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PROGRAMA FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO – FORMACAMPO CADERNO TEMÁTICO: A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO NAS TESSITURAS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO Itapetinga - BA 2021 PROGRAMA FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO – FORMACAMPO Coordenação: Arlete Ramos dos Santos UNIÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO (UNDIME/BA) Presidente Raimundo Pereira Gonçalves Filho PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – PPGED/UESB Coordenação: Cláudio Pinto Nunes GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS MOVIMENTOS SOCIAIS, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO DO CAMPO E CIDADE – GEPEMDECC Coordenação: Arlete Ramos dos Santos EQUIPE DE COORDENADORES TERRITORIAIS Antoniclebio Cavalcante Eça Antoniel dos Santos Peixoto Catiana Nogueira dos Santos Cláudia Batista da Silva Edicleide da Silva Novais Eliane Nascimento dos Santos Geysa Novais Viana Matias Higro Souza Silva Inaiara Alves Rolin Jaciara de Oliveira Sant Anna Santos Jamile de Douza Soares Janile Costa Pinto Jaqueline Braga Morais Cajaíba João Nascimento de Souza Letícia Andrade Silva Maísa Dias Brandão Souza Manoel Vieira Lopes Pascoal João dos Santos Queziane Martins da Cruz Thiara Rodrigues Pereira Valéria Prazeres dos Santos Vanessa Costa dos Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO – FORMACAMPO SANDRA ALVES DE OLIVEIRA ROSILDA COSTA FERNANDES CADERNO TEMÁTICO: A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO/NO CAMPO NAS TESSITURAS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO O Caderno Temático “A Matemática na Educação do/no Campo nas Tessituras do Projeto Político-Pedagógico” apresenta perspectivas teórico-metodológicas diversificadas para os processos de ensino- aprendizagem da matemática na práxis pedagógica. Destarte, devem estar entrelaçadas no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola. Itapetinga - BA 2021 3 APRESENTAÇÃO Diversos estudos contemporâneos discutem-se diferentes perspectivas teórico- metodológicas para os processos de ensino-aprendizagem da matemática na Educação do/no Campo, considerando as situações experienciadas em contextos escolares e não escolares. Assim, corroboramos a afirmação de Farias, Monteiro e Macêdo (2014, p. 75): [...] em lugar de enfatizar a descontinuidade entre o que os alunos experienciam fora da escola e o que eles vivenciam na escola, tais estudos sugerem a necessidade de integração dos conhecimentos prévios, os quais poderiam ser o ponto de partida para o ensino de Matemática escolar. Nesse contexto, é imprescindível vivenciar metodologias diversificadas para conhecer e aprender os fundamentos da matemática nas experiências culturais de diferentes grupos participantes da práxis pedagógica nos espaços formativos da Escola do/no Campo. Devem- se “criar situações variadas que possam despertar e aguçar o interesse e a curiosidade que os alunos possuem naturalmente, para tornar a matemática agradável de ser aprendida” (D’AMBROSIO, 1993, p. 27), numa relação dialógica e problematizadora (FREIRE, 1996, 2001, 2002, 2021). Com efeito, aprender os conteúdos matemáticos para ensiná-los “[...] é uma aventura criadora, algo, por isso mesmo, muito mais rico do que meramente repetir a lição dada. Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito” (FREIRE, 1996, p. 77, grifos do autor). Nas discussões e vivências das atividades formativas que serão partilhadas no minicurso “A Matemática na Educação do/no Campo nas Tessituras do Projeto Político- Pedagógico” proposto pelas professoras-formadoras-pesquisadoras – Sandra Alves de Oliveira e Rosilda Costa Fernandes, os participantes terão oportunidade de compartilhar saberes, experiências e aprendizagens de sua prática pedagógica em aulas de matemática na Educação do/no Campo. As atividades diversificadas deste minicurso serão apresentadas, discutidas, vivenciadas e problematizadas no encontro formativo do dia 27 de outubro de 2021, no turno matutino – 8h às 12h, por meio da interação grupal em contextos online utilizando a plataforma do YouTube e a Nuvem de Palavras para comunicar matematicamente as ações pedagógicas vivenciadas no minicurso. 4 Este minicurso tem como objetivo refletir sobre as perspectivas teórico-metodológicas da matemática na Educação do/no Campo, considerando as dimensões histórica, política e pedagógica nas tessituras do Projeto Político-Pedagógico. Nas vivências das perspectivas teórico-metodológicas diversificadas no âmbito deste minicurso no Programa Formação de Educadores do Campo (FORMACAMPO) discutiremos as potencialidades da etnomatemática, da resolução de problemas, da investigação matemática, da modelagem matemática, dos jogos, da literatura infantil, da música, das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), das leituras e escritas e outras em aulas de matemática na Educação do/no Campo. Dentre as metodologias de ensino-aprendizagem da matemática apresentadas, quais estão contempladas no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola que atua como professor/a e na sua práxis pedagógica? Na construção e/ou ressignificação do PPP da escola que trabalha, sugerimos que as perspectivas teórico-metodológicas compartilhadas e vivenciadas no minicurso sejam inseridas nos planos de ação numa perspectiva interdisciplinar. Nesse ínterim, desejamos que as ações pedagógicas experienciadas no minicurso possam contribuir para os processos de ensino-aprendizagem da matemática na Educação do/no Campo. “É ensinando matemática que ensino também como aprender e como ensinar, como exercer a curiosidade epistemológica indispensável à produção do conhecimento” (FREIRE, 1996, p. 141). Sandra Alves de Oliveira – PPGE/UFJF, UNEB/Campus XII, CMAJO. Rosilda Costa Fernandes – Rede Estadual do Estado da Bahia 5 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROGRAMA FORMAÇÃO DE EDUCADORES DO CAMPO – FORMACAMPO PLANO DE CURSO Programa Formação de Educadores do Campo (FORMACAMPO) Minicurso “A Matemática na Educação do/no Campo nas Tessituras do Projeto Político- Pedagógico” MEDIADORAS: Profa. Doutoranda Sandra Alves de Oliveira - PPGE/UFJF, UNEB/Campus XII, CMAJO. Profa. Ma. Rosilda Costa Fernandes – SEC, GEPEMDECC. Dia: 27 de outubro de 2021 Carga horária: 3 horas Ementa: Estudo e vivência de diferentes metodologias de ensino-aprendizagem da matemática na Educação do/no Campo nas tessituras do Projeto Político-Pedagógico (PPP) construído coletivamente pela comunidade intra e extraescolar. Práticas pedagógicas colaborativas para subsidiar os conhecimentos teóricos e práticos vivenciados por meio de manifestações culturais, simbólicas e das especificidades experienciadas no campo para contribuir com a aprendizagem dos/as estudantes. Objetivo Geral: Refletir sobre as perspectivas teórico-metodológicas da matemática na Educação do/no Campo, considerando as dimensões histórica, política e pedagógica entrelaçadas no PPP e nas diferentes práticas pedagógicas vivenciadas no cotidiano escolar. Objetivos específicos: Discutir sobre os fundamentos da matemática na Educação do/no Campo no PPP. Refletir sobre diferentes metodologias de ensino-aprendizagem da matemática na Educação do/no Campo nas tessituras do PPP construído coletivamente pela comunidade intra e extraescolar. 6 Valorizar as práticas matemáticas cotidianas interconectadas com os conteúdos escolares da Educação do/no Campo. Vivenciar atividades matemáticas cotidianas nas discussões dos conteúdos matemáticos que resgatem os saberes,as experiências e as aprendizagens dos/as estudantes nas ações de ensinar- aprender. Apresentar e partilhar no minicurso propostas pedagógicas variadas que podem ser inseridas no PPP da escola que atua. Narrar experiências de perspectivas teórico-metodológicas em aulas de matemática na Educação do/no Campo. Avaliar os momentos experienciados no minicurso “A Matemática na Educação do/no Campo nas Tessituras do Projeto Político-Pedagógico”. Procedimentos Metodológicos: Momento interativo entre as mediadoras do minicurso e o grupo participante: Dinamização do Bom dia. Apresentação da proposta e objetivos do minicurso. Exposição dialogada sobre a temática do minicurso, intercalada com apresentação e discussão de slides, de vídeos e de vivências de perspectivas teórico-metodológicas diversificadas para os processos de ensino-aprendizagem da matemática na Educação do/no Campo. Apresentação, discussão e compartilhamento de metodologias de ensino-aprendizagem da matemática variadas, que podem ser utilizadas nos planos de ação do PPP da escola numa perspectiva interdisciplinar. Interação dialógica e problematizadora com o grupo participante da formação na utilização da plataforma do YouTube e da Nuvem de Palavras para comunicar matematicamente as ações pedagógicas vivenciadas no minicurso. Produção de narrativas compartilhando experiências de perspectivas teórico-metodológicas em aulas de matemática na Educação do/no Campo. Reflexão da música “Obrigado ao Homem do Campo”. Avaliação do minicurso – Palavra que sintetiza o encontro formativo. Recursos: Plataforma YouTube. Nuvem de Palavras. Vídeo: “Matemática na Agricultura”. 7 Música “Obrigado ao Homem do Campo”. Slides – Datashow. Sites. Notebook. Outros. Avaliação: Os/as participantes do minicurso serão convidados/as a registrar na Nuvem de Palavras seus olhares reflexivos em relação à atividade formativa com uma palavra. O grupo participante da formação produzirá uma narrativa compartilhando experiências de perspectivas teórico-metodológicas em aulas de matemática na Educação do/no Campo. Referências: ALRØ, Helle; SKOVSMOSE, Ole. Diálogo e aprendizagem em educação matemática. Tradução de Orlando de Andrade Figueiredo. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. ANDRADE, Cecília Pereira de; ONUCHIC, Lourdes de la Rosa. Perspectivas para a resolução de problemas no GTERP. In: ONUCHIC, Lourdes de la Rosa; LEAL JUNIOR, Luiz Carlos; PIRONEL, Márcio (org.). Perspectivas para resolução de problemas. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2017. p. 433-466. ANDREATTA, Cidimar; ALLEVATO, Norma Suely Gomes. Aprendizagem matemática através da elaboração de problemas em uma escola comunitária rural. Educação Matemática Debate, Montes Claros, v. 4, e202016, p. 1-23, 2020. eISSN 2526-6136. DOI 10.24116/emd.e202013. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/emd/article/view/1083. Acesso em: 14 jun. 2021. AZEVEDO, Priscila Domingues de. O conhecimento matemático na educação infantil: o movimento de um grupo de professoras em processo de formação continuada. 2012. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2012. BELO, Cibelli Batista; BURAK, Dionisio. A modelagem matemática na educação infantil: uma experiência vivida. Educação Matemática Debate, Montes Claros, v. 4, e202016, p. 1-22, 2020. eISSN 2526-6136. DOI 10.24116/emd.e202016. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/emd/article/view/1269. Acesso em: 14 jun. 2021. BIGODE, Antonio José Lopes; FRANT, Janete Bolite. 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Que o nosso encontro formativo neste dia maravilhoso de 27 de outubro de 2021 seja repleto de compartilhamentos de saberes, experiências e aprendizagens matemáticas nas tessituras dos processos de ensino-aprendizagem na Educação do/no Campo. Não poderíamos deixar de expressar nosso afeto no início do minicurso, com gestos e palavras. Assim, convidamos o grupo participante da atividade formativa para registrar no chat da plataforma YouTube uma palavra matemática de acolhida para dinamizar um BOM DIA. Sintam-se acolhidos(as) no minicurso “A Matemática na Educação do/no Campo nas Tessituras do Projeto Político- Pedagógico”!!!! 