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RESUMO DE TGP PARA AV1: 1. Princípios e Princípios constitucionais aplicados ao processo civil: CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO CIVIL - Art. 1º, CPC: É o fenômeno do neoconstitucionalismo/Constitucionalização do processo civil/Processo civil constitucional – As normas devem se adequar em relação à constituição. Artigo com caráter propedêutico (estabelece um prognostico hermenêutico), sem caráter processual em si. A norma inaugura que o CPC está observado em relação à CF/88. Observam-se os princípios/garantias processuais: o Devido processo legal o Inafastabilidade do controle jurisdicional/Inafastabilidade da jurisdição o Contraditório o Isonomia o Juiz natural ETC É uma tomada de posição do legislador que reconhece a força normativa da constituição dentro do âmbito do processo civil. A constituição tem algumas normas fundamentais que se aplicam ao CPC. PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL: Previsto na CF/88: Art. 5º, LIV É um supra-princípio/princípio base. Processo deve ser devido, justo e equitativo, para ser um processo legal. Esse princípio é uma clausula geral, e existe um conteúdo mínimo que deve ser observado para que o processo seja devido: o Observância do contraditório e de da ampla defesa com tratamento paritário às partes (igualdade) do processo. o Observância da duração razoável do processo. o Proibição de retrocesso dos direitos fundamentais. o Proibição de provas ilícitas. Deve-se velar pela licitude das provas. o Respeitar a publicidade do processo. o Garantia do juiz natural. Proíbe a escolha de juiz ou tribunal (juízo) para uma determinada causa. o Necessidade de fundamentação das decisões judiciais. o Garantia de acesso à justiça. A jurisdição não pode afastar dela nenhuma ameaça ou lesão ao direito. A partir do art. 98, CPC possui regras sobre a gratuidade da justiça (fornecer meios para a justiça ser alcançadas por todos). PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL: Previsto na CF/88: Art. 5º, XXXV e LXXIV Art. 3º CPC Não se sabe quando esse direito surgiu, porém desde o Código de Hamurabi já era possível ter indícios desse direito Ninguém deve ser impedido de acessar o judiciário se houver lesão ou ameaça de lesão → Não é necessária a concretização da lesão. Todo aquele que tiver seu direito violado ou ameaçado de violação pode obter tutela do Poder Jurisdicional que poderá reparar ou restabelecer este direito ou prevenir que seja lesionado, por meio de ação adequada. Também é chamado de princípio constitucional de acesso à justiça ou direito à justiça. Também fala do acesso integral e gratuito à justiça Decorre deste princípio que é vedado a autotutela. A tutela será jurisdicional. Nem o legislador, nem o administrador e nem o órgão jurisdicional tem o direito de afastar qualquer causa da apreciação do poder judiciário. o Ex: O legislador não pode editar normas que inibam o acesso ao judiciário. O próprio órgão julgador e o administrador não podem criar empecilhos para poder julgar. O juiz vai ter que julgar se houver uma lesão [tutela repressiva] ou ameaça de lesão [tutela preventiva para inibir que o ilícito ocorra] ao direito – mesmo que não haja uma lei, para determinado caso concreto (LINDB – aplicam-se os métodos de integração das normas: analogia, costumes e princípios gerais de direito). PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA: Previsto na CF/88: Art. 5º, LV Derivam do princípio do devido processo legal “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” O contraditório: o Deve ser aplicado em todos os âmbitos: Jurisdicional, Administrativo e Negocial o Dimensões/garantias do contraditório: Contraditório formal: Participação (ser ouvido, participar, ser comunicado, falar no processo) → informação + possibilidade de reação Contraditório substancial: Poder de influência (ter condições de influenciar no conteúdo da decisão) Ex: quando há um processo em andamento, há de dar real importância ao que as partes estão falando, o juiz pode pedir esclarecimentos para uma melhor decisão. Ex: art. 10, CPC (evitar a decisão surpresa) Ampla defesa: o A ampla defesa corresponde ao aspecto substancial do princípio do contraditório, sendo o conjunto