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AULA 9- Happening

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EXPRESSÕES E LINGUAGENS DO 
CORPO - DANÇA, PERFOR-MANCE E 
HAPPENING.
THAIS HAYEK
Happenings envolve mais do que a
observação individual do espectador;
é necessário que o espectador
participe ativamente em cada peça.
Arte é ser trazida para o reino da vida
cotidiana.
Reação contra o domínio de longa
data da estética técnicos do
expressionismo abstrato e foi uma
nova forma de arte que cresceu a
partir das mudanças sociais ocorridas
na década de 1950 e 1960.
HAPPENING
Ideias-chave.
• O principal componente do Happenings foi o envolvimento
do espectador.
• O conceito do efêmero foi importante para os Happenings,
como o desempenho foi uma experiência temporária, e, como
tal, não pode ser exibido em um museu no sentido tradicional.
• Arte foi agora definida pela ação, atividade, ocasião, e / ou
experiência que constituiu o acontecimento, que foi
fundamentalmente fugaz e imaterial.
O propósito dos acontecimentos era confrontar e desmantelar as
visões convencionais da categoria de "arte". Estes desempenhos
foram tão influentes ao mundo da arte que eles levantaram o espectro
da "morte" de pintura.
Jonh Cage (1912-1992)- Theater Piece # 1, realizado no Black Mountain
College, EUA,1952.
No espetáculo, M. C. Richards e o poeta Charles Olson lêem poemas
enquanto David Tudor improvisa ao piano e Merce Cunningham dança
em meio à audiência. Cage, sentado, lê um texto que relaciona música e
zen-budismo, algumas vezes em voz alta, outras, em silêncio. O
espetáculo apela simultaneamente aos sentidos da visão, audição, olfato,
paladar e tato, e, além disso, envolve os artistas mencionados e outros
participantes, que interferem, aleatoriamente, na cena.
O termo happening é
criado no fim dos anos
1950 pelo americano
Allan Kaprow (1927-
2006).
Happenings “são eventos que, em poucas 
palavras, acontecem... “
"Happenings in the New York Scene" (1961), in Essays 
on the Blurring of Art and Life, 16-17
Em outubro de 1959, Allan Kaprow
inaugurou a Galeria Reuben em
Nova York. Kaprow aceitou o
convite de Renné Miller e Anita
Reuben para ser consultor da
programação da galeria que
nascia com a vocação de ser um
"centro de energia”.
A inauguração da galeria foi
também o nascimento do
happening, com a série que veio a
ser considerada a mais famosa de
Kaprow: 18 Happenings in 6
Parts.
18 Happenings in 6 Parts: frente e verso do convite-carta-pôster-declaração de 
Allan Kaprow
....Ações humanas ocorrerão distintamente, de modo simples.
Ainda, haverão atores não humanos. Eles serão um brinquedo
dançante e duas construções sobre rodas. A mesma ação nunca
acontecerá duas vezes. As ações não significarão nada
claramente formulado até onde o artista tem conhecimento.
Pretende-se, no entanto, que todo o trabalho seja íntimo, austero
e de alguma maneira de curta duração. Estes dezoito happenings
acontecerão nos dias 4, 6, 7, 8, 9 e 10 de outubro às 20h30.
Quem simpatiza com a liberdade de expressão do artista, que
gosta da experiência inerente às ideias avançadas, que admira o
direito do artista – ou melhor, a obrigação – de apresentar sua
visão irrestrita ao mundo tem a obrigação especial de gentilmente
apoiar moral e financeiramente a vanguarda. Embora apoiado
até o momento por válidas contribuições, o evento sofrerá um
grande deficit a não ser que seja prontamente e generosamente
apoiado por ? você. Somente a confiança do artista no seu apoio
fez com que esse evento fosse possível.
http://www.bienal.org.br/post.php?i=336
18 Happenings in 6 Parts
Reinvention of 18 Happenings in 6 Parts 
(extract)
Prof. Antonio Xavier 
2014 - 1
Allan Kaprow, de 18 Happenings em 6 partes, outubro de 
1959:
Uma das três salas montadas num ambiente de Reuben 
Gallery, Nova York
“[...]foi uma das primeiras oportunidades 
de fazer com que um publico mais amplo 
assis<sse aos eventos ao vivo que vários 
ar<stas já vinham apresentando mais 
priva<vamente [...]”. (GOLDBERG. 2006, 
p. 118)
Observador com mais responsabilidade
Kaprow enviou convites nos quais esta 
escrito: “você se tornará parte dos
happenings; irá vivenciá-los 
simultaneamente”. 
Outros objetos foram enviados: pedaços 
de papel, fotos, madeira, fragmentos 
pintados e figuras recortadas...
Prof. Antonio Xavier 
2014 - 1
A maneira que foi organizado o ambiente em três espaços forçava os 
convidados a ficar virados para direções diferentes..
Orientação: 
“A performance será dividida em três partes. [...]. Cada parte contém 
happenings que ocorrem ao mesmo tempo. O inicio e o fim de cada 
um será marcado por uma campainha. Ao termino da performance, a 
campainha soará duas vezes”.(P.118/119)
Aplausos depois da 
sexta unidade – ultima. 
Prof. Antonio Xavier 
2014 - 1
Performancers leram em cartazes que traziam às mãos: “Diz-se que 
tempo é essência (...) nós conhecemos o tempo (...) espiritualmente 
(...)”, ou, em outra sala: “ Anteontem, eu pretendia falar a vocês 
