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ANA LUISA ARRABAL DE ALMEIDA – VET123 -O SNA, também denominado visceral, vegetativo ou involuntário, conduz todos os impulsos do sistema nervoso central (SNC) e apresenta ação integradora sobre a homeostase corporal, regulando a atividade de estruturas fisiológicas que não estão sob controle voluntário como o sistema musculoesquelético. Pode ser dividido em simpático, parassimpático e entérico. -A compreensão da anatomia e da fisiologia do SNA torna-se fundamental para a previsão dos efeitos farmacológicos e dos efeitos colaterais desses medicamentos em animais. -Funções do SNA: • Ação integradora sobre a homeostase corporal: controle das funções viscerais, como pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade do trato gastrointestinal (TGI) e a secreção de glândulas endócrinas. -O SNA é composto por centros de controle e reguladores e rede periférica de fibras aferentes e eferentes. Entre os centros de controle estão: • Hipotálamo; • Núcleos do tronco encefálico; • Centros medulares. -Diferença anatômica: neurônio pré- ganglionares – são fibras eferentes com origem no sistema nervoso central (SNC) e geralmente são mielinizadas. As fibras eferentes são compostas por dois neurônios: pré-ganglionar e pós- ganglionar. A fibra pré-ganglionar faz sinapse em um gânglio autônomo que se localiza externamente ao SNC e contém as terminações nervosas das fibras pré- ganglionares e os corpos celulares das fibras pós-ganglionares, geralmente não mielinizadas e maiores. -O SNA é ainda dividido estruturalmente e funcionalmente em SIMPÁTICO ou adrenérgico e PARASSIMPÁTICO ou colinérgico, classificação que faz referência aos neurônios que liberam adrenalina e acetilcolina, respectivamente. -Consiste em cadeias de gânglios simpáticos paravertebrais. Os gânglios simpáticos consistem em pares que se localizam em ambos os lados da coluna vertebral, formando as cadeias laterais. -Origem: coluna torácica e lombar – pela localização das saídas das fibras simpáticas, este sistema também é chamado de toracolombar. -Neurônios pré-ganglionares: fibra curta. O SNA simpático está relacionado ao estímulo de luta ou fuga. -Os receptores adrenérgicos podem ser α ou β – ambos reconhecem noradrenalina e adrenalina. -Em geral, ativação do sistema simpático, após situações de estresse, raiva ou medo, torna-se elevada e prepara o organismo para um estado de pronta ativação, característica de respostas tipo “luta ou fuga”. Nestas situações, o sistema simpático da adrenal também pode ser ativado. Deste modo, os batimentos cardíacos são acelerados, a pressão sanguínea é aumentada como resultado do redirecionamento do fluxo sanguíneo, contrário à pele e à região esplâncnica, a glicose sanguínea é elevada, bronquíolos e pupilas se dilatam, além da piloereção. -Os neurônios pré-ganglionares são caracteristicamente de fibra longa com origem no tronco encefálico e medula espinhal sacral (S2 a S4). O sistema nervoso parassimpático está relacionado a manutenção da energia e função orgânica durante períodos de atividade mínima. -A ativação do fluxo simpático inclui redução nos batimentos cardíacos e pressão sanguínea, ativação de movimentos peristálticos e esvaziamento da bexiga urinária e do reto. Além disso, glândulas lacrimais, salivares e células mucosas são ativadas; também ocorre constrição bronquiolar. -Receptores alvo: colinérgicos muscarínicos. -Neurotransmissor do sistema colinérgico que é liberado por todas as fibras pré-ganglionares do SNA, fibras pós-ganglionares parassimpáticas que se dirigem ao órgão efetor, além de algumas fibras simpáticas de vasos sanguíneos em músculos esqueléticos. -Muscarínicos: são os receptores efetores do SNA parassimpático acoplados à proteína G. Cinco subtipos desses receptores foram detectados por clonagem molecular: M1, M2, M3, M4 e M5. Os 3 primeiros são farmacologicamente definidos por meio da ação da agonistas e antagonistas. Há menos informações sobre a natureza e localização dos últimos dois receptores. M1: encontrados em gânglios autonômicos, neurônios do SNC e células gástricas parietais. Parecem mediar os efeitos excitatórios da acetilcolina pela redução na condutância ao K+. M2: encontrados no miocárdio, músculo liso e terminações pré-sinápticas colinérgicas. Parecem exercer efeitos inibitórios pelo aumento na condutância ao K+ e inibição dos canais de cálcio. M3 e M4: localizados em glândulas secretoras, músculo liso e SNC. Estão relacionados com efeitos excitatórios da acetilcolina. -Nicotínicos: presentes nas junções neuromusculares e nas sinapses ganglionares, são receptores acoplados a canais iônicos controlados por ligantes pelo mecanismo de portões e sua ativação causa rápido aumento na permeabilidade celular ao Na+ e K+, despolarização e excitação. Os receptores nicotínicos são proteínas pentaméricas compostas por, no mínimo, duas subunidades distintas, mas homólogas. -Colinérgicos (parassimpatomiméticas): • Agonistas nicotínicos – sem aplicação terapêutica; • Agonistas muscarínicos (colinérgicos diretos); • Anticolinesterásicos (colinérgicos indiretos). -Anticolinérgicos (parassimpatolíticas): • Antimuscarínicos. -São ditas drogas colinérgicas de ação direta e parassimpatomiméticas por mimetizar os efeitos da estimulação dos neurônios colinérgicos. Atuam diretamente nos receptores de acetilcolina (por isso são de ação direta). Não possuem seletividade para os subtipos de receptores muscarínicos. São classificados em: • Alcaloides; o Pilocarpina; o Arecolina; o Muscarina; o Oxotremorina; o McN-A-343. • Ésteres de colina. o Acetilcolina; o Carbacol; o Metacolina; o Betanecol. -Efeitos farmacológicos: -Musculatura lisa: aumento do tônus muscular e motilidade. O aumento da motilidade pode ser acompanhado de náuseas, eructações, vômitos, cólicas intestinais e defecação. Observa-se broncoconstrição na musculatura brônquica. A pilocarpina, quando aplicada topicamente no olho, causa constrição pupilar, espasmo da acomodação e elevação transitória da pressão intraocular, seguida de uma redução mais persistente. Promove também relaxamento de esfíncteres de todo o organismo animal, além da dilatação de artérias e veias. -Glândulas: esses compostos produzem estímulo da secreção de glândulas sudoríparas, lacrimais, brônquicas, salivares e de todo sistema digestório. -Sistema cardiovascular: quatro efeitos principais – vasodilatação, redução da frequência cardíaca (efeito cronotrópico negativo), diminuição da taxa de condução dos tecidos especializados (efeito dromotrópico negativo) e redução na força de contração cardíaca (efeito cronotrópico negativo). Obs.: estes efeitos típicos das drogas colinérgicas de ação direta podem, em parte, ser mascarados pelos mecanismos compensatórios, conduzindo, por exemplo, à taquicardia compensatória. -SNC: por possuir carga positiva na sua constituição, praticamente não atravessa barreira hematoencefálica. Caso seja feita administração direta no sistema nervoso central, ocorre aumento de excitabilidade e possíveis convulsões (ativação dos receptores M3 e M4). -Acetilcolina: não há aplicação terapêutica devido à sua rápida hidrólise pelas colinesterases plasmáticas. -Pilocarpina: tem ação predominante em receptores M3. É muito empregado no tratamento de glaucoma, atuando no músculo liso do olho, contraindo a pupila (miose), aumentando a drenagem do humor aquoso e reduzindo a pressão intraocular. -Carbacol: induz miose durante cirurgias oculares. Além disso, reduz a pressão intraocular em pacientes que se tornaram resistentes à pilocarpinaou fisostigmina. -Metacolina: utilizada para aumentar a motilidade do trato gastrointestinal e atenuar retenção urinária após anestesia ou vagotomia. -Betanecol: estimula a contração da bexiga. Assim, é indicado no tratamento da retenção urinária e esvaziamento incompleto da bexiga. Nunca utilizar em casos de obstrução mecânica da bexiga. Contração intestinal do betanecol é predominantemente mediada por receptor M3 , mas M2 também exerce papel neste processo em equinos. -Ocorre exacerbação do SNA parassimpático. Assim, observam-se