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EA
D
2
Organização e Empresa
1. OBJETIVOS
•	 Identificar	as	acepções	da	palavra	organização.
•	 Compreender	a	organização	como	sistema	que	transfor-
ma	recursos	em	produtos	e	serviços.
•	 Compreender	a	definição	de	Empresa	e	Organização.
2. CONTEÚDOS
•	 Organização	e	Empresa.
•	 Sistema	de	Recursos	e	Objetivos.
•	 Classificação	das	Organizações.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes	de	 iniciar	o	estudo	desta	unidade,	é	 importante	que	
você	leia	as	orientações	a	seguir:
© Administração I46
1)	 Para	enriquecer	seus	estudos	sobre	os	aspectos	de	uma	
organização,	conheça	a	cartilha	do	Sebrae,	que	trata	de	
Empreendedorismo Digital.	 Acesse	 site:	 <http://www.
sebraesp.com.br/sites/default/files/empreendedoris-
mo_digital.pdf>.	Acesso	em:	10	out.	2010.
2)	 Para	complementar	os	estudos,	visite	o	site	do	CRA	(SP)	
–	Conselho	Regional	de	Administração	e	pesquise	artigos	
sobre	organização	e	empresa.	Para	isso,	acesse:	<http://
www.crasp.gov.br>.	Acesso	em:	13	out.	2010.	
3)	 É	interessante	pesquisar	sobre	o	Direito Comercial	e	ler	
sobre	a	constituição	de	empresas	e	tipos	de	sociedade.	
Esse	entendimento	ajudará	você	a	tirar	conclusões	mais	
amplas	sobre	o	estudo	que	iremos	tratar	nesta	unidade.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na	unidade	anterior	aprendemos	o	conceito	e	o	significado	
da	administração,	o	campo	de	atuação	e	a	necessidade	de	utiliza-
ção	desta	importante	ferramenta.
O	 estudo	 histórico	 da	 administração	 permite	 observar	 um	
contexto	 em	que	podemos	 interpretar	 as	 oportunidades	 e	 tam-
bém	os	desafios	atuais.	Contudo,	estudar	a	história	não	se	baseia	
simplesmente	em	ordenar	os	fatos,	mas	entender	o	impacto	gera-
do	pelas	forças	da	sociedade	sobre	a	organização,	com	a	finalidade	
de	melhorar	as	habilidades	conceituais	(DAFT,	2005).
As	organizações	executam	quase	todas	as	atividades	da	vida	
moderna,	portanto	elas	representam	um	dos	elementos	mais	im-
portantes	da	sociedade.	As	pessoas	nascem	em	hospitais,	recebem	
educação	e	formação	nas	escolas,	trabalham	em	organizações,	por	
isso	passam	parte	da	vida	nas	organizações.	Consequentemente,	
o	entendimento	da	pessoa	moderna	e	da	sociedade	em	que	vive	
conduz	ao	estudo	das	organizações	(LACOMBE;	HEILBORN,	2006).
Nesta	unidade,	iniciaremos	nosso	estudo	com	uma	pergun-
ta: o que é organização?	É	necessário	aprender	o	significado	desse	
http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/empreendedorismo_digital.pdf
http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/empreendedorismo_digital.pdf
http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/empreendedorismo_digital.pdf
47
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Organização e Empresa
termo,	pois	ele	será	utilizado	no	decorrer	dos	estudos	de	Adminis-
tração I.
5. ORGANIZAÇÃO E EMPRESA
A	organização	é	um	instrumento	que	foi	criado	para	atingir	
um	determinado	fim.	Essa	palavra	deriva	do	grego	organon	e	signi-
fica	uma	ferramenta	ou	um	instrumento	(MORGAN,	1996).	
Já	as	organizações	empresariais	são	instituições	sociais	cuja	
ação	 desenvolvida	 é	 dirigida	 por	 objetivos.	 Elas	 são	 projetadas	
como	sistemas	de	atividades	e	de	autoridades,	atuando	de	forma	
interativa	no	ambiente	que	as	cerca	(MORAES,	2001).