sobre um tema que lhes é muito caro – a arte (...), mas não 
consegui começar”. 
Ao publico cabe imaginar o significaria aqueles eventos fragmentados
“As ações não terão nenhum significado muito claro no que diz respeito ao artista”
“A peça toda foi cuidadosamente e4nsaiada por duas semanas antes 
da estréia, e diariamente durante o programa semanal”
AMERICAN MOON (1960)
Robert Whitman (1935)
Galeria de Reuben, em Nova York.
A peça foi constituída por seis túneis de papel que irradiavam para fora
da área de atuação em que o público iria se sentar para assistir pilhas
de pano sendo movido acompanhado por vários sons. Cortinas com
grades de papel foram então pendurado na frente dos túneis e um filme
foi projetado sobre eles, enquanto executantes fez movimentos leves
para o pano que causam distorções no filme. No final do happening
foram rasgados os túneis e as cortinas removidas.
Whitman chamou essas obras de "teatro abstrato”.
YARD (1961)
Allan Kaprow
Dispersão aleatória e empilhando de pneus sobre o
piso e um convite para os visitantes a passar por
cima deles.
Esta peça foi supostamente em resposta a "gota a
gota" pinturas de Jackson Pollack: a incorporação
do acaso como um dos pilares do trabalho, mas
com uma certa quantidade de controle para a
esquerda para o artista. Assim como Pollock tinha
uma certa quantidade de poder sobre suas pinturas
de gotejamento, a estética ainda estavam muito
sujeita ao acaso.
"A vida é muito mais interessante do que arte."
Yard, como muitos Happenings, foi recriado várias
vezes desde a instalação inicial de Kaprow, e cada
vez que uma obra de arte única é produzido.
Claes Oldenburg (1929- ) (esquerda) e Jim Dine (1935- ) -
(direita),, participando do Happening de Allan Kaprow de The Big
Laugh na galeria de Reuben, New York, NY, em janeiro de 1960.
Robert Rauschenberg (1925-
2008), em Spring Training
("Treino de Primavera"), 1965,
alugou trinta tartarugas para
soltá-las sobre um palco escuro,
com lanternas presas nos
cascos. Enquanto as tartarugas
emitiam luzes em direções
aleatórias, o artista perambulava
entre elas.
GRUPO FLUXUS
Fluxus, movimento artístico que marcou as décadas de 1960 e
1970.
Purgar o mundo da doença burguesa, ‘intelectual’, cultura
profissional e comercializada. PURGAR o mundo da arte morta,
da imitação, da arte artificial, da arte abstracta, da arte ilusionista,
da arte matemática, - PURGAR O MUNDO DO
‘EUROPANISMO’! [...] Promover uma inundação e uma maré
revolucionária na arte, promover a arte viva, a anti-arte, promover
a REALIDADE NÃO ARTÍSTICA a ser entendida por todos, não
somente críticos, diletantes e profissionais.
George Maciunas (In: PINHO,2011 p. 6)
Prof. Antonio Xavier 
2014 - 1
Após a grande revolução provocada por Marcel 
Duchamp, estava plantada a semente do dadaísmo 
e da então chamada 'antiarte', com isso nos anos 60 
surgiu o Fluxus.
George Macunias usou o titulo de uma antologia de obras de muitos artistas deste 
período, final da década de 1950 e os anos de 1960, FLUXUS. O grupo logo conseguiu 
espaços próprios para a exposição de suas obras. 
Fluxo– (cs) [Do lat. fluxu.]
1.Ato ou modo de fluir.
2.Corrente, curso de fluido em um conduto, de 
tráfego numa rua, etc.
3.V. fluxo da maré. [Cf., nesta acepç., refluxo.]
4.Enchente fluvial.
5.O espraiar (das ondas).
6.Escorrimento ou curso de líquido; deflúvio:
o fluxo constante da água esvaziou o reservatório. 
7.Fig. Grande quantidade; abundância; 
superabundância.
8.Qualquer movimento contínuo ou que se repete 
no tempo:fluxo de vendas, fluxo de produção. 
9.Fig. Seqüência ou vicissitude dos acontecimentos.
Artistas de diversas nacionalidades: os americanos George
Maciunas, John Cage e George Brecht, o coreano Nam June
Paik, a japonesa Yoko Ono, o francês Ben Vautier, os alemães
Wolf Vostell e Joseph Beuys
Fluxus se organizava nos grandes
centros urbanos e o músico John
Cage se destacou realizando
Happenings que ninguém poderia
esperar.
Cage é o compositor da célebre
sinfonia 4´33´´, em que o público é
absorvido por 4 minutos e 33
segundos de silêncio, o próprio
acredita que não existe silêncio.
JOSEPH BEUYS
I Like America and America Likes Me, 1974
SOPHIE 
CALLE
Genital Panic, 
1969
MARINA ABRAMOVICH - 2010
O Artista está presente
GRUPO REX
Grupo de artistas plásticos atuante na cidade de São Paulo, em 1966 e 67,
formado por Geraldo de Barros, Nelson Leirner, Wesley Duke Lee e três
alunos desse último: Carlos Fajardo, Frederico Nasser e José Resende.
"The Creative Person" entrevistando 
Wesley Duke Lee
MITOS VADIOS- SP 
1978
artista Regina Vater me convidou em seu nome e no nome de Hélio Oiticica, 
explicando-me que o evento estava sendo composto por adesões” 74. 
 Verifica-se, portanto, que a adesão dos artistas ao evento também 
aconteceu com uma certa liberdade, visto que agregou artistas do circuito Rio -
São Paulo, e também pessoas de diversas áreas artísticas, além de participantes 
da I Bienal Latino-americana, como Ubirajara Ribeiro e Alfredo Portillos. 
 