de meios adequados para o exercício efetivo e adequado do contraditório. PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO: Previsto na CF/88: Art. 5º, LXXVIII → Acrescido com a EC 45/2004, porém, anteriormente era previsto no Pacto de São José da Costa Rica/Convenção Americana de Direitos Humanos, art.8 º, qual o Brasil é signatário. É diferente do Princípio da Celeridade, para a doutrina, este nem existe. O processo não tem que ser rápido, ele deve demorar o tempo necessário e adequado à solução do caso submetido ao poder judiciário. É uma resposta necessária aos imensos volumes de trabalho dos tribunais Previsão no CPC: Art. 4º, 6º A duração razoável do processo se aplica tanto no processo de conhecimento quanto na atividade satisfativa (parte do cumprimento de sentença ou de execução – busca satisfazer o que foi entregue na sentença). Critérios de observância ao princípio (firmados pela corte européia de direitos humanos): o Complexidade do assunto – processo mais complexos irão demorar mais o Comportamento dos litigantes e seus procuradores – partes e procuradores que possuem atos protelatórios (procrastinação) irão demorar mais o Atuação do órgão jurisdicional – Quando a conduta do órgão jurisdicional facilita ou não a celeridade do processo Existem mecanismos de efetivação da duração razoável do processo? Sim o Realização de calendário jurídico processual em comum acordo com o juiz – art. 191, CPC o Representação ao Conselho Nacional de Justiça – art. 235, CPC (Qualquer parte pode representar ao Corregedor do Tribunal ou CNJ contra juiz ou relator que exceda os prazos legais injustificadamente. PRINCÍPIO DA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO POR INICIATIVA DA PARTE: Trata-se do princípio da inércia da jurisdição também. O juiz deve ser imparcial e inerte (quem conduz o processo não deve de oficio iniciar procedimentos, salvo em casos previstos em lei). É o PRINCÍPIO DA INÉRCIA, PRINCÍPIO DISPOSITIVO, PRINCÍPIO DA AÇÃO, PRINCÍPIO DA DEMANDA Previsto no art. 2º, CPC Pessoas em geral que tem interesse e legitimidade, que possuam vontade, deve partir dessas pessoas e não do poder judiciário. PRINCÍPIO DISPOSITIVO: depende da conduta da parte PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO POR IMPULSO OFICIAL: Uma vez que uma das partes, por vontade própria, deu início ao processo civil, este é conduzido pelo magistrado. Não há necessidade que as partes fiquem impulsionando o processo. O processo é impulsionado de forma oficial pelo juiz. A parte não fica parada e inobserva os comandos judiciais deixando o processo correr frouxo, mas o juiz não depende mais da vontade da parte para dar continuidade ao processo. Previsto no art. 2º, CPC PRINCÍPIO INQUISITIVO/INQUISITÓRIO: Permite a atuação oficiosa sem provocação do juízo PRINCÍPIO DA IGUALDADE PROCESSUAL ou ISONOMIA: Previsto no Art. 5º, CAPUT Dentro de um processo as pessoas devem ser tratadas com a mesma urbanidade pelo magistrado (salvo em casos específicos – nomeação de tradutores para surdos). É dar as mesmas garantias e direitos as partes. Art. 7º, CPC Aspectos que a Igualdade processual deve observar (Fredie Didier): o Imparcialidade do juiz o Igualdade no acesso a justiça o Redução das desigualdades de acesso à justiça o Igualdade no acesso às informações necessárias para a garantia do exercício do contraditório – Ex: proferir uma decisão e dar publicidade apenas a uma daspartes para que esta possa recorrer. Em certos casos há a necessidade de tratamento distinto justamente para garantir a igualdade entre as partes – Ex: nomeação de curador em processos para incapazes. Arts. 926 e 927, CPC → visam a garantia deste princípio. Ex: Grande empresa com corpo jurídico x consumidor (hipossuficiente/vunerável) → dentro do processo será balanceado para que haja igualdade. Exs: Gratuidade na justiça; prova diabólica (prova muito difícil de ser produzida) – inverte o ônus da prova, pessoa mais idosa com uma tramitação prioritária ‘paridade das armas’ → expressão não mais usada. O processo não é uma guerra, é uma relação que deve prevalecer a cooperação dos indivíduos. Se fala: paridade de tratamento jurídico dentro do processo PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO: Mérito, pedido e objeto