Buscar

Ativi ED INC 4 1- -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SEMANA 04/ATIVIDADE 4.1
DIFERENTES MODALIDADES DE EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO
Leila Curcino Alves
“Na longa história das comunidades humanas, sempre esteve bem evidente a ligação entre a terra da qual todos nós, direta ou indiretamente, extraímos nossa subsistência, e as realizações da sociedade humana. E uma dessas realizações é a cidade...”
 (Wiliams Raymond , 1989).
1. INTRODUÇÃO
	A escola tem como objetivo estimular e desenvolver a cidadania e proporcionar a sua comunidade estudantil, situações em que tenham oportunidades de adquirir valores e conhecimentos básicos para viver em sociedade. No que diz respeito à legislação, o Movimento da Educação do Campo acumulou, a partir de suas diversas lutas (nacionais, estaduais e municipais), um conjunto importante de instrumentos legais que reconhecem e legitimam as condições necessárias para que a universalidade do direito à educação se exerça, respeitando as especificidades dos sujeitos do campo: 
· Diretrizes Operacionais para Educação Básica das Escolas do Campo: Resolução CNE/CEB n° 1/2002 e Resolução CNE/CEB n° 2/2008. 
· Parecer n° 1/2006 que reconhece os Dias Letivos da Alternância, também homologado pela CEB; 
· Decreto n° 7.352, de 4 de novembro de 2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação do Campo e sobre o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).
	A presente atividade propõe a leitura da Resolução nº 2, de 28 de abril de 2008, que estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. Inserindo citações de artigos que trata da realidade na educação do campo. Evidenciando sobre o real contexto de educação do campo e Projeto Político Pedagógico na Escola Municipal Bernardo Guimarães. Diante das leituras e experiências será um paralelo entre o que as diretrizes propõem e o que tem realmente se efetivado nessa modalidade de ensino na perspectiva da inclusão.
2. EDUCAÇÃO DO CAMPO NO CENÁRIO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI
	A primeira década do século XXI é intensa de fatos e acontecimentos concernentes à questão da Educação do Campo. Embora a militância efetiva de alguns movimentos e organizações sociais tenha se iniciado um pouco antes, na segunda metade da década anterior, é nesta que os sujeitos coletivos do campo definem um projeto de educação escolar pública para o meio rural brasileiro. As organizações e movimentos sociais do campo, com apoio em significativos setores universitários, protagonizaram uma campanha pela construção de uma concepção de Educação do Campo, que se contrapôs ao conceito, às definições e às políticas de educação rural presentes ou ausentes na história da educação brasileira. Veremos que as disputas em torno desses diferentes projetos se revelam, principalmente, na dimensão da estrutura do Estado, no qual podemos, de um lado, sinalizar a forte presença, ainda como que por efeito do movimento inercial da perspectiva neoliberal que permeou as políticas de educação do período anterior; mas, de outro lado, contrariamente a isso, podemos sinalizar também a influência, agora, dos acordos internacionais em torno da questão da educação como direito humano e em defesa da diversidade étnico-cultural que facilitam os argumentos dos protagonistas de um projeto inovador de educação rural, fazendo-se, assim, Educação do Campo.
Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002. No que referente à educação escolar no meio rural, o conteúdo da Resolução CNE/ CEB nº 1/2002 representa um início, admitido pelo Estado, de tempos de construção de um novo paradigma para a educação do meio rural. Focando nossa atenção ao que é específico para as escolas do campo, veremos que se trata de eixos norteadores, ou princípios a serem seguidos, que, conforme sinalizamos antes, se contrapõem ao arcabouço daquilo que se tem entendido tradicionalmente por educação rural. Vejamos algumas categorias que pautam a Resolução: 
a) Universalização – consta no art. 3º “garantir a universalização do acesso da população do campo à Educação Básica e à Educação Profissional de Nível Técnico”. Note-se que esta Resolução nº 1 pontua apenas a universalização do acesso, mas a Resolução CNE/CEB nº 2, de 2008, no art. 1º, § 1º, amplia essa conquista, propondo como objetivo da Educação do Campo a “universalização do acesso, da permanência e do sucesso escolar com qualidade em todo o nível da Educação Básica”.
