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Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO Departamento de Engenharia AED_01: Pavimentação Asfáltica Disciplina: ENG-1570 - Projeto de Estradas/C03 Professor: Alberto de Araújo Dáfico Aluna: Mirian Farias de Lima Brito Goiânia 19/05/2020 PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA 1. PAVIMENTO Pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas, construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnica e economicamente a resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e do clima, e a propiciar aos usuários melhoria nas condições de rolamento, com conforto, economia e segurança. 2. TIPOS DE PAVIMENTO O pavimento rodoviário classifica-se tradicionalmente em dois tipos básicos: rígidos e flexíveis. Mais recentemente há uma tendência de usar-se a nomenclatura pavimentos de concreto de cimento Portland (ou simplesmente concreto-cimento) e pavimentos asfálticos, respectivamente, para indicar o tipo de revestimento do pavimento. 3. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS PAVIMENTOS FLEXÍVEIS O pavimento asfáltico é caracterizado como pavimento flexível. Esse tipo de pavimento se diferencia dos demais por apresentar deformação elástica significativa sob o carregamento aplicado em todas as camadas e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente iguais entre elas. Dessa forma, o pavimento asfáltico é um tipo de pavimento flexível em que a camada de revestimento é composta por uma mistura constituída de agregados e ligantes asfálticos betuminosos. Esses ligantes são os principais responsáveis pelas características do asfalto e são oriundos da destilação do petróleo e têm a propriedade de ser um adesivo termoviscoplástico, impermeável à água e pouco reativo. 4. DEFINIÇÃO DE PAVIMENTO DE CONCRETO-CIMENTO Os pavimentos de concreto-cimento são aqueles em que o revestimento é uma placa de concreto de cimento Portland. Nesses pavimentos a espessura é fixada em função da resistência à flexão das placas de concreto e das resistências das camadas subjacentes. As placas de concreto podem ser armadas ou não com barras de aço – Figura 1. É usual designar-se a subcamada desse pavimento como sub-base, uma vez que a qualidade do material dessa camada equivale à sub-base de pavimentos asfálticos. Figura 1 Estrutura de pavimento 5. PAVIMENTO ASFÁLTICO Os pavimentos asfálticos são aqueles em que o revestimento é composto por uma mistura constituída basicamente de agregados e ligantes asfálticos. Figura 2 Estrutura de pavimento 6. CAMADAS DO PAVIMENTO ASFÁLTICO O pavimento asfáltico é formado por quatro camadas principais: revestimento asfáltico, base, sub-base e reforço do subleito. 7. ILUSTRAÇÃO DO SISTEMA DE CAMADAS DE UM PAVIMENTO Figura 3 Ilustração do sistema de camadas de um pavimento e tensões solicitantes (Albernaz, 1997) 8. CAMADAS CONSTITUINTES DO PAVIMENTO ASFÁLTICO - Revestimento O revestimento asfáltico é a camada superior destinada a resistir diretamente às ações do tráfego e transmiti-las de forma atenuada às camadas inferiores, impermeabilizar o pavimento, além de melhorar as condições de rolamento. - Base A base é a camada sobre a qual se constrói o revestimento e é destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos e distribuí-los adequadamente às camadas inferiores. - Sub-base É a camada complementar à base, quando por circunstancias tecnicoeconomicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre a regularização. - Reforço do subleito É uma camada de espessura constante, posta por circunstâncias tercnicoeconomicas acima da regularização do subleito, cuja função é evitar espessuras elevadas da camada de sub-base devido à baixa capacidade de suporte do subleito. Em outras palavras, o reforço do subleito atual melhorando a capacidade de suporte do subleito de fundação do pavimento, de modo a reduzir a espessura da sub-base e evitar gastos excessivos. 