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ORÇAMENTOS, CUSTOS E FINANÇAS NO SETOR PÚBLICO PROF. ROBSON JOSÉ SILVA DE SANTANA CICLO ORÇAMENTÁRIO O Ciclo orçamentário é o período em que se desenvolvem as atvidades relacionadas ao orçamento, este ciclo se dá em quatro etapas: elaboração, votação e aprovação, execução, controle e avaliação. Cabe ressaltar que o ciclo orçamentário desenvolve-se em um período superior ao ano civil. Elaboração A elaboração é a primeira etapa da ciclo e consiste basicamente elaboração da proposta orçamentária (PLOA). Esta etapa é composta pelas seguintes atvidades: • Previsão da Receita – Inicialmente deve-se estmar o volume de recursos que se pretende arrecadar durante o exercício para que servirá de teto para a fxação das despesas. Na previsão de receita deve-se observar alguns critérios técnicos estabelecidos pela Lei nº 4.320/64 e pela Lei de Responsabilidade Fiscal. • Fixação da despesa – Depois de estmada a receita, o órgão de planejamento fxa o teto de despesa para cada unidade orçamentária. Em seguida cada órgão fxa a sua despesa levando em consideração os objetvos e metas dos programas que estão sob sua responsabilidade e encaminham sua proposta para consolidação pelo órgão central de planejamento. • Consolidação do PLOA – O órgão central de planejamento recebe as propostas de cada unidade orçamentária, realiza os ajustes necessários e faz a consolidação de dados. • Envio do PLOA ao Poder Legislatvo – Consolidadas as informações o chefe do poder executvo encaminha uma mensagem com a proposta orçamentária para a aprovação de votação do PLOA (próxima etapa do ciclo). Votação e Aprovação Ingressando no Poder Legislatvo o projeto de leis é apreciados por uma Comissão Mista Permanente de Senadores e Deputados, quando se trata da esfera Federal. No âmbito dos Estados, Distrito Federal e Municípios, cabe às respectvas casas legislatvas insttuírem comissões com a mesma fnalidade. Feitas todas as considerações e emendas o Poder Legislatvo aprova a Lei Orçamentária Anual e encaminha para a sanção do Chefe do Poder Executvo e publicada no diário ofcial. Execução Esta etapa consiste na efetva arrecadação da receita e realização da despesa que se processará ao longo de todo o exercício fnanceiro, o qual se inicia em 1º de janeiro e vai até 31 de dezembro, conforme estabelece a Lei nº 4.320/64. Após a aprovação e publicação do orçamento para cada unidade orçamentária são estabelecidos créditos e dotações orçamentárias para fazer face a execução dos programas a atvidades. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece um controle mais rígido para a execução da receita e da despesa ao exigir que em até 30 dias após da publicação do orçamento, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executvo estabelecerá a programação fnanceira e o cronograma de execução mensal de desembolso e ainda as metas bimestrais de arrecadação. Este mecanismo visa manter o equilíbrio entre receita arrecadada e despesa empenhada (executada). Controle e Avaliação Segundo a Lei nº 4.320/64, o controle da execução orçamentária compreende: • A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extnção de direitos e obrigações; • A fdelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos; • O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. O art. 75 da referida Lei estabelece que este controle deve ser exercido pelo órgão responsável pela elaboração da proposta orçamentária. • A verifcação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subsequente, e deve ser realizada pelo controle interno. Portanto a execução orçamentária. NÍVEIS DE PLANEJAMENTO • Planejamento Estratégico Tudo começa com o Planejamento Estratégico, onde defnimos as estratégias com foco no longo prazo da empresa. Nesta etapa é preciso buscar sempre ter uma visão holístca da companhia e sem entrar muito em detalhes, afnal o Planejamento Estratégico geralmente é feito para um período de 5 a 10 anos e seria bastante complicado e muito pouco provável acertar tantos detalhes para um período tão futuro. O importante aqui é levar em conta todos os fatores internos e externos a organização, por exemplo, o cenário econômico global e a situação do mercado em que a empresa atua. Uma excelente ferramenta nesta hora é a análise SWOT que ajuda a mapear todas as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças e fornece uma ótma base para a estruturação dos demais planos estratégicos. NÍVEIS DE PLANEJAMENTO • Planejamento Tátco Avançando um pouco, o próximo passo é a criação do Planejamento Tátco. Estes são planos com foco no médio prazo e com um pouco mais detalhes que o Planejamento Estratégico, mais ainda se mantendo enxutos e com certa visão holístca. Uma das principais diferenças do Planejamento Estratégico para o Planejamento Tátco é que o primeiro é voltado para a organização com um todo, já o segundo é orientado as áreas e departamentos da empresa, sendo o detalhamento com os meios para atngir os objetvos e metas da organização. Ou seja, podemos dizer que o Planejamento Tátco é a decomposição do Planejamento Estratégico para cada setor, para cada área da empresa. NÍVEIS DE PLANEJAMENTO • Planejamento Operacional Por fm, temos o Planejamento Operacional com planos bem mais focados no curto prazo, geralmente elaborados para períodos mais curtos, de 3 a 6 meses, com as defnições de métodos, processos e sistemas a serem utlizados para que a organização possa alcançar os objetvos globais. Estes são planos bem mais detalhados que as etapas anteriores, especifcando as pessoas envolvidas, cada uma de suas responsabilidades, atvidades, funções e divisão de tarefas além dos equipamentos e recursos fnanceiros necessários para colocar os planos em prátca. Etapas do planejamento orçamentário O nível de planejamento determina quem é responsável pelo processo decisório. Ao mesmo tempo em que ele se realiza, ocorrem as etapas que indicam qual metodologia precisa ser utlizada para defnição e a especifcação das metas da administração. 1) Escolha das metas: as metas podem ser tão abrangentes quanto à missão estratégica da organização; 2) Rever opções e prever resultados: assim que as metas forem defnidas, o próximo passo é observar as opções disponíveis para alcançá-las e prever quais serão os resultados mais prováveis para cada opção. Prever os custos e benefcios de cada opção é parte do planejamento; 3) Decidir sobre as opções: após uma análise dos custos e benefcios potenciais de cada opção, deve- se decidir como alcançar as metas almejadas. Escolher que opções devem ser implementadas estabelece a direção que a empresa tomará. O PAPEL DO CONTROLE NO PLANEJAMENTO O controle é tão importante quanto o próprio planejamento. Existe controle de armas, de natalidade, de doenças. Controle pode ser defnido como a ação necessária para verifcar se os objetvos, planos, polítcas e padrões estão sendo obedecidos. É um processo contnuo e corrente que avalia o grau de aderência entre plano e sua execução, compreendendo a análise dos desvios ocorridos. O controle orçamentário é a forma de realimentar o sistema de planejamento. Deve ser utlizado para avaliar os sucessos e os fracassos do planejamento estratégico. Orçamentos estáticos e fexíveis ORÇAMENTO ESTÁTICO: é o mais convencional. Em síntese, se considera que um orçamento é estátco se a administração do sistema não permite alterações nas peças orçamentárias. Para esse orçamento, se fxam certos volumes de produção e vendas. O orçamento estátco é bastante popular, pois ele é muito usadoem grandes empresas, especialmente nas multnacionais. ORÇAMENTO FLEXÍVEL: aquele que pode ser ajustado a qualquer nível de atvidade. Considera as variações de custos que devem ocorrer devido a modifcações no nível de atvidade. Oferece estmatvas do valor dos custos para cada nível de atvidade em certa faixa. Só é realmente efcaz se a organização estver apta a calcular o que cada funcionário, ou cada máquina é capaz de produzir em cada espaço da fábrica. Fontes de arrecadação Receita tributária É toda fonte de renda derivada da arrecadação estatal de tributos, dos quais são espécies os impostos taxas e contribuições de melhoria, os empréstmos compulsórios e as contribuições especiais. Tem como fnalidade o custeio das despesas estatais e suas necessidades de investmento. As receitas tributárias fazem parte da receita pública. Mas não compreendem outras fontes de receita do Estado, como as receitas das empresas estatais, a remuneração dos investmentos do Estado e os juros das dívidas fscais. Tipos de receita tributária Receitas originárias São obtdas com a exploração do próprio patrimônio da administração pública, por meio da alienação de bens ou serviços. Tem natureza dominial, pois são arrecadadas com a exploração de uma atvidade econômica pelo próprio Estado. Exemplos: Bens vacantes (São aqueles de herança de imóvel, pelos quais, depois de feitas as diligências legais cabíveis, não aparecem os