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Autocomposição ● É a forma de solução de conflitos por meio da qual os próprios sujeitos envolvidos no conflito encontram caminho apto à pacificação, ou mesmo um deles, unilateralmente. ● Requisitos para que ela seja válida: ★ partes capazes ★ direito disponíveis: os direitos indisponíveis são direitos que não podem ser discutidos ● A melhor das soluções, as partes celebram um acordo de vontades, resolvendo o conflito de interesses, abrindo mão parcial ou total de seu direito. ● 3 formas: 1) desistência ou renúncia: unilateral, titular do direito abdica dele, acabando o conflito 2) submissão: resolução unilateral, aquele que estava resistindo opta por submeter-se 3) transação: as partes fazem concessões recíprocas, para que entrem num acordo e resolvam o conflito. Subespécies: ★ negociação: transação entre as partes, sem a intervenção de terceiros ★ Mediação ★ Conciliação Códig� d� Étic� d�� Conciliadore� � Mediadore� Judiciai� ● O Código de Ética prevê os princípios e as garantias que regem a conciliação e mediação judiciais, que são: 1. Confidencialidade— dever de manter sigilo 2. Competência— dever de possuir qualificação que o habilite à atuação judicial 3. Imparcialidade— dever de agir com ausência de favoritismo, preferência ou preconceito, assegurando que valores e conceitos pessoais não interfiram no resultado do trabalho. 4. Neutralidade— dever de manter equidistância das partes, respeitando seus pontos de vista, com atribuição de igual valor a cada uma delas. 5. Independência e autonomia— dever de atuar com liberdade, sem sofrer qualquer pressão interna ou externa, sendo permitido recusar, suspender ou interromper a sessão se ausentes as condições necessárias para seu bom desenvolvimento, tampouco havendo obrigação de redigir acordo ilegal ou inexequível. 6. Respeito à ordem pública e às leis vigentes— dever de velar para que eventual acordo entre os envolvidos não viole a ordem pública, nem contrarie as leis vigentes. ● O Código de Ética prevê as regras que regem o procedimento de conciliação/mediação, que se são normas de conduta: I. Informação— dever de esclarecer os envolvidos sobre o método de trabalho a ser empregado, apresentando-o de forma completa, clara e precisa, informando sobre os princípios, as regras de conduta e as etapas do processo. II. Autonomia da vontade— assegurar que cheguem a uma decisão voluntária, não coercitiva III. Ausência de obrigação de resultado— dever de não forçar um acordo e de não tomar decisões pelos envolvidos IV. Desvinculação da profissão de origem— dever de esclarecer aos envolvidos que atua desvinculado de sua profissão de origem, informando que, caso seja necessária orientação ou aconselhamento afetos a qualquer área do conhecimento, poderá ser convocado para a sessão o profissional respectivo, desde que com o consentimento de todos. V. Teste de realidade— dever de assegurar que os envolvidos, ao chegarem a um acordo, compreendam perfeitamente suas disposições, que devem ser exequíveis, gerando o comprometimento com seu cumprimento. MEDIAÇÃO Conceit�� ● Mediação é uma forma alternativa da qual as partes podem se valer para solucionar os seus conflitos. ● Presença de um terceiro que, sem apresentar soluções, tem a função de construir um diálogo entre as partes ● Mais lento e complexo que a conciliação, mais indicada quando existe relação preexistente pq o conflito surge pela convivência ● O mediador está ali para descobrir qual é a verdadeira causa do conflito para que as partes resolvam por si mesmas o conflito; menos utilizada ● A mediação pode ser compreendida sob três perspectivas distintas Princípi�� d� mediaçã� ● Princípios norteadores da mediação, dispostos no art. 2º da Lei nº. 13.140/2015 1. Imparcialidade do mediador — o mediador deve atuar de forma imparcial, sem a intenção de beneficiar qualquer parte em especial. Deve-se utilizar técnicas sem perder a imparcialidade. 2. Isonomia entre as partes — esse é um princípio exclusivo da mediação, diferentemente dos demais, que podem ser aplicados às demais formas consensuais de solução de conflitos. Esse princípio pode ser interpretado de duas formas: — material: se refere às situações em que não há qualquer espécie de vulnerabilidade entre as partes. — procedimental, significa que as partes devem ser tratadas de forma igualitária em relação ao procedimento, tendo as mesmas chances de se manifestar, participando da mesma forma. 3. Oralidade — as tratativas entre as partes serão orais. O objetivo desse princípio é incentivar a informalidade e o respeito à confidencialidade, uma vez que se deve escrever o mínimo possível. 4. Informalidade — a informalidade torna o procedimento mais leve, mais descontraído, sem tantos rituais que podem gerar mais tensão entre os envolvidos. Com tudo acontecendo de forma mais simples possível, o procedimento é mais flexível, e rápido. 