo rebatedor (Figura 9), pode 
também ser encontrado somente com a proteção 
para uma orelha (Figura 10) ou, ainda, com más-
cara protetora acoplada (Figura 11) (utilizado nas 
categorias de base). Há, ainda, equipamentos não 
obrigatório aos rebatedores que muitos fazem uso, 
são eles: a cotoveleira e a caneleira.
A bola de beisebol é feita com uma bola de cor-
tiça no seu núcleo, revestida por três camadas de 
barbante, recoberta com couro branco e arremata-
da com exatas 108 delicadas costuras feitas à mão. 
Pode pesar entre 141 a 150 gramas e sua circunfe-
rência é de 240 milímetros. As costuras têm a fun-
ção de auxiliar os jogadores no agarre da bola para 
obter efeitos específicos de rotação.
Figura 12 - Bola de beisebolFigura 11- Capacete com proteção para o rosto
Figura 10 - Capacete com proteção para 
uma orelha para rebatedores destros
ESPORTES COMPLEMENTARES 
196 
POSIÇÃO E FUNÇÃO DOS 
JOGADORES EM CAMPO
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 197
A DEFESA
Todos os jogadores que atuam na ação defensiva são 
distribuídos ao redor do campo de forma a garan-
tir que as bolas rebatidas serão capturadas, sem que 
haja brechas na defesa. Ao longo do tempo, essas po-
sições foram sistematizadas e ganharam nomes para 
facilitar o posicionamento dos jogadores.
Iniciando pelo Pitcher ou Arremessador, (1) 
ocupa o centro do campo no lugar chamado Mon-
tículo do Arremessador ou “Pitching Mound” – 
área que compreende 5,486 m de diâmetro, cujo 
centro está a 17,983 m da parte traseira do home 
plate, a base onde fica o receptor ou catcher. Sua 
função dentro de campo é arremessar a bola de 
forma que os rebatedores sintam dificuldade em 
rebatê-la, para isso, eles lançam bolas retas com 
muita velocidade, podendo atingir cerca de 160 
km/h e, também, uma série de bolas curvas que 
dificultam a ação do rebatedor.
Figura 13 - Posição dos jogadores em campo
Fonte: os autores.
198 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Seguindo, vamos falar do Receptor ou Catcher, este 
é o único jogador que tem a visão geral do campo 
em um prisma que nenhum outro jogador pode 
ter. O catcher observa todo o campo e os jogadores 
em uma posição de frente, portanto, é de sua po-
sição que sai todas as jogadas táticas do time, tam-
bém é ele que deve dizer qual bola o arremessador 
deverá jogar em determinado momento do jogo 
ou em função do rebatedor etc. O catcher ainda 
se utiliza de um equipamento de proteção forma-
do por duas caneleiras, uma proteção para o tórax 
com duas ombreiras e um capacete com máscara, 
além da luva resistente e bem acolchoada, como 
mencionado no capítulo anterior.
Figura 14 - O arremessador
Figura 15 - O catcher
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 199
Em seguida, falaremos do Primeira Base ou First 
Baseman: este jogador é responsável por apanhar as 
bolas que os jogadores do campo interno lhe arre-
messam e pisam em sua respectiva base para elimi-
nar o corredor que tenha a intenção de conquistá-la.
Falaremos, a seguir, do Segunda Base ou Second 
Baseman: ele compõe a defesa interna na parte direi-
ta do campo junto com o primeira base. Sua função 
é defender a segunda base para que os corredores 
não consigam conquistá-la e agarrar todas as bolas 
que fiquem em sua zona defensiva.
Seguindo o infield, chegamos à posição do Ter-
ceira Base ou Third Baseman: este jogador defende 
a sua base correspondente, não permitindo que os 
corredores a conquistem; assim como o primeira 
base, ele defende toda a área da frente do campo e 
o limite de sua posição termina quando começa a 
zona de defesa do Inter Bases ou Short Stop, jogador 
do qual falaremos agora.
O Interbases ou Short Stop é o jogador que 
defende os limites centrais do campo interno jun-
tamente com o segunda base, ele tem a caracterís-
tica de ser um dos jogadores mais ágeis do time e 
com uma competência incrível de defesa. Partin-
do para o Campo Externo ou Outfield, onde se en-
contram os Jardineiro Esquerdo ou Left Fielder, o 
Jardineiro Central ou Center Fielder e o Jardineiro 
Direito ou Rigth Fielder, esses três jogadores têm 
a função de agarrar todas as bolas que vierem em 
sua direção, pois atrás deles só há o muro, onde 
não devem deixar a bola ir, pois, se assim o fize-
rem, certamente os corredores alcançarão a home 
plate e marcarão ponto.
