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Indaial – 2021
Cidades 
inteligentes
Prof. Nader Ghoddosi
1a Edição
inteligênCia 
artifiCial em
Elaboração:
Prof. Nader Ghoddosi
Copyright © UNIASSELVI 2022
 Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
G427i
 Ghoddosi, Nader
 
	 					Inteligência	artificial	em	cidades	inteligentes.	/	Nader	
Ghoddosi	–	Indaial:	UNIASSELVI,	2021.
 
	 					199	p.;	il.
 ISBN 978-65-5663-962-8
 ISBN Digital 978-65-5663-963-5 
 
	 					1.	Técnicas	de	inteligência	artificial.	-	Brasil.	II.	Centro	
Universitário	Leonardo	da	Vinci.
																																																																																																					CDD	004
Caro	acadêmico!	Estamos	iniciando	o	estudo	da	disciplina	Inteligência	Artificial	
em	 cidades	 inteligentes.	 Esta	 disciplina	 objetiva	 apontar	 influência	 de	 Inteligência	
Artificial	 em	 cidades,	 abordando	 uso	 de	 tecnologias	 emergentes	 e	 técnicas	 de	
Inteligência	Artificial	 (IA)	 nos	 centros	 urbanos	 e	 demonstrando	 a	 importância	 da	 IoT	
para	o	planejamento	sustentável	da	cidade	 inteligente.	Além	disso,	será	destacada	a	
importância	dos	indicadores	para	o	fortalecimento	das	cidades	inteligentes.
Recomendamos	fortemente	que	você	 realize	todos	os	exemplos	e	exercícios	
resolvidos	para	um	aproveitamento	excepcional	da	disciplina.	
Neste	contexto,	o	livro	de	estudos	de	Inteligência	Artificial	em	cidades	inteligen-
tes	está	dividido	em	três	unidades	de	estudo:	Unidade	1	–	As	cidades	do	futuro;	Unidade	
2	–	Internet	das	coisas	e	a	evolução	das	cidades;	Unidade	3	–	Sociedade	inovadora	e	as	
cidades	inteligentes.
Aproveito	 a	 oportunidade	 para	 destacar	 a	 importância	 de	 desenvolver	 as	
autoatividades,	 lembrando	que	essas	atividades	NÃO	SÃO	OPCIONAIS.	Elas	objetivam	
a	fixação	dos	conceitos	apresentados.	Em	caso	de	dúvida	na	realização	das	atividades,	
sugiro	que	você	entre	em	contato	com	seu	tutor	externo	ou	com	a	tutoria	da	UNIASSELVI,	
não	prosseguindo	as	atividades	sem	ter	sanado	todas	as	dúvidas	que	irão	surgindo.	
Bons	estudos!	Sucesso	na	sua	trajetória	acadêmica	e	profissional!	
Professor	Nader	Ghoddosi
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - AS CIDADES DO FUTURO ...................................................................1
TÓPICO 1 - AS CIDADES DO FUTURO: CIDADES INTELIGENTES ......................... 3
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2 CIDADES INTELIGENTES: DEFINIÇÕES E DESAFIOS ........................................4
2.1	INDICADORES	DA	CIDADE	INTELIGENTE	........................................................................7
2.2	ECONOMIA	INTELIGENTE	...................................................................................................9
2.3	POPULAÇÃO	INTELIGENTE	..............................................................................................11
2.4	GOVERNANÇA	INTELIGENTE	..........................................................................................12
2.5	MOBLIDADE	INTELIGENTE	...............................................................................................13
2.6	MEIO	AMBIENTE	INTELIGENTE	.......................................................................................16
2.7	VIDA	INTELIGENTE	.............................................................................................................16
3 EVOLUÇÃO DA CIDADE DIGITAL À CIDADE INTELIGENTE ...............................17
RESUMO DO TÓPICO 1 ..........................................................................................20
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................22
TÓPICO 2 - TECNOLOGIAS E CONCEITOS ...........................................................25
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................25
2 IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E DA INOVAÇÃO ...........................................25
3 INTERNET DAS COISAS (IOT) ............................................................................26
4 BIG DATA ............................................................................................................29
4.1	COMPUTAÇÃO	EM	NUVEM	...............................................................................................31
4.2	INTELIGÊNCIA	ARTIFICIAL	..............................................................................................33
RESUMO DO TÓPICO 2 ..........................................................................................37
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................38
TÓPICO 3 - PLATAFORMAS DE CIDADES INTELIGENTES .................................. 41
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 41
2 AS PLATAFORMAS E OS REQUISITOS PARA AS CIDADES INTELIGENTES ........ 41
2.1	REQUISITOS	FUNCIONAIS	DE	UMA	PLATAFORMA
						DE	CIDADES	INTELIGENTES		..........................................................................................42
2.2	REQUISITOS	NÃO	FUNCIONAIS	DE	UMA	PLATAFORMA
						DE	CIDADES	INTELIGENTES		..........................................................................................46
3 OPENIOT .............................................................................................................52
4 INTERSCITY .......................................................................................................54
5 CIDAP ..................................................................................................................55
6 COMPUTAÇÃO EM NUVEM E BIG DATA ............................................................. 57
LEITURA COMPLEMENTAR ..................................................................................58
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................... 61
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................62
REFERÊNCIAS .......................................................................................................64
UNIDADE 2 — INTERNET DAS COISAS E A EVOLUÇÃO DAS CIDADES ..............69
TÓPICO 1 — INTERNET DAS COISAS (IoT) ............................................................71
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................71
2 EVOLUÇÃO DA IOT ..............................................................................................71
3 ELEMENTOS DA IOT .......................................................................................... 75
4 CONSTRUÇÃO DA IOT ........................................................................................ 77
5 ARQUITETURA BÁSICA DOS DISPOSITIVOS....................................................78
6 SOFTWARE PARA REDE DE OBJETOS INTELIGENTES.................................... 81
RESUMO DO TÓPICO 1 ..........................................................................................85
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................86
TÓPICO 2 - A IOT E A SOCIEDADE ........................................................................89
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................89
2 REDES .................................................................................................................89
2.1	TIPOS	DE	REDES	EM	APLICAÇÕES	IOT		........................................................................91
3 REDE 5G .............................................................................................................95
4 IOT NAS NUVENS ...............................................................................................98
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................ 101
AUTOATIVIDADE .................................................................................................102
TÓPICO 3 - PLANEJAMENTO URBANO E A INTERNET DAS COISAS ...............105
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................105
2 A IOT E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM MEIO URBANO ...............105
3 A IOT E AS CIDADES INTELIGENTES ..............................................................106
3.1	IOT	E	OS	RECURSOS	HÍDRICOS	.................................................................................... 108
3.2	A	IOT	E	OS	RESÍDUOS	SÓLIDOS	................................................................................... 114
3.3	IOT	E	A	REDUÇÃO	DO	CONSUMO	DE	ENERGIA	NAS	CIDADES	..............................117
3.4	REDES	VEICULARES	....................................................................................................... 119
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................ 121
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................ 125
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 126
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 129
UNIDADE 3 — SOCIEDADE INOVADORA E AS CIDADES INTELIGENTES ......... 135
TÓPICO 1 — SOCIEDADE INOVADORA ................................................................ 137
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 137
2 CAPITAL HUMANO E AS CIDADES INTELIGENTES ........................................ 137
3 INOVAÇÃO E O CAPITAL HUMANO ..................................................................140
4 INDICADORES E FATORES DE CAPITAL HUMANO EM UMA 
CIDADE INTELIGENTE ........................................................................................142
5 DESAFIOS DAS CIDADES PARA DESENVOLVER O CAPITAL HUMANO ..........144
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................146
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 147
TÓPICO 2 - A ECONOMIA E O CONHECIMENTO .................................................149
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................149
2 ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CIDADES INTELIGENTES ...........................149
3 INDICADORES ECONÔMICOS DA ISO 37120:2018 ........................................154
4 INDICADORES ECONÔMICOS DA IESE CITY IN MOTION INDEX .................... 156
5 ECONOMIA, ASPECTO SOCIAL E CIDADES INTELIGENTES ..........................160
6 EXEMPLOS DE INICIATIVAS NO BRASIL ........................................................160
7 DESAFIOS E SOLUÇÕES PARA INOVAÇÃO DAS CIDADES
INTELIGENTES ....................................................................................................164
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................ 165
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 166
TÓPICO 3 - TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ....................... 169
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 169
2 A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E AS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO .......... 169
3 AS TIC E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............................................171
4 SUSTENTABILIDADE INTEGRAL ..................................................................... 175
4.1	RANKING	CONNECTED	SMART	CITIES	........................................................................178
4.1.1	São	Paulo	................................................................................................................... 180
4.1.2	Florianópolis	............................................................................................................. 183
4.1.3	Curitiba	...................................................................................................................... 184
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................186
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................189AUTOATIVIDADE .................................................................................................190
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 192
1
UNIDADE 1 - 
AS CIDADES DO FUTURO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	 compreender	a	definição	de	cidade	inteligente;
•	 entender	as	diferentes	tecnologias	que	compõem	a	cidade	inteligente;	
•	 diferenciar	 os	 requisitos	 funcionais	 e	 não	 funcionais	 relacionados	 com	 cidade	
inteligentes;	
•	 entender	a	importância	da	cidade	inteligente	para	o	futuro	sustentável	da	sociedade	
moderna.
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	dela,	você	encontrará	
autoatividades	com	o	objetivo	de	reforçar	o	conteúdo	apresentado.
TÓPICO	1	–	AS	CIDADES	DO	FUTURO:	CIDADES	INTELIGENTES
TÓPICO	2	–	TECNOLOGIAS	E	CONCEITOS
TÓPICO	3	–	PLATAFORMAS	DE	CIDADES	INTELIGENTES
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
AS CIDADES DO FUTURO: CIDADES 
INTELIGENTES
1 INTRODUÇÃO
O	 atual	 crescimento	 populacional,	 bem	 como	 a	 migração	 para	 os	 centros	
urbanos	 geraram	 muitos	 problemas	 sociais	 (CARVALHO,	 2021;	 MAZO	 et al.,	 2021;	
LUDERMIR,	2021).	As	Projeções	da	Organização	das	Nações	Unidas	(ONU)	apontam	que	
nos	próximos	40	anos,	a	população	mundial	poderá	crescer	até	mais	de	dois	bilhões	de	
pessoas	(MAZO	et al.,	2021).	Deste	modo,	a	gestão	pública	enfrenta	e	enfrentará	grandes	
desafios	 decorrentes	 da	 aglomeração	 urbana.	 Esses	 desafios	 exigirão	 dos	 gestores	
novas	 abordagens	 para	 seu	 planejamento,	 financiamento,	 execução	 e	 operação	 dos	
centros	urbanos	(CARVALHO,	2021;	MAZO	et al.,	2021).
Para	 esses	 desafios,	 a	 tecnologia	 é	 a	 mais	 cotada	 solução,	 já	 que	 pode	
reconfigurar	os	modos	de	viver,	os	modos	de	relacionar,	bem	como	as	experiências	em	
geral	(FREUND	et al.,	2019;	JOAO	et al.,	2019;	MAZO	et al.,	2021).	Desse	modo,	o	aumento	
dos	 centros	 urbanos	 irá	 demandar	 um	 novo	 olhar	 direcionado	 para	 planejamento	
inteligente	das	cidades,	não	somente	pensando	nos	problemas	de	poluição	e	resíduos	
(JOAO	et al.,	2019;	MAZO	et al.,	2021).	Isso	significa	tornar	as	cidades	preparadas	para	
residentes,	e	ainda,	para	receber	visitantes.
Mas,	afinal,	o	que	significa	tornar	uma	cidade	 inteligente?	Esse	conceito	está	
atrelado	 ao	 desenvolvimento	 sustentável,	 inovação	 tecnológica,	 qualidade	 de	 vida	
populacional,	otimização	na	utilização	consciente	dos	recursos	naturais,	gestão	eficiente	
com	a	integração	tecnológica.	Portanto,	as	cidades	devem	ser	planejadas	como	espaços	
que	garantam	o	acesso	ao	conhecimento;	a	geração	de	riqueza	e	criação	de	valor;	por	
meio	de	ecossistemas	institucionais	públicos	ou	privados	que	proporcionem	a	busca	por	
soluções	inovadoras	(SILVA	et al.,	2019;	ANTONIALLI;	KIRA,	2020;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	
2020;	FARINIUK,	2020;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021;	MAZO	et al.,	2021;	LUDERMIR,	
2021).	Neste	tópico,	vamos	estudar	os	conceitos	vinculados	à	cidade	inteligente	e	a	sua	
importância	na	configuração	atual	da	gestão	pública.
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
4
2 CIDADES INTELIGENTES: DEFINIÇÕES E DESAFIOS
O	 desempenho	 dos	 centros	 urbanos	 depende	 da	 infraestrutura	 da	 cidade	 e	
social;	da	disponibilidade	e	qualidade	da	comunicação,	tal	como,	do	capital	intelectual	
e	 social.	 Considerando	 este	 contexto	 é	 que	 o	 conceito	 de	 cidade	 inteligente	 foi	
abordado	como	algo	estratégico	para	englobar	fatores	de	produção	urbana	moderna	
(ANTONIALLI; KIRA,	2020;	MAZO	et al.,	2021).	
O	 conceito	 da	 cidade	 inteligente	 surgiu	 na	 década	de	 1990	 e	 evoluiu	 com	o	
tempo.	No	início,	o	conceito	estava	focado	na	importância	das	tecnologias	na	superação	
dos	desafios	urbanos	(SILVA	et al.,	2019;	ANTONIALLI; KIRA,	2020;	MAZO	et al.,	2021).	
Posteriormente,	ocorreu	a	evolução	do	conceito	considerando	agora	capital	humano,	
educação	 e	 questões	 ambientais,	 como	 fatores	 primordiais	 para	 o	 desenvolvimento	
adequado	das	cidades	(SILVA	et al.,	2019;	ANTONIALLI; KIRA,	2020).	Segundo	Antonialli	
e Kira	(2020,	p.	3):
Em	 comum	 as	 definições,	 parece	 estar	 o	 uso	 de	 tecnologias	 de	
informação	 e	 comunicação	 para	 a	 transformação	 de	 dinâmicas	
urbanas,	tais	como	o	planejamento	urbano	e	territorial,	o	engajamento	
e	a	participação	cidadã,	as	políticas	de	mobilidade,	habitação,	entre	
outras.	 Para	 tanto,	 é	 fundamental	 que	 a	 administração	 pública	
tenha	 a	 possibilidade	 de	 utilizar	 dados	 cada	 vez	 mais	 completos	
e	 precisos.	 A	 multiplicação	 de	 dispositivos	 conectados	 à	 internet	
(“internet	 das	 coisas”),	 os	 menores	 custos	 de	 armazenamento	 de	
dados,	a	popularização	dos	smartphones	e	das	técnicas	de	análise	
de	big	data	são	algumas	das	novidades	que	contribuíram	para	que	
uma	quantidade	cada	vez	maior	de	dados	estivesse	à	disposição	dos	
gestores	públicos.
É	 importante	 salientar	 que	 uma	 cidade	 que	 utiliza	 tecnologias	 pode	 ser	
denominada	como	uma	cidade	digital.	Entretanto,	uma	cidade	inteligente	proporciona	
melhoria	 da	 qualidade	 dos	 serviços	 oferecidos	 à	 população.	 Conforme	 a	 Fundação	
Getúlio	Vargas	(2019	apud	ABREU; MARCHIORI,	2020	p.	531):	
Smart Cities	são	sistemas	de	pessoas	interagindo	e	usando	energia,	
materiais,	serviços	e	financiamento	para	catalisar	o	desenvolvimento	
econômico	 e	 a	 melhoria	 da	 qualidade	 de	 vida.	 Esses	 fluxos	 de	
interação	 são	 considerados	 inteligentes	 por	 fazer	 uso	 estratégico	
de	 infraestrutura	e	serviços	e	de	 informações	e	comunicação	com	
planejamento	 e	 gestão	 urbana	 para	 dar	 resposta	 às	 necessidades	
sociais	 e	 econômicas	 da	 sociedade.	 [...]	 dez	 dimensões	 indicam	 o	
nível	 de	 inteligência	 de	 uma	 cidade:	 governança,	 administração	
pública,	planejamento	urbano,	tecnologia,	meio	ambiente,	conexões	
internacionais,	coesão	social,	capital	humano	e	a	economia.
5
QUADRO 1 – CONCEITO DE CIDADES INTELIENTES
AUTORES CONCEITO
HALL et al. (2000)
Uma	cidade	conectando	a	 infraestrutura	 física,	 a	 infra-
estrutura	de	TI,	 infraestrutura	 social	 e	 infraestrutura	de	
negócios	para	alavancar	a	inteligência	coletiva	da	cidade.
GIFFINGER et al. 
(2007)
Uma	cidade	 inteligente	é	uma	cidade	com	bom	desem-
penho	construída	sobre	a	combinação	inteligente	com	ci-
dadãos	autodeterminados,	independentes	e	conscientes.
HARRISON et al. 
(2010)
Uma	 cidade	 inteligente	 é	 uma	 cidade	 preparada	 para	
oferecer	 condições	 para	 uma	 comunidade	 saudável	
e	 feliz	 nas	 condições	 desafiadoras	 que	 as	 tendências	
globais,	ambientais,	econômicas	e	sociais	podem	trazer.	
CARAGLIU et al. (2011)
Uma	cidade	passa	ser	inteligente	quando	os	investimentos	
em	capital	humano	e	social	e	infraestruturas	de	comuni-
cação	tradicionais	(transportes)	e	modernas	(TIC)	alimen-
tam	o	crescimento	econômico	sustentável	e	uma	elevada	
qualidade	de	vida,	com	uma	gestão	inteligente	dos	recur-
sos	naturais,	através	de	uma	governação	participativa.
DAMERI (2013)
Uma	cidade	que	monitora	e	integra	condições	de	todas	as	
suas	 infraestruturas	críticas,	 incluindo	estradas,	pontes,	
túneis,	 ferrovias,	 metrôs,	 aeroportos,	 portos	 marítimos,	
comunicações,	água,	energia,	mesmo	grandes	edifícios,	
podem	 otimizar	 melhor	 seus	 recursos,	 planejar	 suas	
atividades	 de	 manutenção	 preventiva	 e	 monitorar	 os	
aspectos	 de	 segurança,	 maximizando	 os	 serviços	 aos	
seus	cidadãos.
FONTE: Adaptado de Abreu e Marchiori (2020) e Antonialli e Kira (2020)
Portanto,	 o	 que	 você	 pode	 perceber	 com	 as	 denominações	 do	 quadro	
apresentado	 é	 que	 a	 cidade	 inteligente	 utiliza	 novas	 tecnologias	 promovendo	 a	
melhoria	da	qualidade	de	vida	populacional,	por	meio	de	serviços	essenciais	tais	como:	
abastecimento	de	água,	saneamento,	gestãode	resíduos	sólidos,	mobilidade	urbana,	
saúde,	educação	e	governança	(ANTONIALLI; KIRA,	2020;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020;	
FARINIUK,	2020).	As	principais	tecnologias	utilizadas	são	as:	
• Tecnologias	da	Informação	e	Comunicação	(TIC).
• Internet	das	Coisas	(IoT,	na	sigla	em	inglês).	
• Tecnologias	Geoespaciais	(TG).
6
FIGURA 1 – AS DIMENSÕES DAS CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3EP4u58>. Acesso em: 18 jun. 2021.
Portanto,	o	conceito	de	cidade	inteligente	significa	eficiência	na	gestão	inteli-
gente	e	integração	das	tecnologias	da	informação	e	comunicação	com	a	participação	
efetiva	da	população	(JOÃO	et al.,	2019;	SILVA	et al.,	2019;	ABREU; MARCHIORI,	2020).
FIGURA 2 – EXEMPLO DE SETORES QUE PODEM SER IMPACTADOS DENTRO 
DE CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/39Wy4aV>. Acesso em: 18 jun. 2021.
7
A	palavra	inteligente	é	usada	tanto	para	designar	o	desenvolvimento	tecnológico	
quanto	à	inovação	social	e	econômica.	Por	isso,	existem	inúmeros	esforços	aplicados	
nos	 estudos	 atuais	 para	 soluções	 inteligentes	 nas	 cidades	 que	 deram	 origem	 ao	
conceito	de	cidades	inteligentes	(ANTONIALLI; KIRA,	2020;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020;	
FARINIUK,	2020).
QUADRO 2 – RELAÇÃO DA CIDADE INTELIGENTE COM SETORES DA SOCIEDADE
SETORES DESCRIÇÃO
COMUNICAÇÃO
Implantação	 de	 modo	 significativo	 de	 comunicações	 de	
banda	larga	para	o	setor	público	e	privado.
EDUCAÇÃO
Educação	 eficaz,	 treinamento	 e	 capital	 humano	 com	
conhecimento	para	realizar	inúmeras	atividades.	
POLÍTICAS
Promover	 a	 democracia	 digital	 acabando	 com	 a	 exclusão	
digital	 para	 garantir	 que	 todos	 os	 setores	 da	 sociedade	 se	
beneficiem.	
SETOR PÚBLICO
Inovação	 nos	 setores	 público	 e	 privado,	 bem	 como	
esforços	para	a	criação	de	aglomerados	empresariais	e	de	
capital	de	risco	para	financiar	o	desenvolvimento	de	novos	
empreendimentos.	
ECONOMIA
Desenvolvimento	 econômico	 de	 marketing	 eficaz	 que	
use	 os	 recursos	 tecnológicos	 para	 atrair	 empregos	 e	
investimentos.
FONTE: Adaptado de Abreu e Marchiori (2020) e Antonialli e Kira (2020)
2.1 INDICADORES DA CIDADE INTELIGENTE
As	 cidades	 inteligentes	 surgem	 de	 um	modelo	 de	 planejamento	 integrado	
com	a	 capacidade	de	 inovação	e	 a	 cooperação	entre	 todas	 as	partes	 interessadas	
da	 sociedade	 (FERNANDES	et al.,	 2019;	 JOÃO	et al.,	 2019;	 SILVA	et al.,	 2019).	 Isso	
promove	 a	 participação	 e	 a	 integração	 abrangente	 dos	 aspectos	 sociais	 da	 vida	
urbana	(LUDERMIR,	2021).	
8
FIGURA 3 – RECURSOS DE UMA CIDADE INTELIGENTE
FONTE: <https://bit.ly/3FZxjwG>. Acesso em: 18 jun. 2021.
Porém,	para	avaliar	esse	processo	são	necessários	 indicadores,	 sendo	que	o	
Fórum	Comunidade	Inteligente	elaborou	uma	lista	de	 indicadores	que	fornecem	uma	
estrutura	para	a	compreensão	de	como	as	comunidades	e	regiões	podem	ganhar	uma	
vantagem	competitiva	na	economia	(FERNANDES	et al.,	2019;	JOÃO	et al.,	2019;	SILVA	
et al.,	2019;	LUDERMIR,	2021).
QUADRO 3 – INDICADORES POR SETORES
SETORES INDICADORES
EDUCAÇÃO
• Capacidade	de	monitorar	a	frequência	de	estudantes;
• Disponibilizar	 materiais	 educativos	 para	 promover	 o	
conhecimento	integrado;
ENERGIA
• Integração	 entre	 o	 sistema	 de	 distribuição	 de	 energia	
elétrica	com	as	novas	soluções	das	cidades	inteligentes;
• Potencial	 de	 ganho	 de	 escala	 e	 replicação	 de	 novas	
soluções	de	cidades	inteligentes;
• Possibilidade	de	haver	fontes	alternativas	de	energia;
SEGURANÇA • Sistema	de	aviso	rápido	em	caso	de	desastre	ambiental;
GOVERNANÇA
• Existência	de	um	banco	de	dados	central	aberto;
• Acesso	 aberto	 de	 documentos	 governamentais	 não	
confidenciais;
• Participação	cidadã	em	mecanismos	on-line;
• Taxa	de	vazamento	de	informações;
9
SAÚDE
• Existência	de	um	extenso	banco	de	dados	sobre	saúde	
pública;
• Possibilidade	de	visita	e	controle	remoto	de	pacientes;
MORADIA
• Medição	 de	 consumo	 de	 energia,	 gás	 e	 água	 por	
equipamentos	inteligentes	e	conectados	a	aplicativos;
• Existência	de	equipamentos	inteligentes;
• Capacidade	 de	 compartilhar	 internet	 e	 conteúdos	 de	
entretenimentos	com	outras	aplicações;
POPULAÇÃO • Serviços	para	pessoas	com	necessidades	especiais;
PLANEJAMENTO 
URBANO
• Plano	 diretor	 e	 projetos	 de	 expansão	 da	 cidade	
disponíveis	abertos	e	on-line;
TELECOMUNICAÇÕES
• Acesso	livre	à	internet	em	espaços	públicos;
• Uso	de	tecnologia	da	comunicação	em	diferentes	áreas	
(transporte,	gestão	de	resíduos,	água	e	energia).
FONTE: Adaptado de Abreu e Marchiori (2020, p. 535)
Com	isso,	você	pode	perceber	que	o	conceito	de	cidade	inteligente	tem	ligação	
na	área	política;	na	definição	do	capital	em	relação	ao	capital	humano,	social	e	relacional	
como	fatores	primordiais	para	o	crescimento	urbano.	Agora,	vamos	estudar	a	relação	do	
conceito	cidades	inteligentes	com	os	setores	da	sociedade!
2.2 ECONOMIA INTELIGENTE
Economia	 inteligente	mensura	do	ponto	de	vista	econômico	a	preparação	de	
uma	determinada	cidade,	usando	parâmetros	como	qualidade	das	organizações	e	o	seu	
ambiente	para	empreendedorismo	(HARRISON	et al.,	2010;	SANCHEZ;	CAPPELLOZZA,	
2012;	TIGRE;	NORONHA,	2013).	A	economia	inteligente	possui	as	seguintes	características,	
conforme	o	Quadro	4.
QUADRO 4 – CARACTERÍSTICAS DA ECONOMIA INTELIGENTE
CARACTERÍSTICAS DESCRIÇÃO
VERDE
Implementar	 os	 princípios	 de	 desenvolvimento	
sustentável,	 economia	 limpa	 com	 uso	 eficiente	 dos	
recursos	energéticos;
DIGITAL Utilizar	as	tecnologias	de	comunicação	e	informação;
10
FUNCIONA EM REDE
Desenvolver	redes	de	competências,	sociais,	infraes-
trutura	e	outras	redes	entre	universidades,	empresas,	
organizações,	poder	público	e	consumidores;	para	fins	
de	 criação,	 desenvolvimento	 e	 utilização	 de	 bens	 e	
serviços	urbanos;
SOCIALMENTE 
RESPONSÁVEL
Atuar	 de	 modo	 social,	 ambiental,	 ética,	 legal	 e	
filantrópico.
FONTE: Adaptado de Fariniuk (2020), Rech (2020), Carvalho (2021) e Mazo et al. (2021)
Você	 pode	 perceber,	 analisando	 a	 Figura	 4,	 que	 os	 elementos	 apresentam	
relações	diretas	uns	com	os	outros.	Sendo	assim,	entender	que	os	elementos	são	parte	
de	um	todo	é	essencial	para	compreender	o	conceito	da	cidade	inteligente.	Conforme	
Barranco	(2018,	p.	16):
Não	 deve-se	 confundir	 as	 pessoas	 inteligentes,	 nesta	 definição,	
como	sendo	pessoas	com	alta	capacidade	 intelectual.	Esta	é	uma	
definição	das	pessoas	inteligentes	no	contexto	da	cidade	inteligente.	
Desta	 forma,	 são	 pessoas	 que	 estão	 em	 constante	 evolução,	
sempre	aprendendo	coisas	novas,	são	boas	no	que	fazem,	possuem	
consciência	ecológica	e	são	comprometidas	com	o	desenvolvimento	
de	uma	sociedade	cada	vez	melhor.	
FIGURA 4 – RELAÇÃO DA ECONOMIA INTELIGENTE COM A CIDADE INTELIGENTE
FONTE: Barranco (2018, p. 15)
Desse	 modo,	 a	 economia	 inteligente	 engloba	 inúmeras	 áreas	 e	 está	
relacionada	aos	demais	elementos	da	cidade	inteligente.	Isso	significa	que	depende	
do	 funcionamento	 adequado	 desses	 elementos	 para	 que	 atue	 de	 modo	 eficiente	
(BARRANCO,	2018;	FARINIUK,	2020;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021;	MAZO	et al.,	2021).	
11
Por	 conta	 de	 sua	 abrangência,	 o	 desenvolvimento	 e	 a	 implementação	da	 economia	
inteligente	 envolve	 autoridades	 públicas,	 organizações,	 associações	 empresariais,	
instituições	de	pesquisa	e	a	sociedade	(CARVALHO,	2021;	MAZO	et al.,	2021).	
2.3 POPULAÇÃO INTELIGENTE
População	 inteligente	mensura	o	desenvolvimento	da	população	urbana	uti-
lizando	parâmetros	como	educação,	emprego	e	renda.	Indivíduos	que	compõem	uma	
cidade	inteligente	possuem	destaque	em	suas	atividades	profissionais	compondo	uma	
população	com	índice	de	desenvolvimento	humano	(IDH)	alto	(BARRANCO,	2018;	FER-
NANDES et al.,	2019;	JOÃO	et al.,	2019).	Outra	característica	importante	é	que	a	cida-
de	inteligente	integra	as	universidades	para	potencializar	a	atração	do	humano	de	alto	
nível	(FERNANDES	et al.,	2019;	JOÃO	et al.,	2019;	CARVALHO,	2021;	MAZO	et al.,	2021).	
Algumas	 cidades	 inteligentes	 enfatizaram	 o	 investimento	 em	 tecnologiaavançada	em	oposição	às	necessidades	da	população	(WEISS;	BERNARDES;	CONSONI,	
2015;	 KON;	 SANTANA,	 2017).	 Isso	 resultou	 em	 altos	 custos	 e	 pouco	 retorno	 efetivo,	
por	 isso,	cidades	 inteligentes	precisam	aproveitar	a	 infraestrutura	de	tecnologia	para	
possibilitar	 a	 colaboração	 entre	 as	 comunidades	 e	 entre	 os	 indivíduos	 e	 os	 setores	
públicos	(KON;	SANTANA,	2017;	FERNANDES	et al.,	2019;	JOÃO	et al.,	2019).	Mas,	para	
isso,	 é	 primordial	 que	 o	 setor	 público	 faça	 investimento	 em	 treinamento,	 e	 que	 os	
profissionais	tenham	capacidade	básica	para	realizar	o	processo	de	gerenciamento	de	
dados	(KON;	SANTANA,	2017;	BARRANCO,	2018).	
O	que	se	pode	observar	é	que	as	maiores	taxas	de	crescimento	urbano	foram	
alcançadas	em	cidades	onde	existem	profissionais	capacitados	e	disponíveis.	Assim,	
a	inovação	é	motivada	por	empreendedores	que	buscam	inovar	no	mercado	exigindo	
profissionais	cada	vez	mais	qualificados	(KON;	SANTANA,	2017;	BARRANCO,	2018;	MAZO	
et al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).	Portanto,	o	objetivo	de	uma	cidade	inteligente	é	por	meio	
dos	seguintes	fatores,	segundo	Kon	e	Santana	(2017)	e	Barranco	(2018):
• integração	de	camadas	físicas	(capacidade	humana),	institucionais	e	de	infraestrutura	
digital;
• disponibilização	de	serviços	de	qualidade;
• população	e	empresas	inovadoras;
• ambiente	urbano	seguro,	agradável	e	inclusivo.	
12
FIGURA 5 – RELAÇÃO DOS FATORES HUMANOS COM O CONCEITO DE CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3kKRANB>. Acesso em: 20 jun. 2021.
2.4 GOVERNANÇA INTELIGENTE
Governança	inteligente	mensura	a	qualidade	e	transparência	da	gestão	pública	
municipal	com	indicadores	como	facilidade	na	utilização	dos	serviços	públicos,	capital	
investido	 em	 tecnologia,	 transparência	 na	 disponibilidade	 dos	 dados,	 na	 utilização	 e	
gerenciamento	de	 recursos	públicos	 (KON;	SANTANA,	2017;	BARRANCO,	2018;	RECH,	
2020;	CARVALHO,	2021).	
 
Para	isso,	a	governança	de	uma	cidade	inteligente	precisa	abranger	a	prestação	
de	contas	inovando	de	modo	constante	a	governança	eletrônica.	Esse	processo	trará	
benefícios	à	população	melhorando	a	capacidade	do	setor	público	em	fornecer	serviços	
de	modo	eficaz	e	eficiente	(KON;	SANTANA,	2017;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).	É	ne-
cessário	ainda	uma	formulação	de	política	pública	participativa	no	processo	de	plane-
jamento,	implementação	e	monitoramento	urbano,	bem	como	a	discussão	de	um	orça-
mento	participativo	(BARRANCO,	2018;	FARINIUK,	2020;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).	
13
FIGURA 6 – CARACTERÍSTICAS DE UM GOVERNO INTELIGENTE
FONTE: <https://bit.ly/2XSSGOc>. Acesso em: 20 jun. 2021.
Portanto,	você	pode	perceber	através	da	figura	que	determinadas	ações	estão	
relacionadas	com	a	criação	de	governos	participativos	tendo	o	foco	no	cidadão	(KON;	
SANTANA,	2017;	RIZZON	et al.,	2017).	O	engajamento	do	cidadão	pode	auxiliar	no	pro-
cesso	legislativo,	já	que	os	habitantes	podem	opinar	sobre	leis	em	um	website	fornecido	
pelo	governo	(FARINIUK,	2020).	Após	esse	processo	participativo,	a	lei	é	colocada	para	
voto	popular.
2.5 MOBLIDADE INTELIGENTE
Mobilidade	inteligente	está	relacionada	à	facilidade	da	mobilidade	nos	centros	
urbanos	considerando	os	diversos	tipos	de	transporte	(KON;	SANTANA,	2017;	RIZZON	et 
al.,	2017;	BARRANCO,	2018;	ABREU; MARCHIORI,	2020).	Os	indicadores	para	mensurar	
a	mobilidade	são	os	quilômetros	de	congestionamento,	tamanho	da	malha	metroviária	
e	quantidade	de	 indivíduos	que	utilizam	o	 transporte	público	ou	não	poluente	 (KON;	
SANTANA,	2017;	RIZZON	et al.,	2017).	
A	mobilidade	 inteligente	 inclui,	 portanto,	 transporte	 e	 indivíduos,	 sendo	 que	
a	 cidade	 precisa	 gerenciar	 de	 modo	 adequado	 o	 fluxo	 de	 veículos,	 pedestres	 e	 o	
congestionamento	de	tráfego	(ABREU; MARCHIORI,	2020).	Porém,	é	preciso	ter	opções	
de	transporte	e	um	sistema	de	transporte	eficiente	em	massa	(KON;	SANTANA,	2017).	
A	acessibilidade	precisa	ser	alcançada	para	auxiliar	as	pessoas	com	necessidade	
especiais	 a	 se	 locomoverem	 com	mais	 facilidade	 pela	 cidade	 (KON;	 SANTANA,	 2017;	
BARRANCO,	2018;	ABREU; MARCHIORI,	2020;	MAZO	et al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).	Isso	
acarreta	mudanças	na	infraestrutura	e	no	design	urbano,	como	sinais	de	trânsito	com	
alto-falantes,	calçadas	com	 indicações	e	bem	pavimentadas,	ônibus	adaptado,	entre	
outros	recursos	de	acessibilidade	(MAZO	et al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).
14
FIGURA 7 – MOBILIDADE INTELIGENTE INCLUINDO PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
FONTE: <https://guiaderodas.com/cidades-inteligentes-inclusivas/>. Acesso em: 20 jun. 2021.
Cada	indivíduo	também	pode	contribuir	para	que	o	sistema	de	transporte	seja	
mais	eficiente	com	o	auxílio	de	roteamento	de	tráfego	inteligente	através	de	aplicativos	
que	fornecem	informações	em	tempo	real	sobre	o	tráfego	(JUMP,	2007;	KON;	SANTANA,	
2017;	ABREU; MARCHIORI,	2020;	MAZO	et al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).
FIGURA 8 – APLICATIVO GOOGLE MAPS
FONTE: <http://glo.bo/3GjlvWg>. Acesso em: 20 jun. 2021.
Leia	a	GIO	a	seguir,	com	mais	exemplos	sobre	a	mobilidade	inteligente!
https://guiaderodas.com/cidades-inteligentes-inclusivas/
15
Para as pessoas que utilizam carros estão sendo implementados estacionamentos 
inteligentes com sensores que alertam o motorista em relação à disponibilidade de vaga. 
Garagens que estacionam os carros sem ajuda do motorista são soluções para organizar 
os veículos de modo que ocupem o menor espaço possível. Nesse caso, um dispositivo 
é acionado por um aplicativo de celular e não exige a presença do motorista, tornando 
as manobras totalmente autônomas. A direção e o estacionamento autônomos são 
importantes pilares para a mobilidade do futuro. A aprovação das autoridades cria um 
precedente para obter validação para o serviço de estacionamento em garagens do mundo 
todo. Além disso, existem os estacionamentos verdes, que são autossustentáveis em 
termos de energia e recarregam carros elétricos.
FONTE: <https://bit.ly/3EYB2tG>. Acesso em: 20 jun. 2021.
FIGURA – ESTACIONAMENTOS AUTÔNOMOS
NOTA
FONTE: <https://bit.ly/3EYB2tG>. Acesso em: 20 jun. 2021.
Veículos autônomos já são opção em algumas cidades, ocasionando mudanças no processo 
de transporte de passageiros. 
FIGURA – CARROS AUTÔNOMOS EM NOVA YORK
FONTE: <https://bit.ly/3ugZz86>. Acesso em: 20 jun. 2021.
16
2.6 MEIO AMBIENTE INTELIGENTE
Meio	 ambiente	 inteligente	 avalia	 a	 sustentabilidade	 na	 cidade	 tendo	 como	
indicadores	a	poluição	ambiental,	eficiência	na	utilização	dos	recursos	não	renováveis	
e	a	quantidade	de	resíduos	reciclados	(JUMP,	2007;	KON;	SANTANA,	2017;	MAZO	et al.,	
2021).	Considerando	a	gestão	de	 resíduos	têm-se	os	programas	de	coleta	seletiva	e	
reciclagem,	sendo	que	estes	são	realizados	com	base	na	conscientização	da	sociedade	
(KON;	SANTANA,	2017;	BARRANCO,	2018;	ABREU; MARCHIORI,	2020;	MAZO	et al.,	2021;	
LUDERMIR,	2021).
Outro	ponto	importante	é	sobre	o	uso	de	recursos	hídricos	e	sobre	o	consumo	
de	energia	elétrica,	sendo	que	o	investimento	em	tecnologias	para	energia	renovável	é	
essencial	(KON;	SANTANA,	2017;	BARRANCO,	2018;	MAZO	et al.,	2021).
FIGURA 9 – EXEMPLOS DE ENERGIA DE FONTES RENOVÁVEIS
FONTE: <https://bit.ly/3B97eYI>. Acesso em: 20 jun. 2021.
2.7 VIDA INTELIGENTE
Vida	 inteligente	está	relacionada	à	qualidade	de	vida	da	população	utilizando	
indicadores	tais	como	(JUMP,	2007;	KON;	SANTANA,	2017):
• Entretenimento.
• Segurança	pública.
• Acesso	à	cultura.	
• Disponibilidade	ecessibilidade	de	áreas	verdes.
• Número	de	bibliotecas.	
Desse	modo,	uma	cidade	inteligente	precisa	valorizar	a	história,	a	cultura,	bem	
como	as	riquezas	naturais	(JUMP,	2007).	Porém,	precisa	garantir	segurança	e	a	quali-
dade	de	vida	de	seus	habitantes,	sendo	que	a	segurança	deve	ocorrer	também	no	meio	
cibernético	(KON;	SANTANA,	2017;	BARRANCO,	2018;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).	
17
Os	espaços	públicos	precisam	ser	 revitalizados	 considerando	a	mobilidade	e	
a	segurança,	já	que	esses	espaços	melhoram	a	qualidade	de	vida	da	população,	bem	
como	afetam	de	modo	positivo	o	comércio	 local(KON;	SANTANA,	2017;	RECH,	2020;	
CARVALHO,	2021).
FIGURA 10 – REVITALIZAÇÃO DO PARQUE SÃO LOURENÇO, EM CURITIBA
FONTE: <https://bit.ly/3wSJjNE>. Acesso em: 20 jun. 2021.
3 EVOLUÇÃO DA CIDADE DIGITAL À CIDADE INTELIGENTE
A	cidade	digital	oferece	interoperabilidade,	ou	seja,	o	sistema	tem	a	capacidade	
de	se	comunicar	de	modo	transparente	com	outro	sistema.	Na	prática	da	 rotina	das	
cidades,	isso	significa	que	os	serviços	governamentais	com	base	na	internet	possibilitam	
uma	conectividade	com	os	processos	do	governo,	facilitando	o	acesso	tanto	de	outras	
instituições	públicas	quanto	para	cidadãos	(WEISS;	BERNARDES;	CONSONI,	2015;	KON;	
SANTANA,	2017;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).	Portanto,	os	serviços	da	cidade	digital	
são	acessíveis	através	de	dispositivos	wireless	móveis.
Entretanto,	as	cidades	inteligentes	são	ambientes	que	incorporam	as	tecnologias	
de	 informação	 e	 comunicação	 desenvolvendo	 espaços	 interativos	 e	 inteligentes.	
Conforme	Weiss,	Bernardes	e	Consoni	(2015,	p.	313):
A	 abordagem	 de	 cidades	 inteligentes	 inclui	 tecnologias	 que	
promovem	 maior	 eficiência	 energética	 e	 otimização	 na	 produção	
de	 bens	 e	 serviços;	 sistemas	 inteligentes	 para	 o	 monitoramento	
e	 gerenciamento	 das	 infraestruturas	 urbanas	 e	 antecipação	 a	
acidentes	 naturais;	 soluções	 de	 colaboração	 e	 redes	 sociais;	
sistemas	integrados	para	a	gestão	de	ativos;	sistemas	especializados	
de	atenção	à	saúde	e	educação	que	permitem	a	 interação	com	os	
atores	por	intermédio	da	internet;	sistemas,	métodos	e	práticas	para	o	
gerenciamento	integrado	de	serviços	de	qualquer	natureza;	sistemas	
18
para	 o	 tratamento	 de	 grandes	 volumes	 de	 dados	 estruturados	 e	
não	 estruturados;	 sistemas	 de	 georreferenciamento;	 aplicações	
inteligentes	 embarcadas	 em	 toda	 sorte	 de	 bens;	 tecnologias	 de	
identificação	 por	 radiofrequência	 e	 etiquetas	 digitais	 colocadas	
em	 produtos	 e	 cargas,	 otimizando	 os	 processos	 logísticos	 e	 as	
transações	comerciais;	sensores	e	sistemas	de	inteligência	artificial	
que	 percebem	 e	 respondem	 rapidamente	 a	 eventos	 ocorridos	 no	
mundo	físico,	desencadeando	processos	digitais	que	passam	a	ter	
consequências	cada	vez	mais	 imediatas	e	significativas	no	mundo,	
conectando	pessoas,	empresas	e	poder	público	a	qualquer	tempo	e	
em	qualquer	lugar.
Portanto,	 as	 cidades	 inteligentes	 têm	 capacidade	 de	 resolver	 problemas,	
enquanto	que	a	capacidade	das	cidades	digitais	é	na	prestação	de	serviços	por	meio	da	
comunicação	digital	(JUMP,	2007;	WEISS;	BERNARDES;	CONSONI,	2015;	KON;	SANTANA,	
2017;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).
FIGURA 11 – EXEMPLOS DE CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3m4bK4D>. Acesso em: 20 jun. 2021.
Jump	(2007,	p.	50)	relata	que:	
As	 cidades	 inteligentes	 criam	 sistemas	 urbanos	 mais	 eficazes,	
capazes	 de	 enfrentar	 os	 desafios	 contemporâneos	 e	 problemas	
urbanos.	 Surgem	 cidades	 mais	 inovadoras	 e	 competitivas,	 com	
base	 em	 clusters	 de	 conhecimento	 e	 inovação	 lideradas	 pela	
sociedade,	 um	 networking	 global	 que	 oferece	 maior	 capacidade	
de	 monitorização	 e	 gestão	 das	 questões	 ambientais,	 gestão	
dos	 transportes,	 gestão	 dos	 espaços	 urbanos	 tornando-os	 mais	
seguros.	Essa	maior	eficácia	se	baseia	em	soluções/plataformas	que	
integram	a	inteligência	humana,	coletiva	e	artificial,	ou	seja,	integra	
as	atividades	urbanas,	a	capacidade	institucional	e	a	Tecnologia	da	
Informação	e	Comunicação.
19
As	soluções	compreendem	edifícios	sustentáveis;	sistemas	de	mobilidade;	
cidades	digitais;	soluções	de	gestão	pública;	sistemas	de	planejamento	e	participação	
cidadã;	plataformas	destinadas	à	economia	da	 inovação	com	foco	em	inteligência	
estratégica;	 transferência	 de	 tecnologia;	 inovação	 colaborativa;	 incubação	 de	
tecnologias;	entre	outros	(JUMP,	2007;	CERRI	et al.,	2017;	MAGRANI,	2018).	O	Quadro	
5	mostra	os	campos	de	ativação	das	cidades	inteligentes.	
QUADRO 5 – PRINCIPAIS CAMPOS DE ATIVAÇÃO DAS CIDADES INTELIGENTES
ECONOMIA E INOVAÇÃO
INFRAESTRUTURA 
URBANA
GOVERNANÇA
Inovação	nas	indústrias,	
clusters,	distritos	de	uma	cidade
Transporte
Serviços	da	administração	
ao	cidadão
Força	de	trabalho	de	
conhecimento:	Educação	e	
emprego
Energia;	utilitários
Democracia	participativa	
e direta
Criação	de	empresas	de	
conhecimento	intensivo
Proteção	do	ambiente;	
segurança
Serviços	ao	cidadão
FONTE: Adaptado de Jump (2007)
As	cidades	inteligentes	estão	implantando	serviços	on-line	em	diferentes	seto-
res	privilegiando	o	desenvolvimento	sustentável,	com	isso	observa-se	que	a	integração	
é	primordial	(JUMP,	2007;	RIZZON	et al.,	2017).	Isso	porque	estabelece	ambientes	mais	
eficientes	na	tomada	de	decisões	buscando	inovação	(JUMP,	2007;	CERRI	et al.,	2017;	
RIZZON	et al.,	2017;	MAGRANI,	2018).	De	acordo	com	Komninos	(2009	apud	RIZZON	et 
al.,	2017	p.	9):
A	inteligência	espacial	das	cidades	se	refere	aos	processos	cogniti-
vos	da	informação,	ou	seja,	coleta	de	informações	e	processamento,	
alerta	em	tempo	 real,	previsão,	aprendizagem,	 inteligência	coletiva	
e	cooperativa,	 resolução	de	problemas	distribuídos.	Deste	modo,	a	
inteligência	das	cidades	reside	na	combinação	cada	vez	mais	eficaz	
das	 redes	de	telecomunicações	digitais	 (os	nervos),	da	 inteligência	
onipresente	incorporado	(o	cérebro),	sensores	e	tags	(os	órgãos	sen-
soriais),	software	(conhecimento	e	a	competência	cognitiva).
Portanto,	 os	 sistemas	 eficientes	 da	 tecnologia	 da	 informação	 possibilitam	 o	
desenvolvimento	adequado	das	comunidades,	sendo	que	isso	está	atrelado	ao	objetivo	
principal	de	uma	cidade	inteligente,	que	é	oportunizar	o	acesso	à	 informação	(JUMP,	
2007;	CERRI	et al.,	2017;	MAGRANI,	2018).	Desse	modo,	a	utilização	de	TIC	transforma	
a	 dinâmica	 urbana,	 já	 que	 oferece	 possibilidade	 da	 participação	 de	 cada	 cidadão.	 O	
desenvolvimento	de	uma	determinada	comunidade	pode	 levar	à	construção	de	uma	
sociedade	sustentável	(JUMP,	2007;	RIZZON	et al.,	2017;	MAGRANI,	2018).