2) Reflexões da citação dos autores: “[...] eu acho que uma preocupação fundamental, não apenas dos matemáticos, mas de todos nós, sobretudo dos educadores, a quem cabe certas decifrações do mundo, eu acho que uma das grandes preocupações deveria ser essa: a de propor aos jovens, estudantes, alunos homens do campo, que antes e ao mesmo em que descobrem que 4 por 4 são 16, descobrem também que há uma forma matemática de estar no mundo” (FREIRE; MENDONÇA; D’AMBROSIO, 1997, p. 7). 3) Apresentação da proposta e objetivos do minicurso. Desejamos que as atividades diversificadas vivenciadas no minicurso possam 12 contribuir para os processos de ensino-aprendizagem da matemática numa relação dialógica e problematizadora. “[...] o educador problematizador re-faz, constantemente, seu ato cognoscente, na cognoscibilidade dos educandos. Estes, em lugar de serem recipientes dóceis de depósitos, são agora investigadores críticos, em diálogo com o educador, investigador crítico, também” (FREIRE, 2021, p. 97). 4) Exibição e reflexões sobre o vídeo “Matemática na Agricultura”, da série “Matemática em Toda Parte II”, apresentado pelo Prof. Dr. Leo Akio Yokoyama. Disponível em: http://www.professoresdematematica.com.br/matematica-em-toda-parte-2.html Esse vídeo compartilha informações importantes sobre práticas matemáticas cotidianas e escolares entrelaçadas com a Agricultura. O Episódio 1 discute questões imprescindíveis da história do sistema de medidas e proporciona comprender conceitos matemáticos apresentados em diferentes contextos do vídeo. 13 Ep.01: Matemática na Agricultura Assuntos abordados: Área, Volume O meio rural nos remete à ligação do ser humano com a natureza e é também um lugar de gente que trabalha muito com a matemática. Ao conversar com Dona Juliana, o professor Leo Akio Yokoyama observa que ela usa o litro, uma medida de volume, para medir a área onde vai plantar o milho. E se plantar é importante, Leo e o veterinário Elias mostram como a geometria é fundamental na hora de armazenar a colheita de forma eficiente. Duração: 12'30" minutos Entrevistados: Fazendeira Dona Juliana e Veterinário Elias Fonte: http://www.professoresdematematica.com.br/matematica-em-toda-parte-2.html Assista ao vídeo disponível em: http://www.professoresdematematica.com.br/wa_files/01%20agricultura%20mam_mtp2001.mp4 Há na série outros episódios excelentes, tais como: Matemática na Cidade Matemática no Transporte Matemática na Fábrica Matemática no Meio Ambiente Matemática no Zoológico Matemática na Alimentação Matemática na Saúde Matemática no Esporte Matemática nas Brincadeiras Matemática na Música Matemática na Comunicação Matemática no Espaço Sideral A exposição dialogada de conteúdos matemáticos por meio da narração de episódios em vídeos e PowerPoint “[...] favorece a diversificação dos modos de comunicar 14 e interpretar significados que podem ser mobilizados quando alunos e professores são incentivados a assistir e a produzir vídeos digitais” (BORBA; CANEDO JUNIOR, 2020, p. 180). Reflexões da citação dos autores: Em relação a como trabalhar a matemática escolar numa escola do campo, concordamos com D’Ambrósio (2005, p. 42) quando afirma que: “reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de síntese, reforçar suas próprias raízes”. Para Ubiratan D’Ambrósio, a matemática deve serentendida nas suas várias dimensões: conceitual, histórica, cognitiva, epistemológica, política, cotidiana, educacional. Sua teoria permite trabalhar a matemática respeitando as especificidades da Educação do Campo e suas implicações didático-pedagógicas (SCHRENK; NOVAES, 2018, p. 452). 5) Vivência da Metodologia da Resolução de Problemas O processo de resolução de problemas precisa ser compreendido como algo que vai além do processo mecânico de resolução de contas de matemática; que necessita de um contexto que precisa ser entendido; e, nesse caso, as contas são apenas um dos meios utilizados nesse processo. É importante “possibilitar ao aluno lançar mão de diferentes estratégias para resolver os problemas propostos”, permitindo “que use os seus conhecimentos e a sua criatividade”. Assim, poderá “escolher diferentes recursos para resolver o problema, como desenhos, gráficos, tabelas, esquemas, apoio de materiais concretos e, se for o caso, aplicando a operação”. Atuando assim, “possibilita o rompimento de um trabalho linear no ensino da matemática” (CARVALHO, 2005, p. 17-18). (OLIVEIRA, 2012, p. 63) Na versão inicial do roteiro, Onuchic (1999, p. 217) apresenta as seguintes fases: “formar grupos e entregar uma atividade; o papel do professor; resultados na lousa; plenária; análise dos resultados; consenso; formalização”, que foram alteradas a partir de novos elementos apontados no segundo roteiro (ONUCHIC; ALLEVATO, 2011, p. 83-85, grifos das autoras): 15 - Preparação do problema - Selecionar um problema, visando à construção de um novo conceito, princípio ou procedimento. Esse problema será chamado problema gerador. [...] - Leitura individual - Entregar uma cópia do problema para cada aluno e solicitar que seja feita sua leitura. - Leitura em conjunto - Formar grupos e solicitar nova leitura do problema, agora nos grupos. [...] - Resolução do problema - A partir do entendimento do problema, sem dúvidas quanto ao enunciado, os alunos, em seus grupos, em um trabalho cooperativo e colaborativo, buscam resolvê-lo. [...] - Observar e incentivar – Nessa etapa, o professor não tem mais o papel de transmissor do conhecimento. Enquanto os alunos, em grupo, buscam resolver o problema, o professor observa, analisa o comportamento dos alunos e estimula o trabalho colaborativo. Ainda, o