A partir daqui toda a defesa está composta e 
já podemos nos aprofundar na dinâmica do jogo e 
suas regras mais específicas.
O ATAQUE
Iniciando o ataque falaremos um pouco do rebate-
dor, este é o jogador da equipe adversária que está 
em ação ofensiva. É da competência do rebatedor 
chegar a salvo em base, dessa forma, ele deve rebater 
a bola lançada o mais longe possível, podendo re-
batê-la para fora dos limites do campo (Home run) 
e percorrer as bases retornando a home plate, a fim 
de marcar um ou mais pontos para sua equipe e/ou 
avançar um corredor que o precedeu em base, exe-
cutando uma jogada de sacrifício, por exemplo.
Veja um exemplo de ataque, 
assistindo ao vídeo. Para 
acessar, use seu leitor de 
QR Code.
Figura 16- O rebatedor
200 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
O rebatedor deve permanecer na área chamada de 
caixa do rebatedor, situada nos dois lados da home 
plate, e obedecer à ordem dos rebatedores preestabe-
lecida pelo técnico, a fim de executar sua ação; caso 
contrário, poderá ser punido. Para garantir a rebati-
da, os rebatedores defendem uma área que chama-
mos de Zona de Strike ou Strike Zone e está constituí-
da da seguinte forma: todas as bolas que passarem no 
ponto médio entre o topo dos ombros e a parte baixa 
da rótula do rebatedor dentro das linhas da home 
plate deve ser considerada strike, da mesma forma 
que as bolas que passarem fora deste limite são con-
sideradas ball. Em uma combinação de quatro balls 
e três strikes, o rebatedor deverá escolher uma bola 
para executar sua ação ou ser eliminado.
Figura 17 - Zona de Strike
Fonte: Gentil (2011, on-line)3.
Veja um exemplo de reba-
tedor, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 201
O “Home Run” acontece quando o rebatedor conse-
gue golpear a bola na parte ótima do taco e mandá-
-la para fora dos limites do estádio. Quando o reba-
tedor alcançar esse feito, ganha um ponto para sua 
equipe automaticamente, portanto, se houver mais 
corredores em base no momento da sua rebatida, to-
dos eles também completam a corrida, marcando a 
quantidade de pontos dos corredores existentes. Por 
esse motivo, o home run é uma das jogadas mais es-
peradas do beisebol, pelos jogadores e torcida.
Veja um exemplo de Home 
Run, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
Figura 18 - Home Run
Fonte: Beckham ([2018], on-line)4
ESPORTES COMPLEMENTARES 
202 
REGRAS DO BEISEBOL 
E DINÂMICA DE JOGO
O Beisebol possui uma centena de regras que definem o jogo 
e o faz ser um dos esportes mais interessantes no tocante à 
estratégia. O objetivo do jogo constitui-se em rebater a bola 
o mais longe possível e percorrer as bases até completar a 
corrida, retornando ao ponto de partida, a “Home Plate”; 
desta forma, conquista-se o ponto chamado “run”.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 203
OS TURNOS DE ATAQUE E DEFESA
Os jogadores se revezam em turnos de ataque e de-
fesa a cada três eliminações durante o jogo, que per-
corre nove entradas.
Existe uma série de formas para a defesa eliminar 
os corredores, deste modo, neste capítulo, vamos apro-
fundar como são feitas as eliminações no beisebol.
Figura 19 - Eliminação por Strike Out.
As eliminações podem acontecer de quatro for-
mas principais, a saber:
• Eliminação por “Strikeout”, é quando o 
rebatedor permite passar três strikes sem 
realizar o contato com a bola.
204 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
• Eliminação por jogada forçada, “Forced play”, 
acontece quando o jogador, após conseguir a 
rebatida, corre em direção à primeira base, 
mas chega até ela depois da bola, em função 
de uma jogada dos defensores internos (neste 
caso para bolas rebatidas rasteiras).
• Eliminação por Flyout ou Popout, é quando 
qualquerjogador da defesa intercepta a 
bola antes que ela toque o solo. Essa jogada 
acontece em rebatidas em forma de parábola 
ou em forma de linha. Esse tipo de jogada é 
mais frequente no outfield.