20
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
RESUMO DO TÓPICO 1
•	 O	atual	crescimento	populacional,	bem	como	a	migração	para	os	centros	urbanos	
geraram	muitos	problemas	sociais.	As	Projeções	da	Organização	das	Nações	Unidas	
(ONU)	apontam	que	nos	próximos	40	anos,	a	população	mundial	poderá	crescer	até	
mais	de	dois	bilhões	de	pessoas.	Desse	modo,	a	gestão	pública	enfrenta	e	enfrentará	
grandes	desafios	decorrentes	da	aglomeração	urbana.	Esses	desafios	exigirão	dos	
gestores	 novas	 abordagens	 para	 seu	 planejamento,	 financiamento,	 execução	 e	
operação	dos	centros	urbanos.	
•	 O	conceito	da	cidade	inteligente	surgiu	na	década	de	1990	e	evoluiu	com	o	tempo.	
No	início,	o	conceito	estava	focado	na	importância	das	tecnologias	e	na	superação	
dos	desafios	urbanos.	Posteriormente,	ocorreu	a	evolução	do	conceito	considerando	
agora	capital	humano,	educação	e	questões	ambientais,	como	fatores	primordiais	
para	o	desenvolvimento	adequado	das	cidades.	
•	 A	 palavra	 inteligente	 é	 usada	 tanto	 para	 designar	 o	 desenvolvimento	 tecnológico	
quanto	a	inovação	social	e	econômica.	Por	isso,	existem	inúmeros	esforços	aplicados	
nos	 estudos	 atuais	 para	 soluções	 inteligentes	 nas	 cidades	 que	 deram	 origem	 ao	
conceito	de	cidades	inteligentes.
•	 A	economia	inteligente	mensura	do	ponto	de	vista	econômico	a	preparação	de	uma	
determinada	cidade,	usando	parâmetros	como	qualidade	das	organizações	e	o	seu	
ambiente	para	empreendedorismo.	
•	 A	população	inteligente	mensura	o	desenvolvimento	da	população	urbana	utilizando	
parâmetros	como	educação,	emprego	e	renda.	Indivíduos	que	compõem	uma	cidade	
inteligente	 possuem	 destaque	 em	 suas	 atividades	 profissionais	 compondo	 uma	
população	com	índice	de	desenvolvimento	humano	(IDH)	alto.	
•	 A	 governança	 inteligente	mensura	 a	 qualidade	 e	 transparência	 da	 gestão	 pública	
municipal	com	indicadores	como	facilidade	na	utilização	dos	serviços	públicos,	capital	
investido	em	tecnologia,	transparência	na	disponibilidadedos	dados,	na	utilização	e	
gerenciamento	de	recursos	públicos.
•	 A	 mobilidade	 inteligente	 está	 relacionada	 à	 facilidade	 da	 mobilidade	 nos	 centros	
urbanos	 considerando	 os	 diversos	 tipos	 de	 transporte.	 A	 mobilidade	 inteligente	
inclui,	 portanto,	 transporte	 e	 indivíduos,	 sendo	 que	 a	 cidade	 precisa	 gerenciar	 de	
modo	 adequado	o	fluxo	de	veículos,	 pedestres	 e	 o	 congestionamento	de	 tráfego.	
A	acessibilidade	precisa	ser	alcançada	para	auxiliar	as	pessoas	com	necessidades	
especiais	a	se	locomoverem	com	mais	facilidade	pela	cidade.
21
•	 O	meio	ambiente	inteligente	avalia	a	sustentabilidade	na	cidade	tendo	como	indica-
dores	a	poluição	ambiental,	eficiência	na	utilização	dos	recursos	não	renováveis	e	a	
quantidade	de	resíduos	reciclados.
•	 A	cidade	digital	oferece	interoperabilidade,	ou	seja,	o	sistema	tem	a	capacidade	de	se	
comunicar	de	modo	transparente	com	outro	sistema.	Na	prática	da	rotina	das	cidades,	
isso	significa	que	os	serviços	governamentais	com	base	na	internet	possibilitam	uma	
conectividade	com	os	processos	do	governo	 facilitando	o	 acesso	 tanto	de	outras	
instituições	públicas	quanto	para	cidadãos.	As	cidades	inteligentes	estão	implantando	
serviços	on-line	em	diferentes	setores	privilegiando	o	desenvolvimento	sustentável,	
com	isso	observa-se	que	a	integração	é	primordial.	Isso	porque	estabelece	ambientes	
mais	eficientes	na	tomada	de	decisões	buscando	inovação.
22
1	 O	 conceito	 de	 cidade	 inteligente	 significa	 eficiência	 na	 gestão	 inteligente	 e	
integração	das	tecnologias	da	informação	e	comunicação	com	a	participação	efetiva	
da	população.	A	palavra	inteligente	é	usada	tanto	para	designar	o	desenvolvimento	
tecnológico	 quanto	 a	 inovação	 social	 e	 econômica.	 Por	 isso,	 existem	 inúmeros	
esforços	 aplicados	 nos	 estudos	 atuais	 para	 soluções	 inteligentes	 nas	 cidades	 e	
deram	 origem	 ao	 conceito	 de	 cidades	 inteligentes.	 Considerando	 esta	 afirmação,	
elabore	um	quadro	com	a	relação	da	cidade	inteligente	com	setores	da	sociedade.
2	 O	conceito	da	cidade	inteligente	surgiu	na	década	de	1990	e	evoluiu	com	o	tempo.	
No	 início,	 o	 conceito	 estava	 focado	na	 importância	 das	 tecnologias	 na	 superação	
dos	desafios	urbanos.	Posteriormente,	ocorreu	a	evolução	do	conceito	considerando	
agora	capital	humano,	educação	e	questões	ambientais,	como	fatores	primordiais	
para	o	desenvolvimento	adequado	das	cidades.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	
INCORRETA:
a)	 (			)	 Em	comum,	parece	estar	as	definições	do	uso	de	tecnologias	de	 informação	
e	 comunicação	 para	 a	 transformação	 de	 dinâmicas	 urbanas,	 tais	 como	 o	
planejamento	urbano	 e	 territorial,	 o	 engajamento	 e	 a	 participação	 cidadã,	 as	
políticas	de	mobilidade,	habitação,	entre	outras.
b)	(			)	 Uma	 cidade	 que	 utiliza	 tecnologias	 pode	 ser	 denominada	 como	 uma	 cidade	
digital.	Entretanto,	uma	cidade	 inteligente	proporciona	melhoria	da	qualidade	
dos	serviços	oferecidos	à	população.
c)	 (			)	 Smart Cities	são	sistemas	de	pessoas	interagindo	e	usando	energia,	materiais,	
serviços	 e	 financiamento	 para	 catalisar	 o	 desenvolvimento	 econômico	 e	 a	
melhoria	da	qualidade	de	vida.
d)	(			)	 Os	 fluxos	 de	 relação	 simples	 são	 considerados	 inteligentes	 por	 fazer	 uso	
estratégico	de	serviços	com	planejamento	e	gestão	urbana	para	dar	resposta	
às	necessidades	sociais	e	econômicas	da	sociedade.
3	 As	 cidades	 inteligentes	 surgem	 de	 um	 modelo	 de	 planejamento	 integrado	 com	
a	 capacidade	 de	 inovação	 e	 a	 cooperação	 entre	 todas	 as	 partes	 interessadas	 da	
sociedade.	 Isso	 promove	 a	 participação	 e	 a	 integração	 abrangente	 dos	 aspectos	
sociais	da	vida	urbana.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	
e	F	para	as	falsas:
(			)	 Economia	inteligente	mensura	do	ponto	de	vista	econômico	a	preparação	de	uma	
determinada	cidade,	usando	parâmetros	como	qualidade	das	organizações	e	o	seu	
ambiente	para	empreendedorismo.
AUTOATIVIDADE
23
(			)	 A	 economia	 inteligente	 engloba	 inúmeras	 áreas	 e	 está	 relacionada	 aos	 demais	
elementos	 da	 cidade	 inteligente.	 Isso	 significa	 que	 depende	 do	 funcionamento	
adequado	desses	elementos	para	que	atue	de	modo	eficiente.	
(			)	 População	inteligente	mensura	o	desenvolvimento	da	população	urbana	utilizando	
parâmetros	como	educação,	emprego	e	renda.
(			)	 Indivíduos	 que	 compõem	 uma	 cidade	 inteligente	 possuem	 destaque	 em	 suas	
atividades	profissionais	compondo	uma	população	com	índice	de	desenvolvimento	
humano	(IDH)	alto.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 Para	avaliar	o	processo	de	desenvolvimento	das	cidades	inteligentes	são	necessários	
indicadores,	 sendo	 que	 o	 Fórum	 Comunidade	 Inteligente	 elaborou	 uma	 lista	
de	 indicadores	 que	 fornecem	 uma	 estrutura	 para	 a	 compreensão	 de	 como	 as	
comunidades	 e	 regiões	 podem	 ganhar	 uma	 vantagem	 competitiva	 na	 economia.	
Considerando	esta	afirmação,	elabore	um	quadro	com	os	indicadores	propostos.
5	 Governança	 inteligente	 mensura	 a	 qualidade	 e	 transparência	 da	 gestão	 pública	
municipal	 com	 indicadores	 como	 facilidade	 na	 utilização	 dos	 serviços	 públicos,	
capital	 investido	 em	 tecnologia,	 transparência	 na	 disponibilidade	 dos	 dados,	 na	
utilização	e	gerenciamento	de	recursos	públicos.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	
as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 A	governança	de	uma	cidade	inteligente	precisa	abranger	a	prestação	de	contas	
inovando	de	modo	constante	a	governança	eletrônica.	
(			)	 A	 governança	 trará	 benefícios	 à	 população	 melhorando	 a	 capacidade	 do	 setor	
público	em	fornecer	serviços	de	modo	eficaz	e	eficiente.	
(			)	 É	 necessária	 uma	 formulação	 de	 política	 pública	 participativa	 no	 processo	 de	
planejamento,	implementação	e	monitoramento	urbano,	bem	como	a	discussão	de	
um	orçamento	participativo.
(			)	 O	engajamento	do	cidadão	pode	auxiliar	o	processo	legislativo,	já	que	os	habitantes	
podem	opinar	sobre	leis	em	um	website	fornecido	pelo	governo.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
24
25
TECNOLOGIAS E CONCEITOS
1 INTRODUÇÃO
A	expansão	das	Tecnologias	da	Informação	e	Comunicação	(TIC)	relacionadas	
com	acesso	a	redes	de	sensores	que	produzem	dados	minuciosos	sobre	as	atividades	
que	ocorrem	nos	ambientes	urbanos	prometem	revolucionar	a	vida	social	nos	centros	
urbanos	(JUMP,	2007;	CERRI	et al.,	2017;	RIZZON	et al.,	2017;	MAGRANI,	2018).
A	popularização	dos	dispositivos	móveis	conectados	à	internet,	o	menor	custo	
de	armazenamento	de	dados,	bem	como	as	técnicas	de	análise	de	big	data	são	novi-
dades	que	vêm	contribuindo	para	que	uma	maior	quantidade	de	dados	esteja	à	dis-
posição	dos	gestores	públicos	(CERRI	et al.,	2017;	ANTONIALLI; KIRA,	2020;	LOGSDON;	
FABRÍCIO,	2020).	
Porém,	 é	 primordial	 que	 a	 administração	 pública	 use	 os	 dados	 de	 modo	
completo	 e	 preciso.	 Essas	 são	 novas	 possibilidades	 de	 análise,	 que	 otimizam	 de	
modo	revolucionário	a	formulação	de	políticas	públicas	(CERRI	et al.,	2017;	LOGSDON;	
FABRÍCIO,	2020).	Portanto,	neste	tópico,	vamos	estudar	a	importância	da	tecnologia	no	
processo	de	desenvolvimento	das	cidades	inteligentes.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA E DA INOVAÇÃO
A	cidade	pode	ser	vista	como	uma	unidade	ambiental,	em	que	os	elementos	
e	processos	ambientais	são	inter-relacionados	e	interdependentes,	de	modo	que	uma	
mudança	 em	 qualquer	 componente	 terá	 impacto	 nos	 outros	 componentes	 (SILVA;	
VARGAS, 2010 apud	KNIESS	et al.,	2019).	Segundo	Kniess	et al.	(2019,	p.	119):
A	cidade	expressa,	pois	uma	 interação	sistêmica	e	 recíproca	entre	
ecossistema	social	e	ecossistema	natural.	Por	outro	lado,	os	centros	
urbanos	crescem	e	com	eles	crescem	os	grandesproblemas	sociais	
e	desequilíbrios	ambientais,	que	resultam	na	diminuição	da	qualidade	
de	vida,	degradação	ambiental	acelerada	e	riscos	de	governabilidade.
O	grande	desafio	das	cidades	atuais	é	o	enfretamento	dos	problemas	urbanos	
para	que	a	população	tenha	uma	melhor	qualidade	de	vida,	ao	mesmo	tempo	em	que	
oportuniza	o	crescimento	econômico	e	garante	a	sustentabilidade	ambiental	(KNIESS	
et al.,	2019;	FARINIUK,	2020;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).	A	criação	de	novas	tec-
nologias	estabelece	facilidades,	serviços	e	produtos,	que	mudam	a	rotina	das	cidades.	
26
QUADRO 6 – TECNOLOGIAS E A INFLUÊNCIA NAS CIDADES
TECNOLOGIAS DESCRIÇÃO
IMPRESSORAS 3D
Poderão	revolucionar	o	setor	da	construção	civil	
e	 contribuir	 para	 suprir	 o	 déficit	 habitacional	
das	cidades.
SISTEMAS DE BIG DATA E 
ANÁLISE
Poderão	criar	indicadores	em	tempo	real	para	
melhorar	a	governança	e	a	tomada	de	decisão	
dos	gestores	públicos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) Poderão	impulsionar	a	eficiência	das	TIC.
INTERNET DAS COISAS (IOT)
Poderão	integrar	bilhões	de	objetos	e	sensores	
à	internet.
FONTE: Adaptado de Kniess et al. (2019)
Então,	agora,	vamos	abordar	as	tecnologias!
3 INTERNET DAS COISAS (IOT)
A	 Internet	 das	Coisas	 (IoT)	 é	 considerada	uma	conexão	de	 objetos	 da	 rotina	
diária	da	sociedade	moderna,	por	exemplo:	lâmpadas	para	iluminação	pública;	sensores	
de	qualidade	de	água	e	ar;	entre	outros	(JOÃO	et al.,	2019;	FORNASIER,	2019).	Os	objetos	
são	identificados	com	um	nome	único,	sua	posição	e	estado	conhecidos,	e	devem	ser	
acessíveis	através	de	uma	rede	interoperável	(FORNASIER,	2019;	FARINIUK,	2020;	RECH,	
2020;	CARVALHO,	2021).	Conforme	Magrani	(2018,	p.	20):
De	maneira	 geral,	 a	 internet	 das	 coisas	 (IoT)	 pode	 ser	 entendida	
como	 um	 ambiente	 de	 objetos	 físicos	 interconectados	 com	 a	
internet	 por	 meio	 de	 sensores	 pequenos	 e	 embutidos,	 criando	
um	 ecossistema	 de	 computação	 onipresente	 (ubíqua),	 voltado	
para	a	facilitação	do	cotidiano	das	pessoas,	introduzindo	soluções	
funcionais	nos	processos	do	dia	a	dia.
Outro	 fator	 importante	 na	 definição	 é	 que	 a	 IoT	 se	 concentra	 em	 como	
computadores,	 sensores	 e	 objetos	 interagem	 uns	 com	 os	 outros	 e	 processam	
informações/dados	 em	 um	 contexto	 de	 hiperconectividade	 (MAGRANI,	 2018;	
FORNASIER,	2019;	JOÃO	et al.,	2019).	De	acordo	com	Lacerda e Lima-Marques	(2015,	
p.	160):
O	termo	Internet	das	Coisas	foi	cunhado	em	1999	por	Kevin	Ashton,	
co-fundador	 do	 Auto-ID	 Center	 do	 Massachusetts	 Institute	 of	
Technology	(MIT).	Em	recente	artigo,	Ashton	(2009)	afirmou	que	a	ideia	
original	da	IdC	previa	a	conexão	de	todos	os	objetos	físicos	à	Internet,	
com	capacidade	de	capturar	informações	por	meio	de	identificação	
27
por	 radiofrequência	 (RFID)	 e	 tecnologias	 de	 sensoriamento	 –	 as	
quais	 os	 permitiriam	 observar,	 identificar	 e	 compreender	 o	mundo	
independentemente	 das	 pessoas	 e	 suas	 limitações	 de	 tempo,	
atenção	e	precisão.
Podemos	destacar	três	componentes	principais	em	um	sistema	de	IoT	(LACERDA;	
LIMA-MARQUES,	2015;	MAGRANI,	2018;	FORNASIER,	2019;	JOÃO	et al.,	2019):	
•	 Hardware:	sensores,	atuadores	e	aparelhos	de	comunicação.
•	 Middleware:	processamento	e	armazenamento	dos	dados	capturados	pelo	hardware.
•	 Camada	de	apresentação:	usuários	ou	administradores	do	sistema	podem	acessar,	
manipular	e	analisar	os	dados.	
A	 IoT	é	considerada	eficiente	para	o	gerenciamento	de	 inúmeros	dispositivos	
que	estarão	conectados	em	uma	cidade	inteligente.	Deste	modo,	os	dados	coletados	na	
cidade	são	encaminhados	para	as	plataformas	de	software,	ou	ainda,	para	as	aplicações	
para	 que	 sejam	 armazenados	 e	 processados	 proporcionando	 o	 desenvolvimento	 de	
serviços	 inovadores	 (LACERDA;	 LIMA-MARQUES,	 2015;	 MAGRANI,	 2018;	 FORNASIER,	
2019;	JOÃO	et al.,	2019).
FIGURA 12 – IOT NAS CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3ogCD80>. Acesso em: 22 jun. 2021.
A	Internet	das	Coisas	possui	uma	enorme	quantidade	de	aplicações	potenciais	
em	 cidades	 inteligentes.	 Alguns	 exemplos	 são	 (LACERDA;	 LIMA-MARQUES,	 2015;	
MAGRANI,	2018;	FORNASIER,	2019;	JOÃO	et al.,	2019):	
• monitoramento	da	estrutura	de	prédios	históricos;
• detecção	da	quantidade	armazenada	de	resíduos;
• monitoramento	de	ruídos	próximo	a	áreas	críticas;	
28
• monitoramento	das	condições	de	semáforos;
• monitoramento	de	lâmpadas	de	iluminação	pública;	
• monitoramento	de	vazamentos	em	sistema	públicos.
Uma	aplicação	interessante	e	que	pode	auxiliar	no	processo	de	gerenciamento	
de	 resíduos	 sólidos	 é	 a	 instalação	 de	 sensores	 com	 IoT	 em	 contêineres	 de	 resíduos	
(MAGRANI,	2018;	JOÃO	et al.,	2019).	Esses	sensores	detectam	o	nível	de	armazenamento	
emitindo	um	aviso	à	central	quando	a	capacidade	estiver	próxima	ao	limite	(MAGRANI,	
2018;	FORNASIER,	2019;	JOÃO	et al.,	2019).	Isso	proporciona	uma	gestão	eficiente	dos	
resíduos	 nas	 cidades,	 e	 ainda,	 oferece	 uma	visão	 do	 comportamento	 da	 população,	
permitindo	 que	 estratégias	 sejam	 planejadas,	 tais	 como:	 rotas	 e	 horários	 para	
recolhimento;	 instalação	 e	 remanejamento	 de	 outros	 aparelhos	 (LACERDA;	 LIMA-
MARQUES,	2015;	MAGRANI,	2018).
FIGURA 13 – SENSORES COM IOT EM CONTÊINERES DE RESÍDUOS
FONTE: <https://bit.ly/39HfymJ>. Acesso em: 22 jun. 2021.
Leia	o	UNI	a	seguir	sobre	o	Plano	Nacional	de	Internet	das	Coisas	(IoT)!
Visando promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, 
foi instituído o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT), pelo Decreto nº 9.854, de 25 de 
junho de 2019. Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações 
(MCTI), do Ministério da Economia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), em conjunto com a sociedade civil, para garantir que o Brasil se beneficie 
da tecnologia de IoT. No plano foram definidas quatro áreas prioritárias: indústria, saúde, 
cidades inteligentes e agricultura. O Art. 3º do Decreto nº 9.854, de 25 de junho de 2019 
define como objetivos do Plano Nacional de Internet das Coisas:
DICA
29
• melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover ganhos de 
eficiência nos serviços, por meio da implementação de soluções de IoT;
• promover a capacitação profissional relacionada ao desenvolvimento 
de aplicações de IoT e a geração de empregos na economia digital;
• incrementar a produtividade e fomentar a competitividade das 
empresas brasileiras desenvolvedoras de IoT, por meio da promoção 
de um ecossistema de inovação neste setor;
• buscar parcerias com os setores público e privado para a implemen-
tação da IoT; 
• aumentar a integração do País no cenário internacional, por meio da 
participação em fóruns de padronização, da cooperação internacional 
em pesquisa, desenvolvimento e inovação e da internacionalização de 
soluções de IoT desenvolvidas no País.
FONTE: <https://bit.ly/3kJtd2N>. Acesso em: 20 jun. 2021.
4 BIG DATA
O	conceito	de	Big	Data diz	respeito	a	grandes	volumes	de	dados	com	diferentes	
características,	 ou	 seja,	 dados	 heterogêneos	 e	 de	 diferentes	 fontes	 (LUKOIANOVA;	
RUBIN,	 2014;	 GANDOMI;	HAIDER,	 2015;	NETO,	 2016).	As	 organizações	 estão	 gerando	
um	grande	volume	de	dados	que	necessitam	de	um	processo	de	gestão	específico	para	
garantir	a	sua	qualidade	(GANDOMI;	HAIDER,	2015;	FREUND	et al.,	2019).
O	maior	diferencial	da	Big	Data	é	a	capacidade	de	tratar	qualquer	tipo	de	registro	
digital,	 sendo	 que	 no	 setor	 agrícola	 determinados	 registros	 são	 indispensáveis,	 tais	
como	(LUKOIANOVA;	RUBIN,	2014;	GANDOMI;	HAIDER,	2015;	NETO,	2016):
• vídeos	de	geolocalização;
• características	físicas,	químicas	e	biológicas	do	solo;
• históricos	de	consumo	e	disponibilidade	dos	recursos	hídricos;
• rotação	de	cultura.
Os	cinco	princípios	do	Big	Data	estão	relacionados	ao	algoritmo	que	usa	uma	
grande	quantidade	de	informações	concretas,	coletadas	em	tempo	real	e	que	podem	
gerar	conhecimento	para	tomada	de	decisão	(FREUND	et al.,	2019).	
30
FIGURA 14 – CINCOPRINCÍPIOS DO BIG DATA
FONTE: <https://blog.neoway.com.br/o-que-e-big-data/>. Acesso em: 22 jun. 2021.
A	 avaliação	 adequada	 possibilita	 a	 identificação	 antecipada	 de	 ameaças	 e	
vulnerabilidades,	 e	 garante	 ações	 preventivas	 para	 reduzir	 riscos	 e	 evitar	 prejuízos	
(LUKOIANOVA;	 RUBIN,	 2014;	 FREUND	 et al.,	 2019).	 A	 característica	 veracidade	 em	
ambientes Big Data	refere-se	ao	grau	de	credibilidade	dos	dados,	sendo	que	os	mesmos	
devem	 apresentar	 confiabilidade	 significativa	 para	 proporcionar	 valor	 e	 utilidade	 aos	
resultados	gerados	a	partir	deles	(LUKOIANOVA;	RUBIN,	2014;	GANDOMI;	HAIDER,	2015;	
NETO,	2016).
QUADRO 7 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO BIG DATA
PRINCÍPIO DESCRIÇÃO
VOLUME
Considera	 a	 grande	 quantidade	 de	 dados	 gerada	 por	
organizações,	usuários	e	dispositivos.
VARIEDADE
Refere-se	 aos	 diversos	 tipos	 e	 formatos	 de	 dados	 que	 são	
gerados	e	precisam	ser	suportados	pelos	ambientes	de Big Data.
VELOCIDADE
Relacionada	 com	 o	 tempo	 de	 resposta	 para	 determinada	
requisição.
VERACIDADE
Relacionada	 com	a	 qualidade	 e	 fidelidade	 dos	 dados,	 ou	 seja,	
com	o	grau	de	precisão	e	confiabilidade	que	o	dado	possui.
VALOR
Refere-se	à	utilidade	dos	dados	e	a	sua	importância	dentro	de	
um	determinado	contexto.
VARIABILIDADE Mudança	de	significado	que	o	dado	sofre	ao	longo	do	tempo.
VISUALIZAÇÃO Refere-se	à	eficácia	da	forma	de	apresentação	dos	dados.
FONTE: Adaptado de Freund et al. (2019)
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362019000200124&lng=pt&nrm=iso#B17
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362019000200124&lng=pt&nrm=iso#B17
31
Os	dados,	portanto,	são	ferramentas	capazes	de	promover	a	integração	entre	
setores	públicos	e	a	sociedade,	 tendo	os	seguintes	benefícios	 (FREUND	et al.,	 2019;	
NETO,	2016):
• Conscientização	situacional:	o	setor	público,	bem	como	a	população	compreendem	
as	tendências	com	base	em	dados	reais.
• Relação	de	causa	e	efeito	das	medidas	tomadas:	mensura	quais	variáveis	causam	
determinado	problema	e	quais	auxiliam	na	busca	da	solução.
• Previsibilidade:	característica	de	real-time	do	Big	Data,	sendo	essencial	na	definição	
de	ações,	riscos	e	demandas.
• Avaliação	de	impacto:	possibilita	observar	a	localização	dos	obstáculos	que	interferem	
no	sucesso	das	ações.
Portanto,	o	Big	Data	não	é	somente	uma	estrutura	de	armazenamento	moderna,	
mas	 uma	 evolução	 do	 ciclo	 de	vida	 dos	 dados	 dentro	 de	 uma	 aplicação	 (GANDOMI;	
HAIDER,	 2015;	 NETO,	 2016;	 FREUND	 et al.,	 2019).	 Isso	 porque	 suporta	 a	 coleta,	 o	
armazenamento,	o	processamento,	a	análise	e,	ainda,	a	visualização	de	conjuntos	de	
dados	(GANDOMI;	HAIDER,	2015).	Considerando	as	cidades	inteligentes,	as	ferramentas	
do	de	Big	Data	são	utilizadas	para	o	gerenciamento	dos	dados	gerados	nas	cidades	
(NETO,	2016;	FREUND	et al.,	2019).	Alguns	exemplos	do	uso	de	Big	Data	em	cidades	
inteligentes	(GANDOMI;	HAIDER,	2015;	NETO,	2016;	FREUND	et al.,	2019):
• reconhecimento	de	padrões	em	trânsito	usando	dados	históricos	para	descobrir	as	
causas	e	evitar	congestionamentos;
• facilitar	 as	decisões	de	administradores	da	cidade	usando	análises	 sobre	grandes	
conjuntos	de	dados;
• prever	 a	 quantidade	 de	 energia	 elétrica	 utilizada	 em	 diferentes	 dias	 e	 horários	
utilizando	dados	históricos	e	fluxos	de	dados	em	tempo	real;
• prever	a	demanda	do	uso	de	transporte	público	utilizando	dados	históricos	sobre	a	
venda	de	passagens;
• detectar	 automaticamente	 problemas	 de	 segurança	 pública	 utilizando	 fluxos	 de	
dados	de	sensores	e	redes	sociais.	
4.1 COMPUTAÇÃO EM NUVEM
A	computação	em	nuvem	oferece	uma	infraestrutura	importante	ao	desenvol-
vimento	das	aplicações	das	cidades	inteligentes,	já	que	armazena	e	processa	os	dados	
(TIGRE;	NORONHA,	2013;	ASHTON;	TOMAZZONI;	EMMENDOERFER,	2014).	Além	disso,	
uma	cidade	inteligente	pode	ser	muito	dinâmica,	precisando	de	reconfigurações	auto-
máticas	de	sua	infraestrutura,	e	isso	é	auxiliado	pela	computação	em	nuvem	(TIGRE;	
NORONHA,	 2013;	 ASHTON;	 TOMAZZONI;	 EMMENDOERFER,	 2014;	 LUDERMIR,	 2021).	
Conforme	Tigre	e	Noronha	(2013,	p.	119):
32
A	computação	em	nuvem	(cloud computing)	simboliza	a	tendência	
de	colocar	toda	a	 infraestrutura	e	 informação	disponível	de	forma	
digital	 na	 Internet,	 incluindo  software  aplicativo,	 ferramentas	
de	 busca,	 redes	 de	 comunicação,	 provedores,	 centros	 de	
armazenamento	e	processamento	de	dados.	O	Protocolo	 Internet	
(IP)	 constitui	 a	 linguagem	 universal	 que	 permite	 a	 padronização	
dos	pacotes	de	diferentes	mídias	e	comporta	o	 tráfego	 indistinto	
de	voz,	dados	e	imagens.	A	infraestrutura	é	acessada	por	terminais	
e	 dispositivos	 móveis	 que	 conectam	 a	 nuvem	 ao	 ser	 humano.	
O	 conceito	 de	 nuvem	 é	muito	 importante	 porque	 permite	 que	 a	
computação	se	transforme	em	uma	utilidade	pública,	pois	os	bens	da	
informação	são não	rivais e	podem	ser	utilizados	simultaneamente	
por	ilimitados	usuários.
FIGURA 15 – COMO FUNCIONA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM
FONTE: <https://www.mandic.com.br/cloud/>. Acesso em: 22 jun. 2021.
As	características	principais	dos	serviços	oferecidos	pela	computação	em	nuvem	
são  (SANCHEZ;	 CAPPELLOZZA,	 2012;	 TIGRE;	 NORONHA,	 2013;	 ASHTON;	 TOMAZZONI;	
EMMENDOERFER,	2014):
• Acesso	 sob	 demanda:  	 atendimento	 da	 demanda	 de	 recursos	 computacionais	
conforme	o	requerido	pelo	processo.	Isso	acarreta	acréscimo	ou	redução	de	recursos	
computacionais	conforme	as	necessidades	do	usuário.
• Pay-per-use: 	calcula	os	pagamentos	aos	fornecedores	conforme	o	uso	dos	serviços.
• Conectividade: característica	que	requer	que	o	acesso	aos	servidores	seja	efetuado	
em	alta	velocidade,	isso	possibilita	maior	tráfego	de	informações.
33
• Compartilhamento:  	 refere-se	 à	 possibilidade	 de	 ganhos	 de	 escala	 nas	 receitas	
dos	 serviços	 de	 computação	 em	 nuvem	 pelo	 compartilhamento	 do	 excesso	 de	
capacidade	de	infraestrutura	de	TI	entre	grupos	de	clientes.
• Abstração:	 clientes	 que	 desconhecem	 o	 local	 físico	 de	 hospedagem	 de	 suas	
informações.
Portanto,	a	computação	em	nuvem	é	primordial	para	fornecer	a	infraestrutura	
para	armazenar	e	executar	os	serviços	de	uma	cidade	(SANCHEZ;	CAPPELLOZZA,	2012;	
TIGRE;	 NORONHA,	 2013;	 ASHTON;	 TOMAZZONI;	 EMMENDOERFER,	 2014).	 Os	 dados	
podem	ser	provenientes	de	uma	rede	implantada	com	as	ideias	de	IoT	e	encaminhadas	
à	 infraestrutura	de	computação	em	nuvem,	onde	os	dados	são	processados	usando	
ferramentas	de	Big	Data	(SANCHEZ;	CAPPELLOZZA,	2012;	TIGRE;	NORONHA,	2013).	
4.2 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Nos	 últimos	 anos,	 houve	 um	 crescimento	 considerável	 da	 presença	 da	
Inteligência	Artificial	(IA)	na	rotina	diária	da	sociedade.	O	uso	da	IA	ocorre	em	atividades	
comuns,	tais	como:	ler	mensagens	encaminhadas	por	e-mail;	utilizar	a	máquina	de	lavar	
roupas;	 dirigir	 um	veículo	 autônomo	 ou	 semiautônomo;	 ou	 ainda,	 escolher	 um	filme	
para	assistir	em	uma	plataforma	de	streaming	(SANCHEZ;	CAPPELLOZZA,	2012;	TIGRE;	
NORONHA,	2013;	RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).	O	avanço	no	uso	da	IA	ocorre	por	meio	
de	três	eixos,	conforme	o	Quadro	8	(RECH,	2020;	CARVALHO,	2021).
QUADRO 8 – EIXOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
EIXOS DESCRIÇÃO
PRIMEIRO
Extração	de	dados	que	ocorreram	por	meio	do	desenvolvimento	
de	novos	sensores,	incluindo	câmeras.
SEGUNDO
Armazenamento	 de	 dados,	 por	 meio	 de	 novos	 materiais	 que	
aumentaram	a	capacidade	de	armazenamento,	melhorando	sua	
confiabilidade	e	reduzindo	custos.
TERCEIRO
Transmissão	de	dados	em	decorrência	das	redes	de	computadores	
e	pela	internet,	que	conecta	mais	dispositivos,	ou	coisas,	do	que	
pessoas.
FONTE: Adaptado de Carvalho (2021)
A	IA	pode	ser	caracterizada	em	três	tipos,	de	acordo	com	o	Quadro	9.
34
QUADRO 9 – TIPOS DE IA
IA Focada IA Generalizada IA Superinteligente
Consiste	de	algoritmos	
especializados	em	resolver	
problemas	em	uma	área	e/ou	um	
problema	específico.
Os	sistemas	são	capazes	
de	armazenar	uma	grande	
quantidadede	dados	e	os	
algoritmos	podem	realizar	tarefas	
complexas.	Entretanto,	sempre	
focadas	no	objetivo	para	o	qual	
foram	desenvolvidos.	Exemplos:	
Sistemas	Especialistas	e	
Sistemas	de	Recomendação.
Os	algoritmos	
desenvolvidos	são	
capazes	de	realizar	
inúmeras	tarefas.	Nestes	
casos,	geralmente	
os	algoritmos	usam	
técnicas	de	aprendizado	
de	máquina	como	
ferramenta.	O	
desempenho	dos	
algoritmos	pode	
ser	semelhante	aos	
humanos.
Os	algoritmos	são	mais	
capazes	que	humanos	
em	praticamente	todas	
as	atividades.	Ainda	
não	existem	sistemas	
com	IA	Superinteligente	
e	não	se	sabe	se	
existirão	sistemas	
mais	inteligentes	
que	os	humanos	
desenvolvidos	com	
técnicas	de	IA.
FONTE: Adaptado de Ludermir (2021)
As	técnicas	do	aprendizado	de	máquina	são	orientadas	a	dados,	ou	seja,	podem	
aprender	 de	modo	 automático	 a	 partir	 de	 grandes	 volumes	 de	 dados	 (RECH,	 2020;	
CARVALHO,	 2021;	 LUDERMIR,	 2021).	 Existem	 três	 tipos	 principais	 de	 aprendizado	 de	
máquina,	conforme	a	figura	a	seguir.
FIGURA 16 – TIPOS DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
FONTE: <https://bit.ly/3oh4wx0>. Acesso em: 22 jun. 2021.
35
A	utilização	de	aprendizado	de	máquina	na	busca	de	soluções	precisa	de	alguns	
pré-requisitos	 bem	 construídos	 e	 atualizados	 (TIGRE;	 NORONHA,	 2013;	 LUDERMIR,	
2021).	Os	dados	devem	ser	confiáveis,	por	 isso	é	 importante	a	utilização	de	técnicas	
que	melhorem	 a	 qualidade	 dos	 dados	 (RECH,	 2020;	 CARVALHO,	 2021;	 MAZO	 et al.,	
2021).	Porém,	é	preciso	considerar	que	nem	todo	algoritmo	de	aprendizado	de	máquina	
consegue	 resolver	 todos	 problemas,	 por	 isso	 é	 importante	 efetuar	 a	 seleção	 dos	
conjuntos	 de	 algoritmos	 adequados	 para	 a	 solução	 do	 problema	 (TIGRE;	 NORONHA,	
2013).	 Posteriormente,	 é	 preciso	 definir	 os	 parâmetros	 dos	 algoritmos	 para	 depois	
verificar	 se	 o	 algoritmo	 está	 resolvendo	 o	 problema	 com	 eficiência	 (RECH,	 2020;	
CARVALHO,	2021;	MAZO	et al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).	Por	último,	o	sistema	precisa	ser	
atualizado,	porque	as	alterações	nos	dados	podem	acarretar	falhas	de	funcionamento	
do	sistema.	
QUADRO 10 – TIPOS DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
TIPO DESCRIÇÃO
Aprendizado 
Supervisionado
Para	cada	exemplo	apresentado	ao	algoritmo	de	aprendizado	
é	necessário	apresentar	a	resposta	desejada.	Desta	maneira,	
cada	exemplo	é	descrito	por	um	vetor	de	valores	(atributos)	
e	pelo	rótulo	da	classe	associada.	O	objetivo	do	algoritmo	é	
construir	um	classificador	que	possa	determinar	corretamente	
a	classe	de	novos	exemplos	ainda	não	rotulados.	Esse	método	
de	aprendizado	é	o	mais	usado.
Aprendizado não 
Supervisionado
Os	 exemplos	 são	 fornecidos	 ao	 algoritmo	 sem	 rótulos.	 O	
algoritmo	agrupa	os	exemplos	pelas	similaridades	dos	seus	
atributos.	O	algoritmo	analisa	os	exemplos	fornecidos	e	tenta	
determinar	se	alguns	deles	podem	ser	agrupados	de	algum	
modo,	 formando	 agrupamentos.	 Após	 a	 determinação	 dos	
agrupamentos	é	preciso	uma	análise	para	determinar	o	que	
cada	agrupamento	significa	no	contexto.
Aprendizado por 
Reforço
O	algoritmo	não	recebe	a	resposta	correta,	mas	recebe	um	
sinal	de	reforço,	de	recompensa	ou	punição.	O	algoritmo	faz	
uma	 hipótese	 baseado	 nos	 exemplos	 e	 determina	 se	 essa	
hipótese	foi	boa	ou	ruim.	
FONTE: Adaptado de Ludermir (2021)
Uma	das	 técnicas	mais	 utilizadas	 de	 aprendizado	 de	máquina	 são	 as	Redes	
Neurais	 Artificiais	 (RNA),	 que	 são	 considerados	 modelos	 matemáticos	 que	 se	
assemelham	nas	estruturas	neurais	biológicas	(RECH,	2020;	CARVALHO,	2021;	MAZO	et 
al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).	Estes	possuem	a	capacidade	computacional	adquirida	por	
meio	de	aprendizado.	Segundo	Ludermir	(2021,	p.	89):
36
O	número	de	neurônios	em	uma	RNA	determina	a	sua	capacidade	de	
generalização,	tanto	quanto	sua	qualidade	na	resolução	do	proble-
ma.	A	determinação	do	número	de	neurônios	depende	da	comple-
xidade	do	problema,	no	entanto	não	existem	estudos	que	provem	
como	deve	ser	feita	essa	distribuição	de	neurônios	por	camada.
FIGURA 17 – REDES NEURAIS ARTIFICIAIS (RNA)
FONTE: <https://nutrimosaic.com.br/redes-neurais-artificiais-aplicadas-a-zootecnia/>. Acesso em: 22 
jun. 2021.
Portanto,	 a	 utilização	 da	 IA	 está	 transformando	 a	 rotina	 dos	 indivíduos	 da	
sociedade	moderna,	tanto	que	de	acordo	com	Rech	(2020,	p.	90):
A	 inteligência	 artificial	 vem	 sendo	 defendida	 para	 a	 solução	 dos	
problemas	 urbanos	 de	 nossas	 cidades	 futuras.	 O	 tema	 tem	 sido	
tratado	 como	 cidades	 inteligentes,	 tendo	 a	 tecnologia	 como	
instrumento	 de	 planejamento	 dos	 atuais	 problemas	 enfrentados	
pelas	cidades.	O	crescimento	tecnológico	precisa	ser	transformado	
em	desenvolvimento	sustentável,	em	que	a	 inovação,	a	tecnologia,	
a	inteligência	artificial,	tenham	como	plataforma	de	planejamento,	o	
meio	ambiente.
Desse	 modo,	 você	 pôde	 perceber	 ao	 longo	 deste	 tópico,	 que	 as	 cidades	
inteligentes	 geram	 dados	 que	 oferecem	 maior	 eficiência	 dos	 serviços	 públicos	
interconectando	 inúmeros	pontos	da	cidade.	 Isso	garante	que	a	tomada	de	decisões	
seja	 embasada	 em	 dados	 reais	 gerando	 efeitos	 positivos	 na	 gestão	 pública	 (JUMP,	
2007;	ANTONIALLI; KIRA,	2020;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
37
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 A	 popularização	 dos	 dispositivos	 móveis	 conectados	 à	 internet,	 o	 menor	 custo	
de	 armazenamento	 de	 dados,	 bem	 como	 as	 técnicas	 de	 análise	 de	 big	 data	 são	
novidades	que	vêm	contribuindo	para	que	uma	maior	quantidade	de	dados	esteja	à	
disposição	dos	gestores	públicos.
•	 A	 cidade	 pode	 ser	 vista	 como	 uma	 unidade	 ambiental,	 em	 que	 os	 elementos	 e	
processos	ambientais	são	inter-relacionados	e	interdependentes,	de	modo	que	uma	
mudança	em	qualquer	componente	terá	impacto	nos	outros	componentes.	
•	 A	 Internet	das	Coisas	 (IoT)	é	considerada	uma	conexão	de	objetos	da	rotina	diária	
da	 sociedade	moderna,	 por	 exemplo:	 lâmpadas	para	 iluminação	pública;	 sensores	
de	qualidade	de	água	e	ar;	entre	outros.	Os	objetos	são	identificados	com	um	nome	
único,	sua	posição	e	estado	conhecidos,	e	devem	ser	acessíveis	através	de	uma	rede	
interoperável.	
•	 O	 conceito	 de	Big	Data  diz	 respeito	 a	 grandes	volumes	 de	 dados	 com	diferentes	
características,	ou	seja,	dados	heterogêneos	e	de	diferentes	fontes.	As	organizações	
estão	 gerando	 um	 grande	 volume	 de	 dados	 que	 necessitam	 de	 um	 processo	 de	
gestão	específico	para	garantir	a	sua	qualidade.	
•	 O	maior	diferencial	da	Big	Data	é	a	capacidade	de	tratar	qualquer	tipo	de	 registro	
digital,	sendo	que	no	setor	agrícola	determinados	registros	são	indispensáveis.
•	 A	computação	em	nuvem	oferece	uma	infraestrutura	importante	para	o	desenvolvi-
mento	das	aplicações	das	cidades	inteligentes,	já	que	armazena	e	processa	os	dados.	
A	computação	em	nuvem	é	primordial	para	fornecer	a	infraestrutura	para	armazenar	
e	executar	os	serviços	de	uma	cidade.		
•	 Os	dados	podem	ser	provenientes	de	uma	rede	 implantada	com	as	 ideias	de	 IoT	e	
encaminhadas	 à	 infraestrutura	 de	 computação	 em	 nuvem,	 onde	 os	 dados	 são	
processados	usando	ferramentas	de	Big	Data.
•	 Nos	últimos	anos,	houve	um	crescimento	considerável	da	presença	da	Inteligência	
Artificial	(IA)	na	rotina	diária	da	sociedade.	O	uso	da	IA	ocorre	em	atividades	comuns,	
tais	como:	ler	mensagens	encaminhadas	por	e-mail;	utilizar	a	máquina	lavar	roupas;	
dirigir	um	veículo	autônomo	ou	semiautônomo.
38
1	 A	expansão	das	Tecnologias	da	Informação	e	Comunicação	(TIC)	relacionadas	com	
acesso	a	redes	de	sensores	que	produzem	dados	minuciosos	sobre	as	atividades	que	
ocorrem	nos	ambientes	urbanos	prometem	 revolucionar	a	vida	 social	nos	centros	
urbanos.	Considerando	esta	afirmação,	elabore	um	quadro	com	o	desenvolvimento	
de	novas	tecnologias	e	a	influência	nas	cidades.
2	 A	 Internet	das	Coisas	 (IoT)	é	considerada	uma	conexão	de	objetos	da	rotina	diária	
da	 sociedade	moderna,	 por	 exemplo:	 lâmpadas	para	 iluminaçãopública;	 sensores	
de	qualidade	de	água	e	ar;	entre	outros.	Os	objetos	são	identificados	com	um	nome	
único,	sua	posição	e	estado	conhecidos,	e	devem	ser	acessíveis	através	de	uma	rede	
interoperável.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	INCORRETA:
a)	(			)	 A	 IoT	 se	 concentra	 em	 como	 computadores,	 sensores	 e	 objetos	 interagem	
uns	 com	 os	 outros	 e	 processam	 informações/dados	 em	 um	 contexto	 de	
hiperconectividade.
b)	(			)	 A	 IoT	é	considerada	eficiente	para	o	gerenciamento	de	 inúmeros	dispositivos	
que	estarão	conectados	em	uma	cidade	inteligente.
c)	(			)	 Os	 dados	 coletados	 na	 cidade	 são	 encaminhados	 para	 as	 plataformas	 de	
software,	 ou	 ainda,	 para	 as	 aplicações	 para	 que	 sejam	 armazenados	 e	
processados	proporcionando	o	desenvolvimento	de	serviços	inovadores.
d)	(			)	 A	 IoT	 possui	 uma	 quantidade	 finita	 de	 aplicações	 de	 hardware	 em	 Cidades	
Inteligentes.
3	 O	 conceito	 de	Big Data	 diz	 respeito	 a	 grandes	volumes	 de	 dados	 com	diferentes	
características,	ou	seja,	dados	heterogêneos	e	de	diferentes	fontes.	As	organizações	
estão	 gerando	 um	 grande	 volume	 de	 dados	 que	 necessitam	 de	 um	 processo	 de	
gestão	específico	para	garantir	a	sua	qualidade.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	
as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 O	maior	diferencial	da	Big Data	é	a	capacidade	de	tratar	qualquer	tipo	de	registro	
digital,	sendo	que	no	setor	agrícola	determinados	registros	são	indispensáveis.
(			)	 A	avaliação	adequada	possibilita	a	identificação	de	ameaças	e	vulnerabilidades,	e	
garante	ações	preventivas	para	não	ocorrer	nenhum	erro.
(			)	 A	característica	veracidade	em	ambientes	Big Data	refere-se	ao	grau	de	credibili-
dade	dos	dados,	sendo	que	os	mesmos	devem	apresentar	confiabilidade	significa-
tiva	para	proporcionar	valor	e	utilidade	aos	resultados	gerados	a	partir	deles.
(			)	 Os	dados	são	ferramentas	capazes	de	promover	a	integração	entre	setores	públicos	
e	a	sociedade.
AUTOATIVIDADE
39
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 O	Big Data	não	é	somente	uma	estrutura	de	armazenamento	moderna,	mas	uma	
evolução	do	ciclo	de	vida	dos	dados	dentro	de	uma	aplicação.	Isso	porque	suporta	
a	 coleta,	 o	 armazenamento,	 o	 processamento,	 a	 análise	 e,	 ainda,	 a	 visualização	
de	 conjuntos	de	dados.	Considerando	esta	 afirmação,	 elabore	um	quadro	 com	os	
princípios	do	Big Data.
5	 A	computação	em	nuvem	oferece	uma	infraestrutura	importante	para	o	desenvolvi-
mento	das	aplicações	das	cidades	inteligentes,	já	que	armazena	e	processa	os	da-
dos.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 A	computação	em	nuvem	(cloud computing)	simboliza	a	tendência	de	colocar	toda	
a	 infraestrutura	 e	 informação	 disponível	 de	 forma	 digital	 na	 Internet,	 incluindo	
software	 aplicativo,	 ferramentas	 de	 busca,	 redes	 de	 comunicação,	 provedores,	
centros	de	armazenamento	e	processamento	de	dados.
(			)	 Acesso	 sob	 demanda:	 	 atendimento	 da	 demanda	 de	 recursos	 computacionais	
conforme	o	requerido	pelo	processo.	
(			)	 Pay-per-use:		calcula	os	pagamentos	aos	fornecedores	conforme	o	uso	dos	serviços.