mais frequentemente sudorese, cólicas abdominais, dificuldade de acomodação visual, aumento da secreção salivar e lacrimal. -É contraindicado em caso de pacientes com obstrução intestinal ou urinária. Portadores de asma brônquica podem ter crises precipitadas devido às ações broncoconstritoras. A hipotensão e a bradicardia induzidas por estas drogas podem reduzir o fluxo coronariano em pacientes com insuficiência coronariana, podendo levar o animal à morte. A secreção de ácido clorídrico produzido pelos colinomiméticos pode agravar os sintomas de úlcera péptica, sendo, portanto, contraindicados em pacientes com esta enfermidade. É também contraindicado em casos de pacientes gestantes por aumentar a motilidade uterina. -Não atua em receptores colinérgicos, mas inibe a enzima que degrada a acetilcolina – promove acúmulo na fenda sináptica. Tem efeito equivalente à estimulação excessiva dos receptores (muscarínicos e nicotínicos). -Classificação: • Inibidores reversíveis de colinesterase (agentes de curta duração): o Carbamatos. • Inibidores irreversíveis das colinesterases (agentes de longa duração): o Organofosforados. -Por acumular acetilcolina em todos os receptores em que é liberada, os efeitos farmacológicos incluem a estimulação de receptores nicotínicos e muscarínicos. -Junção neuromuscular: aumento da contração da musculatura esquelética (receptores nicotínicos). A estimulação excessiva resulta em prolongamento do decaimento do potencial de placa motora. Observa-se excitação assíncrona, bem como fibrilação das fibras musculares. Com inibição suficiente da acetilcolinesterase, a despolarização da placa motora predomina e ocorre bloqueio em virtude da despolarização excessiva. Os sinais clínicos incluem fasciculação muscular e contração espasmódica. -TGI: aumento das secreções do sistema, contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres. -Aparelho respiratório: observam-se broncoconstrição e aumento das secreções, conduzindo a dispneia e respiração ruidosa. -Sistema cardiovascular: ocorre tendência de predomínio do SNA parassimpático, apesar de que as consequências refletem tanto os efeitos ganglionares quanto os pós- ganglionares da acetilcolina. Dessa forma, ocorre bradicardia e vasodilatação, porém em consequência de mecanismos compensatórios pode ocorrer episódios de taquicardia e vasoconstrição. -SNC: ocorre excitação, que pode resultar em convulsões seguidas de depressão intensa. -Olhos: causam hiperemia da conjuntiva e contração do músculo esfíncter pupilar, causando miose. A pressão intraocular, quando elevada, costuma cair em decorrência da facilitação da drenagem do humor aquoso. -Glândulas exógenas: aumento da resposta secretora. -É rapidamente absorvida pelo TGI, tecido subcutâneo e mucosas. É uma droga lipofílica que pode atravessar a barreira hematoencefálica. É utilizada para tratamento de glaucoma pelo seu mecanismo de constrição pupilar e aumento da drenagem do humor aquoso. -São aminas quaternárias e, devido a isso, têm dificuldade de atravessar a barreira hematoencefálica. -Apresentam algumas ações nicotínicas no músculo esquelético, daí advém seu uso como medicamentos no tratamento de miastenia gravis (doença autoimune, na qual são produzidos anticorpos antirreceptores nicotínicos). São também usadas para tratamento de íleo paralítico (ausência temporária dos movimentos de contração muscular normais no intestino). -São mais utilizados na medicina veterinária que os carbamatos. São empregados como antiparasitários (anti-helmínticos e ectoparasitas), em particular o triclorfon. -Substâncias letais e praguicidas: frequentemente associados a casos de envenenamento acidental e óbito. -Acúmulo de acetilcolina em todas as terminações nervosas colinérgicas e, portanto, observam-se tanto efeitos característicos da excessiva estimulação de receptores muscarínicos como nicotínicos, os quais foram descritos aqui. -O tratamento para intoxicações com substâncias muscarínicas inclui dose adequada de agentes antimuscarínicos, como a atropina. Nas