são as mesmas coisas no processo civil. Evitar extinção do processo sem decisão do mérito. O magistrado deve priorizar a decisão de mérito evitando reconhecer nulidades quando puderem ser sanadas e deixar de lado formalidades excessivas Artigos importantes: o Art. 4º, CPC o Art. 6º, CPC Esse princípio é aplicável somente na primeira instância (fase de conhecimento)? o NÃO. Enunciado 372 FPPC – Aplica-se o art. 4º, CPC a todas as fases e em todos os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal. Ex: arts. 932 e 1007 § 7º, CPC Antes de inadmitir recurso o juízo deve dar oportunidade ao recorrente PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE: Não basta que o processo seja rápido, ele deve ser efetivo, dando aquilo que as partes têm direito. Este princípio está embutido no princípio da duração razoável do processo. Art. 4º, CPC Os direitos além de reconhecidos devem ser efetivados. Deve-se dar a parte os meios necessários para a efetivação de seu direito (garante o direito fundamental à tutela executiva) – “incluída a atividade satisfativa” PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL: Art. 5º, CPC Não há previsão expressa na CF/88 A boa-fé objetiva processual → padrão comportamental ético esperado dos sujeitos do processo Quando se fala da boa-fé processual, está falando sobre normas de condutas e não a intenção das partes. Como uma pessoa com boa-fé agiria diante dessa situação (é a boa-fé objetiva). Não cabem elucubrações. A exigência de agir com a boa-fé processual é direcionada apenas às partes? o NÃO. Deve ser aplicada a todos que de qualquer forma participe do processo. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA: Art. 10º, CPC A atuação de ofício não autoriza a supressão do contraditório. o Ex: Ilegitimidade da parte autora, o juiz não pode ajuizar uma ação contra aquele réu, mas é interessante observar este princípio e ouvir a parte autora antes. Exceção: Art. 332, CPC “oportunidade de se manisfestar” (art. 10, CPC) → traz o contraditório na dimensão substancial. o Ex: processo correndo e já existe um direito prescrito. O juiz antes de dizer que o direito foi prescrito, deve comunicar as partes sobre a situação, concedendo as partes uma oportunidade de manifestação e poder influenciar o juiz na decisão, em exemplo, dizer ao juiz os motivos pelo qual aquele direito não está prescrito e caso o juiz assim o faça, será uma decisão injusta. Mesmo que seja uma matéria que ele possa decidir de ofício, ele deve dar a oportunidade às partes de manifestação (A parte pode renunciar a prescrição. Se o juiz reconhece de ofício a prescrição, retira de ofício do devedor a possibilidade da parte renunciar a mesma) Poder de participação e Influência do juiz (sob pena de nulidade) Essa regra deve ser observada deve ser observada durante todo o processo, inclusive no recurso. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: Previsto na CF/88: Art. 5º, LX e 93 Regra: Publicidade dos atos processuais Exceção: Defesa da intimidade ou interesse social Previsão no CPC: artigos 8º e 11 Funções da publicidade dos atos processuais: a) Proteção das partes contra juízes arbitrários e secretos/omissos - Ex: saber o que se produz e como se fundamenta aquele processo b) Permitir o controle da opinião pública sobre a atividade jurisdicional – Sua maior função é dar transparência, legalidade e mostrar que o poder judiciário atua de forma equânime, justa, imparcial. Ex: TV Justiça x Seções jurisdicionais do STF Dimensões da publicidade processual: o Publicidade Interna: É a publicidade para as partes o Publicidade Externa: É a publicidade para terceiros A regra é a publicidade ampla (interna e externa). Mas, a publicidade externa pode ser limitada em alguns casos (art. 189, CPC – segredo de justiça). O processo arbitral pode ser sigiloso (dimensão externa), mas se envolver entes públicos não poderá ser sigilosa – art. 2º, § 3º, Lei da arbitragem + Enunciado 15 FPPC Não é possível estabelecer um negocio jurídico processual sigiloso, pois o artigo 190, CPC autoriza apenas a celebração de negócios jurídicos atípicos → Tem-se em jogo o princípio da motivação das decisões judiciais e a publicidade torna efetiva o controle dessas decisões. Lei 13793/2019 – art. 1º: O advogado sem procuração pode examinar atos e documentos de processos e procedimentos eletrônicos em qualquer fase e obter cópia, exceto nas hipóteses de sigilo → Melhora a acessibilidade do advogado a processos, até mesmo os eletrônicos. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: Previsto no art. 8º, CPC O processo civil deve respeitar durante o processo a dignidade da pessoa humana. Exemplos: o Art. 162, CPC (intérprete ou tradutor – para surdos); o Art. 1048, CPC (prioridade de tramitação para igual ou maior de 60 anos e portadores de doenças graves comprovadas). “reguardo e promoção” → O Estado não deve violar e deve efetivar este princípio + humanização do processo civil A doutrina entende que no princípio da dignidade da pessoa humana seja mais comum relacioná-lo a pessoa natural, este deve ser aplicado a todas as pessoas: pessoa jurídica, condomínio, nascituro etc (garantia de tratamento digno a qualquer parte) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Previsto no art. 8º, CPC Previsto na CF/88: Art. 5º, II e XXXVIX Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal Aplicação: o Decidir em conformidade com o direito o Fazer o controle de constitucionalidade da lei → o juiz deve verificar se aquela lei no caso concreto é ou não inconstitucional PRINCÍPIO DA OBEDIÊNCIA À ORDEM CRONOLÓGICA: Art. 12, CPC Deve-se obedecer a ordem cronológica de conclusão dos processos para evitar processos que sejam julgados mais rápido do que aqueles que já foram ajuizados a mais tempo e estão sem conclusão. Esta norma vem para corrigir um hábito ruim do antigo CPC, criando um critério de ordem para julgamento. “Preferencialmente” → acrescido posteriormente, pois obedecer à ordem cronológica sempre era mais difícil na prática, não era factível, real. Exceção a esse princípio está listada no artigo 12, § 2º, CPC: o II e III – Técnica de aceleração de processo o IX – Regra geral excetuadora Essa regra é aplicada também aos auxiliares da justiça. Ex: o cartório da vara deve cumprir a ordem cronológica → Art. 153, CPC (escrivão e chefe de secretaria) Segundo Fredie Didier não há nulidade da decisão ao desrespeito a esse princípio – não há prejuízo das partes. PRINCÍPIO DO CONVENCIMENTO MOTIVADO/ PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO OU FUNDAMENTAÇÃO: Previsto na CF: Art. 93, IX e X Art. 489, § 1º, CPC O juiz deve fazer um cotejo analítico das informações (fazendo comparações entre o caso julgado e os precedentes usados) Deve ser observado durante todo o processo sob pena de nulidade PRINCÍPIODA COOPERAÇÃO: Imputa aos sujeitos processuais alguns deveres da cooperação. Art. 6º, CPC – “...cooperar entre si...” Todos os envolvidos devem cooperar entre si para que a decisão de mérito seja justa efetiva. 2. Arts. 2 ao 12, CPC (citando os princípios): Art. 2º, CPC: Princípio da Instauração do processo por iniciativa da parte Princípio do Desenvolvimento do processo por impulso oficial (AMBOS SE RESUMEM AO PRINCÍPIO DA INÉRCIA) Art. 3º, CPC: CAPUT: Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional Os parágrafos fazem incentivo ao uso de métodos alternativos a jurisdição estatal: mediação, conciliação e arbitragem (são incentivados antes e durante todo o processo) Art.4 º, CPC: Princípio da razoável duração do processo - “prazo razoável...” Princípio da primazia da decisão de mérito – “solução integral do mérito” Princípio da Efetividade - “incluída a atividade satisfativa” Art. 5 º, CPC: Princípio da boa-fé objetiva processual. Art. 6 º, CPC: Princípio da cooperação Princípio da razoável duração do processo Princípio da Primazia da Conclusão do Mérito Princípio da Efetividade Art. 7 º, CPC: Princípio da igualdade processual ou isonomia – “paridade de tratamento” Princípio do Contraditório (Substancial) – “Juiz zelar pelo contraditório” Art. 8º, CPC: Princípio da economia processual/Princípio da Eficiência Princípio da instrumentalidade das formas Princípio da Publicidade Princípio da dignidade da pessoa humana Princípio da legalidade Princípio do devido processo legal substancial Art. 9º, CPC: Princípio do contraditório: É o contraditório prévio § único = exceções ao contraditório prévio → é o contraditório postergado/deferido/ulterior/inaudita altera pars → não é um rol