Buscar

1653663612154A importância dos exames laboratoriais nos tratamentos estéticos final (1)


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

FACULDADE CAPIXABA DA SERRA 
MULTIVIX 
 
 
 
 
 
 
TAMIRES FRAGA PREVITAL PAZ 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES LABORATORIAIS NOS TRATAMENTOS 
ESTÉTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA - ES 
2022
TAMIRES FRAGA PREVITAL PAZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES LABORATORIAIS NOS TRATAMENTOS 
ESTÉTICOS 
 
 
 
Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado à Faculdade Capixaba 
da Serra Multivix como parte dos requisitos 
para obtenção do título de Bacharel em 
Biomedicina. 
 
Orientadora: Prof. Ma. Márcia Godoy 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERRA - ES 
2022 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4 
1.1 Definição do Problema da Pesquisa ........................................................... 4 
1.2 Objetivos da Pesquisa .................................................................................. 4 
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 4 
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 4 
2. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 5 
2.1. Biomedicina .................................................................................................. 5 
2.2. Diagnóstico em Biomedicina ...................................................................... 9 
3. MÉTODO ......................................................................................................... 13 
4. CRONOGRAMA .............................................................................................. 14 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 15 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
A biomedicina é um ramo da ciência médica que aplica princípios biológicos e 
fisiológicos à prática clínica. A biomedicina enfatiza o tratamento padronizado e 
baseado em evidências, validado por meio de pesquisa biológica, com tratamento 
administrado por médicos, enfermeiros e outros profissionais licenciados (PIMENTA; 
FERREIRA, 2019). A biomedicina também pode se relacionar com muitas outras 
categorias nos campos relacionados à saúde e biológicos. Tem sido o sistema 
dominante de medicina no mundo ocidental há mais de um século (ROSE; MARTINS, 
2010). 
A biomedicina e o exame laboratorial vem desenvolvendo biotecnologias nos 
tratamentos estéticos com métodos de tratamento, porque a estética não só cuida da 
beleza e do bem-estar do utente, mas da saúde de forma global. (WILLIAMSON, 
2016). Há contraindicações para certos tratamentos estéticos, como: gravidez; 
diabetes; disfunções renais, hepáticase hormonais; hipercolesterolemia; reações 
inflamatórias, hipertensão, processos alérgicos, etc. Logo, tais indíces podem 
impossibilitar a indicação do tratamento estético ao utente (BORGES, 2010). 
1.1 Definição do Problema da Pesquisa 
Qual a importância dos exames laboratoriais nos tratamentos estéticos? 
1.2 Objetivos da Pesquisa 
1.2.1 Objetivo Geral 
Demonstrar a importância dos exames laboratoriais para a triagem dos 
pacientes que procuram tratamentos estéticos. 
1.2.2 Objetivos Específicos 
• Conceituar Biomedicina; 
• Discorrer sobre Diagnóstico em Biomedicina; 
• Verificar a importância dos exames laboratoriais de diagnóstico nos 
tratamentos estéticos. 
 
