Buscar

DIN RECURSOS -A situação da Pesca do Atum no Brasil

Prévia do material em texto

A situação da Pesca do Atum no Brasil.
Aluno: Luan B. da Silva Macedo / Matrícula: 493800
Início da Pesca de Atum no Brasil e sua evolução:
A pesca do atum no Brasil não é uma tradição. Este é um tipo de pescaria que acontece em alto mar, cujos pesqueiros normalmente são pequenos navios dotados de alta tecnologia. Nas regiões Sudeste e Sul a pesca de atum foi iniciada em 1959. Mais uma vez, arrendando barcos japoneses. Esta primeira fase prosseguiu até 1964 quando a instabilidade política fez com que os estrangeiros procurassem outros portos. Por muito tempo a pesca de alto-mar foi deixada de lado. Só a partir do governo de FHC a prática mudou. Entre 1998 e 2002, o empresário paraibano, Gabriel Calzavara de Araújo, foi diretor do Departamento de Pesca e Aquicultura do Ministério da Agricultura. Seu maior legado foi criar um novo marco regulatório, mais flexível, para o arrendamento de barcos de pesca, o Decreto nº 2840. 
O estudo PESCA COM EMBARCAÇÕES ARRENDADAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE ECONÔMICA DESTA ATIVIDADE NO PERÍODO DE 1998 A 2002 informa que “De acordo com (MAPA, 1997 p.1), uma segunda etapa de arrendamento de embarcações pesqueiras teve início no final dos anos 70, quando barcos pesqueiros, na maioria Asiáticos, começaram a exercer a pesca de superfície com isca viva dirigida à captura de Bonito-barriga-listrada (espécie de atum), em conjunto com embarcações nacionais compostos de sardinheiras e arrasteiros adaptados. ”
Em 2004, a frota atuneira nacional, composta por embarcações brasileiras e estrangeiras arrendadas, capturou 44.640 t, ou o equivalente a cerca de 9% do total capturado no Atlântico. Em 2005, este montante subiu para 48.900t, representando um incremento próximo a 10%. Apesar da pesca de atuns ter se iniciado no Brasil em meados da década de 1950, os pescadores do estado do Ceará só passaram a se interessar por esta atividade por volta de 2010, quando já estava estabelecida uma pescaria de atuns em Areia Branca, no estado vizinho do Rio Grande do Norte. 
Situação atual da pesca do atum no Brasil: 
As capturas de atuns e espécies afins no Oceano Atlântico, incluindo as albacoras, o bonito listrado, o espadarte, os agulhões, têm, nos últimos anos, oscilado em torno das 500.000 t. De grande valor no mercado internacional, a pescaria do atum movimenta US$ 4 bilhões de dólares por ano, só no Atlântico Sul, gerando, somente no Brasil, aproximadamente seis mil empregos diretos e indiretos. Segundo o SINDIPI (Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região). “O Brasil produz em média 34 mil toneladas, o que envolve cerca de 200 barcos de variados portes e aproximadamente seis mil empregos diretos e indiretos. ” Do ponto de vista do resultado econômico, entretanto, uma vez que aproximadamente a metade da produção nacional é constituída por bonito-listrado, uma das espécies de atum mais costeiras e de menor valor comercial, a participação brasileira no rendimento proporcionado por esta pesca, em torno de US$ 4 bilhões/ano, certamente se situou bem abaixo dos 5%. Como os estoques pesqueiros oceânicos já estão sendo pescados em níveis próximos do limite sustentável, a ampliação da produção brasileira dependerá diretamente da sua capacidade de negociação com os países pesqueiros tradicionais, no âmbito da ICCAT- Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico, assim como na FAO, no seu Comitê de Pesca, na OMC e na própria ONU. Katarina Vanderlei, engenheira de pesca, diz que, o Brasil não tem grande contingente de barcos pesqueiros das espécies de atum que habitam nossos mares. Parte da cota destinada ao País é cedida a barcos do Japão e de Taiwan. “Estes povos têm grandes frotas, que se deslocam do extremo oriente para a pesca no mar brasileiro. ” Ela fala que esses pescadores-viajantes se deslocam pela nossa costa na companhia de observadores nacionais, para que sejam respeitadas as suas cotas. Existem também os comentários contrários à pesca, ditos por ONGs e até mesmo pela famosa GreenPeace. ONGs dizem que o ICCAT ignorou o conselho de cientistas que queriam o fim da pesca do atum-azul, já em 2009, e criou cotas de pesca da espécie de 13.500 toneladas. A ONG espanhola ‘Igualdad Animal’ produziu um vídeo da matança de atuns que fez furor. A ONG assegura que os peixes sentem dor.
 
Referências: 
Oliveira Neto, J. M. D., Carvalho, M. O. X., Menezes, M. O. B., & Alencar, C. A. G. D. (2018). Pesca do atum no Ceará: aspectos legais, institucionais e ordenamento.
http://opentuna.org/public-data-generator
https://marsemfim.com.br/pesca-do-atum-no-brasil/
Hazin, Fábio Hissa Vieira, and Paulo Eurico Travassos. "A pesca oceânica no Brasil no Século 21." Revista Brasileira de Engenharia de Pesca 2.1 (2007): 60-75.

Mais conteúdos dessa disciplina