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21 - Ética e Responsabilidade Sócio-Ambiental

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Prévia do material em texto

1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
ÉTICA, RESPONSABILIDADE 
SOCIAL E AMBIENTAL 
2
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
missÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VisÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
biblioteca mUltiViX (dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Silva, Shirlei da Conceição Domingos.
Ética, Responsabilidade Social e Ambiental / Shirlei da Conceição Domingos Silva. – Serra: Multivix, 2019.
FacUldade capiXaba da seRRa • mUltiViX
editoRial
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
diretor executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
diretora acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
diretor administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
diretor da educação a distância
Flávio Janones
coordenadora acadêmica da ead
Carina Sabadim Veloso
conselho editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de língua portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
Revisão técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
design editorial e controle de produção de conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
multivix educação a distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
4
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
diretor executivo do Grupo multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
lista de FiGURas
 > FIGURA 1 - Éthos 18
 > FIGURA 2 - Éticas deontológica e teleológica 20
 > FIGURA 3 - Princípios éticos 23
 > FIGURA 4 - Tipologia de valores 24
 > FIGURA 5 - Dilemas éticos 26
 > FIGURA 6 - Atores setoriais e respectivos níveis de atuação 44
 > FIGURA 7 - Organizações classificadas pela missão e valores 46
 > FIGURA 8 - IT Verde 48
 > FIGURA 9 - Carro elétrico 49
 > FIGURA 10 - Retrato de Milton Friedman 52
 > FIGURA 11 - Dimensões da gestão responsável 55
 > FIGURA 12 - Funções do gestor 57
 > FIGURA 13 - Cinco dimensões da ética empresarial 67
 > FIGURA 14 - Diversidade 68
 > FIGURA 15 - Processo de aprendizagem e aprender a aprender 69
 > FIGURA 16 - Processo de decisão do consumidor 75
 > FIGURA 17 - Missão, Visão e Valores 81
 > FIGURA 18 - Dimensões do desenvolvimento sustentável 95
 > FIGURA 19 - Logística reversa 99
 > FIGURA 20 - Coleta seletiva 101
 > FIGURA 21 - Lixo 102
 > FIGURA 22 - 5Rs 104
 > FIGURA 23 - Exemplos de ecoetiquetas 105
 > FIGURA 24 - Logística reversa 107
 > FIGURA 25 - Fome 118
 > FIGURA 26 - Modelo do Índice de Progresso Social 140
 > FIGURA 27 - Empresa responsável 142
6
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
lista de QUadRos
 > QUADRO 1 - Subdivisões da ética 35
 > QUADRO 2 - Campos de interesse da gestão responsável 42
 > QUADRO 3 - Processo de gestão responsável 57
 > QUADRO 4 - Esferas da ética empresarial 72
 > QUADRO 5 - Princípios internacionais estabelecidos pela IOSCO 79
 > QUADRO 6 - Métodos de avaliação do desempenho ético 82
 > QUADRO 7 - Exemplos de estrutura de códigos de ética 87
 > QUADRO 8 - Aspectos importantes da gestão responsável para 
os stakeholders 133
 > QUADRO 9 - Dimensões da sustentabilidade e indicadores 136
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
lista de tabelas
 > TABELA 1 - Caracterização das dimensões da gestão responsável. 56
 > TABELA 2 - Linha do tempo da consciência ambiental 92
 > TABELA 3 - Ecoetiquetas 106
8
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIOsUmÁRio
1 intRodUÇÃo À Ética 17
1.1 INTRODUÇÃO À ÉTICA 18
1.1.1 ÉTICAS DEONTOLÓGICA E TELEOLÓGICA 19
1.2 ÉTICA E MORAL 22
1.3 DILEMAS ÉTICOS 25
1.4 FUNDAMENTOS DA ÉTICA 27
1.4.1 ÉTICA EMPÍRICA 28
1.4.2 ÉTICA DE BENS 30
1.4.3 ÉTICA FORMAL 32
1.4.4 ÉTICA DOS VALORES 33
1.5 TIPOLOGIA DA ÉTICA 34
conclUsÃo 36
2 GestÃo ResponsÁVel 38
intRodUÇÃo 38
2.1 GESTÃO RESPONSÁVEL 39
2.1.1 O CONTEXTO DA GESTÃO RESPONSÁVEL 41
2.1.1.1 ELEMENTOS CONTEXTUAIS 41
2.1.1.2 TEMAS E CAMPO DE INTERESSE 42
2.1.1.3 STAKEHOLDERS OU ATORES SOCIAIS 43
2.1.1.4 LOCAL DE TRABALHO DOS GESTORES RESPONSÁVEIS 45
2.1.1.5 TENDÊNCIAS E FATORES MOTIVADORES 47
2.1.1.6 OBSTÁCULOS, INIBIDORES E CRÍTICAS 51
2.1.2 OS FUNDAMENTOS DA GESTÃO RESPONSÁVEL 54
2.1.3 O PROCESSO DA GESTÃO RESPONSÁVEL 56
biblioGRaFia comentada 59
conclUsÃo 60
UNIDADE 1
UNIDADE 2
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
3 Ética empResaRial 62
intRodUÇÃo 62
3.1 ÉTICA EMPRESARIAL 63
3.1.1 BREVE HISTÓRICO DOS ESTUDOS EM ÉTICA EMPRESARIAL 65
3.1.2 AS DIMENSÕES DA ÉTICA EMPRESARIAL 66
3.1.2.1 SUSTENTABILIDADE 67
3.1.2.2 RESPEITO À MULTICULTURA 68
3.1.2.3 APRENDIZADO CONTÍNUO 69
3.1.2.4 INOVAÇÃO 70
3.1.2.5 GOVERNANÇA CORPORATIVA 70
biblioGRaFia comentada 71
3.1.3 ÉTICA NA ATIVIDADE ECONÔMICA 72
3.1.3.1 ÉTICA E MARKETING 74
3.1.3.2 ÉTICA NO MERCADO FINANCEIRO 75
3.1.3.3 ÉTICA E COMPLIANCE 77
3.1.3.4 PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS 79
3.1.3.5 CULTURA EMPRESARIAL 80
3.1.4 CÓDIGO DE ÉTICA EMPRESARIAL 82
3.1.4.1 EXEMPLO DE ESTRUTURA PARA O CÓDIGO DE ÉTICA EMPRESARIAL 86
conclUsÃo 88
4 Responsabilidade ambiental 90
intRodUÇÃo 90
4.1 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 91
4.1.1 SUSTENTABILIDADE 94
4.1.1.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 94
4.1.2 POLÍTICAS DE SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA 98
sUmÁRio
UNIDADE 3
UNIDADE 4
10
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
sUmÁRio
UNIDADE 5
4.1.2.1 POLÍTICAS DE LOGÍSTICA REVERSA 98
4.1.2.2 COLETA SELETIVA 100
4.1.2.3 5RS 104
4.1.2.4 CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS 105
4.1.2.5 CONTABILIDADE AMBIENTAL 108
4.1.2.6 RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – RPPN 108
4.1.3 NORMA ISO 26000 109
4.1.4 TENDÊNCIAS SUSTENTÁVEIS 112
conclUsÃo 113
5 Responsabilidade social 115
intRodUÇÃo da Unidade 115
5.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL 116
5.1.1 A ÉTICA E A VIDA SOCIAL 117
5.1.1.1 ÉTICA E A FOME 117
5.1.1.2 A ÉTICA PÚBLICA, PRIVADA E POLÍTICA 119
5.1.1.3 A ÉTICA E A RELIGIÃO 120
5.1.2 A ÉTICA E A ECOLOGIA 120
5.1.3 BIOÉTICA – BREVE ABORDAGEM 121
5.1.3.1 FECUNDAÇÃO ARTIFICIAL 123
5.1.3.2 DOAÇÃO DE ÓRGÃOS 126
biblioGRaFia comentada 127
5.1.3.3 NORMA ISO 16001 127
conclUsÃo 128
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
sUmÁRio
6 demonstRatiVos da Responsabilidade empResaRial 130
intRodUÇÃo 130
6.1 DEMONSTRATIVOS DA RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL 131
6.1.1 FORMAÇÃO E COLETA DOS DADOS 133
6.1.2 RELATÓRIOS E INDICADORES DA SUSTENTABILIDADE 135
6.1.2.1 ÍNDICE DE GINI (G) 137
6.1.2.2 ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL (IPS) 138
6.1.2.3 ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE) 140
6.1.2.4 RELATÓRIOS SUSTENTÁVEIS 141
biblioGRaFia comentada 143
6.1.2.5 BALANÇO SOCIAL 144
6.1.3 ÉTICA E LIDERANÇA 145
6.1.3.1 COMPORTAMENTO ÉTICO 145
6.1.3.2 LIDERANÇA ÉTICA 145
conclUsÃo 146
ReFeRÊncias 147
UNIDADE 6
12
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
iconoGRaFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
BIODATA DA AUTORA
shirlei da conceição domingos silva
Doutoranda em Administração pela UFMG. Mestre em Administração pela Funda-
ção de Pedro Leopoldo (2017). Pós-Graduada em Controladoria e Finanças pelo IEC 
(2004). Bacharel em Administração pela PUC Minas (2003). Atualmente, Professora em 
cursos de Graduação nas áreas de Administração de Marketing e Vendas, Excelência 
em Vendas, Técnicas de Negociação, Planejamento Estratégico, Teorias de Administra-
ção, Vivências Empresariais, Orientação de Projetos de Pesquisa Acadêmica e Recur-
sos Humanos. Além das atividades de ensino, também atua como Coordenadora de 
Relacionamento com o Cliente na empresa FCA Fiat Chrysler Participações Brasil S.A, 
participa de projetos de melhorias de processo e redução de custo na empresa e 
possui experiência profissional nas áreas de Administração, com ênfase em gestão, 
OS&M, Compliance, Avaliação de Desempenho e Gerenciamento de Projetos.
