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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM – CAMPUS CABO FRIO BRENDA KEROLIN MACHARETH ALVES PROF.: W. S. ROMANHA SÍNTESE DAS AULAS DE SISTEMATIZAÇÃO DAS BASES MOLECULARES CABO FRIO-RJ 2020 Roteiro III – Pâncreas: secreção de insulina e glucagon (Diabetes Melito) aula 19/10- 09/11 O pâncreas é um órgão glandular, pois é possível observar as suas estruturas, os seus lóbulos separados por septos (formados por tecido conjuntivo) por meio do microscópio. A ilhotas pancreáticas de Langerhans são pequenas ilhas localizadas nos lóbulos com dois tipos distintos de tecidos: • Ilhotas – insulina e glucagon (função endócrina); • ácinos – suco pancreático (função exócrina); No ducto pancreático há diversas ramificações que levam o suco pancreático produzido pelos ácinos através do mesmo até o intestino delgado, onde é feita a digestão por meio deste suco pancreático. Quando ocorre um entupimento/inflamação no pâncreas é desencadeada uma pancreatite, que pode ser fatal. Nas ilhotas de Langerhans contém diversas células em seu interior que podem ser diferenciadas por meio do seu citoplasma, como tipo A (alfa), B (beta), D e F. As células B produzem o hormônio insulina, e as células A produzem glucagon. Esses hormônios são eliminados na corrente sanguínea por meio dos capilares sanguíneos. Obs.: quanto maior a taxa de insulina, menor será de glucagon e vice-versa. Os hormônios são proteínas pequenas formadas por pequenas peças de aminoácidos, e é o aminoácido que é digerido, e enviado para as células para produzirem proteína humana. A maioria das proteínas necessitam de receptores para exercer sua função. A insulina é produzida pelas células B sempre que há hiperglicemia (aumento de açúcar no sangue) que ocorre depois das refeições. Após a refeição, o sangue fica hiperglicêmico, isto funciona com um sinal para que o Sistema Nervoso Autônomo ative o pâncreas (ao nível das ilhotas de Langerhans) para produzir insulina. A glicose (produto de digestão do carboidrato) causa uma rápida secreção de insulina, o nível alto de glicose irá estimular as células B a produzir insulina, e assim a glicose e a insulina voltam ao nível normal. Quando o indivíduo está hipoglicêmico, as células A produzem excessivamente o hormônio glucagon, quando o indivíduo está com fome, o glucagon estimula as células alfa das ilhotas pancreáticas de Langerhans a decompor o glicogênio hepático em glicose (glicogenólise) e restaurar os níveis normais do sangue. A hipoglicemia pode ocasionar tonteiras e até lesões neuronais. O hormônio insulina serve para estimular a absorção da glicose pelas células, ela irá se ligar ao seu receptor presente na membrana das células do corpo (musculares, do fígado, nervosas e das gônadas reprodutivas). Quando se ligam, a célula receptora manda um sinal para o núcleo da célula que ativa – onde tem uma informação – para que a célula produza e coloque na membrana um receptor de glicose (GLUT 4), mas só irá acontecer se a insulina se ligar ao seu receptor, pois só assim o receptor da glicose se transportará até a membrana e inicie a endocitose, que bombeia glicose para dentro da célula. Se o indivíduo permanecer hiperglicêmico terá diversas complicações em seu metabolismo. A hipoglicemia pode ocasionar tonteiras e até lesões neuronais, por conta da falta de glicose nas células, fraqueza, tontura, cefaleia, etc. As principais funções do glucagon são a decomposição do glicogênio hepático, ele atua em níveis baixos de glicose, sendo liberado sempre que o indivíduo está hiperglicêmico, o deixando hiperglicêmico. Os mecanismos são a glicogenólise e a gliconeogênese. No fígado, a glicose está em forma de glicogênio, se o indivíduo não tiver glicogênio, ele não poderá fazer a glicogenólise, então fará a