5. Autonomia da vontade das partes — objetiva um consenso entre as partes. Do contrário, se a solução não se originar de um acordo decorrente da vontade das partes, o conteúdo da solução consensual pode ser nulo. 6. Busca do consenso — o mediador deve cooperar com as partes para que estas cheguem a uma solução consensual, o que significa que devem ser utilizadas técnicas de negociação para que tal finalidade seja alcançada. 7. Confidencialidade — visa impedir que as partes fiquem constrangidas em conceder informações que possam prejudicá-las futuramente em outro processo ou mesmo fatos que se relacionem à sua vida privada. A confidencialidade abrange todas as informações produzidas no decorrer do procedimento, e todos os envolvidos na mediação deverão respeitá-la. 8. Boa-fé — A mediação deve ser pautada na ética e na boa vontade de solucionar o conflito da melhor forma possível. As partes devem ser leais e agir com honestidade para alcançar um resultado Mediaçã� judicia� ● judicial: é feita no âmbito judicial ● extrajudicial: feita fora dele ● O mesmo conflito seja objeto de um processo judicial ou de arbitragem: nesse caso, as partes deverão requerer (ao juiz ou ao árbitro) a sua suspensão por um prazo suficiente para que o litígio possa se resolver por meio da mediação. Tal decisão, requerida em comum acordo entre as partes, é irrecorrível, embora o juiz ou o árbitro possam conceder medidas de urgência. ● A mediação é considerada instituída na data em que for marcada a primeira reunião de mediação, e as demais audiências podem ser marcadas apenas com a anuência das partes. ➔ O mediador poderá, no desempenho da sua função, reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, e também solicitar-lhes informações que considere necessárias. ● Os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de mediação, que, por sua vez, deverá ser concluída em até 60 dias, contados da primeira sessão, porém, é facultado às partes, em comum acordo, requerer sua prorrogação ● Caso as partes cheguem a um acordo, os autos serão encaminhados ao juiz, que determinará o arquivamento do processo. Além disso, se for da vontade das partes, o juiz irá homologar o acordo, por sentença, e o termo final da mediação ➔ Termina com a lavratura do termo final, que constitui um título executivo extrajudicial e, quando homologado judicialmente, um título executivo judicial. ➔ É finalizado tb caso não sejam justificados novos esforços para a obtenção de um consenso. Essa declaração pode se originar do próprio mediador ou por manifestação de qualquer uma das partes. Mediaçã� extrajudicia� ● O Art. 21 da Lei nº. 13.140/2015 dispõe que o convite para iniciar o procedimento em questão poderá ser feito por qualquer meio de comunicação, devendo conter o que se espera da negociação, além da data e do local em que será realizada a primeira reunião ● Se o convite não for respondido em até 30 dias da data de seu recebimento, será considerado rejeito ● A legislação afirma que a previsão contratual de mediaçãodeverá conter, no mínimo: I. prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação, contado a partir da data de recebimento do convite; II. local da primeira reunião de mediação; III. critérios de escolha do mediador ou equipe de mediação; IV. penalidade em caso de não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação. ● Se, em previsão contratual de cláusula de mediação, as partes se comprometerem a não iniciar procedimento arbitral ou processo judicial durante certo prazo ou até o implemento de determinada condição, o árbitro ou o juiz suspenderá o curso da arbitragem ou da ação pelo prazo previamente acordado ou até o implemento dessa condição ➞ não é aplicável às medidas de urgência em que seja necessário para evitar o perecimento de direito. Conciliação ● Presença de um terceiro que tem o papel de oferecer soluções, mas sem poder decisório; ● É mais utilizada por ser mais objetiva e rápida; ● Mais indicada quando não existe uma relação preexistente entre as partes ● Se não quiser a conciliação deve se manifestar em petição simples em até 10 dias antes da audiência ● O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. Arbitragem ➞ Não é autocomposição, é heterocomposição ➞ as partes podem escolher o árbitro, geralmente com capacidade técnica, que irá solucionar a lide; mas se não escolherem a própria câmera arbitrária pode escolher ➞ É extrajudicial, sem a participação do judiciário, ➞ Mesma força que decisão judicial, as decisões não podem ser revisadas ou mudadas pelo judiciário, só anuladas (é passível de análise apenas sobre sua regularidade) 1. Cláusula compromissória: estabelece a arbitragem no contrato antes do conflito existir, o judiciário perde a competência 2. compromisso arbitral: depois do conflito 3.. Cláusula Vazia- prevê a arbitragem, sem prever quem vai arbitrar ou como será feito o procedimento. 4. Clausula Cheia- prevê todos os detalhes necessários para instituir a arbitragem ➞ Mesmo o menor sendo representado não pode participar de arbitragem ➞ As partes que pagam o árbitro ➞ Caracterizado por oferecer decisões rápidas e especializadas para a solução de conflitos. ➞ Se a decisão arbitral for condenatória, ela é um título executivo judicial.
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