Desenho Mecânico - Cortes

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Histórico revisões:
Revisão 00@19/04/2018
Revisão 01@29/09/2020
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Olá pessoal, eu sou o professor Januário e hoje vamos estudar sobre a representação 
em cortes utilizada no desenho técnico
Objetivos:
• Iremos explicar o porque e em que situações devemos utilizar o cortes no desenho 
técnico e a norma da ABNT relacionada com este tipo de representação;
• Também iremos mostrar como essa representação aparece nas vistas ortográficas 
e na perspectiva isométrica, os elementos que devemos usar nessa representação;
• Quais a etapas para fazer essa representação, e
• E vamos mostrar os tipos de cortes e sua utilização
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Em peças que tem muitos detalhes internos, as vistas ortográficas ficarão com muitas 
arestas não visíveis, ou seja, muitas linhas tracejadas.
Uma grande quantidade de linhas tracejadas dificulta a leitura e execução do 
desenho
São em casos como este mostrado na figura que usamos a representação em corte 
ou simplesmente o corte. 
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Aqui vemos outro exemplo de uso do corte num peça com diversos detalhes internos 
mostrados por linhas tracejadas e linhas de centro.
Neste caso a vista em corte é muito mais clara que a vista frontal do objeto.
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Os cortes esclarecem detalhes no interior de peças de difícil interpretação nas vistas 
ortográficas.​ Só devemos usar o corte se ele ADICIONAREM INFORMAÇÃO 
RELEVANTE ao desenho.
E o corte é uma representação imaginária, pois a peça ou objeto não será cortada 
fisicamente. Para fazer o corte utilizamos um plano imaginário.
Podemos usar o corte em peças simples para simplificar ou deixar de mostrar um ou 
mais vistas ortográficas.
A norma NBR 12.298 é que define como devem ser representados os cortes.
Quero lembrar que o corte é o resultado da interseção do plano secante com a peça, 
lembrando que este plano é imaginário. E desenhamos a projeção da parte desta 
peça situada após este plano imaginário.
Secção – Registra somente a interseção do plano secante com a peça
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As hachuras são a representação da parte maciça da peça atingida pelo plano 
imaginário utilizado no corte.
Elas indicam o tipo do material usado na fabricação da peça por meio do tipo do 
padrão de linhas.
Vemos na imagem alguns tipos de hachuras e o material correspondente ao padrão. 
Para os materiais metálicos (ferro, aço, ligas de aço por exemplo) a norma permite 
utilizar a hachura do padrão do ferro fundido.
As hachuras são traçadas com um ângulo de 45 graus em relação ao eixo da peça e 
usando linhas finas e paralelas.
O ângulo pode mudar dependendo das características da peça ou montagem.
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Como falamos antes as hachuras podem assumir uma direção diferente de 45 graus 
em relação ao eixo da peça, como mostrado na primeira figura.
Quando existirem peças adjacentes, uma do lado da outra, como acontece em 
conjuntos mecânicos que se tem peças juntas uma da outra. Podemos mudar o 
ângulo da hachura e/ou o espaçamento entre as linhas da hachura.
Em peças que são muito finas, que chamamos de delgadas, a hachura é representada 
em preto com filetes brancos separando as partes que ficam próximas.
Esses filetes brancos também são chamados de linha de luz
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Para realizar um corte numa peça ou objeto devemos em primeiro lugar definir o 
plano imaginário, identificar as interseções com a peça e observar quais partes serão 
hachuras e quais não serão.
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Vamos observar como um corte feito numa peça mostrada em perspectiva é 
representada em vistas ortográficas.
É importante que você observe que a parte da peça que será representada 
dependerá do posição o plano de corte e da orientação da seta no plano de corte, 
que indicará a direção de visualização da peça.
A direita vemos s vista frontal, na vista superior a indicação do plano de corte e o 
corte AA representado no lugar da vista lateral esquerda.
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É muito importante observar os detalhes para representação do corte.
O plano de corte pode ser indicado em qualquer vista. Menos na vista em corte.
Você deve desenhar o plano de corte com linha de traço-ponto estreita e larga nas 
extremidades e nas mudanças de direção
Você deve utilizar um par de letras maiúsculas para indicar o corte
E escrever o nome do corte abaixo da vista representada em corte
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Aqui vemos outra forma de representação de cortes e a diferença devido à 
orientação das setas que indicam a visualização do corte
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Os cortes podem ser classificados em corte total, com ou sem desvio, no qual toda a 
peça é cortada. Em meio corte, em que uma parte da peça, e vemos metade da peça 
cortada e a outra metade a parte externa da peça. O corte rebatido no qual fazemos 
um rebatimento para representar o corte e o corte parcial que apenas uma pequena 
porção da peça é cortada.