herdeiros), doações e preços públicos. Receitas derivadas São provenientes do poder impositvo do Estado sobre um patrimônio alheio. Trata-se de recursos obtdos com os tributos, com as penalidades e com reparações de guerra Exemplos: Impostos, taxas, contribuições de melhoria Principais tributos a) Impostos: é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atvidade estatal específca, relatva ao contribuinte b) Taxas: cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utlização, efetva ou potencial, de serviços públicos específcos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. c) Contribuição de melhoria: decorrente de obras públicas que valorizam a propriedade dos moradores de certa região. d) Empréstmo compulsório: atender a despesas extraordinárias não previstas em orçamento, como guerra calamidade pública. PROGRESSIVIDADE DE REGRESSIVIDADE DE IMPOSTOS Tributos regressivos são aqueles em que a alíquota diminui à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores, ou seja, têm relação inversa ao nível de renda do contribuinte. EX.: Quanto maior o grau de utlização da terra, menor a alíquota do tributo. Tributos progressivos são aqueles em que a alíquota aumenta à proporção que os valores sobre os quais incide são maiores, mantendo uma relação positva com o nível de renda. Na medida em que a renda aumenta, o contribuinte paga mais imposto. Ex.: Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, cuja alíquota varia de 15% a 27,5%, conforme a renda. Mensuração de desempenho em organizações descentralizadas Compreensão dos processos polítcos interno e externo Receitas públicas Modelos de previsão de receitas administratvas e receitas próprias Despesas públicas: natureza, tpos e formas de execução Despesas públicas: seguro social e manutenção de renda Organizações centralizadas e descentralizadas A tomada de decisão em uma organização pode ser centralizada ou descentralizada. A centralização é a maneira na qual a localização da tomada de decisão está próxima do topo hierárquico da organização. Já a descentralização pressiona os níveis hierárquicos mais baixos a tomarem decisões. Centralização Ocorre a chamada centralização administratva quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. Nesse caso, os serviços são prestados diretamente pelos órgãos do Estado, despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa polítca (União, DF, Estados ou Municípios). Diz-se da prestação centralizada prestação direta. Descentralização Ocorre a chamada descentralização administratva quando o Estado (União, DF, estados ou municípios) desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas distntas: o Estado e a entdade que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. Denominada prestação indireta, pode ser instrumentalizada por outorga ou delegação; Descentralização • Critérios: Descentralização territorial ou geográfca é tpica de Estados Unitários; no Brasil teríamos os Territórios Federais; Descentralização por serviços, funcional ou técnica è ocorre nos casos de outorga (criação, Por lei, de pessoa jurídica para desempenho de funções específcas e determinadas; Administração Indireta) Descentralização por colaboração è ocorre nos casos de delegação (transferência da execução de serviço público por contrato ou ato unilateral) Descentralização • Outorga: O Estado cria uma entdade e a ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço público; Normalmente é conferida por prazo indeterminado; Transfere a ttularidade do serviço (ponto controverso); Verifca-se na criação de entdades da Administração Indireta; Rompe-se a hierarquia; Controle mediante a denominada tutela (controle fnalístco) è exigência de expressa previsão legal (não se presume), que determinará os limites e instrumentos de controle (atos de tutela) Descentralização • Delegação: O Estado transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço; O ente delegado presta o serviço em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fscalização do Estado ; Não há hierarquia, entretanto, o controle pelo poder delegante é muito mais amplo do que o exercido nos casos de outorga (ex., alteração unilateral das condições de prestação do serviço; intervenção, decretação de caducidade, aplicação direta de sanções etc.); Normalmente efetvada por prazo determinado (são proibidos contratos administratvos por prazo indeterminado). Controle da administração pública Controle da administração pública orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro”. No Brasil, qualquer atuação administratva está condicionada aos princípios expressos no art. 37 da Consttuição brasileira. O controle da administração pública é regulamentado através de diversos atos normatvos, que trazem regras, modalidades e instrumentos para a organização desse controle. Controle da administração pública Espécies de Controle 1. quanto à extensão do controle: CONTROLE INTERNO: é todo aquele realizado pela entdade ou órgão responsável pela atvidade controlada, no âmbito da própria administração. – exercido de forma integrada entre os Poderes – responsabilidade solidária dos responsáveis pelo controle interno, quando deixarem de dar ciência ao TCU de qualquer irregularidade ou ilegalidade. Controle da administração pública Espécies de Controle CONTROLE EXTERNO: ocorre quando o órgão fscalizador se situa em Administração DIVERSA daquela de onde a conduta administratva se originou. – controle do Judiciário sobre os atos do Executvo em ações judiciais; – sustação de ato normatvo do Poder Executvo pelo Legislatvo; CONTROLE EXTERNO POPULAR: As contas dos Municípios fcarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questonar-lhes a legitmidade, nos termos da lei. Controle da administração pública Espécies de Controle 2. quanto ao momento em que se efetua: CONTROLE PRÉVIO OU PREVENTIVO: é o que é exercido antes de consumar-se a conduta administratva, como ocorre, por exemplo, com aprovação prévia, por parte do Senado Federal,do Presidente e diretores do Banco Central. CONTROLE CONCOMITANTE: acompanha a situação administratva no momento em que ela se verifca. É o que ocorre, por exemplo, com a fscalização de um contrato em andamento. CONTROLE POSTERIOR OU CORRETIVO: tem por objetvo a revisão de atos já pratcados, para corrigi-los, desfazê-los ou, somente, confrmá-los. ABRANGE ATOS como os de aprovação, homologação, anulação, revogação ou convalidação. Controle da administração pública Espécies de Controle 3. quanto à natureza do controle: • CONTROLE DE LEGALIDADE: é o que verifca a conformidade da conduta administratva com as normas legais que a regem. Esse controle pode ser interno ou externo. Vale dizer que a Administração o exercita de ofcio ou mediante provocação: o Legislatvo só o efetva nos casos consttucionalmente previstos; e o Judiciário através da ação adequada. Por esse controle o ato ilegal e ilegítmo somente pode ser anulado, e não revogado. • CONTROLE DO MÉRITO: é o que se consuma pela verifcação da conveniência e da oportunidade da conduta administratva. A competência para exercê-lo é da Administração, e, em casos excepcionais, expressos na Consttuição, ao Legislatvo, mas nunca ao Judiciário. Receita pública É o montante total (impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos ) em dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional, incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as despesas públicas e as necessidades de investmentos públicos. Em sentdo amplo, receita pública é o recolhimento de bens aos cofres públicos, sendo sinônimo de ingresso ou entrada. Diferencia-se da receita tributária pois ao contrário desta, não está limitada à arrecadação de tributos e multas, sendo que a receita tributária é um dos tpos de receita pública. A receita pública também embarca as receitas das empresas estatais, a remuneração dos investmentos do Estado e os juros das dívidas fscais. Tipos de Receitas 1. Orçamentárias São orçamentárias as receitas que estverem previstas no orçamento de modo que serão consideradas quando da fxação das despesas públicas. O administrador público poderá contar com elas para fazer frente às despesas públicas em que incorrerá o ente, posto que tais receitas são incorporadas ao patrimônio público (não são passíveis de resttuição). A arrecadação das receitas orçamentárias carecem de autorização legislatva e a realização desta receita se vinculará a execução do orçamento. Como exemplo de receitas orçamentárias podemos citar a receita advinda dos tributos, da exploração do patrimônio do Estado, dos recursos provenientes do desenvolvimento bem sucedido de atvidade econômico pelo Poder Público, etc. Classifcação da Receita 1-Receitas Correntes — Conforme a lei 4.320/64 Art.11 § 1º São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos fnanceiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destnadas a atender despesas classifcáveis em Despesas Correntes. • receita tributária — é a proveniente de impostos, taxas e contribuições de melhorias; • receita de Contribuições — é a proveniente das seguintes contribuições sociais(previdência social, saúde e assistência social), de intervenção domínio econômico(tarifas de telecomunicações) e de interesse das categorias profssionais ou econômicas(órgãos representatvos de categorias de profssionais), como instrumentos de intervenção nas respectvas áreas; • receita patrimonial — rendas obtdas pelo Estado quando este aplica recursos em inversões fnanceiras, ou as rendas provenientes de bens de propriedade do Estado, tais como aluguéis; Classifcação da Receita • receita agropecuária — é a proveniente da exploração de atvidades agropecuárias de origem vegetal ou animal; • receita de serviços — é a proveniente de atvidades caracterizadas pelas prestações de serviços fnanceiros, transporte, saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fscalização, judiciário, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes a atvidades da entdade entre outros; • receita industrial — resultante da ação direta do Estado em atvidades comerciais, industriais ou agropecuárias; • transferências correntes — recursos fnanceiros recebidos de outras entdades públicas ou privadas e que se destnam a cobrir despesas correntes; • outras receitas correntes — provenientes de multas, cobrança da dívida atva, indenizações e outra receitas de classifcação específca; Classifcação da Receita 2- Receitas de capital — provenientes de operações de crédito, alienações de bens, amortzações de empréstmos concedidos, transferências de capital e outras receitas de capitais; • operações de crédito — oriundas da consttuição de dívidas (empréstmos e fnanciamentos); • alienação de bens — provenientes da venda de bens móveis e imóveis e de alienação de direitos; • amortzação de empréstmos concedidos — retorno de valores anteriormente emprestados a outras entdades de direito público; • transferência de capital — recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destnados à aquisição de bens; • outras receitas de capital — classifcação genérica para receitas não especifcadas na lei; também classifca-se aqui o superávit do orçamento corrente (diferença entre receitas e despesas correntes), embora este não consttua item orçamentário. Tipos de Receitas 2. Extraorçamentárias São extraorçamentárias as receitas que não fazem parte do orçamento de modo que não serão consideradas quando da fxação das despesas públicas. São receitas públicas apenas na acepção mais ampla do termo, uma vez que não poderá o administrador público contar com elas para custear despesas públicas previstas na peça orçamentária. O único motvo que justfca sua inserção no conceito de receita, malgrado não se incorporem ao patrimônio público, é que como adentram nos cofres públicos deverão ser precedidas de lançamento. O Poder Público adquire tais receitas extraorçamentárias em atenção a futura despesa extraorçamentária, o que em termos contábeis seria um passivo exigível. Assim, tais entradas já possuem destno certo, de modo a inviabilizar seu aproveitamento no custeio de outras despesas (inclusive aquelas previstas no orçamento). De acordo com a classifcação, são meros movimentos de caixa. Desta feita, a arrecadação das receitas extraorçamentárias prescinde de autorização legislatva e a realização desta receita não se vinculará a execução do orçamento. Tipos de receitas extraorçamentárias São exemplos de receitas extraorçamentárias os recursos fnanceiros que adentram nos cofres públicos a ttulo de fança, caução, depósitos para garanta, etc. Atenção, contudo, para alguns casos peculiares: a)Retenção na fonte: será considerada receita extraorçamentária se a retenção for realizada pelo ente que não fcará com os recursos para si. Se se tratar de retenção de tributo cuja arrecadação pertencer ao mesmo ente que a efetuou, como por exemplo o imposto de renda retdo na fonte pelo Estado, DF ou Município, na forma dos artgos 157, I e 158, I da Consttuição, será considerada receita orçamentária; Tipos de receitas extraorçamentárias b) Operação de Crédito X Operação de Crédito por Antecipação da Receita Orçamentária: a.A operação de crédito é o compromisso fnanceiro assumido pelo ente público em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de ttulo, aquisição fnanciada de bens, etc., devendo o ente apontar de onde sairão os recursos que custearão esta nova despesa e tem como fnalidade atender ao desequilíbrioorçamentário ou fnanciar