JUSTIFICATIVA 
Conhecer um contexto em que as organizações precisam adotar um modelo de 
gestão responsável para se manterem competitivas é fundamental. Os clientes estão 
cada vez mais conscientes e preferindo operar com empresas que atuem no merca-
do comprometidas com ações socioambientais. Por isso, ter conhecimento de variá-
veis como o triple bottom line da sustentabilidade, responsabilidade social e ética 
é um diferencial indispensável a todos, especialmente àqueles que estão iniciando 
suas vidas profissionais.
ENGAJAMENTO 
Em seu dia a dia, perceba como as pessoas e as organizações se comportam. A visão 
de uma empresa convencional tem como foco exclusivo o lucro; já uma empresa 
responsável visa, além do lucro, ao bem-estar social e ambiental. Sendo assim: 
14
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
• Você está preocupado com a sustentabilidade visando às gerações futuras?
• Você percebe que as empresas que conhece atuam de forma responsável 
com o meio ambiente?
• Você sabe o que é responsabilidade social ou ambiental?
• Você sabe o que é sustentabilidade?
• Você se comporta de forma ética e moral?
• Você já foi questionado sobre o que é um comportamento ético e moral? 
Como foi? Você conseguiu estruturar sua resposta?
Reflita sobre a sua atuação em cada um dos temas abordados.
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Olá! Estamos iniciando o estudo da disciplina Ética, Responsabilidade Social e 
Ambiental. Com este conteúdo, espera-se desenvolver mecanismos para um proces-
so de reflexão crítica a respeito das questões éticas e de responsabilidade social e 
ambiental. Ter o conhecimento de instrumentos que possibilitam refletir sobre uma 
conduta moral pautada sob princípios e valores éticos em relação a questões sociais 
e ambientais é fundamental para todos e, principalmente, para aqueles que estão 
iniciando suas vidas profissionais. Entretanto, conhecimento é algo que se constrói 
gradativamente; portanto, participação, dedicação e disciplina são requisitos funda-
mentais para a excelência do seu desempenho. Assim, participe de todos os fóruns de 
discussão, leia os materiais e faça todas as atividades. Dessa forma, você chegará ao 
final com um perfil profissional diferenciado e muito valorizado pelas organizações.
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Exercer uma reflexão crítica do papel da ética no ambiente social e corporativo.
• Descrever gestão responsável.
• Explicar sobre a ética empresarial, seu contexto e stakeholders.
• Explicar sobrea importância da responsabilidade social da organização.
• Descrever a importância da sustentabilidade ambiental.
• Explicar sobre as ferramentas de controle da gestão socioambiental.
• Analisar os indicadores de sustentabilidade e responsabilidade social de uma 
organização.
16
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Descrever o conceito de 
ética e moral.
> Explicar a diferença 
entre ética e moral.
> Descrever os 
fundamentos da ética e 
suas ramificações.
> Discutir os dilemas do 
cotidiano.
> Descrever as tipologias 
da ética.
> Avaliar comportamentos 
éticos, antiéticos, 
aéticos, morais, imorais 
e amorais.
UNIDADE 1
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO À ÉTICA
A palavra ética tem sido muito utilizada nos últimos tempos, invadindo o nosso dia 
a dia e nos levando a reflexões que são verdadeiros dilemas, como: “O que deve ou 
não ser feito? Isso está certo ou errado? Pego ou não pego? Isso será bom ou ruim?”. 
Perguntas como essas são frequentes quando se precisa tomar alguma decisão, que, 
por sua vez, é fruto da liberdade humana. O poder de decidir em um caminho e outro 
só é possível porque somos livres para escolher, e a escolha está relacionada a aspec-
tos éticos que norteiam o comportamento humano. 
Mas o que é ética?
Segundo Cortella (2017, p. 103), ética é “o nome do conjunto de princípios e valores 
de conduta que uma pessoa ou um grupo de pessoas tem”. Ela muda conforme o 
lugar e a época. Assim, pode-se concluir que aspectos que hoje são éticos em um 
tempo passado podem ter sido antiéticos ou poderão vir a ser antiéticos no futuro. 
Imagine você a seguinte questão: é muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que 
os políticos não são éticos. No entanto, essas mesmas pessoas acham normal pagar 
uma “gorjeta” a um agente de trânsito para não ter uma multa aplicada por estacio-
nar em um local sem utilizar o rotativo. O que seria ético? 
A ética pode se diferenciar de uma época para outra, de um país para outro, de uma 
família para outra. Quando ouvimos um pai de família dizer “filho meu não faz isso”, 
o que efetivamente isso significa? Significa que, naquele local, onde aquelas pessoas 
convivem e se relacionam, tal comportamento não é aceitável. Relacionado a empre-
sas, uma frase muito comum é “fazemos qualquer negócio” ou “não fazemos qual-
quer negócio”. Qual seria a diferença? Qual dessas colocações é mais propensa a ser 
sustentável, se desenvolver com o intuito de gerar e preservar a vida, e não destruí-la? 
Dilemas éticos são enfrentados diariamente pelas pessoas tanto na vida pessoal 
como à frente de grandes organizações. Portanto, o conteúdo desta unidade aborda-
rá aspectos relacionados aos conceitos fundamentais sobre ética, moral e seus dile-
mas. Assim, este conteúdo permitirá que você reúna bases elementares que direcio-
narão você na solução e interpretação de questões éticas do cotidiano. Vamos lá?!
18
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1.1 INTRODUÇÃO À ÉTICA
Segundo Cortella (2017, p. 104), ética vem do grego ethos, que, até o século VI a.C., 
significava morada do humano. Ethos é o lugar onde habitamos, é a nossa casa, a 
morada do humano. “Nesta casa não se faz isso”, “nesta casa não se admite tal coisa.” 
Ethos também significa marca ou caracter, o mesmo sentido de característica, aquilo 
que marca, modo de ser de uma pessoa. 
Para Walker (2015), a palavra ética é originada do grego ethikós (a partir de ethos), 
cujo significado é modo de ser, o bom costume, costume superior ou portador de 
caráter. 
FIGURA 1 - ÉTHOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Hanashir et al. (2008) apontam que a ética diz respeito aos direcionamentos para a 
conduta moral humana. É comum as pessoas caracterizarem a própria conduta ou a 
conduta de outras pessoas empregando adjetivos como bom, mau, certo e errado. O 
19
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
objetivo de uma análise ética é justamente investigar o significado e escopo desses 
adjetivos atribuídos em relação à conduta humana em seu sentido fundamental e 
absoluto. 
O julgamento de um comportamento como ético ou antiético nada mais é do que a 
expressão de um sentimento humano do indivíduo diante de uma indignação com 
o comportamento alheio. Essa indignação é originada de preceitos fundamentais 
éticos, pois, segundo Vásquez (2014, p. 23), a “ética é a teoria ou ciência do comporta-
mento moral dos homens em sociedade. Ou seja, a ciência de uma forma específica 
de comportamento humano”.
Assim, Cortella (2017, p. 104) afirma que “a ética é um conjunto de princípios e valo-
res que você usa para responder a três grandes perguntas da vida humana: Quero? 
Devo? Posso?”, e a moral é a prática da resposta a essas questões. Da mesma forma, 
Kant (2001, p. 417) assevera que “a moral também pode apresentar, pelo menos em 
experiências possíveis, todos os seus princípios in concreto, juntamente com as suas 
consequências práticas, e assim evitar o mal-entendido da abstração”.
Nesse contexto, a distinção apresentada por Hanashir et al. (2008) norteiam quanto 
à apresentação dos conceitos de éticas por meio da classificação em deontológica e 
teleológica. 
1.1.1 ÉTICAS DEONTOLÓGICA E TELEOLÓGICA
Hanashir et al. (2008) e Corá e Brondani (2010) apontam que toda a teoria ética pode 
ser classificada em duas classes: a) deontológica, que estuda as regras de conduta, 
focando comportamentos específicos; b) teleológica, que estuda as consequências 
do comportamento.
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FIGURA 2 - ÉTICAS DEONTOLÓGICA E TELEOLÓGICA
Fonte: Adaptada de HANASHIR et al., 2008, p.