(			)	 Conectividade:	característica	que	requer	que	o	acesso	aos	servidores	seja	efetuada	
em	alta	velocidade,	isso	possibilita	maior	tráfego	de	informações.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
40
41
TÓPICO 3 - 
PLATAFORMAS DE CIDADES 
INTELIGENTES
1 INTRODUÇÃO
Um	 problema	 que	 ocorre	 frequentemente	 nas	 aplicações	 de	 cidades	
inteligentes	é	que	são	desenvolvidos	desde	o	 início	com	pouco	 reuso	de	software	e	
sem	 a	 comunicação	 entre	 os	 sistemas	 (FAVARETTO,	 2007;	 NASCIMENTO;	 SAFADI;	
SILVA,	 2011;	 LACERDA;  LIMA-MARQUES,	 2015).	 O	 uso	 não	 otimizado	 dos	 recursos	
impede	 o	 desenvolvimento	 de	 aplicações	 que	 necessitem	 de	 dados	 e	 serviços	 de	
diversos	domínios,	o	que	é	uma	das	principais	características	de	cidades	inteligentes	
(FAVARETTO,	2007;	LACERDA; LIMA-MARQUES,	2015).
Para	 resolver	 os	 problemas	 de	 integração	 entre	 as	 aplicações,	 é	 o	 uso	 de	
uma	 plataforma	 de	 software	 que	 oferece	 diversos	 mecanismos	 e	 características	
não	funcionais	para	o	uso	dos	dados	e	serviços	da	cidade	de	modo	integrado	e	com	
o	 objetivo	 de	 auxiliar	 a	 implementação	 de	 aplicações	 de	 cidades	 inteligentes	 para	
cidadãos	e	administradores	da	cidade	(FAVARETTO,	2007;	NASCIMENTO;	SAFADI;	SILVA,	
2011;	LACERDA; LIMA-MARQUES,	2015;	ANTONIALLI; KIRA,	2020).	
Este	tópico	traz	a	implementação	de	plataformas	de	software	para	Cidades	Inte-
ligentes	incluindo	os	desafios	técnicos	e	de	pesquisa	que	ainda	precisam	ser	resolvidos.
UNIDADE 1
2 AS PLATAFORMAS E OS REQUISITOS PARA AS 
CIDADES INTELIGENTES
As	plataformas	são	desenvolvidas	com	o	objetivo	de	auxiliar	as	aplicações	de	
cidades	inteligentes,	propiciando	o	desenvolvimento	de	novas	soluções	(KON;	SANTA-
NA,	2017;	RIZZON	et al.,	2017;	JOÃO	et al.,	2019;	ANTONIALLI; KIRA,	2020).	Existem	inú-
meros	desafios	técnicos	em	plataformas	de	cidades	inteligentes,	sendo	que	as	soluções	
estão	relacionadas	com	a	compreensão	dos	requisitos	(KON;	SANTANA,	2017;	JOÃO	et 
al.,	2019).	
Agora,	vamos	entender	o	que	são	requisitos	e	qual	a	sua	importância	para	as	
cidades	inteligentes.	
42
2.1 REQUISITOS FUNCIONAIS DE UMA PLATAFORMA DE 
CIDADES INTELIGENTES 
A	maior	parte	das	plataformas	desenvolvidas	às	cidades	inteligentes	oferecem	
funcionalidades	para	armazenamento,	coleta	e	compartilhamento	das	informações	dos	
centros	urbanos,	bem	como	para	o	desenvolvimento	e	execução	de	serviços	e	aplicações	
(KON;	SANTANA,	2017;	RIZZON	et al.,	2017;	JOÃO	et al.,	2019;	ANTONIALLI; KIRA,	2020).	
O	Quadro	11	apresenta	os	principais	requisitos	funcionais	para	plataformas	de	software.
QUADRO 11 – REQUISITOS FUNCIONAIS
REQUISITOS 
FUNCIONAIS
DESCRIÇÃO
Gerenciamento de 
Dados
A	manipulação	de	dados	em	uma	cidade	inteligente	é	enorme,	
portanto,	é	preciso	que	as	plataformas	implementem	inúmeras	
ações	 relacionadas	 ao	 ciclo	 de	vida	dos	dados	da	 cidade,	 tais	
como:	coleta,	armazenamento,	análise	e	visualização.	
Inúmeras	 técnicas	 e	 ferramentas	 podem	 ser	 utilizadas	 para	
esse	requisito,	tais	como:	banco	de	dados	NoSQL	(dados	não	
estruturados	 ou	 semiestruturados),	 ferramentas	 de	Big Data 
(análise	e	processamento	dos	dados),	geradores	de	relatórios	
e	imagens	para	a	visualização	dos	dados.
Ambiente para 
Execução de 
Aplicações
Determinadas	plataformas	suportam	a	execução	de	aplicações	da	
cidade	auxiliando	no	processo	de	implantação	e	integração	entre	
essas	aplicações.	Já	outras,	disponibilizam	serviço	para	a	execu-
ção	de	aplicações	criadas	com	ferramentas	da	própria	plataforma.
Gerenciamento da 
Rede de Sensores
As	cidades	 inteligentes	gerenciam	uma	rede	considerável	de	
dispositivos	instalados,	tais	como:	sensores	que	coletam	dados	
ambientais	ou	que	monitoram	o	trânsito.	Sendo	que,	algumas	
atividades	necessárias	são	a	adição,	remoção,	monitoramento	
e	coleta	de	dados	dos	sensores.
Processamento de 
Dados
O	 processo	 de	 processamento	 dos	 dados	 é	 primordial	 para	
a	 criação	 tanto	 de	 serviços	 quanto	 de	 aplicações	 para	
cidades.	 Outro	 ponto	 relevante	 do	 processamento	 de	 dados	
é	a	compreensão	de	algum	fenômeno	que	ocorre	na	cidade,	
podendo	assim	realizar	uma	pesquisa	direcionada.	
Inúmeras	 ferramentas	 são	 usadas	 para	 o	 processamento	
de	 dados,	 podendo-se	 citar:	 máquinas	 de	 inferência;	
processadores de workflows;	 ferramentas	 de	 Big	 Data	 para	
processar	 um	 grande	 volume	 de	 dados.	 Deste	 modo,	 esses	
componentes	 auxiliam	 no	 processo	 de	 análise,	 verificação,	
agregação	e	filtragem	dos	dados	coletados.	
43
Acesso aos Dados
Para	facilitar	a	criação	deaplicações	é	importante	que	os	dados	
coletados	 e	 processados	 sejam	 acessados	 por	 aplicações	 e	
serviços	externos	à	infraestrutura	da	cidade.	Existem	inúmeras	
iniciativas	 que	 disponibilizam	 seus	 dados	 em	 portais	 de	
dados	abertos,	mas	é	preciso	que	estes	estejam	em	formatos	
padronizados	e	com	meta-dados	descritivos	associados.	Outro	
modo	 de	 disponibilizar	 os	 dados	 é	 através	 de	 serviços	 de	
publicação/assinatura	(publish/subscribe).
Gerenciamento de 
Serviços
A	 maioria	 das	 plataformas	 adota	 a	 arquitetura	 orientada	
a	 serviços	 (SOA)	 para	 disponibilizar	 funcionalidades	 da	
plataforma	em	um	ambiente	de	Computação	em	Nuvem.	Os	
serviços	oferecidos	são:	acesso	aos	dados;	dados	processados;	
componentes	para	o	processamento	de	dados	como	máquinas	
de	 inferência	 e	 algoritmos	 de	 aprendizado	 de	 máquina;	
componentes	 para	 a	 execução	 de	 workflows e	 serviços	 de	
gerência	de	usuários	da	plataforma.	
Ferramentas para o 
Desenvolvimento de 
Software
As	 plataformas	 devem	 fornecer	 ferramentas	 que	 ajudem	 o	
uso	 dos	 serviços	 fundamentais	 e	 componentes	 básicos	 da	
plataforma.	Exemplos:	 interfaces	visuais	para	a	descrição	de	
aplicações	usando	as	fontes	de	dados	e	serviços	disponíveis	na	
plataforma;	ferramentas	para	a	descrição	de	workflows;	uso	de	
ferramentas	para	desenvolver	relatórios	e	análise	de	dados,	e	
ainda,	a	criação	de	um	kit	para	facilitar	a	criação	de	aplicações.	
Definição de um 
Modelo da Cidade
Os	 modelos	 representam	 aspectos	 estáticos	 da	 cidade,	 tais	
como:	 mapa	 com	 a	 localização	 das	 ruas	 e	 equipamentos	
públicos;	 ou	 ainda,	 aspectos	 dinâmicos	 como	 o	 fluxo	 de	
veículos,	 ou	 a	 variação	 no	 uso	 dos	 serviços	 de	 saúde.	 Os	
modelos	auxiliam	na	análise	automática	dos	dados	através	de	
algoritmos	de	aprendizado	de	máquina.
Determinadas	plataformas	usam	esses	modelos	para	consultar	
os	 dados	 em	 uma	 linguagem	 própria	 de	 consulta	 e	 outras	
usam	os	modelos	para	auxiliar	na	definição	das	aplicações	e	
serviços.	As	atividades	principais	das	plataformas	são:	
controlar o ciclo de vida dos dados, 
coletar	os	dados	com	a	rede	de	sensores	e	atuadores,
gerenciar	e	processar	os	dados	na	plataforma,
compartilhar	 os	 dados	 coletados	 e	 processados	 permitindo	
acesso	externo	a	esses	dados.	
FONTE: Adaptado de Kon e Santana (2017) e João et al. (2019)
Leia	a	GIO	a	seguir,	com	conceitos	importantes	que	foram	abordados	no	Quadro	11.
44
• Banco de dados NoSQL (ou não relacionais): usam um padrão diferente de 
armazenamento em relação ao SQL. O diferencial é a capacidade de escalabilidade para 
as operações de um modo mais simples e econômico. 
FIGURA – DIFERENÇAS ENTRE O BANCOS DE DADOS NOSQL E O SQL
IMPORTANTE
FONTE: <https://zimozi.co/nosql-db-not-only-sql/>. Acesso em: 20 jun. 2021.
• Bancos de dados SQL (Structured Query Language): pode executar muitos comandos 
para criar, alterar, gerenciar, consultar, dentre outras informações no seu banco de 
dados. Estes se baseiam no fato de que todos seus dados sejam guardados em tabelas. 
O quadro a seguir faz uma comparação entre esses dois bancos de dados.
QUADRO – DIFERENÇAS ENTRE SQL E NOSQL
SQL NoSQL
Armazenamento de Dados 
Estruturados por Tabela
Armazenamento de Dados estruturados e 
não estruturados por colunas, grafos,
chave-valor e documentos.
Esquema estático Esquema dinâmico
Maturidade de suporte maior 
(geralmente pago)
Suporte por comunidade independente 
(open source)
Escalabilidade vertical Escalabilidade horizontal
Pago Gratuito
O desempenho não é alto em todas 
as consultas. Não suporta pesquisas 
e cruzamentos muito complexos.
Alto desempenho em consultas
45
Necessidade de predefinição de 
um esquema de tabela antes da 
adição de qualquer dado
Altamente flexível (fácil adição de colunas e 
campos de dados não estruturados)
FONTE: <https://bit.ly/3ARwUJx>. Acesso em: 22 jun. 2021.
• Workflow: considera a sequência de etapas pelas quais um trabalho passa desde o 
início até a sua conclusão. 
FIGURA – IMPORTÂNCIA DO WORKFLOW
FONTE: <https://bit.ly/3igt4lU>. Acesso em: 22 jun. 2021.
• Sistema de Mensagens de Publicação/Assinatura: o sistema de mensagens de 
publicação/assinatura para publicar uma mensagem para vários assinantes. Um 
aplicativo de produção publica uma mensagem sobre uma determinada área de assunto 
ou tópico. O tópico para uma mensagem específica (publicação) é a propriedade da 
mensagem.  Os aplicativos de consumidores que assinaram o tópico recebem uma 
cópia da mensagem. Um espaço de tópico é uma hierarquia de tópicos de publicação/
assinatura. Esses tópicos possuem pontos de publicação definidos automaticamente 
em cada mecanismo do sistema de mensagens em seus barramentos de integração de 
serviços associados.
FONTE: <https://ibm.co/3ARYmXl>. Acesso em: 22 jun. 2021.
46
• Arquitetura Orientada a Serviços (SOA) não é uma tecnologia, 
não é uma metodologia, não é um serviço, mas é um conceito de 
arquitetura corporativo que promove a integração entre o negócio e 
a TI por meio de conjunto de interfaces de serviços acoplados. SOA 
trata os requisitos de baixo acoplamento, desenvolvimento baseado 
em padrões, computação distribuída independente de protocolo, 
integração de aplicações e sistemas legados.
FONTE: <https://bit.ly/3NCxhNY>. Acesso em: 22 jun. 2021.
2.2 REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS DE UMA PLATAFORMA 
DE CIDADES INTELIGENTES 
Os	 requisitos	 não	 funcionais	 de	 uma	 cidade	 inteligente	 estão	 atrelados,	
geralmente,	ao	fato	de	que	os	 indivíduos	estão	expostos	às	grandes	e	heterogêneos	
sistemas	 distribuídos	 (KON;	 SANTANA,	 2017;	 RIZZON	 et al.,	 2017;	 JOÃO	 et al.,	 2019;	
ANTONIALLI;  KIRA,	 2020).	 Os	 principais	 requisitos	 não	 funcionais	 e	 plataformas	 de	
software	são:	
• INTEROPERABILIDADE:	diferentes	dispositivos,	sistemas,	aplicações	e	plataformas	
que	integram	um	ambiente	e	todos	esses	componentes	precisam	operar	de	modo	
integrado.	A	interoperabilidade,	portanto,	pode	ser	considerada	como	a	capacidade	
de	uma	solução	ou	ferramenta	de	software	trocar	dados	e	trabalhar	em	conjunto	com	
outras	soluções	ou	ferramentas. Um	exemplo	prático,	em	uma	videoconferência,	a	
interoperabilidade	descreve	a	capacidade	de	uma	solução	de	enviar	e	receber	dados	
de	vídeo	e	áudio	com	outras	soluções	de	modo	 independentemente	do	fabricante	
que	os	desenvolveu,	sem	causar	a	interrupção	da	chamada	(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	
2014;	KON;	SANTANA,	2017;	SILVA	et al.,	2019;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
FIGURA 18 – A INTEROPERABILIDADE EM UMA VIDEOCONFERÊNCIA
FONTE: <https://bit.ly/2Y7BPrA>. Acesso em: 20 jun. 2021.
47
• ESCALABILIDADE:	 representa	 a	 quantidade	 de	 usuários,	 informações,	 dados,	 e	
serviços	em	uma	cidade	inteligente	que	pode	aumentar	conforme	o	tempo,	devido	à	
integração	de	mais	serviços	e	o	aumento	populacional	(KON;	SANTANA,	2017;	SILVA	
et al.,	 2019;	 LOGSDON;	 FABRÍCIO,	 2020).	 Esse	 requisito	 não	 funcional	 é	 essencial	
para	o	funcionamento	de	outros	requisitos	funcionais,	tais	como:	gerenciamento	da	
rede	de	sensores,	de	dados	e	de	serviços.	Portanto,	o	que	o	usuário	deve	buscar	é	
a	qualidade	do	serviço	prestado	pela	plataforma	 independentemente	do	aumento	
da	escala	do	sistema,	isso	significa	que	os	acordos	de	nível	de	serviço	(SLA)	sejam	
respeitados	 (RIO; JANISSEK-MUNIZ,	2014;	KON;	SANTANA,	2017;	SILVA	et al.,	2019;	
LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
FIGURA 19 – A ESCALABILIDADE
FONTE: <https://www.remotatec.com.br/noticias/escalabilidade>. Acesso em: 20 jun. 2021.
O Acordo de Nível de Serviço (SLA), é um documento que padroniza um nível de serviço 
e a relação entre as partes envolvidas. Esse documento é fundamental para a prestação 
de serviços com a descrição detalhada dos acordos das partes envolvidas. A figura a se-
guir exemplifica um SLA da Microsoft Azure, que confirma os níveis de qualidade, missão 
crítica e segurança.
IMPORTANTE
48
FIGURA – SLA DA MICROSOFT AZURE
• ELASTICIDADE:	 representa	a	quantidadede	usuários	que	podem	acessar	os	ser-
viços	de	uma	cidade	inteligente.	Os	acessos	variam	durante	o	dia	tendo	horários	de	
pico.	Portanto,	é	fundamental	que	toda	a	infraestrutura	da	cidade	seja	redimensio-
nada	dinamicamente	conforme	as	necessidades,	evitando,	assim,	a	falta	de	recursos	
quando	eles	realmente	forem	precisos.	Isso	evita	o	desperdício	quando	estes	recur-
sos	 não	mais	 forem	mais	 usados.	 Um	exemplo	 prático	 desse	 redimensionamento	
está	relacionado	aos	serviços	de	trânsito	da	cidade	que	terão	mais	 requisições	na	
hora do rush do	que	em	outro	período	(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	2014;	KON;	SANTANA,	
2017;	SILVA	et al.,	2019;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
• SEGURANÇA:	alguns	usuários	com	caráter	malicioso	poderão	fraudar	os	serviços	e	as	
informações	 disponibilizadas	 pela	 plataforma.	 Desse	modo,	 as	 plataformas	 precisam	
implementar	mecanismos	de	segurança	para	controlar	o	acesso,	tais	como:	criptografia,	
autenticação	e	a	proteção	dos	dados	da	plataforma	(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	2014;	SILVA	
et al.,	2019;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
FONTE: <https://www.gtidigital.com/sla/>. Acesso em: 23 jun. 2021.
49
FIGURA 20 – CONTROLE DE ACESSO
FONTE: <https://bit.ly/3icdzLx>. Acesso em: 23 jun. 2021.
• PRIVACIDADE:	uma	característica	importante	de	uma	cidade	inteligente	é	a	coleta	
contínua	e	regular	de	dados	sensíveis	dos	usuários,	governos,	instituições	públicas	
e	 privadas	 como,	 por	 exemplo:	 a	 localização	 dos	 indivíduos	 e	 suas	 ações;	 dados	
governamentais;	 dados	 sigilosos	de	negócios.	O	que	você	pode	perceber	 é	 que	 a	
segurança	da	privacidade	é	um	desafio.	Para	isso,	algumas	estratégias	são	usadas	para	
alcançar	esse	objetivo,	como	a	utilização	da	criptografia,	dispositivos	para	controlar	o	
acesso	aos	dados	da	plataforma	(certificados	digitais,	biometria	e	anonimização	dos	
dados).	A	anonimização	dos	dados	tem	o	objetivo	de	tornar	um	dado	anônimo,	ou	
seja,	é	impossível	reverter	este	dado	em	dado	identificável	(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	
2014;	KON;	SANTANA,	2017;	SILVA	et al.,	2019;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
FIGURA 21 – ANONIMIZAÇÃO DOS DADOS
FONTE: <https://bit.ly/39Q3NKs>. Acesso em: 23 jun. 2021.
50
• ADAPTABILIDADE:	algumas	plataformas	adaptam	o	seu	comportamento	de	modos	
diferentes,	 ou	 ainda,	 em	 dimensões	 diferentes,	 considerando	 os	 usuários	 ou	 a	
cidade.	Os	benefícios	são:	aumenta	a	tolerância	a	falhas;	procura	e	utiliza	um	servidor	
mais	 próximo	 a	 um	 usuário	 para	 executar	 sua	 requisição;	 decide	 se	 determinado	
processamento	 será	 em	 tempo	 real	 ou	 em	 lote;	 busca	 adaptar	 dados	 de	 fontes	
diferentes	 para	 uma	 representação	 comum.	 Um	 exemplo	 prático	 desse	 requisito	
ocorre	em	plataformas	que	usam	os	conceitos	de	IoT	para	adaptar	o	funcionamento	
das	redes	de	sensores	(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	2014;	KON;	SANTANA,	2017;	SILVA	et 
al.,	2019;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
• EXTENSIBILIDADE:	 representa	 a	 habilidade	 de	 somar	 serviços,	 componentes	 e	
aplicações	 à	 plataforma.	 Esse	 requisito	 é	 essencial	 para	 garantir	 a	 evolução	 da	
plataforma	atendendo	a	novos	requisitos	e	funcionalidades.	Por	isso,	é	primordial	
o	 uso	 de	 boas	 práticas	 de	 programação	 orientada	 a	 objetos	 e	 de	 arquitetura	
de	 software	 como,	 por	 exemplo:	 princípios	 SOLID	 e	 uma	 boa	 metodologia	 ágil	
(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	2014;	KON;	SANTANA,	2017;	SILVA	et al.,	2019;	LOGSDON;	
FABRÍCIO,	2020).
• CONFIGURABILIDADE:	uma	plataforma	de	cidade	inteligente	tem	um	grande	volu-
me	de	configurações	e	indicadores	para	adaptar	o	seu	funcionamento	a	contextos	
distintos	em	tempo	de	execução.	Desse	modo,	é	essencial	que	seja	permitida	a	(re)
configuração	das	variáveis	da	plataforma	(RIOS; JANISSEK-MUNIZ,	2014;	KON;	SAN-
TANA,	2017;	SILVA	et al.,	2019;	LOGSDON;	FABRÍCIO,	2020).
Veja	a	GIO	a	seguir,	com	alguns	conceitos	importantes	que	já	foram	abordados!
• As metodologias ágeis são conjuntos de atividades do processo de desenvolvimento 
de software (CARVALHO; MELO, 2012; ANDRADE; DANTAS, 2018). Estas possuem maior 
flexibilidade e foco na produtividade do processo de desenvolvimento (ANDRADE; DANTAS, 
2018). Nesse processo, cada etapa é trabalhada e analisada ao mesmo tempo, antes de 
passar à próxima (ALBINO; SOUZA; PRADO, 2014; PEGORARO, 2014). As metodologias 
ágeis se adaptam aos novos fatores do projeto ao longo do seu desenvolvimento, sendo 
assim, não tentam prever o que poderá ocorrer (SOMMERVILLE, 2007; CARVALHO; MELO, 
2012; ALBINO; SOUZA; PRADO, 2014; VARGAS, 2016). As diferenças entre métodos 
tradicionais e ágeis resultam em diversas práticas específicas de cada uma de como 
ocorre o planejamento e controle, o papel assumido entre os desenvolvedores, o papel 
dos clientes e o modo de condução do projeto (SOMMERVILLE, 2007; PEGORARO, 2014; 
ANDRADE; DANTAS, 2018). O quadro a seguir faz um comparativo entre as metodologias 
ágeis e as tradicionais.
IMPORTANTE
51
QUADRO – COMPARATIVO ENTRE AS METODOLOGIAS ÁGEIS E AS TRADICIONAIS
ABORDAGEM 
TRADICIONAL
ABORDAGEM DA 
METODOLOGIA ÁGIL
Modo de elaborar 
o plano do projeto
Existe um único plano 
de projeto, que engloba 
o tempo total do projeto 
e possui os produtos, 
entregas, pacotes de 
trabalho e atividades.
Existem dois planos de projeto, 
sendo: 
- um plano geral que considera 
o tempo total de duração do 
projeto, mas que contém apenas 
os produtos principais do 
projeto; 
- um plano de curto prazo 
(iteração) que possui somente as 
entregas e atividades referentes 
a uma fração de tempo do 
projeto.
Modo de descrever 
o escopo do 
projeto
Descrição exata do 
resultado final por meio de 
texto (normas contratuais, 
objetivos e indicadores de 
desempenho).
Descrição do resultado final de 
modo abrangente.
O nível de detalhe 
e padronização 
As atividades são 
detalhadas de modo 
padronizado e organizadas 
em listas. 
Não existe um padrão para 
descrever as atividades, que 
podem ser escritas como estórias, 
problemas, ações ou entregas. 
Horizonte de 
planejamento das 
atividades 
As listas de atividades são 
válidas para o horizonte 
total do projeto.
As listas de atividades são válidas 
para uma iteração, que é definida 
como uma fração do tempo total 
do projeto.
Estratégia usada 
para o controle do 
tempo 
Usam-se relatórios com 
indicadores de desempe-
nho, documentos escritos, 
auditorias e análises de 
transições de fase. 
Usam-se dispositivos visuais 
que indicam entregas físicas 
do resultado final e ainda 
são realizadas reuniões com 
frequência. 
Estratégia usada 
para a garantia do 
alcance do escopo 
do projeto
O gerente de projeto avalia, 
prioriza, adiciona ou altera 
as atividades do projeto 
para que os resultados 
estejam em conformidade 
com o escopo do projeto 
assinado com o cliente.
O cliente avalia, prioriza, adiciona 
ou altera o produto final do 
projeto, conforme a experiência 
com os resultados alcançados. A 
equipe altera as atividades para 
obter os resultados propostos 
pelo cliente.
FONTE: Pegoraro (2014, p. 29)
52
• A programação orientada a objetos é um padrão que tem evoluído muito, principalmente 
em questões voltadas para segurança e reaproveitamento de código, sendo isso essencial 
no processo de desenvolvimento de aplicações (SOMMERVILLE, 2007; CARVALHO; MELO, 
2012; ALBINO; SOUZA; PRADO, 2014; VARGAS, 2016). 
FIGURA – A PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETOS
FONTE: <https://bit.ly/39KBf5e>. Acesso em: 23 jun. 2021.
• S.O.L.I.D. propõe princípios simples e poderosos para desenvolver produtos escaláveis. 
Reconhecendo que as mudanças ocorrerão, previne problemas e custos por meio 
da identificação de dependências desnecessárias e desacoplamento, eliminando-
as. Por uma livre leitura, observamos que os princípios podem ser generalizados 
para a gestão empresarial, não só da indústria de software. Como os processos das 
empresas são estabelecidos por critérios, por vezes, menos racionais, se comparado 
ao desenvolvimento de um produto de software, a aplicação destes princípios poderá 
prevenir e mitigarmuitos dos problemas observados nas empresas.
FONTE: <https://bit.ly/2Y84htn>. Acesso em: 23 jun. 2021.
3 OPENIOT
O	OpenIoT	 é	 definido	 como	uma	plataforma	 capaz	 de	 suportar	 o	 desenvol-
vimento	de	aplicações	baseadas	na	 IoT.	A	Figura	22	exemplifica	uma	visão	geral	da	
arquitetura	 dessa	 plataforma,	 ou	 seja,	 plano	 físico,	 plano	virtualizado	 e	 o	 plano	 de	
utilidades	e	aplicações	(SOMMERVILLE,	2007;	CARVALHO;	MELO,	2012;	VARGAS,	2016;	
KON;	SANTANA,	2017).
53
FIGURA 22 – ARQUITETURA DA PLATAFORMA OPENIOT
FONTE: <https://bit.ly/3igR7kO>. Acesso em: 23 jun. 2021.
O	 plano	 físico	 é	 um	 middleware,	 ou	 seja,	 software	 que	 fornece	 serviços	 e	
recursos	comuns	a	aplicações.	Esse	plano	tem	como	responsabilidade	coletar,	filtrar,	
agregar	e	 limpar	os	dados	de	 sensores,	 atuadores	e	outros	dispositivos	 (CARVALHO;	
MELO,	 2012;	VARGAS,	 2016;	 KON;	SANTANA,	2017).	Desse	modo,	 ele	 atua	como	uma	
interface	entre	o	mundo	físico	e	a	plataforma	OpenIoT.
 
O	plano	virtualizado	é	responsável	por	armazenar	os	dados,	executar	serviços	
e	agendar	a	execução	desses	serviços,	sendo	que	seus	componentes	estão	descritos	
no	Quadro	12	(KON;	SANTANA,	2017).
QUADRO 12 – COMPONENTES DO PLANO VIRTUALIZADO
COMPONENTES DESCRIÇÃO
Agendador (Scheduler)
Recebe	 requisições	 por	 serviços	 garantindo	 o	
acesso	 aos	 recursos	 necessários	 para	 executar	
esses	serviços.	É,	ainda,	responsável	no	processo	de	
identificação	 dos	 sensores	 que	 serão	 utilizados	 na	
execução	dos	serviços.	
Armazenamento de 
Dados na Nuvem (Cloud 
Data Storage)
Responsável	 pelo	 armazanamento	 dos	 dados	 da	
plataforma.	
54
Gerenciador de Serviços 
e Utilidades (Service 
Delivery and Utility 
Mana-ger)
Possui	as	seguintes	funções:	
• possibilita	 a	 definição	 de	 serviços	 sobre	 a	
plataforma;
• executa	 os	 serviços	 requisitados	 por	 usuários	 e	
aplicações;
• permite	a	definição	de	parâmetros	de	configuração	
da	plataforma;	
• faz	o	monitoramento	de	toda	a	infraestrutura	que	é	
executada	na	plataforma.
Definição	de	Requisições	(Request Definition):	possibi-
lita	que	os	usuários	definam	novas	aplicações	utilizan-
do	os	serviços	e	os	dados	disponíveis	na	plataforma.
Apresentação	de	Requisições	(Request Presentation):	
implementa	 uma	 aplicação	 desenvolvida	 no	
componente	Definição	de	Requisições.	
Configuração e 
Monitoramento 
(Configuration and 
Monitoring)
Permite	a	configuração	dos	parâmetros	da	plataforma.
FONTE: Adaptado de Kon e Santana (2017)
Conforme	Kon	e	Santana	(2017,	p.	22):
O	 OpenIoT	 é	 uma	 plataforma	 bastante	 completa	 atendendo	 à	
maioria	 dos	 requisitos	 necessários	 para	 a	 criação	 de	 uma	 cidade	
inteligente.	Os	pontos	fortes	dessa	plataforma	são	o	middleware	para	
o	armazenamento	dos	dados	coletados	na	cidade,	suas	ferramentas	
para	a	definição	dos	serviços	e	o	fato	da	plataforma	ser	de	software	
livre.	Entretanto,	a	plataforma	não	oferece	coleta	de	dados	de	outras	
fontes	importantes	como	redes	sociais	e	não	oferece	suporte	para	o	
pré-processamento	dos	dados,	o	que	é	bastante	relevante	quando	a	
quantidade	de	dados	é	muito	grande.
4 INTERSCITY 
O	 InterSCity	 é	 uma	 plataforma	 para	 cidades	 inteligentes	 que	 surgiu	 através	
de	 pesquisas	 científicas	 que	 abordavam	 os	 principais	 desafios	 no	 desenvolvimento	
de	 infraestruturas	 (MAZO	 et al.,	 2021;	 LUDERMIR,	 2021).	 O	 seu	 objetivo	 é	 oferecer	
serviços	e	 integrações	para	o	desenvolvimento	de	aplicações	de	cidades	inteligentes	
mais	complexas.	Essa	plataforma	utiliza	metodologias	ágeis	fazendo	com	que	o	projeto	
tenha	uma	participação	colaborativa.	Uma	característica	importante	dessa	plataforna	é	
a	escalabilidade	(KON;	SANTANA,	2017;	MAZO	et al.,	2021;	LUDERMIR,	2021).	
55
FIGURA 23 – O INTERSCITY E A ESCALABILIDADE
FONTE: <https://interscity.org/software/interscity-platform/>. Acesso em: 23 jun. 2021.
5 CIDAP
A	plataforma	CiDAP	(City Data and Analytics Platform)	usa	ferramentas	de	Big	
Data	com	o	intuito	de	processar	um	volume	maior	de	dados	coletados	para	incrementar	
inteligência	e	contexto	nas	aplicações	e	serviços	criados	para	a	cidade	 (MAZO	et al.,	
2021;	LUDERMIR,	2021).	
56
FIGURA 24 – ARQUITETURA DA PLATAFORMA CIDAP
FONTE: Kon e Santana (2017, p. 32)
Agora,	vamos	entender	os	componentes	representados	na	figura	anterior,	para	
isso,	leia	o	Quadro	13	com	atenção	e	relacione	com	a	figura.
QUADRO 13 – COMPONENTES DA ARQUITETURA DA PLATAFORMA CIDAP
COMPONENTES DESCRIÇÃO
IoT-Agents
Conectam-se	 com	 o	 middleware	 IoT	 como	 um	 gateway para 
coletar	os	dados	dos	dispositivos	e	armazenar	na	plataforma.	
IoT-
Brokersagem
Esse	 componente	 se	 comunica	 com	o	 repositório	 de	Big	Data	
para	 encaminhar	 os	 dados	 que	 serão	 armazenados	 ou	 com	 o	
CityModel para	serem	usados	nas	aplicações.	
Big Data 
Repository
Armazena	os	dados	coletados	da	cidade,	bem	como	os	dados	pro-
cessados	usando	o	componente	de	processamento	de	Big	Data.
Big Data 
Processing
Responsável	 por	 processamentos	 complexos	 tais	 como	 a	
agregação	dos	dados	ou	algoritmos	de	aprendizado	de	máquina,	
utilizando	os	dados	armazenados	no	repositório	de	Big	Data.
FONTE: Adaptado de Kon e Santana (2017)
57
Conforme	Kon	e	Santana	(2017,	p.	32):
A	 plataforma	 CiDAP	 tem	 como	 objetivo	 armazenar	 e	 processar	
um	grande	volume	de	 dados	 urbanos.	 Isso	 é	 importante	 porque	 a	
quantidade	de	dados	coletados	em	uma	cidade	inteligente	será	muito	
grande.	Os	pontos	fortes	dessa	arquitetura	são	a	preocupação	com	
a	 escalabilidade	 e	 elasticidade	 das	 estruturas	 de	 armazenamento	
e	 processamento.	 Além	 de	 disponibilizar	 ferramentas	 para	 o	
processamento	de	dados	históricos	e	em	tempo	real.	
6 COMPUTAÇÃO EM NUVEM E BIG DATA
A	arquitetura	possui	como	estrutura	três	camadas,	sendo	(MAZO	et al.,	2021;	
LUDERMIR,	2021):
• Camada	 inferior:	composta	por	repositórios	distribuídos	e	heterogêneos	e	diversos	
sensores	conectados	à	plataforma.	O	objetivo	é	a	coleta,	limpeza	e	classificação	dos	
dados	usando	padrões	abertos	para	a	representação	de	dados.	
• Camada	intermediária:	os	dados	coletados	podem	ser	de	diferentes	formatos	e	sem	
relação	entre	eles,	já	que	existe	um	componente	para	a	compreensão	e	a	ligação	dos	
dados	usando	ferramentas	de	Web	Semântica.	
• Camada	 superior:	 podem	 ser	 usadas	 ferramentas	 que	 processam	 um	 grande	
volume	de	dados	com	algoritmos	de	aprendizado	de	máquina	para	compreender	o	
comportamento	da	cidade.	
Conforme	Kon	e	Santana	(2017,	p.	40):
A	plataforma	tem	como	pontos	fortes	o	suporte	a	vários	requisitos	
não	 funcionais	 de	 cidades	 inteligentes	 como	 escalabilidade	 e	
elasticidade,	 a	 possibilidade	 da	 ligação	 entre	 os	 dados	 utilizando	
ferramentas	 de	 Web	 Semântica	 e	 o	 uso	 de	 diversas	 ferramentas	
prontas	 e	 de	 código	 livre	 em	 sua	 implementação	 como	 o	Apache	
Spark	e	o	Apache	Cassandra.
Portanto,	 o	 que	 podemos	 perceber	 ao	 longo	 deste	 tópico	 é	 que	 existem	
inúmeros	desafios	técnicos,	bem	como	de	pesquisa	que	precisam	ser	solucionados	para	
que	as	cidades	inteligentes	sejam	eficazes.	Alguns	dos	maiores	desafios	são:	garantir	a	
interoperabilidade	entre	os	componentes	da	cidade,	e	ainda,	garantir	a	privacidade	e	a	
segurança	dos	cidadãos	e	sistemas	da	cidade.	No	entanto,	um	dos	grandes	desafios	é	o	
processo	de	gerenciamento	e	o	armazenamento	de	grandes	quantidades	de	dados,	ou	
seja,	os	dados	precisam	ser	coletados,	tratados	e	analisados	para	serem	usados	como	
ferramentas	de	gestão	da	cidade.		
58
CIDADES INTELIGENTES E MODELOS SUSTENTÁVEIS GANHAM DESTAQUE 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL POR POSSIBILITAREM MAIOR QUALIDADE DE VIDA À 
POPULAÇÃO E AO MEIO AMBIENTE
As cidades inteligentes usam a tecnologia de modo estratégico para melhorar a 
infraestrutura, otimizar a mobilidade urbana e criar soluções sustentáveis
Depois	de	algumas	baixas,	o	setor	da	construção	civil	volta	a	crescer	no	mercado,	
entre	 os	 motivos	 principais	 estão	 as	 inovações	 tecnológicas	 e	 a	 sustentabilidade,	
com	 alto	 potencialrevolucionário,	 de	 acordo	 com	 a	 Câmara	 Brasileira	 da	 Indústria	
da	 Construção	 (CBIC).	 Segundo	 a	 Organização	 das	 Nações	 Unidas	 -	 ONU,	 55%	 da	
população	mundial	vive	atualmente	em	zonas	urbanas,	mas	a	perspectiva	é	que	esse	
número	aumente	e	chegue	em	70%	até	2050.	Com	o	crescimento	geral	da	população,	
a	urbanização	adicionará	mais	2,5	bilhões	de	pessoas	nas	próximas	três	décadas,	com	
isso,	 os	modelos	 sustentáveis	 e	 inteligentes	para	 as	grandes	metrópoles,	 tornam-se	
necessários	para	construção	de	cidades.
LEITURA
COMPLEMENTAR
59
O	grande	desafio	dos	profissionais	da	construção	civil	é	equalizar	os	conceitos	
da	engenharia	às	tecnologias	e	ao	movimento	cultural	globalizado	em	busca	do	consu-
mo	mais	sustentável,	de	forma	a	tornar	as	cidades	em	espaços	com	soluções	inteligen-
tes	e	mais	verdes,	informa	Janine	Apelfeler	Rodrigues,	graduada	em	Engenharia	Civil,	
pós-graduada	em	Engenharia	Sanitária	Ambiental	e	especializada	em	Sustentabilidade	
no	Ambiente	Construído.
A	tecnologia	e	os	serviços	de	inteligência	artificial	formam	uma	cadeia	invisível	
tão	eficiente	e	automática	que	muitas	vezes	nem	percebemos	que	coisas	simples	do	
nosso	cotidiano,	como	a	configuração	de	um	semáforo	ou	o	sistema	de	caixa	de	um	
supermercado,	dependem	de	inovações	tecnológicas	para	funcionar.	Muitos	serviços,	
como	configuração	de	tráfego	de	veículos	e	rastreamento	de	rotas	de	transporte	público,	
por	exemplo,	são	ainda	mais	intrincados,	já	que	funcionam	de	forma	integrada,	criando	
sistemas	que	organizam	toda	uma	cidade.
Esse	conceito	de	“cidade	inteligente”,	que	faz	uso	de	tecnologias	avançadas	para	
melhorar	a	vida	dos	cidadãos	e	otimizar	a	organização	pública,	não	é	novo	e	já	começa	
a	 ser	 aplicado	 em	 algumas	 capitais	 brasileiras.	 Um	 exemplo	 global	 bem-sucedido	 é	
a	cidade	de	Tel	Aviv,	 capital	de	 Israel,	 que	passou	por	uma	transformação	utilizando	
interfaces	 de	 inteligência	 artificial	 para	 integrar	 os	 principais	 serviços	 públicos	 da	
cidade.	A	partir	da	interface	do	Microsoft	365,	a	administração	pública	criou	programas	
como	o	Clube	de	Residentes	DigiTel	e	o	aplicativo	móvel	Digitel,	que	oferecem	serviços	
digitais	 para	moradores	 como	 aluguel	 de	 bicicletas,	 centrais	 para	 que	 os	moradores	
possam	acionar	a	prefeitura	em	casos	como	acidentes	de	trânsito,	canos	estourados	
e	problemas	de	estrutura	e	até	mesmo	um	sistema	que	permite	que	você	consulte	em	
tempo	real	quais	casas	de	shows	e	espetáculos	estão	funcionando	naquele	momento	
com	ingressos	exclusivos	e	rotas	inteligentes	para	você	se	descolar.
Tais	serviços	podem	parecer	distantes	da	realidade	brasileira,	mas	as	ferramentas	
da	Microsoft	de	 inteligência	artificial	conseguem	dar	conta	de	grandes	bibliotecas	de	
dados,	o	que	facilita	a	vida	em	cidades	notavelmente	burocráticas.	A	partir	das	interfaces	
do	365,	um	serviço	de	agendamento	de	um	documento,	por	exemplo,	pode	ser	feito	em	
segundos	a	partir	da	análise	de	uma	base	de	dados	e	oferecer	ao	usuário	uma	data	e	
horário	disponíveis,	documentos	necessários	e	como	se	organizar	imediatamente. 
Um	exemplo	atual	é	a	chegada	da	Linkle	no	Brasil	em	fevereiro	de	2021,	usando	
a	 tecnologia	da	Microsoft	 para	 conectar,	 em	uma	mesma	área	geográfica,	 empresas	
com	vagas	disponíveis	a	candidatos	com	dificuldades	de	acesso	a	empregos.	Usando	
tecnologia	de	IA,	a	empresa	tenta	criar	um	match	mais	democrático	entre	profissionais	
e	oportunidades,	abrindo	espaço	para	pessoas	de	várias	demografias	e	classes	sociais.
60
Serviços	como	o	Microsoft	CityNext	também	podem	mudar	a	cara	das	cidades	
brasileiras,	com	avanços	de	IA	e	machine	learning	que	podem	trazer	colaborações	entre	
equipes	multidisciplinares	de	empresas	privadas	e	poder	público	para	oferecer	serviços	
especializados	de	assistência	social	e	habitacional,	por	exemplo.	Com	as	tecnologias	de	
nuvem	da	Microsoft,	usuários	podem,	por	meio	de	seus	celulares,	encontrar	soluções	
móveis	que	fornecem	informações	e	recursos	desde	educação	até	saúde	pública.
Um	exemplo	bem-sucedido	de	serviços	do	tipo	aconteceu	em	Barcelona,	na	
Espanha,	 em	uma	 iniciativa	 da	 Bismart	 com	 interface	 da	Microsoft.	A	 cidade	 reuniu	
várias	fontes	diferentes	e	criou	uma	solução	de	Big	Data	na	nuvem,	permitindo	que	
turistas	e	residentes	acessem	informações	em	tempo	real	de	funcionamento	da	cidade,	
história	e	serviços	de	saúde,	moradia	e	entretenimento	por	meio	de	uma	interface	de	IA.
FONTE: <https://bit.ly/3un1rMF>. Acesso em: 23 jun. 2021.
61
RESUMO DO TÓPICO 3
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 As	 plataformas	 são	 desenvolvidas	 com	 o	 objetivo	 de	 auxiliar	 as	 aplicações	 de	
cidades	 inteligentes,	 propiciando	 o	 desenvolvimento	 de	 novas	 soluções.	 Existem	
inúmeros	 desafios	 técnicos	 em	 plataformas	 de	 cidades	 inteligentes,	 sendo	 que	
as	 soluções	 estão	 relacionadas	 à	 compreensão	 dos	 requisitos.	A	maior	 parte	 das	
plataformas	 desenvolvidas	 às	 cidades	 inteligentes	 oferecem	 funcionalidades	 para	
armazenamento,	coleta	e	compartilhamento	das	informações	dos	centros	urbanos,	
bem	como	para	o	desenvolvimento	e	execução	de	serviços	e	aplicações.
•	 Os	requisitos	não	funcionais	de	uma	cidade	inteligente	estão	atrelados,	geralmente,	
ao	 fato	 de	 que	 os	 indivíduos	 estão	 expostos	 a	 grandes	 e	 heterogêneos	 sistemas	
distribuídos.
•	 OpenIoT	 é	 definido	 como	 uma	 plataforma	 capaz	 de	 suportar	 o	 desenvolvimento	
de	aplicações	baseadas	na	 IoT.	O	plano	físico	é	um	middleware,	 ou	seja,	 software	
que	 fornece	 serviços	 e	 recursos	 comuns	 a	 aplicações.	 Esse	 plano	 tem	 como	
responsabilidade	 coletar,	 filtrar,	 agregar	 e	 limpar	 os	 dados	 de	 sensores,	 atuadores	
e	 outros	dispositivos.	O	plano	virtualizado	é	 responsável	 por	 armazenar	 os	dados,	
executar	serviços	e	agendar	a	execução	desses	serviços.
•	 InterSCity	é	uma	plataforma	para	cidades	inteligentes	que	surgiu	através	de	pesqui-
sas	científicas	que	abordavam	os	principais	desafios	no	desenvolvimento	de	infra-
estruturas.	O	seu	objetivo	é	oferecer	serviços	e	integrações	para	o	desenvolvimento	
de	aplicações	de	cidades	inteligentes	mais	complexas.	Essa	plataforma	utiliza	me-
todologias	ágeis	fazendo	com	que	o	projeto	tenha	uma	participação	colaborativa.	
•	 A	plataforma	CiDAP	(City Data and Analytics Platform)	usa	ferramentas	de	Big	Data	
com	o	intuito	de	processar	um	volume	maior	de	dados	coletados	para	incrementar	
inteligência	e	contexto	nas	aplicações	e	serviços	criados	para	a	cidade.	
62
1	 As	 plataformas	 são	 desenvolvidas	 com	 o	 objetivo	 de	 auxiliar	 as	 aplicações	 de	
cidades	 inteligentes,	 propiciando	 o	 desenvolvimento	 de	 novas.	 Existem	 inúmeros	
desafios	 técnicos	 em	plataformas	de	 cidades	 inteligentes,	 sendo	que	as	 soluções	
estão	relacionadas	com	a	compreensão	dos	requisitos.	Considerando	esta	afirmação,	
elabore	um	quadro	com	os	seguintes	requisitos	funcionais:	gerenciamento	de	dados,	
gerenciamento	da	rede	de	sensores,	processamento	de	dados	e	acesso	aos	dados.	
2	 Os	requisitos	não	funcionais	de	uma	cidade	inteligente	estão	atrelados,	geralmente,	
ao	 fato	 de	 que	 os	 indivíduos	 estão	 expostos	 a	 grandes	 e	 heterogêneos	 sistemas	
distribuídos.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	INCORRETA:
a)	(			)	 A	interoperabilidade	pode	ser	considerada	como	a	capacidade	de	uma	solução	
ou	 ferramenta	de	 software	 trocar	 dados	 e	 trabalhar	 em	conjunto	 com	outras	
soluções	ou	ferramentas.	
b)	(			)	 A	 elasticidade	 representa	 a	 quantidade	 de	 usuários,	 informações,	 dados,	 e	
serviços	 em	 uma	 cidade	 inteligente	 que	 pode	 aumentar	 conforme	 o	 tempo,	
devido	à	integração	de	mais	serviços	e	o	aumento	populacional.
c)	(			)	 As	plataformas	precisam	implementar	mecanismos	de	segurança	para	controlar	
o	 acesso,	 tais	 como:	 criptografia,	 autenticação	 e	 a	 proteção	 dos	 dados	 da	
plataforma.
d)	(			)	 A	anonimização	dos	dados	tem	o	objetivo	de	tornar	um	dado	anônimo,	ou	seja,	é	
impossível	reverter	este	dado	em	dadoidentificável.
3	 O	OpenIoT	é	definido	como	uma	plataforma	capaz	de	suportar	o	desenvolvimento	
de	 aplicações	 baseadas	 na	 IoT.	 A	 arquitetura	 dessa	 plataforma	 é	 composta	 pelo	
plano	físico,	plano	virtualizado	e	o	plano	de	utilidades	e	aplicações.	Sobre	o	exposto,	
classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 O	plano	físico	é	um	middleware,	ou	seja,	software	que	fornece	serviços	e	recursos	
comuns	a	aplicações.	Esse	plano	tem	como	responsabilidade	coletar,	filtrar,	agregar	
e	limpar	os	dados	de	sensores,	atuadores	e	outros	dispositivos.
(			)	 O	plano	virtualizado	é	 responsável	por	armazenar	os	dados,	executar	 serviços	e	
agendar	a	execução	desses	serviços.
(			)	 O	OpenIoT	é	uma	plataforma	bastante	completa	atendendo	à	maioria	dos	requisitos	
necessários	para	a	criação	de	uma	cidade	inteligente.
(			)	 Os	pontos	fracos	da	OpenIoT	são	o	middleware	para	o	armazenamento	dos	dados	
coletados	na	cidade,	suas	ferramentas	para	a	definição	dos	serviços	e	o	fato	da	
plataforma	ser	de	software	livre.