investmentos. Será considerada receita orçamentária e, portanto, depende de autorização legislatva. b.A operação de crédito por antecipação de receita destna-se a atender insufciência de caixa durante o exercício fnanceiro, devendo ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano, sendo proibida enquanto existr operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada, além de outros requisitos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo o ente dar em garanta a receita dos impostos de sua competência tributária. Será considerada receita extraorçamentária e, portanto, independe de autorização legislatva. Despesa pública Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investmentos (despesas de capital). As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder Legislatvo, por meio do ato administratvo chamado orçamento público. Exceção diz respeito às despesas extraorçamentárias. Despesa pública As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos: Utlidade: atender a um número signifcatvo de pessoas; Legitmidade: atender a uma necessidade pública real; Discussão pública: ser discutda e aprovada pelo Poder Legislatvo e pelo Tribunal de Contas do respectvo ente; Possibilidade contributva: possibilidade de a população atender à carga tributária decorrente da despesa; Oportunidade; Hierarquia de gastos; e Ser estpulada (prevista) em lei. Despesa orçamentária Despesa orçamentária é aquela que depende de autorização legislatva para ser realizada e que não pode ser efetvada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda sufcientemente. Classifcam-se em categorias econômicas, também chamadas de natureza da despesa e tem como objetvo responder à sociedade o que será adquirido e qual o efeito econômico do gasto público. Dividem-se, de acordo com o art. 12 da Lei 4.320/1964, conforme o esquema abaixo: • Despesas correntes: • Despesas de custeio: destnadas à manutenção dos serviços criados anteriormente à Lei Orçamentária Anual (LOA), e correspondem, dentre outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis; • Transferências correntes: são despesas que não correspondem à contraprestação direta de bens ou serviços por parte do Estado e que são realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências correntes. Subdividem-se em: • Subvenções sociais: destnadas a cobrir despesas de custeio de insttuições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, desde que sem fns lucratvos; • Subvenções econômicas: destnadas a cobrir despesas de custeio de empresas públicas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. Despesa orçamentária • Despesas de capital: • Despesas de investmentos: despesas necessárias ao planejamento e execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente, consttuição ou aumento do capital do Estado que não sejam de caráter comercial ou fnanceiro, incluindo-se as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de tais obras; • Inversões fnanceiras: são despesas com aquisição de imóveis, bens de capital já em utlização, ttulos representatvos de capital de entdades já consttuídas (desde que a operação não importe em aumento de capital), consttuição ou aumento de capital de entdades comerciais ou fnanceiras (inclusive operações bancárias e de seguros). Em suma, são operações que importem a troca de dinheiro por bens. • Transferências de capital: transferência de numerário a entdades para que estas realizem investmentos ou inversões fnanceiras. Nessas despesas, incluem-se as destnadas à amortzação da dívida pública. Podem ser: • Auxílios: se derivadas da lei orçamentária; • Contribuições: derivadas de lei anterior à lei orçamentária. Despesa extraorçamentária Consttuem despesas extraorçamentárias os pagamentos que não dependem de autorização legislatva, ou seja, não integram o orçamento público. Resumem-se à devolução de valores arrecadados sob ttulo de receitas extraorçamentárias. Processamento da despesa pública Processamento da despesa é o conjunto de atvidades desempenhadas por órgãos de despesa com a fnalidade de adquirir um bem ou serviço. O processamento da despesa envolve dois períodos ou estágios, quais sejam: a fxação da despesa e a realização da despesa. • Estágios da despesa De acordo com a legislação vigente no Brasil, Lei nº 4.320/1964, a despesa passa pelas seguintes fases: • Fixação (de acordo com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000); • Empenho; • Liquidação; e • Pagamento. Processamento da