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Ajustes e Adaptações ao exercicio físico

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Ajustes e Adaptações
A realização do exercício constitui um estresse fisiológico
para o organismo em função do grande aumento da demanda
energética em relação ao repouso, o que provoca grande
liberação de calor e intensa modificação do ambiente químico
muscular e sistêmico. Durante o exercício físico, alguns
ajustes hemodinâmicos são necessários para a manutenção de uma
perfusão tecidual adequada e manutenção da pressão arterial em
valores limítrofes. Assim, áreas neuronais do sistema nervoso
central processam as informações aferentes e produzem
respostas para que ocorram os ajustes necessários na
frequência cardíaca, o retorno venoso e a redistribuição do
fluxo sanguíneo.
Em resumo, pode-se dizer que durante um período de exercício,
o corpo humano sofre adaptações cardiovasculares e
respiratórias a fim de atender às demandas aumentadas dos
músculos ativos e, à medida que essas adaptações são
repetidas, ocorrem modificações nesses músculos, permitindo
que o organismo melhore o seu desempenho. Entram em ação
processos fisiológicos e metabólicos, otimizando a
distribuição de oxigênio pelos tecidos em atividade(11).
Portanto, os mecanismos que norteiam a queda pressórica
pós-treinamento físico estão relacionados a fatores
hemodinâmicos, humorais e neurais(12)
EXERCICIO AEROBIO DINÂMICO
FREQUENCIA CARDÍACA: O aumento da frequência cardíaca no
estágio pré-exercício e durante o esforço físico de
intensidade leve a moderada ocorre devido à redução do tônus
parassimpático. Aumentos adicionais da frequência cardíaca são
induzidos por estimulação simpática progressiva dependente da
intensidade do exercício.
PAS: O treinamento físico reduz a pressão arterial de repouso
e durante exercício submáximo 8. Da mesma forma que ocorre com
a freqüência cardíaca, o treinamento físico parece provocar
pouca alteração na pressão arterial máxima aferida no pico do
esforço. A pressão arterial sistólica (PAS) aumenta
diretamente na proporção do aumento do débito cardíaco.
o exercício aeróbico promove aumento da PA sistólica durante
sua execução, gera hipotensão pós-exercício clinicamente
relevante e reduz a PA clínica e de 24 horas após o
treinamento
DEBITO CARDIACO E VOLUME SISTOLICO:
O volume sistólico é fortemente influenciado pelo retorno
venoso, que durante o exercício físico dinâmico é aumentado em
virtude da ação da atividade muscular, do ritmo respiratório e
da venoconstrição.
Assim, durante o exercício aeróbico, observa-se aumento da FC
e do VS, aumentando o débito cardíaco (DC), o que fornece
nutrientes e oxigênio para a musculatura ativa.1
RESISTENCIA VASCULAR PERIFERICA: .
A vasodilatação do músculo esquelético diminui a resistência
periférica ao fluxo sanguíneo e a vasoconstrição concomitante que
ocorre em tecidos não exercitados induzida simpaticamente compensa a
vasodilatação. Conseqüentemente, a resistência total ao fluxo
sanguíneo cai drasticamente quando o exercício começa, alcançando um
mínimo ao redor de 75% do VO2 máximo
Nos exercícios dinâmicos, ocorrendo uma maior carga volumétrica no
ventrículo esquerdo, as respostas cardíacas e hemodinâmicas são
proporcionais à intensidade e à massa muscular envolvida na
atividade
durante o exercício aeróbico observa-se vasoconstrição e
aumento da resistência vascular das regiões inativas, mas
vasodilatação e redução da resistência vascular da região
ativa. Esses ajustes resultam em manutenção ou mesmo redução
da resistência vascular periférica total (RVP) na dependência
da relação de tamanho das regiões ativas e inativas
Diante do exposto, durante a realização do exercício aeróbico,
o DC aumenta pelo aumento da FC e do VS, enquanto que a RVP se
mantém ou diminui. Tais ajustes elevam a pressão arterial (PA)
sistólica (PAS) e mantém ou diminuem a pressão arterial
diastólica (PAD).1
EXERCICIO RESISTIDO
FREQUENCIA CARDIACA: FC são significativamente mais elevados
durante exercicio dinamico resistido em relação às contrações
estáticas (puramente isométricas)
PAS Aumento da PA sistolica: Durante a realização do ER, a PA
aumenta não somente por conta da intensidade do exercício, mas
também devido à duração, atingindo seus picos nas últimas
repetições e próximo à falha concêntrica, na qual se observa o
aumento do componente isométrico e a realização da manobra de
Valsalva
DC O débito cardíaco aumenta pouco durante o exercício contra
resistência, em razão do aumento da frequência cardíaca e do
volume de ejeção
RESISTENCIA VASCULAR A resistência vascular periférica aumenta
de maneira exorbitante, em virtude da compressão mecânica das
contrações musculares sobre os vasos sanguíneos que as
perfundem. Logo, quanto maior a massa muscular em exercício,
maior é a quantidade de vasos que sofrem compressão e, então,
maior é o aumento da resistência vascular periférica
VOLUME SISTOLICO O mecanismo especulado nesse trabalho para a
hipotensão pós-exercício foi uma possível vasodilatação
muscularprovocada pelo acúmulo de metabólitos (o que é
característico do ER), provocando diminuição da RVP e/ou uma
possível redução do volume plasmático em razão do
extravasamento deste para o líquido intersticial em
decorrência da execução do ER, induzindo diminuição do volume
sistólico e do Débito Cardíaco
EXERCICIO ISOMETRICO
FREQUENCIA CARDIACA: Durante a contração isométrica,
observa-se aumento da freqüência cardíaca, que varia de acordo
com a massa muscular envolvida na contração, com a força
voluntária máxima e com a duração da contração
PAS As atividades com componente estático envolvem movimentos
de baixa repetição contra resistências elevadas, em que
predominam contrações do tipo estáticas ou isométricas, nas
quais se desenvolve tensão sem encurtamento do ventre
muscular. Essa tensão muscular aumentada leva à restrição do
fluxo sangüíneo muscular durante a contração, devido à
compressão das arteríolas e capilares que perfundem o leito
muscular, desencadeando resposta pressórica desproporcional ao
consumo de oxigênio local 11-13. A pressão arterial sobe
bruscamente ao início de uma contração estática, quando esta
tende a limitar o fluxo sangüíneo arterial, na tentativa de
manter a pressão de perfusão para a musculatura em atividade.
