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Técnicas de formulações Químicas- TENSOATIVOS


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1 
 
 
TENSOATIVOS 
 
I – Introdução 
Os primeiros tensoativos obtidos pelo homem foram os sabões alcalinos, 
através da saponificação de óleos e gorduras animais e vegetais. A partir de 1939 
surgiram os tensoativos sintéticos, amplamente utilizados. 
 
SABÃO 
◼ Os sabões são feitos pela saponificação de gorduras e óleos. 
◼ Qualquer reação de um éster com uma base para produzir um álcool e o sal de 
ácido é chamada uma reação de saponificação. 
◼ Um subproduto da manufatura de sabões é a glicerina, da qual se pode obter a 
nitroglicerina, um poderoso explosivo. 
 
 
ÁCIDOGRAXO 
NEUTRALIZADO POR 
FORMANDO USO 
NaOH ou Na2CO3 R – COONa 
Sabões de sódio 
(sabonete) 
KOH ou K2CO3 R – COOK 
Sabões de potássio 
(creme de barbear) 
NH4OH R- COONH(CH2-CH2-OH)3 
Sabões de amônio 
(xampus) 
 
II – Conceito 
Tensoativos são substâncias que, por possuírem em sua estrutura 
molecular, grupos polares (hidrofílicos) e apolares (lipofílicos), tem a capacidade de 
 2 
reduzir de forma apreciável a tensão superficial da água ou a tensão interfacial de 
dois líquidos não miscíveis. 
◼ Para que dois líquidos sejam miscíveis entre si, é necessário que ambos se 
situem dentro da mesma faixa de polaridade. 
◼ Quando não são miscíveis, forma-se entre os mesmos uma interface. 
◼ O trabalho necessário para aumentar esta interface é denominado tensão 
interfacial. 
◼ A tensão interfacial é, portanto, a força que impede a miscibilidade de dois 
líquidos. 
◼ Os tensoativos, mesmo em concentrações baixas, atuam de forma pronunciada 
sobre a tensão superficial, pelo fato de terem elevada afinidade com as interfaces; a 
parte polar é absorvida na interface hidrofílica e a parte apolar, na parte lipofílica. 
 
Formam micelas: 
 
 
 
GLICERINA 
◼ A glicerina (ou glicerol) é um subproduto da fabricação do sabão. Por esse 
motivo, toda fábrica de sabão também vende glicerina. 
◼ Ela é adicionada aos cremes de beleza e sabonetes, pois é um bom umectante, 
isto é, mantém a umidade da pele. 
◼ Em produtos alimentícios ela também é adicionada com a finalidade de manter a 
umidade do produto e aparece no rótulo com o código "umectante U.I". 
Propriedades dos Tensoativos: 
 3 
A capacidade de diminuição da tensão superficial é, sem dúvida, a 
propriedade mais importante dos tensoativos, porém possuem outras propriedades 
de grande utilidade em cosmetologia. 
 
a) Redução da Tensão Superficial (T.S.) e da Tensão Interfacial entre 2 
líquidos. 
b) Umectação: É a propriedade através da qual um tensoativo promove ou facilita o 
espalhamento rápido de um líquido sobre uma superfície. Os umectantes facilitam a 
penetração de um líquido sobre uma superfície porosa ou o espalhamento sobre 
uma superfície lisa. Quanto menor o tempo de contato necessário para que um 
líquido umedeça um sólido, maior será o seu poder umectante. Quanto maior o 
poder de umectância de um tensoativo, mais rápida será a sua ação. 
A ação dos agentes umectantes depende, em boa parte, do abaixamento da 
T.S. que provocam na água, possibilitando às forças adesivas formarem uma 
película aquosa sobre o objeto a ser molhado. O mesmo princípio é operante na 
ação de pastas dentifrícias, líquidos de limpeza bucal e alguns anti-sépticos. 
Nestes, adicionam-se substâncias que abaixam a T.S., provocando melhor 
recobrimento dos tecidos e melhores efeitos anti-sépticos. 
c) Detergência: Existem inúmeras definições para detergentes, sendo a mais 
ampla: “Substância ou preparação que favorece ou promove o processo de remoção 
de sujidade de uma superfície.” É a ação e efeito de certas substâncias em diminuir 
a tensão superficial e assim remover a sujidade de uma superfície, que tanto pode 
ser uma fibra têxtil, como um piso ou uma fibra capilar. 
d) Emulsionante: É a propriedade dos tensoativos como agentes estabilizadores de 
emulsões (p.ex. cremes e loções). Na prática, um determinado tensoativo pode ser 
usado tanto como emulsionante, como detergente, como umectante, isto dependerá 
das características dos demais componentes do sistema e do fim a que se destina. 
e) Espuma: Embora a espuma seja associada, pelo consumidor, com a detergência, 
estes termos não são sinônimos, pois existem alguns detergentes eficientes que não 
fazem muita espuma. A espuma é um fator psicológico importante em alguns tipos 
de tensoativos. É um sistema bifásico gás/liquido, instável, em que a fase interna 
está constituída por bolhas de ar de tamanho variado, rodeadas por uma película de 
líquido, que ocupa a fase externa. 
 4 
Substâncias espumíferas: Sabões, palmitatos, miristatos, estearatos, 
oleatos, lauratos de sódio ou de potássio, sulfatos (laurissulfatos), 
polióxitilenoglicóis, ésteres de álcoois superiores, etc. Em alguns casos empregam-
se coadjuvantes e estabilizantes de espuma. 
Existem detergentes muito eficientes que não espumam. Entretanto como 
está associado pelas pessoas o poder detergente com a espuma produzida, muitos 
produtos, como sabões em pó, levam um detergente que espuma. Já nas máquinas 
de lavar roupa ou louça, a espuma é indesejável e aumenta-se a proporção de 
silicatos e fosfatos de sódio. 
 
