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TESTAMENTO A MANIFESTAÇÃO DE ÚLTIMA VONTADE. Todo mundo já ouviu falar mais muita gente não sabe o que é, o que vem a ser um testamento? Qual o objetivo de fazer um? Existe vantagens? Diante destes questionamentos e muitos outros, vamos analisar e tentar simplificar o que vem o conceito de testamento, e o por que é atrativo fazer um. O testamento nada mais é do que um documento, este documento é feito em vida, sendo possível por ele manifestar o direito de última vontade, escolhendo para quem se quer deixar os bens após a morte. Resumindo, trata-se de uma maneira de partilhar o patrimônio entre os herdeiros ainda em vida. A partir dos 16 (dezesseis) anos pode ser feito o testamento, pois já se tem a capacidade ativa para testar, ou seja, externar a sua vontade. E quem pode ser beneficiário do testamento? Apenas pessoas da família? A resposta é simples, qualquer pessoa pode ser beneficiaria, desde a pessoa física como a jurídica, inclusive pessoas que não nasceram (todavia há requisitos a serem seguidos nesse caso). Existem diversas formas de testamento, podendo ele ser comum (público, cerrado e particular) ou especial (marítimo, aeronáutico e militar). A modalidade a ser abordada aqui será o testamento comum público. As formas de testamento especial podem ser feitas por determinadas pessoas e em certas situações. O testamento comum público é considerado o mais seguro, pois para que possua válida e produza os seus efeitos, ele deverá ser registrado em cartório, e apenas o testador poderá consultá-lo enquanto vivo. Quando uma pessoa vem a óbito é feito um levantamento de todos os bens, propriedades, e direitos que o falecido deixou. Realizado o levantamento, tudo será partilhado entre os herdeiros. Quando um indivíduo vem a óbito e não deixa testamento tudo aquilo que era seu em vida, como bens, propriedades e direitos será distribuído com base na sucessão legitima. Nessa modalidade de sucessão é a própria lei que dita quem receberá a herança, e para isso é necessário que observe a ordem de vocação hereditária. A ordem de vocação hereditária nada mais é do que uma ordem de herdeiros, ou seja, é uma sequência pela qual os parentes serão chamados para herdar. Os primeiros são os descendentes, logo após vem os ascendentes e por fim o cônjuge sobrevivente. Haverá casos de concorrência entre descendentes, e o cônjuge/companheiro, e nos casos de ascendentes em concorrência com o cônjuge/companheiro. Todavia pode o falecido querer deixar os seus bens para pessoas diversas daquelas que a lei aborda. É neste ponto que se percebe a importância do testamento, pois é através dele que se pode determinar para quem, e o que se quer deixar, mesmo que a pessoa escolhida não esteja elencada na lei. Outra vantagem de realizar um testamento é evitar atrito entre os herdeiros no que se refere a partilha. Todavia é necessário ter cuidado, a legislação brasileira permite que o indivíduo disponha livremente apenas metade de seu patrimônio, ou seja, 50% (cinquenta por cento), não sendo possível dispor 100% (cem por cento) do patrimônio quando o falecido possui herdeiros necessários. Mais quem são os herdeiros necessários? São os descendentes (filhos, netos, etc), os ascendentes (pais, avós, etc), e o cônjuge ou companheiro. Assim, nestes casos é possível dispor por testamentos apenas 50% (cinquenta por cento) do patrimônio, sendo os outros 50% (cinquenta por cento) remanescente transferidos aos herdeiros necessários. Chegamos assim à conclusão que tendo algum dos herdeiros necessários obrigatoriamente 50% (cinquenta por cento) da herança é de direito deles, a qual chamamos de legitima. Diante dessa obrigatoriedade o testamento só poderá dispor de 50% (cinquenta por cento). Não havendo herdeiros necessários é possível dispor da totalidade do patrimônio para qualquer pessoa física ou jurídica. Assim, o ideal é que os brasileiros passem a ver com outros olhos, e modifiquem a sua forma de pensar quando o assunto é testamento, seja por falta de informações ou até como forma de tabu, em pensar na morte, e passem a planejar, e deixar o seu ato de última vontade. Ao realizar isso é certo que será feita a vontade do morto, e evitará desavenças entre os herdeiros no que se refere a partilha. . O uso do testamento não é muito utilizado pelos brasileiros, seja por falta de informações ou até como forma de tabu, em pensar ou cogitar a morte.