 
5 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA 
2.1. Biomedicina 
A medicina científica ocidental moderna é frequentemente chamada de 
biomedicina porque explica a saúde em termos de biologia. Ela atribui importância ao 
aprendizado da estrutura corporal (anatomia) e sistemas (fisiologia), em particular à 
compreensão de mecanismos como coração, artérias, nervos, cérebro e assim por 
diante (CAMARGO JÚNIOR, 2003). 
A tradição hipocrática constituía antes da era cristã a única síntese médica. 
Segundo ele, a terapia consistia em imitar a natureza e elevar as defesas espontâneas 
do terreno orgânico (FUKUYAMA, 2002; HABERMAS, 2003; KASS, 2002). 
Esses conceitos biológicos enriquecidos posteriormente pelas contribuições de 
Galeno iluminaram a Medicina da antiguidade e do renascimento e são válidos até 
hoje. Eles constituíram e atualmente constituem uma verdadeira interação entre a 
Biologia e a Medicina (RELMAN; ANGELL, 2002; CALLON; RABEHARISOA, 2004; 
ROSE; NOVAS, 2005). 
Hipócrates tinha uma visão que abarcava uma dupla abordagem: a clássica da 
Medicina, quanto à importância do terreno - constituição corporal, estado básico e 
proporção dos humores - e a ecológica, ao incorporar sua teoria sobre os miasmas. 
Convido você a ler o pensamento do pai da Medicina a esse respeito em seus escritos: 
Dos ares, das águas e dos lugares (BROWN, 2003; THROSBY, 2004). 
Com o avanço do conhecimento da Biologia durante o século XIX enriquecido 
pela Teoria da Evolução, Embriologia e Microbiologia; Pesquisadores da área de 
Ciências Naturais têm se aproximado de uma compreensão profunda das unidades 
primordiais da vida (BROWN, 2003; THROSBY, 2004). A genética, cunhada por 
Mendel no século 19, permitiu que os avanços no campo da Medicina focalizassem 
sua atenção, não só na célula, mas também nas moléculas. Isso permitiu a descoberta 
da base molecular do cromossomo, explicando a partir desse alfabeto universal 
inúmeras funções biológicas (BROBERG; ROLL-HANSEN, 1996; FOUCAULT, 
2001). 
É impossível separar as Ciências Médicas Básicas da Medicina propriamente 
dita. Com o surgimento da biomedicina, veio um maior conhecimento sobre as causas 
das doenças infecciosas. Com a maior urbanização durante a Revolução Industrial, 
6 
 
vieram as doenças generalizadas, que deram origem ao movimento de saúde pública 
(NOVAS, 2003). 
O princípio fundamental das teorias de saúde pública, de qualquer tipo, era (e 
é) que a saúde e a doença surgem da relação de indivíduos e populações com seu 
ambiente natural ou manufaturado, e que a promoção da saúde e do bem-estar requer 
intervenção para modificar ou transformar aquele ambiente (HABERMAS, 2003; 
NOVAS, 2003). 
A investigação clínica do homem saudável ou doente necessita do apoio da 
abordagem básica para alcançar um conhecimento completo e aprofundado. As 
contribuições fornecidas pela pesquisa clínica da própria doença do homem não 
podem ser isoladas dos eventos básicos. Quando o organismo humano adoece, altera 
seu equilíbrio psicológico e emocional, trazendo à tona uma série de variações físico-
químico-biológicas que devem ser investigadas com as novas ferramentas fornecidas 
pela Biomedicina (FLECK, 1986; LACEY, 1998; LATOUR, 1997; 2000; 2001; RORTY, 
2002; GAYON, 2006). 
Para conhecer as características da doença que acomete o paciente, o médico 
utiliza o método clínico tradicional durante a consulta, que consiste principalmente nas 
seguintes etapas: Primeiramente, uma descrição ordenada, meticulosa e sequencial 
dos sintomas e sinais que o paciente manifesta na consulta. Isso constitui a história 
médica (TESSER, 1999; 2004). 
Em segundo lugar, o estabelecimento de uma relação entre esses sintomas e 
sinais, a fim de encontrar alguma causalidade entre eles e poder definir um ou mais 
diagnósticos. Por fim, ele planeja uma estratégia terapêutica para solucionar a cura 
de forma eficaz e em pouco tempo (CANGUILHEM, 1978; ILLICH, 1981; CAMPOS, 
1992; NOGUEIRA, 2003). 
Na Biomedicina, utilizam-se métodos que visam elucidar questões que surgem 
da própria prática médica. Neste caso, as experiências são realizadas em animais 
inteiros ou em tecidos e células isolados. O objetivo é reproduzir ou simular doenças 
humanas e conhecer as diferentes condições fisiológicas, patológicas ou 
farmacológicas e os mecanismos de funcionamento orgânico normal, bem como as 
suas alterações fisiopatológicas (CLAVREUL, 1983; ALMEIDA FILHO, 1992; 
GONÇALVES,1994; TESSER, 1999; CAMARGO JUNIOR, 2003). 
Na realidade, são testes de aproximação para uma maior compreensão ou 
esclarecimento da doença do homem. Os pesquisadores da área estão plenamente 
7 
 