professor como mediador leva os alunos a pensar, dando-lhes tempo e incentivando a troca de ideias entre eles. - Registro das resoluções na lousa – Representantes dos grupos são convidados a registrar, na lousa, suas resoluções. Resoluções certas, erradas ou feitas por diferentes processos devem ser apresentadas para que todos os alunos as analisem e discutam. - Plenária – Para esta etapa são convidados todos os alunos, a fim de discutirem as diferentes resoluções registradas na lousa pelos colegas, para defenderem seus pontos de vista e esclarecerem suas dúvidas. O professor se coloca como guia e mediador das discussões, incentivando a participação ativa e efetiva de todos os alunos. Este é um momento bastante rico para a aprendizagem. - Busca do consenso – Depois de sanadas as dúvidas, e analisadas as resoluções e soluções obtidas para o problema, o professor tenta, com toda a classe, chegar a um consenso sobre o resultado correto. - Formalização do conteúdo – Neste momento, denominado formalização, o professor registra na lousa uma apresentação formal – organizada e estruturada em linguagem matemática – padronizando os conceitos, os princípios e os procedimentos construídos através da resolução do problema, destacando as diferentes técnicas operatórias e as demonstrações das propriedades qualificadas sobre o assunto. Andrade e Onuchic (2017, p. 439-441) compartilham e discutem esse roteiro no artigo “Perspectivas para a resolução de problemas no GTERP”. Acrescentam antes da etapa - Preparação do problema -, “Formar grupos”, que está inserido em Leitura em conjunto. Também incluem a “Proposição de problemas” que, “para os professores, propor problemas e estendê-los para enriquecer a aprendizagem dos alunos são fundamentais para ensinar matemática através da resolução de problemas”. O roteiro propicia a participação dos estudantes em todos os momentos da dinamização da metodologia da resolução de problemas. Estes têm a oportunidade de colaborar na organização da formação dos grupos, na leitura do problema, na elaboração de estratégias, no 16 registro dos resultados na lousa, na comunicação das diferentes resoluções compartilhadas na plenária, nas discussões dos conceitos matemáticos e na proposição de problemas no processo de ensino-aprendizagem da matemática. (FERREIRA; OLIVEIRA, 2021, p. 18-20) Na figura a seguir, da dissertação de Oliveira (2012, p. 89), compartilhamos a dinamização da metodologia da resolução de problemas apresentada por Van de Walle (2009, p. 62). Figura 3.1: Ensinar pela resolução de problemas – três fases Fonte: Van de Walle (2009, p. 62) Resolução dos problemas: 1) Maria foi ao supermercado e comprou 2 kg de arroz e 3 kg de feijão. Cada kg de arroz custa R$ 4,70 e cada kg de feijão custa R$ 6,50. Quanto Maria gastou nesta compra? Envio da foto do problema resolvido no e-mail das mediadoras do minicurso: sandraoliveira.uneb@gmail.com e fernandesrosilda.rf19@gmail.com Fase: Antes – Preparando os estudantes Verifique se o problema foi compreendido. Ative os conhecimentos prévios úteis. Estabeleça expectativas clara para os produtos. Fase: Durante – Estudantes trabalhando Deixe os estudantes construírem seu conhecimento. Evite antecipações desnecessárias. Escute cuidadosamente. Forneça sugestões adequadas. Observe e avalie. Fase: Depois – Estudantes debatendo Encoraje a formação de uma Comunidade de Estudantes. Escute/aceite soluções dos estudantes sem julgá-las. Sintetize as principais ideias e identifique futuros problemas. 17 2) CÃO PULGUENTO O outro membro da família Gorgonzola que tem bicho de estimação é o tio Jonho. Seu bicho de estimação é o Leo. Tio Jonho tem longas conversas com ele: - Leo, você já ouviu falar em raiz quadrada? Será que existe mesmo? O cachorro solta um grunhido e tio Jonho interpreta: - Se existir, deve ser de uma árvore quadrada, com frutos quadrados... É assim, eles se dão muito bem, conversam o dia todo. Um dia tio Jonho anunciou pra família que ia ter um congresso de pulgas no Leo. O assunto ia ser: “Estratégias para não se perder no meio de um monte de pelos”. Tio Jonho estava preocupado com a organização do congresso, não queria confusões. Fez um mapa caprichado com as partes do Léo: cabeça, tronco, pernas e rabo. Na cabeça caberiam 10 pulgas, no tronco outras 10, em cada perna caberiam 3 pulgas, e no rabo mais 2. Tio Jonho é ruinzinho de contas e não conseguia calcular quantas pulgas caberiam em seu cão. E você, consegue calcular? Saberia dizer também quais foram as estratégias que as pulgas inventaram para não se perder nos pelos? 18 Referência: FURNARI, Eva. Os problemas da família Gorgonzola. São Paulo: Moderna, 2005. Envio da foto do problema resolvido no e-mail das mediadoras do minicurso. Elaboração de problemas Corroboramos a afirmação de Chica (2001, p. 152): “Dar oportunidade para que os alunos formulem problemas é uma forma de levá-los a escrever e perceber o que é importante na elaboração e na resolução de uma dada situação [...]”. No artigo “Aprendizagem matemática através da elaboração de problemas em uma escola comunitária rural”, Andreatta e Allevato (2020) apresentam e discutem problemas formulados por estudantes do 5.º ano do ensino fundamental de uma Escola Municipal ComunitáriaRural. Exemplo: Observando os textos dos problemas elaborados pelos estudantes, percebemos que quase a totalidade deles, mesmo os que não se relacionaram ao contexto dos problemas geradores, envolveu enredo com situações de compra e venda de produtos com valores monetários. Essa situação pode estar ligada aos interesses e aos desejos pessoais dos estudantes, sejam eles quais forem, e pode levá-los a interessar-se pela resolução do problema (CHICA, 2001). (ANDREATTA; ALLEVATO, 2020, p. 12) 19 Reflexões da citação dos autores: A aprendizagem matemática pode ocorrer também em um ambiente de elaboração e/ou formulação de problemas que não esteja diretamente relacionado à aplicação de algoritmos, teoremas e resoluções-padrão, de forma que a criatividade e a liberdade de utilizar conhecimentos prévios seja valorizada de diferentes formas (GONTIJO, 2006 apud ANDREATTA; ALLEVATO, 2020, p. 5). 