TOXICOLOGIA 
 
◼ Quanto à irritabilidade da pele, a maioria dos tensoativos não são potencialmente 
irritantes. 
◼ A irritabilidade aos olhos é o parâmetro de avaliação mais importante. 
◼ De maneira geral, os tensoativos não iônicos e anfóteros são os menos irritantes, 
seguidos pelos aniônicos e os catiônicos, que são os mais irritantes. 
 
III - Classificação dos tensoativos segundo a constituição química: 
1. Tensoativos iônicos; 
2. Tensoativos não-iônicos. 
 
1. Tensoativos Iônicos: 
Nos tensoativos iônicos, o caráter é determinado pela natureza do radical 
hidrofílico, podendo ser: 
1.1 Aniônico: O radical hidrofílico é um ânion. 
1.2 Catiônico: O radical hidrofílico é um cátion. 
1.3 Anfótero: Comporta-se como catiônico ou aniônico em função do pH do meio. 
 
1.1 Tensoativos Aniônicos: 
Este tipo de tensoativo é, via de regra superior aos demais no que se refere 
ao poder de espuma, detergência e umectância, sendo a classe de maior interesse 
prático e econômico. Os principais tensoativos aniônicos são: 
 
 5 
a) Sabões: São os sais alcalinos de ácidos graxos. São pouco usados em 
cosmetologia, por terem baixo poder de espuma, pouca solubilidade e formarem sais 
insolúveis com os íons da água, que se depositam sobre a fibra capilar. Seu uso em 
sabonetes é justificado pelo baixo custo. 
b) Sulfatos: São os alquil sulfatos e os alquil éter sulfatos. Os alquil sulfatos são 
obtidos da reação de um álcool graxo com um agente sulfonante (ácido 
clorosulfônico HClSO3) que origina o semi-éster do ácido sulfúrico, que 
posteriormente é neutralizado. Ex.: Lauril Sulfato de sódio. 
 
 
 
Os alquil éter sulfatos são obtidos reagindo-se um álcool graxo com óxido de 
eteno, formando um álcool – éter que reage com o agente sulfonante e que 
posteriormente é neutralizado. São mais solúveis que os alquil sulfatos. Ex.: Alquil 
éter sulfato de sódio. 
Os alquil sulfatos e alquil éter sulfatos são os agentes tensoativos de maior 
aplicabilidade em cosméticos espumógenos, como xampus, banhos de espuma 
sabonetes líquidos, creme de barbear, dentifrícios, etc, sendo os de maior emprego 
aqueles cuja cadeia graxa é composta de 12 a 18 carbonos. 
 c) Sulfonatos: São os alquil ou aril sulfonatos. O principal tensoativo deste grupo é 
o dodecilbenzenosulfônico e seus sais. Existem o dodecilbenzeno duro e o 
dodecilbenzeno mole ou LAS–linear alquil sufonato. O dodecilbenzeno duro não é 
biodegradável porque nele o radical dodecila é ramificado, fato que impede sua 
destruição pelas bactérias contidas nas águas dos rios, porém é barato. 
 
CH3(CH2)10CH2OSO3-Na+ (Lauril sulfato de sódio) 
 6 
 
O dodecilbenzenosulfonato mole ou LAS tem a cadeia da dodecila reta e 
isto torna o detergente biodegradável.Numa primeira etapa separam-se os 
alcanos normais das frações do petróleo por meio de peneiras moleculares. Nas 
etapas seguintes, o dodecano normal é clorado e feito reagir com benzeno, tal como 
já foi descrito. Por fim é sulfonado e neutralizado para solubilização. É o 
componente principal do detergente doméstico e industrial. Raramente são utilizados 
em cosméticos devido à irritabilidade aos olhos e mucosas. 
 