• Eliminação por Tag out acontece quando o 
corredor, na tentativa de alcançar a base subse-
quente, é surpreendido pelo defensor que está 
com a posse a bola e toca qualquer parte do 
corpo do corredor antes que ele alcance a base.
Os jogadores da defensiva, após completarem as 
três eliminações, poderão ter a chance de rebater. É 
importante lembrar que somente na ação ofensiva é 
possível pontuar no beisebol.
Figura 20 - Eliminação do corredor/batedor na primeira base
Figura 21 - Jogada de eliminação por flyout ou popout
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 205
Figura 22 - Tag out
O Beisebol, no Brasil, em sua grande maioria, é ensinado por ex-atletas sem formação profissional, fato 
que ocorre com outras modalidades pouco conhecidas. Portanto, embora desenvolvam a difusão da 
modalidade, nem sempre possuem conhecimento científico suficiente para lidar com as questões bio-
mecânicas, fisiológicas e de condicionamento físico. Talvez seja o momento de profissionais da educação 
física assumirem também este espaço, não só no beisebol, mas em outras modalidades, manifestando 
a beleza do repertório motor que os atletas podem alcançar. Arriscar-se em novos desafios faz de nós 
mais capazes e versáteis no mercado de trabalho.
Fonte: os autores.
SAIBA MAIS
ESPORTES COMPLEMENTARES 
206 
O “MINIBEISEBOL”: UMA 
ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 207
O Minibeisebol é uma das estratégias que se pode 
adotar para fazer a iniciação do beisebol em am-
biente escolar, associações esportivas e não somente 
em clubes, como é a realidade do Brasil. Observa-se 
que, nas escolas, encontra-se a maior concentração 
de crianças em desenvolvimento motor e com uma 
vitrine de oportunidades a sua volta. Para o ensino 
do beisebol nas escolas, faz-se necessário uma adap-
tação do esporte para um ambiente muito menor do 
que o usado para prática da modalidade.
Portanto, se o beisebol não fosse levado a essas 
crianças, quantas delas realmente poderiam conhe-
cer esse esporte fantástico a ponto de poder prati-
cá-lo em nível de competição? Foi por meio desta 
motivação que se iniciou o ensino do beisebol de 
maneira adaptada para que mais crianças tivessem 
o contato com a modalidade e pudessem ser enca-
minhadas a instituições que o praticam. Seguem al-
gumas propostas de atividades pré-desportivas em 
modelo segmentado, de forma a desenvolver a com-
preensão das competências separadamente
A QUADRA
A quadra do mini beisebol é composta no espaço de 
uma quadra poliesportiva, com dimensões entre 30 
m x 37 m. A 3 m da linha de fundo está a base do 
triângulo equilátero de 20 m, que formará o infield. 
Na ponta do triângulo, deverá haver uma marcação 
feita com cones ou desenhado com giz no chão, com 
o intuito de marcar as bases.
30m
20m
20
m20m
37
m
Time A Time B
Linha de 3m
Figura 23 - Quadra de mini beisebol
Fonte: os autores.
208 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
Objetivo: iniciar as atividades de rebatida desenvol-
vendo a coordenação óculo-motora antes mesmo do 
contato com o jogo.
Materiais: para essa atividade, você irá precisar de 
um cabo de vassoura cortado ao meio, 20 bolas de 
plástico (no padrão de bolas de piscina de bolinhas) 
ou de outro material leve.
Desenvolvimento: separe duas equipes de número 
iguais de participantes, e defina a equipe que co-
meçará a disputa no bastão. Cada rebatedor terá 3 
chances para rebater. A cada acerto na bola, soma 
um ponto para a equipe. A troca entre defesa e 
ataque deve acontecer somente depois de todos os 
competidores terem realizado as rebatidas.
Veja um exemplo de apren-
dendo a Rebater, assistindo 
ao vídeo. Para acessar, use 
seu leitor de QR Code.
30m
20m
20
m
20m
37
m
2
1
3 4 5 6 7 8 9 101112
(Ataque) - (Rebatedor)
Linha de
3m
RP
Figura 24 - Adaptação da quadra poliesportiva para iniciação de ativi-
dades de rebatida
Fonte: os autores.
APRENDENDO A REBATER
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 209
APRENDENDO A RECEPCIONAR A BOLA 
E ARREMESSAR
Objetivo: estimular o aprendizado da competência 
de receber a bola com as duas mãos e, posteriormen-
te, com apenas uma das mãos.