• Ética teleológica: o argumento básico dessa concepção ética é que o ser 
humano, pela sua própria natureza, é motivado apenas pelos seus próprios 
interesses, e estes podem ser percebidos como egoístas ou altruístas. Assim: a) 
a ética teleológica egoística considera que o que atende aos interesses próprios 
é ético, sendo válido agir nesse sentido, ainda que isso implique ultrapassar 
os direitos alheios; e b) a ética teleológica altruística, apesar de orientada por 
interesses próprios, como desejo de recompensa, evitação da culpa, felici-
dade, entre outros, visa ao bem-estar comum e considera os direitos alheios 
(HANASHIR et al., 2008, p. 81). 
• Ética deontológica: baseia-se em princípios universais, por exemplo, honesti-
dade e respeito ao direito alheio. Para esse tipo de ética, os fins não justificam 
os meios (HANASHIR et al., 2008, p. 81).
Diante dessas duas classes, é possível o seguinte questionamento: como então definir 
se um comportamento está sendo ético? 
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SUMÁRIO
A resposta é: depende! 
Para melhor visualizar a resposta “depende” (acima) em relação às duas 
classes de ética teleológica e deontológica, reflita sobre a seguinte situação 
colocada por Hanashir et al. (2008, p. 81): pense no caso de uma empresa 
que tem seus produtos maquiados, diminuindo o peso, sem avisar o cliente, 
mantendo o preço. Você diria que esse comportamento é ético? Talvez você 
responda: “Não!”. 
A empresa está agindo visando apenas a benefíciospróprios, isto é, orien-
ta-se pela consequência das suas ações. Nesse caso, age orientando-se por 
uma ética teleológica egoística. Se você não considera esse comportamento 
ético, é porque, no seu grupo social ou na sociedade em que você vive, essa 
forma de agir não é considerada moralmente correta.
Você diria que uma empresa que não tem seus produtos maquiados e que se 
orienta pelo princípio da verdade e da honestidade é ética? Se você respon-
deu “sim”, significa que, para você e para os grupos sociais dos quais você faz 
parte, esse comportamento é moralmente correto. Uma empresa que age 
dessa forma possivelmente se guia pela ética deontológica.
A ética tem a ver com a liberdade de escolha, a autonomia humana em determi-
nar como se quer conviver em sociedade. Segundo Cortella (2017), ética é uma inte-
ligência compartilhada que existe em função do aprimoramento do convívio em 
sociedade. Abrir mão da liberdade de escolha é também abrir mão da ética. O ser 
humano decide sobre sua conduta moral. O autor ainda coloca que o ser humano 
age de má-fé quando abre mão da liberdade de escolha em prol da justificativa de 
comportamentos que causam constrangimento. O constrangimento pode ser prove-
niente da questão moral. Para Nalini (2014, p. 61), “a liberdade moral é atributo real 
da vontade”.
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1.2 ÉTICA E MORAL
A ética é uma ciência por ter objeto próprio e princípios próprios. Apesar de provoca-
rem a mesma percepção, a ética e a moral não devem ser utilizadas como sinônimos, 
pois “não se deve confundir a teoria da ética com o seu objetivo: o mundo moral” 
(VÁSQUEZ, 2014, p. 23).
Para Barbieri e Cajazeira (2016, p. 91):
O adjetivo moral indica a característica de uma conduta orientada por esses 
valores e normas, qualificando-a como boa, certa, correta ou desejada. O subs-
tantivo ética indica o estudo a respeito da moral, por isso também é conheci-
do como filosofia moral ou ciência moral (BARBIERI; CAJAZEIRA, 2016, p. 91).
Nesse contexto, Nalini (2004) acrescenta que a ética é a ciência do comportamento 
moral dos homens em sociedade, é a ciência dos costumes cujo objeto é a moral. A 
expressão moral deriva da palavra romana mores e do latim moralis. 
A moral é então apresentada com o sentido de costumes, conjunto de normas adqui-
ridas pela educação, tradição, cotidiano e hábito de determinados comportamentos 
sociais. Enquanto a ética é permanente e se adéqua conforme o tempo, a moral é 
essa adequação temporal. Enquanto a ética são os princípios e valores, a moral é a 
conduta ou comportamento frente a esses princípios, ou seja, a conduta da regra. Por 
fim, enquanto a ética é a teoria, a moral é a prática. 
A ética é universal, e a moral é cultural. Todo ser humano possui a consciência moral 
que o leva a distinguir os comportamentos positivos e negativos dentro do contexto 
de uma sociedade em que está inserido.
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SUMÁRIO
FIGURA 3 - PRINCÍPIOS ÉTICOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Segundo Laissone (2017) e Laasch e Conaway (2015), alguns exemplos (não exausti-
vo) de valores e princípios éticos que norteiam a conduta humana em sociedade são:
• Justiça: tida como um dos princípios fundamentais da ética, consiste na 
conduta de dar a cada um o que lhe pertence por direito, seja bom ou mau. A 
justiça deve ser cega sem avaliar antes os destinatários.
• Honestidade: conduta de ser decente, confiante e honrado.
• Responsabilidade: outro princípio fundamental da ética. É a conduta de 
responder pelos seus atos, assumindo as consequências da liberdade de suas 
escolhas.
• liberdade: liberdade para realizar o que é necessário por meio do ofício ou 
profissão, estendendo o mesmo sentimento ao semelhante.
• disciplina: obediência às regras necessárias ao bom atendimento dos objeti-
vos sociais.
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• Respeito: atenção ao próximo, aceitando as desigualdades e percebendo os 
valores e dignidade de cada um.
• confiança: é a intenção de aceitar a manifestação, sendo a base do relaciona-
mento que origina a lealdade, integridade e sinceridade.
• Veracidade: conduta de expressar a verdade proveniente da sinceridade inte-
rior.
• transparência: impede alguma conduta de ocultação, seja ela de vantagem, 
fraqueza ou outra coisa que deveria ser de conhecimento do outro, sendo 
também relacionada à clareza, evidência, limpidez e lucidez.
• solidariedade: estender a mão diante do sofrimento do outro (LAISSONE, 
2017; LAASCH; CONAWAY, 2015).
Os valores éticos são os pilares que sustentam e norteiam os comportamentos morais. 
Segundo Laissone et al. (2017, p. 63):
Uma tipologia dos valores consiste na distinção entre valores instrumentais 
e valores finais (ou terminais). [...] os valores finais são os valores desejáveis e 
referem-se às metas que uma pessoa gostaria de atingir em sua existência. Já 
os instrumentais, contêm os valores preferenciais de comportamento ou os 
meios para se atingir os valores terminais (LAISSONE et al., 2017, p. 63).
FIGURA 4 - TIPOLOGIA DE VALORES
Fonte: Adaptada de LAISSONE et al., 2017, p. 63.
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SUMÁRIO
Como coloca Morin (2015), qualquer um dos valores pode ser problematizado, porque 
os valores são complexos. Assim, não tem como definir qual tipo de comportamento 
seria o mais correto, isso dependerá da situação vivida.
Vejamos um exemplo relacionado à disciplina. A disciplina instaurada em 
um quartel militar requer comportamentos totalmente diferentes da disci-
plina instaurada em um asilo de idosos. No primeiro, quando toca a sirene, 
todos devem se levantar e se exercitar; já no segundo, pode significar hora de 
descanso ou de fazer algumas necessidades fisiológicas. Logo, a disciplina de 
um quartel não significa nada em um asilo.
Outro exemplo seria relacionado à transparência. A transparência requer 
que aspectos do cotidiano do ser humano fiquem às claras para as pessoas, 
ou seja, esse princípio afirma que deve ser feito o que todos possam saber. 
Sigilo, por sua vez, é o inverso da transparência. Logo, a questão “que todos 
possam saber” dependerá da situação, certo?! Imagine que você trabalha em 
uma multinacional e faz parte de uma equipe que está trabalhando em um 
projeto estratégico de expansão da empresa. Essa expansão será em uma 
área que eliminará drasticamente a concorrência. Lembrando que um dos 
princípios éticos é a transparência, o que fazer? Ser fiel aos seus valores ou ser 
demitido por justa causa? Tudo é uma questão de escolha!
Assim, a liberdade de escolha pode ser também fonte de angústia para o ser huma-
no. Segundo Cortella (2017), a angústia surge quando a escolha não é fácil, não é 
tranquila. O fato de ter que tomar uma decisão causa inquietação, originando, assim, 
os dilemas éticos.
1.3 DILEMAS ÉTICOS
Os dilemas éticos, frutos da liberdade de escolha, elevam o tema para questões 
problemáticas, dignas de reflexão. Os dilemas estão relacionados às questões “quero? 
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Devo? Posso?” apresentadas por Cortella (2017). Segundo o autor, existem coisas que 
queremos, mas não devemos; coisas que devemos, mas não podemos; coisas que 
podemos, mas não queremos. O ideal seria que tudo que desejamos fosse possível e 
devido.Entretanto, as direções não são tão equilibradas assim, e toda vez que ocorre 
esse desequilíbrio, é vivido um dilema.
FIGURA 5 - DILEMAS ÉTICOS
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Abaixo, alguns exemplos que Nash (2001, p. 10) apresenta como questões que podem 
acarretar em dilemas:
• Ganância.
• Justificativa enganosa sobre produtos e serviços.
• Má qualidade.
• Favoritismo.
• Sacrifício do inocente e do mais fraco para que as coisas sejam feitas.
• Falha em denunciar a ocorrência de práticas antiéticas.
• Bajular a hierarquia da empresa em vez de fazer o trabalho bem feito.
• Fazer aliança com um parceiro questionável, mesmo que para uma boa causa.
• Corromper o processo político público através de meios legais.
• Negligência da própria família ou das próprias necessidades pessoais.
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SUMÁRIO
Vejamos o exemplo de um dilema vivido pelo rei Salomão: apresentaram-
-se duas mulheres a Salomão. Uma disse: “Senhor, eu e esta mulher habi-
távamos na mesma casa. Durante a noite, estando a dormir, sufocou o filho 
e, aproveitando-se do meu sono, pôs o meu filho adormecido junto de si e 
colocou aos meus pés o seu filho que estava morto. De manhã, olhando de 
perto para ele, vi que não era o meu filho”.
A outra mulher interrompeu: “Não, o meu filho é o que está vivo, o teu 
morreu”. A primeira replicou: “Não, o teu é que morreu. O que está vivo é 
meu”. E continuaram a disputar. Então o rei disse: “Trazei uma espada, dividi 
em duas partes o menino que está vivo e dai metade a cada uma!”. 
Cheia de amor ao seu filho, a mulher cujo filho estava vivo suplicou: “Senhor, 
peço-vos que lhe deis a ela o menino vivo e não o mateis!”. A outra, pelo 
contrário, dizia: “Não seja para mim nem para ti, mas divida-se”. Então Salo-
mão disse: “Dai à primeira o menino vivo porque é ela a verdadeira mãe”. E 
assim todo o povo de Israel soube que a sabedoria de Deus assistia ao rei 
para julgar com retidão (CONHECENDO..., [201-?]).
Por sua vez, oposto ao ético têm-se o antiético e os aéticos. O termo antiético é atri-
buído àquele que tem princípios e valores para decidir, avaliar e julgar, mas não o 
faz. Por outro lado, o aético é aquele desprovido de tudo isso, ou seja, não se apli-
ca a questão da ética como antiético (CORTELLA, 2017). Já o imoral é tudo aquilo 
que contraria o comportamento moral segundo os princípios e valores éticos, como 
exemplos a falta de pudor quando algo induz ao pecado, a indecência e a falta de 
moral. Amoral é aquela pessoa que não tem senso do que seja efetivamente moral. 
Nesse caso, a moral para esse indivíduo não é conhecida e, portanto, não leva em 
consideração preceitos morais que deveriam ser adotados.
1.4 FUNDAMENTOS DA ÉTICA
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Segundo Nalini (2004), a ética, enquanto ciência dos deveres, apresenta classificações 
fundamentais que se alinham a escolas ideológicas ou correntes de pensamento. 
Laissone et al. (2017) apontam que a diversidade da abordagem ética, atualmente, 
faz com que ela apresente diferentes critérios de classificação. Essas classificações 
são: ética empírica, ética de bens, ética formal e ética valorativa.
Para complementar seus conhecimentos sobre o tema ética, sugiro a leitu-
ra do Livro: Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável, 
especificamente os capítulos 3 – Ética e Ética empresarial e 4 – teorias 
Éticas. Esse livro foi escrito por José Carlos Barbieri e Jorge Emanuel Reis 
Cajazeira. A publicação ocorreu em 2016 pela Editora Saraiva. Os capítulos 
indicados abordam conceitos sobre ética, moral e suas teorias fundamentais, 
bem como os pensamentos de filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, 
que são os principais formuladores dessa temática. Boa leitura!
1.4.1 ÉTICA EMPÍRICA
A ética empírica é tida como aquela baseada em conhecimentos empíricos e funda-
da em princípios racionais. Nesse sentido, o Nalini (2004) e Laissone et al. (2017) 
fundamentam que os empiristas sustentam que a vida moral é a base para a condu-
ta. Os princípios disciplinadores do comportamento estão subentendidos no próprio 
comportamento. O que se deve fazer é examinar o que o homem faz ao invés de 
questionar o que ele deve fazer. Assim, o homem não deveria se comportar segundo 
as regras e sim ser como naturalmente é. 
Nesse contexto, Nalini (2004, p. 33-41) apresenta os seguintes desdobramentos da 
ética empírica:
• Ética anarquista: o anarquismo repudia toda norma e todo valor. Direito, 
moral, convencionalismo social, religião, tudo constitui exigência arbitrária, 
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SUMÁRIO
nascida da ignorância, da maldade e do medo. Assim, as leis não são legíti-
mas, sejam morais, sejam jurídicas. Em uma doutrina egoísta, prepondera a 
vontade humana, e esta varia de indivíduo para indivíduo. Apenas os fortes 
farão prevalecer sua decisão baseados em sua exclusiva vontade. O anarquista 
apresenta uma tendência hedonista em que busca prazer e evita a dor como 
lei suprema. Quando o prazer é encontrado no ato de fazer o bem ao outro, o 
essencial continua a busca pela obtenção do conforto pessoal. Assim, o egoís-
mo se disfarça de altruísmo.
• Ética utilitarista: o utilitarismo se caracteriza por considerar bom o que é útil. 
Haveria perfeita identidade entre o útil e o bom. A conduta ética desejável é 
a conduta útil. Isso satisfaria as exigências de uma explicação racional para 
a necessidade de comportamento ético? Não se mostra suficiente a respos-
ta dos utilitaristas, pois a utilidade é mero atributo de um instrumento. Uma 
faca é útil se corta, um revólver é útil se dispara. Com um ou outro se pode 
praticar o mal intenso. Basta essa constatação para se concluir que o útil não 
se confunde com o bom, ou seja, a eficácia técnica dos meios não correspon-
de ao valor ético dos fins. A eficácia da arma utilizada para abater um animal 
com enfermidade grave é a mesma que o bandido usa para abater sua víti-
ma. Em ambas as situações, os meios possuem igual eficácia, e sua utilidade 
é alheia à significação dos desígnios a que servem. Entretanto, o estudo do 
utilitarismo serve para mostrar a falácia da afirmativa “o fim justifica os meios”. 
Assim, o utilitarismo só tem sentido na vida moral se entendido como pruden-
te emprego dos meios aptos à consecução de fins moralmente valiosos. 
• Ética ceticista: o cético não acredita em nada ou desacredita de tudo. Seu 
pensamento se reduz a um pêndulo oscilando entre polos dogmáticos opos-
tos, sem se deter em qualquer deles. O cético não é o que nega, nem o que 
afirma, mas o que se abstém de julgar.
• Ética subjetivista: a manifestação mais comum da ética empírica é o subje-
tivismo. Consiste em cada qual adotar para sim a conduta ética mais conve-
niente com sua própria escala de valores. Pode se falar em subjetivismo indivi-
dualista e em subjetivismo social ou específico. De acordo com o postulado de 
que “o homem é a medida de todas as coisas, da existência das que existem e 
da não existência das que não existem”, cada homem é a medida do real. Em 
outras palavras, a verdade não é objetiva, mas há tantas verdades quanto os 
cognoscentes (pessoas que buscam ou tomam conhecimento de algo). Assim, 
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o que é verdade para um pode ser falsidade para outro. A apreensão da verda-
de varia de acordo com o sujeito.
Assim, a ética empírica se atém ao que de fato ocorre,tendo como ponto de partida 
o resultado da ação humana.
1.4.2 ÉTICA DE BENS
A ética de bens, também conhecida como ética dos fins, está relacionada à busca 
pelo bem supremo e parte de uma análise da estrutura teleológica. A existência de 
um valor fundamental deve ser a mola propulsora que motiva o caminhar da vida 
para um rumo, um objetivo. O casamento tem como objetivo a constituição da famí-
lia e vivência em plenitude do amor conjugal, perpetuando assim a espécie. O estudo 
universitário tem como objetivo o aprimoramento para o exercício de uma profis-
são compatível. Quando um bem conquistado não se torna o meio na conquista de 
outro, ele é, finalmente, o bem supremo (NALINI, 2004; LAISSONE et al., 2017).
Nesse contexto, Nalini (2004, p. 42-50) apresenta os seguintes desdobramentos da 
ética de bens:
• Eudemonismo, idealismo e o hedonismo: o eudemonismo deriva de eude-
monia – em grego, felicidade. Essa ramificação da ética tem a ventura como o 
valor supremo, ou seja, a tendência pela busca da felicidade é inata ao homem 
e, para Aristóteles, a felicidade é o bem supremo, pois não se caracteriza como 
um meio, e sim como um fim. Para o filósofo, todos os outros bens da vida 
podem ser meios para a obtenção daquela que é eternamente apetecível 
em si. O idealismo tem como finalidade última do homem a prática do bem. 
A virtude é fim, não meio. Impõe-se à criatura ser virtuosa, mesmo que essa 
virtude não lhe traga prazer algum. Para o hedonismo, a felicidade está no 
prazer, seja ele qual for – como exemplo, o prazer carnal ou a realização profis-
sional. É possível combinar formas mistas da ética de bens – como exemplo, 
o eudemonismo idealista, em que a felicidade é o único fim, mas o caminho 
para atingi-la seria a virtude. 
• Ética socrática: o pensamento socrático pode ser resumido em duas máxi-
mas: “só sei que nada sei”, ou seja, o homem deve adotar postura de humil-
dade diante do universo do saber; e, “conhece-te a ti mesmo”, ou seja, sem 
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SUMÁRIO
o autoconhecimento, ninguém pode desvendar o verdadeiro conhecimento. 
Para Sócrates (470-399 a.C.), o verdadeiro objeto do conhecimento é a alma 
humana. A verdade vive oculta no espírito humano, a missão do filósofo é 
conduzir os homens ao conhecimento, e o moralista é o parteiro da alma – ou 
seja, a bondade é o resultado do saber. Para se ter a felicidade, é necessário ser 
bom e, para ser bom, é preciso ser sábio. Com isso, não existem pessoas más, 
porque a maldade é produto da ignorância (falta de conhecimento). Portanto, 
o princípio da ética socrática é “a virtude é saber”.
• Ética platônica: na ética platônica, existe uma relação da alma com a doutrina 
da virtude. Cada parte da alma tem função especial e virtude própria. A inteli-
gência corresponde à sabedoria. O apetite e a temperança (equilíbrio, mode-
ração) correspondem à vontade e ao valor. Tais virtudes atuam em coordena-
ção, cuja harmonia constitui a justiça. Para Platão (427-347 a.C.), a justiça é a 
harmonização das atividades da alma e de suas respectivas virtudes. Assim, a 
virtude vale tanto quanto a felicidade; por isso, o idealismo moral é presente 
na ética platônica. Para Platão, a ética é um aspecto da filosofia prática; o outro 
aspecto é a política. Com isso, a questão moral se torna coletiva, e não apenas 
individual, cabendo, assim, ao Estado a formação espiritual do homem como 
instituto de educação, cuja finalidade é conduzir os indivíduos ao conheci-
mento e à prática das virtudes que deverão torná-los felizes. 
• Ética aristotélica: Para Aristóteles (384-324 a.C.), a finalidade da ética é o bem 
absoluto que está no exercício firme e constante da virtude. Assim, a virtude 
aqui significa a ação e é obtida mediante o exercício diário, como um hábito. 
A prática da virtude leva o homem a ser virtuoso. As virtudes morais consistem 
no justo meio, que evita os excessos. Superior às virtudes éticas são as virtu-
des dianoéticas (sabedoria, contemplação). Para Aristóteles, a virtude é o justo 
meio entre dois vícios extremos. Exemplo: a temperança é o meio-termo entre 
o desenfreio e o embotamento (enfraquecer), entre a temeridade e a covardia.
• Ética epicurista: Para Epicuro (341-270 a.C.), a felicidade é o bem último da 
existência e consiste no prazer mediante inúmeros gozos, tendo como o mais 
elevado o prazer do espírito. Para esse filósofo, os prazeres, além de serem 
corporais e espirituais, violentos e serenos, podem ser classificados como: natu-
rais e necessários (satisfação moderada do apetite); naturais e não necessários 
(gula); nem naturais, nem necessários (glória). O ser humano deveria renegar 
os prazeres não naturais e não necessários – como o excesso de bens e glórias – 
e limitar os naturais e não necessários – como a gula e a embriaguez. A virtude 
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aqui é a prudência que orientará o homem na escolha do melhor caminho. 
Na ética epicurista, existe um sentido individualizado e egocêntrico em que 
a conduta é um problema pessoal, e não coletivo, pois ao sábio interessa seu 
bem-estar e sua virtude, não os dos outros. Existe aqui certo utilitarismo, em 
que a justiça é o fruto de um pacto de utilidade, ou seja, cada indivíduo desis-
te de molestar os demais em troca de também não ser molestado. Assim, o 
Estado entra para punir aqueles que infringem esse contrato social. Conclui-se 
então que a ética epicurista é um eudemonismo hedonista, além de ser indi-
vidualista e egoísta.
• Ética estoica: a virtude é o supremo bem dessa ética idealista, em que viver de 
acordo com a natureza é virtuoso, ou seja, devem-se desejar as coisas como 
elas são, e não como gostaria que fosse. O homem deve agir com apatia (indi-
ferença) em um mundo regido por uma ordem universal e predeterminada 
em que tudo se repete – tudo nasce e morre em um ciclo inalterado. A nature-
za é concebida pela razão, e o homem é provido pela razão. Entretanto, pato-
logias humanas existem na ética estoica em que o homem tende a ter inclina-
ções afetivas. Um dos ideais dessa ética é fazer com que o homem se liberte 
das afeições e se desligue do mundo exterior até atingir a apatia. Com isso, o 
prazer deve ser evitado, pois pertence às afeições. A virtude aqui é autárquica, 
autossuficiente. O verdadeiro sábio nela encontra defesa para as angústias do 
mundo exterior e dela extrai sua força.
Assim, a ética dos bens se atém à relação estabelecida entre o procedimento indivi-
dual e o bem supremo.
1.4.3 ÉTICA FORMAL
Para Kant (2001), o significado da moral do comportamento está na pureza da vonta-
de e na retidão dos propósitos, e não nos resultados externos.
A boa vontade não é boa pelo que efetue ou realize, não é boa por sua 
adequação para alcançar algum fim que nos tenhamos proposto; é boa só 
pelo querer, quer dizer, é boa em sim mesma. Considerada por si mesma, é, 
sem comparação, muitíssimo mais valiosa do que tudo aquilo que por meio 
dela pudéssemos realizar em proveito ou graça de alguma inclinação e, se se 
quer, da soma de todas as inclinações (NALINI, 2004, p. 51).
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SUMÁRIO
Para Nalini (2004) e Laissone et al. (2017), o objetivo de Kant era demonstrar a contro-
versa das doutrinas morais de base empírica e dar à ética um fundamento racional. 
Para isso, o autor apresenta alguns conceitos para a ética formal de Kant, como segue 
(NALINI, 2004, p. 51-54):
• boa vontade: antes, a moral era avaliada pelos resultados das ações humanas; 
a partir de Kant, passa a valera atitude interior da pessoa. O centro da vida 
moral é a pureza das intenções. Boa vontade aqui se define por “aquela que 
obra não só conformemente ao dever, senão também por dever”. Assim, as 
atitudes das pessoas diante da moral podem ser: 1) ações conformes com o 
dever, mas que não são realizadas por dever; 2) ações realizadas por dever; 3) 
ações contrárias ao dever. Exemplo: conservar a vida é um dever. Se preocupar 
só com isso, a conduta fica reduzida à significação da moral. Atentar contra a 
vida é descumprir o dever, mas, se alguém sem apego à vida, mesmo desejan-
do morrer, decide preservá-la, sua conduta coincide externa e internamente 
com a lei moral e possui valor moral pleno.
• imperativos: divide-se em: a) imperativo categórico, que impõe uma conduta 
por si mesma, cuja máxima é “age só segundo uma máxima tal que possas 
querer ao mesmo tempo que se torne lei universal”, ou seja, a pessoa deve agir 
espontaneamente, com ação produzida pela sua vontade, e não pela vontade 
alheia; e b) imperativo hipotético, que ordena comportamento como meio 
para atingir uma finalidade. Exemplo: deves amar seus pais (imperativo cate-
górico); se queres ir de um ponto ao outro pelo caminho mais curto, deves 
seguir a linha reta (imperativo hipotético).
• autonomia e heterônoma: para Kant (2001), somente tem valor ético a condu-
ta autônoma fruto da vontade do agente. Já a conduta heterônoma prove-
niente da vontade alheia é desprovida de valor moral. “A dignidade humana 
exige que o indivíduo não obedeça mais normas do que as que ele mesmo se 
autoimpôs, usando de seu alvedrio (arbítrio). Receber a lei do exterior equivale 
a renunciar à capacidade de autodeterminação normativa e implica o aban-
dono de um dos atributos da personalidade em sentido ético” (NALINI, 2004, 
p. 51-54).
1.4.4 ÉTICA DOS VALORES
34
Ética, Responsabilidade social e ambiental 
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Para Kant (2001), o valor moral de uma ação está na relação da conduta com o prin-
cípio do dever; para a filosofia valorativa, o valor moral se fundamenta em um valor, 
ou seja, só deve ser um dever aquilo que é fundamentado em um valor, que é valioso, 
e tudo que é valioso deve se tornar um dever. Aqui, o conceito de valor é o conceito 
ético essencial.