Propriedades: 
◼ Poder espessante: a adição de alcolaminas aos tensoativos aniônicos aumenta 
consideravelmente a viscosidade. 
◼ Estabilização de espuma: inúmeras substâncias utilizadas em xampus diminuem 
o poder de espuma dos tensoativos aniônicos (óleos, gorduras, ésteres, álcoois, 
lanolina). As alcolaminas auxiliam a solubilização destes produtos e, por isso, 
aumentam o poder de espuma, estabilizando-a. 
◼ Efeito sobre engordurante: as alcolaminas, devido a sua estrutura graxa e ao seu 
baixo poder de detergência, reduzem o efeito de ressecamento produzido pelos 
tensoativos aniônicos. 
 
 
1.2 Tensoativos Catiônicos: 
Possuem menor aplicabilidade em cosmética devido às seguintes 
características: 
• Incompatibilidade com tensoativos aniônicos, com formação de produtos 
insolúveis. 
• Alta irritabilidade à pele e olhos. 
• Baixo poder detergente. 
• Alto custo. 
Possuem atividade bactericida e capacidade de eliminar a carga eletrostática 
absorvida pelo cabelo, sendo utilizados em algumas preparações como xampus anti-
caspas e cremes condicionadores. São geralmente cloretos de trimetilamônio 
quaternário. Ex.: cloreto de cetiltrimetilamônio. 
 
 7 
 
 
1.3 Tensoativos Anfóteros 
Os tensoativos anfóteros podem apresentar caráter aniônico ou catiônico em 
função do pH do meio, sendo os de maior interesse em formulações de xampus os 
derivados da imidazolina e betaínas. São detergentes suaves com bom poder de 
espuma e baixa irritabilidade ocular. 
 
2. Tensoativos Não Iônicos: 
Como indicado pelo nome pertencem a este grupo os tensoativos que não 
se ionizam quando dissolvidos em água. Podemos classificá-los em dois grupos: 
• Alcoolaminas de ácidos graxos; 
• Ésteres de ácidos graxos com polióis. 
 
Grupo das alcoolaminas de ácidos graxos. A alcoolamina mais utilizada no 
Brasil é a Dietanolamina de Ácidos Graxo de Coco, que é usada em função do poder 
espessante, estabilizador de espumas e efeito sobreengordurante. Como exemplos 
comerciais podem ser citados o Coperlan e o Synotol. 
Ésteres de ácidos graxos com polióis - Usados em xampus, mais como 
agentes opacificantes e perolizantes do que como tensoativos propriamente ditos. 
Os mais utilizados são os mono e diestearatos de etilenoglicol. 
 
SABÃO x DETERGENTE 
 
O sabão tem, sobre os detergentes, as seguintes vantagens: 
◼ Mais barato; 
◼ Atóxico; 
◼ Fabricado a partir de matérias-primas renováveis (óleos e gorduras); 
◼ Biodegradável, ou seja, consumido e destruído pelos microorganismos 
existentes na água que, desse modo, não fica poluída. 
 8 
O sabão apresenta problemas em dois casos: 
◼ Quando a água utilizada tem caráter ácido, pois essa reação libera o ácido 
graxo, que forma a gordura observada em tanques, pias e banheiras. 
 
R — COONa+ H+ R—COOH + Na+ 
 ácido graxo 
 
◼ Quando a água usada é dura, isto é, contém cátions metálicos, especialmente 
Ca2+ e Mg2+, pois os sais de cálcio e/ou magnésio dos ácidos graxos são 
insolúveis e formam crostas nos tanques, pias e banheiras. 
 
 2R — COONa+ Ca2+ (R—COO)2Ca + 2Na+ 
 precipitado 
 
DETERGENTES 
 
◼ Os detergentes são produtos sintéticos, resultantes da indústria petroquímica. 
Eles começaram a ser usados intensamente a partir da Segunda Guerra Mundial, 
quando houve escassez de óleos e gorduras para a fabricação de sabão comum. 
◼ Os mais comuns são sais de sódio de sulfatos de alquilas de cadeia longa ou 
de ácidos sulfônicos também de cadeia longa. 
 