Mas,	 como	 surgiram	 as	 organizações?	 O	 exemplo	 para	 se	
criar	a	organização	tem	origem	no	modelo	de	bandos	de	animais,	
como	 a	 alcateia	 de	 lobos	 ou	 o	 rebanho	 de	 gado.	 Diante	 desses	
exemplos,	as	pessoas	notaram	que	as	tarefas	simples	dariam	mais	
resultados	caso	fossem	realizadas	coletivamente,	onde	todos	par-
ticipassem	das	atividades,	cada	qual	incumbido	de	uma	ação.	Des-
sa	forma,	nascia	a	associação	de	pessoas	destinadas	a	alcançar	a	
meta	para	atender	a	necessidade	de	outras	pessoas	(BERNARDES;	
MARCONDES,	2006).
O	indivíduo,	de	forma	isolada,	é	capaz	de	fazer	um	produto	
ou	serviço.	Para	tanto,	ele	compra	matéria-prima,	equipamentos	
etc.,	 desenvolve	 as	 atividades	 necessárias	 e	 obtém	 o	 resultado	
esperado.	Quando	se	trata	da	organização,	o	mesmo	produto	ou	
serviço	será	alcançado	de	maneira	mais	rápida	e	em	maior	quan-
tidade.	Essa	é	a	grande	diferença!	Os	produtos	são	desenvolvidos	
para	atender	os	clientes,	este	é	o	 fim	de	a	organização	alcançar	
sua	meta.
Portanto,	é	por	essa	razão	que	as	ideias	sobre	tarefas,	metas,	
propósitos	e	objetivos	tornam-se	conceitos	organizacionais	no	es-
tudo	da	Administração.
O	termo	"organização"	pode	ter	duas	acepções:
© Administração I48
•	 Arrumação,	ordem,	procedimento,	técnica	ou	meio	de	se	
realizar	algo,	método,	processo	etc.
•	 Instituição,	empresa,	associação.
Vejamos	os	exemplos	que	caracterizam	essas	diferenças:
•	 Falta	de	organização.
•	 Responsabilidade	social	das	organizações.
Não	existe	nenhum	exagero	em	afirmar	que	estamos	sempre	
ligados	a	algum	tipo	de	organização.	A	escola,	a	fábrica,	o	escritó-
rio	ou	a	loja	onde	trabalhamos	são	organizações;	assim	como	nos-
so	clube,	nossa	igreja	e	até	mesmo	nosso	time	de	futebol.
6. SISTEMA DE RECURSOS E OBJETIVOS
Partamos	para	uma	abordagem	conceitual	do	termo.	Segun-
do	Maximiano	(2000,	p.	91),	"[...]	organização	é	um	sistema	de	re-
cursos,	que	procura	realizar	objetivos	ou	conjuntos	de	objetivos".	
E	o	que	seria	um	sistema?	
Um	sistema	é	um	todo	complexo	e	organizado,	formado	de	
partes	ou	elementos	que	interagem	entre	si,	a	fim	de	idealizar	um	
objetivo	preestabelecido	(MAXIMIANO,	2000).	Observe	a	Figura	1.	
Ela	ajudará	você	a	aplicar	esses	conceitos	na	atividade	prática.
 
RECURSOS 
⇒ Humanos 
⇒ Materiais 
⇒ Financeiros 
⇒ Informação 
 
SERVIÇOS 
 
⇒ Processos de 
Transformação. 
⇒ Divisão do 
trabalho. 
⇒ Coordenação. 
 
PRODUTOS 
ORGANIZAÇÃO OBJETIVOS 
→ → 
Fonte:	Maximiano	(2000,	p.	92).
Figura	1	Uma organização é um sistema que transforma recursos em produtos e serviços.	