intoxicações por carbamato pode ser utilizado reativadores de acetilcolinesterase – deslocam os organofosforados do sítio de ligação (pralidoxima). -Antimuscarínicos ou parassimpatolíticos – antagonizam competitivamente a acetilcolina em seus receptores. Algumas dessas drogas possuem seletividade para receptores. Os anticolinérgicos naturais competem pelos receptores M1 a M4. -São classificadas em: • Natural: atropina e escopolamina. • Sintética: ipatrópio, glicopirrolato, pirezenpina, homatropina, propantelina. -Mecanismo de ação: atuam competitivamente, bloqueando as ações da acetilcolina tanto em receptores muscarínicos centrais (quando atravessam a barreira hematoencefálica) como em receptores muscarínicos periféricos. • Atropina e escopolamina (naturais) competem com a acetilcolina por todos os subtipos de receptores muscarínicos. • Pirenzepina e diciclomina (sintéticos) têm alta especificidade e seletividade para receptores muscarínicos do subtipo M1. -Efeitos farmacológicos: -SNC: discreta excitação com estimulação do bulbo e de centros superiores (hipotálamo e córtex cerebral). Escopolamina em doses terapêuticas normalmente causa depressão, que se manifesta por sonolência, amnésia e fadiga. -Cardiovascular: resposta predominante é a taquicardia. A atropina em doses altas causa taquicardia em função do bloqueio dos efeitos vagais sobre os receptores M2 no marca-passo nodal sinoatrial. -TGI: são muito utilizados como agentes antiespasmódicos, reduzindo a motilidade intestinal. Os antagonistas de receptores muscarínicos reduzem também a secreção gástrica. -Secreções: todos os antimuscarínicos clinicamente empregados produzem diminuição das secreções das glândulas salivares. -Aparelho respiratório: impede o broncoespasmo produzido pelos medicamentos parassimpatomiméticos e antagonizam parcialmente a broncoconstrição produzida pela histamina, bradicinina ou prostaglandina PGF2α. Realizam inibição das secreções respiratórias com consequente ressecamento de mucosas. -Músculo liso: tanto a musculatura lisa bronquiolar quanto a das vias urinárias sofrem relaxamento após utilização das drogas antimuscarínicas. A musculatura lisa uterina é inervada por fibras parassimpáticas, entretanto, o efeito dos impulsos colinérgicos sobre a motilidade do útero é variável. -Olho: as drogas semelhantes à atropina bloqueiam as respostas do esfíncter muscular da íris e da musculatura ciliar do cristalino após uma estimulação colinérgica. Ocorrem ainda, midríase e cicloplegia (paralisia da acomodação visual). -Resumo dos usos terapêuticos (indicações gerais): • Antiespasmódico; • Anti-secretor; • Intoxicações por organofosforados; • Broncodilatador no colapso respiratório; • Midriático; • Tratamento de úlceras pépticas; • Medicação pré-anestésica. -Medicação pré-anestésica – inibe a salivação e secreções respiratórias (indução por anestésicos gerais), além do efeito broncodilatador desse composto. A atropina é utilizada para evitar reflexosvagais induzidos pela manipulação cirúrgica dos órgãos internos. -Pode prevenir bradicardia e ser usada para tratamento de cólica renal com o objetivo de induzir relaxamento da musculatura lisa ureteral e uretral. -Está relacionada com a diminuição da motilidade intestinal. -Cinetose: escopolamina é empregada na prevenção de náuseas e vômitos associados à cinetose (incompatibilidade entre o movimento que se enxerga e percepção dos ouvidos). -Medicação pré-anestésica: pode contribuir para tranquilização, sedação e amnésia em diversas situações clínicas, incluindo o parto. Nesta situação, a droga é associada a outros agentes que produzem analgesia e sedação. -Indicado para humanos e animais acometidos por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e obstrução aérea recorrente (OAR) por causa do seu potencial broncodilatador. -A pirenzepina tem sido usada no tratamento da úlcera péptica em humanos e animais, devido sua ação seletiva em receptores M1 e seus efeitos na cicatrização de úlceras devido à inibição da secreção ácida gástrica. -Em doses altas