 
 
 Não é possível fazer uma lista completa dos artistas participantes, visto que 
vários deles não eram conhecidos. Mas coletando nomes tanto em jornais, quanto 
em entrevistas, pode-se colocar da forma mais completa possível os seguintes 
nomes: Gabriel Borba (1942-), Artur Barrio, Maurício Friedman (1937-), Cláudio 
Tozzi (1944-), Hélio Oiticica, Lfer (Luis Fernando Guimarães), Antônio Dias(1944-), 
Sérgio Regis,Ubirajara Ribeiro (1930-2002), Ruy Pereira, Francisco Iñarra (1947-), 
Genilson Soares, Olney Krüse (1939-2006), Regina Vater, Greta Safarti, Alfredo 
 
74 Vide entrevista em Anexo. 
 
Imagem 10: Cartaz anunciando o Mitos Vadios. 
Disponível em: < 
http://www.ivaldgranato.com.br/>. Acesso em: 
fevereiro de 2008. 
 
Organizado por Ivald Granato
Isto é muito importante: o fato de um artista conseguir um espaço e 
dividi-lo com outros, permitindo que cada um desenvolva seu 
pensamento. E, por outro lado – disse Portillos – ressalta-se o fato de 
estarmos fora das galerias e dos museus, que são lugares que já 
possuem padrões pré-estabelecidos e ainda a importância de atuar em 
lugar público, sem compromissos com o circuito oficial das artes. 
Aí, creio que podemos elaborar um trabalho, mais que um trabalho um 
novo tipo de pensamento. Onde teremos tão pouco compromisso com o 
público habituê de museus galerias (porque a maior parte dos artistas 
se ‘maneja’ em galerias e museus, que por sua vez têm compromisso 
com um público especial; e ficam os artistas sempre preparando obras 
para uma pseudo elite cultural).94 
 
 
 
 
 
Essa revitalização que Mitos Vadios trouxe para o cenário artístico paulistano na 
época levantou também a preocupação de dar continuidade a esse processo, ou 
seja, que as discussões não ficassem apenas naquele domingo. Essa foi uma 
questão levantada por muitos artistas, e também pelo grupo de teatro amador 
Viajou Sem Passaporte, que propôs até mesmo uma reunião antes das 
apresentações no mesmo local onde aconteceria o evento: 
 
94 Idem. 
Imagem 18: Alfredo Portillos na Barraquinha de suspiros de Regina Vater em Mitos 
Vadios. Arquivo pessoal Ivald Granato. Reprodução fotográfica: Lóris Machado, 1978. 
“Os artistas são hoje aqui, gerentes de 
seu próprio espaço, inventado por eles 
sem nenhum patrão oficial”. Granato
LYGIA CLARK
O artista que Clark nomeia propositor readquire função mágica que
remonta ao xamanismo. Induz os participantes, através da
percepção sensorial e da atuação sem constrangimentos, a um
contato profundo com suas vivências psíquicas para extrovertê-las
no mundo.Trata-se de desencadear uma criatividade geral, sem
nenhum limite psicológico ou social.
(Alice Milliet)
BABA ANTROPOFÁGICA é o nome de uma proposição (como a
própria artista gostava de chamar) criada por Lygia Clark em 1973,
quando lecionava Comunicação Gestual na Sorbonne.
———————————
Happening Performance
Sustentação Ritual Ritual – Conceitual
Fio Condutor Sketches(algum controle) Colagem ->Sketches(aumento 
do controle)
Forma de estruturação Grupal Individual
Ênfase Social Integrativa Individual Utopia pessoal
Objetivo Terapêutico Anárquico Estético Conceitual
Tempo de apresentação Evento(sem repetição) Evento(alguma repetição)
(tabela criada a partir do livro performance como linguagem de Renato Cohen, p. 
136)

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