AUTOATIVIDADE
63
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 A	plataforma	CiDAP	(City Data and Analytics Platform)	usa	ferramentas	de	Big	Data	
com	o	intuito	de	processar	um	volume	maior	de	dados	coletados	para	incrementar	
inteligência	e	contexto	nas	aplicações	e	serviços	criados	para	a	cidade.	Considerando	
esta	afirmação,	elabore	um	quadro	com	os	componentes	da	arquitetura	da	plataforma	
CiDAP.
5	 As	metodologias	ágeis	são	conjuntos	de	atividades	do	processo	de	desenvolvimento	
de	software.	Estas	possuem	maior	flexibilidade	e	foco	na	produtividade	do	processo	
de	desenvolvimento.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	
F	para	as	falsas:
(			)	 As	metodologias	ágeis	se	adaptam	aos	novos	fatores	do	projeto	ao	longo	do	seu	
desenvolvimento,	sendo	assim,	não	tentam	prever	o	que	poderá	ocorrer.
(			)	 As	diferenças	entre	métodos	tradicionais	e	ágeis	resultam	em	diversas	práticas	es-
pecíficas	de	cada	uma	de	como	ocorre	o	planejamento	e	controle,	o	papel	assumido	
entre	os	desenvolvedores,	o	papel	dos	clientes	e	o	modo	de	condução	do	projeto.	
(			)	 Nas	metodologias	ágeis	não	existe	um	padrão	para	descrever	as	atividades,	que	
podem	ser	escritas	como	estórias,	problemas,	ações	ou	entregas.
(			)	 Nas	metodologias	ágeis	usam-se	dispositivos	visuais	que	indicam	entregas	físicas	
do	resultado	final	e	ainda	são	realizadas	reuniões	com	frequência.		
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
64
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parcial	 à	 obtenção	do	 título	de	Doutor	 em	Engenharia,	 na	área	de	concentração	em	
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68
69
INTERNET DAS COISAS E A 
EVOLUÇÃO DAS CIDADES
UNIDADE 2 — 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	 compreender	a	definição	de	internet	das	coisas	(IoT);
•	 entender	os	diferentes	modos	de	utilização	da	IoT	nas	cidades	inteligentes;	
•	 diferenciar	as	diferentes	combinações	de	tecnologias	que	compõem	a	IoT;	
•	 entender	a	importância	da	IoT	para	o	planejamento	sustentável	da	cidade	inteligente.
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	dela,	você	encontrará	
autoatividades	com	o	objetivo	de	reforçar	o	conteúdo	apresentado.
TÓPICO	1	–	INTERNET	DAS	COISAS	(IoT)
TÓPICO	2	–	A	IOT	E	A	SOCIEDADE
TÓPICO	3	–	PLANEJAMENTO	URBANO	E	A	INTERNET	DAS	COISAS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
70
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 2!
Acesse o 
QR Code abaixo:
71
TÓPICO 1 — 
INTERNET DAS COISAS (IoT)
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O	 crescimento	 constante	 dos	 núcleos	 urbanos	 enfrenta	 desafios,	 já	 que	 os	
habitantes	urbanos	consomem	aproximadamente	três	quartos	dos	 recursos	naturais	
existentes	no	planeta	terra	(QURESHI;	ABDULLAH	2013;	LOUREIRO,	2015).	Além	disso,	
são	considerados	os	principais	responsáveis	pela	emissão	de	gases	do	efeito	estufa.
Um	 dos	 problemas	 da	 urbanização	 acelerada	 é	 a	 perda	 das	 funcionalidades	
básicas	das	cidades,	tais	como:	dificuldade	no	gerenciamento	dos	resíduos;	a	redução	de	
recursos	naturais;	a	qualidade	do	ar	e	da	água;	poluição	do	ar;	proliferação	de	doenças;	
tráfego	 intenso	 de	 veículos;	 falta	 de	 manutenção	 e	 adequação	 das	 infraestruturas	
básicas	 (QURESHI;	ABDULLAH	2013;	MAGRANI,	2019;	2018.).	Deste	modo,	você	pode	
observar	que	as	cidades	são	sistemas	complexos	que	possuem	um	grande	volume	de	
serviços	e	de	 infraestruturas	responsáveis	pelo	consumo	acelerado	de	recursos	e	de	
energia	(LOUREIRO,	2015;	LUSEMBO,	2017).	Isso	acarreta	um	impacto	significativo	tanto	
no	nível	econômico	quanto	ambiental	(NEVES,	2021).	
Uma	das	medidas	para	ajudar	a	solucionar	este	problema	urbano	é	a	Internet	
das	Coisas	 (Internet of Things - IoT),	 que	possui	 como	 ideia	principal	 a	 presença	de	
um	conjunto	de	objetos	 (things)	como	sensores,	atuadores,	dispositivos	móveis	que,	
através	de	mecanismos	da	 internet	são	capazes	de	 interagir	e	cooperar	uns	com	os	
outros	para	alcançar	objetivos	em	comum	(LOUREIRO,	2015;	LUSEMBO,	2017;	NEVES,	
2021).	 Portanto,	 uma	 cidade	 é	 considerada	 inteligente	 quando	 utiliza	 tecnologias	
para	transformar	e	melhorar	a	qualidade	de	vida	dos	habitantes	e	na	preservação	dos	
recursos	naturais	(LOUREIRO,	2015;	HOFFMANN,	2020).	Neste	tópico,	vamos	estudar	o	
uso	da	IoT	na	estruturação	das	cidades	inteligentes.
2 EVOLUÇÃO DA IOT
Conforme	Neves	(2021,	p.	13):
O	 termo	 IoT	 foi	 criado	 em	 1999	 por	 Kevin	 Ashton,	 um	 britânico	
pioneiro	 em	 tecnologia.	 Numa	 apresentação,	 Ashton	 explicou	 a	
forma	 como	 os	 computadores	 do	 futuro	 iriam	 estar	 conectados	 e	
autossuficientes.	 O	 próprio	 Ashton	 trabalhava	 em	 um	 projeto	 de	
otimização	de	cadeia	de	abastecimento,	e	queria	atrair	a	atenção	da	
administração	da	sua	empresa,	a	Procter	&	Gamble,	para	uma	nova	
72
tecnologia	chamada	Radio-Frequency	Identification	(RFID).	Por	isso,	
Ashton	 foi	 considerado	 na	 literatura	 como	 o	 então	 criador	 desse	
termo,	 ao	 descrever	 que	 os	 objetos	 do	mundo	 físico	 poderiam	 se	
conectar	à	internet,	criando	um	mundo	mais	inteligente.
QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DA IOT
PERÍODO DESCRIÇÃO
1990
John	 Romkey	 foi	 o	 responsável	 pelo	 desenvolvimento	 do	
primeiro	dispositivo	em	IoT.	Ele	desenvolveu	uma	torradeira	que	
poderia	ser	ligada	e	desligada	pela	Internet.	
1991
Em	1991,	Weiser	escreveu	o	artigo	The Computer for the 21st 
Century,	que	afirma	que	os	dispositivos	serão	conectados	em	
todos	os	lugares	de	modo	transparente	para	o	ser	humano,	sem	
haver	preocupação	em	instalar,	configurar	e	manter	os	recursos	
computacionais.	
Junho de 2000
A	LG	apresenta	uma	geladeira	inteligente	conectada	à	internet,	
e	 ainda,	 gerenciada	 através	 de	 um	 sistema	 próprio.	 Essa	
geladeira	poderia	 ser	utilizada	também	como	televisão,	 rádio,	
vídeo,	agenda	e	câmera	digital.
A partir de 2005
A	discussão	em	relação	à	IoT	ganha	importância	dos	governantes	
em	decorrência	da	privacidade	e	segurança	de	dados,	 já	que	
a	 IoT	 pode	 se	 conectar	 a	 qualquer	 objeto,	 e	 ainda,	 transpor	
alguns	desafios	como	padronização,	privacidade,	espectro	de	
frequência	e	questões	sociais	e	éticas.
Foi	lançado	nesse	período	o	Nabaztag,	um	objeto	conectado	à	
internet,	que	poderia	ser	programado	para	receber	previsão	do	
tempo	e	ler	e-mails,	entre	outros.
Nesse	período,	a	IoT	tornou-se	a	pauta	da	Agência	das	Nações	
Unidas	para	as	Tecnologias	da	Informação	e	da	Comunicação	
(International Telecommunication Union	-ITU).	
2008-2009
Nesse	 período	 havia	 mais	 objetos	 conectados,	 por	 exemplo:	
smartphones,	 tablets	 e	 computadores,	 do	 que	 o	 total	 da	
população	mundial.		
2008
Rob	Van	Kranemburg	publicou	o	livro	The Internet of Things,	que	
é	considerado	uma	das	referências	principais	sobre	o	assunto.	
73
2010
O	 serviço	 de	 Street View da Google e a capacidade de 
armazenamento	 de	 toneladas	 de	 dados	 das	 redes	 WI-FI,	
suscitando	 um	 debate	 a	 respeito	 da	 indexação	 do	 mundo	
físico.	No	mesmo	ano,	o	Governo	chinês	anunciou	a	pretensão	
de	tornar	a	IoT	uma	prioridade	estratégica.
2011
O	 termo	 Internet	 das	 Coisas	 foi	 adicionado	 ao	Gartner Hype 
Cycle foi	discutida	a	criação	de	padrões	internacionais	para	a	
criação	de	objetos	conectados	no	panorama	global.	
Março de 2012
A	 União	 Europeia	 propôs	 uma	 consulta	 pública	 para	 que	 os	
cidadãos	 apontassem	 suas	 necessidades	 e	 seguranças	 em	
Internet	das	Coisas.	
A partir de 2015
A	 IoT	 já	 pode	 ser	 considerada	 uma	 realidade,	 sendo	 que	
aproximadamente	4,9	bilhões	de	objetos	 estão	 conectadas	 e	
em	uso.	Isso	representa	um	aumento	de	30%	em	relação	a	2014.
2020
A	 IoT	 é	 considerada	 uma	 ferramenta	 essencial	 para	 a	
transformação	da	sociedade
FONTE: Adaptado de Costa (2018) e Neves (2021)A	 Figura	 1	 representa	 o	 Nabaztag,	 considerado	 o	 primeiro	 objeto	 inteligente	
comercializado	em	larga	escala.
FIGURA 1 – NABAZTAG
FONTE: <https://hackaday.com/2020/05/26/teardown-nabaztag/>. Acesso em: 15 set. 2021.
A	Figura	2	 ilustra	o	período	de	2008	a	2009	 (representado	pela	flecha)	que	é	
considerado	o	ano	do	nascimento	da	IoT.	Você	pode	observar	que	no	ano	de	2003,	a	po-
pulação	mundial	era	de	6,3	bilhões	de	habitantes	com	500	milhões	de	dispositivos	conec-
tados,	mas	em	2008,	o	total	de	dispositvos	conectados	ultrapassou	o	total	de	habitantes.
74
FIGURA 2 – O PERÍODO DE NASCIMENTO DA IOT
FONTE: <https://bit.ly/3ATQBQS>. Acesso em: 15 set. 2021.
O  Hype Cycle  é	 uma  representação	 gráfica,	 desenvolvida	 pela  Gartner,	 dos	
estágios	do	ciclo	de	vida	de	uma	tecnologia,	que	vai	desde	a	concepção	até	a	maturidade,	
passando	pela	adoção	generalizada	dessas	tecnologias	pela	população	 (EYER,	2019;	
NEVES,	2021).	A	Figura	3	representa	Hype Cycle das	tecnologias	no	período	de	2011	e	a	
inserção	da	IoT	na	curva	de	crescimento	das	tecnologias.	
FIGURA 3 – HYPE CYCLE NO PERÍODO DE 2011
FONTE: <https://bit.ly/3CVg5hl>. Acesso em: 19 jul. 2021.
75
Portanto,	 através	 do	 gráfico	 representado,	 as	 tecnologias	 vitais	 são	 aquelas	
que	desaparecem	sendo	integradas	à	rotina	diária	até	serem	indistinguíveis.	Conforme	
Barros	(2016	apud	PAYÃO;	SANTIAGO,	2018,	p.	20):
Estudos	divulgados	recentemente	estimam	que,	no	ano	de	2025,	a	
Internet	das	Coisas	poderá	alcançar	um	impacto	econômico	em	torno	
de	U$11,1	trilhões,	equivalente	a	onze	por	cento	da	economia	global,	
sendo	 que,	 no	 ano	 de	 2050,	 serão	 cinquenta	 bilhões	 de	 objetos	
conectados	à	Internet.	Nota-se	que	uma	revolução	tecnológica	está	
em	curso	e	impactará	variados	setores	da	sociedade.	
Desse	modo,	a	IoT	pode	ser	resumida	como	a	capacidade	de	coletar,	analisar	e	
tomar	decisões	através	de	dados	gerados	por	meio	de	objetos	e	máquinas	conectados	
à	Internet	(PAYÃO;	SANTIAGO,	2018;	NEVES,	2021).	Conforme	Payão	e	Santiago	(2018,	
p.	794):
A	 IoT	 é	 considerada,	 ainda	 como	 a	 primeira	 revolução	 de	 infra-
estrutura	 inteligente	da	história	da	humanidade	com	aptidão	de	
conectar	cada	equipamento,	organização,	residência	e	veículo	em	
uma	rede	 inteligente	composta	pela	 Internet	das	Comunicações,	
a	Internet	da	Energia	e	a	Internet	do	Transporte,	todas	embutidas	
em	um	único	sistema	operacional.	Em	uma	escala	ainda	superior,	
a	formação	das	smart cities ou	cidades	 inteligentes,	amplamen-
te	 conectadas	à	 Internet,	 utilizam	a	 tecnologia	para	 transformar	
a	vida	e	o	trabalho	da	comunidade,	monitorando	em	tempo	real	o	
trânsito,	segurança	e	o	clima,	por	exemplo.	
Assim,	a	IoT	é	uma	ferramenta	indispensável	para	o	planejamento	urbano	ade-
quado	e	sustentável	 (MAGRANI,	2018;	PAYÃO;	SANTIAGO,	2018;	NEVES,	2021).	Sendo	
assim,	a	cidade	inteligente	monitora	e	integra	as	condições	de	toda	a	sua	infraestrutura	
física	(estradas,	pontes,	túneis,	água,	energia,	por	exemplo)	otimizando	seus	recursos,	
bem	como	prevenindo	suas	atividades	de	modo	estratégico	e	monitorando	os	aspectos	
de	segurança	(MAGRANI,	2018;	PAYÃO;	SANTIAGO,	2018).
3 ELEMENTOS DA IOT 
A	 IoT	possui	o	potencial	considerável	de	substituir	a	 realização	de	atividades	
que	antes	eram	executadas	por	indivíduos.	Além	do	mais,	é	preciso	considerar	que	os	
computadores	disporiam	de	sistemas	inteligentes	conectados	o	tempo	todo,	tornando-
se	 onipresente	 (MAGRANI,	 2018;	 PAYÃO;	 SANTIAGO,	 2018;	 NEVES,	 2021).	 Segundo	
Neves	(2021,	p.	15):
É	interessante	observar	que	as	interfaces	que	auxiliam	as	interações	
dos	 objetos	 de	 inteligentes	 na	 internet	 como	 forma	 de	 serviço	
informando	 e	 alterando	 os	 fluxos	 de	 informações	 de	 acordo	 com	
questões	de	segurança	e	privacidade.	Isso	define	a	internet	das	coisas	
como	 uma	 rede	 global	 padronizada	 e	 objetos	 com	 identificações	
únicas	a	fim	de	conectar	objetos	dotados	da	capacidade	de	agirem	
por	conta	própria,	com	ou	sem	supervisão	humana.	
76
FIGURA 4 – CONEXÕES DA IOT
FONTE: Neves (2021, p. 15)
Portanto,	 a	 IoT	 é	 capaz	 de	 comunicar-se	 entre	 objetos,	 ou	 dispositivos,	 e	 o	
indivíduo	interage	a	partir	disso.	No	entanto,	tudo	depende	da	conexão	existente	entre	
esses	dispositivos	(PAYÃO;	SANTIAGO,	2018;	FARIAS,	2019;	NEVES,	2021).	O	Quadro	2	
apresenta	os	elementos	responsáveis	por	essa	comunicação.
QUADRO 2 – ELEMENTOS DA IOT
ELEMENTOS DESCRIÇÃO
Internet das coisas
Rede	de	objetos	conectados	à	Internet	com	habilidade	de	
capturar	e	trocar	dados	por	meio	de	sensores	incorporados.
Dispositivo internet 
das coisas
Qualquer	dispositivo	autônomo	conectado	à	 Internet	que	
pode	ser	monitorado	a	partir	de	um	local	físico.	
Ecossistema 
Internet das coisas
Todos	 os	 componentes	 que	 possibilitem	 que	 as	
organizações	públicas	e	privadas,	bem	como	os	usuários	
em	geral,	se	conectem	aos	seus	dispositivos	IoT.
Entidade
Organizações	 públicas	 e	 privadas,	 bem	 como	 os	
consumidores.
Camada física
O	 hardware	 que	 faz	 um	 dispositivo	 IoT	 (sensores	 e	
equipamentos	de	rede).
Camada de rede
Responsável	 pela	 transmissão	 dos	 dados	 coletados	 pela	
camada	física	para	diferentes	dispositivos.
77
Camada de aplicação
Considera	 os	 protocolos	 e	 interfaces	 que	 os	 dispositivos	
utilizam	para	identificar	e	comunicar	uns	com	os	outros.
Controles remotos
Controles	 responsáveis	 pela	 conecção,	 por	 exemplo:	
smartphones,	tablets,	PCs,	smartwatches,	TVs	conectadas	
e	controles	remotos	não	tradicionais.
Dashboard
Responsável	em	exibir	as	informações	sobre	o	ecossistema	
de	 IoT	 para	 os	 usuários	 possibilitando	 o	 controle	 do	 seu	
ecossistema	de	IoT.	
Análise
 Sistemas	de	software responsáveis pela análise dos dados 
gerados	através	dos	dispositivos	de	IoT.	A	análise	pode	ser	
utilizada	para	manutenção	preditiva,	por	exemplo.
Armazenamento de 
dados
Local	onde	os	dados	dos	dispositivos	IoT	são	armazenados.
FONTE: Adaptado de Costa (2018) e Neves (2021)
FIGURA 5 – ELEMENTOS IOT
FONTE: <https://www.3way.com.br/voce-sabe-o-que-e-iot/>. Acesso em: 19 jul. 2021.
4 CONSTRUÇÃO DA IOT
A	IoT	pode	ser	vista	como	a	combinação	de	diversas	tecnologias,	as	quais	são	
complementares	no	sentido	de	viabilizar	a	integração	dos	objetos	no	ambiente	físico	ao	
mundo	virtual	(PATINHA,	2017;	COELHO,	2018;	MAGRANI,	2018;	NEVES,	2021).	O	Quadro	
3	apresenta	os	elementos	da	construção	da	IoT.
78
QUADRO 3 – ELEMENTOS DA CONSTRUÇÃO DA IOT
ELEMENTOS DA 
CONSTRUÇÃO
DESCRIÇÃO
Identificação
Etapa	 primordial	 para	 identificar	 os	 objetos	 que	 serão	
conectados	à	Internet.
Sensores
Os	 sensores	 são	 responsáveis	 pela	 coleta	 de	 informações	
sobre	o	contexto	de	localização	dos	objetos	e,	posteriormente,	
armazenam	 ou	 enviam	 esses	 dados	 para	 centros	 de	
armazenamento,	por	exemplo.		
Atuadores
Os	atuadores	são	capazes	de	manipular	o	ambiente	ou	reagir	
conforme	os	dados	lidos.
Comunicação
Considera	 as	 diversas	 técnicas	 utilizadas	 para	 conectar	
objetos	 inteligentes.	 Além	 disso,	 desempenha	 papel	
essencial	no	consumo	de	energia	dos	objetos.	
Computação
Considera	a	unidade	de	processamento,	tais	como:	micro-
controladores,	processadores	e	FPGAs,	que	são	 responsá-
veis	por	executar	algoritmos	locais	nos	objetos	inteligentes.
Serviços
A	IoT	possui	as	seguintes	classes	de	serviços:
Serviços	de	identificação:	mapeia	as	Entidades	Físicas	(EF)	
de	 interesse	 do	 usuário	 em	 Entidades	 Virtuais	 (EV).	 Por	
exemplo,	coordenadas	geográficas	do	sensor;	
Serviços	de	agregação	de	dados:	coleta	e	sintetizam	dados	ho-
mogêneos	ou	heterogêneos	obtidos	dos	objetos	inteligentes;	
Serviços	 de	 colaboração	 e	 inteligência:	 atuam	 sobre	 os	
serviços	 de	 agregação	 de	 dados	 tomando	 decisões	 e	
reagindo	conforme	um	determinado	cenário;	
Serviços	de	ubiquidade:	promovem	serviços	de	colaboração	
e	inteligência	no	momento	em	que	eles	são	requisitados.	
Semântica
Capacidade	 de	 extração	 de	 conhecimento	 dos	 objetos	 na	
IoT.	 Podem	 ser	 utilizadasmuitas	 técnicas	 como	Resource 
Description Framework (RDF),	 Web Ontology Language 
(OWL)	e	Efficient XML	Interchange	(EXI).
FONTE: Adaptado de Magrani (2018) e Neves (2021)
5 ARQUITETURA BÁSICA DOS DISPOSITIVOS
A	arquitetura	básica	dos	objetos	inteligentes	é	composta	por	quatro	unidades:	
processamento/memória,	 comunicação,	 energia	 e	 sensores/atuadores	 (MAGRANI,	
2018;	NEVES,	2021).
79
QUADRO 4 – ARQUITETURA DOS DISPOSITIVOS
UNIDADES DESCRIÇÃO
Unidade(s) de 
processamento e 
memória
Representada	pela	memória	 interna	de	armazenamento	
de	dados	e	programas,	um	microcontrolador	e	um	con-
versor	analógico-digital	para	receber	sinais	dos	sensores.	
As	CPUs	usadas	 são	as	mesmas	que	 são	utilizadas	em	
sistemas	 embarcados	 e	 geralmente	 não	 possuem	 alto	
poder	computacional.	
Existe	uma	memória	externa	 (flash),	que	é	usada	como	
memória	secundária	para	manter	um	“log”	de	dados,	por	
exemplo.
Unidade(s) de 
comunicação
Compreende	pelo	menos	um	canal	de	comunicação	com	
ou	sem	fio,	sendo	que	a	maioria	das	plataformas	utilizam	
rádio	de	baixo	custo	e	baixa	potência.	Uma	consequência	
desta	utilização	é	a	comunicação	de	curto	alcance	e	com	
perdas	frequentes.	
Fonte de energia
Fornece	energia	aos	componentes	do	objeto	inteligente.	
Geralmente,	a	fonte	de	energia	consiste	de	uma	bateria	
(recarregável	 ou	 não)	 e	 um	 conversor	 AC-DC	 e	 tem	 a	
função	de	alimentar	os	componentes.	No	entanto,	outras	
fontes	 de	 alimentação	 podem	 ser	 utilizadas,	 tais	 como:	
energia	 solar	e	captura	de	energia	do	ambiente	através	
de	técnicas	de	conversão.
Unidade(s) de 
sensor(es) 
Efetuam	 o	 monitoramento	 do	 ambiente	 no	 qual	 o	
objeto	está	 localizado.	Os	sensores	capturam	valores	de	
grandezas	físicas	como	temperatura,	umidade,	pressão	e	
presença.	
FONTE: Adaptado de Magrani (2018) e Neves (2021)
A	 Figura	 6	 apresenta	 uma	 visão	 geral	 da	 arquitetura	 de	 um	 dispositivo	 e	 a	
interligação	entre	seus	componentes.	
80
FIGURA 6 – ARQUITETURA BÁSICA DOS DISPOSITIVOS DE IOT
FONTE: <https://www.slideshare.net/danielrodriguesdesousa90/iot-arduino>. Acesso em: 19 jul. 2021.
A	GIO	a	seguir	apresenta	os	quatro	tipos	de	plataformas	que	são	ofertados	no	
mercado	de	IoT	internet	das	coisas.
O quadro apresenta os tipos de plataformas IoT:
QUADRO – TIPOS DE PLATAFORMA IOT
IMPORTANTE
PLATAFORMA DESCRIÇÃO
End-to-end
Facilitam o manuseio de milhões de conexões 
simultâneas de dispositivos, fornecendo ferramentas 
de hardware, software, conectividade, segurança e 
gerenciamento de dispositivos. Além disso, essas 
plataformas fornecem atualizações de firmware OTA 
(over the air), conectividade na nuvem e gerenciamento/
monitoramento de dispositivos. 
Conectivity
Fornecem soluções de conectividade de baixo custo 
geralmente para tecnologias 802.11(Wi-Fi) e celular (3G, 
4G, LTE etc.).
Cloud
Reduzem a complexidade de construir pilhas de rede 
complexas e fornecem recursos de  back-end  para o 
monitoramento de dispositivos.
81
Data
Fornecem inúmeras ferramentas para roteamento de 
dados e facilitam o gerenciamento e a visualização para 
a tomada de decisão usando ferramentas de análise de 
dados, banco de dados etc.
FONTE: <https://bit.ly/38ULAyz>. Acesso em: 20 jul. 2021.
6 SOFTWARE PARA REDE DE OBJETOS INTELIGENTES
A	Rede	de	Sensores	Sem	Fio	 (RSSF)	possui	Nós	Sensores	 (NS)	dispersos	em	
uma	determinada	 área.	 O	 uso	 desta	 tecnologia	 possibilita	 atender	 às	 áreas	 que	não	
são	viáveis	para	implantar	redes	cabeadas	(JOSÉ,	2012;	LOUREIRO,	2015;	NEVES,	2021).	
No	entanto,	as	RSSF	podem	apresentar	vulnerabilidades	em	relação	à	segurança,	por	
utilizar	 um	meio	que	pode	 ser	 captado	por	 outros	meios	maliciosos.	De	 acordo	com	
Loureiro	(2015,	p.	15):
Os	 NS	 são	 dispositivos	 capazes	 de	 monitorar	 grandezas,	 como	
temperatura,	 luminosidade	 ou	 umidade,	 por	 exemplo.	 Todas	 as	
informações	coletadas	pelos	NS	são	enviadas	para	um	Nó	Sorvedouro	
por	meio	 de	 comunicação	 sem	 fio.	 O	 Nó	 Sorvedouro	 é	 conectado	
via	 cabo	 em	 um	 dispositivo	 chamado	 de	 gateway.	 O	 gateway	 é	
responsável	por	enviar	as	informações	para	outras	redes,	como	por	
exemplo,	a	Internet.
FIGURA 7 – REPRESENTAÇÃO DE REDE DE SENSORES SEM FIO (RSSF)
FONTE: <https://bit.ly/3A49LT3>. Acesso em: 20 jul. 2021.
82
Para	 alcançar	 a	 crescente	 demanda	da	 IoT	 por	 escalabilidade	 e	 robustez,	 as	
RSSF	precisam	utilizar	 algoritmos	 e	 protocolos	 especializados,	 tais	 como:	 protocolos	
que	 possibilitem	 o	 processamento	 ao	 longo	 da	 rede	 (in-network processing)	 (JOSÉ,	
2012;	LOUREIRO,	2015;	COSTA,	2018).
Você	ficou	na	dúvida	sobre	o	conceito	de	escalabilidade	e	robustez?	Então	veja	
a	GIO	a	seguir.
A escalabilidade é a capacidade de um sistema de atender a um 
volume crescente de carga de processamento sem comprometer 
seriamente a performance ou o tempo de resposta para os usuários. 
FONTE: <https://bit.ly/3il7BIC>. Acesso em: 23 jul. 2021.
Um produto de software é considerado confiável quando ele 
consegue entregar suas funcionalidades da forma como elas 
foram definidas. Robustez é um sub-atributo de confiabilidade e 
diz respeito à capacidade do software em reagir especificamente a 
defeitos externos. 
FONTE: <https://bit.ly/3CVtw0L>. Acesso em: 23 jul. 2021.
IMPORTANTE
É	preciso	 salientar	que	o	processo	de	 implementação	e	o	gerenciamento	de	
um	 gateway	 é	 geralmente	 complexo,	 pois	 precisa	 executar	 atividades	 de	 tradução,	
bem	como	tratar	da	semântica	de	serviços	para	a	camada	de	aplicação	(COELHO,	2018;	
COSTA,	2018;	NEVES,	2021).	Portanto,	a	dificuldade	dessas	atividades	torna	o	gateway 
um	problema	para	a	IoT,	tais	como	(NEVES,	2021):
 
• Todas	as	informações	da	rede	de	objetos	inteligentes	transitam	por	meio	do	gateway.	
• O	emprego	dos	gateways	à	inteligência	da	IoT	fica	no	meio	da	rede.
83
FIGURA 8 – FUNCIONAMENTO DO GATEWAY EM CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3ijjf6x>. Acesso em: 23 jul. 2021.
Portanto,	 a	 arquitetura	 para	 IoT	 para	 conseguir	 conectar	 os	 mais	 variados	
objetos	inteligentes	à	Internet,	deve-se	ter	uma	arquitetura	composta	pelas	seguintes	
camadas	(PATINHA,	2017;	COSTA,	2018,	NEVES,	2021):	
• Camada física:	composta	de	objetos	inteligentes	que	representam	os	objetos	físicos.	
Isso	significa	os	objetos	que	usam	sensores	para	coletar	e	processar	informações.	
• Camada de rede:	 abstrações	 das	 tecnologias	 de	 comunicação,	 serviços	 de	
gerenciamento,	roteamento	e	identificação	devem	ser	executados.	
• Camada de aplicação:	responsável	por	prover	serviços	para	os	clientes.	
Um	problema	atual	é	o	crescimento	acelerado	da	rede	mundial	de	computadores	
que	ocasionou	o	esgotamento	de	endereços	IPv4	disponíveis,	ou	seja,	não	é	escalável	
o	 suficiente	 para	 conseguir	 atender	 à	 demanda	 da	 IoT	 atual.	 No	 entanto,	 tem-se	
atualmente	o	 IPv6,	que	é	considerada	uma	abordagem	mais	eficaz	para	solucionar	a	
escassez	 de	 endereços	 IPv4	 (PATINHA,	 2017;	 COSTA,	 2018,	 COSSETTI,	 2019;	 NEVES,	
2021).	Conforme	Neves	(2021,	p.	20):
84
Na	IoT,	os	elementos	da	rede	são	endereçados	unicamente	usando	o	
IPv6	e,	geralmente,	têm	o	objetivo	de	enviar	pequenas	quantidades	
de	 dados	 obtidos	 pelos	 dispositivos.	 Contudo,	 o	 IPv6	 tem	 um	
tamanho	de	pacote	maior	que	o	tamanho	do	quadro	dos	protocolos	
usados	pelos	dispositivos	na	IoT	(o	pacote	IPv6	é	transmitido	dentro	
da	área	de	dados	do	quadro	do	protocolo	de	acesso	ao	meio).
Você	sabe	o	que	é	IP?	Então	veja	a	GIO!
O IP (“Internet Protocol” ou Protocolo da Internet) é o endereço na rede. Cada dispositivo 
conectado à rede possui um número exclusivo, denominado endereço IP ou número IP. É 
essa informação que identifica os aparelhos na internet.
Para enviar informações de um computador para outro por meio da web, um pacote de 
dados contendo os endereços IP de ambos os dispositivos deve ser transferido pela rede. 
Sem esses endereços, os computadores não poderiam se comunicar e enviar dados uns 
aos outros. É por isso que o IP é essencial paraa infraestrutura da web.
O IPv4 é a quarta e mais difundida versão do protocolo IP. Com endereços no padrão 32 
bits, é bem antigo e possui vários problemas — desde falhas de segurança incontornáveis 
até o esgotamento da sua capacidade de expansão. Hoje, em todo o mundo, já está bem 
difícil conseguir um endereço nesse padrão.
A sexta revisão do Internet Protocol, o IPv6 funciona de maneira semelhante ao IPv4, mas 
com uma grande diferença: utiliza endereços no padrão 128 bits.
FONTE: <https://bit.ly/3m9xNa5>. Acesso em: 23 jul. 2021.
IMPORTANTE
FIGURA – DIFERENÇAS ENTRE IPV4 E IPV6
FONTE: <https://www.avast.com/pt-br/c-ipv4-vs-ipv6-addresses>. Acesso em: 
23 jul. 2021.
Portanto,	você	pôde	perceber	 ao	 longo	deste	 tópico	que	 a	 IoT	 aplicada	 em	
cidades	possibilita	o	acesso	a	 informações	úteis	para	que	seus	habitantes	e	gover-
nantes	possam	ter	uma	melhor	qualidade	de	vida	e	tomar	decisões	importantes	dia-
riamente.	Isso,	portanto,	permite	que	os	processos	trabalhem	conjuntamente	e	com	
mais	eficiência.
https://blog.intnet.com.br/entenda-como-fazer-seu-plano-de-dados-de-internet-durar-mais/
https://blog.intnet.com.br/entenda-como-fazer-seu-plano-de-dados-de-internet-durar-mais/
https://www.avast.com/pt-br/c-ipv4-vs-ipv6-addresses
85
RESUMO DO TÓPICO 1
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 O	crescimento	constante	dos	núcleos	urbanos	enfrenta	desafios,	 já	que	os	habi-
tantes	urbanos	consomem	aproximadamente	 três	quartos	dos	 recursos	naturais	
existentes	no	planeta	terra.
•	 Um	dos	problemas	da	urbanização	acelerada	é	a	perda	das	funcionalidades	básicas	
das	cidades,	 tais	 como:	dificuldade	no	gerenciamento	dos	 resíduos;	 a	 redução	de	
recursos	naturais;	a	qualidade	do	ar	e	da	água;	poluição	do	ar;	proliferação	de	doenças;	
tráfego	 intenso	de	veículos;	falta	de	manutenção	e	adequação	das	 infraestruturas	
básicas.
•	 Uma	das	medidas	para	ajudar	a	solucionar	este	problema	urbano	é	a	 Internet	das	
Coisas	(Internet of Things	-	IoT),	que	possui	como	ideia	principal	a	presença	de	um	
conjunto	 de	 objetos	 (things)	 como	 sensores,	 atuadores,	 dispositivos	móveis	 que,	
através	de	mecanismos	da	internet	são	capazes	de	interagir	e	cooperar	uns	com	os	
outros	para	alcançar	objetivos	em	comum.
•	 A	 IoT	 é	 uma	 ferramenta	 indispensável	 para	 o	 planejamento	 urbano	 adequado	 e	
sustentável.	Sendo	assim,	a	cidade	 inteligente	monitora	e	 integra	as	condições	de	
toda	a	sua	infraestrutura	física	(estradas,	pontes,	túneis,	água,	energia,	por	exemplo)	
otimizando	seus	recursos,	bem	como	prevenindo	suas	atividades	de	modo	estratégico	
e	monitorando	os	aspectos	de	segurança.
•	 A	 IoT	 possui	 o	 potencial	 considerável	 de	 substituir	 a	 realização	 de	 atividades	 que	
antes	 eram	 executadas	 por	 indivíduos.	 Além	 do	 mais,	 é	 preciso	 considerar	 que	
os	 computadores	 disporiam	 de	 sistemas	 inteligentes	 conectados	 o	 tempo	 todo,	
tornando-se	onipresente.
•	 A	Rede	de	Sensores	Sem	Fio	 (RSSF)	possui	Nós	Sensores	 (NS)	dispersos	em	uma	
determinada	área.	O	uso	desta	tecnologia	possibilita	atender	às	áreas	que	não	são	
viáveis	para	implantar	redes	cabeadas.
•	 Um	problema	atual	é	o	crescimento	acelerado	da	rede	mundial	de	computadores	que	
ocasionou	o	esgotamento	de	endereços	 IPv4	disponíveis,	ou	seja,	não	é	escalável	
o	 suficiente	 para	 conseguir	 atender	 à	 demanda	 da	 IoT	 atual.	 No	 entanto,	 tem-se	
atualmente	o	IPv6,	que	é	considerada	uma	abordagem	mais	eficaz	para	solucionar	a	
escassez	de	endereços	IPv4.
86
1	 Um	dos	problemas	da	urbanização	acelerada	é	a	perda	das	funcionalidades	básicas	
das	 cidades.	 Uma	 das	medidas	 para	 ajudar	 a	 solucionar	 este	 problema	 urbano	 é	
a	 Internet	das	Coisas	 (Internet of Things	 -	 IoT),	 que	possui	 como	 ideia	principal	 a	
presença	de	um	conjunto	de	objetos	(things)	como	sensores,	atuadores,	dispositivos	
móveis	que,	através	de	mecanismos	da	internet	são	capazes	de	interagir	e	cooperar	
uns	 com	 os	 outros	 para	 alcançar	 objetivos	 em	 comum.	 Dessa	 forma,	 assinale	 a	
alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 No	 ano	 de	 2000,	 John	 Romkey	 foi	 o	 responsável	 pelo	 desenvolvimento	 do	
primeiro	 dispositivo	 em	 IoT.	 Ele	 desenvolveu	 uma	 torradeira	 que	 poderia	 ser	
ligada	e	desligada	pela	Internet.
b)	(			)	 Em	2015,	 a	 LG	 apresentou	 uma	geladeira	 inteligente	 conectada	 à	 internet,	 e	
ainda,	gerenciada	através	de	um	sistema	próprio..
c)	(			)	 A	 partir	 de	 2015,	 a	 IoT	 já	 pode	 ser	 considerada	 uma	 realidade,	 sendo	 que	
aproximadamente	4,9	bilhões	de	objetos	estão	conectadas	e	em	uso.	
d)	(			)	 A	IoT	é	considerada	uma	ferramenta	que	transforma	a	sociedade	de	inteligentes	
para	digital.
2	 A	 IoT	pode	ser	 resumida	como	a	capacidade	de	coletar,	analisar	e	tomar	decisões	
através	de	dados	gerados	por	meio	de	objetos	e	máquinas	conectados	à	 Internet.	
Deste	 modo,	 a	 IoT	 é	 uma	 ferramenta	 indispensável	 para	 o	 planejamento	 urbano	
adequado	e	sustentável.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 A	IoT	é	considerada,	ainda,	como	a	primeira	revolução	de	infraestrutura	inteligente	
da	 história	 da	 humanidade	 com	 aptidão	 de	 conectar	 cada	 equipamento,	
organização,	 residência	 e	 veículo	 em	 uma	 rede	 inteligente	 composta	 pela	
Internet	das	Comunicações,	a	 Internet	da	Energia	e	a	 Internet	do	Transporte,	
todas	embutidas	em	um	único	sistema	operacional.
b)	(			)	 A	 formação	das	 cidades	digitais,	 conectadas	à	 rede,	 utiliza	 a	 tecnologia	para	
transformar	a	vida	e	o	trabalho	da	comunidade,	monitorando	em	tempo	real	o	
trânsito,	segurança	e	o	clima.
c)	(			)	 Estudos	 divulgados	 recentemente	 estimam	 que,	 no	 ano	 de	 2050,	 a	 Internet	
das	Coisas	poderá	alcançar	um	impacto	econômico	em	torno	de	U$11,1	trilhões,	
equivalente	a	onze	por	cento	da	economia	global,	sendo	que,	no	ano	de	2055,	
serão	cinquenta	milhões	de	objetos	conectados	à	Internet.
d)	(			)	 O	Nabaztag,	um	objeto	conectado	à	internet,	é	um	equipamento	atual	que	pode	
ser	 programado	 para	 receber	 previsão	 do	 tempo	 e	 ler	 e-mails,	 entre	 outros,	
sendo	considerado	um	dos	últimos	avanços	na	tecnologia	IoT.
AUTOATIVIDADE
87
3	 A	 IoT	 possui	 o	 potencial	 considerável	 de	 substituir	 a	 realização	 de	 atividades	 que	
antes	 eram	 executadas	 por	 indivíduos.	 Além	 do	 mais,	 é	 preciso	 considerar	 que	
os	 computadores	 disporiam	 de	 sistemas	 inteligentes	 conectados	 o	 tempo	 todo,	
tornando-se	onipresente.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	
e	F	para	as	falsas:
(			)	 A	internet	das	coisas	é	definida	como	uma	rede	global	padronizada	e	objetos	com	
identificações	únicas	a	fim	de	conectar	objetos	dotados	da	capacidade	de	agirem	
por	conta	própria,	com	ou	sem	supervisão	humana.	
(			)	 A	 IoT	 é	 capaz	 de	 comunicar-se	 entre	 objetos,	 ou	 dispositivos,	 e	 o	 indivíduo	
interage	a	partir	disso.	No	entanto,	tudo	depende	da	conexão	existente	entre	esses	
dispositivos.	
(			)	 A	 IoT	 pode	 ser	 vista	 como	 a	 combinação	 de	 diversas	 tecnologias,	 as	 quais	 são	
complementares	 no	 sentido	 de	 viabilizar	 a	 integração	 dos	 objetos	 no	 ambiente	
físico	ao	mundo	virtual.
(			)	 Na	 IoT,	 os	 elementos	 da	 rede	 são	 endereçados	 unicamente	 usando	 o	 IPv6	 e,	
geralmente,	 têm	 o	 objetivo	 de	 enviar	 pequenas	 quantidades	 de	 dados	 obtidos	
pelos	dispositivos.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 A	arquitetura	para	IoT	para	conseguir	conectar	os	mais	variados	objetos	inteligentes	
à	Internet,	deve-se	ter	uma	arquitetura	composta	por	camadas	(PATINHA,	2017;	COS-
TA,	2018,	NEVES,	2021).	Considerando	esta	afirmação	descreva	as	três	camadas	da	
arquitetura.	
5	 A	 IoT	 pode	 ser	 vista	 como	 a	 combinação	 de	 diversas	 tecnologias,	 as	 quais	 são	
complementares	 no	 sentido	 de	 viabilizar	 a	 integração	 dos	 objetos	 no	 ambiente	
físico	ao	mundo	virtual.	Neste	sentido,a	arquitetura	básica	dos	objetos	inteligentes	
é	 composta	 por	 quatro	 unidades:	 processamento/memória,	 comunicação,	 energia	
e	 sensores/atuadores.	 Considerando	 esta	 afirmação,	 elabore	 um	 quadro	 com	 a	
descrição	destas	unidades.
88
89
A IOT E A SOCIEDADE
1 INTRODUÇÃO
O	uso	da	tecnologia	no	dia	a	dia	da	sociedade,	otimizando	atividades	rotineiras,	
economizando	recursos,	de	tal	modo	a	assegurar	uma	melhor	qualidade	de	vida,	são	
objetivos	 inerentes	 das	 novas	 tecnologias	 (PATINHA,	 2017;	 NEVES,	 2021).	 A	 IoT	 já	 é	
considerada	um	grande	marco	na	história	do	desenvolvimento	tecnológico	(PATINHA,	
2017;	COSTA,	2018,	COSSETTI,	2019;	NEVES,	2021).	
Deste	modo,	os	avanços	alcançados	com	o	desenvolvimento	da	IoT,	as	cidades	
inteligentes	 vêm	 destacando-se	 devido	 ao	 seu	 potencial	 transformador	 permitindo	
uma	percepção	concreta	dos	efeitos	tecnológicos	na	rotina	do	cidadão.	Sendo	assim,	
a	tecnologia	pode	ser	considerada	como	um	dos	pilares	do	desenvolvimento	urbano	
adequado	(PATINHA,	2017;	FARIAS,	2019;	NEVES,	2021).
Ao	longo	deste	tópico,	abordaremos	quanto	a	capacidade	de	infraestrutura	que	
as	redes	de	dados	precisam	ter	para	suprir	toda	a	demanda	da	IoT,	bem	como	analisar	
os	avanços	tecnológicos	em	relação	ao	5G,	especialmente	no	que	se	refere	à	Internet	
das	Coisas.	Então,	bons	estudos!
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
2 REDES
Uma	das	grandes	preocupações	atuais	é	sobre	a	capacidade	de	infraestrutura	
que	as	 redes	de	dados	necessitam	para	conseguir	atender	à	demanda	dos	objetos	
conectados	à	Internet	(PATINHA,	2017;	CARRARA,	2020).	Atualmente,	no	Brasil,	estima-
se	que	se	tenha	mais	dispositivos	móveis	do	que	habitantes,	em	uma	proporção	de	
107	 dispositivos	 para	 cada	 100	 pessoas	 (CARRARA,	 2020;	 NEVES,	 2021).	 Junto	 ao	
número	de	dispositivos	conectados	a	um	servidor	local,	o	consumo	diário	de	dados	se	
torna	muito	alto	ao	que	se	é	esperado	para	um	determinado	período	(LAVADO,	2019;	
NEVES,	2021).	
90
FIGURA 8 – NÚMERO DE CELULARES NO BRASIL DE 2015 A 2019
FONTE: <https://bit.ly/3kSHomo>. Acesso em: 21 jul. 2021.
O	 Gráfico	 1	 mostra	 o	 número	 de	 usuários	 que	 utilizaram	 a	 internet,	 sendo	
que	no	período	de	2018,	70%	dos	brasileiros	usaram	a	 internet,	o	que	corresponde	à,	
aproximadamente,	127	milhões	de	indivíduos	(COSSETTI,	2019).
GRÁFICO 1 – NÚMERO DE USUÁRIOS DA INTERNET NO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2018
FONTE: <https://glo.bo/3oiST8x>. Acesso em: 21 jul. 2021.
Agora	 você	 vai	 entender	 os	 diferentes	 tipos	 de	 redes	 e	 com	 diferentes	
frequências	em	que	operam	para	operacionalizar	a	IoT.
91
2.1 TIPOS DE REDES EM APLICAÇÕES IOT 
Diferentes	tipos	de	redes	podem	ser	distinguidos	no	panorama	de	aplicação	na	
IoT,	tal	como	a	identificação	por	radiofrequência	(RFID).	Esta	consiste	no	uso	de	ondas	
eletromagnéticas	com	o	objetivo	de	comunicar	dados	de	identificação	de	algum	objeto	
(SILVA	JUNIOR,	2016;	COSSETTI,	2019).	A	Figura	9	representa	a	tecnologia	LoRa	de	radio	
frequência	que	possibilita	a	comunicação	a	 longas	distâncias,	ou	seja,	até	12	km	em	
perímetro	rural,	com	consumo	mínimo	de	energia	(SILVA	JUNIOR,	2016;	COSSETTI,	2019;	
PALARMINI,	2020).	A	sua	principal	aplicação	na	IoT	é	em	sensores	e	monitores	remotos,	
principalmente	aqueles	operados	à	bateria,	de	mensagens	curtas	e	em	alguns	casos	em	
locais	de	difícil	acesso	(SILVA	JUNIOR,	2016;	PALARMINI,	2020).
FIGURA 9 – RADIOFREQUÊNCIA DO TIPO LORA PARA IOT
FONTE: <https://bit.ly/38sisyG>. Acesso em: 21 jul. 2021.
Portanto,	 o	 RFID	 é	 reconhecido	 como	 uma	 tecnologia	 de	 identificação	 sem	
fios	que	se	usa	de	sinais	para	identificar	de	modo	remoto	um	objeto	com	capacidade	
de	 armazenar	 e	 recuperar	 informação	 de	 suas	 próprias	 atividades	 a	 partir	 de	 um	
código	(PEDROSO;	ZWICKER; SOUZA,	2009;	COSSETTI,	2019).	De	acordo	com	Pedroso,	
Zwicker e Souza	(2009,	p.	15):
As	 informações	 sobre	 a	 identificação	 de	 um	 objeto	 (incluindo	
outras	 possíveis	 informações	 passíveis	 de	 monitoramento	 por	
sensores,	 tais	 como	 temperatura,	 pressão	 etc.)	 são	 gravadas	 nas	
etiquetas	 RFID.	 Essas	 etiquetas	 são	 anexadas	 em	 itens	 (caixas,	
pallets,	 containers,	 veículos,	 pessoas,	 ativos	 ou	máquinas)	 que	 se	
movimentam	ou	estão	dispostos	ao	longo	da	cadeia	de	suprimentos.	