6) Investigação Matemática • Uma investigação matemática desenvolve-se usualmente em torno de um ou mais problemas. • O primeiro grande passo de qualquer investigação é identificar claramente o problema a resolver (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2003, p. 16). • [...] É um veículo importante para “fazer” matemática e para pensar matematicamente, pois propicia um ambiente de aprendizagem e de investigação em que os estudantes poderão ter participação ativa no processo e capacitar-se a pensar, a estabelecer relações, a justificar, a analisar, a discutir e a criar novas situações-problema (OLIVEIRA, 2012, p. 45-46, grifo da autora). • As ideias mais importantes e que se deve assumir para trabalhar a resolução de problemas como atividade de investigação - o conhecimento dos conteúdos matemáticos, a competência no uso dos processos de investigação matemática e a confiança no domínio dos estados emocionais e psicológicos (MASON; BURTON; STACEY, 1988) são, em relação aos professores: Mais importante do que os professores proporem um problema é que sejam capazes de manter os alunos em atitude de resolver problemas. O pensamento matemático desenvolve-se em uma atmosfera de interrogação, desafio e reflexão e, portanto, na aula devem estar presentes a particularização, a generalização, a emissão de conjecturas e uma atitude de convencimento. Os professores devem fazer o mínimo possível daquilo que os alunos sejam capazes de fazer sozinhos (VILA; CALLEJO, 2006, p. 169). Em relação aos alunos: Todo mundo pode começar. Os problemas mais interessantes para as pessoas são aqueles em cuja formulação 20 participaram ou enunciaram ou reconheceram como problema (VILA; CALLEJO, 2006, p. 169). Vivências de três momentos no contexto da resolução de problemas como atividade de investigação em aulas de matemática Apresentação oral ou por escrito da atividade investigativa. Realização da investigação a partir da exploração da tarefa, formulação e justificativa das conjecturas. Discussão dos resultados e compartilhamento dos conceitos matemáticos entre os estudantes e o(a) professor(a) no momento da sistematização das principais ideias e reflexões sobre o trabalho realizado. QUADRO 1 – Momentos na realização de uma investigação Fonte: Ponte, Brocardo e Oliveira (2003, p. 21) Atividades de Investigações Matemáticas Sequência de representações geométricas 21 Observar a sequência: a) Existe alguma relação com o número de palitos utilizados ao longo da sequência? b) Sem construir a próxima figura, escrever quantos palitos serão utilizados. Justificar. c) Existe alguma relação com o número de quadrados formados ao longo da sequência? Justificar. d) Quantos quadrados serão formados na próxima figura? Explicar o porquê. e) Pensando nesta atividade, o que significa sequência? f) Na figura 20, quantos palitos serão necessários? Que estratégia foi utilizada para responder esta questão? 22 Supermercado Bomdipreço Paulo trabalha como repositor no Supermercado Bomdipreço. Seu trabalho hoje foi empilhar 580 latas de leite em pó em 13 camadas. Seu chefe pediu que todas as camadas tivessem a mesma quantidade de latas. Para saber quantas latas teria que colocar em cada camada foi buscar sua calculadora. a) Foi possível fazer as camadas com o mesmo número de latas? Como? b) Por que Paulo foi buscar a calculadora? c) Como Paulo fez para resolver esta situação com a calculadora? d) Ele conseguiu empilhar as 580 latas de leite conforme seu chefe pediu? Como? e) Mostre-me como você faria para atender ao pedido do chefe de Paulo. • Investigar é procurar o que ainda não se conhece; investigar é questionar e procurar responder. Para investigar, é necessário querer saber; para investigar, é preciso estar curioso (LAMONATO; PASSOS, 2011, p. 62). • A realização de investigações matemáticas, pelo aluno, pode contribuir de modo significativo para a sua aprendizagem da Matemática e para desenvolver o gosto por essa disciplina (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2003, p. 142). Referências: LAMONATO, Maiza; PASSOS, Cármen Lúcia Brancaglion. Discutindo resolução de problemas e exploração-investigação matemática: reflexões para o ensino de matemática. Zetetiké, FE/Unicamp, Campinas, v. 19, n. 36, p. 51-74, jul./dez. 2011. OLIVEIRA, Sandra Alves de. Resolução de problemas na formação continuada e em aulas de matemática nos anos iniciais. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de São Carlos, PPGE/ UFSCar, 2012. PONTE, João Pedro; BROCARDO, Joana; OLIVEIRA, Hélia. Investigações matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. VILA, Antoni; CALLEJO, María Luz. Matemática para aprender a pensar: o papel das crenças na resolução de problemas. Porto Alegre: Artmed, 2006. 7) Modelagem Matemática No artigo “A modelagem matemática na educação infantil: uma experiência vivida”, 23 Belo e Burak (2020) descrevem as contribuições da Modelagem Matemática no desenvolvimento das crianças em uma turma de Pré I, entre 4 a 5 anos. De acordo com Barbosa (2004, p. 75), a Modelagem Matemática “é um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a problematizar e investigar, por meio da matemática, situações com referência na realidade”. A Modelagem Matemática na Educação Infantil possibilita que as aulas sejam dinâmicas, de interesse das crianças e que elas aprendam a formular perguntas e respostas, a se relacionar e respeitar os outros, e a se desenvolver de forma integral — afetiva, cognitiva, social e física (BELO; BURAK, 2020, p. 8). Práticas com Modelagem Matemática na Educação Infantil Relato de alguns diálogos entre as crianças e a pesquisadora: Pesquisadora: Lembram que a professora perguntou para vocês do que seus pais brincavam? Criança 1: Meu pai gostava de dirigir! Pesquisadora: Dirigir o quê? Criança 1: Carrinho. Criança 2: Minha mãe gostava de brincar de boneca de pano e meu vô de cavalinho de pau. (BELO; BURAK, 2020, p. 9-11). 