DETERGENTES BIODEGRADÁVEIS 
 
◼ Quando se utilizam sabões nos processos industriais ou domésticos de lavagem, 
eles vão para a rede de esgotos e acabam nos lagos e rios. 
◼ Porém, após certo tempo, os resíduos são degradados (decompostos) por 
microorganismos que existem na água. Diz-se, então, que os sabões são 
biodegradáveis e que não causam grandes alterações ao meio ambiente. 
◼ Os detergentes não-biodegradáveis, ao contrario, acumulam-se nos rios, 
formando uma camada de espuma que impede a entrada de gás oxigênio na água e 
pode remover a camada oleosa que reveste as penas de algumas aves, impedindo 
que elas flutuem. 
 9 
◼ Na água, existem microorganismos que produzem enzimas capazes de quebrar 
as moléculas de cadeias lineares. Essas enzimas, porém, não reconhecem as 
moléculas de cadeias ramificadas. 
◼ Por isso, os detergentes não-biodegradáveis permanecem na água sem sofrer 
degradação. 
 
 
 
 
FORMULAÇÃO 
 
 
Detergente Concentrado Base 
 
Lauril Éter Sulfato de Sódio ............10,0 % (Tensoativo Aniônico) 
Trietanolamina....................................1,0% (Tensoativo Não-Iônico, Emulsiomante) 
Amida 80 ........................................... 2,5% (Tensoativo Não-Iônico, Espessante) 
NaOH – Sol.40% ............................... 2,0% (Neutralizante) 
NaCl ................................................. 2,0% (Espessante) 
Formol.................................................0,1% (Conservante) 
Água deionizada q.s.p...................100,00% 
 
Técnica: 
1) Pesar o Lauril Éter Sulfato de Sódio em Becker, adicionar aos poucos 50% da 
água, até formar uma pasta, misturando até dissolve-lo, evitando formação de 
espuma; 
2) Em outro Becker, pesar a Trietanolamina e a Amida 80, adicionar 40% da água, 
agitando suavemente; 
 10 
3) Adicionar 2 em 1; 
4) Medir o pH e ajustar com Sol. NaOH até a neutralidade. (quando estiver próximo 
de pH 7,0 – cuidar – muda bruscamente). Usar o papel tornassol rosa até virar para 
azul fraco; verificar o pH com o papel indicador universal. Esta etapa deve ser feita 
após a espuma já ter cedido; 
5) Completar o volume com água destilada adicionada do NaCl, que dará 
viscosidade ao produto; 
6) Retirar a espuma de cima e acertar a viscosidade com NaCl (colocar em proveta 
o provável volume a ser gasto); 
7) Adicionar o formol. (Se possível, esperar que as bolhas de ar diminuam para 
depois adicioná-lo). Deixar em repouso por 24 horas. 
 
Obs1: Se for fazer o detergente pronto para uso (1:1 – Base/Água), é melhor 
adicionar o NaCl para acertar a viscosidade após a diluição da base. 
Obs2: Amida 80= Dietanolamina de ácido graxo de côco com 80% de pureza 
(Comperlan; Synotol). 
 
XAMPUS E CONDICIONADORES 
1) Introdução: 
Tipos de cabelos: Normais, secos e oleosos. 
O aparecimento de cabelos secos (ressecados) e cabelos oleosos está 
relacionado em princípio ao funcionamento irregular das glândulas sebáceas do 
couro cabeludo, que poderá ser proveniente de diversas causas, tanto internas 
como externas. Podemos citar o desequilíbrio do sistema nervoso ou também 
lavagens excessivas dos cabelos, com conseqüente aumento na produção de 
gorduras. Já o cabelo seco se apresentará áspero e quebradiço, podendo haver 
formação de caspa seca, ao contrário do oleoso propenso ao aparecimento da 
seborréia oleosa. 
A formação de caspa poderá servir como meio de cultura para 
microorganismos ocorrendo com isto uma série de problemas, podendo ocasionar a 
queda dos fios. O uso do xampu adequado trará benefícios ao cabelo, enquanto que 
o uso de produtos desbalanceados acarretará um prejuízo maior aos cabelos. 
 
 11 
Xampu ou Shampoo (inglês) 
 
2) Definição: 
Produtos que se destinam à limpeza e consequentementehigiene e 
embelezamento dos cabelos e couro cabeludo. 
A palavra xampu data de 1877, e sua origem acredita-se vir da palavra Hindi 
(idioma indiano), chhamna, que significa apertar, amassar, fazer massagem. 
Durante os estágios iniciais de concepção do xampu, cabeleireiros ingleses 
aqueceram sabão em água com bicarbonato de sódio e adicionaram ervas para 
darem ao cabelo saúde e aroma. 
Originalmente, sabão e xampu eram produtos muito similares. Ambos eram 
substâncias de emulsão tensoativas, com poder de detergência. A formulação do 
xampu desenvolveu-se, tornando-se específica para a limpeza dos cabelos, e não 
um produto para o corpo em geral. Através do século XX, diferentes tipos de xampus 
foram criados para cada tipo de cabelo; e atualmente utilizam-se principalmente 
substâncias sintéticas. 
Podemos classificá-los da seguinte forma: 
▪ Xampus líquidos:Transparentes, Opacos: com ou sem brilho pérola; 
▪ Xampus cremosos: com ou sem brilho pérola; 
▪ Xampu gel: Transparentes, Opacos - perolados ou não. 
 