As	 informações	 contidas	 nas	 etiquetas	 são	 lidas	 por	 um	 conjunto	
de	 sensores	 (antenas	 e	 leitores)	 por	meio	 de	 rádio	 frequência.	 Os	
sensores	 geralmente	 estão	 distribuídos	 em	 diferentes	 estágios	 e	
várias	 posições	 na	 cadeia	 de	 suprimentos	 (docas	 de	 recebimento,	
92
docas	de	expedição	e	pontos	de	controle	em	centros	de	distribuição	
e	armazéns;	pontos	de	controle	em	processos	de	fabricação	e	linhas	
de	montagem;	pontos	de	controle	em	rodovias,	ferrovias,	portarias,	
operações	de	pesagem	etc.).
FIGURA 10 – A IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA (RFID) EM RODOVIAS
FONTE: <https://bit.ly/3md7tvE>. Acesso em: 21 jul. 2021.
Outra	aplicação	consiste	no	monitoramento	ambiental	com	o	intuito	de	mo-
nitorar	a	qualidade	do	ar,	praias	ou	rios,	bem	como	a	previsão	de	catástrofes.	Deste	
modo,	são	disponibilizados	aos	usuários	os	dados	da	qualidade	do	ar,	ou	até	um	alar-
me	de	enchente	na	SmartTV	ou	celular	dos	habitantes	de	áreas	de	risco	(PEDROSO;	
ZWICKER; SOUZA,	2009;	COSSETTI,	2019;	NEVES,	2021).	
A	Figura	11	ilustra	uma	possível	solução	com	o	uso	efetivo	de	IoT,	para	possibi-
litar	o	poder	de	fiscalização	da	sociedade	em	relação	às	mineradoras	de	grande	porte,	
sendo	que	este	uso	foi	desenvolvido	após	a	 tragédia	de	Brumadinho	 (BAZZO,	2019).		
Nesta	situação,	as	informações	de	monitoramento em	tempo	real, e	ainda,	o	histórico	
das	medições	das	barragens	seriam	de	domínio	público.	
Na	parte	inferior	da	figura	você	pode	observar	as	barragens	com	seus	centros	
de	controle	privados	e	sensores	para	monitoramento	 remoto,	usando	tecnologias	de	
comunicação	 sem	fio	 (NB-IoT,	 CAT-M,	 Sigfox	 e	 LoRa,	 protocolos	 padronizados	 como	
MQTT	e	COAP),	e	com	uma	estrutura	de	dados	aberta	para	uma	rápida	efetiva	com	a	
plataforma	de	IoT	(BAZZO,	2019).
93
FIGURA 11 – SOLUÇÃO IOT PARA AUMENTAR O PODER DE FISCALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
FONTE: <https://bit.ly/3ijyI6O>. Acesso em: 20 jul. 2021.
No	entanto,	a	convergência	de	todo	o	sistema,	ou	seja,	sensores	dos	celulares,	
estação	de	monitoramento	e	central	de	coleta	de	dados	deve	ser	realizada	pela	Internet	
viabilizada	pela	IoT.
Você	sabe	como	funciona	a	tecnologia	RFID?	Então	veja	a	GIO	a	seguir!
Um aparelho com função de leitura envia, por meio de uma antena, sinais de 
radiofrequência em busca de objetos a serem identificados.  Os sinais emitidos pelas 
antenas do leitor ativam a antena da etiqueta que, por sua vez, reflete os sinais de 
volta para o leitor, enviando-lhe as informações contidas no microchip. Os leitores são 
conectados a um Software (Middleware), sendo responsável por monitorar as condições 
de operação do leitor e gerenciar o fluxo de dados específicos, possibilitando integrações 
com Sistemas ERP/WMS. 
FONTE: <https://bit.ly/3md7tvE>. Acesso em: 20 jul. 2021.
IMPORTANTE
94
FIGURA – FUNCIONAMENTO DA TECNOLOGIA RFID
FONTE: <https://bit.ly/3md7tvE>. Acesso em: 20 jul. 2021.
O	Quadro	5	apresenta	os	principais	tipos	tecnologia	para	aplicação	na	IoT.
QUADRO 5 – TIPOS TECNOLOGIA PARA APLICAÇÃO NA IOT
TECNOLOGIA DESCRIÇÃO
Wifi
Considerada	ótima	para	realizar	transferências	de	grande	volume	
de	dados	entre	os	dispositivos.	Porém,	precisa	de	uma	grande	
quantidade	de	energia	para	operar,	mas	a	maioria	dos	dispositivos	
IoT	necessita	de	uma	taxa	de	transferência	de	dados	muito	menor	
do	que	a	utilizada	pelo	Wi-Fi.	
Bluetooth
A	tecnologia	Bluetooth	é	considerada	um	pilar	da	comunicação	
de	 curto	 alcance,	 já	 que	 consegue	 transmitir	 dados	 numa	
frequência	de	banda	entre	os	2,4	e	os	2,485	GHz.	
Em	relação	ao	Wi-fi,	o	Bluetooth	atua	em	distâncias	menores	e	
precisa	 de	menos	 energia.	 O	 Bluetooth	 v4.0	 é	 visto	 como	 um	
protocolo	importante	para	a	IoT,	já	que		foi	desenvolvidopara	um	
consumo	de	energia	reduzido.	
Zigbee
O	 Zigbee	 permite	 a	 dispositivos	 de	 baixa	 potência	 de	
operação,	 baixa	 taxa	 de	 transmissão	 de	 dados	 e	 baixo	 custo	
de	 implementação	 encaminharem	 dados	 na	 rede,	 com	 cada	
dispositivo	com	capacidade	de	transmitir	os	dados	em	direção	ao	
seu	destino	pretendido.	
95
Z-Wave
O	 Z-Wave	 é	 considerada	 uma	 tecnologia	 de	 baixo	 consumo,	
projetada	inicialmente	para	automação	de	residências.	Otimizada	
para	 comunicação	 confiável	 e	 de	 baixa	 latência	 de	 pequenos	
pacotes	de	dados,	com	taxas	de	transferência	entre	os	100	kbit/s,	
opera	na	faixa	de	sub-1GHz,	não	interferindo	na	largura	de	banda	
2,4GHz,	como	o	Bluetooth	ou	o	Z-Wave.	
O	 Z-Wave	 usa	 um	 protocolo	 mais	 simples	 do	 que	 as	 outras	
tecnologias,	 que	 podem	 permitir	 um	 desenvolvimento	 mais	
rápido	e	simples.
Thread
A	Thread	tem	como	objetivo	solucionar	as	necessidades	da	IoT,	
sendo	capaz	de	suportar	uma	rede	de	até	250	dispositivos.	Cada	
casa	pode	ter	a	sua	própria	rede,	ou	seja,	uma	rede	pode	ter	até	
250	 aparelhos	 que	 interagem	 com	 os	 seus	 habitantes	 numa	
base	 diária.	 Se	 a	 Thread	 comprovar	 a	 sua	 utilidade,	 será	 uma	
plataforma	sólida	para	a	IoT.	
3 REDE 5G 
As	 comunicações	 móveis	 estão	 em	 constante	 no	 processo	 de	 mudança	 e	
atualmente	 precisam	 suportar	 trilhões	 de	 dispositivos	 transmitindo	 dados	 e	 voz	 ao	
mesmo	tempo	 (OLIVEIRA;	WASLON;	LOPES,	2018;	COSSETTI,	2019;	TERAL,	2019).	Por	
isso,	a	necessidade	de	um	meio	de	conectividade	eficiente	através	de	 redes	sem	fio	
é	 alavancada	 pelo	 crescente	 número	 de	 tráfego	 de	 dados	 (TERAL,	 2019).	 Conforme	
Oliveira,	Waslon	e	Lopes	(2018,	p.	45):
Para	 suportar	 os	 novos	 requisitos	 de	 rede,	 como	 baixa	 latência	 e	
uma	conectividade	massiva,	 a	 rede	 5G	não	 apenas	deve	melhorar	
a	 eficiência	 das	 tecnologias	 anteriores,	 mas	 também	 possuir	 uma	
arquitetura	flexível	e	escalável	para	se	adaptar	aos	diversos	cenários	
atuais	e	 futuros.	A	 rede	5G	deverá	coexistir	 com	o	LTE	e	Wi-Fi	por	
um	 longo	 período.	 Essa	 coordenação	 entre	 os	 diversos	 requisitos	
de	 tráfego	 e	mobilidade	 do	 usuário	 entre	 essas	 redes	 deverão	 ser	
administradas	de	forma	que	a	taxa	de	transmissão	e	continuidade	de	
mobilidade	seja	alcançada.
A	 rede	5G	tem	por	objetivo	conectar	 indivíduos	e	coisas,	bem	como	redefinir	
uma	nova	dinâmica	de	imersão	digital	(OLIVEIRA;	WASLON;	LOPES,	2018;	FARIAS,	2019;	
TERAL,	2019;	NEVES,	2021).	Visto	que	a	IoT	é	uma	parte	essencial	do	mundo	moderno,	
a	infraestrutura	sem	fio	atual	não	acomoda	tantos	bilhões	de	dispositivos	conectados,	
e	ainda,	não	garante	a	troca	de	 informações	sem	a	ocorrência	de	pequenos	atrasos	
(TEECE,	2017;	OLIVEIRA;	ALENCAR;	LOPES,	2018).	De	acordo	com	Farias	(2019,	p.	17):
FONTE: Adaptado de Neves (2021)
96
Duas	 tendências	 significativas	 estão	 impulsionando	 a	 indústria	
mobile	a	desenvolver	uma	quinta	geração	de	tecnologia	de	rede:	o	
aumento	explosivo	na	demanda	por	serviços	de	banda	larga	sem	
fio,	 que	precisam	de	 redes	mais	 rápidas	 e	 de	maior	 capacidade,	
capazes	de	fornecer	vídeo	e	outros	serviços	ricos	em	conteúdo;	e	
a	Internet	of	Things	(IoT),	que	está	alimentando	a	necessidade	de	
conectividade	massiva	de	dispositivos,	e	também	a	necessidade	
de	conectividade	ultra	confiável	 e	de	 latência	ultrabaixa	 sobre	o	
Protocolo	de	Internet	(IP).
Deste	modo,	o	5G	pode	possibilitar	a	comunicação	dos	dispositivos	em	tempo	
real,	 isso	 permitiria,	 por	 exemplo,	 que	 automóveis	 dirijam	 sozinhos,	 ou	 ainda,	 que	
cirurgias	sejam	efetuadas	de	modo	remoto	(FARIAS,	2019;	TERAL,	2019;	NEVES,	2021).		
FIGURA 12 – CARACTERÍSTICAS DO 5G
FONTE: <https://bit.ly/3PIgAmg>. Acesso em: 21 jul. 2021.
As	 altas	 velocidades	 e	 a	 baixa	 latência	 prometidas	 pelo	 5G	 impulsionarão	 as	
sociedades	 para	 uma	 nova	 era	 de	 cidades	 inteligentes	 e	 a	 Internet	 das	 Coisas	 (IoT)	
(COSSETTI,	2019;	FARIAS,	2019;	TERAL,	2019).	De	acordo	com	Farias	(2019,	p.	33):
A	variedade	de	 requisitos	e	as	necessidades	de	espectro	mostram	
que	há	muitas	opções	e	desafios	para	introdução	do	5G.	Diferentes	
bandas	 de	 espectro	 serão	 necessárias	 para	 suportar	 todos	 os	
casos	 de	 uso.	 As	 operadoras	 de	 telefonia	móvel	 devem,	 portanto,	
considerar	a	viabilidade	de	diferentes	opções	para	atender	aos	casos	
de	 uso	 inicialmente	 pretendidos	 e	 garantir	 a	 interoperabilidade	 de	
suas	redes.
97
Portanto,	as	cidades	inteligentes	utilizam	IoT	para	captar	dados	em	tempo	real	
com	o	objetivo	de	compreender	de	modo	adequado	os	padrões	de	demanda	e	tomar	
decisões	 rápidas,	 eficazes	 e	 de	 baixo	 custo	 (TEECE,	 2017;	 MEDEIROS,	 2019;	 TERAL,	
2019).	 Sendo	 assim,	 a	 tecnologia	 5G	 proporciona	 inúmeros	 recursos	 que	 afetam	 de	
modo	positivo	as	experiências	digitais,	bem	como	as	cidades	inteligentes.	Isso	ocorre	
já	que	o	5G	promove	o	desenvolvimento	de	cidades	inteligentes	da	teoria	para	a	prática	
(TEECE,	2017;	OLIVEIRA;	WASLON;	LOPES,	2018;	COSSETTI,	2019).	
FIGURA 13 – IOT E O 5G EM CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://www.iberdrola.com/inovacao/o-que-e-5g-vantagens>. Acesso em: 20 jul. 2021.
A	cidade	inteligente	utiliza	soluções	digitais,	tecnologia	e	dados	para	garantir	a	
melhora	dos	indicadores	de	qualidade	de	vida	da	população	(COSSETTI,	2019;	NEVES,	
2021).	Isso	representa	uma	melhora	significativa	no	tempo	de	trânsito	e	deslocamento;	
resposta	 rápida	a	emergências;	 redução	no	consumo	de	água	e	energia;	 redução	do	
desperdício	(reciclagem);	redução	significativa	de	emissões	nocivas	ao	meio	ambiente,	
mas	 principalmente	 um	 crescimento	 urbano	 planejado	 e	 sustentável	 (OLIVEIRA;	
WASLON;	LOPES,	2018;	COSSETTI,	2019).	
98
Você	sabe	a	diferença	entre	3G,	3.5G,	4G	LTE,	4G+,	4.5G	e	5G?	Então	veja	a	GIO	
a	seguir!
Na imagem, você pode compreender, de modo simplificado, a evolução da internet móvel.
IMPORTANTE
FIGURA – HISTÓRIA DA INTERNET MÓVEL
FONTE: <https://bit.ly/3F1ibxX>. Acesso em: 20 jul. 2021.
4 IOT NAS NUVENS
A	computação	em	nuvem	é	uma	tecnologia	essencial,	sendo	que	esta	caminha	
junto	com	IoT	para	proporcionar	um	novo	cenário	de	tecnologia	mundial.	A	IoT	demanda	
muito	 da	 computação	 em	 nuvem	 em	 decorrência	 da	 infraestrutura,	 plataforma,	
software	e	análise	de	dados	(MELL;	GRANCE,	2011;	GOMES;	BRAUN;	MONTEIRO,	2016).	
Deste	modo,	atualmente,	temos	uma	 infinidade	de	dispositivos	gerando	 informações	
que	necessitam	de	serviços	escaláveis	e	com	alta	disponibilidade	para	armazenamento,	
processamento,	 análise	 e	 entrega	de	dados	de	 alto	valor	 agregado	para	 os	usuários	
em	tempo	real	e	em	qualquer	lugar	(MELL;	GRANCE,	2011;	GOMES;	BRAUN;	MONTEIRO,	
2016;	GONÇALVES;	BITTENCOURT;	MADEIRA,	2018).
99
FIGURA 14 – A COMPUTAÇÃO EM NUVEM E A IOT
FONTE: Gonçalves, Bittencourt e Madeira (2018, p. 4)
Um	ponto	importante	é	a	análise	de	dados	como	serviço	(Analytics as a Service 
-	AaaS)	que	complementa	o	pacote	de	serviços	essenciais	à	IoT	que	serão	fornecidos	
pela	computação	em	nuvem	(REIS,	2016;	GONÇALVES;	BITTENCOURT;	MADEIRA,	2018).
FIGURA 15 – IOT, COMPUTAÇÃO EM NUVEM E AAAS
FONTE: <https://bit.ly/3iecFhR>. Acesso em: 20 jul. 2021.
100
Entretanto,	 é	 preciso	 considerar	 que	 a	 computação	 em	 nuvem	 para	 a	 IoT	
traz	 inúmeros	desafios	relativos	à	segurança	dos	dados	(GONÇALVES;	BITTENCOURT;	
MADEIRA,	2018).	Já	que,	atualmente,	as	informações	são	armazenadas	em	servidores	
distribuídos	ao	redor	do	mundo.	Além	disso,	a	infraestrutura	de	computação	em	nuvem	
precisará	atingir	uma	 interface	amigável	ao	usuário	final	 (REIS,	2016;	MELL;	GRANCE,	
2011;	GOMES;	BRAUN;	MONTEIRO,	2016;	GONÇALVES;	BITTENCOURT;	MADEIRA,	2018).	
Uma	solução	que	vem	sendo	adotada	é	o	desenvolvimento	de	nuvens	privadas	que	
aumentam	a	segurança	e	a	privacidade	dos	dados	das	entidades.	
Você	sabe	o	que	significa	análise	de	dados	como	serviço	(Analytics as a Service 
–	AaaS)?	Então	veja	a	GIO	a	seguir.
IMPORTANTE
A tecnologia de Analytics as a Service (AaaS) combinaos aspectos 
“on demand” da computação na nuvem com a democratização da 
informação possibilitada pelas ferramentas de análise de big data. 
As ferramentas de AaaS permitem que os departamentos de TI 
não tenham de comprar uma infraestrutura e nem se preocupem 
em configurar nada. A tecnologia elimina as tarefas manuais dos 
profissionais de TI que antes inibiam o uso de ferramentas de análise 
de big data. O AaaS ainda ajuda a reforçar a segurança, a privacidade e 
os controles de compliance, ajudando a TI a reduzir significativamente 
os custos e os riscos de segurança, ao mesmo tempo que aumenta a 
satisfação e a produtividade.
FONTE: <https://bit.ly/3un8WDr>. Acesso em: 20 jul. 2021.
Portanto,	a	 IoT	possibilita	que	objetos	coletem,	troquem	e	armazenem	dados	
numa	nuvem,	para	que	sejam	processados	e	analisados	esses	dados,	e	com	isso,	geram	
informações	significativas	para	o	planejamento	urbano	de	uma	cidade.	No	entanto,	para	
que	a	IoT	alcance	seus	resultados,	precisa	de	uma	conectividade	eficiente	que	suporte	
o	crescente	número	de	tráfego	de	dados.
101
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 O	 uso	 da	 tecnologia	 no	 dia	 a	 dia	 da	 sociedade,	 otimizando	 atividades	 rotineiras,	
economizando	recursos,	de	tal	modo	a	assegurar	uma	melhor	qualidade	de	vida,	são	
objetivos	inerentes	das	novas	tecnologias.	A	IoT	já	é	considerada	um	grande	marco	
na	história	do	desenvolvimento	tecnológico.
•	 Uma	 das	 grandes	 preocupações	 atuais	 é	 sobre	 a	 capacidade	 de	 infraestrutura	
que	as	redes	de	dados	necessitam	para	conseguir	atender	à	demanda	dos	objetos	
conectados	à	internet.
•	 Diferentes	 tipos	 de	 redes	 podem	 ser	 distinguidos	 no	 panorama	 de	 aplicação	 na	
IoT,	 tal	 como	 a	 identificação	 por	 radiofrequência	 (RFID).	 Esta	 consiste	 no	 uso	 de	
ondas	 eletromagnéticas	 com	 o	 objetivo	 de	 comunicar	 dados	 de	 identificação	 de	
algum	objeto.	A	sua	principal	aplicação	na	IoT	é	em	sensores	e	monitores	remotos,	
principalmente	aqueles	operados	à	bateria,	de	mensagens	curtas	e	em	alguns	casos	
em	locais	de	difícil	acesso.
•	 As	comunicações	móveis	estão	em	constante	no	processo	de	mudança	e,	atualmen-
te,	precisam	suportar	trilhões	de	dispositivos	transmitindo	dados	e	voz	ao	mesmo	
tempo.	Por	 isso,	a	necessidade	de	um	meio	de	conectividade	eficiente	através	de	
redes	sem	fio	é	alavancada	pelo	crescente	número	de	tráfego	de	dados.
•	 A	 rede	5G	tem	por	objetivo	conectar	 indivíduos	e	coisas,	bem	como	redefinir	uma	
nova	dinâmica	de	imersão	digital.	Visto	que	a	IoT	é	uma	parte	essencial	do	mundo	
moderno,	a	infraestrutura	sem	fio	atual	não	acomoda	tantos	bilhões	de	dispositivos	
conectados,	 e	 ainda,	 não	 garante	 a	 troca	 de	 informações	 sem	 a	 ocorrência	 de	
pequenos	atrasos.
•	 A	computação	em	nuvem	é	uma	tecnologia	essencial,	sendo	que	esta	caminha	junto	
com	IoT	para	proporcionar	um	novo	cenário	de	tecnologia	mundial.	A	 IoT	demanda	
muito	 da	 computação	 em	 nuvem	 em	 decorrência	 da	 infraestrutura,	 plataforma,	
software	e	análise	de	dados.	
102
1	 O	 uso	 da	 tecnologia	 no	 dia	 a	 dia	 da	 sociedade,	 otimizando	 atividades	 rotineiras,	
economizando	recursos,	de	tal	modo	a	assegurar	uma	melhor	qualidade	de	vida,	são	
objetivos	inerentes	das	novas	tecnologias.	A	IoT	já	é	considerada	um	grande	marco	
na	 história	 do	 desenvolvimento	 tecnológico.	 Dessa	 forma,	 assinale	 a	 alternativa	
CORRETA:
a)	(			)	 Uma	das	grandes	preocupações	atuais	é	sobre	a	capacidade	de	infraestrutura	
que	 as	 redes	 de	 dados	 necessitam	 para	 conseguir	 atender	 a	 demanda	 dos	
objetos	conectados	a	Internet.
b)	(			)	 No	período	de	2010,	90%	dos	brasileiros	usaram	a	internet	o	que	corresponde	a	
aproximadamente	180	milhões	de	indivíduos.
c)	(			)	 Atualmente	no	Brasil	estima-se	que	não	se	tenha	muitos	dispositivos	móveis	em	
relação	ao	número	de	habitantes.	
d)	(			)	 A	 tecnologia	pode	ser	considerada	como	um	desafio	para	o	desenvolvimento	
urbano	adequado.
2	 Diferentes	 tipos	 de	 redes	 podem	 ser	 distinguidos	 no	 panorama	 de	 aplicação	 na	
IoT,	 tal	 como	a	 identificação	por	 radiofrequência	 (RFID).	 Esta	 consiste	no	uso	de	
ondas	eletromagnéticas	 com	o	objetivo	de	 comunicar	 dados	de	 identificação	de	
algum	objeto.	A	sua	principal	aplicação	na	IoT	é	em	sensores	e	monitores	remotos,	
principalmente	 aqueles	 operados	 à	 bateria,	 de	 mensagens	 curtas	 e	 em	 alguns	
casos	em	locais	de	difícil	acesso.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 O	RFID	é	reconhecido	como	uma	tecnologia	de	identificação	sem	fios	que	se	usa	
de	sinais	para	identificar	de	modo	remoto	um	objeto	com	capacidade	de	arma-
zenar	e	recuperar	informação	de	suas	próprias	atividades	a	partir	de	um	código.
b)	(			)	 As	 informações	 sobre	 a	 identificação	 de	 um	 objeto	 (incluindo	 outras	 possíveis	
informações	 passíveis	 de	monitoramento	 por	 sensores,	 tais	 como	 temperatura,	
pressão	etc.)	não	podem	ser	gravadas	nas	etiquetas	RFID.
c)	(			)	 Os	sensores	geralmente	estão	distribuídos	em	um	mesmo	 local	na	cadeia	de	
suprimentos.
d)	(			)	 As	informações	contidas	nas	etiquetas	são	lidas	por	um	conjunto	de	sensores	
(antenas	e	leitores)	por	meio	de	Big	Data.
3	 As	comunicações	móveis	estão	em	constante	no	processo	de	mudança	e	atualmente	
precisam	suportar	trilhões	de	dispositivos	transmitindo	dados	e	voz	ao	mesmo	tempo.	
Por	 isso,	 a	 necessidade	 de	 um	meio	 de	 conectividade	 eficiente	 através	 de	 redes	
sem	fio	é	alavancada	pelo	crescente	número	de	tráfego	de	dados.	Sobre	o	exposto,	
classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
AUTOATIVIDADE
103
(			)	 Para	suportar	os	novos	requisitos	de	rede,	como	baixa	latência	e	uma	conectivida-
de	massiva,	a	rede	5G	não	apenas	deve	melhorar	a	eficiência	das	tecnologias	an-
teriores,	mas	também	possuir	uma	arquitetura	flexível	e	escalável	para	se	adaptar	
aos	diversos	cenários	atuais	e	futuros.	
(			)	 A	rede	5G	tem	por	objetivo	conectar	indivíduos	e	coisas,	bem	como	redefinir	uma	
nova	dinâmica	de	imersão	digital.	
(			)	 O	 5G	 pode	 possibilitar	 a	 comunicação	 dos	 dispositivos	 em	 tempo	 real,	 isso	
permitiria,	por	exemplo,	que	automóveis	dirijam	sozinhos,	ou	ainda,	que	cirurgias	
sejam	efetuadas	de	modo	remoto.
(			)	 As	baixas	velocidades	e	a	alta	latência	prometidas	pelo	5G	impulsionarão	as	so-
ciedades	para	uma	nova	era	de	cidades	inteligentes	e	a	Internet	das	Coisas	(IoT).
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 A	IoT	é	uma	parte	essencial	do	mundo	moderno,	a	infraestrutura	sem	fio	atual	não	
acomoda	tantos	bilhões	de	dispositivos	conectados,	e	ainda,	não	garante	a	troca	de	
informações	sem	a	ocorrência	de	pequenos	atrasos.	Considerando	esta	afirmação,	
elabore	um	quadro	com	os	principais	tipos	de	tecnologia	para	aplicação	na	IoT.	
5	 A	computação	em	nuvem	é	uma	tecnologia	essencial,	sendo	que	esta	caminha	junto	
com	IoT	para	proporcionar	um	novo	cenário	de	tecnologia	mundial.	A	 IoT	demanda	
muito	 da	 computação	 em	 nuvem	 em	 decorrência	 da	 infraestrutura,	 plataforma,	
software	e	análise	de	dados.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 A	 computação	 em	 nuvem	 para	 a	 IoT	 não	 acarreta	 problemas	 	 em	 relação	 à	
segurança	dos	dados.
b)	(			)	 Atualmente,	 temos	 uma	 infinidade	 de	 dispositivos	 gerando	 informações	
que	 necessitam	 de	 serviços	 escaláveis	 e	 com	 alta	 disponibilidade	 para	
armazenamento,	 processamento,	 análise	 e	 entrega	 de	 dados	 de	 alto	valor	
agregado	para	os	usuários	em	tempo	real	e	em	qualquer	lugar.
c)	(			)	 A	infraestrutura	de	computação	em	nuvem	não	precisará	atingir	uma	interface	
amigável	ao	usuário	final.
d)	(			)	 A	IoT	possibilita	que	objetos	coletem,	troquem	e	armazenem	dados	numa	nuvem,	
para	que	geram	informações	significativas	para	o	Big	Data.
104
105
TÓPICO 3 - 
PLANEJAMENTO URBANO E A INTERNET 
DAS COISAS
1 INTRODUÇÃOOs	grandes	centros	urbanos	podem	mitigar	os	seus	problemas	de	crescimento,	
bem	 como	melhorar	 as	 condições	 de	 vida	 aos	 cidadãos	 através	 de	 tecnologias.	 As	
tecnologias	IoT,	portanto,	podem	ser	integradas	como	ferramentas	de	monitoramento	
com	diversas	finalidades	(PATINHA,	2017;	MAGRANI,	2018;	NEVES,	2021).
O	atual	avanço	da	IoT	é	consequência	da	convergência	de	inúmeras	tecnologias.	
A	 redução	 e	 popularização	 de	 sensores	 vêm	 viabilizando	 o	 sistema	 de	 coleta	 e	
transmissão	 de	 dados	 em	 tempo	 real,	 ou	 seja,	 favorecendo	 a	 IoT	 (OLIVEIRA,	 2018;	
MAGRANI,	2018).	Porém,	a	conectividade	é	imprescindível	para	viabilizar	o	avanço	das	
redes	sem	fio,	garantindo	o	acesso	e	a	transmissão	dos	dados	para	a	Internet	(PATINHA,	
2017;	MAGRANI,	2018;	NEVES,	2021).	
Deste	modo,	o	atual	planejamento	urbano	não	depende	somente	da	 infraes-
trutura	das	cidades,	mas	também	da	disponibilidade	e	da	qualidade	da	comunicação,	
do	acesso	às	 informações,	capital	social	e	 intelectual	 (OLIVEIRA,	2018;	NEVES,	2021).	
Então,	neste	tópico,	vamos	compreender	como	IoT	é	aplicada	nas	cidades,	mas	também	
serão	abordados	os	desafios	do	processo	de	implementação.	
UNIDADE 2
2 A IOT E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM 
MEIO URBANO
Muitos	autores	afirmam	com	preocupação	que	não	se	deve	reduzir	os	problemas	
ambientais	 e	 os	 desafios	 urbanos	 a	 uma	 perspectiva	 unicamente	 tecnológica,	
sobretudo	considerando	principalmente	as	dificuldades	econômicas	dos	países	(PAYÃO;	
SANTIAGO,	2018;	NEVES,	2021).	Acreditar	que	o	processo	de	implementação	da	IoT	nos	
centros	 urbanos	 garantirá	 a	 sustentabilidade,	 o	 crescimento	 adequado	 do	 ponto	 de	
vista	econômico,	social	e	ambiental	desconsiderando	o	contexto	local	compromete	o	
próprio	 desenvolvimento	 (PATINHA,	 2017;	 MAGRANI,	 2018;	 PAYÃO;	 SANTIAGO,	 2018;	
NEVES,	2021).		De	acordo	com	Payão	e	Santiago	(2018,	p.	798):
106
Os	 desafios	 urbanos	 atuais	 e	 futuros	 ultrapassam	 a	 esfera	 da	
tecnologia	e	demandam	iniciativas	mais	amplas	e	abrangentes	que	
podem	e	devem	ser	articuladas	em	conjunto	com	a	noção	de	cidades	
inteligentes,	tudo	calcado	nos	pilares	da	sustentabilidade	ambiental,	
econômica	 e	 social.	 Por	 outro	 lado,	 a	 priorização	 de	 interesses	
individuais	 pode	 comprometer	 a	 noção	 de	 que	 as	 cidades	 sejam	
os	motores	 da	 remodelação	 econômica	 do	 Século	 XXI	 quando	 as	
cidades	inteligentes	se	tornam	meros	instrumentos	de	marketing	ou	
promoção	privada,	por	representar	uma	moldura	lucrativa	frente	às	
demandas	sociais	e	ambientais	globais.
Portanto,	 as	 cidades	 não	 podem	 ser	 vistas	 somente	 como	 investimento	
financeiro,	 mas	 como	 um	 sistema	 complexo	 que	 precisa	 ser	 analisado,	 pensado	 e	
repensado	com	critérios	definidos	(PAYÃO;	SANTIAGO,	2018).	Isso	significa	considerar	a	
geografia,	o	clima,	vegetação,	fauna,	história	e	características	sociais	(MAGRANI,	2018;	
PAYÃO;	SANTIAGO,	2018;	NEVES,	2021).	O	desenvolvimento	tecnológico	adequado	da	
IoT	pode	evitar	a	potencialização	das	desigualdades	regionais	e	globais.
Diante	desse	contexto,	conforme	Payão	e	Santiago	(2018,	p.	800):
As	cidades	inteligentes,	ao	aliarem	a	tecnologia	à	melhoria	na	qualidade	
de	 vida,	 ao	 equilíbrio	 econômico	 e	 social,	 ao	 compartilhamento,	 à	
tolerância	 cultural	 e	 à	 sustentabilidade,	 além	 da	 democratizarem	
a	 tecnologia,	 podem	 se	 tornar	 um	meio	 para	 alcançar	 o	 equilíbrio	
socioambiental	no	futuro.
3 A IOT E AS CIDADES INTELIGENTES
Um	exemplo	de	aplicação	da	IoT	que	afeta	diretamente	a	qualidade	de	vida	e	a	
segurança	da	população	é	o	controle	da	poluição	do	ar	(PAYÃO;	SANTIAGO,	2018;	PERLIN	
et al.,	2019).	Um	caso	real	da	aplicaçaõ	da	IoT	foi	a	redução	de	30%	das	emissões	de	
carbono	em	Londres,	a	partir	do	acompanhamento	das	atividades	do	dia	a	dia	(NEVES,	
2021).	Isso	foi	possível	a	partir	da	instalação	de	uma	rede	de	sensores	que	apresentava	
informações	 do	 nível	 de	 carbono	 em	 tempo	 real	 (GROTH,	 2017;	 PERLIN	 et al.,	 2019;	
NEVES,	2021).	Conforme	Perlin	et al.	(2019,	s.p.):	“O	monitoramento	da	qualidade	do	ar	
sempre	será	de	extrema	importância,	para	qualquer	estudo	sobre	qualidade	de	vida	e	
saúde	humana”.
107
FIGURA 16 – EXEMPLO DE UMA REDE SENSORES COM INFORMAÇÕES DO NÍVEL DE GASES POLUENTES 
EM TEMPO REAL
FONTE: <https://bit.ly/3D0LAX9>. Acesso em: 22 jul. 2021.
Outro	exemplo	é	o	monitoramento	do	tráfego	a	partir	de	sensores	localizados	
ao	 longo	 das	 vias	 (LOUREIRO,	 2015;	 COSTA,	 2018).	 As	 informações	 obtidas	 pelos	
sensores	podem	alimentar	os	sistemas	de	informação	gerando	rotas	em	tempo	real,	e	
ainda	redistribuir	os	veículos	resultando	na	fluidez	do	trafego.	A	comunicação	e	a	troca	
de	 informações	 entre	 esses	 diferentes	 objetos	 representam	 um	 cenário	 clássico	 da	
utilização	da	IoT	(COSTA,	2018;	COELHO,	2018).	
108
FIGURA 17 – VEÍCULO COM TECNOLOGIA IOT
FONTE: <https://glo.bo/39P6lbT>. Acesso em: 22 jul. 2021.
Agora,	vamos	entender	a	aplicação	da	 IoT	por	setores	existentes	nos	centros	
urbanos!
3.1 IOT E OS RECURSOS HÍDRICOS
As	cidades	vêm	sofrendo	com	o	desperdício	de	água	por	consequências	do	mau	
gerenciamento	dos	recursos	hídricos,	só	qu	isso	desencadeia	problemas	principalmente	
nas	regiões	que	sofrem	com	escassez	deste	recurso	natural	(VELASCO,	2020).	A	Figura	
18	mostra	que	no	período	de	2015,	36,7%	da	água	potável	produzida	no	país	foi	perdida	
durante	a	distribuição	e	no	de	2018,	o	índice	atingiu	38,5%,	 isso	significa	um	prejuízo	
econômico	de	12,3	bilhões	de	reais	(VELASCO,	2020).
109
FIGURA 18 – PERDA DE ÁGUA NO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 A 2018
FONTE: <https://glo.bo/2XWoamJ>. Acesso em: 22 jul. 2021.
Conforme	 a	 Organização	 das	 Nações	 Unidas,	 no	 período	 de	 2030	 haverá	
a	 necessidade	 de	 um	 aumento	 de	 40%	 na	 disponibilidade	 de	 água	 para	 população	
mundial	(VERDÉLIO,	2014;	VELASCO,	2020). 	Então,	é	necessário	desenvolver	soluções	
inteligentes	e	inovadoras	para	o	gerenciamento	adequado	dos	recursos	hídricos,	além	
disso,	fornecer	água	tratada	e	coletar	o	esgoto	para	mais	habitantes	de	modo	a	reduzir	
a	barreira	da	desigualdade	(VERDÉLIO,	2014;	VELASCO,	2020).
110
FIGURA 19 – RECURSOS HÍDRICOS E O AUMENTO POPULACIONAL
FONTE: <https://bit.ly/3zZBG6m>. Acesso em: 22 jul. 2021.
O	que	se	percebe	é	que	o	saneamento	básico	precisa	mudar,	já	que	é	evidente	
a	ampliação	da	oferta	desse	serviço	de	modo	mais	eficiente,	 reduzindo	os	custos	de	
manutenção	e	perda	da	água	ao	longo	do	processo	(GRANGEIRO,	2020;	MACHADO	et 
al.,	2021;	VASCONCELOS,	2021).	Conforme	Grangeiro	(2020,	p.	418):
No	Brasil,	a	gestão	dos	recursos	hídricos	é	de	domínio	da	União	e	dos	
Estados,	 conforme	 a	Constituição	 Federal	 de	 1988,	mas	 influencia	
diretamente	 a	 qualidade	 de	 vida	 urbana,	 visto	 que	 os	 serviços	 de	
saneamento	básico	deficientes	podem	comprometer	 a	 salubridade	
ambiental	e	a	vida	humana.	Já	a	gestão	urbana	é	de	competência	
do	município	 e	 deve	 ser	 realizada	 em	nível	 de	 território	municipal.	
No	âmbito	da	gestão	urbana,	estão	o	planejamento	do	uso	do	solo,	a	
mobilidade	urbana,	a	habitação	e	o	saneamento.
A	gestão	dos	recursos	hídricos	pode	ser	realizada	de	modo	eficiente	por	meio	
da	utilização	de	tecnologias	que	forneçam	o	monitoramento	do	consumo	de	água.	Isso	
significa	 usar	medidores	 inteligentes	 de	 recursos	 hídricos	 que	 efetuem	 cálculos	 em	
relação	à	vazão	de	água	e	emitam	um	alerta	em	situações	que	estejam	fora	do	padrão	
normal	(GRANGEIRO,	2020;	MACHADO	et al.,	2021;	VASCONCELOS,	2021).	
111
Um	exemplo	prático	desta	situação	é	da	Companhia	de	Saneamento	Básico	do	
Estado	de	São	Paulo	 (SABESP),	que	desenvolveu	em	2010	uma	Superintendência	de	
Pesquisa,	 Desenvolvimento	Tecnológico,	 Inovação	 e	Novos	Negócios,	 sendo	 que	 em	
2016	foram	investidos	R$	16	milhões	nessa	área	(FARIA,	2020;	GRANGEIRO,	2020).	Outro	
exemplo	é	o	uso	de	sensores	da	 IoT	para	monitorar	a	pressão	e	a	qualidade	da	água	
na	rede	de	distribuição	(FIGUEIREDO	et al.,	2019;	FARIA,	2020;	GRANGEIRO,	2020).As	
vantagens	do	uso	da	IoT	são	(GRANGEIRO,	2020;	FARIA,	2020):
• Redução	do	volume	de	água	perdido	em	decorrência	dos	vazamentos.
• Aumento	da	vida	útil	da	infraestrutura	de	saneamento	básico.
• Redução	da	frequência	de	novos	rompimentos.
FIGURA 20 – SENSORES DE IOT PARA AUXILIAR NO GERENCIAMENTO DO RECURSO HÍDRICO
FONTE: <https://alfacomp.net/2020/12/27/remotas-de-telemetria/>. Acesso em: 22 jul. 2021.
Veja	 a	 GIO	 a	 seguir,	 sobre	 a	 aplicação	 prática	 da	 IoT	 no	 gerenciamento	 dos	
recursos	hídricos!
112
IMPORTANTE
A empresa Ativa Soluções Tecnológicas criou a Solução em IoT para saneamento, o 
Controlador VRP (Válvula Redutora de Pressão). Como indica o nome, trata-se de um 
mecanismo inovador inteligente em IoT capaz de realizar remotamente o controle da 
Válvula Redutora de Pressão (VRP) para que haja distribuição correta de água, de modo a 
manter otimizada a pressão sem prejuízo ao serviço de abastecimento. Sua modulação é 
baseada por tempo, vazão e ponto crítico.
FONTE: <https://bit.ly/2WtS8hC>. Acesso em: 24 jul. 2021.
FIGURA – MECANISMO INTELIGENTE EM IOT CAPAZ DE REALIZAR REMOTAMENTE O CONTROLE DA 
VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO (VRP)
FONTE: <https://bit.ly/2WtS8hC>. Acesso em: 24 jul. 2021.
O Controlador VRP é um equipamento para funcionar debaixo da terra, literalmente, 
já que é instalado em ruas e galerias  sem o uso de energia elétrica, operando de 
forma autônoma e inteligente com duração  ao longo de até  5 anos interruptos. 
FONTE: <https://bit.ly/2WtS8hC>. Acesso em: 24 jul. 2021.
FONTE: <https://bit.ly/2WtS8hC>. Acesso em: 24 jul. 2021.
FIGURA – GRÁFICOS DA LEITURA DO CONTROLADOR VRP EM OPERAÇÃO ATRAVÉS 
DA PLATAFORMA DE GERENCIAMENTO WEB SOLLUS
113
Um	 outro	 exemplo	 importante	 da	 IoT	 no	 processo	 de	 gerenciamento	 dos	
recursos	 hídricos	 refere-se	 ao	monitoramento	 de	 poços	 artesianos,	 que	 permitem	
informações	sobre	o	consumo,	a	temperatura	e	a	condutividade	dos	poços	(AZEVEDO	
et al.,	 2018;	 FARIA,	 2020).	A	 solução	 IoT	 se	mostra	 eficaz	no	envio	de	 informações	
em	tempo	real	do	que	acontece	em	cada	poço,	evitando	o	esgotamento	do	aquífero	
(AZEVEDO	et al.,	2018).	Isso	significa	que	a	distribuição	de	água	seja	efetuada	de	modo	
inteligente	e	sustentável. 
FIGURA 21 – IOT NO MONITORAMENTO DE POÇOS ARTESIANOS
FONTE: <https://2metric.com.br/>. Acesso em: 25 jul. 2021.
O	 desenvolvimento	 dessas	 tecnologias	 com	 o	 uso	 de	 IoT	 é	 importante	 para	
possibilitar	 a	 eficiência	 no	 serviço,	 bem	 como	 para	 monitorar	 o	 consumo	 de	 água	
(AZEVEDO	et al.,	2018;	FARIA,	2020;	NEVES,	2021).	A	utilização	da	IoT	no	saneamento	
básico	está	ligada	ao	processo	de	automação e	auxílio	na	identificação	de	pontos	que	
necessitam	de	correção	para	que	os	processos	fluam	do	modo	adequado	(AZEVEDO	et 
al.,	2018;	FIGUEIREDO	et al.,	2019;	FARIA,	2020). 
Veja	a	GIO	a	seguir,	sobre	a	Companhia	de	Saneamento	Básico	do	Estado	de	
São	Paulo	(SABESP)	e	o	monitoramento	de	mananciais	com	IoT!
114
DICA
Para conseguir elaborar os boletins diários sobre a quantidade de água disponível nas 
represas, a Sabesp utiliza um banco de dados que recebe informações a cada dez minutos 
de estações automáticas de monitoramento, instaladas nos oito sistemas da Região 
Metropolitana de São Paulo (RMSP). 
Para ler a reportagem completa acesso o seguinte link: https://bit.ly/3mf4vXA. 
FONTE: <https://bit.ly/3mf4vXA>. Acesso em: 26 jul. 2021.
FIGURA – IOT E O MONITORAMENTO DE MANANCIAIS
3.2 A IOT E OS RESÍDUOS SÓLIDOS
A	 IoT	 também	 auxilia	 no	 processo	 de	 gerenciamento	 da	 gestão	 de	 resíduos	
sólidos,	 facilitando	 a	 implementação	 da	 Política	 Nacional	 de	 Resíduos	 Sólidos	 (PNRS)	
(ANDRADE,	 2020;	 NEVES,	 2021).	 Um	 exemplo	 disso	 é	 o	 desenvolvido	 do	 Smart	Trash	
(lixeira	inteligente), que	conforme	Correia	Junior,	Santana	e	Santos	(2018,	p.	4):
O	sistema	consiste	em	uma	plataforma	que	irá	realizar	o	gerencia-
mento	da	lixeira	eletrônica	através	de	dispositivos	como	smartpho-
nes	e	desktops.	A	 lixeira	 inteligente	 realiza	a	coleta	dos	dados	no	
espaço	do	recipiente	através	de	um	sensor	ultrassônico	que	infor-
ma	em	um	visor	de	LED	 localizado	fora	da	 lixeira,	onde	é	possível	
visualizar	a	capacidade	do	espaço	disponível	e	enviará	essa	mensa-
gem	através	de	uma	ethernet	Shield	que	possibilita	a	comunicação	
entre	a	lixeira.
115
FIGURA 22 – LIXEIRAS INTELIGENTES COM IOT
FONTE: <https://bit.ly/3ii15Cs>. Acesso em: 25 jul. 2021.
A	rede	de	lixeiras	funciona	com	a	coleta	de	dados	de	maneira	que	a	arquitetura	
interna analise	 e	 envie	 os	dados	por	meio	de	uma	 rede	de	comunicação	 (MAHMOUD;	
MOHAMAD,	2016;	ANDRADE,	2020).	Desse	modo,	cada	lixeira	estará	em	hibernação	quan-
do	vazias	e	ficará	operante	quando	estiveram	cheias.	Conforme	Andrade	(2020,	p.	5):	
As	 outras	 lixeiras	 estarão	 em	 posição	 de	 escravas	 inteligentes	 e	
atuarão	com	uma	coleção	de	interruptores	e	sensores	coletores	de	
dados.	Neste	modo,	 elas	 se	 encarregarão	de	 fazer	 a	 comunicação	
periódica	através	da	leitura	dos	sensores	e	interruptores	e	enviando	
informações	através	da	porta	serial.
FIGURA 23 – REDE DE LIXEIRAS
FONTE: <https://bit.ly/3ii15Cs>. Acesso em: 25 jul. 2021.
LIXEIRA 
MESTRA
LIXEIRA ESCRAVA
LIXEIRA ESCRAVA
LIXEIRA ESCRAVA
LIXEIRA ESCRAVA
116
Você	conhece	a	Política	Nacional	de	Resíduos	Sólidos?	Então	veja	a	GIO	a	seguir!
IMPORTANTE
Para garantir a mitigação do impacto dos resíduos sólidos sobre os recursos naturais, em 
2010 foi instituída no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305). 
Esta lei determina uma série de diretrizes e metas de gerenciamento ambiental que devem 
ser cumpridas em todo o território nacional. A figura a seguir faz um resumo da PNRS 
(MINGOTI, 2019).
Para ler a Política Nacional de Resíduos Sólidos acesse o link: https://bit.ly/3l1UfTr e para 
acessar o Plano Nacional de Resíduos Sõlidos acesse o seguinte link: https://bit.ly/3otqBIu. 
FIGURA – ESTRUTURA DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
FONTE: <https://bit.ly/3D2MtOX>. Acesso em: 25 jul. 2021.
117
3.3 IOT E A REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA NAS 
CIDADES
As	cidades	possuem	um	grande	consumo	de	energia,	sendo	que	esta	deve	ser	
usada	de	modo	mais	eficiente.	Deste	modo,	a	IoT	possibilita	o	desenvolvimento	de	que	
fazem	a	redução	no	consumo	(MAHMOUD;	MOHAMAD,	2016;	CERQUEIRA; COSTA,	2019;	
NEVES,	2021).	Um	exemplo	de	aplicação	é	a	iluminação	pública	inteligente	que	utiliza	
uma	rede	de	sensores	que	coletam	dados	e	regulam	a	intensidade	da	luz	emitida,	com	
isso	utiliza-se	somente	a	energia	necessária	para	iluminar	as	ruas	conforme	as	condições	
atmosféricas	(CERQUEIRA; COSTA,	2019;	NEVES,	2021).	Além	disso,	os	sensores	podem	
identificar	o	funcionamento	adequado	das	lâmpadas	(CERQUEIRA; COSTA,	2019).
FIGURA 24 – IOT NO MONITORAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
FONTE: <https://blog.amds4.com.br/monitoramento-remoto-de-energia-iot-para-smart-grid/>. Acesso em: 
26 jul. 2021.
Os	contadores	de	eletricidade	atuais	medem	e	registram	a	eletricidade	usada,	
porém	já	foram	desenvolvidos	contadores	de	eletricidade	com	tecnologia	ligados	à	web,	
possibilitando	a	 transmissão	de	 informações	para	o	 fornecedor	 sem	que	um	técnico	
venha	efetuar	a	leitura	(PERERA	et al.,	2003;	WORTMANN;	FLÜCHTER,	2015;	MAHMOUD;	
MOHAMAD,	2016).
118
FIGURA 25 – CONTADORES DE ELETRICIDADE TRADICIONAIS X INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3PMNvFY>. Acesso em: 26 jul. 2021.