Materiais: bolas com, no máximo, 30 cm de diâmetro.
Desenvolvimento: os alunos deverão ser separados 
em duplas e posicionar-se na quadra um de frente 
para o outro. A atividade deve começar em uma dis-
tância curta e aumentar progressivamente à medida 
que a competência já consegue ser realizada de ma-
neira natural. Sugerimos a medida de 2 m. As duplas 
devem estar posicionadas um de frente para o outro. 
Em uma atividade simples, os alunos deverão passar a 
bola um para o outro para que desenvolvam a habili-
dade de recepção. Inicie com a recepção da bola com 
as duas mãos e, posteriormente, gradue para uma.
Observação: a mão a qual o aluno deve ser ensinado 
a recepcionar a bola é a mão não dominante (para 
destros, a mão esquerda, por exemplo), desta forma, 
quando tiverem o contato com as luvas, não terão 
dificuldades de adaptação. Outro aspecto importan-
te a ser observado é a forma do arremesso. Oriente 
os alunos a realizar os arremessos com a bola acima 
da linha cabeça e dos ombros.
Veja um exemplo de Apren-
dendo a recepcionar a bola 
e arremessar, assistindo ao 
vídeo. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
30m
37
m
Figura 25 - Atividade de capacitação às habilidades de recepcionar e 
lançar a bola de beisebol
Fonte: os autores.
210 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
OS JOGADORES DA DEFESA E SUAS POSIÇÕES
Cada equipe conta com 6 jogadores divididos em zo-
nas de defesa.
1. O arremessador (pitcher) deverá se posicionar 
ao centro do triângulo de 20 m e executar os 
arremessos aos jogadores da equipe adversária. 
Após arremessar a bola, ele se torna um defensor 
como qualquer outro jogador que atua na defesa, 
podendo fazer eliminações.
2. O receptor (catcher) posiciona-se atrás da linha 
de 3 m e deve cuidar para que nenhum jogador 
adversário pise a home plate, para isso, deverá 
orientar seus companheiros de defesa nas jogadas.
3. O Primeira base (first baseman), tal como no jogo 
oficial, deve ser alguém com boa habilidade em re-
cepcionar as bolas, pois ele deverá eliminar os cor-
redores que tentarem conquistar a sua base. Este 
jogador deve posicionar-se nos limites da primeira 
base, um pouco atrás ou ao lado dela.
4. O segunda base (second baseman) ocupa sua 
respectiva base e, assim como o catcher e o pri-
meira base, defende seu território para que ne-
nhum rebatedor a conquiste.
5. e 6. O jardineiro esquerdo e o jardineiro direi-
to são os responsáveis por toda defesa do campo 
externo (todo o território que fica atrás do triân-
gulo de 20 m), eles devem ser capazes de pegar as 
bolas altas, eliminando os rebatedores. 
30m
20m
Linha dos 3m
20
m
20m
37
m
Jardineiro
esquerdo
2ª base
5
4
1ª base
3
1ª base
Arremessador
1
Receptor
2
Jardineiro
direito
6
Time A Time B
Figura 26 - Posicionamento dos jogadores na quadra do minibeisebol
Fonte: os autores.
Veja um exemplo de os joga-
dores da defesa e suas po-
sições, assistindo ao vídeo. 
Para acessar, use seu leitor 
de QR Code.
 EDUCAÇÃO FÍSICA 
 211
O JOGO DE DUAS BASES
Objetivo: iniciar os alunos na dinâmica do mini-
beisebol.
Materiais: você irá precisar de um taco, uma bola 
com, aproximadamente, 30 cm de diâmetro e dois 
marcadores de base (cone ou giz).
Desenvolvimento: separe os alunos em duas equi-
pes e defina qual equipe iniciará o jogo no bastão. 
Os alunos que atuam no ataque devem rebater a 
bola o mais longe possível, a fim de completarem 
a corrida nas duas bases; porém, se não for pos-
sível completar tal corrida, o rebatedor poderá se 
utilizar da base como “pique” ou seja, se o rebate-
dor estiver na base após sua rebatida, não poderá 
ser eliminado. Os jogadores que atuam no ataque 
deverão completar a corrida nas duas bases para 
pontuar. Os rebatedoresdeverão estabelecer uma 
ordem para sua atuação e entregar a papeleta com 
essa ordem ao professor, que atuará como juiz da 
partida. Na ação defensiva, as eliminações devem 
ocorrer da forma do jogo oficial, tais como strike 
out, forced out, popout e tag out. 