Quanto o efeito sobre o couro cabeludo e fios: 
▪ Para cabelos normais; 
▪ Para cabelos oleosos; 
▪ Para cabelos secos; 
▪ Para casos especiais. 
 
3) Composição: 
Quanto às matérias-primas: Produto base (detergente); agente espessante; 
agente engordurante; estabilizador de espuma; agente perolizante; agente 
conservante; essências e corantes, aditivos especiais; diluente. 
a) Produto base: Para a elaboração de xampus os componentes básicos utilizados 
são as substâncias orgânicas tensoativos, isto é, são aquelas que apresentam a 
propriedade de reduzir a tensão superficial da água e de outros líquidos. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/1877
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindi
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sab%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bicarbonato_de_s%C3%B3dio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Emuls%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sint%C3%A9tico&action=edit
 12 
Entendemos como tensão superficial a força necessária para que a 
superfície de um líquido se espalhe por 1 centímetro, é resultante das forças de 
coesão entre as moléculas de um líquido. 
Os tensoativos, apesar de apresentarem uma composição química muito 
variável, apresentam a característica comum, de sua molécula apresentar um 
componente hidrófilo e outro hidrófobo. 
Quanto à situação dos grupos hidrófilos podemos distinguir os seguintes: 
▪ Posição terminal: apresentam ótimo poder detergente. 
▪ Posição central; fraco poder detergente, pouco solúvel na água, porém bom poder 
dispersante. 
▪ Vários grupos: fraco poder detergente, boa solubilidade em água, apresentando, 
porém, bom poder dispersante. Quando um tensoativo é dissolvido em água, as 
suas moléculas orientam-se de tal maneira que as extremidades hidrófilas se 
dirigem para água e as hidrófobas para as interfaces, água/recipiente ou água/ ar. 
Havendo outro corpo presente (por exemplo a sujeira) este também será 
envolto por uma película de tensoativo, orientada da mesma forma. 
Em função deste fenômeno de orientação dos produtos tensoativos quando 
em solução temos a formação de espuma e o poder detergente. Quando uma bolha 
de ar penetra na solução, forma-se na interface ar/água ou impureza/água um filme 
de tensoativo, que pode no primeiro caso, sair do meio, envolvendo uma fina 
película de água, e no segundo caso, a partícula de impureza tende a manter-se 
suspensa no meio. 
Assim em nosso caso específico, que é a limpeza dos cabelos contaminados 
por impurezas de característica graxa, ocorre o mesmo fenômeno de orientação, 
havendo com isto a formação de uma micela a qual se solta do fio de cabelo. 
Outrossim, como a película de tensoativo que envolve as partículas de 
impurezas apresentam uma carga elétrica semelhante há uma repulsão entre estas 
e o fio de cabelo. 
Com isto evita-se que ocorra uma nova deposição das impurezas sobre o 
cabelo. 
b) Agente Espessante: Como agentes espessantes encontramos uma série de 
produtos que podem ser utilizados. Entre estes podemos citar sais, alginatos, CMC, 
MC. As principais são as alcolaminas de ácidos graxos, pois apresentam uma série 
 13 
de vantagens sobre os anteriores, tais como poder engordurante e estabilizador de 
espuma. 
Os primeiros apresentam inconveniente como turvação e influenciam na 
transparência e na estabilidade do produto. 
As alcolaminas que apresentam ótimo poder espessante são: dietanolamida 
de ácido graxo de côco, do ácido mirístico, láurico e olêico. 
c) Agentes Engordurantes: Para evitar a retirada excessiva de gordura pelo 
tensoativo, utilizamos os agentes engordurantes. Os mais usados são: alcolaminas, 
lanolina e derivados hidrossolúveis, derivados de lecitina, etc. 
d) Estabilizadores de Espuma: Popularmente é aceito um xampu que apresente 
bom poder espumante, pois acredita-se que o efeito de limpeza encontra-se ligado 
ao poder espumante, o que na realidade não ocorre. Por exemplo, os não iônicos 
com alto grau de etoxilação apresentam poder de limpeza bom, porém fraco poder 
espumante. A formação de espuma depende do pH da solução, do conteúdo em 
eletrólitos e da dureza da água. Pode-se melhorar ou estabilizar o poder espumante 
de um xampu pela adição de vários componentes, tais como carboximetilcelulose, 
fosfatos, alcolaminas, etc.. Normalmente estas últimas favorecem a formação de 
uma espuma de pequenas bolhas as quais apresentam melhor estabilidade. 
e) Agentes Perolizantes: Em casos especiais pode-se desejar que o xampu 
apresente aspecto sedoso ou perolado e para tanto lançamos mão de certos aditivos 
os quais sob certas condições apresentam esta característica. Tais aditivos são 
ésteres de ácidos graxos, sabões metálicos e certas alcolaminas de ácidos graxos. 
Para obtermos o brilho desejado com tais produtos deveremos seguir e 
manter certas condições e métodos de trabalho, caso contrário obteremos efeitos 
indesejáveis e inesperados. Para facilitar o trabalho do fabricante de xampus, 
diversas firmas apresentam produtos concentrados, líquidos pastosos, que evitam 
tais inconvenientes e favorecem o trabalho. 
f) Agentes Conservantes: Devido a presença de água nos xampus e também por 
uma associação de diversos componentes orgânicos, eles apresentam a 
susceptibilidade de serem atacados por microrganismos, os quais provocam uma 
grande alteração na sua composição, tornando-os inadequados ao consumo. Ex.: 
Metil e propilparabenos (Nipagin e Nipazol). 
g) Essências e Corantes: O apelo de marketing é determinante para a elaboração 
de um produto que satisfaça as expectativas do consumidor, porém é bom lembrar 
 14 
que a presença destes produtos pode comprometer a qualidade do xampu, 
provocando alterações na transparência, viscosidade, estabilidade e cor final. 
h) Aditivos Especiais: São todos os produtos acrescentados ao xampu para 
caracterizá-lo. Por exemplo: Algas Marinhas, que acrescido ao xampu para cabelos 
normais teremos: Xampu de Algas Marinhas. 
Deverão ser rigorosamente observados: solubilidade do produto, 
estabilidade, compatibilidade com o restante da formulação, etc.. 
i) Diluente: O diluente mais utilizado é a água. Deve-se preferir o uso de água 
tratada, destilada e deionizada. 
 