provoca ressecamento da boca, o que pode dificultar tanto a deglutição quanto a conversação. No sistema cardiovascular, o principal efeito indesejável é o aumento da frequência cardíaca. Outros efeitos incluem distúrbios oculares como a turvação da visão. -O uso prolongado dos antimuscarínicos pode provocar retenção urinária. -Intoxicação: depressão, queda de pressão arterial, insuficiência respiratória, paralisia e coma. -Transmissor: adrenalina e noradrenalina. São neurotransmissores da classe das catecolaminas (catecol + aminas). As aminas são derivadas da tirosina, consequência da fosforilação de fenilalanina. A noradrenalina dá origem a adrenalina. -São liberadas na fenda sináptica e, ou ela liga no receptor, ou é degradada pela acetilcolinesterase. - A remoção das catecolaminas (que não se ligam aos receptores) pode ocorrer de 3 formas: 1. Recaptação: pela ativação da bomba de sódio e potássio. 2. Difusão: se perder na fenda sináptica, perdendo também sua função. 3. Transformação metabólica por duas enzimas: COMT (catecol-O- metiltransferase – faz um papel semelhante à acetilcolinesterase) e MAO (monoamino-oxidase). Obs.: MAO – se localiza dentro do neurônio pré-sináptico e tem a função de inativar a adrenalina que foi recaptada por bombas de sódio e potássio. É importante para evitar a contínua liberação da adrenalina, que entraria no neurônio e seria liberada de novo caso não houvesse a MAO. Quando é produzida, a adrenalina se encontra dentro de vesículas – caso esteja dando bobeira dentro do citoplasma, a MAO a degrada. -Receptores adrenérgicos: importa aqueles que são pós-sinápticos. Pode ser alfa ou beta: -Ao pensar em receptores alfa, são basicamente vasodilatadores de vasos da musculação esquelética. O beta aumenta a frequência cardíaca, assim como o débito cardíaco. Beta 2 faz broncodilatação nos pulmões para aumentar o aporte de oxigênio no organismo. -Adrenérgicos – simpaticomiméticos: • Diretos: o Catecolaminérgicos: atuam como as catecolaminas. Há presença de radical catecol. o Não catecolaminérgicos: atuam como catecolaminas, mas não são inativadas pelas enzimas COMT e MAO (meia vida mais longa). São mais lipossolúveis (substâncias que atuam dentro do SNC por conseguir atravessar a barreira hematoencefálica. • Indiretos; • Mistos; -Antiadrenérgicos – simpaticolíticos: • Antagonistas alfa-adrenérgicos; • Antagonistas beta-adrenérgicos. -Noradrenalina e adrenalina: diferença é que noradrenalina tem pequena ação em receptores beta 2. -Dopamina: tem ação relacionada à dose. Em doses mais brandas, tende a atuar melhor em receptores beta 1. Em doses mais altas, passam a ser ativados os receptores alfa 1. -Dobutamina: é não seletiva para alfa e beta. -Isoproterenol: melhor para ativar receptores beta (2 se encontra nas vias aéreas e 1 no coração). -Não catecolaminérgicos: -Agonistas alfa 1 adrenérgicos: anfetamina (estimulante), fenilefrina, efedrina. -Agonistas alfa 2 adrenérgicos: xilazina, metildopa, romifidina, detomidina, clonidina – atuam como anestésicos. -Agonistas beta 2 adrenérgicos: clembuterol, terbutalina, ritodrina, salbutamol - usados mais nas vias aéreas em equinos. ADRENÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA -Inibidores da MAO: são responsáveis por uma parte dos antidepressivos. As catecolaminas não são mais degradadas e elas ficam mais dispostas no organismo. -Inibidores da recaptação das monoaminas – drogas de abuso. -Efeitos farmacológicos: -Coração: beta 1 (miocárdio, nodo SA, fibras de Purkinje) – efeito inotrópico (aumenta a força de contração do coração), cronotrópico (aumenta a frequência do batimento cardíaco), dromotrópico (aumento a sensibilidade de despolarização das fibras de purkinje no coração – em outras palavras, coração se torna mais sensível e facilmente ativado. -Alfa 1: tem função de aumentar pressão – a ativação estimula a vasoconstrição para poder circular melhor o sangue no organismo. Tem maior efeito na pressão sistólica que diastólica. Causa midríase. -Beta 2: broncodilatação nas vias aéreas e diminuição