convencidos de que a doença humana possui sua própria identidade orgânica e 
funcional, bem como sua expressão biopsicossocial. Os testes experimentais usados 
na Biomedicina são apenas uma aproximação dessa identidade e não uma 
transpolação (CLAVREUL, 1983; ALMEIDA FILHO, 1992; GONÇALVES, 1994; 
TESSER, 1999; CAMARGO JUNIOR, 2003). 
A experimentação básica em animais inteiros e também em tecidos e células 
isolados tem demonstrado historicamente sua eficácia para conhecer fenômenos e 
processos do organismo humano e estratégias de cura. Esta metodologia 
predominante na Biomedicina é hoje considerada essencial em todos os tipos de 
empreendimentos que buscam elucidar a origem das doenças, sua etiologia, 
evolução, agentes causais ou mecanismos de ação de elementos físicos e químicos 
naturais em diferentes condições de normalidade e anormalidade (CAMARGO 
JUNIOR, 2003). 
Não se questiona mais a enorme importância que a pesquisa biomédica tem e 
as contribuições e benefícios que tem proporcionado e que certamente continuará a 
proporcionar ao avanço da Medicina em todas as frentes. A elucidação dos 
mecanismos fisiológicos, as variações que podem ocorrer neles pela aplicação de 
vários desenhos experimentais, a incorporação de agentes físicos, químicos ou físico-
químicos, a administração de drogas naturais ou sintéticas, a resposta a variações 
fisiológicas ou fisiopatológicas, a simulação de patologias, abordagens cirúrgicas 
experimentais, etc., permitem-nos obter resultados e conclusões de trabalho úteis 
para uma concepção médica de base científica (SAYD,1998; ALMEIDA, 2002). 
As ciências biomédicas são um conjunto de ciências que aplicam porções das 
ciências naturais ou ciências formais, ou ambas, para desenvolver conhecimento, 
intervenções ou tecnologia que sejam úteis na área da saúde ou saúde pública. 
Disciplinas como microbiologia médica, virologia clínica, epidemiologia clínica, 
epidemiologia genética e engenharia biomédica são ciências médicas. Ao explicar os 
mecanismos fisiológicos que operam nos processos patológicos, entretanto, a 
fisiopatologia pode ser considerada como ciência básica (BROWN, 2003; THROSBY, 
2004). 
A biomedicina tem sido um modelo dinâmico e desempenhou um papel 
extremamente importante na compreensão das pessoas sobre saúde e doença e sua 
conformidade com o sistema que apoia a biomedicina. Os defensores da biomedicina 
sugerem que ela apresenta muitas realizações fantásticas: a redução das altas taxas 
8 
 
de mortalidade, como as encontradas na infância no início do século XX, e a 
erradicação de alguns dos principais assassinos, como varíola, poliomielite etc. 
(ROSE; MARTINS, 2010). 
A saúde é vista como um estado em que todas as partes do corpo funcionam 
normalmente, como um carro novo e reparado. Se os bits derem errado - se o corpo 
é atingido por um vírus, alterações internas o danificam ou as peças se desgastam -, 
ele é reparado por especialistas. Essa visão oferece uma maneira particular e distinta 
de 'ver' e entender os corpos e a saúde, um conjunto de diretrizes sobre como se 
relacionar com eles e como lidar com eles - para cuidar deles como sistemas que 
precisam de cuidados e manutenção adequada por seus proprietários (TESSER, 
2006). 
Portanto, um relato biomédico é aquele que fornece uma explicação física ou 
biológica para a saúde e oferece métodos físico-biológicos para "reparar" os corpos 
quando eles não estão funcionando corretamente. Certos testes estabelecem o que 
está errado. Em seguida, antibióticos ou outros medicamentos atuam como cura, ou 
a cirurgia pode reparar ou substituir partes do corpo. O modelo biomédico é parte 
integrante das culturas ocidentais e a maneira como a saúde e a saúde são 
percebidas (TESSER, 2006). 
A biomedicina é a profissão científica do médico: um dos extremos, talvez o 
mais distante, de todas as linhas de diversificação possíveis que existem no currículo 
médico, e mostra a heterogeneidade de interesses e capacidades presentes na 
população de estudantes que eles se inscrevem na carreira de Medicina (ROSE; 
MARTINS, 2010). 
A biomedicina aplica princípios e técnicas de engenharia ao campo da medicina 
ou das chamadas ciências da vida; que se dedica principalmente ao design e 
construção de ferramentas e tecnologias como equipamentos médicos, próteses, 
dispositivos médicos e dispositivos de diagnóstico e terapêuticos; Ou eles podem se 
dedicar ao estudo e preparação de projetos de equipamentos eletrônicos para 
hospitais, análise de genoma humano, imagens de raios-X, entre outros (ROSE; 
MARTINS, 2010). 
A biomedicina é capaz de transformar médicos em cientistas, incorporando 
conhecimentos de química, biologia, física e até matemática. Esta ciência possui três 
pilares importantes: engenharia da computação e ciência da computação; eletrônica 
onde os circuitos eletrônicos são desenvolvidos para adquirir dados e aprender como 
9 
 