4) Elaboração de um xampu: 
Inicialmente escolhemos o produto base (detergente) e a alcolamina. Assim, 
para cabelos oleosos utilizamos normalmente um lauril (éter) sulfato de sódio 
associado a uma dietanolamina de ácido graxo de côco. 
Para cabelos normais procuramos usar um lauril (éter) sulfato de 
trietanolamina ou monoetanolamina associado a uma dietanolamina de ácido graxo 
de côco. 
Já para os cabelos secos seguiremos a mesma idéia do anterior, variando 
as concentrações do tensoativo e da dietanolamina. 
Nos casos de xampus que devam ter uma compatibilidade especial para 
com a epiderme e as mucosas, utilizamos um dos componentes acima associadosa 
um detergente anfótero, o que, aliás, seria a situação ideal. 
O passo seguinte é a colocação ou não do agente perolizante, 
caracterizando o xampu como perolado ou transparente. A seguir virão a essência, 
aditivos e a água. Os conservantes poderão ser dissolvidos no diluente ou 
solubilizados na dietanolamina de côco. 
 
Como formular: 
 NORMAL SECO OLEOSO 
Lauril éter sulfato de sódio 5-30% 25% 30-40% 
Lauril sulfato trietanolamina 
 
5-8% 8-10% - 
Dietanolamina de ácido 
graxos 
2-3% 3-3,5% 1,5-2,5% 
Anfótero betaínico 3-4% 4-4,5% 2-3% 
 15 
Conservantes q.s. q.s. q.s. 
Agente perolante 
 
5-3% 2,5-3% 1-1,5% 
Essência 0,3-0,6% 0,3-0,6% 0,3-0,6% 
Aditivos 1-6% 1-6% 1-6% 
Água q.s.p. 100 - - - 
Ácido cítrico 0,05-0,5% 0,05-0,5% 0,05-0,5% 
NaCl 0,5-2% 0,5-2% 0,5-2% 
Corante q.s. q.s. q.s. 
 
Técnica 1: 
 
1) Pesar os conservantes junto a dietanolamida, caso sejam sólidos. Se não 
dissolvê-los à parte na água. 
2) Levar ao fogo, a menos de 40 ºC para dissolução (sólidos). 
3) Acrescentar o agente perolizante, o anfótero, a essência, aditivos. Não esquecer 
de homogeneizar o produto após a adição de cada item. 
4) Acrescentar os tensoativos. Mexer bem. 
5) Adicionar o ácido cítrico à agua. Esperar completa dissolução. 
6) Acrescentar a água aos poucos. Agitar demoradamente. 
7) Verificar o pH. Este deverá estar entre 5,5 e 6,5. 
8) Acrescentar o corante. 
9) Aguardar a diminuição da espuma. 
10) Acrescentar aos poucos o NaCl. 
11) Fazer o acerto da viscosidade. 
12) Esperar o total desaparecimento da espuma. Embalar. 
 