do peristaltismo. -Efeitos metabólicos: é necessário aumentar as concentrações de glicose, ácido lático e ácidos graxos no sangue com estimulação de lipólise, inibição da secreção de insulina e estimulação da secreção de glucagon. -Uso terapêutico: -Norepinefrina: atuam basicamente em receptores alfa e beta, não sendo tão específicas. Possui ação rápida, direta e efetiva. É usada basicamente em casos de choque e hipotensão, já que ela aumenta a pressão arterial. Tem uso também intracardíaco, com função de dilatar os vasos coronarianos – aumento do fluxo sanguíneo coronário. Efeitos colaterais: tremor, ansiedade, cefaleia, fraqueza, dispneia e taquicardia. -Epinefria/ adrenalina: usadas em casos de arritmias, parada cardíaca e reanimação cardiopulmonar. -Dobutamina: tem efeito inotrópico maior que o efeito cronotrópico, ou seja, aumenta mais a força de contração do que a frequência. A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma patogenia em que o coração não contrai com tanta força como normalmente. Nesse quadro, é válido utilizar a dobutamina. Efeito colateral: hipertensão. -Dopamina: utilizada em quadros de insuficiência renal, já que promove vasodilatação de artérias renais e melhorar o fluxo e taxa de filtração glomerular. Usada também para ICC. Efeitos colaterais: náuseas, vômito, taquicardia e arritmia. -Clembuterol: atua basicamente na musculatura lisa. Substância que atua como broncodilatador – é muito utilizado em cavalos com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Reduz o tônus uterino – fêmeas em iminência de sofrer o aborto, é válido administrar clembuterol. -Isoproterenol: não catecolaminérgico exclusivo de beta 2, ou seja, também usado muito para tratamento de condições respiratórias – relaxamento da musculatura lisa bronquiolar. -Xilazina: alfa 2 adrenérgico que induz e mantém o efeito anestésico. Tem ação analgésica, sedativa e relaxante muscular central. -Efedrina: ajuda a reduzir a broncoconstrição. Atua como descongestionante nasal, midriático. Causa aumento da pressão arterial sem alterar a frequência cardíaca. Dependendo da substância, pode ser utilizada para o efeito nas vias aéreas, mas acaba tendo efeito na FC também – contraindicado para cardiopatas. -Efeitos colaterais gerais dos adrenérgicos estão relacionados à musculatura cardíaca. Vasoconstrição em alguns vasos sanguíneos pode levar a isquêmica necrótica. O quadro de hipertensão arterial pode causar AVC e ruptura de aneurismas.-Fazem a ação oposta de tudo descrito anteriormente. Atuam nos receptores alfa ou beta e bloqueiam a ação das catecolaminas (são competitivos). -Existem 3 tipos de antagonistas alfa: não seletivos (fenoxibezamina, fentolamina, tolazolina e derivados do ergot). -Efeitos farmacológicos gerais dos antagonistas alfa: diminui a pressão arterial por redução da vasoconstrição e hipertensão, além de taquicardia (para compensar a diminuição da pressão arterial) e congestão nasal. -Fenoxibenzamina: utilizada para reduzir a pressão arterial por ação de bloqueio de alfa 1. Pode ter como consequência inotropismo e cronotropismo positivo. -Fentolamina e tolazolina: utilizadas para controle de hipertensão vascular e pulmonar (principalmente em recém-nascidos). -Metergolina: bastante utilizada em quadros de hemorragia pós-parto por seu efeito ocitócico (vasoconstrição uterina). -Prazosin: também utilizado nas terapêuticas de ICC em função do seu efeito vasodilatador sem provocar taquicardia. -Ioimbina: usa em pacientes que são anestesiados pela xilazina para reverter o quadro. -Efeitos farmacológicos: atuam em coração e pulmões com redução da vasoconstrição e dos efeitos das catecolaminas no miocárdio. Ocorre redução da pressão intraocular e bloqueio da musculatura lisa bronquiolar. Efeitos colaterais: redução do funcionamento cardíaco e broncoconstrição. -Propanolol: utilizado em quadros de taquicardia supraventricular e cardiomiopatia hipertrófica. -Timolol: terapia da glaucoma e hipertensão. -Efeitos colaterais:
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