eles são processados para criar soluções de hardware e software; e as ciências da 
vida que também são conhecidas como bioquímica, biologia, patologia, fisiologia e 
genética; Por isso, em geral, pode se dizer que os médicos biomédicos preservam e 
melhoram a qualidade de vida dos seres humanos (COSTA; TRINDADE; PEREIRA, 
2010). 
Profissionais desta área da medicina se dedicam a identificar diferentes grupos 
sanguíneos e a procurar componentes biológicos e químicos; eles trabalham com 
sistemas tecnologicamente avançados e com equipamentos de laboratório; eles 
verificam amostras como tecidos, fezes, urina e outras substâncias; Eles comunicam 
os resultados dos testes realizados e, ao mesmo tempo, devem ter capacidade para 
oferecer soluções. Eles também monitoram o impacto de diferentes medicamentos e 
analisam se são eficazes e se têm algum efeito colateral; e desenvolver novos 
métodos para a realização de uma série de exames médicos (COSTA; TRINDADE; 
PEREIRA, 2010). 
O biomédico tem a capacidade de realizar uma ampla gama de trabalhos na 
área de ciências biomédicas, incluindo a área de histopatologia, que é a área em que 
ele terá que aplicar todas as atividades do cientista biomédico relacionadas a 
amostras de tecido que normalmente são removidas durante procedimentos cirúrgicos 
para garantir que o processo cirúrgico seja adequado; da mesma forma, eles podem 
ser desenvolvidos no campo da química clínica, que envolve o estudo de amostras 
corporais como urina e fezes para detectar problemas de saúde comuns; ou como 
engenheiro biomédico, ele tem a possibilidade de projetar e implementar 
equipamentos de reabilitação, pode ser responsável pela operação e manutenção da 
infraestrutura hospitalar, avaliando e implementando algoritmos computacionais para 
a análise de imagens médicas; entre muitos outros (SILVA, et al., 2014). 
2.2. Diagnóstico em Biomedicina 
O diagnóstico da doença é um dos principais componentes da assistência 
médica, pois é por meio desse processo que uma categoria leiga (doença) se 
transforma em categoria médica (doença). É o diagnóstico que determina o curso 
futuro da terapêutica no cuidado ao paciente. Além disso, a cientificidade da medicina 
é estabelecida pelas explicações sistemáticas dos fenômenos em termos de causa e 
efeito, formulando leis gerais onde o diagnóstico é central. Samson (1999) elabora o 
seguinte: Na medicina, as leis aparecem na correspondência entre taxonomias 
10 
 