A	figura	anterior	representa	um	ciclo	sistêmico	na	organiza-
ção,	no	qual	são	inseridos	vários	recursos	para	que	o	processo	or-
49
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Organização e Empresa
ganizacional	transforme-os	em	produtos	ou	serviços,	conforme	o	
objetivo	que	se	deseja	atingir.
As	organizações	são	sistemas	de	recursos	e	quando	se	aplica	
o	estudo	de	sua	sistemática	a	compreensão	de	suas	estruturas	e	
de	seu	relacionamento	com	o	meio	externo	torna-se	mais	fácil.
7. CLASSIFICAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES
Existem	organizações	mais	formais	do	que	outras,	isto	é,	de	
estrutura	fechada,	como,	por	exemplo:	empresas,	instituições	re-
ligiosas,	repartições	públicas	e	hospitais.	Toda	organização	repre-
senta	um	conjunto	de	pessoas	que	trabalha	para	atingir	um	obje-
tivo.
Dessa	forma,	quando	falamos	em	organização,	estamos	nos	
referindo	às	entidades	formais	que	visam	ou	não	ao	lucro,	e	de-
pendem	da	ação	de	pessoas	para	prestar	serviços,	fabricar	ou	cui-
dar	de	seus	produtos.	Vejamos,	agora,	estas	duas	situações:
•	 Um	 grupo	 de	 pessoas	 recebe	 como	 doação	 um	 prédio	
antigo	para	nele	instalar	um	hospital.	A	arrecadação,	vin-
da	do	pagamento	dos	serviços	utilizados	pelos	pacientes,	
será	revertida	para	o	próprio	hospital	na	forma	de	paga-
mento	dos	salários	dos	funcionários,	na	conservação	do	
prédio	 e	 das	 instalações,	 e	 na	manutenção	 do	 equipa-
mento	e	do	material.
•	 Um	outro	grupo	de	pessoas	compra	uma	casa	de	saúde	
para	nela	 também	 instalar	um	hospital.	Esse	grupo	não	
pretende	usar	a	arrecadação	no	hospital.	Depois	de	pa-
gas	todas	as	despesas	com	pessoal	e	material,	impostos	e	
manutenção,	a	quantia	que	sobrar	será	distribuída	entre	
os	sócios.
Com	base	nas	duas	situações	que	vimos	anteriormente,	po-
demos	afirmar	que	a	primeira	compreende	uma	entidade	sem	fins	
lucrativos,	pois	possui	apenas	o	objetivo	social.	Em	contrapartida,	
© Administração I50
a	segunda	entidade	visa	aos	lucros,	denotando	a	realidade	de	uma	
empresa,	com	objetivos	sociais	e	operacionais.
A	maioria	das	empresas	tem	objetivo	operacional,	que	é	o	
lucro.	Entretanto,	as	organizações	também	possuem	objetivos	so-
ciais,	como	o	compromisso	com	as	pessoas	que	dela	fazem	parte,	
com	a	clientela,	com	o	governo	e	com	a	sociedade.	Portanto,	asorganizações	podem	ser	classificadas	em:
•	 Entidades sem fins lucrativos:	são	aquelas	organizações	
filantrópicas,	que	praticam,	na	maioria	das	vezes,	ativida-
des	humanísticas	e	sociais,	como	"lar	da	infância"	e	"asilo	
para	idosos".	Essas	entidades	angariam	fundos	somente	
para	cumprir	 com	suas	obrigações.	Elas	não	possuem	o	
objetivo	 de	 prestar	 serviços	 ou	 confeccionar	 produtos	
com	o	intuito	de	obter	lucro.
•	 Empresas (se visarem ao lucro):	 são	 aquelas	 organiza-
ções	 que	 comercializam	produtos	 ou	 serviços	 na	 esfera	
mercadológica	com	a	intenção	de	obter	lucro.
•	 Entidades públicas:	 são	 os	 entes	 públicos.	 A	 União,	 os	
Estados,	os	Municípios,	o	Distrito	Federal,	os	Territórios,	
Autarquias	e	Fundações,	além	das	Empresas	Públicas	que	
também	formam	este	tipo	de	organização.