24 Reflexões da citação dos autores: A utilização da Modelagem Matemática como prática pedagógica vai além dos conhecimentos matemáticos, como se mostra nesse texto e possibilita também a interdisciplinaridade que acontece na Educação Infantil. Essa é a única etapa de ensino em que os conteúdos não são divididos por disciplinas ou áreas, podendo-se perceber a interação e socialização entre as crianças nas brincadeiras que envolvem o movimento. Nestas práticas, houve também a retomada histórica, pois se trata de brincadeiras que pais e avós brincavam (BELO; BURAK, 2020, p. 19). Referência: BARBOSA, Jonei Cerqueira. Modelagem Matemática: O que é? Por quê?Como? Veritati, n. 4, p. 73-80, 2004. 8) Brincando e jogando também se aprende matemática • A alegria não chega apenas no encontro do achado mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria (FREIRE, 1996, p. 160). • [...] conferir ao ensino da Matemática momentos de alegria, descontração, paixão e envolvimento pela atividade lúdica que o jogo representa (GRANDO, 2004, p. 112). • Concebemos o jogo como um legítimo espaço de criação e de resolução de problemas matemáticos (MUNIZ, 2018, p. 43). JOGO “QUEBRA-CABEÇA GRUPAL” 25 • Os quebra-cabeças permitem o desenvolvimento de habilidades espaciais e geométricas como: A visualização e o reconhecimento de figuras, a análise de suas características, a observação de movimentos que mantêm essas características, a composição e a decomposição de figuras, a percepção da posição, as distâncias, o enriquecimento do vocabulário geométrico e a organização do espaço através da movimentação das peças (SMOLE; DINIZ; CÂNDIDO, 2003, p. 87). • É imprescindível a inserção do lúdico no âmbito escolar, visto que, toda criança, “desde os primeiros anos de vida, brinca, joga e desempenha atividades lúdicas. Na verdade, o mundo da criança é uma realidade de jogo” (GRANDO, 2004, 61). JOGO “BRINCANDO COM OS NÚMEROS” Objetivos Propiciar um momento de acolhimento e integração entre os participantes do jogo. Identificar os números apresentados no jogo, encontrando os resultados das questões sorteadas na caixa. Resolver mentalmente as operações matemáticas e os problemas apresentados no jogo. Procedimentos do jogo Formação de duas equipes: DINÂMICA x PROBLEMATIZADORA. Familiarização dos participantes com o material do jogo (caixa contendo as questões; números de 0 a 9). Neste momento, os participantes entram em contato com o material do jogo, organizando-os de acordo com a metodologia e as regras do jogo. 26 Apresentação das regras do jogo. Exposição da caixa com as questões. Leitura dos números, organizando-os na mesa ou no centro da sala de aula. Para cada jogada, dois jogadores devem representar a equipe. Cada participante do jogo deverá a um sinal de quem coordena, após leitura da questão sorteada na caixa, correr e pegar a ficha com o resultado da questão proposta. Registro no cartaz da pontuação dos pontos de cada equipe. Realização de uma jogada para possibilitar aos jogadores a compreensão das regras. Discussão de algumas noções matemáticas contidas no jogo (números; operações de adição, subtração, multiplicação e divisão; resolução de problemas). Desenvolvimento do jogo pelas duas equipes formadas com a intervenção verbal das mediadoras do minicurso durante o movimento do jogo, provocando nos participantes a análise de suas jogadas. Registro do jogo: Brincando com os Números. Escolher quatro números do jogo e escrever um número natural: a) com duas ordens. b) com três ordens. c) com quatro ordens. Escreva por extenso o maior número apresentado nos resultados dos problemas do jogo. Componha e decomponha um número natural de até quatro ordens. Observe o número: 6369 a) Quantos algarismos esse número tem? b) Escreva o número por extenso. c) Qual o valor absoluto do número 3? d) Escreva o valor relativo do número 6. e) Qual é o valor posicional do número 6, na 2.a e na 4.a ordem? Exposição dialogada sobre o Sistema de Numeração Decimal a partir dos registros pelos participantes do minicurso. SUGESTÕES DE QUESTÕES DO JOGO: BRINCANDO COM OS NÚMEROS 1) No número 759, qual o valor posicional do algarismo 5? 27 2) O algarismo 3 ocupa que ordem no número 3426? 3) Quantos algarismos há no número 25728? 4) O sistema de numeração romano baseia-se em quantas letras? 5) Qual a representação do número 564 no sistema de numeração romano? 6) Qual é o valor posicional do número 9 no número 49? 7) Um fazendeiro tinha dezessete vacas, todas, exceto nove, morreram. Quantas vacas sobraram? 8) Cinquenta vacas passavam pela cidade. Morreu uma. Quantas ficaram? 9) Que letras utilizamos para representar o número 75 em algarismos romanos? 10) Qual o próximo número na sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19... ? 11) Represente, em algarismos romanos, o ano em que estamos. 12) Marcos possui 8 canetas e Luiz possui 6 canetas. Quantas canetas os dois possuem juntos? 13) Mariana tinha 9 lápis. Eliane deu a ela 3 lápis. Ela ficou com quantos lápis? 14) Num ônibus estão 19 passageiros. Subiram outros 7. Quantos passageiros estão no ônibus agora? 15) Pedro tem 15 lápis de cor e Sara tem 20. Quantos lápis Sara possui a mais do que Pedro? 16) Sônia tem 12 elásticos coloridos para prender o cabelo. Priscila tem 10 elásticos iguais aos de Sônia. Quantos elásticos faltam para Priscila ter a mesma quantidade de elásticos que Sônia? 17) Nós temos 5 dedos em cada mão. Três crianças juntas têm quantos dedos? 18) Uma camisa tem 7 botões. De quantos botões eu vou precisar para pôr em 5 camisas iguais? JOGO “DADOS LÚDICOS” Objetivos: Desenvolver o espírito de coleguismo, a atenção, a concentração e o raciocínio lógico ao participar do jogo: Dados Lúdicos. Realizar as tarefas apresentadas nos comandos do jogo. http://pedagogia006semestre.blogspot.com/2014/12/plano-de-aula.html http://luzdaluabrinquedos.com.br/produto/dadao-pingo-numeros-letras-20-x-20cm-unidade/ 28 Identificar as letras dos dados e realizar as atividades propostas em cada jogada. Relacionar as letras do alfabeto com números, representando-os com material dourado. Procedimentos do jogo: Formação das duas equipes: LÚDICA x PROBLEMATIZADORA. Familiarização dos participantes com o material do jogo (Dados com as letras do alfabeto; dados dos pontos; material dourado). Nesse momento, os participantes entram em contato com o material do jogo, organizando-os de acordo com a metodologia e as regras do jogo. Apresentação das regras do jogo pelas mediadoras do minicurso. Questionamento referente ao nome do jogo: DADOS LÚDICOS. Organização do jogo no centro da sala de aula, com a participação do grupo. Três jogadores de cada equipe deverão participar do jogo. O jogador deverá a um sinal de quem coordena, jogar o dado que indicará as tarefas a serem desenvolvidas no jogo. Na primeira jogada, a letra sorteada, ao lançar o dado, indica nome de um animal com a letra inicial. Se o jogador acertar jogará o dado dos pontos, representando com material dourado a quantidade sorteada. Essa quantidade irá representar a pontuação do grupo. Na segunda jogada, a letra sorteada, ao lançar o dado, indica nome de um meio de transporte com a letra inicial. Se o jogador acertar jogará o dado dos pontos, representando com material dourado a quantidade sorteada. Essa quantidade irá representar a pontuação do grupo. Na terceira jogada, a letra sorteada, ao lançar o dado, indica nome de uma fruta com a letra inicial. Se o jogador acertar jogará o dado dos pontos, representando com material dourado a quantidade sorteada. Essa quantidade irá representar a pontuação do grupo. Vencerá o grupo que conseguir mais pontos. Desenvolvimento do jogo pelas duas equipes formadas com a intervenção verbal das mediadoras do minicurso durante o movimento do jogo, provocando nos participantes a análise de suas jogadas. Reflexões sobre o jogo pelos participantes do minicurso. Reflexões da citação das autoras: Sabemos que o desenvolvimento de jogos e a resolução de problemas constituem uma forma de mediação do conhecimento matemático que transforma o abstrato em real. Nesse sentido, torna o processo de ensino e aprendizagem da matemática mais motivador e dinâmico (OLIVEIRA;ALMEIDA; COLUS; 2017, p. 47). 29 Referência: OLIVEIRA, Sandra Alves de; ALMEIDA, Júlia Caroline de Araújo; COLUS, Vanessa Aparecida; PASSOS, Cármen Lúcia Brancaglion. Jogos e resolução de problemas na formação continuada e em aulas de matemática do 1° ano do ensino fundamental. Revista NUPEM, Campo Mourão, v. 9, n. 17, p. 44-59, maio/ago. 2017. 9) Literatura Infantil nos processos de ensino-aprendizagem da Matemática A literatura infantil, por ser um modo desafiante e lúdico para as crianças pensarem sobre algumas noções matemáticas, propicia a elas esclarecer, refinar e organizar seus pensamentos; melhorar a interpretação e a solução de problemas matemáticos; e desenvolver uma melhor significação à linguagem matemática (AZEVEDO, 2012, p. 129). Exibição do vídeo da história “Como se fosse dinheiro”. Como se fosse dinheiro (Ruth Rocha) Todos os dias Catapimba levava dinheiro para escola para comprar o lanche. Chegava no bar, comprava um sanduíche e pagava seu Lucas. Mas seu Lucas nunca tinha troco. Um dia, Catapimba reclamou de seu Lucas: - Seu Lucas, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro. - Ora, menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer? - Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro! - Ora, bala é como se fossa dinheiro, menino? Ora essa... Catapimba ainda insistiu umas duas ou três vezes. A resposta era sempre a mesma: - Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro... Então, leve um chiclete, se não gosta de bala. Aí, Catapimba resolveu dar um jeito. No dia seguinte, apareceu com um embrulhão debaixo do braço. Os colegas queriam saber o que era. Catapimba ria e respondia; - Na hora do recreio, vocês vão ver... E, na hora do recreio, todo mundo viu. 30 Catapimba comprou o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de dentro... uma galinha. Botou a galinha em cima do balcão. - Que é isso, menino? - perguntou seu Lucas. - É pra pagar o sanduíche, seu Lucas. Galinha é como se fosse dinheiro... o senhor pode me dar troco, por favor? Os meninos estavam esperando para ver o que seu Lucas ia fazer. Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando... Aí colocou uma moeda no balcão: - Está aí seu troco, menino! E pegou a galinha, para acabar com a confusão. No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço. No recreio, todo mundo foi comprar lanche. Na hora de pagar... Teve gente que queria pagar com raquete de pingue-pongue, com papagaio de papel, com vidro de cola, com geleia de jabuticaba... O Armandinho quis pagar um sanduíche de mortadela com o sanduíche de goiabada que ele tinha levado... Teve gente que também levou galinha, pato, peru... E, quando seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma. - Ué, seu Lucas, é como se fosse dinheiro... Mas seu Lucas ficou chateado mesmo quando apareceu o Caloca puxando um bode. Aí, seu Lucas correu e chamou a diretora. Dona Júlia veio e contaram pra ela o que estava acontecendo. E sabe o que ela achou? Pois achou que as crianças tinham razão... - Sabe, seu Lucas - ela falou -, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é. Até aí o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro muito menos chiclete. Seu Lucas se desculpava: - É, mas eu não tive troco? - Aí, o senhor anota, e no outro dia paga. Os meninos fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo. Naquele dia, nem houve mais aula. Mas o melhor de tudo é que todos do bairro ficaram sabendo do caso. E, agora, seu Pedro da farmácia não dá mais compridos de troco, seu Ângelo do mercado não dá mais mercadoria como se fosse dinheiro. Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não é? Resolução de situações-problema no contexto da história “Como se fosse dinheiro” QUADRADO MÁGICO DO CATAPIMBA Tente utilizar no quadrado mágico de Catapimba, nas linhas horizontal, vertical e diagonais, os valores das compras de lanches e sucos durante a semana: 5,20; 5,40; 5,60; 5,80; 6,00; 6,20; 6,40; 6,60; 6,80, de forma que o resultado seja 18 reais. 31 Envio da foto do problema resolvido no e-mail das mediadoras do minicurso. DOMINÓ DO CATAPIMBA javascript:; 32 BINGO DO CATAPIMBA 1) Fui ao supermercado e comprei 10 balas com R$ 0,50; voltei e comprei mais R$ 2,00. Quantas balas comprei? 2) Uma galinha custa R$ 22,00. Quantas galinhas podemos comprar com R$ 154,00? 3) Um bode tem 4 patas. No sítio do meu pai tem 12 cabeças de bode. Qual o total de patas? 4) Um bode custa R$ 50,00. Na fazenda do seu Lucas há 5 bodes à venda. Sabendo que uma galinha custa R$ 10,00, quantas galinhas comprarei com a venda dos bodes? Dentre outros problemas matemáticos. 10) Música em aulas de matemática. Realização da dinâmica: Ouça a música “A medida da saia de Sinhá” (Paulo Guimarães) e complete o texto. 33 A MEDIDA DA SAIA DE SINHÁ (Paulo Guimarães) Sinhá queria dançar o __________________ Dança bonita que a gente ______________ só Ela foi na ____________________________ Fazer uma ______________ rodada Toda animada pra dançar a noite __________________ Com uma ___________________ colorida A costureira vai tirar a sua ___________________ Sinhá tem _________________ de quadril ________________ e cinco de busto e ____________________ da saia ___________________ de cinturinha Podem acreditar, com esse ___________________ Ela fica uma gracinha Audição da música: A medida da saia de Sinhá. Enquanto escuta a música complete o texto com as palavras faltosas. Após completar o texto, faça a correção das palavras escritas com a letra da música. Discutir com o grupo sobre o Sistema de Numeração Decima Exposição dialogada sobre medidas de comprimento. A MEDIDA DA SAIA DE SINHÁ (Paulo Guimarães) Sinhá queria dançar o carimbó Dança bonita que a gente dança só Ela foi na costureira Fazer uma saia rodada Toda animada pra dançar a noite inteira Com uma trena colorida A costureira vai tirar a sua medida Sinhá tem 90 cm de quadril Noventa e cinco de busto e Comprimento da saia Sessenta de cinturinha Podem acreditar, com esse vestido Ela fica uma gracinha 34 Apresentação dos instrumentos de medidas de comprimento: fita métrica, trena e régua, vivenciando-os com a participação da turma ao medir a altura, o quadro, a porta, mesa, parede, cintura, dentre outros. Questionamentos referentes às medidas vivenciadas: A cintura de Sara tem a mesma medida que a cintura de Gabriele? A unidade de medida de comprimento utilizada na medida do quadro é igual da porta? Reflexões sobre as medidas de comprimento utilizadas no dia a dia. Utilização de barbante para os alunos vivenciarem a medida de partes do corpo e de espaços e objetos da sala de aula. Construção coletiva de um mural com imagens que retratam as medidas de comprimento: quilômetro, metro, centímetro e milímetro. Leitura das unidades de comprimento apresentadas no mural. Problematizações: As unidades são iguais? Qual a unidade maior? E a unidade menor? Quantas unidades de comprimento foram apresentadas no mural? Atividade – Resolução de questões referentes às unidades de medidas de comprimento. Avaliação do minicurso – Os/as participantes serão convidados/as a completar a frase: Na Nuvem de Palavras registro a palavra que sintetiza o encontro formativo. Reflexão da música “Obrigado ao Homem do Campo” (Dom e Ravel). Obrigado ao homem do campo Pelo leite, o café e o pão Deus abençoe os braços que fazemO suado cultivo do chão Obrigado ao homem do campo Pela carne, o arroz e o feijão Os legumes, verduras e frutas E as ervas do nosso sertão 35 Obrigado ao homem do campo Pela madeira da construção Pelo couro e os fios das roupas Que agasalham a nossa nação Pelo couro e os fios das roupas Que agasalham a nossa nação Obrigado ao homem do campo O boiadeiro e o lavrador O patrão que dirige a fazenda O irmão que dirige o trator Obrigado ao homem do campo O estudante e o professor A quem fecunda o solo cansado Recuperando o antigo valor Obrigado ao homem do campo Do oeste, do norte e do sul Sertanejo da pele queimada Do sol que brilha no céu azul Sertanejo da pele queimada Do sol que brilha no céu azul E obrigado ao homem do campo Que deu a vida pelo Brasil Seus atletas, heróis e soldados Que a santa terra já cobriu Obrigado ao homem do campo Que ainda guarda, com zelo, a raiz Da cultura, da fé, dos costumes E valores do nosso país Obrigado ao homem do campo Pela semeadura do chão E pela conservação do folclore Empunhando a viola na mão E pela conservação do folclore Empunhando a viola na mão Vídeo disponível em: https://youtu.be/4t_pbMgu08k. Acesso em: 5 out. 2021. 36 Realização da atividade: Produção de narrativa compartilhando experiências de perspectivas teórico-metodológicas em aulas de matemática na Educação do/no Campo. Envio da narrativa no e-mail das mediadoras do minicurso até o dia 22 de novembro de 2021. Obrigada pela participação no minicurso!!! Professoras Sandra e Rosilda