diagnósticas — nomes para doenças — e estados de doença, que são elaborados 
quanto ao seu início, curso, duração e desfecho. 
Com o tempo, através da experiência laboratorial e clínica, os fatos se 
acumulam e, com base nisso, sintomas de doenças, estados de doenças e remédios 
podem ser nomeados e inseridos na base de conhecimento. Oobjetivo desses 
esforços é formular formas preditivas de conhecimento para que os fatos sobre o 
corpo em geral e as histórias clínicas individuais em particular possam ser implantados 
para prever as trajetórias que a doença fará. De uma perspectiva biomédica, o 
diagnóstico depende de três coisas: a história obtida do paciente, os sinais 
observados no exame físico e os resultados das investigações laboratoriais 
(HAMPTON et al. 1975; WINTROBE et al. 1974). 
De acordo com a literatura médica, a forma ideal de se chegar a um diagnóstico 
final é a abordagem sindrômica da doença onde o método clínico é visto como uma 
atividade intelectual que vai do sintoma ao sinal, à síndrome, à doença, numa 
progressão linear do diagnóstico anatômico ao diagnóstico sindrômico e finalmente 
um diagnóstico etiológico (WINTROBE et al., 1974). 
Os dados sobre o comprometimento fisiológico e anatômico são coletados com 
base no exame físico, posteriormente comparados com os fatos conhecidos da 
anatomia e fisiologia do corpo humano, resultando no chamado diagnóstico 
anatômico. Posteriormente, com base nas informações acima e nos sinais e sintomas 
prevalentes, chega-se a um diagnóstico sindrômico que não identifica 
necessariamente a causa da doença, mas estreita as possibilidades capazes de 
sugerir possíveis estudos clínicos e laboratoriais necessários (WINTROBE et al. ., 
1974). 
A síndrome é definida como um grupo de sintomas e sinais de função somática 
desordenada, relacionados entre si por meio de alguma peculiaridade anatômica, 
fisiológica ou bioquímica do organismo (WINTROBE et al., 1974). Além disso, adverte 
apontando para a possibilidade de o método clínico aparecer como método científico, 
pois envolve análise e síntese, partes essenciais da lógica cartesiana. Vale ressaltar 
que é impossível o médico iniciar o trabalho clínico com a mente aberta, mas apenas 
com o preconceito do conhecimento de casos recentes, do primeiro depoimento do 
paciente, da socialização do médico e de outros fatores que direcionam seu 
pensamento em determinados canais (FOX 1989). 
11 
 
O papel das investigações laboratoriais no processo de diagnóstico é cardinal 
e também a possibilidade de sua influência no processo de assistência médica 
representada pelo termo biomedicalização (CLARKE et al. 2003). A proeminência dos 
exames laboratoriais e da tecnologia médica sofisticada em todo o processo do 
trabalho médico contemporâneo resultou na redefinição do diagnóstico mais como 
uma variação de valores numéricos do que como um sofrimento somático. 
Os estudiosos identificam isso como uma característica da medicina 
laboratorial (JEWSON, 1976; ATKINSON, 1995), que McCulough (1981) expande 
examinando o estilo de pensamento que orienta o diagnóstico e os conceitos de 
doença. Ele argumenta que, em um estilo de pensamento que coloca cada vez mais 
ênfase no caráter racional (e, portanto, preditivo) da ciência médica – para colocar de 
uma maneira reconhecidamente grosseira, mas precisa, a cultura contemporânea da 
ciência médica – números e nomes assumem um significado poderoso. 
Assim, ele oferece ainda que os achados laboratoriais muitas vezes assumem 
maior significância na determinação de um diagnóstico do que os achados baseados 
na história ou no exame físico. Uma vez que o médico tenha dominado a tarefa de 
entender o significado desses números, o médico está perto de nomear a doença, 
para fazer o diagnóstico com precisão. Assim, a medicina, de caráter altamente 
racional e quantitativo, exige uma prontidão direcionada para identificar o resultado 
mais significativo em um conjunto distinto de observações (CASPER; MORRISON, 
2010). 
Isso pode ser devido à dependência excessiva da tecnologia em várias esferas 
da vida – uma característica das sociedades modernas. No campo da medicina, essa 
dependência é evidente pela tendência de ver os valores numéricos como mais 
objetivos, científicos e concretos — primeiro pelos médicos e depois pelos pacientes 
— tornando-se socializados no mesmo contexto. 
Vishwananthan (1997), no contexto do exame do envolvimento do sul da Ásia 
com a medicina ocidental, comenta que o exame laboratorial fornece uma série de 
leituras quando visto como definições operacionais da realidade do paciente, devendo 
ter prioridade sobre a impressão pessoal do médico sobre o paciente como pessoa e 
as impressões clínicas do médico sobre o paciente como paciente. Estes últimos são 
partes da transciência... às vezes denominados com desdém como maneiras de 
cabeceira. Os primeiros permitem controle e previsão e, portanto, são vistos como o 
coração da ciência da medicina. 
12 
 