 b) Diversidade – categoria central da Educação do Campo, a diversidade está posta no art. 5º, assim como no art. 13: 
Art. 5º – As propostas pedagógicas das escolas do campo, respeitadas as diferenças e o direito à igualdade [...], contemplarão a diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.
 c) Formação dos professores e organização curricular – merece destaque a indicação inequívoca da Resolução nº 1/2002 sobre a necessidade de uma nova postura, por parte da escola, diante da diversidade dos educandos e dos demais sujeitos que vivem no campo, que não são bancos depositários nem sujeitos passivos. Traz ainda a indicação de como se devem empreender os novos processos de formação dos docentes.
 
2.1 RESOLUÇÃO Nº 02, DE 28 DE ABRIL DE 2008: 
Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. 
A Presidenta da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais e de conformidade com o disposto na alínea “c” do § 1º do art. 9º da Lei nº 4.024/1961, com a redação dada pela Lei nº 9.131/1995, com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 23/2007, reexaminado pelo Parecer CNE/CEB nº 3/2008, homologado por despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 11/4/2008, resolve: 
Art. 1º A Educação do Campo compreende a Educação Básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio e destina-se ao atendimento às populações rurais em suas mais variadas formas de produção da vida - agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros. 
§ 1º A Educação do Campo, de responsabilidade dos Entes Federados, que deverão estabelecer formas de colaboração em seu planejamento e execução, terá como objetivos a universalização do acesso, da permanência e do sucesso escolar com qualidade em todo o nível da Educação Básica. 
§ 2º A Educação do Campo será regulamentada e oferecida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, nos respectivos âmbitos de atuação prioritária. 
§ 3º A Educação do Campo será desenvolvida, preferentemente, pelo ensino regular. 
4º A Educação do Campo deverá atender, mediante procedimentos adequados, na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, as populações rurais que não tiveram acesso ou não concluíram seus estudos, no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio, em idade própria.
§ 5º Os sistemas de ensino adotarão providências para que as crianças e os jovens portadores de necessidades especiais, objeto da modalidade de Educação Especial, residentes no campo, também tenham acesso à Educação Básica, preferentemente em escolas comuns da rede de ensino regular. 
Art. 2º Os sistemas de ensino adotarão medidas que assegurem o cumprimento do artigo 6º da Resolução CNE/CEB nº 1/2002, quanto aos deveres dos Poderes Públicos na oferta de Educação Básica às comunidades rurais. Parágrafo único. A garantia a que se refere o caput, sempre que necessário e adequado à melhoria da qualidade do ensino, deverá ser feita em regime de colaboração entre os Estados e seus Municípios ou mediante consórcios municipais. 
Art. 3º A Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental serão sempre oferecidos nas próprias comunidades rurais, evitando-se os processos de nucleação de escolas e de deslocamentodas crianças. § 1º Os cincos anos iniciais do Ensino Fundamental, excepcionalmente, poderão ser oferecidos em escolas nucleadas, com deslocamento intracampo dos alunos, cabendo aos sistemas estaduais e municipais estabelecer o tempo máximo dos alunos em deslocamento a partir de suas realidades. § 2º Em nenhuma hipótese serão agrupadas em uma mesma turma crianças de Educação Infantil com crianças do Ensino Fundamental. 
Art. 4º Quando os anos iniciais do Ensino Fundamental não puderem ser oferecidos nas próprias comunidades das crianças, a nucleação rural levará em conta a participação das comunidades interessadas na definição do local, bem como as possibilidades de percurso a pé pelos alunos na menor distância a ser percorrida. Parágrafo único. Quando se fizer necessária a adoção do transporte escolar, devem ser considerados o menor tempo possível no percurso residência-escola e a garantia de transporte das crianças do campo para o campo. Art. 5º Para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, integrado ou não à Educação Profissional Técnica, a nucleação rural poderá constituir-se em melhor solução, mas deverá considerar o processo de diálogo com as comunidades atendidas, respeitados seus valores e sua cultura. § 1º Sempre que possível, o deslocamento dos alunos, como previsto no caput, deverá ser feito do campo para o campo, evitando se, ao máximo, o deslocamento do campo para a cidade. § 2º Para que o disposto neste artigo seja cumprido, deverão ser estabelecidas regras para o regime de colaboração entre os Estados e seus Municípios ou entre Municípios consorciados.