gliconeogênese, que é a produção de glicose a partir da decomposição das proteínas corporais em aminoácidos. A gliconeogênese ocorre quando a pessoa se alimenta mal, consome o glicogênio, a gordura e faz a gliconeogênese, o consumo da musculatura, mobiliza os aminoácidos das proteínas para converter seus constituintes mais básicos e ejeta na corrente sanguínea os aminoácidos, leva p/ o fígado e o transforma em glicose e então é ejetado no sangue p/ ser usado pelos outros órgãos. Casos de transtorno alimentar, como a anorexia, onde o indivíduo não se alimenta pode estar fazendo a gliconeogênese direto, podendo entrar em coma e ter falência múltipla dos órgãos. Se o corpo não receber os nutrientes necessários, irá fazer a gliconeogênese, onde perderá massa corporal, ficando desnutrido, tendo lesão neuronal, hepática e renal, podendo falecer. Os níveis considerados antigamente como normais de glicemia eram em torno de 80 a 90 mg/dl, hoje em dia é de 90 a 110 mg/dl – em jejum. Quando tem um nível alto de glicose, a secreção de glucagon está inibida, pois a glicose estimula a produção de insulina. Se houver pouca insulina, terá mais glucagon. Quando a concentração sanguínea de glicose se leva a mais de 100 mg/dl de sangue, a secreção de insulina aumenta rapidamente, atingindo um pico cerca de 10 a 25 vezes superior ao nível basal para concentrações sanguíneas de glicose entre 400 e 600 mg/dl. Deve ter um equilíbrio entre esses dois hormônios. A queda da glicose no sangue significa que ela está sendo absorvida. O nível de absorção pode levar o sujeito a uma hipoglicemia (sintomas de fome, tontura, cefaleia, visão turva, dor epigástrica, desmaio, etc.). Alguns órgãos são totalmente dependentes da glicose, como o cérebro, a retina e o epitélio germinativo das gônadas. A DM é decorrente pela diminuição da secreção de insulina pelas células B das ilhotas de Langerhans do pâncreas, essa patologia pode ser ocasionada por diversos fatores e é classificada comumente como DM I e DM II, mas há diversos outros tipos de diabetes. A falta de insulina diminui a absorção da glicose, tendo uma grande concentração de glicose no sangue, em jejum sendo de 300 a 1200 mg/dl, permanecendo alta. Por não ter glicose p/ produzir energia, ocorre a lipólise (quebra de gordura) p/ produção de energia, que acarreta a mobilização de gordura do tecido adiposo, levando o indivíduo a perda de massa e ocasionando aterosclerose. A hiperglicemia também faz com que os túbulos renais filtrem e liberem toda a glicose na urina (glicosúria), também acarreta na desidratação pela perda excessiva de água (diurese), em casos mais graves ocorre colapso circulatório. A acidose é quando o sangue do diabético está muito ácido por conta do uso da gordura para gerar energia, a acidose provoca taquicardia, bradipneia, descontrole da PA e coma, induzindo o indivíduo a utilizar grandes quantidades de insulina. Roteiro IV – Proteínas aula 16/11 As proteínas compõem ¾ dos sólidos corporais, elas podem ser classificadas de acordo com sua estrutura: ➢ enzimas; ➢ proteínas estruturais; ➢ proteínas que transportam O2 (hemoglobinas); ➢ proteínas dos músculos que causam contração (miosina e actina); Suas funções podem ser: ➢ enzimáticas, ➢ de transporte; ➢ estrutural; ➢ movimento; ➢ Hormonal; ➢ imunológica; As proteínas são polímeros de aminoácidos, ou seja, vários aminoácidos formam uma molécula de proteína – é a fusão de 20 aminoácidos. Há, mais ou menos, 80 tipos de aminoácidos na natureza, mas apenas 20 são usados no metabolismo humano e seu crescimento, pois os 20 já são suficientes p/ formar todas as proteínas – que constitui a maioria do corpo. Os aa são moléculas orgânicas existentes em todos os tipos de proteínas – animal e vegetal. Cada aminoácido corresponde a um grupo ácido e um radical nitrogênio