As investigações laboratoriais na assistência médica não apenas auxiliam no 
diagnóstico, mas também propagam o caráter científico embutido na medicina. Os 
valores numéricos dos exames laboratoriais podem gerar uma noção de certeza tanto 
entre os médicos quanto entre os pacientes, que oportunamente pode ser transferida 
para a sociedade como um todo. Estudiosos identificaram recentemente que a 
perspectiva da sociologia do diagnóstico ajuda a compreendê-lo tanto como processo 
quanto como categoria (JUTEL, 2009). 
 
 
13 
 
3. MÉTODO 
A pesquisa é feita mediante conhecimentos acessíveis com a execução de 
métodos e técnicas de investigação, abarcando diversas etapas. De acordo com o 
mesmo autor, uma pesquisa, pode ser compreendida como um processo formal e 
sistemático de desenvolvimento do modo científico na qual são descobertas respostas 
ou são comprovadas hipóteses para as quais formulados questionamentos e 
apresentados problemas. 
A metodologia deste trabalho é embasada, de modo geral, em conceitos que 
atendem a pesquisa com seu tema principal, desse modo, o atual estudo teve 
abordagem quantitativa exploratória e se desenvolveu por meio de pesquisas 
bibliográficas. 
14 
 
4. CRONOGRAMA 
 MESES 
 
ATIVIDADES 
2022/2023 
Ago Se
t 
Out Nov De
z 
Jan Fev Mar Abr Mai Jun 
Etapa 1- Ajustes do projeto 
Etapa 2 Continuar o 
desenvolvimento da Revisão da 
Literatura 
 
Etapa 3 Desenvolver o 
instrumento de coleta de Dados 
 
Etapa 4 Realizar a coleta de 
dados 
 
Etapa 5 Tratamento e análise dos 
dados 
 
Etapa 6 Resultados/Conclusão 
Etapa 7 Entrega Final TC 
15 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALMEIDA FILHO, N. A clínica e a epidemiologia. Salvador: APCE, 1992. 
ALMEIDA, E. L. V. As razões da terapêutica: racionalismo e empirismo na medicina. 
Niterói: EdUFF, 2002. 
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções 
estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2010. 
BROBERG, G.; ROLL-HANSEN, N. Eugenics and the welfare state: Sterilization 
policy in Denmark, Sweden, Norway, and Finland. East Lansing: Michigan State 
University Press, 1996. 
BROWN, N. Hope against hype - accountability in biopasts, presents and futures. 
Science Studies, vol. 16, 2003, pp. 3-21. 
CALLON, M.; RABEHARISOA, V. Gino’s lesson on humanity: Genetics, mutual 
entanglement and the sociologist’s role. Economy and Society, vol. 33, 2004, pp. 1-
27. 
CAMARGO JUNIOR, K. R. Biomedicina, ciência & saber: uma abordagem crítica. 
São Paulo: Hucitec, 2003. 
CAMPOS, G. W. de S. Reforma da reforma: repensando a saúde. São Paulo: 
Hucitec, 1992. 
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 
1978. 
CLAVREUL, J. A ordem médica: poder e impotência do discurso médico. São Paulo: 
Brasiliense, 1983. 
COSTA, F. B.; TRINDADE, M. A. N.; PEREIRA, M. L. T. A inserção do biomédico no 
programa de saúde da família. Revista Eletrônica Novo Enfoque, vol. 11, no. 11, 
2010, pp. 27 – 33. 
FLECK, L. La génesis y el desarrollo de un hecho científico. Madrid: Alianza 
Editorial, 1986. 
FOUCAULT, M. “Omnes et singulatim”: Towards a critique of political reason. In P. 
Rabinow (Ed.), Power: The essentialworks. London: Allen Lane, 2001. 
FUKUYAMA, F. Our posthuman future: consequences of the biotechnology 
revolution. London: Profile, 2002. 
GAYON, J. Epistemologia da medicina: epistemologia da medicina, epistemologia 
da biologia, apenas epistemologia. São Paulo: Discurso Editorial, 2006, pp. 38-87. 
GONÇALVES, R. B. M. Reflexão sobre a articulação entre investigação 
epidemiológica e a prática médica a propósito das doenças crônico-
degenerativas. São Paulo: Hucitec, 1994, pp. 39-86. 
16 
 
