Investigação Forense e Inquérito Policial

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O exame de corpo de delito:
Deve ser realizado por dois peritos oficiais.
Deve ser realizado em dia e horário agendado, a depender da discricionariedade da autoridade policial.
O laudo pericial deve ser elaborado em 24 horas, prazo do APFD.
Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
O perito não necessita possuir curso superior, caso tenha experiência comprovada na área de atuação.
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Levi é um indígena integrante do povo Kaigang. Durante uma manifestação na qual os indígenas do povo Kaigang reivindicavam terra ancestral, Levi teria, em tese, cometido homicídio contra uma pessoa não indígena que se opunha ao pleito.
Entendeu-se que o fato envolvia disputa sobre direitos indígenas, razão pela qual o crime seria de competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109, XI, da CF/88. O advogado do réu solicitou a realização perícia antropológica com o objetivo de se compreender a organização social e cultural do povo Kaigang e os motivos pelos quais eles lutam. Com isso, poderia também se entender as hipóteses nas quais, para esse povo, é legítima a morte de uma pessoa. O Juiz Federal negou o pleito argumentando que os elementos trazidos aos autos evidenciam que o réu não vivia isolado em sua comunidade. Ao contrário, possuía conhecimento das regras e costumes da sociedade não indígena.
Acerca do caso hipotético, é correto afirmar.
O magistrado agiu corretamente, considerando que tal perícia iria induzir o júri a erro.
O magistrado agiu de forma correta, pois a perícia antropológica possua caráter vinculante aos jurados.
O estudo antropológico tem por objetivo aferir o grau de imputabilidade do acusado.
Embora não possua caráter vinculante, a realização de perícia antropológica constitui-se em importante instrumento para assistir as partes nos debates em plenário e o julgador na imposição de eventual reprimenda, podendo, no caso, ser realizado após a pronúncia do réu, sem prejuízo ao andamento processual.
A perícia não seria necessária porque o indígena vivia em contato com pessoas não indígenas.
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A respeito do silêncio do réu no inquérito policial, é correto afirmar:
não importará em confissão, mas em presunção de culpabilidade.
importará em confissão.
importará em confissão, exceto se o acusado manifestar interesse em prestar declarações em juízo.
somente na presença de advogado o réu poderá manifestar desejo de não prestar declarações.
não importará em confissão.
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O exame de corpo de delito:
Deve ser realizado necessariamente no morto, daí a expressão “corpo de delito”.
Deve ser realizado tanto no vivo quanto no morto, desde que realizado em uma pessoa.
Pode ser realizado em todo o conjunto dos vestígios materiais resultantes da prática criminosa (pessoas, objetos, instrumentos, armas, fragmentos etc.).
Deve ser realizado por dois peritos oficiais.
Deve ser realizado apenas no IML, dada a necessidade de manipulação do corpo.
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Edmond Locard (Saint-Chamond, 13 de dezembro de 1877 — Lyon, 4 de maio de 1966) foi precursor da Ciência Forense, destacando-se com estudos do “triângulo do crime”, que pressupõe a análise de três elementos:
os vestígios, indícios e provas
o local, as provas e os indícios
a vítima, o criminoso e o local
os vestígios, a vítima e os criminosos
o Local, os vestígios e as provas
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A Tanatologia médico-legal:
Cuida da morte e do morto.
Trata das lesões corporais sob o ponto de vista jurídico e das energias causadoras do dano.
Estuda a identidade e a identificação médico-legal e judiciária.
Estuda os cáusticos e os venenos, e os procedimentos periciais nos casos de envenenamento.
Detalha os aspectos das asfixias de origem violenta, como esganadura, enforcamento, afogamento, estrangulamento, soterramento, sufocação direta e indireta, e as asfixias produzidas por gases irrespiráveis.
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O princípio de Troca de Locard pressupõe:
As perícias podem ser trocadas umas pelas outras, em virtude do princípio da fungibilidade.
A perícia médica deve ser realizada imediatamente ao crime, para que não haja troca das provas.
As perícias pressupõem uma troca entre o perito e a evidência.
Que todo contato deixa uma marca pelo autor do crime, que se consubstancia nos vestígios.
Que o local do crime pode ser trocado por outro, sem que o perito perceba.
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Acerca do poder investigatório do Ministério Público, indique a alternativa correta, à luz da jurisprudência dos Tribunais Superiores.
O Ministério Público poderá presidir o inquérito policial, considerando a sua função de controle externo das polícias.
O Ministério Público poderá requisitar que o delegado de polícia formule o indiciamento de um investigado.
É permitido ao Ministério Público conduzir o inquérito policial como autoridade máxima.
Em virtude da teoria dos poderes implícitos, o Ministério Público pode proceder com a investigação criminal em um procedimento próprio, que tramita no âmbito das promotorias, desde que garantidos os direitos do réu.
A competência de apuração das infrações penais e da sua autoria é exclusiva da polícia judiciária, a quem, por lei, compete esta função.
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São características próprias do inquérito policial, exceto:
Inquisitivo
Escrito
Dispensável
Unidirecional
Sigiloso
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Sobre a cadeia de custódia:
Sua disposição legal está inserida no Código Penal e na lei de contravenções penais.
O CPP sempre disciplinou a respeito da cadeia de custódia.
Se refere à prisão do investigado, que deverá ser mantido na cadeia, durante a investigação criminal.
Disciplina a colheita e guarda de evidências até a formulação do relatório da autoridade policial. Após, a evidência deverá acompanhar o inquérito policial.
Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.