Veja um exemplo de o jogo 
de duas bases, assistindo ao 
vídeo. Para acessar, use seu 
leitor de QR Code.
Home
Plate
1ª base
(Rebatedor)
(Defensores)
25
m
Figura 27 - O jogo de duas bases
Fonte: os autores.
212 
ESPORTES COMPLEMENTARES 
MINIBEISEBOL 
O minibeisebol nada mais é do que a junção de to-
das as etapas anteriores, portanto, nesta etapa, acres-
cente mais uma base e fixe as regras principais: as 
formas de eliminação, os turnos dos rebatedores, e 
lembre-se de que os turnos de ataque e defesa são 
trocados após ter realizado as 3 eliminações. Divi-
da os alunos das salas em mais equipes e faça uma 
disputa entre elas, com certeza seus alunos irão se 
divertir muito enquanto aprendem e se exercitam.
É sabido que, para o ensino de qualquer mo-
dalidade esportiva, faz-se necessário respeitar 
a evolução progressiva do processo peda-
gógico e esta é a proposta do Minibeisebol. 
Portanto, quais outras atividades você poderia 
elaborar para o ensino desta modalidade?
REFLITA
30m
20m
20
m20m
Home
Plate
37
m
Jardineiro
esquerdo
2ª base 1ª base
1ª
base
2ª
base
Jardineiro
direito
5
Arremessador
Receptor
Time A Time B
Linha de 3m
1
2
4 3
6
Figura 28 - Minibeisebol
Fonte: os autores.
 213
considerações finais
Ao longo desta unidade, nos empenhamos em dar destaque aos aspectos que 
permeiam o universo do Beisebol por meio da história, a forma com a qual o 
esporte foi criado, como se desenvolveu em território americano e de que forma 
chegou às terras brasileiras, ocupando, atualmente, cerca de seis estados filiados 
à Confederação Brasileira de Beisebol.
Exploramos, também, os aspectos táticos e técnico da modalidade, aprende-
mos de que forma age um jogador de beisebol em campo e quais as posições em 
que os atletas atuam. Desta forma, acreditamos ter colaborado com a difusão da 
modalidade, trazendo uma série de novidades aos leitores deste livro, os quais 
tiverem contato com ele e/ou interessaram-se pelo assunto. Cabe, aqui, destacar 
a importância da disciplina de esportes complementares, que possibilita a você, 
futuro(a) profissional de educação física, ampliar seu repertório de ensino-apren-
dizagem, bem como descobrir novas formas de estimular as capacidades físicas e 
cognitivas dos seus alunos na escola, transformando as aulas de educação física 
em um verdadeiro lugar de descoberta.
Portanto, utilize-se do Beisebol com toda sua riqueza de detalhes para ensinar, 
motivar, cativar e avaliar também. O beisebol possui, entre seus inúmeros benefí-
cios, a capacidade de ajudar a desenvolver a estratégia, a velocidade de raciocínio 
lógico e o espírito de equipe. Siga em frente nesse processo de aprendizagem e en-
sino e, assim, esperamos que os praticantes de beisebol aumentem a cada ano por 
meio do trabalho feito nas escolas. Siga em frente!
considerações finais
214 
atividades de estudo
1. O Beisebol foi trazido para o Brasil no Sec. XIX 
por funcionários americanos da empresa Light, 
companhia telefônica e Frigorífico Armour, que 
praticavam o esporte onde hoje é o Parque An-
tártica, estádio do Palmeiras. A respeito da histó-
ria e consolidação do beisebol no Brasil, assinale 
a alternativa correta.
a) O Beisebol, embora, seja de origem ameri-
cana, se espalhou muito rapidamente em 
território Brasileiro. Isso se deve à grande 
hospitalidade local.
b) Embora o beisebol tenha sido trazido para 
o Brasil por americanos funcionários de 
uma companhia de energia, curiosamente 
não se consolidou com eles e sim com os 
imigrantes japoneses que desembarcaram 
no navio Kasato Maru, em 1908.
c) O beisebol é um esporte muito democráti-
co, e em vários momentos foi liderado por 
grupos de diferentes etnias que habitam o 
vasto território Brasileiro.
d) O desenvolvimento do beisebol no Brasil 
se deve aos obstinados americanos que 
trabalhavam no Brasil e sentiam-se longe 
de sua terra natal. Para relembrar suas ori-
gens e mitigar a falta de seus entes e ami-
gos, praticavam o esporte como forma de 
distração.
e) Após sua consolidação, o Beisebol desen-
volveu-se muito rapidamente no Brasil, por 
meio de incansáveis campanhas feitas pe-
los clubes.
2. Ao longo dos anos, os equipamentos utilizados 
nos esportes têm passado por transformações, 
e a alta tecnologia proporciona equipamentos da 
melhor qualidade possível para que o rendimen-
to dos atletas e o espetáculo do jogo se torne 
cada vez mais fascinante. Com relação aos equi-
pamentos, assinale a alternativa correta.
I) A luva de beisebol começou a ser utilizada so-
mente em meados de 1860, pois anteriormen-
te a isso os jogadores atuavam de “mãos nuas” 
durante os jogos.
II) As caneleiras do receptor podem ser usadas 
por qualquer jogador do time como proteção 
para as pernas.
III) As bolas são feitas de um plástico duro e bem 
resistente para não quebrar durante as reba-
tidas fortes.
IV) O capacete é um equipamento de segurança 
obrigatório para os rebatedores, pode ser en-
contrado em três formas: com proteção para 
as duas orelhas, com proteção para somente 
uma orelha e com grade protetora para o ros-
to, utilizado com maior frequência pelas cate-
gorias de base.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e IV estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas I está correta.
d) Apenas II, III e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
 215
atividades de estudo
3. Durante a ação defensiva de uma equipe, são 
dispostos no campo nove jogadores aptos a in-
terceptar as bolas, executando, assim, a elimina-
ção dos rebatedores/corredores. Com relação ao 
jogadores atuantes na defesa, assinale Verdadei-
ro (V) ou Falso (F).
( ) Os jogadores que atuam no campo externo 
são chamados de Infielder, e atuam de forma a 
agarrar as bolas altas rebatidas com frequên-
cia em seu território defensivo.
( ) Os arremessadores são capazes de arremes-
sar bolas acima de 160 km/h em função da 
curta distância de 15,365 m entre o “pitching 
mound” e a “home plate”.
( ) A jogada mais esperada pelos torcedores de 
beisebol é o Home Run, nesta jogada, os re-
batedores impulsionam a bola para fora dos 
limites do campo, impossibilitando o trabalho 
da equipe defensiva.
( ) O catcher é o jogador da estratégia, em função 
da posição em que se localiza, ele observa o 
campo de frente e monta as jogadas de acordo 
com o número de corredores em base.
4. O Beisebol é jogado em campo misto de terra 
e grama (opcional), popularmente chamado de 
diamante, em função do seu formato; sua área 
total é de, aproximadamente, doze mil metros 
quadrados divididos com quatro bases. Sobre as 
dimensões do campo, é correto afirmar que:
a) O Arremessador é um dos jogadores que 
possuem mais evidência no campo, pois 
atua no centro e é responsável por lançar as 
bolas ao receptor numa distância de 15,365 
m, dificultando a ação dos rebatedores.
b) O infild é composto pelos jogadores mais 
altos do time e com maior habilidade de 
cognição para efetuar os lances difíceis do 
jogo.
c) Os jogadores que atuam no campo ex-
ternos são chamados de outfielders, pos-
suem uma velocidade acima da média e 
defendem a maior área do campo, onde se 
encontra a maior concentração de jogado-
res.
d) O campo de beisebol é dividido por 4 ba-
ses a partir da “home plate” e possuem, en-
tre elas, a distância de 27,432 m.
5. O Minibeisebol é uma estratégia de ensino da 
modalidade em escolas e clubes ou, ainda, em lo-
cais onde não dispõem de um campo apropriado 
para a prática do esporte. Neste contexto, des-
creva quais atividades compreendem o minibei-
sebol e crie uma atividade lúdica para a modali-
dade, ampliando o seu repertório metodológico.
216 
LEITURA
COMPLEMENTAR
Como dito ao longo desta unidade, o beisebol é um es-
portebastante democrático e praticado em mais de 35 
países que o adotaram e depositam nele o conjunto de 
suas características regionais; tal fato proporciona ao 
beisebol um crescimento ainda maior e enriquecimento 
do desenvolvimento técnico da modalidade. No Brasil, 
porém, até os dias de hoje, o beisebol se desenvolveu 
por meio das organizações nipônicas, fato que possibilita 
aos imigrantes japoneses e seus descendentes o contato 
perpétuo com suas origens.
Contudo, ao longo do tempo, os clubes de conservação 
das origens precisou abrir-se aos brasileiros, para que o 
esporte continuasse a ser difundido e não findasse suas 
atividades, pois, em tempos atuais, não são todos os des-
cendentes que se interessam pela prática à modalidade, 
e para garantir sua subsistência, admite-se estes nos 
campos criados pelas fundações japonesas.
É de grande valia tudo o que tem sido feito pelo beisebol 
Brasileiro nos últimos anos, a Confederação Brasileira 
de Beisebol e Softbol (CBBS) tem contado com especial 
parceria com Major League Baseball na formação de 
novos talentos para o beisebol, como se pode ver na 
entrevista de Barry Lakin e Steve Finley ao canal The 
Playoffs ([2018], on-line)5. Para que o esporte cresça e 
se desenvolva, é necessário fazer intercâmbios cultu-
rais, assim, o beisebol poderá, cada vez mais, tornar-se 
uma oportunidade aos jovens que desejam uma carreira 
promissora por meio do esporte ou mesmo uma forma 
de conviver e desenvolver sua motricidade e capacidade 
cognitiva de forma saudável e dinâmica.
Fonte: os autores.
 217
material complementar
Para acompanhar as notícias do Beisebol nacional e internacional, bem como 
ficar por dentro dos locais de prática da modalidade e principais campeonatos, 
acesse o site: <www.cbbs.com.br>.
Indicação para Acessar
O que é Beisebol, Softbol e Hóquei sobre a Grama. Histórias - Regras 
- Curiosidades
Silvia Vieira - Armando Freitas
Editora: Casa da Palavra
Sinopse: o livro conta com um apanhado geral sobre as principais característica 
de cada esporte citado em sua capa e com ótimo conteúdo, trazendo curiosidades 
específicas da modalidade. Vale a pena lê-lo para aprofundar mais no tema. 
Indicação para Ler
42 – A História de uma Lenda
Ano: 2013
Sinopse: o filme de Brian Helgeland conta a história do primeiro homem negro 
a atuar nas grandes ligas do beisebol. O cenário típico e tradicional insere o es-
pectador à realidade dos estádios fervilhando de torcedores apaixonados pelo 
esporte de paixão nacional.
Indicação para Assistir
http://www.cbbs.com.br
218 
referências
gabarito
1. B.
2. A.
3. F, F, V, V.
4. D.
5. Atividades de Rebater; Arremessar; Recepcionar; Intenções Táticas; etc. Agora escolha uma dessas 
atividades e organize, descreva de forma lúdica como ela pode ser desenvolvida.
ASSOCIAÇÃO DE ÁRBITROS E ANOTADORES 
DE BEISEBOL E SOFTBOL DO BRASIL. Regras 
Oficiais de Beisebol. 2015. (Revisadas e Atualiza-
das). Disponível em: <http://natanaelsteffen.blogs-
pot.com.br/2015/10/>. Acesso em 12 set. 2018.
DESPORTOLÂNDIA. Tudo sobre basebol. Dispo-
nível em: <http://desportolandia.com/artigos/tudo-
-sobre-basebol>. Acesso em: 22 jan. 2018.
JAPANESE EMIGRATION TO BRAZIL. Brazilian 
baseball. [2018]. Disponível em: <http://www.ndl.
go.jp/brasil/e/column/baseball.html>. Acesso em: 12 
set. 2018.
RUBIO, K. Tradição, família e prática esportiva: a 
cultura japonesa e o beisebol no Brasil. Revista Mo-
vimento, Ano VI, n. 12, 2000.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: <www.cbbs.com.br>. Disponível em: 12 set. 
2018.
2Em: <https://www.britannica.com/sports/baseball/
Analyzing-baseball#toc3044>. Acesso em: 12 set. 
2018.
3Em: <http://www.arbitrosdebeisebol.com/2009/02/
strike-zone.html>. Acesso em: 12 set. 2018.
4Em: <http://www.raysindex.com/2015/05/tim-be-
ckham-home-run-power.html>. Acesso em: 12 set. 
2018.