HABERMAS, J. The future of human nature. Cambridge: Polity, 2003. 
ILLICH, I. A expropriação da saúde: nêmesis da medicina. São Paulo: Nova 
Fronteira, 1981. 
KASS, L. Life, liberty, and the defense of dignity: The challenge for bioethics. San 
Francisco: Encounter Books, 2002. 
LACEY, Hugh. Valores e atividade científica. São Paulo: Discurso Editorial,1998. 
(Coleção Filosofia da ciência & epistemologia). 
LATOUR, B. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos 
científicos. Bauru, SP: EDUSC, 2001. 
______. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. 
São Paulo: UNESP, 2000. 
______. A vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: 
Relume-Dumará, 1997. 
NOGUEIRA, R. P. A saúde pelo avesso. Natal: Seminare Editora, 2003. 
NOVAS, C. Governing risky genes. Thesis submitted for the degree of PhD, 
University of London, London, 2003. 
PIMENTA, J. R.; FERREIRA, A. de S. A importância da formação do perito criminal: 
um destaque para o biomédico. Brazilian Journal of Surgery and Clinical 
Research, vol. 27, no. 01, 2019, pp.74-77. 
RELMAN, A. S.; ANGELL, M. Americas’ other drug problem. New Republic, vol. 227, 
2002, pp. 27-41. 
RORTY, R. Objetivismo, relativismo e verdade: escritos filosóficos I. Rio de Janeiro: 
Relume-Dumará, 2002. 
ROSE, N.; MARTINS, E. R. P. A Biomedicina Transformará a Sociedade? O Impacto 
Político, Econômico, Social e Pessoal dos Avanços Médicos do Século XXI. 
Psicologia & Sociedade, vol. 22, no. 03, 2010, pp. 628-638. 
ROSE, N.; NOVAS, C. Biological citizenship. Malden: Blackwell Publishing, 2005. 
SAYD, J. D. Mediar, medicar, remediar: aspectos da terapêutica na medicina 
ocidental. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. 
SILVA, A., et al. O Papel do Biomédico na Saúde Pública. Interfaces, ano 02, vol. 02, 
2014. 
TESSER, C. D. A biomedicina e a crise da atenção à saúde: um ensaio sobre a 
desmedicalização. 1999. (Dissertação) - Mestrado em Saúde Coletiva, Universidade 
Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de 
Campinas, 1999, 219 p. 
17 
 
_____. Epistemologia contemporânea e saúde: a luta pela verdade e as práticas 
terapêuticas. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Estadual de 
Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 
2004. 
_____. Medicalização social (II): limites biomédicos e propostas para a clínica na 
atenção básica. Interface, Botucatu, vol. 10, no. 20, 2006, pp. 347-362. 
THROSBY, K. When IVF Fails. Macmillan: Palgrave, 2004. 
WILLIAMSON, M.A.; SNYDER, M. L. Interpretação de exames laboratoriais. 10. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 
 
	1. INTRODUÇÃO
	1.1 Definição do Problema da Pesquisa
	1.2 Objetivos da Pesquisa
	1.2.1 Objetivo Geral
	1.2.2 Objetivos Específicos
	2. REVISÃO DA LITERATURA
	2.1. Biomedicina
	2.2. Diagnóstico em Biomedicina
	3. MÉTODO
	4. CRONOGRAMA
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS