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Revisão AV2 
BIOMOLÉCULAS 
 
 
 
 
 
 
 
METABOLISMO ÓSSEO 
 
FUNÇÕES DO TECIDO ÓSSEO 
 
 Principal componente do esqueleto. 
 Serve de suporte para os tecidos moles e 
protege órgãos vitais, como os contidos nas 
caixas craniana e torácica e no canal 
raquidiano. 
 Aloja e protege a medula óssea. 
 Proporciona apoio aos músculos 
esqueléticos, transformando suas 
contrações em movimentos úteis. 
 Funciona como depósito de cálcio, fosfato e 
outros íons, armazenando-os e liberando-os 
de maneira controlada. 
 
 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO E SUAS 
FUNÇÕES 
 
 Osteócitos: 
 São células achatadas encontradas no 
interior da matriz óssea ocupando 
espaços denominados lacunas. Cada 
osteócito ocupa apenas uma lacuna. 
 Função: manutenção e preservação da 
matriz óssea. 
 
 Osteoblastos: 
 Localizam-se na superfície do osso. 
 Função: produção da parte orgânica da 
matriz (colágeno tipo I, proteoglicanos e 
glicoproteínas). Também participam da 
mineralização da matriz. 
 Possuem receptores para paratormônio 
(PTH). Quando o paratormônio se liga ao 
osteoblasto, a célula libera fatores que 
estimulam a atividade dos osteoclastos. 
 
 Osteoclastos: 
 Localizam-se na superfície do tecido 
ósseo ou no interior do osso. 
 São células multinucleadas. 
 Função: reabsorção do tecido ósseo. 
 
 
Reabsorção óssea por osteoclastos. Enzimas contidas nos 
lisossomos são exocitadas para o microambiente fechado pela zona 
clara, onde atuam confinadas do restante do tecido. Íons H+ 
produzidos pelo osteoclasto são transferidos para o mesmo 
microambiente, acidificando-o. O pH ácido promove a dissolução 
dos minerais da matriz e fornece o ambiente ideal para a ação das 
enzimas hidrolíticas dos lisossomos. Assim, a matriz é removida e 
capturada pelo citoplasma dos osteoclastos, onde possivelmente a 
digestão continua, sendo seus produtos transferidos para o exterior 
do osteoclasto. 
MATRIZ ÓSSEA 
 
 Matriz orgânica: 
 Formada por fibras colágenas, 
principalmente colágeno tipo I, 
proteoglicanos e glicoproteínas. 
 Glicoproteínas que compõem a matriz: 
o Osteonectina 
o Osteopontina 
 Ao remover a parte orgânica da matriz, o 
osso mantém sua forma, mas se torna 
quebradiço. 
 
 Matriz inorgânica: 
 Representa 50% do peso da matriz óssea. 
 Íons mais encontrados: fosfato e cálcio. 
 Retirando a parte inorgânica da matriz 
óssea, o osso mantém sua forma, mas se 
torna excessivamente flexível, como os 
tendões. 
 
 
PERIÓSTEO E ENDÓSTEO 
 
 Periósteo: 
 Reveste a parte externa do osso. 
 Fibras de Sharpey: 
o São feixes de fibras colágenas do 
periósteo que penetram o tecido 
ósseo e prendem firmemente o 
periósteo ao osso. 
 Células osteoprogenitoras: 
o Localizadas na camada mais interna 
do periósteo. 
o Função: se multiplicam por mitose e 
se diferenciam em osteoblastos, 
contribuindo para o crescimento 
ósseo. 
 
 Endósteo: 
 Reveste a superfície interna do osso. 
 Funções: 
o Fornece novos osteoblastos para o 
crescimento. 
o Remodela e recupera o osso após 
traumatismos mecânicos. 
o Importante para a nutrição do tecido 
ósseo devido à existência de vasos 
sanguíneos no seu interior. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO MACROSCÓPICA: OSSO 
COMPACTO E OSSO ESPONJOSO 
 
 Osso compacto: 
 Tecido ósseo sem cavidades visíveis. 
 Forma as diáfises dos ossos. 
 
 Osso esponjoso: 
 Tecido ósseo com cavidades 
intercomunicantes. 
 Forma as epífises dos ossos. 
 Suas cavidades são ocupadas pela 
medula óssea. Em animais jovens, 
predomina a medula óssea vermelha e 
em animais idosos, a medula óssea 
amarela é predominante. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: OSSO 
LAMELAR E NÃO LAMELAR 
 
 Tecido ósseo primário, imaturo ou não 
lamelar: 
 É o primeiro a ser formado, tanto no 
desenvolvimento embrionário quanto na 
reparação de fraturas. 
 Característica principal: possui fibras 
colágenas dispostas em várias direções e 
sem organização definida. 
 É substituído gradualmente por tecido 
ósseo lamelar. 
 