Técnica geral de elaboração de xampu: 
 
1) Água 
2) Pós solúveis na água 
3) Texapon 
4) Outras substâncias 
5) Espessante 
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6) Verificação e correção de pH (se necessário) com ácido lático 
 
FORMULAÇÕES: 
 
Xampu para Cabelos Normais (pH = 7,0) 
 
Texapon BS .................................. 40,0 g 
Comperlan PD .................................2,0 g 
Água Destilada ..............................60,0 ml 
Ácido Lático .....................................0,5 g 
 
OBS: Texapon BS: Sal sódico do éter sulfato de ácido graxo; detergente; é 
espessado pelo Comperlan PD e Cloreto de Sódio. 
Comperlan = Synotol = Amida 80: Alcalinizante e espessante. 
Ácido Lático: Acidificante (Corretor de pH em xampus). 
 
Xampu Infantil (pH = 7,0) - uso freqüente 
 
Texapon SBN .....................................40,0 g 
NaCl .....................................................3,0 g 
Água destilada q.s.p. ....................100,0 ml 
P.C. .........................................................q.s 
 
OBS.: Texapon SBN: Lauril Sulfato de Monoetanolamina; matéria base detergente 
com excelente compatibilidade com mucosas, sendo pouco irritante para o globo 
ocular. 
 
Condicionadores 
 
Definição: 
É uma associação de diversos produtos que apresentam certas 
características as quais complementam o tratamento do cabelo. Chamamos de 
Condicionadores os produtos de caráter catiônico acrescidos de aditivos, 
proporcionando um produto final mais elaborado. 
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Chamamos de Creme Rinse, ao produto que contém somente a base com 
característica catiônica. 
O condicionador deverá possuir caráter catiônico, pois isto permite uma 
afinidade com a queratina e nesta o condicionador se fixa, dando certas 
peculiaridades ao cabelo. Dependendo do tipo de cabelo e do tipo de xampu 
utilizado previamente, a composição, em geral, é a seguinte: 
 
1) Apresentar pouco poder antiestático. 
2) Apresentar certo poder engordurante. 
3) Apresentar pH ácido. 
 
O poder antiestático ocorre devido a eliminação da eletricidade estática que 
confere uma facilidade no pentear, ficando o cabelo solto e relativamente macio. 
Com relação ao poder engordurante, em alguns casos, no xampu ocorre que 
desengordura em excesso e é necessária a reposição desta gordura sobre o cabelo 
e couro cabeludo. 
Para o pH ácido, normalmente o detergente catiônico exerce seu efeito em 
meio ácido, outrossim no caso de usar um sabão para a limpeza dos cabelos, este 
haverá de modificar o pH do couro cabeludo e por meio de um produto ácido a volta 
do pH da epiderme será mais acelerada. Observa-se que se deve utilizar um ácido 
fraco e nunca um ácido forte, que prejudicará os cabelos. 
 
FORMULÁRIO: 
 
CONDICIONADOR PARA CABELOS - pH=3,8 ( Formulação Básica) 
 
FASE OLEOSA: 
1-Alcool Cetílico .....................................................4,0 % 
2-Óleo de Silicone ..................................................2,0 % 
3-Nipazol ...............................................................0,05 % 
 
FASE AQUOSA: 
1-Dehyquart A .........................................................3,0 % 
2-Poliquartenium 7 ( Uniquat 7) ..............................2,0 % 
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3-Nipagim ..............................................................0,15 % 
4-Ácido Cítrico .........................................................0,5 % 
5-Água deionizada q.s.p.......................................100,0 % 
1-PC ........................................................................ qs 
 
Técnica de Preparo: Técnica geral da elaboração de cremes: 
1º) Fundir a fase oleosa até 70°C em banho-maria no Graal ; em separado aquecer 
a fase aquosa a 70°C em bécker (adicionar 1 e 2 após tirar da chapa de amianto). 
2º) Verter a fase aquosa sobre a oleosa lentamente sob agitação constante. 
Continuar a homogenização até resfriamento a temperatura de + ou – 35°C. 
3º) Adicionar o perfume e o corante. 
 
Constituintes: 
➢ Alcool Cetílico: Sobre-engordurante para os cabelos; emoliente; oferece 
consistência a preparação. 
➢ Dehyquart A: Cloreto de Cetiltrimetilamônio : emulgente (tensoativo catiônico), 
quelante (remove a craga eletrostática – antiestático) ; é antibacteriano. 
➢ Ácido Cítrico: Acidulante. 
 