As	associações	ou	cooperativas	são	entidades	sem	fins	lucra-
tivos.	Elas	 reúnem	pessoas	com	um	mesmo	objetivo,	uma	meta	
a	ser	alcançada,	mas	que	de	 forma	alguma	pretendem	ter	 lucro	
pessoal	com	a	organização.	Todas	as	despesas	são	divididas	igual-
mente	entre	os	associados.	Com	isso,	eles	adquirem	o	direito	de	
participar	de	todos	os	benefícios	que	a	associação	ou	a	cooperati-
va	oferece.
E	se	uma	entidade	sem	fins	lucrativos	perceber	que	precisa	
obter	lucro	para	continuar	existindo?	Isso	pode	acontecer.	Só	que,	
a	partir	do	momento	em	que	começar	a	produzir	para	lucrar,	ela	
passará	a	constituir	uma	empresa.	Não	vai	modificar	seus	objeti-
vos	sociais,	mas	terá	também	objetivo	operacional,	que	antes	não	
possuía.
51
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Organização e Empresa
Na	maioria	das	 vezes,	 o	 lucro	é	direcionado	aos	donos	da	
empresa.	No	entanto,	existem	algumas	empresas	que	produzem,	
distribuem	e	vendem	seus	produtos,	porém	o	lucro	obtido	não	vai	
para	a	conta	bancária	do	empresário,	e	sim	para	o	financiamento	
de	pesquisas,	projetos	especiais,	hospitais,	orfanatos,	escolas.
Trata-se	 de	 organizações	 que	 financiam	 outras,	 estas	 sim,	
sem	 fins	 lucrativos.	Há	 também	algumas	empresas	que	dividem	
parte	do	lucro	com	seus	trabalhadores.
As	pessoas	reúnem-se	em	uma	organização	para	quê?	Para	
tentar	chegar	a	um	objetivo,	a	razão	de	ser	da	organização.	E	para	
que	se	possa	alcançar	esse	objetivo,	é	preciso	ter	um	plano.
Para	que	um	plano	dê	certo,	é	necessário	que	ele	seja	bem	
elaborado,	executado	com	eficiência,	modificado	e,	se	necessário,	
ajustado	a	condições	não	previstas	anteriormente.	Portanto,	é	pre-
ciso	que	seja	bem	administrado.
Administrar	é	planejar,	organizar,	liderar	e	controlar	o	traba-
lho	dos	membros	da	organização,	usando	todos	os	recursos	dispo-
níveis	para	alcançar	os	objetivos	estabelecidos.
As	organizações	servem	à	sociedade	porque	favorecem	a	cir-
culação	de	riquezas,	a	realização	de	pesquisas,	além	de	divulgarem	
conhecimentos	e	oferecerem	trabalho.	E	por	servirem	à	socieda-
de,	elas	precisam	de	objetivos	e	reconhecimentos.
Existem	organizações	que	por	não	possuírem	uma	identida-
de,	ou	seja,	por	praticarem	a	economia	 informal,	não	são	 juridi-
camente	reconhecidas.	Geralmente,	obter	a	identidade	para	uma	
organização	é	simples.	É	claro	que	existem	algumas	organizações	
mais	complexas,	o	que	exige	maior	burocracia.	
De	um	modo	geral,	no	entanto,	basta	registrá-la,	cadastrá-la	
na	Receita	Federal	(Cadastro	Nacional	de	Pessoa	Jurídica	–	CNPJ),	
na	Junta	Comercial	(Inscrição	Estadual)	e/ou	na	Prefeitura	(Inscri-
ção	Municipal).	Com	essa	identificação,	válida	em	todo	o	território	
nacional,	a	organização	passa	a	ter	reconhecimento	legal;	passa	a	
© Administração I52
ser	uma	pessoa	jurídica.
Mas,	o	que	vem	a	ser	uma	pessoa	jurídica?	Você	vai	enten-
der	isso	no	exemplo	a	seguir.