 Tecido ósseo secundário, maduro ou 
lamelar: 
 Mais encontrado o adulto. 
 Característica principal: possui fibras 
colágenas organizadas em lamelas. 
 Canais de Havers: possui vasos e nervos. 
 Canais de Volkmann: 
 
 
HISTOGÊNESE: OSSIFICAÇÕES 
INTRAMEMBRANOSA E ENDOCONDRAL 
 
 Ossificação intramembranosa: 
 Como ocorre: o local de membrana onde 
a ossificação começa chama-se centro de 
ossificação primária. O processo tem 
início a partir da diferenciação de células 
mesenquimatosas que se diferenciam em 
grupos de osteoblastos e sintetizam o 
osteoide (matriz não mineralizada), que 
logo se mineraliza. Osteoblastos que são 
totalmente envolvidos pela matriz 
tornam-se osteócitos. 
 
 Ossificação endocondral: 
 Tem início sobre uma peça de cartilagem 
hialina, cujo formato é semelhante ao 
osso que vai se formar. 
 Esse tipo de ossificação é responsável 
pela formação de ossos curtos e longos. 
 Consiste em dois processos: 
o As células da cartilagem hialina sofrem 
várias modificações, inclusive 
hipertrofia dos condrócitos, que 
aumentam em volume. A matriz 
cartilaginosa sofre calcificação e, 
dessa forma, os condrócitos morrem 
por apoptose. 
o As cavidades que antes eram 
ocupadas pelos condrócitos são 
invadidas por capilares sanguíneos e 
células osteogênicas vindas do tecido 
conjuntivo adjacente. Essas células se 
diferenciam em osteoblastos, que 
depositarão matriz óssea sobre a 
cartilagem calcificada. Os osteócitos 
derivados dos osteoblastos são 
envolvidos por matriz óssea; dessa 
maneira, aparece tecido ósseo onde 
antes havia tecido cartilaginoso. 
 
 
IMPORTÂNCIA DO TECIDO ÓSSEO NO 
METABOLISMO DO ORGANISMO 
 
 Mecanismos de mobilização de cálcio: 
 Transferência, por diluição, dos cristais 
de hidroxiapatita para o líquido 
intersticial, do qual o cálcio passa para o 
sangue. Isso ocorre principalmente no 
osso esponjoso. 
 Ação do paratormônio, hormônio da 
paratireoide: esse hormônio causa um 
aumento no número de osteoclastos e na 
reabsorção da matriz óssea, com 
liberação de fosfato de cálcio, com 
elevação da calcemia. 
 Calcitonina: inibe a reabsorção da matriz 
e, portanto, a mobilização do cálcio. Esse 
hormônio possui um efeito inibidor sobre 
os osteoclastos. 
 
 
REPARO DE FRATURAS 
 
 Formação do hematoma de fratura: 
 Rompimento dos vasos sanguíneos no 
local da fratura. 
 Formação de um coágulo sanguíneo em 
torno da fratura. 
 
 Processo inflamatório: 
 Serve para “limpar” o hematoma. 
 
 Formação do calo fibrocartilaginoso: 
 Fibroblastos do periósteo invadem o 
local da fratura e produzem fibras 
colágenas. 
 As células do periósteo se desenvolvem 
em condroblastos e produzem um calo 
de fibrocartilagem que une as 
extremidades quebradas do osso 
 
 Formação do calo ósseo: 
 A fibrocartilagem é convertida em 
substância esponjosa e o calo é, então, 
chamado de calo ósseo. 
 
 Remodelação: 
 É a fase final do reparo da fratura. 
 As partes mortas do osso fraturado são 
reabsorvidas pelos osteoclastos. 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
 
GENERALIDADES 
 
O sistema nervoso autônomo é responsável 
por controlar a maioria das funções viscerais do 
organismo, como, por exemplo: 
 
 Controle da pressão arterial e da motilidade 
gastrintestinal. 
 Controle do esvaziamento da bexiga, da 
sudorese e da temperatura corporal. 
 
Todas as vias autônomas são formadas por dois 
neurônios: 
 
 Neurônio pré-ganglionar. 
 Neurônio pós-ganglionar. 
 
 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
 
 Origem das fibras nervosas: 
 Entre os segmentos torácico e lombar da 
medula espinhal. Por isso, também é 
chamado de sistema toracolombar. 
 
 Tamanho das fibras nervosas: 
 Fibra pré-ganglionar: curta. 
 Fibra pós-ganglionar: longa. 
 
 Neurotransmissores: 
 Norepinefrina,chamada de transmissor 
simpático. 
 Neurônio pré-ganglionar: colinérgico 
 Neurônio pós-ganglionar: adrenégico. 
 
 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO 
 
 Origem das fibras nervosas: 
 Regiões craniais/cervicais e sacrais, 
também chamado de sistema 
craniossacral. 
 