Essa elevação ocorre tanto na pressão arterial sistólica
quanto na diastólica, resultando em maior pós carga e menor
pré-carga por diminuição do retorno venoso. A marcada elevação
da pressão diastólica é uma das principais diferenças
fisiológicas entre estes dois tipos básicos de contração
DC Aumenta - Durante o exercício ocorre elevação das
catecolaminas que eleva a FC e DC e especificamente no
exercício isométrico a contração muscular é mantida e a
resposta de dilatação das arteríolas no interior do músculo é
impedida pela compressão mecânica da vascularização no
interior do músculo durante a contração. Como conseqüência, a
combinação de aumento do débito cardíaco (DC) sem redução da
resistência vascular sistêmica produz maior elevação da PAS. A
PAS tem uma importância significativa na hipotensão, quanto
maiores os valores pressóricos da PAS, mais elevado vai ser a
resposta hipotensora
RESISTENCIA VASCULAR Aumenta
VOLUME SISTOLICO o volume sistólico, em geral, não se eleva
durante a contração isométrica, podendo, inclusive, diminuir
Os exercícios resistidos (ER) e isométricos são indicados
como atividade complementar no tratamento e prevenção de
doenças como a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca
crônica, ajudando a promover adaptações favoráveis na função
cardiovascular, portanto é necessário cuidado na prática do
exercício e uma orientação adequada.
HIPOTENSÃO PÓS EXERCICIOS
Diversos estudos demonstraram que uma única sessão de
exercício aeróbio, de força ou concorrente (aeróbio e força)
seria capaz de reduzir a pressão arterial (PA) por algumas
horas. Esse fenômeno, conhecido na literatura como hipotensão
pós-exercício (HPE), é considerada como importante recurso não
farmacológico para o tratamento da hipertensão arterial
sistêmica (HAS). e consiste em níveis pressóricos observados
no período de recuperação inferioresdo aferidos na situação
pré-treino ou mesmo àqueles verificados em um dia-controle sem
realizar exercícios,
De acordo com Lizardo e Simões 2005, existem variações de
exercícios resistidos que resultam em HPE, no entanto as
séries envolvendo maior massa muscular, como nos membros
inferiores (MMII) resultam em um efeito hipotensor
significativo e duradouro, no qual não é visto tanto nos
membros superiores (MMSS).
FC EM REPOUSO E SUBMÁXIMA
No repouso, a FC situa-se em torno de 60 a 80 batimentos por
minuto. Em pessoas de meia idade, não condicionadas e
sedentárias, pode exceder os 100 batimentos por minuto (66).
O sistema nervoso autônomo possui dois ramos, denominados ramo
parassimpático e ramo simpático. O ramo parassimpático
predomina em situações de calmaria e repouso. Já o sistema
nervoso simpático predomina em situações de estresse físico e
psicológico. Logo, em repouso, a atividade do ramo
parassimpático é alta e a do ramo simpático é baixa, o que faz
a frequência cardíaca manter-se em valores baixos
O treinamento aeróbico reduz tanto a frequência cardíaca em
repouso como durante o exercício realizado em cargas
submáximas de trabalho. Esses efeitos parecem ser devidos à
redução da hiperatividade simpática, aumento da atividade
parassimpática, mudança no marca-passo cardíaco ou mesmo
melhora da função sistólica. Apesar de o treinamento físico
induzir melhora da potência aeróbica máxima, ele não
modifica,de modo apreciável, a freqüência cardíaca máxima.
CONCLUSÃO
Nesse sentido, observa-se que, a curto prazo, o aumento do
trabalho cardíaco visa a atender a demanda metabólica de
exercícios extenuantes. Já a longo prazo, os exercícios podem
provocar a remodelação cardíaca, incluindo crescimento e
reprogramação molecular e celular adaptativa fisiológicas,
acompanhado por aumento na capacidade de produção de energia,
o que contrasta com as adaptações cardíacas patológicas, em
que a função contrátil e a produção metabólica de energia
diminuem e há um comprometimento funcional cardíaco (GRONEK P,
2020; VEGA RB, et al., 2017).

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