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O corte total é feito usando apenas um único plano de corte.
De acordo com a posição do plano de corte utilizado, o corte total pode ser 
longitudinal ou transversal.
Para o corte longitudinal vertical, o plano de corte está na vertical cortando a peça ao 
longo do seu comprimento
Para o corte longitudinal horizontal, o plano de corte está na horizontal cortando a 
peça ao longo do seu comprimento
Já o corte transversal o plano de corte fica na vertical e intercepta a peça na sua 
largura, na transversal da peça.
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Para as peças com mais detalhes ou mais complexas, pode ser necessário utilizar 
mais de um corte para representar todos os detalhes.
Nesta peça observamos o uso de um corte transversal, o corte AA, e de um corte 
longitudinal horizontal, o corte BB.
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Existem peças complexas que, para mostrar todos os detalhes internos, é necessário 
se utilizar dois ou mais planos paralelos entre si (plano coplanares).
Para estes casos, utilizamos o corte em desvio. Na figura à esquerda vemos uma peça 
em perspectiva com três planos de corte coplanares, indicados pelos números 1, 2 e 
3. E os desvios, indicados pelas letras a e b.
Na figura do lado direito, vemos as vistas ortográficas da peça. A vista frontal aparece 
em corte e na vista superior indicamos o plano do corte em desvio. Observem que o 
plano de corte é indicado por linha de traço-ponto estreita com as extremidades e 
aas mudanças de direção com a linha contínua grossa.
Observando a vista frontal isoladamente é impossível identificar o trajeto percorrido 
pelo plano de corte, por isso é importante escolher a vista adequada para indica-lo 
com linha de corte
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Quando elementos iguais e alinhados estão num mesmo plano perpendicular ao 
plano de corte só é necessário se utilizar um único desvio para representar estes 
elementos. Veja na imagem que os dois furos com rebaixo são iguais e estão 
alinhados, desta forma só é necessário representar um deles apenas.
Em algumas peças, é necessário utilizar mais de um desvio no plano de corte, como 
pode ser observado na imagem a direita.
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Os detalhes internos da peça ou objeto são mostrados num único plano, como se 
todos os detalhes pertencessem a um único plano de corte, mesmo que eles estejam 
em plano diferentes.
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O corte rebatido é utilizado em peças de revolução, a exemplo de peças que são 
fabricadas utilizando um processo como o torneamento.
O corte rebatido é utilizado para representar detalhes excêntricos, em partes de 
revolução, como podemos ver destacados na figura.
O corte será composto por dois planos concorrentes .
O plano de corte sofrerá uma rotação até coincidir com outro, chamamos este 
processo de rebatimento.
Os detalhes internos da peça serão representados em verdadeira grandeza em um 
único plano.
Observe o corte GG, ao fazer o corte rebatido os furos menores abaixo do furo 
central são representados a mesma distância do centro da peça que o furo menor 
que fica a cima do furo central.
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Outro tipo de corte que utiliza-se em diversas peças é o meio corte.
O meio corte é usado para representar elementos internos de peças simétricas. E 
permite que em apenas uma vista se mostre os elementos e detalhes externos e 
internos.
As peças que são simétricas precisamter representadas as linha de simetria, 
utilizando a linha traço e ponto estreita.
O corte é realizado com um plano que corta metade da peça como destacado na 
figura.
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Metade da peça é mostrada em corte e a outra metade em vista ortográfica sem os 
detalhes internos com linha tracejadas.
Os centros de todos os elementos da peça devem ser indicadas com linha de centro, 
mesmo na metade da peça que não foi atingida pelo plano de corte.
Quero chamar a atenção sobre dois detalhes:
No meio-corte não é necessário indicar o plano de corte; as outras são representadas 
normalmente sem haver a indicação do plano de corte também.
Quando a linha de simetria for horizontal a parte cortada é representada abaixo da 
linha de simetria.
Quando a linha de simetria for vertical parte cortada é representada do lado direito 
da linha de simetria.
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O corte parcial é um corte localizado que é utilizado em peças que os detalhes 
internos estão concentrados em determinadas partes da peça.
Neste tipo de corte não há a necessidade de usar um corte por completo.
O corte parcial possui regras específicas:
1. Nele o corte é indicado pelas linhas de ruptura, que são linhas contínuas estreitas 
feitas a mão-livre ou contínua em ziguezague.
2. Deve-se utilizar linhas tracejadas para representar os elementos internos 
localizados nas partes não atingidas pelo corte parcial
3. Não é necessário indicar a nome do corte parcial
4. E em uma mesma peça pode-se usar de mais de um corte parcial
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