Antônio,	Paulo	e	Marta	trabalham	em	agências	de	seguro	e	
adquiriram	muita	experiência	no	segmento.	Após	muita	reflexão,	
eles	decidiram	associar-se.	Assim	nasceu	a	seguradora	APM	–	Se-
guros	Ltda.,	uma	organização	com	fins	lucrativos	–	uma	empresa.
Antônio,	 Paulo	 e	Marta,	 individualmente,	 são	pessoas	 físi-
cas;	mas	os	três	juntos	formam	uma	pessoa	jurídica.	E	isso	aconte-
ceu	no	momento	em	que	se	associaram,	criaram	uma	organização,	
fizeram	seu	registro	e	cadastro.
Se	apenas	um	dos	três	tivesse	criado	a	empresa,	esta	tam-
bém	seria	uma	pessoa	jurídica,	pois	organização	é	pessoa	jurídica,	
seja	ela	composta	por	uma	ou	mais	pessoas	físicas.
A	empresa	 formada	por	uma	 só	pessoa	 física	 é	 conhecida	
como	firma	individual.	Nela,	a	pessoa	física	assume	todos	os	riscos	
da	pessoa	 jurídica,	recebe	os	 lucros	ou	sofre	os	possíveis	prejuí-
zos.	Neste	caso,	se	o	patrimônio	da	firma	não	conseguir	cobrir	os	
débitos,	os	credores	podem	tomar	os	bens	pessoais	dessa	pessoa	
física.
À	parte	de	seus	objetivos	sociais,	todas	as	organizações,	se-
jam	empresas	ou	entidades	sem	fins	lucrativos,	individuais	ou	não,	
estão	envolvidas	com	a	produção	de	bens,	a	prestação	de	serviços	
ou	com	a	atividade	de	troca	–	o	comércio.
8. TEXTO COMPLEMENTAR
Novo Código Civil torna as empresas burocráticas –––––––– 
Em palestra realizada no CRA (SP), a advogada Sandra Regina Bruno Fiorentini, 
consultora jurídica do Sebrae (SP), falou sobre as principais mudanças promovi-
das pelo novo Código Civil na vida das empresas.
Em vigor desde 11 de janeiro deste (Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002) de-
morou 26 anos para ser aprovado e representa a consolidação das mudanças 
53
Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Organização e Empresa
sociais e legislativas surgidas nas últimas décadas, incorporando avanços na 
técnica jurídica. Com 2.046 artigos, a lei substitui a anterior, de 1916. Um dos 
pontos mais modificados pelo novo código diz respeito ao Direito de Empresa 
(organização das sociedades), que na opinião da maioria dos juristas tornará 
as empresas burocráticas, já que terão de cumprir normas como assembléias 
anuais entre os sócios.
A advogada Sandra Regina Bruno Fiorentini, consultora jurídica do Sebrae (SP) 
(Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), teve a oportu-
nidade de esclarecer em reunião no CRA (SP) que o novo código nasceu defasa-
do, pois desde que foi apresentado ao Legislativo, há quase 30 anos, manteve o 
texto praticamente inalterado. No que se refere ao Direito de Empresa, por exem-
plo, a legislação deu pouca importância à doutrina e à jurisprudência construídas 
nos últimos 40 anos. Ela acredita que os “absurdos” deverão ser corrigidos em 
breve, pois antes mesmo de o novo código entrar em vigor já havia mais de 500 
emendas no Congresso.
De acordo com a advogada, a defasagem e o excesso de burocracia (marcado 
pela obrigatoriedade de averbação de atos importantes, como atas de reuniões, 
e a outorga de poder aos acionistas minoritários) é um convite para que as em-
presas em processo de formação partam para a informalidade.
Ela lembrou que as empresas constituídas sob a égide da lei anterior terão um 
ano para se adaptar às disposições do novo código. No entanto, as alterações 
contratuais, desde uma simples mudança de endereço até transformação, in-
corporação, cisão ou fusão, ocorridas a partir de 11 de janeiro terão de estar de 
acordo com as novas regras.