O	 benefício	 dos	 contadores	 de	 eletricidade	 inteligente	 com	 tecnologia	 IoT	
é	 a	 integração	 com	 outras	 aplicações	 das	 residências	 ou	 das	 cidades	 garantindo	 o	
controle	 eficiente	 sobre	 a	 eletricidade	 usada	 (MAHMOUD;	MOHAMAD,	 2016;	 FATELA,	
2021).	 Portanto,	 aplicação	 para	monitoramento	 de	 energia	 é	 garantir	 a	 identificação	
do	equilíbrio	do	consumo	de	energia,	bem	como	a	análise	de	consumo	adicional	para	
apontar	 as	 áreas	 a	 terem	manutenção	 (PERERA	et al.,	 2003;	 FATELA,	 2021;	 NEVES,	
2021).	A	grande	vantagem	para	os	usuários	finais	 é	 oacompanhamento	 remoto	dos	
picos	de	consumo,	por	exemplo,	ou	ainda,	receber	alertas	sobre	irregularidades	como	
perda	de	energia	(FATELA,	2021).	
FIGURA 26 – CONTADORES DE ELETRICIDADE INTELIGENTE E OS USUÁRIOS FINAIS
FONTE: <https://bit.ly/3zZx6oC>. Acesso em: 26 jul. 2021.
119
3.4 REDES VEICULARES
A	 IoT	pode	ser	utilizada	para	aumentar	a	capacidade	de	processamento	e	de	
sensoriamento	 de	 veículos	 (LOUREIRO,	 2015;	 COSTA,	 2018;	 NEVES,	 2021).	 É	 preciso	
considerar	 que	 as	 redes	veiculares	proporcionam	o	 controle	do	 ambiente	 interno	do	
veículo	e	de	seus	módulos,	mas,	principalmente,	evoluem	para	coletar	dados	do	ambiente	
externo	para	integrar	aos	controles	internos	do	veículo	(COELHO,	2018;	FARIAS,	2019).	
Neste	sentido,	conforme	Loureiro	(2015,	p.	15):
A	integração	de	redes	veiculares	com	a	IoT	permite	obter	informações	
de	uma	dada	entidade	física	(e.g.,	estado	de	um	semáforo	à	frente,	
condições	da	estrada)	quanto	social	(e.g.,	atividade	de	uma	pessoa)	
tanto	no	ambiente	móvel	(veículo)	quanto	no	ambiente	fixo	e,	a	partir	
daí,	projetar	diferentes	tipos	de	serviços	e	aplicações.
É	preciso	considerar	que	a	tecnologia	de	redes	veiculares	não	foi	implementada	
de	modo	em	larga	escala	em	decorrência	de	muitos	desafios	para	garantir	um	serviço	
de	 segurança	 (QURESHI;	 ABDULLAH	 2013;	 GLANCY	 2015;	 COELHO,	 2018;	 NEVES,	
2021).	Ainda,	com	o	surgimento	dos	carros	autônomos	é	necessário	que	os	protocolos	
existentes	sejam	revisados,	garantindo	uma	comunicação	eficiente	entre	os	diversos	
objetos	e	dispositivos	que	compõem	o	sistema	de	trânsito	(COSTA,	2018;	NEVES,	2021).	
Conforme	Coelho	(2018,	p.	23):
O	crescimento	acelerado	da	frota	de	veículos	nas	últimas	décadas	
sem	 uma	 política	 governamental	 adequada	 fez	 surgirem	 diversos	
problemas.	 Um	 dos	 problemas	 é	 a	 poluição	 do	 ar	 causada,	 entre	
outros	 fatores,	 pela	 queima	 de	 combustíveis	 fósseis	 nos	 veículos,	
gerando	impactos	ambientais	irreversíveis	ao	planeta.
Portanto,	 é	 preciso	 considerar	 que	 a	 eficiência	 e	 a	 segurança	 são	 fatores	
primordiais	às	redes	veiculares	(PEDROSO;	ZWICKER;	CESAR,	2009;	JOSÉ,	2012;	COSTA,	
2018;	 NEVES,	 2021).	 Um	 exemplo	 de	 segurança	 seria	 quando	 ocorrer	 um	 acidente	
em	 uma	 rodovia,	 mensagens	 serão	 encaminhadas	 para	 os	 veículos	 próximos,	 ou	
seja,	 auxiliando	que	os	condutores	tomem	uma	decisão	segura,	ou	ainda,	 sugerindo	
caminhos	alternativos	para	não	gerar	congestionamentos	no	local	do	acidente	(JOSÉ,	
2012;	COELHO,	2018;	COSTA,	2018).
120
FIGURA 27 – REDES VEICULARES EM CIDADES INTELIGENTES
FONTE: <https://bit.ly/3otw4z0>. Acesso em: 26 jul. 2021.
Portanto,	você	pôde	verificar	ao	longo	deste	tópico	que	as	tecnologias	oferecem	
transparência,	ou	seja,	possibilitam	que	os	usuários	tenham	clareza	de	suas	decisões	
e	ações.	Isso	significa	agir	de	modo	a	preservar	os	recursos	naturais,	ao	mesmo	tempo	
em	que	se	torna	necessário	expandir	o	seu	fornecimento	em	decorrência	do	aumento	
populacional. 
121
MAIORIA DAS MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS IMPLEMENTARÁ 
IOT NOS PRÓXIMOS 12 MESES
A	maioria	(73%)	das	empresas	de	médio	e	grande	porte	no	Brasil	 já	possuem	
alguma	implementação	de	IoT	ou	planejam	implementar	nos	próximos	12	meses.	Muitas	
encontram-se	em	processo	de	digitalização	através	da	implementação	de	medidores	
inteligentes,	gestão	de	frotas,	Video	Analytics,	sensores	conectados	e	aplicações	para	
melhorar	a	operação	de	seus	negócios.	Os	dados	são	de	um	estudo	recente	da	Pyramid,	
divulgado	com	exclusividade	no	white	paper	 “Internet	das	Coisas:	um	pilar	chave	no	
processo	de	digitalização”,	patrocinado	pela	Cisco	e	Intel.
Os	resultados	revelam	que	verticais	como	entretenimento,	turismo,	financeiro,	
utilities	e	varejo	apresentarão	forte	crescimento	dentro	do	mercado	de	Internet	das	Coisas	
no	Brasil.	Estas	verticais	possuem	um	grande	potencial	para	melhorar	a	experiência	de	
seus	clientes	através	da	correlação	de	informações	com	Big	Data	e	Analytics,	que	junto	
a	IoT,	podem	gerar	novas	fontes	de	receita	para	as	empresas.
De	 acordo	 com	 a	 pesquisa,	 que	 focou	 no	 segmento	 B2B,	 a	 maioria	 das	
empresas	(60%)	ainda	enxerga	IoT	como	sendo	uma	solução	para	melhorar	eficiências	
operacionais	e	 reduzir	 custos.	Já	24%	delas	mencionaram	que	pretendem	aumentar	
suas	receitas	em	produtos	e	serviços	 já	existentes	em	seus	portfólios	através	da	 IoT.	
Apenas	8%	das	empresas	mencionaram	que	pretendem	aumentar	suas	receitas	através	
de	novos	produtos	e	serviços	e	outros	8%	focam	na	IoT	para	melhorar	seus	processos	
de	tomada	de	decisão.
Dentre	 as	 aplicações	 que	 as	 empresas	 já	 adotam	 ou	 planejam	 adotar,	 o	
controle	 de	 ativos	 e	 pessoas	 aparece	 em	 primeiro	 lugar	 com	 36%	 das	 menções.	 A	
implementação	de	sistemas	de	segurança	inteligentes	ficou	em	segundo	lugar,	citada	
por	28%	das	empresas	entrevistadas,	seguida	por	sistemas	inteligentes	de	automação	
para	precificação	de	produtos,	e	sistemas	preditivos	para	campanhas	de	marketing.
LEITURA
COMPLEMENTAR
122
“Apesar	 da	 IoT	 já	 ser	 uma	 realidade	 para	muitas	 companhias,	 elas	 precisam	
avançar	 no	 processo	 de	 transformação	 digital,	 integrando	 redes	 de	 TA	 e	 TI,	 ‘coisas’	
com	pessoas	e	processos	internos	com	toda	a	cadeia	de	valor.	É	preciso	saber	detectar	
as	possibilidades	de	transformar	dados	 isolados	em	 informações	de	valor	para	várias	
unidades	de	negócio	e	com	isso	impactar	positivamente	seus	processos	internos	e	a	
experiência	de	seus	clientes”,	comenta	Severiano	Macedo,	especialista	de	soluções	IoT	
da	Cisco	Brasil.	O	executivo	ainda	menciona	a	 importância	da	Internet	das	Coisas	no	
desenvolvimento	das	verticais	de	Smart Cities e Smart Buildings.
Um	 dos	 principais	 desafios	 para	 as	 companhias	 é	 entender	 a	 Internet	 das	
Coisas	 como	 uma	 nova	 fonte	 de	 receita.	 Este	 fator	 foi	 mencionado	 por	 32%	 das	
empresas	como	o	principal	entrave	para	conseguir	iniciar	um	projeto	relacionado	à	IoT.
"Demonstrar	 o	 valor	 que	 será	 obtido	 através	 da	 IoT	 e	 justificar	 os	 custos	 do	
projeto,	bem	como	o	retorno	do	investimento,	são	desafios-chave	para	se	iniciar	qualquer	
projeto	nesta	área”,	comenta	o	diretor	de	IoT	e	Inovação	da	Intel	Brasil,	Max	Leite.
As	 preocupações	 ligadas	 à	 segurança	 foram	 mencionadas	 por	 20%	 das	
empresas	como	principal	desafio,	e	12%	citaram	a	necessidade	de	desenvolver	expertise	
para	gerenciar	adequadamente	esse	tipo	de	solução.
A	utilização	 inteligente	de	dados,	 com	Big	Data	 e	Analytics,	 é	 essencial	 no	
gerenciamento	 e	 análise	 das	 informações	 geradas	 pelo	 exponencial	 número	 de	
dispositivos	 conectados.	 Muitas	 empresas	 necessitam	 redimensionar	 suas	 redes	
para	atender	esta	crescente	demanda.	Para	que	as	empresas	possam	se	beneficiar	
completamente	do	conceito	da	IoT,	estas	devem	possuir	uma	plataforma	colaborativa	
composta	 por	 equipamentos	 móveis,	 gerenciamento	 de	 dados,	 gerenciamento	 de	
plataformas	e	aplicativos,	e	principalmente	uma	infraestrutura	de	redes	que	suporte	
todos	estes	elementos	de	maneira	segura.
Surge	aí	o	conceito	de	Fog Computing,	que	é	uma	arquitetura	que	estende	a	
capacidade	computacional	e	o	armazenamento	da	nuvem	para	as	camadas	de	acesso	
da	rede,	permitindo	que	os	dados	sejam	analisados	e	transformados	em	informações	ou	
em	ações	antes	de	serem	simplesmente	transmitidos.	Fog	(Neblina)	é	uma	extensão	da	
Cloud	para	dentro	do	mundo	físico,	ou	seja,	para	o	mundo	das	“coisas”.
123
“Big	Data,	Fog	Computing	e	Analytics	são	ferramentas	fundamentais	dentro	do	
processo	da	 IoT.	Elas	permitem	que	as	organizações	entendam	melhor	determinados	
processos	e	comportamentos	que	serão	chave	no	desenvolvimento	de	novas	soluções	
que	tenham	um	impacto	positivo	e	significativo	na	experiência	dos	consumidores	e	nos	
processos	empresariais.	Com	esta	plataforma,	as	empresas	possuem	uma	importante	
base	para	o	desenvolvimento	de	novas	fontes	de	receita,	iniciando	assim	um	processo	
de	monetização	 através	 da	 IoT”,	 detalha	MarceloKawanami,	 gerente	 de	 pesquisa	 da	
Pyramid	Research.
124
FONTE: <https://bit.ly/3NCzcCb>. Acesso em: 26 jul. 2021.
125
RESUMO DO TÓPICO 3
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 Os	 grandes	 centros	 urbanos	 podem	 mitigar	 os	 seus	 problemas	 de	 crescimento,	
bem	como	melhorar	as	condições	de	vida	aos	cidadãos	através	de	tecnologias.	As	
tecnologias	IoT,	portanto,	podem	ser	integradas	como	ferramentas	de	monitoramento	
com	diversas	finalidades.
•	 As	 cidades	 vêm	 sofrendo	 com	 o	 desperdício	 de	 água	 por	 consequências	 do	
mau	 gerenciamento	 dos	 recursos	 hídricos,	 só	 que	 isso	 desencadeia	 problemas	
principalmente	nas	regiões	que	sofrem	com	escassez	deste	recurso	natural.	Então,	
é	necessário	desenvolver	soluções	inteligentes	e	inovadoras	para	o	gerenciamento	
adequado	dos	recursos	hídricos,	além	disso,	fornecer	água	tratada	e	coletar	o	esgoto	
para	mais	habitantes	de	modo	a	reduzir	a	barreira	da	desigualdade.
•	 As	vantagens	do	uso	da	IoT	são:	Redução	do	volume	de	água	perdido	em	decorrência	
dos	 vazamentos;	 Aumento	 da	 vida	 útil	 da	 infraestrutura	 de	 saneamento	 básico;	
Redução	da	frequência	de	novos	rompimentos.
•	 Uso	 da	 IoT	 no	 monitoramento	 de	 poços	 artesianos,	 que	 permitem	 informações	
sobre	 o	 consumo,	 a	 temperatura	 e	 a	 condutividade	dos	poços.	A	 solução	 IoT	 se	
mostra	eficaz	no	envio	de	 informações	em	tempo	real	do	que	acontece	em	cada	
poço,	evitando	o	esgotamento	do	aquífero.	O	desenvolvimento	dessas	tecnologias	
com	o	uso	de	IoT	é	importante	para	possibilitar	a	eficiência	no	serviço,	bem	como	
para	monitorar	o	consumo	de	água.
•	 As	cidades	possuem	um	grande	consumo	de	energia,	sendo	que	esta	deve	ser	usada	
de	modo	mais	 eficiente.	 Desse	modo,	 a	 IoT	 possibilita	 o	 desenvolvimento	 de	 que	
fazem	a	redução	no	consumo.
•	 A	 IoT	 pode	 ser	 utilizada	 para	 aumentar	 a	 capacidade	 de	 processamento	 e	 de	
sensoriamento	de	veículos.	É	preciso	considerar	que	as	redes	veiculares	proporcionam	
o	controle	do	ambiente	interno	do	veículo	e	de	seus	módulos,	mas,	principalmente,	
evoluem	para	coletar	dados	do	ambiente	externo	para	integrar	aos	controles	internos	
do	veículo.
126
1	 Os	 grandes	 centros	 urbanos	 podem	 mitigar	 os	 seus	 problemas	 de	 crescimento,	
bem	como	melhorar	as	condições	de	vida	aos	cidadãos	através	de	tecnologias.	As	
tecnologias	IoT,	portanto,	podem	ser	integradas	como	ferramentas	de	monitoramento	
com	diversas	finalidades.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 O	aumento	e	a	popularização	de	sensores	vêm	viabilizando	o	sistema	de	coleta	
e	transmissão	de	dados	em	tempo	real,	ou	seja,	favorecendo	a	IoT.
b)	(			)	 Os	 desafios	 urbanos	 atuais	 e	 futuros	 ultrapassam	 a	 esfera	 da	 tecnologia	 e	
demandam	 iniciativas	 mais	 amplas	 e	 abrangentes	 que	 podem	 e	 devem	 ser	
articuladas	em	conjunto	com	a	noção	de	cidades	inteligentes,	tudo	calcado	nos	
pilares	da	sustentabilidade	ambiental,	econômica	e	social.
c)	(			)	 As	cidades	inteligentes,	ao	aliarem	a	tecnologia	à	melhoria	na	qualidade	de	vida,	
ao	equilíbrio	econômico	e	social,	ao	compartilhamento,	à	tolerância	cultural	e	
à	sustentabilidade,	além	da	democratizarem	a	tecnologia,	podem	se	tornar	um	
meio	para		não	conseguir	alcançar	o	equilíbrio	socioambiental	no	futuro.	
d)	(			)	 As	 cidades	 precisam	 ser	 vistas	 somente	 como	 investimento	 financeiro,	 que	
necessita	ser	analisado,	pensado	e	repensado	com	critérios	definidos.
2	 As	 cidades	 vêm	 sofrendo	 com	 o	 desperdício	 de	 água	 por	 consequências	 do	
mau	 gerenciamento	 dos	 recursos	 hídricos,	 só	 que	 isso	 desencadeia	 problemas	
principalmente	nas	regiões	que	sofrem	com	escassez	desse	recurso	natural.	Então,	
é	necessário	desenvolver	soluções	inteligentes	e	inovadoras	para	o	gerenciamento	
adequado	dos	recursos	hídricos,	além	disso,	fornecer	água	tratada	e	coletar	o	esgoto	
para	mais	habitantes	de	modo	a	 reduzir	 a	barreira	da	desigualdade.	Dessa	 forma,	
assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 A	Organização	das	Nações	Unidas,	no	período	de	2030,	haverá	a	necessidade	de	
um	aumento	de	40%	na	disponibilidade	de	água	para	população	mundial.
b)	(			)	 No	período	de	2015,	36,7%	da	água	potável	produzida	no	país	foi	perdida	durante	
a	distribuição	e	no	de	2018,	o	 índice	atingiu	38,5%,	 isso	significa	um	prejuízo	
econômico	de	12,3	bilhões	de	reais.
c)	(			)	 O	saneamento	básico	precisa	mudar,	 já	que	é	evidente	a	ampliação	da	oferta	
desse	serviço	de	modo	mais	eficiente,	aumentando	os	custos	de	manutenção	e	
perda	da	água	ao	longo	do	processo.
d)	(			)	 A	gestão	dos	recursos	hídricos	pode	ser	realizada	de	modo	ineficiente	por	meio	da	
utilização	de	tecnologias	que	forneçam	o	monitoramento	do	consumo	de	água.
AUTOATIVIDADE
127
3	 A	 IoT	também	auxilia	o	processo	de	gerenciamento	da	gestão	de	resíduos	sólidos,	
facilitando	a	implementação	da	Política	Nacional	de	Resíduos	Sólidos	(PNRS).	Sobre	
o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 A	rede	de	 lixeiras	funciona	com	a	coleta	de	dados	de	maneira	que	a	arquitetura	
interna		analise	e	envie	os	dados	por	meio	de	uma	rede	de	comunicação.
(			)	 Outras	 lixeiras	estarão	em	posição	de	escravas	 inteligentes	e	 atuarão	com	uma	
coleção	 de	 interruptores	 e	 sensores	 coletores	 de	 dados.	 Neste	 modo,	 elas	 se	
encarregarão	de	fazer	a	comunicação	periódica	através	da	leitura	dos	sensores	e	
interruptores	e	enviando	informações	através	da	porta	serial.	
(			)	 Para	 garantir	 a	 mitigação	 do	 impacto	 dos	 resíduos	 sólidos	 sobre	 os	 recursos	
naturais,	em	2010	foi	 instituída	no	Brasil	a	Política	Nacional	de	Resíduos	Sólidos	
(Lei	Federal	12.305).
(			)	 A	Política	Nacional	de	Resíduos	Sólidos	determina	uma	série	de	diretrizes	e	metas	de	
gerenciamento	ambiental	que	devem	ser	cumpridas	em	todo	o	território	nacional.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 As	cidades	possuem	um	grande	consumo	de	energia,	sendo	que	esta	deve	ser	usada	
de	modo	mais	 eficiente.	 Desse	modo,	 a	 IoT	 possibilita	 o	 desenvolvimento	 de	 que	
fazem	a	redução	no	consumo.	Considerando	esta	afirmação,	descreva	os	benefícios	
dos	contadores	de	eletricidade	inteligente	para	o	consumo	de	energia.	
5	 A	IoT	pode	ser	utilizada	para	aumentar	a	capacidade	de	processamento	e	de	senso-
riamento	de	veículos.	É	preciso	considerar	que	as	 redes	veiculares	proporcionam	o	
controle	do	ambiente	interno	do	veículo	e	de	seus	módulos,	mas,	principalmente,	evo-
luem	para	coletar	dados	do	ambiente	externo	para	integrar	aos	controles	internos	do	
veículo.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 A	integração	de	redes	veiculares	com	a	IoT	permite	obter	informações	de	uma	dada	
entidade	física,	quanto	social	tanto	no	ambiente	móvel	quanto	no	ambiente	fixo	e,	
a	partir	daí,	projetar	diferentes	tipos	de	serviços	e	aplicações.
(			)	 É	preciso	considerar	que	a	eficiência	e	a	segurança	são	fatores	primordiais	às	redes	
veiculares.	
(			)	 A	tecnologia	de	redes	veiculares	não	foi	 implementada	de	modo	em	larga	escala	
em	decorrência	de	muitos	desafios	para	garantir	um	serviço	de	segurança.
(			)	 Em	 decorrência	 do	 surgimento	 dos	 carros	 autônomos	 é	 necessário	 que	 os	
protocolos	 existentes	 sejam	 revisados,	 garantindo	 uma	 comunicação	 eficiente	
entre	os	diversos	objetos	e	dispositivos	que	compõem	o	sistema	de	trânsito.
128
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
129
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de	Bacharel	do	Curso	de	Gestão	da	Informação,	Departamento	de	Ciência	e	Gestão	da	
Informação,	do	setor	de	Ciências	Sociais	Aplicadas	da	Universidade	Federal	do	Paraná.	
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134
135
SOCIEDADE INOVADORA E AS 
CIDADES INTELIGENTES
UNIDADE 3 — 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	 compreender	a	definição	de	uma	sociedade	inovadora	e	criativa;
•	 entender	a	importância	de	uma	economia	alinhada	ao	conceito	de	cidade	inteligente;	
•	 diferenciar	as	tecnologias	de	informação	e	comunicação;	
•	 entender	a	importância	dos	indicadores	para	o	fortalecimento	das	cidades	inteligentes.
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	dela,	você	encontrará	
autoatividades	com	o	objetivo	de	reforçar	o	conteúdo	apresentado.
TÓPICO	1	–	SOCIEDADE	INOVADORA
TÓPICO	2	–	A	ECONOMIA	E	O	CONHECIMENTO
TÓPICO	3	–	TECNOLOGIA	DE	INFORMAÇÃO	E	COMUNICAÇÃO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
136
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 3!
Acesse o 
QR Code abaixo:
137
TÓPICO 1 — 
SOCIEDADE INOVADORA
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Uma	 sociedade	 inovadora	 requer	 uma	 cidade	 com	 ambientes	 sustentáveis	
tanto	para	os	seus	cidadãos	quanto	às	organizações	(MARTINS,	2007;	KARINO,	2019).	
Para	isso,	é	necessário	o	gerenciamento	inovador	dos	serviços	e	das	infraestruturas	
para	 auxiliar	 as	 cidades	a	 agirem	com	antecedência	 frente	 aos	problemas	urbanos	
(COSTA;	MENEZES,	2016;	KARINO,	2019;	CARNEIRO	et al.,	2021).
Portanto,	 torna-se	 fundamental	 repensar	 os	 centros	 urbanos,	 já	 que	 esses	
espaços	se	tornam	canais	privilegiados	para	acessar	os	fluxos	globais	de	conhecimento,	
bem	como	para	promover	a	geração	da	riqueza	e	criação	de	valor	(WEISS	et al.,	2017;	
ROSA,	2020;	CARNEIRO	et al.,	 2021).	As	cidades	podem	fomentar	 soluções	criativas,	
inovadoras	e	 inclusivas	à	manutenção	da	qualidade	de	vida	das	populações	urbanas	
(WEISS	et al.,	2017;	KARINO,	2019;	ROSA,	2020).	
As	cidades	precisam	ser	gerenciadas	de	modo	abrangente	e	inovador	usando	
os	avanços	tecnológicos	como	aliados	e	valorizando	o	capital	humano	nesse	processo	
(COSTA;	MENEZES,	2016;	DEPINÉ,	2016b;	CARNEIRO	et al.,	 2021;	MAZO	et al.,	 2021).	
Deste	modo,	neste	tópico,	vamos	entender	a	importância	do	capital	humano	no	pro-
cesso	de	desenvolvimento	das	cidades	inteligentes.
2 CAPITAL HUMANO E AS CIDADES INTELIGENTES
O	 capital	 humano	 considerado	 o	 conceito	 de	 cidades	 inteligentes	 é	 definido	
como	pessoas	criativas	capazes	de	empoderar	o	desenvolvimento	econômico	regional	
por	meio	da	execução	de	suas	atividades	(DEPINÉ,	2016b;	CARNEIRO	et al.,	2021;	MAZO	
et al.,	2021).	Conforme	Depiné	 (2016b,	p.	6):	 “A	base	para	as	cidades	 inteligentes	é	a	
conexão	entre	capital	humano,	capital	social	e	infraestrutura	de	TIC’s	para	gerar	maior	
desenvolvimento	econômico	sustentável	e	melhorar	a	qualidade	da	vida	dos	cidadãos”.
É	 fundamental	 promover	 a	 qualificação	 do	 capital	 humano,	 porém	 é	 preciso	
ainda	 compreender	 como	 esse	 capital	 se	 estabelece	 em	 uma	 determinada	 cidade	
(ROSA,	2020;	CARNEIRO	et al.,	2021;	MAZO	et al.,	2021).	Para	facilitar	essa	compreensão	
foram	estabelecidas	as	seguintes	classes	do	capital	humano,	conforme	o	Quadro	1.	
138
QUADRO 1 – CLASSES DO CAPITAL HUMANO
CLASSE DESCRIÇÃO
NÚCLEO SUPERCRIATIVO
São	 caracterizados	 por	 profissionais	 que	 inovam	
com	 produtos	 ou	 serviços	 transferíveis	 e	 passíveis	
de	serem	utilizáveis.	Fazem	parte	desta:	cientistas	e	
engenheiros,	 professores	 universitários,	 escritores,	
artistas,	apresentadores	e	comunicadores,	designers,	
arquitetos,	 formadores	 de	 opinião	 da	 sociedade	
moderna,	entre	outros.	
PROFISSIONAIS 
CRIATIVOS
São	 caracterizados	 por	 profissionais	 que	 trabalham	
em	larga	faixa	de	ocupações	com	base	no	uso	e	ges-
tão	do	conhecimento,	em	setores	de	tecnologia,	ser-
viços	financeiros,	setor	jurídico	e	nas	áreas	de	saúde.	
Estes	 profissionais	 são	 responsáveis	 por	 elaborar	
soluções	 para	 problemas	 específicos	 considerando	
um	complexo	conhecimento,	ou	seja,	isso	requer	um	
elevado	grau	de	educação	formal.
CLASSE TRABALHADORA
Profissionais	 que	 atuam	 nas	 áreas	 de	 operação,	
transporte,	manutenção	e	construção	civil.
CLASSE DE SERVIÇOS 
PRESTADORES DE 
SERVIÇO
Profissionais	 que	 possuem	 pouca	 autonomia,	 e	 por	
isso,	apresentam	menor	exigência	de	qualificação	e	
salários	mais	baixos.
AGRICULTURA
Profissionais	vinculados	ao	cultivo	da	terra,	à	pesca	e	
ao	trabalho	florestal.
FONTE: Adaptado de Depiné (2016a) e Carneiro et al. (2021)
A	 presença	 de	 uma	 classe	 criativa	 e	 elevados	 índices	 de	 educação	 estão	
relacionados	à	riqueza	urbana	(COSTA;	MENEZES,	2016;	ROSA,	2020;	CARNEIRO	et al.,	
2021).	 Os	 problemas	vinculados	 ao	 desenvolvimento	 acelerado	 dos	 centros	 urbanos	
vêm	sendo	 resolvidos	por	meio	da	 inovação	e	da	criatividade	do	capital	humano,	ou	
seja,	a	busca	por	soluções	inteligentes	(COSTA;	MENEZES,	2016).	Conforme	Weiss	et al. 
(2017,	p.	3):
A	inovação	tecnológica	tem	um	importante	papel	a	ser	desempenha-
do	no	contexto	do	futuro	das	cidades,	principalmente	por	demandar	
e	envolver	muitas	diferentes	competências	e	especializações	–	en-
genheiros,	arquitetos,	acadêmicos,	especialistas	em	tecnologias	da	
informação	e	comunicação,	técnicos	em	geral	–	que	são	encontra-
dasnas	cidades	e	estão	preparadas	para	avaliar	e	entender	de	forma	
muito	particular	 as	características	e	necessidades	dessas	cidades.	
Essa	 confluência	 de	 competências	 e	 tecnologias	 é	 crítica	 para	 a	
prosperidade	das	cidades	e	dos	países,	como	consequência.
139
FIGURA 1 – DEMANDAS DE EMPREGOS POR TECNOLOGIAS
Nesse	 contexto	 é	 importante	 salientar	 que	 conforme	a	Associação	Brasileira	
das	Empresas	de	Tecnologia	da	 Informação	e	Comunicação	 (BRASSCOM,	2019	apud 
CARNEIRO	et al.,	2021,	p.	52):
Para	atingir	a	meta	de	dobrar	o	setor	de	Software	e	Serviços	em	6	
anos,	70	mil	profissionais	serão	demandados	ao	ano	até	2024.	Estes	
números	despertam	para	a	necessidade	de	formação	de	mão	de	obra	
qualificada	no	curto	prazo.	Hoje	o	Brasil	forma	46	mil	pessoas	com	
perfil	 tecnológico	 por	 ano,	 com	 relativo	 descasamento	 geográfico	
entre	oferta	e	demanda	de	mão	de	obra.	[...]	Se	não	houver	mudanças,	
haverá	um	déficit	de	260	mil	profissionais.	[...]	A	qualidade	das	vagas	
ofertadas	cria	um	hiato	entre	o	ensino	e	a	demanda	por	qualificação	
esperada	pelo	mercado	de	trabalho.
A	Figura	1	apresenta	a	demanda	de	empregos	por	tecnologias	para	o	período	
de	2019	a	2024.	Também	demonstra	como	é	importante	a	qualificação	do	capital	hu-
mano	para	promover	o	emprego	e	o	crescimento	econômico	(ROSA,	2020;	CARNEIRO	
et al.,	2021).
FONTE: <https://bit.ly/3asurwP>. Acesso em: 10 ago. 2021.
Desse	modo,	podemos	perceber	que a	inovação	é	a	geradora	do	crescimento	
econômico,	mas	o	capital	humano	é	uma	matéria-prima	essencial	 (NITAHARA,	2019;	
HESSEL,	2020;	ROSA,	2020).	
140
3 INOVAÇÃO E O CAPITAL HUMANO
A	 inovação	e	a	tecnologia	 representam	modos	de	a	sociedade	produzir	mais	
utilizando	menos	recursos.	Deste	modo,	a	adoção	de	novas	tecnologias	é	considerada	
uma	estratégia	capaz	de	aumentar	a	qualidade	de	vida	da	população	(COSTA;	MENEZES,	
2016;	WEISS	et al.,	2017;	KARINO,	2019;	MELO	et al.,	2020).	Conforme	Melo	et al.	(2020,	
p.	 67,	 tradução	 nossa):	 “A	 história	 tem	mostrado	 que	verdadeiras	 revoluções	 podem	
ocorrer	quando	o	conhecimento	científico	e	tecnológico	desencadeia	novas	formas	de	
produção	e	trazem	mudanças	nas	relações	sociais	e	econômicas.
A	inovação	será	alcançada	quando	a	educação	fornecer	aos	alunos	habilidades	
necessárias	para	ter	sucesso,	ou	seja,	inteligência	emocional	necessária	para	trabalhar	
em	 grupos;	 criatividade;	 pensamento	 crítico;	 comunicação,	 e	 ainda,	 colaboração	
(MARQUES; LAZZARINI	NETO,	2002;	NITAHARA,	2019;	MELO	et al.,	2020).
Portanto,	 uma	 cidade	 inteligente	 possui	 a	 necessidade	 inerente	 de	 uma	
educação	que	forneça	ao	aluno	habilidades	transferíveis	que	o	capacite	em	um	mundo	
em	constante	transformação	(LATRÔNICO	et al.,	2019;	MELO	et al.,	2020;	ROSA,	2020).	
Isso	significa	formar	o	capital	humano	em	uma	abordagem	tecnológica	e	envolvente	
para	capacitá-los	a	enfrentar	os	desafios	reais	(MELO	et al.,	2020).	
Um	 dos	 modos	 de	 mensurar	 a	 inovação	 e	 os	 seus	 resultados	 no	 processo	
de	 desenvolvimento	 social	 é	 por	 meio	 do	 Índice	 Global	 de	 Inovação	 (IGI).	 O	 IGI	 foi	
desenvolvido	com	informações	sobre	o	que	é	necessário	para	causar	a	inovação	e	os	
resultados	decorrentes.	Conforme	Dutta	et al.	(2019	apud	CARNEIRO	et al.,	2021,	p.	61):
Os	 insumos	 abrangem	 instituições	 (ambiente	 político,	 regulatório	
e	 de	 negócios),	 infraestrutura	 (instituições	 de	 pesquisa	 científica	
e	 tecnológica,	 infraestrutura	 geral	 e	 sustentabilidade	 ecológica),	
sofisticação	 de	 mercado	 (crédito,	 investimento,	 comércio,	
competitividade	 e	 escala	 do	 mercado),	 sofisticação	 dos	 negócios	
(trabalhadores	 do	 conhecimento,	 innovation linkages e knowledge 
absorption),	 e	 capital humano e pesquisa (educação,	 educação	
superior	e	pesquisa	e	desenvolvimento).
No	período	de	2020,	o	Brasil	melhorou	quatro	posições	no	IGI,	ou	seja,	passou	
da	66ª	para	a	62ª	colocação	no	ranking	de	131	países	pesquisados	(HESSEL,	2020).
141
GRÁFICO 1 – RANKING DO IGI EM 2020
FONTE: <https://bit.ly/39zrRkF>. Acesso em: 10 ago. 2021.
Você	ficou	curioso	sobre	o	IGI?	Então	veja	a	GIO	a	seguir.
NOTA
O Índice Global de Inovação (IGI) é uma ferramenta para as decisões de 
investimento em um determinado país. O indicador é divulgado, desde 2007, 
pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI - WIPO, na sigla em 
inglês), em parceria com a Universidade de Cornell e a Insead. A Confederação 
Nacional da Indústria (CNI), por meio da Mobilização Empresarial pela Inovação 
(MEI), é parceira na produção e divulgação do IGI desde 2017.
FONTE: <https://bit.ly/3Gn5VsR>. Acesso em: 10 ago. 2021.
142
Um	dos	pontos	essenciais	em	que	o	Brasil	precisa	melhorar	está	relacionado	à	
educação,	ou	seja,	leitura,	matemática	e	ciências,	principalmente	(HESSEL,	2020;	MELO	
et al.,	2020;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Foi	observada,	através	do	IGI,	uma	baixa	formação	
dos	graduados	em	ciências	e	engenharia,	além	do	reduzido	número	de	ingressantes	na	
educação	superior	(HESSEL,	2020;	ROSA,	2020).	
Portanto,	o	capital	humano	é	considerado	crítico	à	produtividade	da	sociedade,	
bem	como	para	seu	funcionamento	político,	social	e	institucional	(SAMANS	et al.,	2017;	
LATRÔNICO	et al.,	2019;	MELO	et al.,	2020;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Isso	denota	a	impor-
tância	significativa	de	uma	sociedade	 inovadora	e	com	qualificação	adequada	para	o	
desenvolvimento	de	cidades	inteligentes	(LATRÔNICO	et al.,	2019;	MELO	et al.,	2020).
O	Índice	Global	de	Capital	Humano	(IGCH)	considera	os	talentos	de	cada	país,	
de	modo	abrangente,	conforme	a	capacidade	do	indivíduo	obter,	ampliar,	desenvolver	e	
aplicar	suas	habilidades	adquiridas	ao	longo	de	sua	vida	(SAMANS	et al.,	2017;	LATRÔNICO	
et al.,	2019;	MELO	et al.,	2020).	Considerando	o	 IGCH,	o	Brasil	possui	dificuldades	na	
construção	de	capital	humano	qualificado	e	diversificado	para	a	nova	geração	(SAMANS	
et al.,	2017;	COSTA,	2018).	De	acordo	com	Carneiro	et	al.	(2021,	p.	68):
Os	 resultados	 do	 IGI	 e	 IGCH	do	Brasil	 ressaltam	 a	 necessidade	 da	
melhoria	 de	 alguns	 resultados	 educacionais	 brasileiros	 para	 que	 o	
Brasil	melhor	se	classifique	no	cenário	internacional.	Portanto,	o	Brasil	
necessita	 de	 investimentos	 em	 educação	 e	 capital	 humano  para	
aumentar	o	ritmo,	bem	como	o	alcance	das	novas	tecnologias	digitais.
4 INDICADORES E FATORES DE CAPITAL HUMANO EM 
UMA CIDADE INTELIGENTE
O	capital	humano,	portanto,	é	decisivo	para	a	competitividade,	aperfeiçoamento	
e	desempenho	urbano	(DEPINÉ,	2016a).	Uma	cidade	que	utiliza	o	capital	humano	dis-
ponível	de	modo	adequado	favorece	o	desenvolvimento	de	um	ambiente	inovador	com	
uma	dinâmica	saudável	de	geração	de	empregos	e	novos	modos	de	participação	ou	
governança,	ou	seja,	torna-se	uma	cidade	humana	inteligente	(DEPINÉ,	2016a;	WEISS	et 
al.,	2017;	MELO	et al.,	2020;	MAZO	et al.,	2021).	O	Quadro	2	aprenta	uma	relação	dos	in-
dicadores	e	fatores	de	capital	humano	para	o	estabelecimento	das	cidades	inteligentes.
143
QUADRO 2 – INDICADORES E FATORES DE CAPITAL HUMANO
FATOR INDICADORES
NÍVEL DE QUALIFICAÇÃO
População	 com	 ensino	 superior	 e	 pós-
graduada
Competência	em	línguas	estrangeiras
Centros	de	conhecimento,	como	por	exem-
plo:	centros	de	pesquisas	e	universidades	de	
qualidade
FORMAÇÃO CONTÍNUA
Empréstimo	de	livros	por	habitante
Participação	em	formação	contínua
Participação	em	cursos	de	línguas
DIVERSIDADE ÉTNICA E SOCIAL
Número	de	estrangeiros
Número	de	cidadãos	nascidos	no	estrangeiro
FLEXIBILIDADE Percepção	sobre	conseguir	um	novo	emprego
CRIATIVIDADE
Número	 de	 profissionais	 atuando	 na	
economia	criativa
PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA
Taxa	 de	 eleitores	 que	 participou	 nas	 elei-
ções	municipais
Participação	em	trabalhos	voluntários
FONTE: Adaptado de Depiné (2016a)
Uma	cidade	 inteligente	deve	estabelecer	um	clima	 ideal	à	classe	criativa,	por	
meio	de	plataformas	que	apoiam	a	produção	de	conhecimento	(DEPINÉ,	2016a;	WEISS	et 
al.,	2017;	ROSA,	2020;	MAZO	et al.,	2021).	Isso	significa	tanto	atrair	quanto	reterrecursos,	
tais	como	(DEPINÉ,	2016a):
• profissionais	inovadores	e	qualificados;
• empresas	inovadoras;
• investidores	e	empreendedores	com	o	capital	financeiro	e	humano.	
144
5 DESAFIOS DAS CIDADES PARA DESENVOLVER O 
CAPITAL HUMANO
O	 capital	 humano	 qualificado	 e	 criativo	 está	 vinculado	 ao	 desenvolvimento	
urbano,	 mas	 também	 faz	 parte	 como	 elemento	 estrutural	 de	 diferentes	 modelos	
de	 cidades	 inteligentes	 (AMONHÁ,	 2O19;	 MELO	 et al.,	 2020;	 MAZO	 et al.,	 2021).	 Os	
profissionais	criativos	e	qualificados	são	considerados	recursos	primordiais	à	construção	
de	soluções	inteligentes	aos	problemas	de	desenvolvimento	das	cidades	(MELO	et al.,	
2020;	MAZO	et al.,	2021).
Entretanto,	você	pode	perceber	que	o	Brasil	está	mal	posicionado	em	rankings	
internacionais	sobre	 inovação	e	capital	humano	(IGI	ou	o	 IGCH).	O	maior	desafio	para	
melhorar	a	posição	do	país	nos	 rankings	é	a	escolaridade,	 já	que	em	2019,	27,4%	da	
população	 de	 25	 anos	 ou	 mais	 havia	 concluído	 o	 ensino	 médio,	 e	 somente	 17,4%	
concluíram	o	ensino	superior	(CARNEIRO	et al.,	2021).
GRÁFICO 2 – NÍVEL DE INSTRUÇÃO DAS PESSOAS COM 25 ANOS OU MAIS DE IDADE (BRASIL - 2019)
FONTE: <https://bit.ly/3NDXaNw>. Acesso em: 10 ago. 2021.
A	 desatualização	 é	 reflexo	 da	 falta	 de	 uma	 política	 nacional	 de	 inovação	 e	
tecnologia	na	educação	que	engloba	as	seguintes	ações,	conforme	o	Quadro	3.
145
QUADRO 3 – AÇÕES NA EDUCAÇÃO PARA PROMOVER A INOVAÇÃO
AÇÕES DESCRIÇÃO
Infraestrutura tecnológica
Usar	 os	 recursos	 de	 modo	 eficiente,	 agregando	
valor	e	gerando	inovação	no	processo	de	formação	
do	indivíduo.
Desenvolvimento de 
conteúdos e recursos 
tecnológicos
Estimular	pesquisas	tecnológicas	avançadas	tanto	
no	âmbito	público	quanto	privado.	
Formar docentes 
e gestores com 
competências digitais para 
o uso pedagógico
O	crescimento	adequado	da	infraestrutura	científi-
ca	das	instituições	de	ensino	precisa	atender	à	de-
manda	crescente	das	cidades,	 o	que	acarreta	um	
aumento	da	demanda	por	profissionais	qualificados,	
criativos	e	que	buscam	inovação.
Estabelecer visão do plano 
de inovação e tecnologia na 
educação
As	 políticas	 públicas	 possuem	 um	 papel	 central	
para	 criar	 incentivos	 aos	 gastos	 em	atividades	de	
inovação	 nas	 instituições	 de	 ensino,	 através	 de	
incentivos	fiscais,	financiamento,	ou	ainda,	subsídio	
de	projetos. 
FONTE: Adaptado de Barranco (2018) e Carneiro et al. (2021)
Mas,	afinal,	qual	a	relação	dessas	questões	educacionais	com	o	desenvolvimento	
das	cidades	inteligentes?	Segundo	Carneiro	et al.	(2021,	p.	64):
As	políticas	 de	 inovação	podem	se	 tornar	 inócuas,	 e	 os	 planos	de	
cidades	inteligentes	correm	o	risco	de	se	transformarem	em	simples	
incorporação	 de	 tecnologias,	 com	 exclusão	 dos	munícipes	menos	
formados	ou	educados.	Por	isso,	os	municípios	que	pretendem	aderir	
ao	paradigma	de	cidades	inteligentes	devem	buscar	formar	e	ocupar	
seu	território	com	capital	humano	qualificado	e	criativo.
Portanto,	a	sociedade	atual	atravessa	um	período	de	mudança,	ou	seja,	da	so-
ciedade	da	informação	para	a	sociedade	do	conhecimento	(RIBEIRO,	2021).	Isso	signifi-
ca	que	precisamos	transformar	a	informação	adquirida	em	conhecimento	para	transfor-
mar	a	realidade	social.	Sendo	assim,	é	preciso	evoluir	para	compreender	os	desafios	do	
mundo	atual,	aplicando	o	conhecimento	adquirido	para	construir	um	futuro	sustentável.
146
RESUMO DO TÓPICO 1
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 Uma	sociedade	inovadora	requer	uma	cidade	com	ambientes	sustentáveis	tanto	para	
os	seus	cidadãos	quanto	às	organizações.	Para	isso,	é	necessário	o	gerenciamento	
inovador	dos	serviços	e	das	 infraestruturas	para	auxiliar	as	cidades	a	agirem	com	
antecedência	frente	aos	problemas	urbanos.	As	cidades	precisam	ser	gerenciadas	
de	modo	 abrangente	 e	 inovador	 usando	 os	 avanços	 tecnológicos	 como	 aliados	 e	
valorizando	o	capital	humano	nesse	processo.
•	 O	capital	humano	considerado	o	conceito	de	cidades	 inteligentes	é	definido	como	
pessoas	criativas	capazes	de	empoderar	o	desenvolvimento	econômico	regional	por	
meio	da	execução	de	suas	atividades.
•	 A	presença	de	uma	classe	criativa	e	elevados	índices	de	educação	estão	relacionados	
à	 riqueza	 urbana.	 Os	 problemas	 vinculados	 ao	 desenvolvimento	 acelerado	 dos	
centros	urbanos	vêm	sendo	 resolvidos	por	meio	da	 inovação	e	da	 criatividade	do	
capital	humano,	ou	seja,	a	busca	por	soluções	inteligentes.
•	 A	 inovação	 será	 alcançada	 quando	 a	 educação	 fornecer	 aos	 alunos	 habilidades	
necessárias	para	ter	sucesso,	ou	seja,	inteligência	emocional	necessária	para	trabalhar	
em	grupos;	criatividade;	pensamento	crítico;	comunicação,	e	ainda,	colaboração.
•	 O	capital	humano,	portanto,	é	decisivo	para	a	competitividade,	aperfeiçoamento	e	
desempenho	urbano.	Uma	cidade	que	utiliza	o	capital	humano	disponível	de	modo	
adequado	favorece	o	desenvolvimento	de	um	ambiente	inovador	com	uma	dinâmica	
saudável	de	geração	de	empregos	e	novos	modos	de	participação	ou	governança,	ou	
seja,	torna-se	uma	cidade	humana	inteligente.
147
RESUMO DO TÓPICO 1
1	 O	capital	humano	considerado	o	conceito	de	cidades	 inteligentes	é	definido	como	
pessoas	criativas	capazes	de	empoderar	o	desenvolvimento	econômico	regional	por	
meio	da	execução	de	suas	atividades.	Considerando	esta	afirmação,	faça	um	quadro	
com	as	classes	do	capital	humano.	
2	 É	fundamental	promover	a	qualificação	do	capital	humano,	porém	é	preciso	ainda	
compreender	como	esse	capital	se	estabelece	em	uma	determinada	cidade.	Dessa 
forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 A	base	para	as	cidades	inteligentes	é	a	conexão	entre	capital	humano,	capital	
social	 e	 infraestrutura	 de	 TIC	 para	 gerar	 maior	 desenvolvimento	 econômico	
sustentável	e	melhorar	a	qualidade	da	vida	dos	cidadãos.	
b)	(			)	 A	 presença	 de	 uma	 classe	 criativa	 e	 elevados	 índices	 de	 educação	 estão	
relacionados	aos	problemas	de	gerenciamento	da	riqueza	urbana.
c)	(			)	 Os	problemas	vinculados	ao	desenvolvimento	acelerado	dos	centros	urbanos	
vêm	sendo	resolvidos	por	meio	da	inovação	e	da	criatividade	do	capital	financeiro,	
ou	seja,	a	busca	por	soluções	digitais.
d)	(			)	 A	 inovação	 tecnológica	 tem	 um	 importante	 papel	 a	 ser	 desempenhado	 no	
contexto	do	futuro	das	cidades,	principalmente	por	demandar	e	envolver	poucas	
competências	e	especializações.
3	 A	inovação	e	a	tecnologia	representam	modos	de	a	sociedade	produzir	mais	utilizando	
menos	 recursos.	Deste	modo,	 a	 adoção	de	novas	 tecnologias	 é	 considerada	uma	
estratégia	capaz	de	aumentar	a	qualidade	de	vida	da	população.	Sobre	o	exposto,	
classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(  	)	 A	 história	 tem	 mostrado	 que	 verdadeiras	 revoluções	 podem	 ocorrer	 quando	 o	
conhecimento	científico	e	tecnológico	desencadeia	novas	formas	de	produção	e	
trazem	mudanças	nas	relações	sociais	e	econômicas.
( 	 )	 A	inovação	será	alcançada	quando	a	educação	fornecer	aos	alunos	habilidades	ne-
cessárias	para	ter	sucesso,	ou	seja,	inteligência	emocional	necessária	para	trabalhar	
em	grupos;		criatividade;	pensamento	crítico;	comunicação,	e	ainda,	colaboração.	
