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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA SOFIA AGUIAR COELHO ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ISQUÊMICOS TERESINA 2022 SOFIA AGUIAR COELHO ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ISQUÊMICOS Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia de Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientadora: Profa. Dra. Juliana Macêdo Magalhães TERESINA 2022 Por que os Acidentes Vasculares Cerebrais Isquêmicos podem se manifestar de diversas formas? Quais as correlações anatomo- funcionais? Um acidente vascular cerebral isquêmico consiste na morte do tecido do cérebro (infarto cerebral), decorrente de um fornecimento inadequado de sangue e oxigênio a ele em razão de uma obstrução na artéria. O AVC isquêmico é causado pela diminuição do fluxo sanguíneo em uma ou mais regiões do encéfalo, que ocorre por não ter havido, devido a insuficiência dos mecanismos compensatórios como circulação colateral, vasodilatação microcirculatória ou aumento da taxa de extração de O2, a manutenção do funcionamento adequado do tecido cerebral acometido. Os principais mecanismos envolvidos no AVC isquêmico são a trombose de grandes artérias, a embolia de origem cardíaca e a trombose de pequenas artérias. Entre outros mecanismos menos comuns estão a dissecção arterial, vasculites e trombofilias. Os sintomas ocorrem subitamente e podem incluir fraqueza muscular, paralisia, perda de sensibilidade ou sensibilidade anormal de um lado do corpo, dificuldade em falar, confusão, problemas com a visão, tonturas, perda de equilíbrio e coordenação. O diagnóstico costuma se basear nos sintomas e nos resultados de um exame físico e de imagens do cérebro. São feitos outros exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) e exames de sangue para identificar a causa do acidente vascular cerebral. Normalmente, as obstruções são coágulos sanguíneos (trombos) ou pedaços de depósitos de gordura (ateromas, ou placas) devido à aterosclerose. Essas obstruções ocorrem frequentemente nas seguintes formas: Ao se formar e bloquear uma artéria: Um ateroma na parede de uma artéria pode continuar a acumular material de gordura e tornar-se suficientemente grande para bloquear a artéria. Mesmo que a artéria não esteja completamente bloqueada, o ateroma estreita a artéria e diminui o fluxo sanguíneo através dela, assim como um cano entupido retarda o fluxo de água. O sangue lento tem maior probabilidade de coagular. Um grande coágulo pode impedir que sangue suficiente passe através da artéria estreita, provocando a morte das células cerebrais irrigadas por tal artéria. Ou se um ateroma se abrir (romper), https://www.medicinanet.com.br/pesquisas/disseccao_arterial.htm https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/aterosclerose/aterosclerose o material dentro dele pode desencadear a formação de um coágulo de sangue que pode obstruir a artéria (veja a figura Como a aterosclerose se desenvolve). Ao deslocar-se de uma outra artéria para uma artéria no cérebro: Um pedaço de um ateroma ou um coágulo de sangue na parede de uma artéria pode soltar- se e viajar através da corrente sanguínea (tornando-se um êmbolo). O êmbolo pode, então, se alojar em uma artéria que irriga o cérebro e obstruir o fluxo sanguíneo ali. (Embolia refere-se a obstrução das artérias por materiais que se deslocam através da corrente sanguínea para outra parte do corpo.) É mais provável que essas obstruções ocorram em artérias já estreitadas por depósitos de gordura. Ao deslocar-se do coração para o cérebro: Coágulos sanguíneos podem formar-se no coração ou em uma válvula cardíaca, particularmente nas válvulas artificiais e válvulas que foram lesionadas por infecção do revestimento do coração (endocardite). Esses coágulos podem se desprender, viajar como êmbolos e obstruir uma artéria no cérebro. Os acidentes vasculares cerebrais provocados por esses coágulos de sangue são mais frequentes entre as pessoas que foram recentemente submetidas a uma intervenção cirúrgica no coração, que tiveram um ataque cardíaco, ou entre as que apresentam uma valvulopatia ou um ritmo cardíaco irregular (arritmia), sobretudo uma frequência cardíaca rápida e irregular, chamada fibrilação atrial. Os exames complementares têm como objetivo inicial fazer um diagnóstico diferencial com condições que podem mimetizar déficits neurológicos agudos, identificar fatores de risco para o AVC isquêmico ou AIT e auxiliar nas decisões terapêuticas (trombólise). Esses exames iniciais devem incluir hemograma, glicemia, ureia e creatinina, sódio e potássio, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada, enzimas cardíacas (CK-MB e troponina), radiografia de tórax, eletrocardiograma e tomografia computadorizada (TC) de crânio. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/aterosclerose/aterosclerose#v35276087_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/arritmias-card%C3%ADacas/fibrila%C3%A7%C3%A3o-atrial-e-flutter-atrial REFERÊNCIAS Ji Y. Chong, MD. Acidente vascular cerebral isquêmico. Manual MSD – versão saúde para a família, 2020. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt- br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente- vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico. Acesso em 17 ago 2022. PAULO, Rodrigo Bomeny et. al. Acidente vascular cerebral isquêmico em uma enfermaria de neurologia: complicações e tempo de internação. Revista Associação Medica Brasileira, São Paulo, v. 55, n. 3, p. 313-316, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/zzXBPYtncfSTFZKksZHz5mv/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 17 ago 2022. BARELLA, Paulo Rudiere et. al. Perfil do atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral em um hospital filantrópico do sul de Santa Catarina e estudo de viabilidade para implantação da unidade de avc. Arquivos Catarinenses de Medicina, Santa Catarina, v. 48, n. 1, p. 131-143, 2019. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/10/1023423/432-1341-2-rv.pdf. Acesso em: 17 ago 2022. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico https://www.scielo.br/j/ramb/a/zzXBPYtncfSTFZKksZHz5mv/?lang=pt&format=pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/10/1023423/432-1341-2-rv.pdf