9. DIMENSIONAMENTO DAS CAMADAS Materiais constituintes do subleito · Expansão ≤ 2% · CBR ≥ 2 Materiais usados para reforço do subleito · IS ou CBR necessariamente maior que o do subleito · Expansão ≤ 2% (sobrecarga de 10 1bs) Materiais usados para sub-base · IS ou CBR ≥ 20 · Índice de grupo = 0 · Expansão ≤ 1% (sobrecarga de 10 1bs) Materiais usados para base · CBR ≥ 80 · Expansão ≤ 0,5% (sobrecarga de 10 1bs) · Limite de liquidez ≤ 25 · Índice de plasticidade ≤ 6 10. COMPONENTES DO REVESTIMENTO ASFÁLTICO Todos os revestimentos asfálticos são compostos por associações de ligantes asfálticos e agregados. Veremos agora o que constitui cada um deles. - Ligantes Você sabia que o asfalto é um tipo de ligante e não um tipo de revestimento e que, diferentemente do que se pensa, seu uso não se restringe somente à pavimentação? Pois bem, o asfalto é uma mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural, cujo principal componente é o betume, podendo conter ainda outros materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção. Devido a sua propriedade, ele é o tipo de ligante mais empregado no mundo. Dentre essas propriedades podemos ressaltar o alto pode adesivo, a impermeabilidade e a baixa reatividade química. Figura 4 - Agregados Conforme nós já sabemos, agregado é definido como material sem forma ou volume definido, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para produção de argamassas e de concreto. A novidade é que, assim como na construção civil, a pedra britada também é largamente utilizada na pavimentação. No entanto, a seleção de agregados para utilização em revestimentos asfálticos depende de sua disponibilidade, custo e qualidade, bem como do tipo de aplicação. Figura 5 11. TIPOS DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO Os revestimentos asfálticos são classificados, de acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, segundo o método de associação entre os agregados e os materiais betuminosos, conforme a figura abaixo. Figura 6 Dessa forma, o revestimento asfáltico é classificado em revestimento por penetração, sendo subdividido em revestimentos betuminosos por penetração invertida e revestimento betuminoso por penetração direta, e revestimento por mistura, subdividido em pré-misturado a quente e pré-misturado a frio. 12. REVESTIMENTO ASFÁLTICO POR PENETRAÇÃO Por penetração refere-se aos executados através de uma ou mais aplicações de material asfáltico e de idêntico número de operações de espalhamento e compressão de camadas de agregados com granulometrias apropriadas. 13. REVESTIMENTO ASFÁLTICO POR MISTURA No revestimento por mistura, o agregado é pré-envolvido com o material asfáltico, antes da compressão. Quando o pré-envolvimento é feito na usina denomina-se pré-misturado propriamente dito. Quando o pré-envolvimento é feito na pista denomina-se pré-misturado na pista. 14. A QUE SE DEVE A MÁ QUALIDADE DO PAVIMENTO ASFÁLTICO? A má qualidade e durabilidade do pavimento asfáltico brasileiro se deve a uma série de fatores. A falta de planejamento adequado, entre elas a pouca preocupação com a drenagem superficial do pavimento, é uma das principais causas. A baixa qualidade do revestimento asfáltico em si, como espessuras de camadas subdimensionas com o intuito de diminuir custos é outra grande causa da baixa durabilidade. Além de reparos muitas vezes feitos de maneira inadequada. Infelizmente, as causas são muitas! 15. REFERÊNCIAS · Livro de Pavimentação Asfáltica que indicamos: https://amzn.to/2mgpaj5 · Post com a teoria de dimensionamento de pavimentos flexíveis: https://www.guiadaengenharia.com/dimensionamento-pavimento-flexivel/?src=descyt · Post com a teoria de dimensionamento de pavimentos flexíveis: https://www.guiadaengenharia.com/pavimento-asfaltico/?src=descyt · http://www.ufjf.br/pavimentacao/files/2018/03/Cap-Introdu%C3%A7%C3%A3o.pdf · https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/pavimentos-flexivel
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