“A filosofia valorativa separa cuidadosamente o problema da intuição dos valores – 
que é epistemológico [filosofia da ciência] – daquele da existência do valor – que é 
ontológico [investiga a natureza da realidade e da existência]” (NALINI, 2004, p. 55). 
Nesse contexto, as coisas são vistas pelo que efetivamente valem e, por valerem algo, 
elas devem se tornar um dever. Por exemplo, são os valores que norteiam a Constitui-
ção brasileira, trançando as diretrizes e prioridades, pois o dever encontra-se fundado 
em valores, pois “nenhuma sociedade pode sobreviver sem um código moral funda-
do em valores compreendidos, aceitos e respeitados pela maioria de seus membros” 
(MONOD apud NALINI, 2004, p. 55).
Kant foi um filósofo alemão do século XVIII e um dos principais pensadores 
do período moderno da filosofia. Abordou questões que abrangiam desde a 
moralidade até a natureza do espaço e do tempo. É reconhecido por promo-
ver a reunião conceitual entre o racionalismo e o empirismo, reunindo, assim, 
o potencial da razão humana e a relevância da experiência no processo de 
produção do conhecimento.
1.5 TIPOLOGIA DA ÉTICA
Segundo Laissone et al. (2017, p. 10), a ética possui algumas tipologias. Vejamos as 
seguintes:
• Ética filosófica: reflete sobre o significado do ser ético. A questão fundamental 
que se coloca aqui é “o que significa ser ético?”.
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
• Ética religiosa: faz o confronto entre ética e religião e vice-versa. 
• Ética cristã: reflete sobre o agir cristão e sobre a identidade ou originalidade 
cristã. 
• Ética social: reflete sobre o agir da sociedade, o ordenamento das instituições 
sociais, e se corresponde aos padrões éticos. 
• Ética sexual: reflete sobre os aspectos da ética que dizem respeito a ques-
tões da sexualidade humana, incluindo o comportamento sexual humano. 
Em termos gerais, a ética sexual diz respeito à conduta humana em relação 
a questões de consentimento, das relações sexuais antes do casamento ou 
quando casado (tais como a fidelidade conjugal, sexo antes do casamento e 
sexo fora do casamento). 
• Ética profissional: reflete sobre o agir deontológico (deveres) e diciológico 
(direitos) na profissão. 
• Ética econômica: reflete sobre o agir econômico, o bom andamento ou funcio-
namento da economia. 
• Ética política: reflete sobre a conduta e o agir político (LAISSONE et al., 2017, 
p. 10).
Por ser um campo do conhecimento, a ética apresenta subdivisões relacionadas aos 
diferentes critérios, como apresenta o quadro a seguir:
QUADRO 1 - SUBDIVISÕES DA ÉTICA
ÉTICA DESCRIÇÃO
Ética normativa
Procura oferecer respostas a questões morais, questões de ordem prática 
que ocorrem a todo momento e a todas as pessoas, grupos e organizações. 
Dar ou não esmola a uma criança pedinte no semáforo, comercializar ou não 
produtos que já foram banidos em vários países por fazer mal à saúde e que 
ainda não o foram em nosso país, lançar ou não um produto cujos impactos 
ambientais ainda não estão suficientemente conhecidos são exemplos de 
questões morais, pois afetam pessoas, grupos sociais e o meio ambiente. 
Diante de questões morais, as pessoas perguntam-se o que devem fazer, o 
que é certo ou qual a ação correta entre possíveis alternativas – famosos dile-
mas éticos.
Ética aplicada
É a aplicação de preceitos morais em termos práticos em áreas de atividades 
específicas, como ética profissional, ambiental, bioética e ética empresarial 
ou dos negócios.
Metaética
É o estudo da ética, a elaboração teórica sobre questões que ela suscita, como 
o significado das normas morais, como elas surgem, por que as pessoas as 
aceitam, quais as justificativas para os juízos morais, entre outras.
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
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Fonte: Adaptado de BARBIERI; CAJAZEIRA, 2016, p. 92.
De acordo com Cortella (2017, p. 102), a ética é “o que marca a fronteira da nossa 
convivência. [...] é aquela perspectiva para olharmos os nossos princípios e os nossos 
valores para existirmos juntos [...] é o conjunto de seus princípios e valores que orien-
tam a conduta”. 
Assim, a ética, hoje, é compreendida como o estudo do comportamento moral e moral 
como o exercício prático da conduta, ou seja, como a conduta esperada das pessoas, 
para uma boa convivência, como resultado de regras morais comportamentais.
CONCLUSÃO
Esta unidade teve como objetivo apresentar uma introdução sobre ética e sobre o 
comportamento moral com o intuito de diferenciar tais definições. Para isso, foram 
apresentados conceitos sobre ética, moral, fundamentos éticos, bem como suas tipo-
logias e dilemas.
Nesta oportunidade, pôde-se concluir que o ser humano é livre para adotar compor-
tamentos que podem ser classificados como morais, imorais ou amorais. Tais compor-
tamentos são exteriorizados sob os princípios e valores éticos, que também podem 
ser tidos como éticos, antiéticos e aéticos. Essa análise depende da época e da cultu-
ra social.
A conduta humana centrada por princípios instituídos pela sociedade permite que 
a convivência seja possível, uma vez que se almeje o bem comum. Assim, cada um é 
livre para escolher qual conduta deve adotar. Essa liberdade pode levar o ser humano 
a possíveis dilemas éticos que precisam ser administrados.
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
UNIDADE 2
> Descrever os elementos 
contextuais de uma 
gestão responsável.
> Analisar o local de 
trabalho dentro dos perfis 
de orientação pela missão 
e valores organizacionais.
> Explicar a diferença entre 
fatores motivadores e 
obstáculos à gestão 
responsável.
> Descrever as funções do 
gestor em um processo 
da gestão responsável.
> Avaliar um processo de 
gestão responsável.
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
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2 GESTÃO RESPONSÁVEL
Olá! Nesta unidade, trabalharemos alguns conceitos sobre a gestão responsável e 
seus impactos para o meio ambiente e para sociedade. Atentar para a importância 
de uma gestão responsável é reconhecer que é preciso mudar, e ações responsáveis 
precisam ser adotadas buscando-se disseminar uma consciência que irá impactar a 
nossa geração e gerações futuras. Esperamos que esta unidade seja capaz de provo-
car a reflexão sobre a importância da gestão responsável. Trabalharemos conceitos 
relevantes sobre o contexto, os fundamentos e o processo em que ocorre a gestão 
responsável. Assim, ao final da unidade, você terá conhecido abordagens no intuito 
de compreender que tal mudança é possível. Espera-se que esses conhecimentos 
sejam capazes de proporcionar uma postura crítica sobre o tema.
INTRODUÇÃO
A gestão responsável tem sido o grande desafio para os gestores no ambiente empre-
sarial – e paulatinamente podemos perceber uma grande movimentação nesse senti-
do. As empresas se conscientizaram sobre grandes impactos da exploração econômi-
ca destruírem os ambientes em que vivemos. Eventos como catástrofes ambientais, 
extinção de espécies raras, redução da água e o grande volume de lixo produzido 
condenam nossa geração e as gerações futuras. 
Uma atitude responsável e imediata é imprescindível, e cabe às empresas a maior 
parte dessa responsabilidade. É preciso que os recursos sejam usados com inteli-
gência e consciência, ou seja, com responsabilidade para com o meio ambiente e a 
sociedade. 
Por outro lado, as empresas já entendem que, por meio de uma gestão responsável, é 
possível serem competitivas no mercado, pois os consumidores estão mais atentos às 
questões responsáveis e dão preferência para empresas que também se preocupam 
com a sociedade e o meio ambiente. Com clientes mais bem informados, a escolha 
por consumo de determinados produtos representa a consciência em fazer parte de 
uma causa maior – responsabilidade social e ambiental.
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SUMÁRIO
Portanto, o conteúdo desta unidade abordará aspectos relacionados aos conceitos 
fundamentais sobre a gestão responsável, seu contexto, fundamentos e processo. 
Assim, esse conteúdo permitirá que você reúna bases elementares que irão lhe dire-
cionar no desenvolvimento, avaliação e conscientização para a necessidade de ações 
mais responsáveis no dia a dia. 
2.1 GESTÃO RESPONSÁVEL
Há algum tempo, o tema gestão responsável (GR) e desenvolvimento responsável 
(DS) vem ganhando espaço nas discussões mundiais, figurando, por exemplo, como 
tema principal na Conferência da ONU, em 2015, em que os objetivos de desenvolvi-
mento sustentável (ODS) foram ratificados por 193 Estados-membros como parte de 
um plano de ação chamado Agenda 2030. Entretanto, essa evolução nem sempre foi 
o foco das organizações.
Para Barbieri e Cajazeira (2016), sob aspectos empresariais, a palavra responsabilidade 
é mais do que responder pelo desempenho apresentado, função exercida ou poder 
investido. A responsabilidade empresarial vai além e apresenta a ideia de responder 
pelas ações executadas pela empresa diante de sua capacidade de fazer escolhas.