Uma das vantagens do novo código, explicou Sandra, é a unificação do direito 
societário. “Antes as empresas eram divididas em atividades mercantis ou civis. 
Hoje, a nova lei, inspirada no código civil italiano, um dos mais avançados do 
mundo, as classifica pelo aspecto econômico da atividade sem se importar se 
são empresas industriais, comerciais ou prestadoras de serviços”, enfatiza.
Ela chama a atenção, também, para a expressão “empresário”, que, de acordo 
com o artigo 966 do novo código, passou a designar todos que exercem profis-
sionalmente uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação 
de bens ou serviços. Ou seja, o dono da padaria ou o da mercearia, que antes 
eram considerados firmas individuais, hoje também são tratados como empresá-
rios, e como tal devem formalizar a inscrição na Junta Comercial.
Não são considerados empresários os queexercem, de forma isolada, profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo tendo auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empre-
sa, casos de administradores, engenheiros, médicos e dentistas, que atuam por 
conta própria (autônomos).
Diferença tênue
O novo código adota duas espécies de sociedade: a Simples e a Empresária. 
Ambas são formadas por pessoas que se obrigam a contribuir com bens e servi-
ços para o exercício de uma atividade econômica e partilhar resultados. As duas 
são consideradas pessoas jurídicas e o que as diferencia é que a Simples não 
tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário.
“A diferença entre elas é tênue”, explica Sandra, ao dizer que a Simples permite, 
por exemplo, a junção de dois médicos na constituição de uma clínica. No en-
tanto, a sociedade transforma-se em Empresária se os dois decidem montar um 
© Administração I54
hospital, caso em que o intelecto será usado apenas na parte administrativa. O 
mesmo se aplica a dois dentistas que decidem explorar planos odontológicos, 
em vez de exercer a profissão.
As Sociedades Simples devem ser registradas no Cartório das Pessoas Jurídi-
cas, mas a previsão é para uma corrida à Junta Comercial, já que a maioria das 
empresas (97% das sociedades legalmente constituídas no País são limitadas) 
não se enquadra nesta categoria. Por conta disso, questiona-se se as juntas, 
com a atual estrutura, terão condições de arcar com todos os serviços. Antes, 
levava-se de 15 a 20 dias para se conseguir os autos constitutivos de uma em-
presa. O prazo subiu para 30 dias e deverá chegar a 60 ou 90 dias para se 
registrar uma simples ata.
Tipos societários
A Sociedade Empresária terá de optar, obrigatoriamente, por um dos tipos so-
cietários: Sociedade em Novo Coletivo; Sociedade em Comandita Simples (em 
desuso); Sociedade em Comandita por Ações (em desuso); Sociedade Limitada 
(a mais comum); e Sociedade Anônima. Nas Simples, a adoção é opcional.
Sócio-gerente deixa de ser o representante legal
Ao contrário das sociedades limitadas, em que o uso dos serviços (sócio que en-
tra apenas com o trabalho) é vedado para a constituição do capital social, o novo 
Código Civil permite essa modalidade na formação das empresas de Sociedade 
Simples, desde que quantificada em quotas. Porém, se nas limitadas a responsa-
bilidade dos sócios é de acordo com o capital social, desde que não haja fraudes 
nem confusão patrimonial, nas Simples essa obrigação é ilimitada. 
Assim, se o capital é de R$ 100 mil e a dívida de R$ 1 milhão, os sócios respon-
derão solidariamente por R$ 1 milhão. Excetuando-se os bens voltados para o 
abrigo da família, que são impenhoráveis, cada sócio terá de arcar com o pa-
trimônio pessoal, se for o caso. Na visão de Sandra, essa exigência é mais um 
complicador para a atuação dos profissionais liberais, que por não serem consi-
derados empresários estão impedidos de constituir sociedades empresárias para 
o exercício da profissão.