OBS: O Condicionador deve ter pH=3,8 , que é o ponto isoelétrico da queratina. 
 
Opções de enriquecimento da formulação: 
Extratos Glicólicos (aloe vera, germem de trigo, algas marinhas, hamamélis, 
ginseng, camomila). 
Queratina 
Colágeno 
Elastina 
Hidroviton (Fator Natural de Hidratação) 
Lanolina 
Vitaminas (Pantenol D- pró vitamina B5-, Vit E, Vit A) 
 
 
 
 
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Formulações Especiais: 
 
1) Condicionador Natural e Aloe Vera e Camomila - Cabelos Secos 
 
Lanette O........................................4% 
Deyquart A...................................3,5% 
Ácido cítrico.................................0,5% 
Extrato glicólico de Aloe vera.........2% 
Extrato glicólico de Camomila........2% 
Essência......................................0,6% 
Água q.s.p....................................100% 
Corante............................................qs 
Conservante.....................................qs 
 
2) Condicionador Infantil 
 
Lanette O.......................................4% 
Deyquart A.....................................3% 
Ácido cítrico.................................0,4% 
Água q.s.p.................................100 % 
Extrato glicólico de Erva-doce.......3% 
Essência.....................................0,4% 
Conservante...................................qs 
Corante...........................................qs 
 
3) Creme Rinse: 
 
Lanette O............................4,5% 
Deyquart A..........................2,5% 
Água q.s.p..........................100% 
Ácido cítrico.........................0,6% 
Conservante............................qs 
Corante....................................qs 
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Sabonete Líquido para Mãos (a partir do Detergente Base) 
 
Detergente Base ............................... ........................ .50,0% 
Côcoamidopropil Betaina (Dehyton KB).........................2,0% 
Corante ............................................. ...............................q.s 
Base perolizante ............................................................2,0%Essência ............................................ ................1,0% a 3,0% 
NaCl sol 50%.....................................................................q.s 
Água q.s.p ......................................... ........................ ..100% 
 
Técnica: 
 
1) Medir o detergente base em Becker; 
2) Pesar o Côcoamidopropil Betaina em Becker, adicionar 50% da água e agitar 
levemente; 
3) Juntar 2 em 1; 
4) Pesar a Base perolizante em becker, adicionar + 40% de água e transferir para 
mistura; 
5) Adicionar NaCl até obter consistência desejada, tendo o cuidado de não adicionar 
demais, pois pode haver saturação e com isso separação de fases; 
6) Adicionar o corante diluído até a cor desejada (lembrar potencial irritante); 
7) Adicionar a essência; 
8) Completar o volume com o restante da água e envasar. 
 
Obs 1: Como o sabonete líquido é feito a partir do detergente que é amarelo, a cor 
do corante vai alterar: azul → fica verde. 
Obs 2: Ésteres de Ácidos Graxos com Polióis (Tensoativos Não Iônicos): Base 
Perolizante= Surfax EG; Surfax BP; Laurion EG; Crodapearl A.F. 
 
Sabonete Líquido Neutro (Pele seca) - pH 7,0 
 
Lauril Éter Sulfato de Sódio (Surfax EVE)....................15% 
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Lauril Éter Sulfato/Sulfossuccionato (Surfax SLA).......10% 
Glicerina........................................................................30% (Emoliente, Umectante) 
NaCl...............................................................................qs (Espessante) 
Água destilada q.s.p....................................................100% 
PCC...............................................................................q.s 
 
Em sabonetes para pele seca o ideal é que tenha pouca detergência, ou que 
seja neutro, ou seja, que tenha um nível de detergência intermediário e não que 
necessariamente tenha que ter pH = 7,0. 
Para mulheres o ideal é que tenha pH = 6,0 -6,5, mas como a pele é seca fica 6,5-
7,0. 
 
Sabonete de glicerina em barra 
 
Base pré-formulada para sabonetes q.s.p..............100% 
Lauril Éter Sulfato de Sódio......................................10% 
Propilenoglicol...........................................................10% 
Glicerina......................................................................5% 
Álcool Etílico................................................................7% 
Extrato glicólico.........................................................10% 
Essência......................................................................q.s 
Corante........................................................................q.s 
 
1. Colocar a base pré-formulada para sabonetes em banho-maria. 
2. Após fusão da base, adicionar o Lauril Éter Sulfato de Sódio, o propilenoglicol e a 
glicerina e esperar esfriar. 
3. Quando a temperatura estiver próxima aos 40 ºC, adicionar o restante dos 
componentes. 
4. Verter sobre as formas de sabonete, esfriar solidificar e embalar.