 Art. 6º A oferta de Educação de Jovens e Adultos também deve considerar que os deslocamentos sejam feitos nas menores distâncias possíveis, preservado o princípio entrecampo.
 Art. 7º A Educação do Campo deverá oferecer sempre o indispensável apoio pedagógico aos alunos, incluindo condições infra estruturais adequadas, bem como materiais e livros didáticos, equipamentos, laboratórios, biblioteca e áreas de lazer e desporto, em conformidade com a realidade local e as diversidades dos povos do campo, com atendimento ao art. 5º das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo. § 1º A organização e o funcionamento das escolas do campo respeitarão as diferenças entre as populações atendidas quanto à sua atividade econômica, seu estilo de vida, sua cultura e suas tradições. § 2º A admissão e a formação inicial e continuada dos professores e do pessoal de magistério de apoio ao trabalho docente deverão considerar sempre a formação pedagógica apropriada à Educação do Campo e às oportunidades de atualização e aperfeiçoamento com os profissionais comprometidos com suas especificidades. 
Art. 8º O transporte escolar, quando necessário e indispensável, deverá ser cumprido de acordo com as normas do Código Nacional de Trânsito quanto aos veículos utilizados. § 1º Os contratos de transporte escolar observarão os artigos 137, 138 e 139 do referido Código. § 2º O eventual transporte de crianças e jovens portadores de necessidades especiais, em suas próprias comunidades ou quando houver necessidade de deslocamento para a nucleação, deverá adaptar-se às condições desses alunos, conforme leis específicas. § 3º Admitindo o princípio de que a responsabilidade pelo transporte escolar de alunos da rede municipal seja dos próprios Municípios e de alunos da rede estadual seja dos próprios Estados, o regime de colaboração entre os entes federados far-se-á em conformidade com a Lei nº 10.709/2003 e deverá prever que, em determinadas circunstâncias de racionalidade e de economicidade, os veículos pertencentes ou contratados pelos Municípios também transportem alunos da rede estadual e vice-versa. 
Art. 9º A oferta de Educação do Campo com padrões mínimos de qualidade estará sempre subordinada ao cumprimento da legislação educacional e das Diretrizes Operacionais enumeradas na Resolução CNE/CEB nº 1/2002.
 Art. 10 O planejamento da Educação do Campo, oferecida em escolas da comunidade, multisseriadas ou não, e quando a nucleação rural for considerada, para os anos do Ensino Fundamental ou para o Ensino Médio ou Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio, considerará sempre as distâncias de deslocamento, as condições de estradas e vias, o estado de conservação dos veículos utilizados e sua idade de uso, a melhor localização e as melhores possibilidades de trabalho pedagógico com padrão de qualidade. § 1º É indispensável que o planejamento de que trata o caput seja feito em comum com as comunidades e em regime de colaboração, Estado/Município ou Município/Município consorciados. § 2º As escolas multisseriadas, para atingirem o padrão de qualidade definido em nível nacional, necessitam de professores com formação pedagógica, inicial e continuada, instalações físicas e equipamentos adequados, materiais didáticos apropriados e supervisão pedagógica permanente. 
Art. 11 O reconhecimento de que o desenvolvimento rural deve ser integrado, constituindo-se a Educação do Campo em seu eixo integrador, recomenda que os Entes Federados - União, Estados, Distrito Federal e Municípios - trabalhem no sentido de articular as ações de diferentes setores que participam desse desenvolvimento, especialmente os Municípios, dada a sua condição de estarem mais próximos dos locais em que residem as populações rurais. 
Art. 12 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando ratificadas as Diretrizes Operacionais instituídas pela Resolução CNE/CEB nº 1/2002 e revogadas as disposições em contrário.
3. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A ESCOLA MUNICIPAL BERNARDO GUIMARÃES
	Esta escola começou a funcionar em 1986, com o nome Bernardo Guimarães na Fazenda Santa Rita, região de Canjarana Município de Rio Sono - To. Após foi transferida para Rio Sono, permaneceu por dois anos, ficou paralisada num período de três anos por não ter demanda suficiente para seu funcionamento, em 1992, foi transferida para Fazenda Grota Azul onde passou a funcionar normalmente. Em 1995 foi transferida para o Povoado Brejo Fundo onde funciona em sua sede própria apenas com a primeira fase. Em 2004 foi implantado gradativamente o ensino fundamental segunda fase. Em 2006 com aumento do número de alunos a escola passou por reformas nos pavilhões, onde construiu sala de professores, um banheiro para funcionários, mais duas salas de aula. Contamos atualmente com nove salas de aula, minibiblioteca, sala de direção, secretaria, cantina dois depósitos e sanitário masculino e feminino, sua área é toda murada. Em 2007 implantou-se uma tele-sala de nível superior pela Educon/Unitins. Pretende-se para o ano de 2010/2011 uma reforma geral na escola, construção de uma biblioteca, mais duas salas de aula, um laboratório de informática e ampliação na sala da direção e secretaria. 
A Escola municipal Bernardo Guimarães está regulamentada pela Lei 16A/86, de 01.04.1986. Identificada pelo código do INEP Nº 17031656, localizada na Av. Brejo Fundo s/n Povoado Brejo Fundo Zona Rural a 51 km da sede do Município de Rio Sono, situado na região norte, a leste do Estado do Tocantins, sendo seu clima tropical. Limita – se entre as cidades de Rio Sono e Novo Acordo, com rodovias em condições de tráfego precárias. Este povoado está cercado por dois riachos: Brejo Fundo e Riacho de Areia, esta comunidade ainda está em fase de construção. A demanda escolar em Brejo Fundo é atendida apenas por esta escola, por ser um local iniciante recebemos alunos inclusive de outros municípios. A agricultura, o comércio e a pecuária formam a base da economia deste povoado. A população brejofundense é alegre, apesar da condição sócia - econômica se constituir de classe média/baixa.
As modalidades oferecidas pela escola citada são: Duas turmas do ABC da cidadania, Pré-escolar, (Ensino Fundamental (1ª e 2ª Fase) e Ensino Médio (Curso Médio Básico do Programa “Direito de Aprender”), PARECER/ SEDUC/ COEME/ N° 074/2004. No qual esta modalidade é uma extensão do Colégio Estadual de RioSono e está sendo desenvolvido nesta escola. Estas Modalidades estão distribuídas nos três turnos, atendendo aproximadamente 350 alunos, distribuídos em 18 turmas. A escola atende a uma clientela com idades de 04 a 65 anos de idade, distribuídos nos períodos matutino, vespertino e noturno. Os 350 alunos estão divididos em: Turno matutino, sete turmas pré - escolar e ensino fundamental 1ª fase 140 alunos. No turno vespertino ensino fundamental 2ª fase, cinco turmas com 110 alunos. No turno noturno ensino Médio três turmas com 70 alunos e duas turmas da Modalidade Brasil Alfabetizado 30 alunos, todos são pertencentes à zona rural do Município de Rio Sono.
 O quadro funcional administrativo da escola, possui um total de 34 funcionários e está distribuído da seguinte forma: 01 Diretor com curso Superior em normal superior, 01 Secretário formado em Pedagogia, 02 Coordenadores Pedagógicos formadas em pedagogia, 01 Coordenadora de Apoio, formada em Letras, 01 Bibliotecária, graduada em Letras, 01 Assistente de Secretária, 05 Auxiliares de Serviços Gerais, 04 Merendeiras e 02 Vigias.O corpo docente é composto por 24 professores, todos com Ensino Superior completo, com este quadro de professores, a escola supre todas as necessidades no que se refere ao corpo docente.