Na administração das duas espécies de sociedade – Simples e Empresária –, o 
sócio-gerente deixa de ser a figura principal dos atos da empresa (representante 
legal). Em seu lugar assume o Administrador (de acordo com o novo código, não 
necessariamente um profissional habilitado), que deverá prestar contas aos só-
cios por meio de inventários, balanços e resultados econômicos.
Essa prestação é importante também para a própria cautela do profissional, já 
que o novo código diz que o administrador, assim como os sócios e diretores, 
responde solidariamente pelos prejuízos que a empresa causar. No caso das 
sociedades simples, o administrador também responde com seu patrimônio pes-
soal.
A saída espontânea de sócio (sociedade simples) deverá ser comunicada por 
meio de aviso prévio de 60 dias. Para proteger o minoritário, a legislação prevê 
que qualquer alteração contratual (mudança de endereço, razão social, participa-
ção nos lucros etc.) deverá ser aprovada por unanimidade dos sócios.
Deliberações
As deliberações dos sócios de empresas de sociedade limitada deverão ser to-
madas em reuniões (quando o número de sócio for inferior a dez) ou em assem-
bléias gerais (acima de dez), como em uma sociedade anônima. Sandra diz que 
o ideal para evitar problemas é prever no contrato social as formas de convoca-
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ção e reuniões “A maioria das sociedades brasileiras tem menos de dez sócios. 
Se o contrato for omisso quanto à forma de convocação de reuniões, aplica-se 
a regra de assembléia, que prevê a publicação da convocação em jornais de 
grande circulação e no Diário Oficial por três dias seguidos. Muito caro para a 
maioria”, exclamou.
Também devem ser previstas em contrato as formas de exclusão de sócios ou 
cessão de cotas. Na omissão, o sócio pode ceder suas cotas a outro sócio, sem 
a concordância dos demais, e a terceiros, desde que não haja oposição de mais 
de 1/4 dos detentores do capital social.
Livros especiais
Um cuidado que as empresas devem tomar é a manutenção de livros para o 
registro das atas (da administração; da assembléia/reunião, conforme o caso; 
pareceres do Conselho Fiscal, se optar por ter conselho fiscal). Embora não seja 
obrigatório, recomenda-se que nas reuniões seja registrada a presença dos só-
cios, já que se a empresa fizer um empréstimo bancário, por exemplo, terá de 
apresentar ao banco a ata que deliberou a decisão. “Imagine-se uma sociedade 
de três pessoas, uma delas com 5%. Se esse sócio não participou da reunião, 
ou não foi convocado, poderá pedir a anulação do documento, ou, caso o título 
venha a ser protestado, eximir-se do pagamento”, diz Sandra.
Para evitar aborrecimentos ela aconselha que as convocações (previstas em 
contrato) sejam feitas por meio de cartas com aviso de recebimento ou proto-
colos, e jamais por editais. Quando existe flexibilização (também prevista em 
contrato) a convocação pode ser dispensada, desde que os sócios concordem, 
por unanimidade, com a deliberação.
Sócios naturais
Os casados sob o regime de comunhão universal de bens ou separação obri-
gatória (maiores de 60 anos) não podem ser sócios de uma mesma empresa. 
A legislação entende que os casais já são sócios naturais em decorrência do 
matrimônio.
Por outro lado, a capacidade civil para ser empresário caiu de 21 para 18 anos, 
desde que a pessoa não esteja legalmente impedida.
Maiores de 16 anos, desde que emancipados, podem ser sócios. Os menores de 
16 anos somente poderão participar de uma sociedade se estiverem representa-
dos por responsáveis legais, sem poder, no entanto, exercer a administração da 
empresa (FIORENTINI, 2010).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Na	Unidade	1	você	viu	como	deverá	proceder	para	que	a	au-
toavaliação	tenha	efetividade	no	seu	aprendizado.	Siga	as	mesmas	
instruções	já	comentadas	e	bom	aproveitamento.
1)	 O	que	existe	em	comum	entre	a	Coca-Cola,	a	FIAT	e	o	Mercado	do	bairro?	