 Tamanho das fibras nervosas: 
 Fibra pré-ganglionar: longa. 
 Fibra pós-ganglionar: curta. 
 
 Neurotransmissores: 
 Acetilcolina, chamada de transmissor 
parassimpático. 
 Neurônio pré-ganglionar: colinérgico. 
 Neurônio pós-ganglionar: colinérgico. 
 
 
EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA E 
PARASSIMPÁTICA EM ÓRGÃOS 
ESPECÍFICOS 
 
 Olhos: 
 Simpático: midríase (dilatação da pupila). 
 Parassimpático: miose (contração da 
pupila). 
 
 Glândulas do organismo (nasais, lacrimais, 
salivares e intestinais): 
 Simpático: diminuição da secreção 
glandular. 
 Parassimpático: estimulação da secreção 
aquosa das glândulas. 
 
 Glândulas sudoríparas: 
 Simpático: secreção de grande 
quantidade de suor. 
 Parassimpático: não possui efeito. 
 
 Glândulas apócrinas nas axilas: 
 Simpático: secreção espessa odorífera. 
 Parassimpático: não possui efeito. 
 
 Trato gastrintestinal: 
 Simpático: inibição do peristaltismo e 
aumento do tônus dos esfíncteres. 
Resultado: retardamento da propulsão 
do alimento pelo TGI. 
 Parassimpático: promove o peristaltismo 
e o relaxamento dos esfíncteres, 
aumentando a atividade total do TGI. 
 
 Coração: 
 Simpático: aumenta a atividade total do 
coração. Isso é feito pelo aumento tanto 
da frequência como da força de 
contração cardíaca. A estimulação 
simpática aumenta a eficácia do coração 
como bomba. 
 Parassimpático: causa efeitos opostos 
aos simpáticos, como diminuição da 
frequência e da força de contração 
cardíaca. Diminui o bombeamento do 
coração, permitindo que ele descanse em 
períodos de atividade exaustiva. 
 
 
 
METABOLISMO DE PROTEÍNAS 
 
DEFINIÇÃO 
 
 As proteínas são moléculas poliméricas 
nitrogenadas de elevado peso molecular 
constituídas por aminoácidos. 
 Os aminoácidos são ligados através de 
ligações peptídicas. 
 
 
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS 
 
 Estrutura primária: corresponde à 
sequências de aminoácidos. 
 Estrutura secundária: formada quando a 
estrutura primária se enrola de forma 
helicoidal. O enrolamento é facilitado pelas 
pontes de hidrogênio. 
 Estrutura terciária: estado nativo das 
proteínas, feitos por pontes de hidrogênio e 
sulfeto. 
 Estrutura quaternária: mais alto grau de 
organização das proteínas. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS 
 
 Quanto a sua forma: 
 Proteínas fibrosas: 
o Possuem filamentos. 
o São insolúveis em meio aquoso 
 Proteínas globulares: 
o Formam pequenas esferas. 
o São solúveis em meio aquoso. 
 
 Quanto a sua composição: 
 Proteínas simples: 
o Constituídas apenas por aminoácidos. 
 Proteínas conjugadas: 
o Constituídas por aminoácidos e 
grupos prostéticos (compostos que 
não são aminoácidos). 
 
 Quanto ao número de cadeias 
polipeptídicas: 
 Proteínas monoméricas: 
o Formadas por apenas uma cadeia 
polipeptídica. 
 Proteínas oligoméricas: 
o Formadas por mais de uma cadeia 
polipeptídica. 
o São mais complexas estrutural e 
funcionalmente. 
 
 
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS 
 
 Fornecimento de energia 
 Estruturação da célula 
 Catalisação de funções biológicas na forma 
de enzimas 
 Regulação de processos metabólicos 
 Armazenamento e transporte de 
substâncias 
 Constrição e reparo de tecidos e músculos 
 Defesa do organismo na forma de 
anticorpos. 
 Produção de hormônios e de 
neurotransmissores. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS 
 
 Quanto à necessidade dietética: 
 Essenciais: 
o O animal absorve da dieta porque não 
consegue produzir. 
 Naturais/Não essenciais: 
o O animal produz naturalmente. 
 
 Quanto ao destino da cadeia carbônica: 
 Glicogênicos: 
o Produz intermediários do ciclo de 
carboidratos. 
 Cetogênicos: 
o A cadeia carbônica da origem ao 
Acetil-CoA. 
 
 
DEGRADAÇÃO DE AMINOÁCIDOS 
 
 Transaminação: 
 Acontece em todas as células. 
 Gera -cetoácidos. 
 Desaminação: 
 Ocorre preferencialmente no fígado, 
devido à existência de uma enzima, a 
glutamato desidrogenase. Sempre ocorre 
nas mitocôndrias dos hepatócitos. 
 Gera amônia.

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