A liberdade de escolha é uma questão que pode resultar em dilemas éticos enfren-
tados diariamente pelos responsáveis de uma empresa quando se deparam com a 
necessidade de desenvolvimento organizacional (CORTELLA, 2017). 
E o que seria, então, o desenvolvimento organizacional responsável?
Segundo a primeira-ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, o desenvolvimen-
to organizacional responsável é o desenvolvimento sustentável, ou seja, aquele que 
permite sobreviver sem comprometer a sobrevivência do próximo (NAÇÕES UNIDAS 
BRASIL, 2019). 
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
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No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambien-
tais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem 
brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvol-
vimento para estudar o assunto. O documento final desses estudos chamou-se 
nosso Futuro comum, também conhecido como Relatório Brundtland.
Apresentado em 1987, o relatório propõe o desenvolvimento sustentável. Abai-
xo partes do relatório sobre o tema:
“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessi-
dades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender 
suas próprias necessidades.”
“Um mundo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas estará sempre 
propenso a crises ecológicas, entre outras… O desenvolvimento sustentá-
vel requer que as sociedades atendam às necessidades humanas tanto pelo 
aumento do potencial produtivo como pela garantia de oportunidades iguais 
para todos.”
“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos 
padrões de consumo de energia… No mínimo, o desenvolvimento sustentável 
não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a 
atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos.”
“Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no 
qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orien-
tação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em 
harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e 
necessidades humanas” (NAÇÕES UNIDAS BRASIL, 2019).
Tal afirmativa evidencia uma necessidade implícita de adequação na forma de gestão 
das organizações. Mas como, então, sair de um modelo totalmente lucrativo para um 
modelo lucrativo e responsável? Para responder a essa questão é necessário entender 
o contexto.
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
2.1.1 O CONTEXTO DA GESTÃO RESPONSÁVEL
A gestão responsável nem sempre foi uma preocupação organizacional. Anterior-
mente, as funções de planejar, orientar e conduzir sofreram as primeiras influências 
originadas das ciências econômicas, com os fatores de produção: natureza, capital e 
trabalho; e, da Revolução Industrial, com os avanços tecnológicos que transformaram 
os processos produtivos (ANDRADE; AMBONI, 2011).
O modelo de gestão tradicional era norteado por objetivos como o controle, a previ-
sibilidade e a produtividade (PRIM et al. 2008). Em um primeiro momento, predo-
minou o pensamento científico clássico, que se apoiava nos paradigmas mecanicis-
ta, determinista, reducionista e de análise. Entretanto, a própria ciência propiciou 
a superação desses paradigmas mediante uma nova visão de mundo por meio do 
pensamento sistêmico e, posteriormente, do pensamento complexo (BAUER, 1999; 
MORIN, 2014). 
Entretanto, o contexto atual vivido pelas organizações exige que mudanças no mode-
lo de gestão ocorram para que se tenha competitividade. Surge, então, a gestão 
responsável (GR) em oposição à gestão tradicional.Enquanto o “paradigma da gestão tradicional” teria características como a 
busca da maximização do lucro, o crescimento (receitas, mercado e consumo) 
como premissa do negócio, o foco no curto prazo e nos aspectos econômicos 
e a priorização dos interesses dos acionistas, no “paradigma da GR” prevalece-
riam a busca por otimização do lucro – ao contemplar os interesses dos dife-
rentes stakeholders organizacionais –, o objetivo de um volume ótimo (crescer, 
manter ou encolher o negócio), a identificação dos impactos do negócio no 
longo prazo e um balanceamento entre os aspectos econômicos, sociais e 
ambientais (triple bottom line) do negócio (HOURNEAUX JUNIOR; CALDANA, 
2017, p. 174).
Assim, o chamado paradigma da gestão responsável tem como campo de interesse a 
sustentabilidade, a responsabilidade e a ética – e é premente (urgente) a abordagem 
desse tema (GR) pelas organizações. Entretanto, é sabido que tal abordagem irá se 
diferenciar segundo os elementos contextuais; as tendências e motivações; os obstá-
culos, fatores inibidores e críticas (LAASCH; CONAWAY, 2015).
2.1.1.1 ELEMENTOS CONTEXTUAIS
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Conhecer os elementos contextuais é fundamental para que o gestor responsável 
desempenhe seu papel. Esses elementos variam conforme o campo de interesse e os 
stakeholders ou os atores setoriais envolvidos. 
2.1.1.2 TEMAS E CAMPO DE INTERESSE
Laasch e Conaway (2015) apontam diversos temas a serem tratados, que podem ser 
consolidados em três principais campos de interesse que se influenciam diretamen-
te: sustentabilidade, responsabilidade e ética. Esses campos inter-relacionados são 
apresentados no quadro a seguir.
QUADRO 2 - CAMPOS DE INTERESSE DA GESTÃO RESPONSÁVEL
ESFERA DESCRIÇÃO
sustentabilidade (tbl)
Geralmente está relacionada às questões sociais, ambientais e econô-
micas que ameaçam o bem-estar ou até mesmo a sobrevivência das 
gerações atuais e futuras.
Por exemplo: tais questões sistêmicas incluem o aquecimento global, 
que, em um nível empresarial, é traduzido como o gerenciamento de 
gás carbônico (CO2), a crise global da água, a degradação dos ecos-
sistemas importantes para a sobrevivência e o excesso de população 
do planeta. Em nível empresarial, essas questões são frequentemen-
te traduzidas como TBL – Triple Bottom Line, englobando os desem-
penhos nas dimensões social, ambiental e econômica. Além dessas 
questões, têm-se pobreza, forme e perdas da biodiversidade.
Responsabilidade 
(stakeholders)
Tem como função crucial a relação com os vários grupos que afetam 
ou são afetados por um empreendimento, os stakeholders (ou partes 
interessadas).
Por exemplo: a área de normas trabalhistas está preocupada com 
o relacionamento com os funcionários; a dos direitos do consumi-
dor, com os consumidores; e a de práticas de logística integrada, com 
fornecedores. Cada uma é um importante grupo de stakeholders. 
Outros temas pertinentes: bem-estar em comunidade, boa cidada-
nia e respeito às leis.
Ética 
(dilema moral)
Relaciona-se à tomada da decisão certa em situações em que existe 
um dilema e refere-se às correntes de filosofia moral. 
Exemplos: o tema sobre direitos humanos e naturais está altamente 
relacionado à filosofia da ética dos direitos e justiça; a governança 
corporativa gira em torno de dilemas como o dilema do principal 
agente, cujos interesses devem ser protegidos (se os do proprietá-
rio ou dos gestores da empresa); concorrência leal; corrupção; ética 
empresarial.
Fonte: Adaptado de HOURNEAUX JUNIOR; CALDANA, 2017, p. 174.
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SUMÁRIO
As interações existentes entre os campos podem ser verificadas, por exemplo, quan-
do se utiliza a governança corporativa. Esse é um item relacionado à ética e gira em 
torno dos dilemas morais de uma organização em gerenciar os interesses que devem 
ser protegidos. Quando se fala de interesses, referencia-se aos stakeholders que estão 
no campo da responsabilidade. 
Outro exemplo seria a pobreza: esta perpassa pelas três dimensões, ou seja, além de 
representar uma questão sustentável, a pobreza afeta as futuras gerações, portan-
to, é também uma questão de responsabilidade. Assim, não tem como falar de um 
campo sem afetar ou interagir diretamente com o outro. 
2.1.1.3 STAKEHOLDERS OU ATORES SOCIAIS
Os atores sociais são agentes operando em todos os campos da gestão responsável 
em conjunto com a empresa. Isso permite concluir que as empresas não são, por si 
só, as únicas responsáveis pelos problemas apresentados nos três campos da gestão 
responsável (LAASCH; CONAWAY, 2015). Esses atores possuem poderes diferenciados 
de atuação e são representantes do setor empresarial, governamental e da sociedade 
civil, como mostra a a figura a seguir..
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FIGURA 6 - ATORES SETORIAIS E RESPECTIVOS NÍVEIS DE ATUAÇÃO
Governo
• Leis
• Políticas públicas
• Infraestrutura
Negócios
• Velocidade
• Financiamento
• Globalização
Sociedade civil
Temas de 
gestão
responsável
• Votação
• Poder de muitos
• ativismo
Fonte: LAASCH; CONAWAY, 2015, p. 5.
Os atores governamentais são responsáveis pela legislação, políticas e infraestrutura. 
Entretanto, em questões urgentes esses atores possuem uma limitação para tomada 
de decisão (LAASCH; CONAWAY, 2015). 
Líderes de negócios e de governos agora reconhecem que governos sozinhos 
não podem resolver os problemas da pobreza e da degradação ambiental. O 
dedo da culpa pelo estado em que o mundo se encontra hoje, no fim do sécu-
lo XX, não pode ser apontado a um único sistema político, a um único setor 
industrial ou a uma única filosofia (MCINTOSH et al., 2001, p. 17).