(			)	 Uma	 cidade	 inteligente	 possui	 a	 necessidade	 inerente	 de	 uma	 educação	 que	
forneça	 ao	 aluno	 habilidades	 transferíveis	 que	 o	 capacite	 em	 um	 mundo	 em	
constante	transformação.
(			)	 Um	 dos	 modos	 de	 mensurar	 a	 inovação	 e	 os	 seus	 resultados	 no	 processo	 de	
desenvolvimento	social	é	por	meio	do	Índice	Brasileito	de	Criatividade	(IBC).
AUTOATIVIDADE
148
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 O	capital	humano,	portanto,	é	decisivo	para	a	competitividade,	aperfeiçoamento	e	
desempenho	urbano.	Uma	cidade	que	utiliza	o	capital	humano	disponível	de	modo	
adequado	favorece	o	desenvolvimento	de	um	ambiente	inovador	com	uma	dinâmica	
saudávelde	geração	de	empregos	e	novos	modos	de	participação	ou	governança,	ou	
seja,	torna-se	uma	cidade	humana	inteligente.	Considerando	esta	afirmação,	elabore	
um	quadro	com	os	indicadores	e	fatores	do	capital	humano.		
5	 O	capital	humano	qualificado	e	criativo	está	vinculado	ao	desenvolvimento	urbano,	
mas	também	faz	parte	como	elemento	estrutural	de	diferentes	modelos	de	cidades	
inteligentes.	 Os	 profissionais	 criativos	 e	 qualificados	 são	 considerados	 recursos	
primordiais	à	construção	de	soluções	inteligentes	aos	problemas	de	desenvolvimento	
das	cidades.	Considerando	essa	afirmação,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 O	maior	desafio	para	melhorar	a	posição	do	Brasil	nos	rankings	internacionais	é	
o	meio	ambiente.
b)	(			)	 As	 políticas	 de	 inovação	 podem	 se	 tornar	 inócuas,	 e	 os	 planos	 de	 cidades	
inteligentes	correm	o	 risco	de	se	transformarem	em	simples	 incorporação	de	
tecnologias,	com	exclusão	dos	munícipes	menos	formados	ou	educados.
c)	(			)	 A	sociedade	atual	atravessa	um	período	de	mudança,	ou	seja,	da	sociedade	da	
informação	para	a	sociedade	da	internet.
d)	(			)	 O	crescimento	adequado	da	infraestrutura	científica	das	instituições	de	ensino	
precisam	atender	à	demanda	crescente	dos	centros	rurais,	o	que	acarreta	um	
aumento	 da	 demanda	 por	 profissionais	 qualificados,	 criativos	 e	 que	 buscam	
inovação.
149
A ECONOMIA E O CONHECIMENTO
1 INTRODUÇÃO
Uma	cidade	 inteligente	é	caracterizada	por	ter	uma	sociedade	consciente	do	
seu	 papel	 transformador,	 porém	 as	 cidades	 criativas	 estimulam	 a	 consolidação	 do	
conhecimento	e	inteligência	em	todas	as	áreas	da	cidade.	Isso	significa	o	incentivo	à	
pesquisa,	à	inovação,	à	cultura,	à	economia,	à	tecnologia,	mas,	principalmente,	à	busca	
de	elementos	que	as	diferencie	de	outras	cidades	(ROMERO,	2007;	WEISS	et al.,	2017;	
PIEKAS	et al.,	2018).
Desse	modo,	a	economia	baseada	em	conhecimento	possibilita	o	rompimento	
de	fronteiras	inimagináveis	(PIEKAS	et al.,	2018).	Porém,	essa	trajetória	não	é	simples,	
pois	 é	 necessário	 reconhecer	 a	 natureza	 e	 a	 complexidade	 das	 configurações	 da	
economia	atual	para	que	ocorra	a	transformação	 (DEPINÉ,	2016a;	WEISS	et al.,	2017;	
PIEKAS	et al.,	2018).	
Neste	 tópico,	vamos	 entender	 a	 relação	da	 economia	 com	a	 implementação	
das	 cidades	 inteligentes,	 bem	 como	 compreender	 a	 importância	 dos	 indicadores	
econômicos	para	mensurar	o	desenvolvimento	de	uma	cidade.
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
2 ECONOMIA NO CONTEXTO DAS CIDADES INTELIGENTES
O	 desenvolvimento	 da	 economia	 de	 modo	 mais	 acelerado	 iniciou	 com	 a	
Revolução	 Industrial	no	século	XVIII	 (BARRANCO,	2018;	CARNEIRO	et al.,	 2021).	Esse	
período	foi	marcado	por	adotar	soluções	eficientes	no	processo	produtivo,	bem	como	
na	distribuição	de	bens	e	serviços	considerando	a	aplicação	de	descobertas	científicas	
(BARRANCO,	 2018;	 MAZO	 et al.,	 2021).	 Portanto,	 a	 economia,	 ou	 seja,	 a	 geração	 de	
valor,	 estava	 baseada	 na	 transformação	 de	matéria-prima	 em	 produtos	 ou	 serviços	
a	 serem	 consumidos	 (MELO	 et al.,	 2020;	 MAZO	 et al.,	 2021).	 Isso	 significa	 que,	 na	
economia	tradicional,	a	atividade	econômica	estava	centrada	em	elementos	concretos,	
já	a	economia	do	conhecimento	tem	esse	elemento	como	o	fator	primário	de	produção	
(DELLAGNELO,	2020;	MELO	et al.,	2020;	MAZO	et al.,	2021).	
A	 Figura	 2	 ilustra	 a	 matéria-prima	 e	 os	 produtos	 da	 economia	 baseada	 no	
conhecimento.	
150
FIGURA 2 – ECONOMIA BASEADA NO CONHECIMENTO
FONTE: O autor
Dessa	maneira,	a	informação	é	considerada	um	bem	que	pode	ser	comercializada	
e	as	atividades	 intelectuais	exigem	profissionais	qualificados	 (CORONA,	2010;	PIEKAS	
et al.,	 2018).	 Os	 avanços	 tecnológicos	 possibilitam	 a	 otimização	 de	 processos,	
racionalização	da	utilização	de	recursos	e	eficiência	na	rede	de	distribuição	(ROMERO,	
2007;	PARDO,	2011;	BRANDÃO; JOIA,	2018;	PIEKAS	et al.,	2018).	O	processo	de	transição	
é	gradual	entre	a	economia	baseada	em	conhecimento	da	economia	tradicional,	já	que	
a	economia	do	conhecimento	considera	toda	aprendizagem	adquirida	nos	processos	
produtivos	de	um	determinado	contexto	econômico	(BRANDÃO; JOIA,	2018;	PIEKAS	et 
al.,	2018).	
Agora,	qual	a	relação	da	economia	baseada	com	conhecimento	com	as	cidades	
inteligentes?	
Uma	característica	 fundamental	 que	define	 as	 cidades	 inteligentes	 é	 a	 inte-
gração	de	serviços	públicos	para	aumentar	a	eficiência	e	abrangência,	 resultando	na	
melhoria	da	qualidade	de	vida	dos	cidadãos	(CORONA,	2010;	BARRANCO,	2018;	BRAN-
DÃO; JOIA,	2018;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Portanto,	a	economia	 local	em	uma	cidade	
inteligente	avança	de	modo	natural	para	tornar-se	uma	economia	apoiada	no	conhe-
cimento	(PIEKAS	et al.,	2018;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Conforme	Barranco	(2018,	p.	30):
151
A	otimização	dos	processos	produtivos	proporcionada	pelo	uso	do	
conhecimento	acumulado	e	a	produção	de	novas	ideais	induz	a	cidade	
a	alterar	seu	modo	de	operação	e	a	rever	paradigmas	e	políticas,	o	
que,	 por	 sua	 vez,	 oferece	 ambiente	 favorável	 ao	 desenvolvimento	
e	 aplicação	 das	 novas	 expertises	 na	 economia.	 Sendo	 a	 cidade	
inteligente	 extremamente	 conectada,	 o	 fluxo	 de	 informação	 é	
intenso,	 o	 que	 torna	 o	 ambiente	 ideal	 para	 o	 desenvolvimento	 da	
economia	baseada	em	análises	dessas	informações.
Uma	 característica	 marcante	 da	 sociedade	 atual	 é	 que	 a	 grande	 parte	 das	
informações	está	disponível	on-line,	entretanto,	para	que	a	economia	do	conhecimento	
avance	é	necessário	compreender	os	quatros	pilares	que	a	fundamentam,	conforme	o	
Quadro	4	(PIEKAS	et al.,	2018;	CARNEIRO	et al.,	2021).
QUADRO 4 – PILARES DO CONHECIMENTO
PILARES DESCRIÇÃO
Infraestrutura de 
tecnologia da informação 
e comunicação (TIC)
Elemento	básico	para	o	desenvolvimento	de	soluções	
inovadoras.	
Força de trabalho 
qualificada
Elemento	 essencial	 para	 conduzir	 processos	
de	 desenvolvimento,	 disseminação	 e	 uso	 do	
conhecimento	 na	 melhoria	 da	 qualidade	 de	 vida	
da	 sociedade.	 Deste	 modo,	 é	 necessário	 capacitar	
o	 indivíduo	 a	 aprender	 e	 utilizar	 a	 informação	 para	
buscar	soluções	inovadoras.	
Sistema de inovação 
eficiente
União	entre	instituições	públicas	e	privadas,	tais	como:	
instituições	de	ensino,	centros	de	pesquisa,	organiza-
ções,	governo.	O	sistema	de	inovação	deve	gerar	novas	
soluções	 e	 conhecimento	 para	 conduzir	 o	 progresso	
tecnológico,	bem	como	a	eficiência	na	economia.
Regime econômico e 
institucional favorável
Engloba	 políticas	 e	 regulação	 adequadas	 e	
transparentes	para	incentivar	os	indivíduos	a	investir	
na	aplicação	e	desenvolvimento	de	conhecimento.	
FONTE: Adaptado de Piekas et al. (2018), Melo et al. (2020) e Carneiro et al. (2021)
No	entanto,	é	preciso	considerar	que,	segundo	Turch	e	Morais	(2017,	p.	65):
Países	como	Estados	Unidos	e	Alemanha	investem	prioritariamente	
em	novas	tecnologias,	buscando	redução	dos	custos	e	do	tempo	de	
produção,	menor	consumo	de	energia,	maior	segurança	aos	traba-
lhadores,	entre outros	benefícios.	Tratam-se	de	novas	modalidades	
de	organização	da	produção	que	elevam	a	qualidade	e	a	eficiência,	
152
extrapolam	o	mundo	fabril	e	apontam	para	novas	dimensões	de	con-
sumo,	de cultura	e	de	sociabilidade.	O Brasil,	que já	perdeu	o	bonde	
da	microeletrônica	e	das	TICs,	não deve	fechar	os	olhos	para	essas	
novas	tendências.	Não	por	qualquer	modismo,	mas	pela	necessidade	
de	promover	uma	reviravolta	em	seu	sistema	produtivo.
Portanto,	a	implementação	adequada	das	cidades	inteligentes	no	Brasil	precisa	
se	 fundamentar	 na	 economia	 baseada	 em	 conhecimento,	 sendo	 que	 esse	 efeito	 se	
mostra	 de	 modo	 mais	 visível	 no	 que	 se	 convencionou	 denominar	 de	 gig economy 
(BRANDÃO; JOIA,	2018;	MIGUEL,	2019;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Isso	ocorre	devido	à	alta	
conectividade	 experimentada	 atualmente	 pela	 sociedade,	 podendo	 ocorrer	 de	 dois	
modos	(CORONA,	2010;	MIGUEL,	2019;	ANPEI,	2020;	CARNEIRO	et al.,	2021):
• Crowdwork:	atividadesexecutadas	em	uma	plataforma	on-line	pelos	trabalhadores,	
remunerados	a	cada	conclusão.
• Work-on-demand:	trabalho	tradicional	(entregas,	limpeza	e	manutenção)	é	realizado	
conforme	as	solicitações	encaminhadas	por	meio	de	plataforma.	A	disponibilização	
da	plataforma	é	efetuada	pela	empresa	que	estabelece	níveis	mínimos	de	qualidade,	
e	se	responsabiliza	a	receber	e	repassar	a	remuneração	ao	trabalhador.	
Nesses dois casos de gig economy,	a	cidade	que	sedia	a	empresa	fornecedora	
da	 plataforma	 é	 a	maior	 beneficiada,	 já	 que	 a	 economia	 neste	 caso	 tem	por	 base	 o	
conhecimento	(CORONA,	2010;	MIGUEL,	2019;	ANPEI,	2020).	
Você	ficou	curioso	sobre	a	gig economy?	Então	veja	a	GIO	a	seguir!
IMPORTANTE
Hoje em dia, o desenvolvimento profissional vem se tornando uma prioridade cada vez 
mais constante na vida das pessoas. As novas gerações acabaram criando expectativas 
muito altas em relação às possibilidades de integrar trabalho, estilo de vida e paixões ou 
motivações pessoais, contando com uma remuneração superior e mais interessante do 
que o salário que ganhariam se continuassem presas ao modelo de trabalho tradicional.
A GIG Economy, também conhecida como a economia de trabalhadores livres, engloba 
qualquer tipo de atividade econômica que se pague por tarefa, projeto ou breve 
atividade. E isso inclui diversas pessoas, como freelancers de todas as áreas de atuação, 
donos de micronegócios, consultores independentes e empreendedores que aproveitam 
as novas tecnologias.
FONTE: <https://bit.ly/3Gog6xc>. Acesso em: 10 ago. 2021.
https://blog.workana.com/pt/emprendimientopt/relatorio-workana-2019-por-que-cada-vez-mais-profissionais-estao-optando-pela-vida-freelancer/
https://blog.workana.com/pt/emprendimientopt/relatorio-workana-2019-por-que-cada-vez-mais-profissionais-estao-optando-pela-vida-freelancer/
153
FIGURA – CARACTERÍSTICAS DAS GIG ECONOMY
FONTE: <https://bit.ly/3hZBL3L>. Acesso em: 10 ago. 2021.
154
3 INDICADORES ECONÔMICOS DA ISO 37120:2018
A	 norma	 ABNT	 NBR	 ISO	 37120:2018	 “Desenvolvimento	 sustentável	 em	
comunidades	 –	 indicadores	 para	 serviços	 urbanos	 e	 qualidade	de	vida”	 é	 a	 primeira	
norma	técnica	brasileira	sobre	cidades	sustentáveis	(ISO,	2018).
A	 ISO	 37120	 está	 reunida	 em	 17	 temas	 com	 100	 indicadores.	 Os	 indicadores	
dos	temas	economia	avaliam	a	empregabilidade,	o	empreendedorismo	e	a	 inovação.	
Já	 os	 indicadores	 do	 tema	finanças	 consideram	o	 processo	 de	 gestão	 dos	 recursos	
financeiros	locais	(COUTO,	2018;	ISO,	2018;	SANTOS,	2018;	ABREU; MARCHIORI	2020).
FIGURA 3 – CARACTERÍSTICAS DA ISO 37120
FONTE: O autor
Conforme	Couto	(2018,	p.	21),	a	norma	define:
Outra	questão	central	é	a	padronização	dos	indicadores	de	desem-
penho	utilizados	ao	redor	do	mundo,	já	que	somente	a	uniformiza-
ção	destes	permitiria	uma	comparação	consistente	entre	as	cidades.	
Dessa	 forma,	 seriam	 favorizadas	 as	 trocas	 de	 experiências	 e	 boas	
práticas	entre	estas.	Os	 indicadores	de	desenvolvimento	sustentá-
vel,	entretanto,	não	têm	valores	limites	ou	parâmetros	determinados	
pela	norma,	se	restringindo	à	uma	análise	quantitativa	dos	dados.	A	
avaliação	dos	 indicadores	 obtidos	na	 aplicação	da	norma	 se	 torna	
possível	através	de	uma	análise	comparativa,	seja	entre	cidades	dis-
tintas,	seja	pela	evolução	destes	indicadores	para	um	mesmo	local.
155
O	 Quadro	 5	 apresenta	 uma	 sugestão	 de	 indicadores	 relacionados	 aos	 eixos	
temáticos	da	ISO	37120,	por	Abreu	e	Marchiori	(2020).
QUADRO 5 – INDICADORES RELACIONADOS AOS EIXOS TEMÁTICOS DA ISO 37120
Eixos temáticos ISO 
37120
INDICADORES SUGERIDOS 
EDUCAÇÃO 
• Capacidade	de	monitorar	 a	 frequência	 dos	 alunos	por	
meio	de	ferramentas	tecnológicas.
ENERGIA
• Integração	 entre	 sistema	 de	 distribuição	 de	 energia	
elétrica	com	as	novas	soluções	em	cidades	inteligentes.
• Potencial	 ganho	 de	 escala	 e	 replicação	 de	 novas	
soluções	de	cidades	inteligentes.
• Possibilidade	de	fontes	alternativas	em	nível	residencial.
SEGURANÇA • Sistema	de	aviso	rápido	em	situações	de	risco	ambiental.
GOVERNANÇA
• Existência	de	um	banco	de	dados	central	para	busca,	
inserção	e	acesso	de	dados.
• Acesso	aberto	on-line	de	documentos	governamentais	
não	confidenciais.
• Taxa	de	vazamento	de	informações.
SAÚDE
• Existência	de	um	extenso	banco	de	dados	sobre	saúde	
pública.	
• Possibilidade	de	visita	e	controle	remoto	de	pacientes.
MORADIA
• Existência	de	equipamentos	inteligentes.
• Capacidade	de	compartilhar	internet	e	conteúdos	de	en-
tretenimento	com	outras	aplicações	e	casas	inteligentes.	
• Medição	 de	 consumo	 de	 energia,	 gás	 e	 água	 por	
equipamentos	inteligentes	e	conectados	a	aplicativos.
POPULAÇÃO E 
CONDIÇÃO SOCIAL
• Serviços	 para	 pessoas	 portadoras	 de	 necessidades	
especiais.
PLANEJAMENTO 
URBANO
• Plano	 diretor	 e	 projetos	 de	 expansão	 da	 cidade	
disponíveis	e	on-line.
• Proporções	entre	usos	de	espaços	e	uso	do	tempo	dos	
cidadãos.
TELECOMUNICAÇÕES
• Acesso	livre	à	internet	em	espaços	públicos.
• Uso	das	TIC	em	diferentes	áreas	de	gestão	das	cidades	
inteligentes.
FONTE: Adaptado de Abreu e Marchiori (2020, p. 535)
156
Veja	uma	informação	sobre	a	certificação	da	ISO	37120!
IMPORTANTE
Conforme Couto (2018, p. 23):
O World Council on City Data (WCCD), um conselho que 
lidera mundialmente na padronização de métricas urbanas e 
coordena uma plataforma de dados referentes aos indicadores 
de desenvolvimento sustentável. O WCCD desenvolveu um 
sistema de certificação ISO 37120 e o Global Cities Registry 
TM, que é a lista de cidades que receberam tal certificação. 
Para o desenvolvimento da plataforma, o conselho convidou 
20 cidades a adotar a norma e, assim, ajudar a criar o WCCD. 
Estas cidades foram intituladas “cidades fundadoras”, um 
grupo composto pelas cidades de Amã, Amsterdã, Barcelona, 
Bogotá, Boston, Buenos Aires, Dubai, Guadalajara, Haiphong, 
Helsinque, Joanesburgo, Londres, Los Angeles, Makati, Meca, 
Melbourne, Minna, Roterdã, Toronto e Xangai.
4 INDICADORES ECONÔMICOS DA IESE CITY IN 
MOTION INDEX
O	City	In	Motion	Index	(CIMI)	é	uma	publicação	periódica	anual	do	IESE	–	Instituto	
de	Estudos	Superiores	da	Empresa.	Conforme	Barranco	(2018,	p.	20):
A	edição	de	2018	(a	quinta)	possui	83	indicadores,	separados	em	9	
dimensões	chaves,	que	fornecem	uma	visão	ampla	e	 integrada	de	
cada	 cidade	 avaliada,	 expondo	 os	 pontos	 fortes	 e	 fracos	 de	 cada	
uma.	As	vantagens	são	uma	melhor	identificação	das	necessidades	
da	cidade	e	das	pessoas,	o	estabelecimento	de	objetivos	comuns,	
a	 ampliação	 das	 oportunidades	 de	 aprendizagem,	 o	 aumento	 da	
transparência	e	a	implementação	de	políticas	públicas	mais	flexíveis.
157
FIGURA 4 – AS DIMENSÕES PRINCIPAIS E OS RESULTADOS ESPERADOS DO CIMI
FONTE: O autor
Considerando	a	dimensão	capital	humano,	a	cidade	de	Londres	ficou	na	primeira	
posição	no	ranking	geral	da	CIMI	em	2019.	Essa	dimensão	considera	a	capacidade	que	a	
cidade	possui	em	atrair	e	reter	o	capital	humano,	por	meio	da	educação	e	da	promoção	
da	 criatividade	 e	 da	 pesquisa.	 Nesse	 sentido,	 analisou-se	 os	 seguintes	 indicadores	
(ZANELLA,	2020):	
• museus	e	galerias;	
• teatros;
• escolas;	
• universidades;
• escolas	de	negócios;
• escolas	de	ensino	superior;	
• movimento	de	estudantes.
Nova	 York	 ocupa	 a	 primeira	 posição	 no	 ranking	 geral	 da	 CIMI	 em	 2019,	 na	
dimensão	economia.	Os	principais indicadores	avaliados	foram	(ZANELLA,	2020):
• tempo	necessário	para	abrir	um	negócio;
• Uber;
• salário;
• facilidade	em	abrir	um	negócio;
• poder	de	compra.
158
A	Reykjavík (Islândia)	ocupa	a	primeira	posição	no	ranking	geral	da	CIMI	em	2019,	
na	dimensão	meio	ambiente.	Os	principais	indicadores	avaliados	foram	(ZANELLA,	2020):
• melhoria	da	sustentabilidade	ambiental	por	meio	de	planos	antipoluição;	
• apoio	a	edifícios	verdes	e	energia	alternativa;
• gestão	eficiente	das	águas	e	dos	resíduos;
• existência	de	políticas	que	ajudem	a	combater	os	efeitos	as	alterações	climáticas.
A	 rede	 de	 energiaelétrica	 de	 Reykjavik	 tem	 fonte	 geotérmica,	 aproveitando	
os	vulcões	existentes	na	 região	 (FARIA,	2021).	Atualmente,	o	país	está	 investindo	na	
utilização	de	hidrogênio	 como	alternativa	 de	 fonte	 energética	 que	poderá	 abastecer	
veículos	(ZANELLA,	2020;	FARIA,	2021).
FIGURA 5 – FONTE GEOTÉRMICA DE REYKJAVIK
FONTE: <https://bit.ly/3zGmJpS>. Acesso em: 10 ago. 2021.
A	cidade	de	Shangai	(China)	ocupa	a	primeira	posição	no	ranking	geral	da	CIMI	
em	 2019,	 na	 dimensão	 mobilidade	 e	 transporte.	 Os	 principais	 indicadores	 avaliados	
foram	(ZANELLA,	2020):
• infraestrutura	rodoviária;
• frota	de	veículos	e	transporte	público;
• transporte	aéreo,	mas	também;
• número	de	bicicletas	compartilhadas;
• estações	de	metrô;
• porcentagem	de	bicicleta	por	residência;
• índice	de	tráfego	para	deslocamento	para	o	trabalho.
Veja	 na	GIO	 a	 seguir,	 duas	 alternativas	 da	 cidade	de	Shangai	 para	 facilitar	 a	
mobilidade	de	pedestres	nas	faixas!
159
IMPORTANTE
As linhas brancas e retas dos cruzamentos foram alteradas para zig-zag, com isso, formou-
se o desenho de uma seta que aponta a direção correta que o pedestre precisa seguir. 
Além disso, divide a circulação em duas trajetórias diferentes evitando a colisão entre os 
pedestres nos horários de pico (OLIVEIRA, 2018). 
FIGURA – ALTERAÇÃO DAS FAIXAS DE PEDESTRES
FONTE: <https://glo.bo/2XRLiDg>. Acesso em: 10 ago. 2021.
Outro projeto que facilita a mobilidade urbana é a separação dos tipos de mobilidade por 
cores, isso estabelece uma hierarquia de ritmos de movimentos. Por exemplo: uma 
pista linear na cor verde clara demarca o percurso de bicicletas e patinetes, ao passo que 
uma faixa sinuosa em magenta delimita o espaço para a circulação mais lenta dos pedestres. 
FONTE: <https://bit.ly/3CvUb46>. Acesso em: 10 ago. 2021.
FIGURA – SEPARAÇÃO DOS TIPOS DE MOBILIDADE POR CORES
FONTE: <https://bit.ly/3kxveyT>. Acesso em: 10 ago. 2021.
160
5 ECONOMIA, ASPECTO SOCIAL E CIDADES INTELIGENTES
As	cidades	 inteligentes	têm	como	meta	principal	a	melhoria	da	qualidade	de	
vida	do	cidadão,	ou	seja,	o	aspecto	social	é	relevante.	Portanto,	é	necessário,	conforme	
Carneiro	et al.	(2021,	p.	76):
Encontrar	soluções	para	questões	sociais	profundas,	seja	por	meio	
da	geração	de	valor	social	direto	ou	pela	geração	de	valor	financeiro	
posteriormente	aplicado	em	melhorias	sociais.	Assim,	é	 importante	
que	o	empreendedorismo	como	um	todo	seja	fomentado	na	cidade	
inteligente/economia	 do	 conhecimento,	 mas	 é	 essencial	 que	 o	
empreendedorismo	 social	 também	 seja	 estimulado	 de	 modo	 a	
permitir	o	surgimento	de	soluções	que	façam	a	cidade	avançar	no	
sentido	de	 se	 tornar,	 de	 fato,	 inteligente,	 e	 que	 todos	os	 cidadãos	
possam	usufruir	de	seus	benefícios.
Desse	 modo,	 as	 práticas	 colaborativas	 impulsionam	 as	 potencialidades	 de	
cada	cidade,	 já	que	conduzem	ao	desenvolvimento	eficiente	de	todos	os	envolvidos	
(ROMERO,	2007;	DEPINÉ,	2016a;	WEISS	et al.,	 2017).	 Isso	ocorre	através	da	troca	de	
conhecimento	 e	 de	 ajustes	 que	 podem	 aumentar	 a	 eficiência	 de	 toda	 a	 cadeia	 em	
decorrência	da	articulação	dos	atores	sociais	(ROMERO,	2007;	CARNEIRO	et al.,	2021).
Portanto,	a	coordenação	do	arranjo	produtivo	local	acarreta	aumento	da	efici-
ência	de	todo	o	sistema,	tendo	os	seguintes	resultados	(BARRANCO,	2018;	CARNEIRO	
et al.,	2021):
• compatibilização	da	capacidade	dos	fornecedores;
• compatibilização	do	potencial	do	mercado;
• compatibilização	da	mão	de	obra	disponível;
• redução	e	mitigação	dos	impactos	ambientais;
• regulação	de	incidentes	que	afetam	a	produção.	
6 EXEMPLOS DE INICIATIVAS NO BRASIL 
Os	municípios	brasileiros	vêm	passando	por	profundas	mudanças	no	seu	espaço	
geográfico	ao	longo	dos	anos,	mas	suas	competências	técnicas	e	administrativas	não	
evoluem	no	mesmo	ritmo	 (BARRANCO,	2018;	LOCATELLI;	VICENTIN,	2019;	CARNEIRO	
et al.,	2021).		Desse	modo,	os	municípios	reconheceram	a	importância	de	adotar	novos	
instrumentos	de	planejamento	urbano	para	 se	 adequar	 de	modo	flexível	 e	 dinâmico	
ao	 desenvolvimento	 das	 cidades	 (BARRANCO,	 2018;	 LOCATELLI;	 VICENTIN,	 2019;	
CARNEIRO	et al.,	2021).	Segundo	Locatelli	e	Vicentin	(2019,	p.	498):
Ao	 longo	 dos	 anos,	 verificou-se	 que	 o	 processo	 de	 urbanização	 é	
uma	tendência	marcante	em	países	em	estágio	de	desenvolvimento	
como	 o	 Brasil	 e	 os	 grandes	 centros	 de	 aglomeração	 humana	
implicam	 em	maiores	 desafios	 aos	municípios	 e	 com	 a	 ampliação	
de	 problemas	 decorrentes	 deste	 estilo	 de	 vida	 e	 que	 se	 inserem	
161
em	 inúmeros	 temas	 como	 educação,	 saúde,	 segurança,	 moradia,	
infraestrutura,	tecnologia,	economia,	acolhimento	social,	mobilidade,	
transporte,	 acessibilidade,	 energia,	 saneamento	 básico,	 cultura,	
lazer,	conservação	e	uso	sustentável	de	recursos	naturais,	poluição,	
oportunidades	de	empregos,	comunicação	local	e	global,	via	relações	
sociais	presenciais	e	não	presenciais,	dentre	muitos	outros.
Portanto,	é	fundamental	a	implementação	de	cidades	inteligentes	capazes	de	
planejar	suas	ações	de	inteligente,	criativo,	inovador	e	conscientes	dos	atores	que	nelas	
atuam	(WEISS	et al.,	2017;	LOCATELLI;	VICENTIN,	2019;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Então,	
agora	vamos	ver	alguns	exemplos	de	cidades	inovadoras	no	Brasil.
A	cidade	do	Rio	de	Janeiro	possui	o	Centro	de	Operações	(COR)	que	utiliza	a	
tecnologia	para	gestão	administrativa	da	cidade,	bem	como	para	prestação	de	serviços	
ao	cidadão	(BATISTA,	2016;	WEISS	et al.,	2017).	O	COR	efetua	o	monitoramento	contínuo	
através	de	câmeras	localizadas	em	pontos	estratégicos	da	cidade,	sendo	que	o	benefí-
cio	desse	processo	é	o	monitoramento	do	trânsito	integrado	com	o	aplicativo	Waze.	Isso	
possibilita	o	forneccimento	de	informações	sobre	o	tráfego	em	tempo	real	aos	motoris-
tas	(BATISTA,	2016).
FIGURA 6 – CENTRO DE OPERAÇÕES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
FONTE: <https://glo.bo/3lKNtjK>. Acesso em: 13 ago. 2021.
A	cidade	de	Porto	Alegre	também	possui	o	Centro	Integrado	de	Comando	(CEIC),	
que	fomenta	a	inovação	e	o	desenvolvimento	científico	e	tecnológico,	através	do	Gabi-
nete	de	Inovação	e	Tecnologia	(Inovapoa)	(VIEGAS,	2015;	WEISS	et al.,	2017).
162
FIGURA 7 – CENTRO INTEGRADO DE COMANDO DA CIDADE DE PORTO ALEGRE
FONTE: <https://bit.ly/3wQOXPb>. Acesso em: 13 ago. 2021.
A	cidade	de	Curitiba	é	reconhecida	nacionalmente	pelo	seu	sistema	de	trans-
porte	público	e	mobilidade	urbana	(WEISS	et al.,	2017;	ROTA,	2018).	Segundo	Locatelli	e	
Vicentin	(2019,	p.	505),	Curitiba	lançou	o	projeto	2035,	que	tem	por	objetivo:
Instrumentalizar	 as	 aspirações	e	o	 futuro	 almejado	pela	 sociedade	
curitibana,	 bem	 como	 de	 suas	 interrelações	 metropolitanas,	 no	
sentido	de	preparar	o	município	para	um	crescimento	ordenado,	um	
desenvolvimento	 socioeconômico	 e	 sustentável,	 aproveitando	 de	
forma	consciente	as	oportunidades	e	os	 investimentos	 inerentes	à	
cidade,	primando	pela	qualidade	de	vida	e	bem-estar	da	população	
local.	Em	seu	conteúdo,	revisita	o	estudo	prospectivo	Curitiba	2030,	
considerando	 as	 evoluções	 ocorridas	 desde	 o	 ano	 de	 2010	 para	
incorporar	as	mudanças	significativas	do	contexto	socioeconômico	
e	tecnológico,	dar	continuidade	àquilo	que	já	foi	planejado	e	injetar	
vitalidade	 no	 planejamento	 de	 longo	 prazo	 por	 meio	 de	 novas	
estratégias	de	participação	social.
163
FIGURA 8 – SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO DE CURITIBA
FONTE: <https://bit.ly/3toV0tx>. Acesso em: 13 ago. 2021.
A	cidade	de	Recife	relizou	projetos	de	mobilidade	urbana	no	qual	aluga	bicicletas	
e	veículos	elétricos.	Esses	projetos	foram	elaborados	no	laboratório	vivo	Porto	Digital,	
que	busca	soluções	inovadoras	para	a	região	metropolitana	de	Recife	através	do	trabalho	
conjunto	de	empresas,	autoridades	públicas	e	cidadãos	(PORTO	DIGITAL,	2021).	
FIGURA 9 – MOBILIDADE URBANA EM RECIFE
FONTE: <https://bit.ly/3agBEQi>. Acesso em: 13 ago. 2021.
164
7 DESAFIOS E SOLUÇÕES PARA INOVAÇÃO DAS 
CIDADES INTELIGENTES
O	Brasil	possui	muitas	realidades	e	uma	dimensãocontinental,	o	que	torna	o	
processo	de	geranciamento	das	cidades	uma	ação	complexa.	Porém,	no	contexto	das	
cidades	inteligentes,	determinados	desafios	podem	ser	resolvidos	se	forem	trabalhdos	
através	 de	 políticas	 públicas	 em	 nível	 nacional	 (PARDO,	 2011;	 PIEKAS	 et al.,	 2018;	
CARNEIRO	et al.,	2021).	Um	exemplo	são	as	TIC,	que	podem	trazer	inúmeros	benefícios,	
tais	como	(CARNEIRO	et al.,	2021):
• melhoria	da	comunicação	dos	indivíduos;
• acesso	facilitado	à	informação;
• possibilidade	de	colaboração;
• eliminação	de	barreiras	de	localização,	de	idioma,	entre	outras.
Entretanto,	 as	 tecnologias	 também	 possuem	 efeito	 colateral	 no	meio	 social,	
tal	como	o	impacto	dos	aplicativos	de	transporte	compartilhado	que	as	trouxeram	às	
relações	de	trabalho	já	existentes	(WEISS	et al.,	2017;	SANTOS,	2018;	CARNEIRO	et al.,	
2021).		A	utilização	das	TIC	ocorre	inúmeras	vezes	de	modo	desigual,	sendo	que	os	meios	
para	 produção	de	 riqueza	 estão	vinculados	 ao	 acesso	 a	 esses	meios,	 a	 desconexão	
resulta	em	maior	desigualdade	social.	Por	isso,	conforme	Santos	(2018,	p.	92):
Esse	cenário	reforça	a	importância	das	políticas	que	visam	a	inclusão	
digital,	não	só	aquelas	que	buscam	dar	conectividade	ao	cidadão,	mas	
também	novas	habilidades,	dentre	elas	as	diversas	abordagens	sobre	
literacia	ou	alfabetismo	digital,	e	o	uso	responsável	da	 rede,	afinal	a	
internet	é	uma	porta	para	o	mundo,	mas	também	para	o	submundo.
Outro	desafio	para	 inovação	das	cidades	 inteligentes	é	o	uso	 indiscriminado	
ou	irresponsável	dos	dados.	Por	isso,	a	necessidade	de	utilizar	as	melhores	práticas	de	
segurança	da	informação	para	mitigar	os	problemas	de	perda	de	privacidade	(WEISS	et 
al.,	2017;	BARRANCO,	2018).	Ainda,	é	preciso	considerar,	de	acordo	com	Mcneill	(2015	
apud	CARNEIRO	et al.,	2021,	p.	98):
A	 imprescindibilidade	 cada	 vez	 maior	 da	 tecnologia	 para	 a	
vida	 em	 ambiente	 urbano,	 combinada	 com	 a	 concentração	 do	
desenvolvimento	das	soluções	em	um	pequeno	número	de	atores,	
leva	a	problemas	de	governança,	dependência	tecnológica	e	(sobre)
simplificação	 dos	 problemas	 urbanos	 Essas	 externalidades	 devem	
ser	 consideradas	 tanto	 pelos	 cidadãos,	 como	 pela	 administração	
pública	em	suas	necessárias	reflexões	sobre	o	uso	das	tecnologias.
Desse	 modo,	 você	 pôde	 verificar,	 ao	 longo	 deste	 tópico,	 que	 são	 inúmeros	
os	 aspectos	 que	 precisam	 ser	 verificados	 antes	 da	 implementação	 de	 soluções	
tecnológicas.	 Isso	significa	que	não	é	somente	adquirir	uma	ferramenta	ou	digitalizar	
um	determinado	serviço,	mas	é	preciso	avaliar	quais	soluções	são	adequadas	conforme	
o	problema	verificado.	Portanto,	é	preciso	avaliar	os	impactos	tecnológicos,	financeiros,	
socioeconômicos,	educativos	e	políticos.	
165
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 Uma	cidade	 inteligente	 é	 caracterizada	por	 ter	 uma	 sociedade	 consciente	do	 seu	
papel	 transformador,	 porém	 as	 cidades	 criativas	 estimulam	 a	 consolidação	 do	
conhecimento	e	inteligência	em	todas	as	áreas	da	cidade.	Isso	significa	o	incentivo	
à	pesquisa,	à	inovação,	à	cultura,	à	economia,	à	tecnologia,	mas,	principalmente,	à	
busca	de	elementos	que	as	diferencie	de	outras	cidades.
•	 Os	avanços	tecnológicos	possibilitam	a	otimização	de	processos,	racionalização	da	
utilização	de	recursos	e	eficiência	na	rede	de	distribuição.	O	processo	de	transição	é	
gradual	entre	a	economia	baseada	em	conhecimento	da	economia	tradicional,	já	que	
a	economia	do	conhecimento	considera	toda	aprendizagem	adquirida	nos	processos	
produtivos	de	um	determinado	contexto	econômico.
•	 A	norma	ABNT	NBR	ISO	37120:2018	“Desenvolvimento	sustentável	em	comunida-
des	–	 indicadores	para	serviços	urbanos	e	qualidade	de	vida”	é	a	primeira	norma	
técnica	brasileira	sobre	cidades	sustentáveis	(ISO,	2018).	A	ISO	37120	está	reunida	
em	17	temas	com	100	indicadores.	Os	indicadores	dos	temas	economia	avaliam	a	
empregabilidade,	 o	 empreendedorismo	e	 a	 inovação.	 Já	 os	 indicadores	 do	 tema	
finanças	consideram	o	processo	de	gestão	dos	recursos	financeiros	locais.
•	 As	 práticas	 colaborativas	 impulsionam	 as	 potencialidades	 de	 cada	 cidade,	 já	 que	
conduzem	ao	desenvolvimento	eficiente	de	todos	os	envolvidos.	Isso	ocorre	através	
da	troca	de	conhecimento	e	de	ajustes	que	podem	aumentar	a	eficiência	de	toda	a	
cadeia	em	decorrência	da	articulação	dos	atores	sociais.
•	 O	Brasil	possui	muitas	realidades	e	uma	dimensão	continental,	o	que	torna	o	processo	
de	geranciamento	das	cidades	uma	ação	complexa.	Porém,	no	contexto	das	cidades	
inteligentes,	determinados	desafios	podem	ser	resolvidos	se	forem	trabalhdos	através	
de	políticas	públicas	em	nível	nacional.
166
1	 Os	avanços	tecnológicos	possibilitam	a	otimização	de	processos,	racionalização	da	
utilização	de	recursos	e	eficiência	na	rede	de	distribuição.	O	processo	de	transição	é	
gradual	entre	a	economia	baseada	em	conhecimento	da	economia	tradicional,	já	que	
a	economia	do	conhecimento	considera	toda	aprendizagem	adquirida	nos	processos	
produtivos	de	um	determinado	contexto	econômico.	Considerando	esta	afirmação,	
elabore	um	quadro	com	os	pilares	do	conhecimento.
2	 Uma	característica	fundamental	que	define	as	cidades	inteligentes	é	a	integração	de	
serviços	públicos	para	aumentar	a	eficiência	e	abrangência	resultando	na	melhoria	da	
qualidade	de	vida	dos	cidadãos.	Portanto,	a	economia	local	em	uma	cidade	inteligente	
avança	de	modo	natural	para	tornar-se	uma	economia	apoiada	no	conhecimento.	
Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 A	cidade	inteligente	é	extremamente	conectada,	o	fluxo	de	informação	é	baixo,	
o	que	torna	o	ambiente	ideal	para	o	desenvolvimento	da	economia	baseada	em	
análises	dessas	informações.	
b)	(			)	 A	otimização	dos	processos	produtivos	proporcionada	pelo	uso	do	conhecimento	
acumulado	e	a	produção	de	novas	ideais	induz	a	cidade	a	alterar	seu	modo	de	
operação	e	a	rever	paradigmas	e	políticas,	o	que,	por	sua	vez,	oferece	ambiente	
favorável	ao	desenvolvimento	e	aplicação	das	novas	expertises	na	economia.
c)	(			)	 Países	como	Brasil	e	Alemanha	investem	prioritariamente	em	novas	tecnologias,	
buscando	 redução	 dos	 custos	 e	 do	 tempo	 de	 produção,	menor	 consumo	 de	
energia,	maior	segurança	aos	trabalhadores,	entre	outros	benefícios.
d)	(			)	 A	 implementação	 adequada	 das	 cidades	 inteligentes	 no	 Brasil	 precisa	 se	
fundamentar	na	economia	tradicional.
3	 A	norma	ABNT	NBR	ISO	37120:2018	“Desenvolvimento	sustentável	em	comunidades	
–	indicadores	para	serviços	urbanos	e	qualidade	de	vida”	é	a	primeira	norma	técnica	
brasileira	sobre	cidades	sustentáveis.	Os	 indicadores	dos	temas	economia	avaliam	
a	empregabilidade,	o	empreendedorismo	e	a	 inovação.	Já	os	 indicadores	do	tema	
finanças	consideram	o	processo	de	gestão	dos	recursos	financeiros	locais.	Sobre	o	
exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 Educação:	 capacidade	 de	 monitorar	 a	 frequência	 dos	 alunos	 por	 meio	 de	
ferramentas	tecnológicas.
(			)	 Segurança:	sistema	de	aviso	rápido	em	situações	de	risco	ambiental.	
(			)	 Moradia:	medição	de	consumo	de	energia,	gás	e	água	por	equipamentos	inteli-
gentes	e	conectados	a	aplicativos.
(			)	 Planejamento	urbano:	plano	diretor	e	projetos	de	expansão	da	cidade	disponíveis	
e	on-line.
AUTOATIVIDADE
167
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 O	City	In	Motion	Index	(CIMI)	é	uma	publicação	periódica	anual	do	IESE	–	Instituto	de	
Estudos	Superiores	da	Empresa.	A	edição	de	2018	(a	quinta)	possui	83	indicadores,	
separados	em	9	dimensões-chaves,	que	fornecem	uma	visão	ampla	e	integrada	de	
cada	cidade	avaliada,	expondo	os	pontos	fortes	e	fracos	de	cada	uma.	Considerando	
esta	 afirmação,	 elabore	 uma	 figura	 que	 mostre	 as	 dimensões	 e	 os	 resultados	
esperados	do	CIMI.
5	 As	 práticas	 colaborativas	 impulsionamas	 potencialidades	 de	 cada	 cidade,	 já	 que	
conduzem	ao	desenvolvimento	eficiente	de	todos	os	envolvidos.	Isso	ocorre	através	
da	troca	de	conhecimento	e	de	ajustes	que	podem	aumentar	a	eficiência	de	toda	
a	 cadeia	 em	 decorrência	 da	 articulação	 dos	 atores	 sociais.	 Considerando	 esta	
afirmação,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 A	coordenação	do	arranjo	produtivo	local	acarreta	redução	da	eficiência	de	todo	
o	sistema.
b)	(			)	 Encontrar	soluções	para	questões	sociais	superficiais,	seja	por	meio	da	geração	
de	valor	social	indireto	ou	pela	geração	de	valor	financeiro	posteriormente	apli-
cado	em	melhorias	sociais.
c)	(			)	 É	importante	que	o	empreendedorismo	como	um	todo	seja	fomentado	na	cidade	
inteligente/economia	do	conhecimento,	mas	é	essencial	que	o	empreendedo-
rismo	social	também	seja	estimulado	de	modo	a	permitir	o	surgimento	de	solu-
ções	que	façam	a	cidade	avançar	no	sentido	de	se	tornar,	de	fato,	inteligente,	e	
que	todos	os	cidadãos	possam	usufruir	de	seus	benefícios.
d)	(			)	 Os	municípios	brasileiros	vêm	passando	por	profundas	mudanças	no	seu	espaço	
geográfico	ao	longo	dos	anos,	mas	suas	competências	técnicas	e	administrativas	
também	evoluem	no	mesmo	ritmo.
168
169
TÓPICO 3 - 
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
As	 cidades	 são	 essenciais	 para	 o	 desenvolvimento	 social	 e	 econômico	 dos	
países,	 entretanto,	 precisam	 ser	 eficientes	 e	 produtivas	 (PARDO,	 2011;	 CARNEIRO	 et 
al.,	 2021).	O	 resultado	do	bom	funcionamento	de	uma	determinada	 cidade	pode	 ser	
mensurado	 através	 de	 investimentos	 em	 infraestrutura	 e	 serviços	 que	 garantem	 a	
melhoria	social	(DEPINÉ,	2016a;	WEISS	et al.,	2017;	CARNEIRO	et al.,	2021).
Portanto,	para	 isso	é	necessária	a	criação	de	um	novo	modelo	de	gerencia-
mento	urbano	com	o	engajamento	do	poder	público,	e	dos	demais	interessados	para	
estreitar	suas	 relações	e	o	desenho,	e	com	 isso,	planejar,	 implementar	e	manter	os	
espaços	 urbanos	 (WEISS	et al.,	 2017;	AMONHÁ,	 2O19;	 CARNEIRO	et al.,	 2021).	 Para	
isso,	é	importante	a	adoção	de	uma	visão	de	inteligência,	sendo	que	a	informação	e	
a	criatividade	são	ativos	fundamentais	do	capital	humano	para	o	desenvolvimento	da	
inovação	(COSTA;	MENEZES,	2016;	WEISS	et al.,	2017;	AMONHÁ,	2O19).
Neste	tópico,	vamos	estudar	a	transformação	digital	e	as	tecnologias	de	comu-
nicação	e	a	sua	relação	direta	com	as	cidades	inteligentes.	Isso	significa	compreender	o	
modo	como	os	sistemas	de	telecomunicações	e	recursos	da	internet	podem	mudar	os	
modos	de	relacionamento	e	de	vida	social	em	uma	cidade.
UNIDADE 3
2 A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E AS TECNOLOGIAS 
DE COMUNICAÇÃO
Conforme	Costa	e	Menezes	(2016,	p.	334):
Por	 TIC	 entende-se	 os	 procedimentos,	 métodos,	 equipamentos	 e	
recursos	para	processar	informação	e	proceder	a	diferentes	formas	
de	comunicação	via	suporte	tecnológico	e	de	dispositivos	digitais,	o	
que	inclui	a	internet	(por	redes	e	sem	fio),	tablets,	smartphones	etc.	
Esses	 novos	 dispositivos	 não	 só	 viabilizam	 a	 comunicação	 virtual	
como	também	contribuem	para,	em	tempo	real,	motivar	as	pessoas	a	
compartilhar	interesses,	ideias,	opiniões	etc.,	independentemente	de	
uma	posição	geográfica	ou	da	presença	física.
170
Sendo	 assim,	 observa-se	 que	 as	 TIC	 são	 importantes	 e	 podem	 auxiliar	 em	
mudanças	 significativas	 no	 padrão	 de	 gerenciamento	 das	 cidades,	 acarretando	
benefícios	na	eficiência	e	no	desempenho	das	cidades	(RIVERA;	SICILIANO;	TEIXEIRA,	
2013;	 OLIVEIRA;	 MUTHEMBA;	 UNSIHUAY-VILA,	 2018;	 CAVALCANTE	 et al.,	 2019).	 As	
plataformas	de	TIC	podem	ser	configuradas	de	modo	a	garantir	a	sua	utilização,	tal	como:
• canais	de	transmissão	de	conhecimento;
• pontes	de	acesso	às	transações	econômicas;
• geração	de	riqueza;
• criação	de	valor	científico;	
• fomento	de	soluções	inovadoras.