despesa pública • Fixação da despesa: Estmatva da despesa Fase em que são estmadas as despesas para o exercício fnanceiro.Conversão das estmatvas em orçamento As estmatvas são convertdas em LOA. • Realização da despesa: Programação da despesa é a programação dos gastos mensais que cada órgão vinculado ao órgão gerenciador da despesa poderá dispor. Esta programação está intmamente relacionada com as futuações da arrecadação durante o exercício fnanceiro. Subdivide-se em: • Cronograma de desencaixes fxos; • Projeção do comportamento da receita; • Decreto normatvo. Licitação É o procedimento administratvo que tem por objetvo verifcar, entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aquisição de bem ou serviço. Processamento da despesa pública • Empenho É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Poder Público a obrigação de pagamento. Empenhar uma despesa consiste na emissão de uma Nota de Empenho. Divide-se em: • Autorização; • Emissão; • Assinatura; • Controle interno; e • Contabilização. Processamento da despesa pública • Liquidação Consiste na verifcação do direito adquirido pelo credor, tendo por base documentos comprobatórios do crédito, com o fm de apurar a origem e o objeto do pagamento, a importância a ser paga e a quem ela deve ser paga a fm de que a obrigação seja extnguida. A liquidação terá por base o contrato, o ajuste ou acordo, a nota de empenho e os comprovantes de entrega do material ou da prestação do serviço. Divide-se em: • Recebimento da mercadoria ou dos serviços; • Inspeção e liberação; • Laudo de medição; • Atestado de prestação de serviço; • Requisição de pagamento; • Controle interno; • Autorização de pagamento; e • Cheque. Processamento da despesa pública • Suprimento de Fundos É a fase da realização da despesa onde o Tesouro Público entrega aos agentes pagadores os meios de pagamento para liquidar as obrigações já liquidadas.É um adiantamento de recursos ao servidor para que sejam efetuadas despesas cuja forma de realização não possibilite ou recomende a utlização da rede bancária. Na prátca, é o mesmo que o "pequeno caixa" das empresas privadas, usado para pequenas despesas (abastecer veículos, despesas em trânsito, despesas com material de almoxarifado, despesas urgentes, despesas fracionadas, despesas rotneiras, etc.).Portaria do Ministro da Fazenda defne o valor para concessão do suprimento.Emite-se ordem bancária em favor do suprido ou crédito em conta bancária aberta em seu nome, autorizada pelo ordenador de despesas com fnalidade específca.PRESTAÇÃO DE CONTAS - O suprido tem obrigação de prestar contas do uso que faz do suprimento, no prazo defnido pelo ordenador e limitado pela legislação, sob pena que ter que responder à tomada de contas especial. Processamento da despesa pública• Pagamento Fase onde o credor comparece diante do agente pagador, identfca-se e recebe o numerário que lhe corresponde para que se extnga determinada obrigação. Divide-se em: • Liquidação da obrigação; • Quitação do credor; e • Contabilização. “Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender.” Paulo Freire ORÇAMENTOS, CUSTOS E FINANÇAS NO SETOR PÚBLICO CICLO ORÇAMENTÁRIO Elaboração Votação e Aprovação Execução Controle e Avaliação NÍVEIS DE PLANEJAMENTO NÍVEIS DE PLANEJAMENTO NÍVEIS DE PLANEJAMENTO Etapas do planejamento orçamentário O PAPEL DO CONTROLE NO PLANEJAMENTO Orçamentos estáticos e flexíveis Fontes de arrecadação Tipos de receita tributária Principais tributos PROGRESSIVIDADE DE REGRESSIVIDADE DE IMPOSTOS Slide 17 Organizações centralizadas e descentralizadas Centralização Descentralização Descentralização Descentralização Descentralização Controle da administração pública Controle da administração pública Espécies de Controle Controle da administração pública Espécies de Controle Controle da administração pública Espécies de Controle Controle da administração pública Espécies de Controle Receita pública Tipos de Receitas Classificação da Receita Classificação da Receita Classificação da Receita Tipos de Receitas Slide 35 Tipos de receitas extraorçamentárias Tipos de receitas extraorçamentárias Despesa pública Despesa pública Despesa orçamentária Despesa orçamentária Despesa extraorçamentária Processamento da despesa pública Processamento da despesa pública Processamento da despesa pública Processamento da despesa pública Processamento da despesa pública Processamento da despesa pública Slide 49 Slide 50
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