Os atores da sociedade civil são influenciadores diretos dos outros dois. Com seu 
poder de voto e de escolha, são esses atores que decidem qual governo eleger, o 
produto de qual empresa comprar, e para qual empresa trabalhar. Enquanto ativis-
tas, esses atores podem se posicionar a favor ou contra alguns negócios. Geralmen-
te, um dos enfraquecedores da força desses atores é a falta de organização e união 
(LAASCH; CONAWAY, 2015).
Os atores de negócios são fortes influenciadores em sua área de atuação. Quando 
rentáveis, representam uma boa fonte de financiamento para solução de problemas 
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urgentes, de forma local ou global. Entretanto, a finalidade de obtenção de lucro 
pode ser um motivador para que tais atores se abstenham de atuar na solução de 
problemas não rentáveis (LAASCH; CONAWAY, 2015).
A palavra stakeholder tornou-se comum nos textos administrativos brasilei-
ros a partir de meados dos anos 1990 [...]. Stakeholder indica alguém que tem 
direitos em um negócio ou empresa, ou que nela participa ativamente ou está 
envolvido de alguma forma. O uso dessa palavra nas áreas de administração e 
responsabilidade social empresarial expandiu-se com as obras de Freeman do 
início da década de 1980. Esse autor informa que a palavra stakeholder, que 
aparece pela primeira vez nessas áreas em um memorando interno do Stanford 
Research Institute, de 1963, passou a ser usada em planejamento corporativo, 
teoria organizacional, teoria dos sistemas, responsabilidade social e estratégia 
empresarial (BARBIERI; CAJAZEIRA, 2016, p. 43).
2.1.1.4 LOCAL DE TRABALHO DOS GESTORES 
RESPONSÁVEIS
O ambiente de trabalho é fator decisivo para o estilo de atuação de um gestor respon-
sável. A missão e os valoresorganizacionais influenciam diretamente e permitem 
uma classificação do negócio sobre a perspectiva da gestão responsável. 
Segundo Rezende (2008, p. 42), a missão “é a descrição de forma diferenciada do 
negócio ou atividade da organização. Está relacionada ao propósito, a razão, a função, 
a finalidade, o encargo, a incumbência ou o ofício da organização”. 
Quanto aos valores, eles correspondem àquilo em que a organização acredita e busca 
praticar. São princípios organizacionais aos quais se atribui valor e respeito, poden-
do ser expressos por meio de convicções éticas e crenças. Esses princípios nortea-
rão os comportamentos, atitudes e decisões das pessoas que, no exercício de suas 
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responsabilidades e na busca de seus objetivos, estejam executando a missão orga-
nizacional em direção à sua visão (ANDRADE, 2012).
Sendo assim, segundo a missão e valores organizacionais, Laasch e Conaway (2015) 
apresentam quatro tipos diferentes de organizações nas quais os gestores responsá-
veis atuam, como na figura abaixo.
FIGURA 7 - ORGANIZAÇÕES CLASSIFICADAS PELA MISSÃO E VALORES
Negócio não
Responsável
Negócio 
Responsável
Negócio Social Fundação empresarial
Fonte: Adaptada de LAASCH; CONAWAY, 2015, p. 7.
Segundo Laasch e Conaway (2015): 
• O negócio não responsável tem sua missão voltada para o lucro apenas para 
reinvestimento no negócio. Nesse ambiente o gestor responsável pode agir 
como agente de mudança de forma a direcionar a filosofia da empresa para 
ações mais responsáveis.
• O negócio responsável é aquele que, além de focar nos lucros, visa gerar valo-
res internos e externos de forma que todos os stakeholders sejam beneficia-
dos. Nessa organização, o gestor responsável tem espaço para atuar de forma 
que a empresa faça seus investimentos cada vez mais de forma responsável.
• O negócio social apresenta uma forte missão filantrópica visando basicamen-
te aos valores externos, no entanto, esse tipo de negócio também busca a 
rentabilidade para se manter em longo prazo. Os gestores responsáveis, nesse 
contexto, devem buscar a maximização dos valores externos para cobrir os 
custos internos.
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SUMÁRIO
• Por fim, a fundação empresarial se caracteriza por ser essencialmente filan-
trópica. Consome seus recursos oriundos dos fundos destinados a ações e 
causas claramente direcionadas ao bem comum e não visa ao lucro. Os gesto-
res responsáveis investem os recursos visando ao maior retorno social possível.
O social emerge para as empresas como um novo e promissor campo de opor-
tunidades onde elas poderão obter mais competitividade através da agrega-
ção de valor social aos seus negócios. O novo paradigma engloba a busca de 
solução de problemas sociais, empenho na melhoria da qualidade de vida e 
apostas significativas de cidadania (NASCIMENTO, 2002, p. 24).
2.1.1.5 TENDÊNCIAS E FATORES MOTIVADORES
O foco da sociedade está mudando, e, com ele, a necessidade de as empresas se 
adequarem. Os clientes buscam por ações que sejam revertidas para o bem comum. 
As empresas perceberam que atuar de forma responsável não é mais uma opção, ou 
um diferencial, e sim um pré-requisito (MARQUES, 2001). 
Tachizawa e Rezende (2000, p. 14) colocam que “os novos tempos se caracterizam 
por uma rígida postura dos clientes voltada à expectativa de interagir com organiza-
ções que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado e que atuem de 
forma ecologicamente responsável”.
Com isso, novas tendências surgem como soluções estratégicas de manter a compe-
titividade das organizações. Além de atender a necessidades e desejos, os produtos 
e serviços prestados precisam ter algo mais, que efetivamente desperte o interesse 
de forma consciente do cliente. As figuras a seguir apresentam alguns exemplos de 
tendências sustentáveis que estão ganhando destaque.
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
FIGURA 8 - IT VERDE
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
A tecnologia da informação Verde ou apenas ti Verde (do inglês, Green it) pode ser 
definida como o estudo e a prática de projetar, produzir, utilizar e descartar compu-
tadores, servidores e subsistemas associados – tais como monitores, impressoras, peri-
féricos de armazenamento e sistemas de rede e comunicação – eficiente e eficaz-
mente com o mínimo ou sem impacto ao meio-ambiente. A TI Verde também luta 
para atingir a viabilidade econômica e melhorar o uso e o desempenho dos sistemas, 
respeitando as responsabilidades sociais e éticas. Portanto, ela inclui as dimensões de 
sustentabilidade ambiental, eficiência energética e custo total de propriedade, que 
inclui o custo de descarte e reciclagem. Em outras palavras, é o estudo e a prática de 
utilizar os recursos computacionais de forma eficiente (LUNARDI et al. 2014, p. 6). 
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
SUMÁRIO
FIGURA 9 - CARRO ELÉTRICO
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2019.
Nos últimos anos, um dos setores industriais que mais deu saltos importantes em 
matéria de sustentabilidade foi o automobilístico. Entre os principais avanços estão a 
concepção de veículos mais econômicos, menos poluentes, mais seguros e confortá-
veis; e um exemplo é a melhoria média de 12% da eficiência energética dos veículos 
nos últimos cinco anos.
No estudo indústria automobilística e o desenvolvimento sustentável, que integra 
a série de 14 publicações setoriais do projeto CNI Sustentabilidade, da Confederação 
Nacional da Indústria, o segmento destaca o papel do programa Inovar Auto, criado 
em 2012, que contribuiu para que dez novas unidades industriais fossem instaladas 
no país e estimulou a inovação em produtos e processos. Além disso, o segmento 
também ressalta a entrada de novas fases de emissões estabelecidas pelo Programa 
de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proncove), que exige mais 
aperfeiçoamentos tecnológicos para redução das emissões de gases de efeito estufa 
(RODRIGUES, 2018).
Segundo Laasch e Conaway (2015), existem alguns motivadores que impulsionam as 
empresas rumo a inovações de produtos e serviços mais responsáveis. Para os auto-
res, esses motivadores podem ser agrupados em cinco categorias, como segue:
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Ética, Responsabilidade social e ambiental 
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• desejo e necessidade dos stakeholders: considera-se o aumento das expec-
tativas dos clientes em relação aos serviços e produtos da empresa no que se 
refere ao envolvimento da marca com negócios responsáveis.
• novos mercados: nessa categoria as empresas estão atentas às tendências 
ditadas pelos consumidores ligadas ao estilo de vida simples e solidária, 
compras motivadas para ajudar causas sociais e o consumismo responsável 
para gerar vantagem competitiva.
• convergência da crise global: nesse item considera-se importante os gestores 
responsáveis conhecerem como contribuir com temas como biodiversidade 
(conjunto de espécie de seres vivos existentes na biosfera); bioética (estudos 
científicos com a utilização de seres vivos em experimentos); sustentabilidade 
e outros desafios motivadores de crises globais.
• internet e transparência: a conectividade faz com que comunidades inteiras 
de clientes tenham um parecer sobre a reputação da organização. Com isso, 
ter uma imagem responsável e efetivamente executar ações nesse sentido

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