Isso	significa	afirmar	que	as	cidades	inteligentes	são	desenvolvidas	por	meio	da	
capacidade	 de	 aprendizagem,	 desenvolvimento	 tecnológico	 e	 inovação,	 sendo	 estas,	
empregadas	aos	processos	de	gerenciamento	urbano	(CAVALCANTE	et al.,	2019;	CAR-
NEIRO	et al.,	2021).	A	utilização	inteligente	das	tecnologias	está	aperfeiçoando	os	modos	
de	produção	e	a	execução	de	negócios,	isso	acarreta	estímulo	das	interações	sociais	en-
tre	a	sociedade	e	os	governos,	e	ainda,	proporciona	transparência	e	melhoria	nos	servi-
ços	entre	os	atores	que	atuam	nas	cidades	(RIVERA;	SICILIANO;	TEIXEIRA,	2013;	KAGAN	
et al.,	2013;	OLIVEIRA;	MUTHEMBA;	UNSIHUAY-VILA,	2018;	CAVALCANTE	et al.,	2019).
Portanto,	 a	 transformação	 digital	 pode	 acarretar	 impactos	 diferenciados	
dependendo	da	situação,	ou	seja,	a	realidade	de	cada	cidade	influencia	de	modo	direto	
na	eficiência	de	utilização	das	TIC	(CAVALCANTE	et al.,	2019;	CARNEIRO	et al.,	2021).	
É	necessário	considerar	os	diferentes	níveis	de	maturidade	de	uma	cidade	inteligente	
para	que	a	transformação	digital	ocorra	de	modo	benéfico	à	toda	sociedade	 (COSTA;	
MENEZES,	2016;	BRANDÃO; JOIA,	2018).
FIGURA 10 – NÍVEIS DE MATURIDADE DE UMA CIDADE INTELIGENTE
FONTE: <https://bit.ly/3u7iBxZ>. Acesso em: 15 ago. 2021.
171
Veja	na	GIO	a	seguir,	os	termos	de	TIC	que	você	deve	conhecer!
IMPORTANTE
Veja a figura que lista os principais termos mais atuais sobre as TIC, estes termos são muito 
usuais no processo de desenvolvimento de cidades inteligentes.
FIGURA – TERMOS DE TIC
FONTE: <https://bit.ly/3PMbqFA>. Acesso em: 15 ago. 2021.
3 AS TIC E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
De	acordo	com	Weiss,	Bernardes	e	Consoni	(2013,	p.	8):
Inúmeras	 empresas	 do	 setor	 de	 TIC	 vêm	 sistematicamente	
desenvolvendo	 tecnologias	 com	potencial	 para	 proporcionar	maior	
eficiência	energética	e	otimização	na	produção	de	bens	e	serviços,	
muitas	 vezes	 se	 utilizando	 da	 internet:	 sistemas	 inteligentes	 para	
o	 monitoramento	 e	 gerenciamento	 das	 infraestruturas	 urbanas	 e	
antecipação	 a	 acidentes	 naturais;	 terceirização	 e	 consolidação	 de	
172
data	 centers;	 virtualização	 de	 servidores;	 computação	 em	 nuvem	
(cloud	 computing);	 soluções	 de	 colaboração	 e	 redes	 sociais;	
documentação	 eletrônica;	 componentização	 de	 baixo	 carbono	
(terminais	 de	 plasma,	 virtualização	 de	 desktops,	 eliminação	 de	
impressão,	data	centers	inteligentes);	tecnologias	para	a	criação	de	
escritórios	virtuais	e	de	home-offices;	sistemas,	métodos	e	práticas	
para	o	gerenciamento	 integrado	de	serviços	de	qualquer	natureza;	
sistemas	para	o	tratamento	de	grandes	volumes	de	dados.
Você	 pode	 perceber,	 com	 esta	 afirmação,	 que	 para	 estabelecer	 uma	 cidade	
inteligente	 é	 preciso	 que	 as	 tecnologias	 estejam	 integradas	 e	 capazes	 de	 conectar	
diferentes	sistemas	em	diferentes	organizações.	
As	 TIC	 têm	 como	 responsabilidade	 coletar	 os	 dados	 da	 cidade	 através	 do	
desenvolvimento	 e	 execução	 de	 projetos	 voltados	 para	 a	 sua	 coleta,	 tratamento	 e	
disponibilização	 em	 tempo	 real	 (COSTA;	 MENEZES,	 2016;	 OLIVEIRA;	 MUTHEMBA;	
UNSIHUAY-VILA,	 2018).	 Isso	possibilita	que	cada	cidadão	 se	envolva	de	modo	direto	
com	a	realidade	de	sua	cidade,	e	possibilita,	ainda,	que	o	poder	público	atue	de	modo	
preventivo	 por	 meio	 da	 utilização	 de	 sistemas	 de	 monitoramento,	 gerenciamento	 e	
sistemas	analíticos	(RIVERA;	SICILIANO;	TEIXEIRA,	2013;	KAGAN	et al.,	2013;	OLIVEIRA;	
MUTHEMBA;	UNSIHUAY-VILA,	2018;	CAVALCANTE	et al.,	2019).
Um	exemplo	prático	com	o	aumento	crescente	da	utilização	de	tecnologia	nas	
cidades	ocorre	a	ampliação	no	consumo	de	energia	elétrica,	tornando	 imprescindível	
um	 sistema	 inteligente	 sustentável	 (OLIVEIRA;	 MUTHEMBA;	 UNSIHUAY-VILA,	 2018;	
CAVALCANTE	et al.,	2019).	As	redes	inteligentes	(Smart	Grid)	são	uma	solução	possível	
para	essa	realização,	 já	que	integram	as	redes	elétricas	de	modo	amplo	garantindo	o	
fornecimento	 de	 energia	 para	 todas	 as	 redes	 e	 evitando	 a	 sobrecarga	 das	mesmas	
(SEBRAE,	2015;	CAVALCANTE	et al.,	2019).	As	redes	inteligentes	são	definidas,	conforme	
Oliveira,	Muthemba	e	Unsihuay-Vila	(2018,p.	2,	tradução	nossa)	como:
As	redes	inteligentes	são	os	sistemas	de	distribuição	e	transmissão	
que	usam	os	recursos	de	Tecnologia	da	Informação	(TI),	telecomuni-
cações	e	automação	de	alto	nível	para	aumentar	significativamente	
a	qualidade	da	energia	e	a	eficiência	operacional.	Devido	ao	alto	nível	
de	tecnologia	agregada,	as	Smart	Grids	são	capazes	de	 responder	
às	diversas	demandas	da	sociedade	moderna,	tanto	em	termos	de	
necessidades	de	energia	quanto	de	desenvolvimento	sustentável.
173
FIGURA 11 – REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES, SEUS ELEMENTOS E FUNCIONALIDADES
FONTE: Rivera, Siciliano e Teixeira (2013, p. 46)
O	processo	de	implementação	das	redes	inteligentes	é	compreendido	em	três	
dimensões	complementares	e	independentes,	conforme	o	Quadro	6	(RIVERA;	SICILIANO;	
TEIXEIRA,	2013;	CAVALCANTE	et al.,	2019).
QUADRO 6 – DIMENSÕES DAS REDES INTELIGENTES
DIMENSÕES DESCRIÇÃO
PRIMEIRA
As	intervenções	são	realizadas	para	reunir	diferentes	tipos	de	
inteligência	 ao	 sistema	de	 fornecimento	de	energia	 elétrica	
garantindo	a	eficifiência,	qualidade	e	segurança	da	rede.
SEGUNDA
Obter	os	benefícios	do	processo	de	substituição	dos	medidores	
eletromecânicos	por	eletrônicos	inteligentes.	Nessa	dimensão,	
os	 consumidores	 conseguem	 obter	 informações	 sobre	 o	
consumo	de	energia	por	horário,	e	ainda,	sobre	a	qualidade	
de	energia	 recebida	ao	 longo	do	dia.	As	concessionárias	de	
energia	podem	efetuar	o	corte	e	religamento	remotos.
TERCEIRA
Apresenta	 residências	 com	 eletrodomésticos	 inteligentes	
interconectados	ao	medidor.	Isso	possibilita	o	gerenciamento	
do	consumo	energético,	comunicação	bidirecional	de	energia,	
através	 da	 geração	 distribuída	 com	 fonte	 solar,	 eólica	 ou	
biomassa,	e	armazenamento	de	energia	com	a	utilização	dos	
carros	elétricos.
FONTE: Adaptado de Rivera, Siciliano e Teixeira (2013) e Cavalcante et al. (2019)
174
O	processo	de	implementação	das	redes	inteligentes	possibilitará	a	implantação	
de	cidades	inteligentes,	mas	também	de	ambientes	interligados	por	meio	da	internet	das	
coisas	(IoT)	(RIVERA;	SICILIANO;	TEIXEIRA,	2013).	Sendo	assim,	as	redes	elétricas,	redes	
sanitárias,	redes	de	distribuição	de	água	potável,	sinais	de	trânsito,	veículos,	indivíduos,	
ou	seja,	tudo	poderá	gerar	dados,	que	serão	processados	e	tratados	com	inteligência	
(RIVERA;	 SICILIANO;	 TEIXEIRA,	 2013;	 KAGAN	 et al.,	 2013;	 OLIVEIRA;	 MUTHEMBA;	
UNSIHUAY-VILA,	2018).	As	informações	obtidas	irão	ajudar,	por	exemplo:
• na	compreensão	e	na	gestão	do	trânsito;
• na	gestão	remota	da	saúde	de	cardíacos;	
• na	oferta	de	serviços	e	produtos	conforme	os	hábitos	dos	consumidores.
FIGURA 12 – DAS REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES À INTERNET DAS COISAS
FONTE: Adaptado de Rivera, Siciliano e Teixeira (2013)
IMPORTANTE
Por meio do projeto Smart Grid, do Sebrae, 18 micro e pequenas empresas passaram por 
capacitação, rodadas de negócios e missões técnicas, com o objetivo de desenvolver novas 
tecnologias para o setor de energia em Itajubá (MG) e região. Entre os participantes do 
projeto está a TR Soluções, que desenvolveu aplicativo gratuito que detalha o perfil do gasto 
de energia elétrica do consumidor residencial, além de possibilitar:
175
FIGURA – ORÁCULUZ
FONTE: <https://bit.ly/3AB2BGI>. Acesso em: 15 ago. 2021.
Todas	essas	possibilidades	ocorrem	com	o	uso	de	tecnologias-chave	aliadas	ao	
desenvolvimento	de	sistemas	especializados	em	grande	escala	(WEISS;	BERNARDES;	
CONSONI,	 2013;	 CAVALCANTE	 et al.,	 2019).	 Esses	 sistemas	 são	 primordias	 para	 o	
gerenciamento	adequado	das	transformações	urbanas	para	auxiliar	a	superar	os	desafios	
provocados	pelo	crescente	aumento	da	urbanização	 (WEISS;	BERNARDES;	CONSONI,	
2013;	COSTA	MENEZES,	2016;	BRANDÃO;	JOIA,	2018;	CAVALCANTE	et al.,	2019).
4 SUSTENTABILIDADE INTEGRAL
De	acordo	com	Ribas	et al.	(2007,	p.	2009),	a	sustentabilidade	refere-se:
[...]	 ao	uso	dos	 recursos	biofísicos,	econômicos	e	sociais,	 segundo	
sua	 capacidade	 em	 um	 espaço	 geográfico,	 para	 obter	 bens	 e	
serviços	 diretos	 e	 indiretos	 da	 agricultura	 e	 dos	 recursos	 naturais	
para	satisfazer	as	necessidades	das	gerações	futuras	e	presentes.	O	
valor	presente	dos	bens	e	serviços	deve	representar	mais	que	o	valor	
das	externalidades	e	dos	insumos	incorporados,	melhorando	ou	pelo	
menos	mantendo	de	forma	indefinida	a	produtividade	do	ambiente	
biofísico	e	social.
Os	 Objetivos	 do	 Desenvolvimento	 Sustentável	 (ODS)	 correspondem	 a	 uma	
agenda	 mundial	 adotada	 na	 Cúpula	 das	 Nações	 Unidas	 sobre	 o	 Desenvolvimento	
Sustentável,	 sendo	 que	 são	 17	 objetivos	 e	 169	metas	 a	 serem	 alcançadas	 até	 2030	
176
(OLIVEIRA,	2020;	MASSRUHÁ	et al.,	2020).	Na	Figura	13	você	pode	observar	a	presença	
de	objetivos	importantes	para	o	desenvolvimento	sustentável	das	cidades	inteligentes,	
tais	como:	educação	de	qualidade,	cidades	e	comunidades	sustentáveis,	energia	limpa	
e	acessível	e	parcerias	e	meios	de	implementação	(NASCIMENTO;	SAFADI;	SILVA,	2011;	
MASSRUHÁ	et al.,	2020).
FIGURA 13 – OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
FONTE: <https://bit.ly/3wSdof2>. Acesso em: 15 ago. 2021.
O	 Quadro	 7	 apresenta	 uma	 relação	 de	 algumas	 contribuições	 das	 TIC	 para	
alcançar	os	ODS.
QUADRO 7 – TIC E OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS)
ODS CONTRIBUIÇÃO DAS TIC
Erradicação da Pobreza
Acesso	móvel	a	serviços	financeiros	para	os	indivíduos	
não	bancarizados.	
Fome Zero e Agricultura 
Sustentável
e-Agricultura:	 acesso	 a	 atualizações	 de	 mercado	 e	
previsões	de	tempo.	
Saúde e Bem-Estar
e-Saúde:	interação	direta	com	o	paciente,	informatiza-
ção	da	saúde	e	telemedicina.	
Educação de Qualidade
e-Aprendizado:	 acesso	 a	 conhecimento	 a	 todos	 os	
indivíduos.	
Igualdade de Gênero
TIC	 são	 um	 caminho	 essencial	 para	 igualdade	 e	
empoderamento.	
Água Potável e 
Saneamento
Sistemas	 inteligentes	 de	 gerenciamento	 de	 recursos	
hídricos	e	saneamento	básico.	
177
Energia Limpa e 
Acessível
Eficiência	energética,	smart	grids,	padronização	verde	e	
tecnologia	para	energia	sustentável.	
Trabalho Decente e 
Crescimento Econômico
Promoção	 da	 economia	 digital,	 comércio	 eletrônico,	
pequenas	e	médias	empresas	tecnológicas,	empreen-
dedorismo	e	confiança	cibernética.	
Indústria, Inovação e 
Infraestrutura
Promoção	 de	 acesso	 universal	 e	 a	 preços	 viáveis	 à	
internet.	
Redução das 
Desigualdades
Diminuição	 de	 divisão	 digital	 e	 fortalecimento	 das	
comunidades.	
Cidades e Comunidades 
Sustentáveis
Cidades	 inteligentes	 e	 sustentáveis,	 sistemas	 de	
transporte	inteligentes,	5G	e	IoT.	
Consumo e Produção 
Responsáveis
TIC	 possibilitam	 produção	 e	 consumo	 sustentáveis	
por	 meio	 de	 smart grids,	 medidores	 inteligentes	 e	
computação	em	nuvem.	
Ação Contra a Mudança 
Global do Clima
TIC	apoiam	modos	de	vida	mais	verdes,	monitoramento	
do	clima,	sistemas	de	alerta	e	previsão.	
Vida na Água
Observação	 e	 monitoramento	 satelitais	 aumentam	 o	
conhecimento	científico	sobre	os	oceanos.	
Vida Terrestre
Observação	satelital	dos	ecossistemas	terrestres	ajuda	
a	proteger	a	biodiversidade.	
Paz, Justiça e 
Instituições Eficazes
Dados	abertos	aumentam	a	transparência,	empoderam	
o	cidadão	e	impulsionam	o	crescimento	econômico.	
Parcerias e Meios de 
Implementação
TIC	 fazem	 a	 integração	 e	 facilitam	 todos	 os	 ODS	 por	
meio	 de	 colaborações	 inovadoras	 e	 do	 aumento	 da	
capacitação.	
FONTE: Adaptado de Carneiro et al. (2021)
Portanto,	a	tecnologia	pode	contribuir	para	a	melhoria	da	qualidade	de	vida	nas	
cidades,	mas	considerando	uma	definição	mais	ampla	do	conceito	de	sustentabilidade,	
ou	 seja,	 abrangendo	 outros	 elementos	 além	 dos	 ambientais,	 tais	 como:	 economia,	
inclusão	 social,	 governança,	 mobilidade	 e	 acessibilidade	 (COSTA;	 MENEZES,	 2016;	
MELO	et al.,	2020;	CARNEIRO	et al.,	2021;	MAZO	et al.,	2021).	Isso	reflete	em	uma	cidade	
adequada	 da	melhor	maneira	 possível	 aos	 seus	 habitantes	 para	 que	 surgam	 novas	
ideias	e	para	o	desenvolvimento	econômicoe	social	(COSTA;	MENEZES,	2016).	Conforme	
Carneiro	et al.	(2021,	p.	96):
178
As	 cidades	 sustentáveis	 têm	 na	 gestão	 ambiental	 um	 de	 seus	
focos,	 pois	 é	 necessária	 a	 eficiência	 na	 utilização	 dos	 recursos	
do	 planeta.	 É	 preciso,	 então,	 pensar	 em	planejamento	 urbano,	 de	
mobilidade	e	transporte,	recursos	hídricos,	saneamento,	remoção	e	
gestão	de	resíduos,	geração	e	transmissão	de	energia,	infraestrutura	
residencial	e	 industrial,	 redução	no	 risco	de	desastres,	segurança,	
acesso	à	informação	e	à	educação,	e	comunicação:	todos	esses	são	
temas	relevantes	em	uma	cidade	que	quer	ser	sustentável,	seja	ela	
inteligente	ou	não.
4.1 RANKING CONNECTED SMART CITIES
Você	pôde	observar	com	as	afirmações	expostas	anteriormente,	que	surge	a	
necessidade	eminente	de	buscar	um	planejamento	efetivo,	porém	com	padrão	de	indi-
cadores	que	avaliem	as	ações	de	cidades	que	investem	no	futuro	(LOCATELLI;	VICEN-
TIN,	2019;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Por	isso,	conforme	Locatelli	e	Vicentin	(2019,	p.	499):
Em	 2015,	 foi	 criado	 no	 Brasil	 o	 ranking	 de	 cidades	 inteligentes,	
chamado	Ranking	Connected	Smart	Cities,	como	ferramenta	útil	para	
mensurar	o	desempenho	das	cidades	mais	inteligentes,	levando	em	
consideração	o	planejamento	destas	para	o	tratamento	dos	temas	
mais	 importantes	para	a	construção	de	uma	cidade	voltada	para	o	
futuro.	O	ranking	é	o	principal	indicador	nacional	sobre	o	tema,	sua	
constituição	está	de	acordo	com	os	princípios	de	sustentabilidade,	
as	 cidades	 selecionadas	 para	 sua	 composição	 são	 avaliadas	
segundo	esses	critérios	e	a	integração	do	município	dentre	os	mais	
inteligentes,	 conectados,	 humanos	 e	 sustentáveis	 torna-se	 um	
diferencial	que	pode	gerar	melhorias	nos	resultados	financeiros	e	na	
imagem	da	municipalidade	perante	à	comunidade	em	geral,	nacional	
ou	internacional.
 O	objetivo	do	Ranking	Connected	Smart	Cities	é	definir	as	cidades	com	maior	
potencial	 de	 desenvolvimento	 do	 Brasil	 (LOCATELLI;	 VICENTIN,	 2019;	 CSC,	 2020;	
CARNEIRO	et al.,	2021).	O	Ranking	apresenta	 indicadores	que	compõem	11	principais	
eixos,	conforme	a	Figura	14.
FIGURA 14 – EIXOS DO RANKING CONNECTED SMART CITIES
FONTE: <https://bit.ly/3z3Zc5v>. Acesso em: 16 ago. 2021.
179
O	Ranking	considera	que	as	cidades	 inteligentes	compreendem	que	o	pro-
cesso	de	desenvolvimento	 só	 é	 alcançado	quando	os	 atores	do	processo	da	 cida-
de	entendem	o	poder	de	conectividade	entre	 todas	as	esferas	 sociais	 (LOCATELLI;	
VICENTIN,	2019;	CARNEIRO	et al.,	2021).	Um	exemplo	prático	é	o	entendimento	que	
investimentos	 em	 saneamento	 básico	 estão	 ligados	 tanto	 aos	 ganhos	 ambientais	
quanto	 em	 saúde	 pública.	 Desse	modo,	 observa-se	 que	 é	 fundamental	 considerar	
a	sustentabilidade	econômica	como	fundamento	para	sustentabilidade	ambiental	e	
social	(CARNEIRO	et al.,	2021).
Veja	a	GIO	a	seguir	sobre	a	explicação	de	como	é	elaborado	o	Ranking	Connected	
Smart	Cities!
IMPORTANTE
Para a elaboração do Ranking Connected Smart Cities foram mapeadas 
as principais publicações internacionais e nacionais sobre o tema de 
cidades inteligentes, cidades conectadas, cidades sustentáveis e demais 
artigos sobre o assunto ou assuntos correlatos, dentre elas: 
• “Cidades Sustentáveis, Programa Cidades Sustentáveis”.
• “Escala Brasil Transparente, Controladoria Geral da União”.
• “Brazil Competitiveness Profile, Fundação Getúlio Vargas”.
• “IESE Cities in Motion, IESE Business School”.
• “Innovation Cities, Innovation Cities Program”.
• “Maiores e Melhores Cidades do Brasil, América Economia”.
• “Mapping Smart Cities in the European Union, Smart Cities”.
• “ARCADIS Sustainable Cities Index, Yale Center for Environmental Law 
& Policy”.
• “World Council on City Data”.
• “ISO 37.120 - Sustainable development of communities -- Indicators 
for city services and quality of life”.
• “ISO 37.122 - Sustainable cities and communities - Indicators for 
smart cities”.
FONTE: <https://bit.ly/3A9VBQe>. Acesso em: 16 ago. 2021.
O	destaque	no	Ranking	Geral	2020	foi	para	a	cidade	de	São	Paulo,	que	atingiu	
a	primeira	colocação. O	segundo	lugar	ficou	com	Florianópolis	(SC),	seguida	por	Curitiba	
(PR),	Campinas	(SP)	e	Vitória	(ES)	(CSC,	2020a).	
180
FIGURA 15 – AS 10 CIDADES MAIS INTELIGENTES E CONECTADAS DO BRASIL EM 2020 CONFORME O 
RANKING CONNECTED SMART CITIES
FONTE: <https://blog.aaainovacao.com.br/smart-cities/>. Acesso em: 16 ago. 2021.
Agora,	vamos	entender	algumas	características	das	três	primeiras	colocadas	no	
Ranking	Connected	Smart	Cities	de	2020.
4.1.1 São Paulo
Conforme	Souza	e	Menelau	(2018,	p.	6):
São	Paulo,	a	maior	cidade	do	país,	ocupa	o	topo	do	ranking	CSC,	foi	
escolhida	 por	 dispor	 do	 sistema	 de	 transporte	 mais	 integrado	 do	
país,	 liderando	o	ranking	de	mobilidade	urbana.	O	 investimento	em	
181
tecnologias	avançadas	voltadas	para	a	infraestrutura	e	o	transporte	
foi	o	fator	decisivo	para	tornar	a	cidade	de	São	Paulo	um	destaque	no	
indicador	de	mobilidade	urbana.
Uma	característica	marcante	da	cidade	de	São	Paulo	é	que	ela	é	considerada	
uma cidade 	colaborativa,	conectada	e	integranda	às	tecnologias	digitais	(URBAN	SYS-
TEMS,	2020).	Os	elementos	que	conduzem	à	cidade	como	um	ambiente	inteligente	são:
• espaço	urbano;
• segurança	pública;
• gestão	inovadora.
Um	exemplo	adotado	pela	cidade	de	São	Paulo	durante	o	ano	de	2020	foi	o	
incentivo	na	utilização	da	bicicleta,	em	que	se	ampliou	o	horário	permitido	ao	transporte	
das	bicicletas	em	metrôs	e	trens	(CARNEIRO	et al.,	2021).	A	Figura	16	mostra	uma	ciclista	
passando	pelo	contador	de	bicicletas	da	Avenida	Faria	Lima	(NEVES,	2018).
FIGURA 16 – MOBILIDADE URBANA EM SÃO PAULO
FONTE: <https://glo.bo/3CGHzY4>. Acesso em: 16 ago. 2021.
Outras	características	marcantse	da	cidade	são:
• Ampliação	no	modelo	de	WiFi	Livre	que	passou	de	120	pontos	de	rede	pública	sem	
fio	para	600	hotspots	 em	2019:	 a	 disponibilidade	da	 internet	gratuita	possibilita	 o	
fortalecimento	das	ações	para	fomentar	a	cultura	digital,	bem	como	facilitar	o	uso	
dos	espaços	públicos	(MEDEIROS,	2019).
https://www.urbansystems.com.br/cidades
182
FIGURA 17 – MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE REDE PÚBLICA SEM FIO
FONTE: <https://bit.ly/3avP7UF>. Acesso em: 16 ago. 2021.
• Redução	de	100	para	cinco	dias	para	se	abrir	uma	empresa	na	cidade:	o	Empreenda	
Fácil	é	uma	plataforma	on-line	que	visa	reduzir	o	tempo	de	abertura	de	empresa	em	
São	Paulo	(CARRIJO,	2020).	
183
FIGURA 18 – CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDA FÁCIL
FONTE: <https://rme.net.br/2019/06/28/entenda-o-que-e-o-empreenda-facil/>. Acesso em: 16 ago. 2021.
• Digitalização	de	98%	dos	processos	judiciais	na	prefeitura:	possibilidade	de	tramitação	
do	processo	mesmo	em	trabalho	remoto	(CARNEIRO	et al.,	2021).
4.1.2 Florianópolis
Conforme	Yigitcanlar	et al. (2020,	p.	20):
O	 Floripa	 Conecta	mobilizou	 dezenas	 de	 eventos	 envolvendo	 tec-
nologia,	gastronomia,	games,	design,	marketing,	música,	artes	plás-
ticas,	 empreendedorismo,	 turismo,	 produção	 audiovisual	 e	 outras	
experiências.	A	iniciativa	teve	a	duração	de	dez	dias	e	proporcionou	
uma	troca	de	experiências	entre	iniciativas	públicas	e	privadas,	além	
de	 ter	 cativado	os	moradores	e	de	atrair	 turistas,	 contando	com	a	
participação	de	um	público	próximo	a	120	mil	pessoas.	Foi	uma	ini-
ciativa	de	uma	cidade	verdadeiramente	inteligente.
184
A	 cidade	 de	 Florianópolis	 é	 conhecida	 como	 a	 “Ilha	 do	 Silício”,	 e	 vem	 se	
destacando	em	relação	ao	capital	humano	e	inovação,	além	de	ocupar	o	sexto	lugar	em	
acesso	ao	capital	financeiro	(DEPINÉ,	2016a;	FERREIRA,	2020).	A	cidade	apresentou,	em	
2020,	os	seguintes	dados	em	relação	à	tecnologia:
• crescimento	de	9,4%	de	empresas	de	tecnologia;
• 2	Parques	Tecnológicos	e	6	incubadoras	de	empresas;
• crescimento	de	2,9%	de	empresas	economia	criativa;
• alta	de	25,8%	de	MEI.
4.1.3 Curitiba
Conforme	Weiss	et al.	(2017,	p.	7):
Curitiba	é	uma	cidade	planejada.	Desde	a	década	de	70,	se	tornou	
um	modelo	mundial	de	transporte,	urbanizaçãoe	 respeito	ao	meio	
ambiente,	sendo	considerada	uma	das	10	cidades	mais	inteligentes	
do	mundo.	Nos	últimos	anos,	mais	precisamente	a	partir	da	década	de	
1980,	o	poder	público	vem	realizando	investimentos	no	planejamento	
e	 execução	 de	 modernizações	 nos	 sistemas	 de	 infraestrutura	 da	
cidade,	com	especial	atenção	às	questões	de	mobilidade.
O	projeto	Vale	do	Pinhão	associa	a	 requalificação	urbana	de	antigos	distritos	
industriais	de	Curitiba,	bem	como	o	fomento	de	um	ambiente	de	estímulo	à	inovação	e	
à	criatividade	por	meio	de	novos	conceitos	e	políticas	(MEINERS;	AZEVEDO,	2019).
FIGURA 19 – PILARES DO PROJETO VALE DO PINHÃO
FONTE: <http://www.valedopinhao.com.br/sobre/>. Acesso em: 16 ago. 2021.
185
Desse	modo,	as	tecnologias	já	existentes	podem	potencializar	a	eficiência	no	
processo	 de	 gerenciamento	 das	 cidades,	 bem	 como	 a	 disponibilidade	 de	 serviços.	
Com	isso,	você	pôde	perceber	ao	 longo	deste	tópico	que	os	sistemas	de	monitora-
mento	da	infraestrutura	urbana;	dados	sobre	o	comportamento	e	condições	de	saúde	
dos	 habitantes;	 a	 inclusão	 das	 pessoas	 com	 deficiência,	 e	 ainda	 sistemas	 de	 pre-
venção	de	riscos	são	oportunidades	reais	às	cidades	que	estão	se	preparando	para	
transformação	inteligente.	
186
PARANÁ É SELECIONADO PARA PROGRAMA DA UNIÃO EUROPEIA PARA O 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O	Paraná	foi	selecionado	para	integrar	um	programa	de	cooperação	promovido	
pela	 União	 Europeia	 para	 aproximar	 diferentes	 regiões	 no	 mundo	 com	 cenários	 e	
objetivos	 semelhantes.	 O	 Programa	 de	 Cooperação	 Internacional	 Urbana	 e	 Regional	
(IURC,	na	sigla	em	inglês)	cria	uma	linha	direta	entre	regiões	da	Europa	e	da	América	
Latina,	América	do	Norte,	Ásia	e	Oceania,	aproximando	suas	experiências	de	governança	
em	áreas	estratégicas.
Na	prática,	 isso	 leva	a	um	desenvolvimento	mais	acelerado	de	objetivos	que	
as	 regiões	 tenham	 em	 comum.	 O	 programa	 é	 dividido	 em	 três	 temáticas:	 transição	
ecológica	 e	 acordo	 verde	 (economia	 circular,	 soluções	 sustentáveis,	 agricultura	
urbana	 sustentável),	 renovação	 urbana	 e	 regional	 (agendas	 urbanas,	 planejamento	
urbano,	mobilidade	e	transporte,	habitação,	 indústria	5.0)	e	ecossistemas	inovadores,	
sustentáveis	e	neutros	em	carbono	(turismo,	cultura,	saúde,	educação,	inovação).
Tanto	o	grupo	temático	quanto	o	parceiro	europeu	escolhido	para	cooperar	com	
o	Paraná	serão	revelados	nas	próximas	semanas.	A	iniciativa	terá duração	de	18	a	24	
meses	a	partir	do	seu	início,	que	é	esperado	para	setembro.	A	expectativa	do	Estado	
é	 poder	 avançar	 em	 um	 ou	 mais	 temas	 como	 turismo	 rural	 e	 sustentável,	 cidades	
inteligentes,	governo	eletrônico	e	transformação	digital.
A	seleção	é	fruto	de	uma	articulação	do	Conselho	Estadual	de	Desenvolvimento	
Econômico	e	Social	(Cedes),	órgão	responsável	pela	 implementação	da	Agenda	2030	
no	Paraná,	em	parceria	com	a	Superintendência-Geral	de	Inovação,	a	Superintendência	
de	Ciência	e	Tecnologia	e	Ensino	Superior,	a	Secretaria	de	Desenvolvimento	Urbano/
Paranacidade	e	a	Associação	das	Empresas	Brasileiras	de	Tecnologia	da	Informação	do	
Paraná	(Assespro-PR).
"Estamos	muito	felizes	com	essa	nova	parceria	que	envolve	regiões	da	União	
Europeia	porque	ela	é	baseada	em	exemplos	concretos	de	sucesso	e	aposta	na	criação	
de	um	ambiente	 fértil	 entre	 os	 times	para	que	as	 trocas	 técnicas	ocorram	de	modo	
efetivo",	afirmou	Keli	Guimarães,	vice-presidente	do	Cedes.
VITRINE	 PARANAENSE  –	 Filipe	 Braga	 Farhat,	 articulador	 de	 parcerias	 para	 a	
Agenda	2030	pelo	Cedes,	argumenta	que	o	ponto	forte	do	programa	é	adaptar	para	a	
realidade	local	exemplos	que	já	obtiveram	sucesso	em	outros	contextos.
LEITURA
COMPLEMENTAR
187
“Existe	hoje	um	entendimento	global	de	que	é	mais	fácil	conseguir	implemen-
tar	as	mudanças	necessárias	para	uma	vida	mais	sustentável	em	diálogo	com	unida-
des	subnacionais,	como	cidades	ou	estados,	do	que	buscar	implementar	as	mesmas	
mudanças	num	país	como	um	todo.	Este	programa	vai	nos	permitir	conhecer	projetos	
de	sucesso,	realizar	trocas	técnicas	e	oferecer	aquilo	que	temos	de	melhor,	propician-
do	uma	relação	ganha-ganha.	Estamos	confiantes	de	que	teremos	resultados	práti-
cos	que	trarão	benefícios	à	sociedade	–	este	é	o	espírito	que	move	o	time	do	Cedes”,	
explica	Farhat.
O	superintendente	geral	de	inovação,	Marcelo	Rangel,	pontuou	inovações	já	exis-
tentes	no	Paraná	que	poderão	servir	de	vitrine	para	outros	países.	“Temos	diversos	exem-
plos	de	tecnologias	na	área	sustentável.	Uma	delas	é	uma	usina,	na	região	dos	Campos	
Gerais,	que	transforma	o	lixo	orgânico	em	eletricidade.	Essa	usina	tem	um	custo	muito	
baixo	de	implantação,	e	poderia	ser	aplicada	em	outras	regiões”,	exemplifica	Rangel.
Inaugurada	 em	 abril,	 a  usina	 termoelétrica	 pública	 de	 Ponta	 Grossa  pode	
processar	até	30	toneladas	de	resíduos	orgânicos	por	dia	–	o	suficiente	para	garantir	
o	funcionamento	da	própria	usina	e	da	UPA	Sant’Ana,	do	Hospital	Municipal	Amadeu	
Puppi,	do	Hospital	Universitário	Materno	Infantil	e	do	prédio	da	Prefeitura	Municipal.	A	
economia	em	energia	elétrica	pode	chegar	a	R$	250	mil/mês.
Por	outro	lado,	uma	das	áreas	que	ele	aponta	que	o	Paraná	poderia	avançar	é	
na	desburocratização	para	uso	de	inovação	na	esfera	pública	–	ponto	em	que	países	
europeus	 costumam	 apresentar	 bons	 exemplos.	 “Toda	 troca	 de	 experiências	 entre	
regiões	na	área	de	inovação	é	essencial.	A	inovação	se	faz	através	de	troca	de	ideias	
com	pessoas	que	precisam	de	soluções	para	suas	dores”,	pontua.
A	iniciativa	terá duração	de	18	a	24	meses	a	partir	do	seu	início,	que	é	esperado	
para	 setembro.	 Paraná	 já	 é	 exemplo	 de	 desenvolvimento	 sustentável.	 Foto:	 José	
Fernando	Ogura/AEN.
PRIMEIRA	FASE –	O	IURC	é	a	evolução	de	outra	iniciativa	da	União	Europeia,	
implementada	em	2017:	o	programa	de	Cooperação	Urbana	Internacional	(IUC)	–	maior	
ação	 de	 cooperação	 de	 cooperação	 regional	 do	 mundo,	 que	 promoveu	 parcerias	
estratégicas	entre	mais	de	200	cidades	e	 regiões	da	União	Europeia	e	de	países	da	
América	do	Norte,	Ásia,	América	Latina	e	Caribe.
A	 nova	 fase	 do	 programa,	 lançada	 no	 início	 de	 2021,	 almeja	 criar	 uma	 rede	
internacional	de	referência	para	a	inovação	urbana	e	regional	e	desenvolvimento	urbano	
sustentável.
“Nessa	 segunda	 etapa,	 houve	 uma	 pré-seleção	 de	 regiões	 no	 mundo	 feita	
pela	Comissão	Europeia.	As	regiões	pré-selecionadas	foram	convidadas	a	enviar	uma	
postulação	de	candidatura.	O	Paraná	não	só	apareceu	na	curadoria	de	 interesse	dos	
188
europeus	como	submeteu	sua	proposta	e	foi	selecionado	entre	10	regiões	da	América	
Latina”,	 ressalta	 Izoulet	Cortes	Filho,	diretor	de	projetos	e	negócios	 internacionais	da	
Assespro-PR.
O	 IURC	é	financiado	pelo	 Instrumento	de	Parceria	da	União	Europeia	e	tem	
apoio	 estratégico	 da	 Direção-Geral	 da	 Política	 Regional	 e	 Urbana	 da	 Comissão	
Europeia	(DG	REGIO).
OCDE –	A	seleção	para	o	novo	programa	se	soma	a	outros	 reconhecimentos	
internacionais	 que	 o	 Paraná	 tem	 obtido.	 No	 último	 mês,	 a	 Organização	 para	 a	
Cooperação	 e	 Desenvolvimento	 Econômico	 (OCDE)	 lançou	 um	 Relatório	 (estudo	 de	
caso	sobre	o	Paraná)	em	que	reconheceu	algumas	áreas	em	que	o Estado	se	destaca	
internacionalmente:	energia	renovável,	proteção	ambiental	e	redução	de	desigualdades.
O	 Estado	 do	 Paraná	 também	 é	 a	 primeira	 região	 do	 mundo	 a	 confirmar	
participação	 em	 uma  nova	 fase	 do	 programa  de	 aceleração	 do	 desenvolvimento	
sustentável	promovido	pela	OCDE.	O	programa	foi	iniciado	há	dois	anos	com	uma	análise	
de	diferentes	indicadores	sobre	o	Estado,	resultado	em	um	relatório	que	mostra	como	o	
Paraná	se	encontra	frente	ao	alcance	dos	ODS.
Ao	 longo	desse	período,	o	programa	promoveu	o	fortalecimento	da	estrutura	
de	indicadores	socioeconômicos,	a	estruturação	de	diálogo	com	todos	os	setores	dos	
governos	municipal,	estadual	e	federal;	o	fortalecimento	de	parcerias	também	com	o	
setor	privado,	a	sociedade	civil	 e	a	academia,e	uma	política	de	trocas	entre	 regiões	
internacionais	que	trazem	desafios	semelhantes.
Entre	 as	 recomendações	 da	 OCDE	 para	 a	 segunda	 fase	 estão	 aperfeiçoar	
estatísticas	que	medem	o	progresso	dos	ODS	e	fortalecer	a	articulação	com	prefeituras	
para	ações	mais	focadas	segundo	o	contexto	de	cada	município.
ODS  –	 Os	 Objetivos	 de	 Desenvolvimento	 Sustentável	 (ODS)	 compõem	
o	 documento	 chamado	 Transformando	 Nosso	 Mundo:	 A	 Agenda	 2030	 para	 o	
Desenvolvimento	 Sustentável	 -	 uma	 agenda	 global	 assinada	 sob	 os	 auspícios	 das	
Nações	Unidas	para	guiar	novas	políticas	públicas	e	o	engajamento	da	sociedade	como	
um	todo,	estimulando	processos	de	governança	sustentável	e	o	estabelecimento	de	
bancos	de	boas	práticas	entre	os	países	até	2030.
Ela	integra	17	ODS,	que	abrangem	os	principais	aspectos	da	sociedade.	Entre	
os	objetivos,	 estão	a	erradicação	da	pobreza,	 da	 fome,	 a	promoção	da	 igualdade	de	
gênero,	o	estabelecimento	de	energia	 renovável	e	acessível,	educação	de	qualidade,	
a	promoção	da	 inovação,	o	crescimento	econômico,	o	estabelecimento	de	parcerias,	
entre	outros.	A	proposta	é	que	sociedade,	empresas,	academia	e	governo	atuem	juntos	
para	cumprir	os	objetivos.
FONTE: <https://bit.ly/3z9mGpW>. Acesso em: 20 ago. 2021.
189
RESUMO DO TÓPICO 3
 Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
•	 As	cidades	são	essenciais	para	o	desenvolvimento	social	e	econômico	dos	países,	
entretanto,	precisam	ser	eficientes	e	produtivas.	O	resultado	do	bom	funcionamento	
de	 uma	 determinada	 cidade	 pode	 ser	 mensurado	 através	 de	 investimentos	 em	
infraestrutura	e	serviços	que	garantem	a	melhoria	social.	
•	 As	TIC	são	importantes	e	podem	auxiliar	em	mudanças	significativas	no	padrão	de	
gerenciamento	das	cidades,	acarretando	benefícios	na	eficiência	e	no	desempenho	
das	cidades.	As	plataformas	de	TIC	podem	ser	configuradas	de	modo	a	garantir	a	sua	
utilização,	tal	como:	canais	de	transmissão	de	conhecimento,	pontes	de	acesso	às	
transações	econômicas,	geração	de	riqueza,	criação	de	valor	científico	e	fomento	de	
soluções	inovadoras.
•	 As	 TIC	 têm	 como	 responsabilidade	 coletar	 os	 dados	 da	 cidade	 através	 do	
desenvolvimento	 e	 execução	 de	 projetos	 voltados	 para	 a	 sua	 coleta,	 tratamento	
e	disponibilização	em	tempo	 real.	 Isso	possibilita	que	cada	cidadão	se	envolva	de	
modo	direto	com	a	realidade	de	sua	cidade,	e	possibilita,	ainda,	que	o	poder	público	
atue	 de	 modo	 preventivo	 por	 meio	 da	 utilização	 de	 sistemas	 de	 monitoramento,	
gerenciamento	e	sistemas	analíticos.
•	 A	tecnologia	pode	contribuir	para	a	melhoria	da	qualidade	de	vida	nas	cidades,	mas	
considerando	uma	definição	mais	ampla	do	conceito	de	sustentabilidade,	ou	seja,	
abrangendo	outros	elementos	além	dos	ambientais,	tais	como:	economia,	 inclusão	
social,	governança,	mobilidade	e	acessibilidade.
190
1	 As	redes	inteligentes	(Smart Grid)	são	uma	solução	possível	para	essa	realização,	
já	que	 integram	as	redes	elétricas	de	modo	amplo	garantindo	o	fornecimento	de	
energia	para	todas	as	redes	e	evitando	a	sobrecarga	das	mesmas.	O	processo	de	
implementação	das	redes	inteligentes	é	compreendido	em	três	dimensões	comple-
mentares	e	independentes,	portanto,	elabore	um	quadro	com	estas	dimensões.	
2	 As	TIC	são	importantes	e	podem	auxiliar	em	mudanças	significativas	no	padrão	de	
gerenciamento	das	cidades,	acarretando	benefícios	na	eficiência	e	no	desempenho	
das	cidades.	Dessa	forma,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 Entende-se	 por	 TIC	 os	 procedimentos,	 métodos,	 equipamentos	 e	 recursos	
para	processar	informação	e	proceder	a	diferentes	formas	de	comunicação	via	
suporte	tecnológico	e	de	dispositivos	digitais,	o	que	inclui	a	internet	(por	redes	e	
sem	fio),	tablets,	smartphones	etc.
b)	(			)	 As	 cidades	 inteligentes	 são	 desenvolvidas	 por	 meio	 da	 capacidade	 de	
aprendizagem,	 desenvolvimento	 tecnológico	 e	 inovação,	 sendo	 estas,	
empregadas	aos	processos	de	gerenciamento	rural.
c)	(			)	 A	 utilização	 inteligente	 das	 tecnologias	 está	 aperfeiçoando	 os	 modos	 de	
produção	 e	 a	 execução	 de	 negócios,	 isso	 acarreta	 estímulo	 das	 interações	
financeiras	entre	a	sociedade	e	os	governos,	e	ainda,	proporciona	opacidade	e	
melhoria	nos	serviços	entre	os	atores	que	atuam	nas	cidades.
d)	(			)	 A	transformação	da	internet	pode	acarretar	impactos	diferenciados	dependendo	
da	situação,	ou	seja,	a	 realidade	de	cada	cidade	 influencia	de	modo	direto	na	
eficiência	de	utilização	das	TIC.
3	 As	 TIC	 têm	 como	 responsabilidade	 coletar	 os	 dados	 da	 cidade	 através	 do	
desenvolvimento	 e	 execução	 de	 projetos	 voltados	 para	 a	 sua	 coleta,	 tratamento	
e	disponibilização	em	tempo	 real.	 Isso	possibilita	que	cada	cidadão	se	envolva	de	
modo	direto	com	a	realidade	de	sua	cidade,	e	possibilita,	ainda,	que	o	poder	público	
atue	 de	 modo	 preventivo	 por	 meio	 da	 utilização	 de	 sistemas	 de	 monitoramento,	
gerenciamento	e	sistemas	analíticos.	Sobre	o	exposto,	classifique	V	para	as	sentenças	
verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
(			)	 As	redes	inteligentes	(Smart Grid)	são	uma	solução	possível	para	essa	realização,	
já	que	integram	as	redes	elétricas	de	modo	amplo	garantindo	o	fornecimento	de	
energia	para	todas	as	redes	e	evitando	a	sobrecarga	das	mesmas.
AUTOATIVIDADE
191
(			)	 As	redes	inteligentes	são	os	sistemas	de	distribuição	e	transmissão	que	usam	os	
recursos	 de	 Tecnologia	 da	 Informação	 (TI),	 telecomunicações	 e	 automação	 de	
alto	nível	para	aumentar	significativamente	a	qualidade	da	energia	e	a	eficiência	
operacional.	
(			)	 Devido	 ao	 alto	 nível	 de	 tecnologia	 agregada,	 as	 Smart	 Grids	 são	 capazes	 de	
responder	 às	 diversas	 demandas	 da	 sociedade	 moderna,	 tanto	 em	 termos	 de	
necessidades	de	energia	quanto	de	desenvolvimento	sustentável.
(			)	 O	processo	de	implementação	das	redes	inteligentes	possibilitará	a	implantação	de	
cidades	inteligentes,	mas	também	de	ambientes	interligados	por	meio	da	internet	
das	coisas	(IoT).
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (			)	 V	-	V	-	V	-	F.
b)	(			)	 V	-	F	-	V	-	V.
c)	 (			)	 F	-	V	-	V	-	F.
d)	(			)	 V	-	V	-	V	-	V.
4	 Os	Objetivos	do	Desenvolvimento	Sustentável	 (ODS)	correspondem	a	uma	agenda	
mundial	adotada	na	Cúpula	das	Nações	Unidas	sobre	o	Desenvolvimento	Sustentável,	
sendo	que	são	17	objetivos	e	169	metas	a	serem	alcançadas	até	2030.	Considerando	
esta	afirmação,	elabore	um	quadro	com	algumas	contribuições	das	TIC	para	alcançar	
os	ODS.
5	 A	tecnologia	pode	contribuir	para	a	melhoria	da	qualidade	de	vida	nas	cidades,	mas	
considerando	uma	definição	mais	ampla	do	conceito	de	sustentabilidade,	ou	seja,	
abrangendo	outros	elementos	além	dos	ambientais,	tais	como:	economia,	 inclusão	
social,	 governança,	 mobilidade	 e	 acessibilidade.	 Considerando	 esta	 afirmação,	
assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 As	 cidades	 sustentáveis	 têm	 na	 gestão	 ambiental	 um	 de	 seus	 focos,	 pois	 é	
necessária	a	eficiência	na	utilização	dos	recursos	do	planeta.
b)	(			)	 O	 resultado	 do	 bom	 funcionamento	 de	 uma	 determinada	 cidade	 pode	 ser	
mensurado	através	de	investimentos	em	infraestrutura	e	serviços	que	garantem	
a	melhoria	financeira	das	organizações	privadas.
c)	(			)	 É	 importante	 adotar	 uma	 visão	 de	 inteligência,	 sendo	 que	 a	 informação	
e	 a	 criatividade	 são	 passivos	 fundamentais	 do	 capital	 humano	 para	 o	
desenvolvimento	da	inovação.
d)	(			)	 As	TIC	dificultam	as	mudanças	significativas	no	padrão	de	gerenciamento	das	
cidades,	acarretando	prejuízos	na	eficiência	e	no	desempenho	das	cidades.
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