taxativo o I-É a Tutela antecipada e medida cautela o II-É a Tutela antecipada (sempre) – apenas o inciso II e III podem ser exceção a regra o III-É a Tutela monitória → juiz expede um mandado monitório de pagamento, para entrega da coisa, para a obrigação de fazer ou de não fazer. A ação monitória visa devolver eficácia executiva → o juiz expede sem que a parte seja ouvida Liminar = “in limine lites” = no começo da lide = é um momento processual (momento imediatamente após a petição inicial: despacho liminar (citação do réu), sentença liminar (indefere a petição inicial), tutelas liminar (tutela antecipada, tutela cautelar, tutela de evidência [II e III do art.311]). Liminar não existe depois desse momento, então liminar é diferente de tutelas. Ex: O juiz deu uma liminar sem ouvir o réu. Porém, irá ouvir o réu depois (situações urgentes). A liminar é uma decisão provisória. Existem exceções que não se tem contraditório ou que o contraditório é postergado (contraditório deferido ou postecipado) Ex: ajuíza-se uma ação de alimentos, o juiz fixa uma tutela antecipada chamada alimentos provisório. Os alimentos provisórios são fixados sem o conhecimento da parte contraria (inaudita altera pars) A segunda exceção está no art. 9º, § único, I ao III, CPC: o I-tutela provisória de urgência = liminares. Ex: liminar inaudita altera pars (liminar sem ouvir previamente o réu, mas será ouvido depois) o II-hipóteses de tutela de evidência do art. 311, II e III (interpretação extensiva - caso das possessórias e embargos de terceiros) o III- À decisão prevista no art. 701 (ação monitória – procedimentos especiais) Contraditório inútil – primeira exceção: o Ex: o autor pede algo que o STJ já pronunciou nos repetitivos que não direito, o juiz “corta o mal pela raiz”, dá-se uma sentença de improcedência liminar do pedido (332, CPC – julgamento de improcedência liminar do pedido [pedido negado]) – o contraditório é inútil, a decisão é favorável ao réu. A parte contrária apenas recebe uma comunicação do resultado do julgamento. Outro exemplo é o artigo 1019, CAPUT, CPC. Art. 10º, CPC: Princípio do contraditório efetivo e Princípio da cooperação. Mas o foco está no Princípio da vedação da decisão surpresa. Art. 11º, CPC: Princípio da publicidade Princípio do convencimento motivado (princípio da motivação/fundamentação) Art. 12º, CPC: Aplicação do princípio da obediência à ordem cronológica Aplicação do princípio da publicidade 3. Tríade processual: Tríade ou pilares do processo: jurisdição + ação + processo Conceito clássico de jurisdição: Jurisdição é o poder-dever do Estado de dizer o direito no caso concreto. Conceito clássico de ação: Ação é o direito de buscar o poder judiciário através de um instrumento (processo) afim de que o magistrado reconheça ou não aquele direito que se alega ter Conceito clássico de processo: É o meio pelo qual o direito de ação se exterioriza 4. Condições da ação: 5. Princípios da Jurisdição: Condições da ação Legitimidade Interesse de agir É a possibilidade de ocupar uma posição dentro da ação como autor ou réu É ter uma lesão ou ameaça de lesão, que não pode ser sanada fora da jurisdição 6. Teorias da ação: 7. Aplicação do processo: A lei processual nova, terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. A lei nova será aplicada aos atos futuros/pendentes. A lei nova não é aplicada aos atos passados e em andamento. A lei antiga tem efeito ultrativo, sendo aplicada mesmo depois da sua revogação. Em regra a lei processual não retroage mesmo que seja para benefício do reu(tempus regit actum) A vigência, em regra, de uma lei processual é de 45 dias após sua publicação. Exceto se a lei dispuser do contrario. A lei processual será aplicada em todo o território nacional (regra), salvo convenções de direito internacional (exceção). Não importa se a pessoa é estrangeira ou brasileira, se o fato ocorreu no território nacional, rege a lei processual brasileira. O código de processo civil tem aplicação subsidiária (se houver lacuna no processo de outros ramos do direito, este pode ser usado) e aplicação supletiva (se os outros ramos do direito precisarem de uma interpretação melhor). 8. Métodos alternativos de solução de conflitos:
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