associado ao radical ácido, comumente apresentado pelo grupo amino ligado a dois nitrogênios. Estes aminoácidos podem ser apresentados como serina, tirosina, glicina, ácido aspártico,arginina, histidina, etc., todos estes tem um grupamento carboxílico numa extremidade. Para formar uma proteína, é necessário que os aminoácidos façam ligação peptídica, que é a ligação entre os aa, ou seja, o grupamento carboxílico (- COOH) se liga ao amino (NH2). Quando tem ligação entre: ➢ 2 aa se obtém um dipeptídeo; ➢ 3 aa= tripeptídeo; ➢ 4 a 10 aa= oligopeptídeo; ➢ 10 a 100 aa= polipeptídeo; ➢ e a partir de 100 aa= proteína; Os aa também podem ser classificados como essenciais e incompletos, essenciais (contém grupo de aa fundamentais p/ o corpo) são fornecidos pelos alimentos, que são proteínas completas (queijo, leite, ovos, carne) e incompletos são encontrados nos cereais e vegetais, os outros aa o corpo produz a partir de açúcares, etc. Os aa no sangue tem uma concentração de 35-65 mg/ml de plasma sanguíneo, eles estão sobre a forma ionizada, ou seja, estão disponíveis p/ fazer ligações químicas. É necessário fazer a ingestão de alimentos ricos em proteínas p/ ter os níveis de aa adequados no sangue. A digestão das proteínas se inicia no estômago, a partir das pepsinas (enzimas que pegam proteínas e as quebram em pedaços menores denominados de: prosteoses, peptonas e polipeptídeos), mas, para ocorrer a digestão, a pepsina precisa de um ambiente ácido, então é secretado o ácido clorídrico p/ ajudar a enzima em sua função. A água é importante p/ desfazer a ligação peptídica, e assim, fazer a digestão, ou seja, tem que hidrolisar a água p/ quando for desligada, possa refazer o OH e o NH2, a hidrólise. É recomendável beber água 1 h antes e 1 h depois das refeições, pois a água tem o pH baixo e atrapalha na digestão. Roteiro V – Metabolismo dos lipídeos aula 23/11 Lipídeos são gorduras, os principais para o metabolismo humano são: triglicerídeos (gorduras neutras), fosfolipídios e colesterol. As gorduras são macromoléculas missivas umas com as outras, os lipídios são ácidos graxos, que é uma cadeia longa formada por carbonos ligados a dois hidrogênios, o triglicerídeo é porque tem 3 ácidos graxos ligados ao glicerol. Os triglicerídeos são gorduras bem comuns, sendo armazenadas nas áreas de armazenamento de gordura, na barriga, no braço, etc. O fosfolipídio tem apenas duas cadeias de acido graxo, diferente do triglicerídeo. E denominado de fosfolipídio por ter a estrutura: uma cadeia de carbono ligado a um composto ácido carboxílico, que, por sua vez, através de O2, está ligado á um glicerol. A maioria dos lipídeos tem duas cadeias de carboxílico ligados a um glicerol, quando tem 3 cadeias ligadas ao glicerol, então terá um triglicerídeo. Os triglicerídeos vem da dieta, carne, etc. O colesterol não tem ácido graxo. Os lipídeos são utilizados pelo organismo p/ produção de energia, os triglicerídeos tem mais energia que açúcares, por isso que, quando não tem carboidrato, o corpo consome a gordura. O colesterol e o fosfolipídio são usados p/ formar as membranas biológicas, ou seja, as membranas celulares. Uma propriedade importante dos lipídeos é que, de modo geral, uma das cadeias de ácido graxo destes é saturada, e a outra não. Quando tem dupla ligação, a molécula perde 1 H, ficando CH, é denominada de ligação CC – ligação dupla, então ele está insaturado, e quando ele ganha H, volta ao normal ficando saturado. Ligação cis – saturado, ligação trans – insaturado, ligação dupla ganha H e fica insaturado. A molécula ganha H quando é submetida a altas temperaturas, como, por exemplo, se utilizar um óleo insaturado com dupla ligação e o usar p/ fritar algo, ele irá ganhar H, perder a dupla ligação e ficará saturado, o óleo saturado faz grumos e entope vasos sanguíneos. O