A Escola Municipal Bernardo Guimarães, até 2008, não tinha um PPP sistematizado, suas ações eram elaboradas conforme o calendário regional que não condizia com a realidade de uma escola do campo, com isso trazia consequências na frequência e no aprendizado dos alunos. Como diz Veiga 1995, p 12 ”Nesta perspectiva, o Projeto Político Pedagógico vai além de um simples argumento de planos de ensino e de atividades diversas”. Para Veiga, o PPP não está centrado em um amontoado de palavras argumentativas, mas sim, em um veículo norteador de toda base de ensino da Instituição para qual ele foi elaborado. Desta forma em 2016 foi se ampliando com a pedagogia da alternância como tentativas de melhoraras na perspectiva educacional e em 2018 /2019 tem lentamente modificado a estrutura com construção de mais salas para que funcione em apenas um turno e foi inserido a disciplina saberes e Fazeres do Campo.
4. O REAL CONTEXTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO DA ESCOLA MUNICIPAL BERNARDO GUIMARÃES
	Em suma um relato das dificuldades vivenciadas nesta escola, onde se espaço geográfico é da zona rural, que se vivem às experiências, relembrar esse fato possibilita dizer que faltava (e ainda falta) infraestrutura e/ou preocupação com a qualificação dos educadores e educandos que viviam (vivem) na zona rural, acredita-se que a escola Municipal Bernardo Guimarães tem buscado através de um olhar e um tratamento diferenciado, o sistema educacional voltado a legislação da educação do campo então as ações da escola aos poucos vem mudando de forma positiva pelos que nela estão inseridos.
Neste sentido a atuação do gestor democrático é fundamental, como mediador e facilitador do processo levando-o a modificar, aperfeiçoar e construir novos instrumentos de ação e interpretação na reestruturação do projeto político pedagógico da Escola. 
 Sabe-se das diferenças de realidades que envolvem a zona rural e urbana, e aos poucos no Município de Rio Sono em especial a Escola Municipal Bernardo Guimarães vem inserindo políticas públicas voltadas para educação do campo.
 	Foi nos estudos de Damasceno (2006) que encontrou – se algumas discussões sobre a realidade da educação rural. Entretanto, é importante salientar que esses estudos são referentes ao período de 1980 a 1990. De acordo com a autora, não existem muitos estudos divulgados sobre a educação rural, fato que ela explica através de alguns fatores tais como: 1) A sociedade capitalista e seus interesses em que as políticas são definidas em função do poder de barganha dos setores economicamente envolvidos e não pelo percentual das necessidades de certos grupos ou classes; 2) O preconceito contribui para que a educação rural seja negligenciada devido ao valor que a ela é relegada, ou seja, o trabalhador rural não tem necessidade de estudo; 3) A questão geográfica, pois realizar pesquisas na zona rural demanda investimentos mais onerosos se comparados com pesquisas que são desenvolvidas na zona urbana, pois aqui os acessos aos meios de comunicação e transporte são facilitados pela infraestrutura. Fatores como esses ajudam a deixar no esquecimento a educação em escolas do campo e, consequentemente, não chama a atenção do governo para a importância de investimentos nesse setor. Porém, ao analisar os conteúdos das publicações existentes, a autora expressa que é visível as mudanças ocorridas em relação às políticas públicas para a educação rural, baseada nas mudanças sociais que vêm ocorrendo na sociedade em geral.
Nessa direção foi assumido um compromisso nas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica na escola do campo, aprovadas pela Resolução CNE/CEB nº1, de 3 de abril de 2002. Cabe salientar que a sua implementação foi uma reivindicação histórica dos movimentos sociais do campo, e suas orientações referem-se às responsabilidades dos diversos sistemas de ensino com o atendimento escolar. Da Resolução acima citada retirou-se o seguinte trecho, a relevância do olhar na educação do campo:
E, neste ponto, o que está em jogo é definir, em primeiro lugar, aquilo no qual se pretende ser incluído, respeitando-se a diversidade e acolhendo as diferenças sem transformá-las em desigualdades. A discussão da temática tem a ver, neste particular, com a cidadania e a democracia, no âmbito de um projeto de desenvolvimento em que as pessoas se inscrevem como sujeitos de direito. Assim, a decisão de propor diretrizes operacionais para a educação básica do campo supõe em primeiro lugar a identificação de um modo próprio de vida social e de utilização do espaço, delimitando o que é rural e urbano sem perder de vista o nacional. (CNE/CEB, 2001:18)
O que se pode perceber, é que poderá derivar da integração escola/campo princípios de um novo fazer pedagógico que envolva os educadores e educandos com as experiências cotidianas vividas em seu contexto de origem, seus valores e sua realidade. Apesar das conquistas legais para a educação do campo, percebe-se ainda a falta de compromisso por parte de alguns governantes com essa realidade. Sabe-se, porém, que o compromisso com a educação não tem apenas um fator determinante, mas é um problema político, social e econômico. 