Muita	coisa.	Todas	prestam	serviços	e/ou	fabricam	produtos,	têm	seus	lu-
cros	e	possuem	funcionários.
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Elas	são	empresas	porque	produzem	bens	e	serviços	conforme	a	necessidade	
das	pessoas.	Influenciam	comportamentos	e	criam	modas.
Você	consegue	imaginar	qualquer	atividade	sem	a	presença	delas?	É	possível	
compreender	a	sociedade	atual	sem	compreender	o	que	é	empresa	com	a	
finalidade	de	aprofundar	seus	conhecimentos?	(adaptado	de	Richers,	1997,	
p.	97).
2)	 Com	a	finalidade	de	comparar	os	conceitos	da	unidade	e	refletir	sobre	eles,	
responda	às	questões	a	seguir	e	compare	com	o	material	de	estudo.	Aten-
ção,	se	você	ainda	não	exerce	uma	atividade	profissional,	busque	as	infor-
mações	de	que	necessita	em	empresas	ou	organizações	como	na	Associação	
do	Comércio	de	sua	cidade	ou	na	internet.
a)	 Quais	são	os	objetivos	da	organização	em	que	trabalha?
b)	 A	organização	em	que	trabalha	atende	a	qual	necessidade	do	cliente?
c)	 Quem	são	osclientes	de	sua	empresa?
10. CONSIDERAÇÕES
Nesta	unidade	aprendemos	o	conceito	de	organização,	como	
ela	foi	criada,	sendo	o	seu	principal	objeto	atender	à	necessidade	
de	seus	clientes,	portanto,	a	razão	de	existência	das	organizações	
é	solucionar	os	anseios	das	pessoas,	de	outras	empresas	e	da	so-
ciedade.
Em	função	disso,	a	organização	é	formada	por	pessoas,	cha-
madas	de	recursos	humanos,	e	juntamente	com	recursos	materiais,	
tecnológicos,	financeiros,	entre	outros,	passam	por	um	processo	
de	transformação,	o	que	resulta	em	benefícios	para	as	pessoas	e	
para	as	organizações.
Finalmente,	apresentamos	a	classificação	das	organizações	
para	confirmar	a	principal	meta	da	ação	administrativa,	que	é	a	
obtenção	de	resultados.
11. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
FIORENTINI,	S.	R.	B.	Novo	Código	Civil	deixa	as	empresas	burocráticas.	Jornal Administrador 
Profissional,	São	Paulo,	n.	201,	mar.	2003.	Conselho	Regional	de	Administração.	Disponível	
em:	<http://www.crasp.gov.br/jornal/jornal201/princ1.html>.		Acesso	em:	20	set.	2010.
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SEBRAE.	 Doze anos de monitoramento da sobrevivência e mortalidade de 
empresas.	 Disponível	 em:	 <http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/
mortalidade_2008_2009.pdf>.	Acesso	em:	20.	set.	2010.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDES,	 C.;	 MARCONDES,	 R.	 C.	 Teoria geral da administração:	 gerenciando	
organizações.	3.	ed.	São	Paulo:	Saraiva,	2006.
DAFT,	R.	L.	Administração.	6.	ed.	São	Paulo:	Pioneira	Thomson	Learning,	2005.
LACOMBE,	F.	J.	M.;	HEILBRON,	G.	L.	J. Administração:	princípios	e	tendências.	São	Paulo:	
Saraiva,	2006.
MAXIMIANO,	A.	C.	A.	Teoria geral da administração.	2.	ed.	São	Paulo:	Atlas,	2000.
MORAES,	A.	M.	P.	de.	Iniciação ao estudo da administração.	2.	ed.	São	Paulo:	Pearson	
Education,	2001.
RICHERS,	R.	O que é empresa.	São	Paulo:	Brasiliense,	1997.
http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/mortalidade_2008_2009.pdf
http://www.sebraesp.com.br/sites/default/files/mortalidade_2008_2009.pdf
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