óleo vegetal, quando não é usado p/ fazer frituras, ele é bom p/ saúde quando está insaturado. A gordura é encontrada no sangue sob a forma de lipoproteína, que tem como função transportar outros tipos de gordura p/ o corpo. A lipoproteína tem uma capa gordurosa, que é formada por fosfolipídios, e entre o fosfolipídio está cheio de proteínas denominadas de apolipoproteínas, o colesterol está difundido na capa da gordura e o centro de triglicerídeo, e, também, colesterol. A concentração de lipoproteína no sangue atinge, em média, cerca de 700 mg/ml de plasma. O sangue é gorduroso. O correto é ter por mg/100 ml de plasma: 180 de colesterol, 160 de fosfolipídio e triglicerídeo e 200 de proteína das lipoproteínas. Então, quando o colesterol está acima de 180 em jejum, já é considerado um pouco perigoso, pois colesterol alto aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Há diversos tipos de lipoproteínas, como a lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL, gordura ruim) e lipoproteína de alta densidade (HDL, gordura boa). A função das lipoproteínas é transportar gordura através da corrente sanguínea p/ os tecidos, então o VLDL contém altas concentrações de triglicerídeos e concentrações moderadas de fosfolipídios e colesterol. O VLDL é formado no fígado, pois a gordura dos alimentos vão p/ fígado sobre a forma de quilomícron, que é formado no intestino e absorvido lá. A gordura dos alimentos é organizada sobre uma grande bolha e absorvida, sua função é transportar seus tipos especiais de lipídios p/ todo o corpo. O triglicerídeo também é formado no fígado pelo excesso de carboidrato, o excesso de açúcar de quem consome muito é transformado em triglicerídeos, e esses triglicerídeos irão ser transportados pelo VLDL p/ o corpo e o tecido adiposo (armazenamento). O VLDL ao deixar o corpo deixa de ter a densidade muito baixa p/ apenas baixa, pois terá muito colesterol, ou seja, o LDL é um resíduo das lipoproteínas de muito baixa densidade, a lipoproteína de muito baixa densidade irá ter baixa densidade com poucos triglicerídeos. O indivíduo terá muito LDL quanto ingerir alimentos ricos em colesterol e triglicerídeo saturado, então o VLDL será convertido em LDL, se a dieta for rica em triglicerídeos e gordura insaturada e pobre em colesterol, então irá ser convertida em HDL o VLDL. O LDL é re-captado pelo fígado e reciclado, mas, para que ele seja re-captado, ele precisa se ligar na sua porção proteica (apolipoproteína) aos seus receptores apo B. Muitas pessoas apresentam deficiência hereditária genética desses receptores, fazendo com que o LDL não seja captado, se acumulando no sangue, produzindo maior deposição de colesterol nos tecidos e nas paredes arteriais em outras regiões do corpo. Essa deficiência pode gerar aterosclerose (acúmulo de gordura) que se acumula nos órgãos, e podendo ter fibrose cística, ou seja, o fígado começa a ficar gorduroso (por conta do consumo excessivo de colesterol saturando os receptores, comprometendo a absorção do LDL e acumulando ou por doença hereditária). A consequência do acumulo excessivo de LDL no sangue é a aterosclerose (lesões na parede dos vasos sanguíneos – íntima), com o tempo essa placa se rompe entupindo o vaso causando trombose, numa artéria coronariana IAM, no cérebro AVC, no pé ocasiona gangrena das extremidades, aneurisma da aorta abdominal, oclusão mesentérica, etc. A doença quase sempre começa na infância; entretanto, os sintomas habitualmente só se tornam evidentes na meia-idade ou mais tarde, quando as lesões arteriais precipitam lesão orgânica. Hiperlipidemia é fator de risco importante para aterosclerose. O exercício e o consumo moderado de etanol elevam os níveis séricos de HDL, enquanto a obesidade e o tabagismo os reduzem.
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