A formação inclui e transcende o espaço escolar, e, portanto, a experiência torna-se um lugar com estatuto de aprendizagem e produção de saberes em que o sujeito assume seu papel de ator protagonista, apropriando-se individual e coletivamente do seu processo de formação. Assim, a Pedagogia da Alternância passa a ser entendida como uma metodologia que favorece o acesso e a permanência dos jovens e adultos do campo nos processos escolares, antes dificultada por sua característica seriada e estanque, sem articulação com a realidade e os modos de vida rural.
 	Com a consolidação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, em seu artigo 12, inciso I, prevê que, “os estabelecimentos de ensino, respeitados as normas comuns e as do seu sistema de ensino, tem a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando explicita a ideia de que a escola não pode prescindir das reflexões sobre sua intencionalidade educativa. Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto prioritário de estudos e de muita discussão sendo construído com a participação de todos os profissionais da instituição. 
5. CONCLUSÃO 
Para finalizar esta reflexão, a ser compreendida como um ponto de partida para outras reflexões, importa reafirmar que o movimento social por políticas públicas de Educação do Campo que ocorre no Brasil, com maior visibilidade nessa última década, e que estou a chamar de Movimento Nacional de Educação do Campo, nasce e se sustenta fundamentalmente na ação protagonista das organizações e movimentos sociais do campo, que lutam por soberania educacional e por territorializaçãoou defesa de território material (terra) e imaterial (conhecimento). Ademais, a importância dessa luta setorial por Educação do Campo, da parte desses sujeitos protagonistas, está justamente no fato de que eles extrapolam a setorialização ou compartimentação das políticas. Exigem que as políticas para essa educação se façam inerentes a um projeto de campo e de País conforme almejam. Embora não tenham força para impor a efetivação desse projeto – nem de País e nem sequer de campo – de toda forma, demonstram firmemente que eles existem como sujeitos propositores e ativos no cenário nacional. Isso é muito importante no processo de construção democrática de uma nação como o Brasil, em que muita gente vive no campo e do campo, com este propósito faz se necessário cada dia melhorar a inserção da educação do campo na Escola Municipal Bernardo Guimarães.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL, Lei da Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No 9394, de 20 de Dezembro, 1996.
DAMASCENO, Maria N. e BESERRA, Bernadete. Estudos sobre a educação rural no Brasil: estado da arte e perspectivas. Disponível em: http://www.scielo.br acessado em 28/05/2014.
GADOTTI, Moacir. ”Pressupostos do projeto pedagógico”. In: MEC, Anais da Conferencia Nacional de Educação para todo Brasil, 28/08 a 02/09/1994.
http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485895/Educa%C3%A7%C3%A3o+do+Campo/a2fa9177-5611-429d-a62f-ae0a6fcb3502?version=1.3 Acesso: 08/11/2019
http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/mn_parecer_36_de_04_de_dezembro_de_2001.pdf Acesso: 08/11/2019
LIBÂNEO, J.C. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
ROSSI, Claudia Maria Soares. Educação Inclusiva e Especial. Apostila Pós-Graduação em docência – Instituto Federal de Minas Gerais, 2018. 
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 28 DE ABRIL DE 2008 - http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/resolucao_2.pdf Acesso: 13/11/2019
SOARES, Edla de Araújo Lira (relatora). Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo- Parecer36/2001. CNE/CEB, Brasília, 4 de dezembro de 2001. 
VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da escola: Uma construção Coletiva. In Projeto Político Pedagógico da escola: Uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.
A Pedagogia de alternância - Cinthia Rodrigues (novaescola@fvc.org.br)

Outros materiais