5Em: <http://www.theplayoffs.com.br/mlb/entrevis-
ta-larkin-e-finley-o-futuro-do-beisebol-no-brasil-
-e-brilhante/>. Acesso em: 12 set. 2018.
referências
http://natanaelsteffen.blogspot.com.br/2015/10/
http://natanaelsteffen.blogspot.com.br/2015/10/
http://www.cbbs.com.br
 219
conclusão geral
Caro(a) aluno(a)! Ao chegar ao final deste livro gostaríamos de salientar que 
nossa expectativa é ter colaborado de forma significativa com a sua prepara-
ção mínima para atuar no campo da Educação Física, em especial no ensino 
dos esportes complementares que aqui evidenciamos: Natação, Skate, Parkour, 
Slackline, Peteca, Badminton, Tênis de Campo, Tênis de Mesa, Rugby e Beise-
bol. Aproveite todos os apontamentos e reflexões levantados no decorrer das 
cinco unidades para propor novas possibilidades no processo de ensinagem 
das diferentes modalidades apresentadas, bem como associe essas ações com 
o ensino de outros esportes que não foram contemplados no nosso material. 
Seja criativo e proativo!
Indiferente à modalidade esportiva que você trabalhará com seus alunos, 
o esporte não pode ser meramente uma prática esportivizada, antes de tudo, 
ele precisa ser uma aprendizagem prazerosa de conceitos, movimentos e con-
dutas adequadas à vida em sociedade, superando a ideia equivocada que as-
sombra a Educação Física por muitos anos, que ensinar os esportes é somente 
enfatizar a técnica e as regras.
Lembre-se, o esporte pode representar um trabalho para atletas profissio-
nais, diversão e saúde para familiares que se reúnem aos finais de semana e 
ainda um momento ímpar de aquisição de componentes fundamentais sobre 
a sociedade e as relações interpessoais. Podemos caracterizá-lo como um fe-
nômeno plural que ocorre em diversos contextos de prática, com diferentes 
níveis de exigência, além de propiciar diferentes visões, as quais são atribuídas 
por seus praticantes, professores e apreciadores. Por isso, não esqueça que a 
estratégia e os procedimentos metodológicos que você irá empregar ao ensi-
nar os esportes na sua atuação profissional determinarão o entendimento, a 
vivência e o gosto pela prática esportiva de seus alunos e da comunidade que 
você e eles estão inseridos. Use e abuse do planejamento nas aulas.
Sucesso em sua trajetória profissional!
Abraços,
Professor Dr. Patric Paludett Flores.
	UNIDADE I
	ESPORTES AQUÁTICOS: NATAÇÃO
	Introdução aos Esportes Aquáticos: Adaptação ao Meio Líquido e Aspectos Históricos da Natação
	Os Quatro Estilos da Natação
	Regras Básicas da Natação
	O Ensino da Natação
	considerações finais
	referências
	Introdução aos Esportes Radicais
	ASPECTOS HISTÓRICOS,
APLICAÇÃO PEDAGÓGICA,
CARACTERÍSTICAS E
CLASSIFICAÇÕES DO
Skate
	ASPECTOS HISTÓRICOS, APLICAÇÃO PEDAGÓGICA, CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÕES DO
PARKOUR
	ASPECTOS HISTÓRICOS, APLICAÇÃO PEDAGÓGICA,
CARACTERÍSTICAS E
CLASSIFICAÇÕES DO SLACKLINE
	ESPORTES RADICAIS DE AÇÃO E AVENTURA
	considerações finais
	referências
	PETECA
	BADMINTON
	TÊNIS DE CAMPO
	TÊNIS DE MESA
	ESPORTES COM REDE DIVISÓRIA NA ESCOLA
	considerações finais
	referências
	CONHECENDO A HISTÓRIA DO RUGBY
	O QUE É O RUGBY?
	VARIAÇÕES DO RUGBY
	MODELOS DE EXERCÍCIOS 
DE INICIAÇÃO NO
ENSINO DO RUGBY
	considerações finais
	referências
	DAS RAÍZES À MODERNIDADE:
BEISEBOL, UM ESPORTE EM EVOLUÇÃO
	EQUIPAMENTOS DO BEISEBOL
	POSIÇÃO E FUNÇÃO DOS JOGADORES EM CAMPO
	REGRAS DO BEISEBOL
E DINÂMICA DE JOGO
	O “MINIBEISEBOL”: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
	considerações finais
	referências
	_gjdgxs
	_gjdgxs

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