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MANEJO REPRODUTIVO DE CAPRINOS E OVINOS Eficiência reprodutiva: • Corte: 1,5 filhotes/matriz/ano (3 filhotes em dois anos); maturidade sexual em 8 meses; • Leite: 1-1,5 filhotes/matriz/ano;maturidade sexual 8-12 meses; A estacionalidade reprodutiva em ovinos e caprinos reflete em estacionalidade produtiva (carne, leite e derivados); isto significa que se apenas os ciclos naturais forem explorados não haverá constância na oferta de produtos ovinos e caprinos ao longo do ano; desta forma, o intervalo de partos médio será de 12 meses; todavia, considerando um período de gestação de 150 dias, este intervalo pode ser reduzido para 8 meses em cabras leiteiras e ovelhas; A redução do intervalo de partos implica em diminuição do período improdutivo do animal e aumentos de cerca de 50% no número de crias por animal por ano; estes fatores são fundamentais para intensificar a produção e melhorar a produtividade do rebanho; para tanto, haverá a necessidade de indução de estro, uma vez que, inevitavelmente, acasalamentos terão que ser feitos na estação de anestro e transição; Seleção de matrizes: a fêmea entra para a reprodução de 8-10 meses de idade, todos os animais tem que ser avaliados sanitariamente 30 dias antes da cobertura (fazer exame ginecológico, vermifugação, alimentação*); Flushing: melhores resultados em fêmeas inicialmente em balanço energético negativo; após o desmame eram forçadas a uma restrição nutricional que fazia com que elas diminuíssem o peso corporal; essa queda de peso fazia com que os animais respondessem a uma mudança na alimentação no período de 4 a 5 semanas antes da cobertura, levando-as a ganhar peso e aumentar os partos gemelares; deve começar 2-3 semanas antes da estação de monta, e continua de 2-3 semanas após; O aumento de glicose, leptina e insulina diminuem a produção de estradiol, propiciando uma taxa de ovulação maior, tendo gestações gemelares; O macho também entra em reprodução com 8-10 meses, sendo ideal colocar na reprodução com 2 anos; faz-se o exame andrológico e sanitário 60 dias antes da cobertura; vermifugação 30 dias antes e adoção de alimentação ‘flushing’; SISTEMAS DE ACASALAMENTO: depende da criação e propriedade; as concentração das atividades de manejo devem fornecer bons resultados econômicos e máximo aproveitamento do reprodutor; Monta livre natural: regime contínuo (macho continuamente com o rebanho); praticado em condições extensivas e em pequenas criações; relação macho:fêmea deve ser de 1:30-50; possui reduzida taxa de prenhez (o macho pode montar na mesma fêmea várias vezes); Problemáticas: subutilização do reprodutor, sem controle zootécnico e sem identificação da paternidade (pode ser mais de 1 macho); É necessário uma rotina de diagnóstico de gestação; utilização de buçal no macho para ter controle de cobertura (trocar cor a cada 15 dias); Buçal: ferramenta que coloca no peito do macho, e toda vez que tem a monta a tinta será transferida para a fêmea, identificando que a mesma foi montada; Monta controlada/dirigida: atividades reprodutivas durante todo o ano ou na estação de monta; praticado em condições semi-intensivas e intensivas; realizado em propriedades de até 100 cabeças; rufião ou controle da cobertura (máximo uso de reprodutor); rígido controle zootécnico; Problemáticas: maiores gastos; treinamento de equipe; possibilidade da perda de cio; Durante todo ano: cio identificado com rufião/buçal, onde será encaminhado para cobertura; Estação de monta: dependente do clima, capacidade de reprodução e disponibilidade de alimento; Duração : 1 ano (3 ciclos de 51-63 dias); 2 anos (2 ciclos de 34-42 dias); depende da pressão de seleção; Indução e sincronização do cio: efeito macho (30-60 dias de ausência); protocolos hormonais (através de P2, PGF2α e/ou eCG); Lotes: 7F:1M reprodutor; 100F: 3-5M; Fazer protocolo de sincronização do cio (com intervalo mínimo de 2 dias entre lotes para descanso do macho); Lote com rufião: 1:25 com buçal; 1:40 (com observação de 12/12 hrs); Cio com reprodutor a noite (1-2x); Manejo sem rufião: lote direto com o reprodutor; utiliza-se buçal; juntos a noite, separados de dia (alimentação, água e abrigo do calor); Inseminação artificial: é definido a estação de monta, com rebanhos acima de 100 matrizes; possui custo mais elevado; sincronização de cio (lote com rufião); fêmeas no cio realiza-se IA ou IATF; Indução do estro: controle da luminosidade; implante com melatonina; importante para animais em sistema sazonal (caprino e ovino são de dias curtos); • Implante subcutâneo (pelo menos 60 dias antes da estação natural, efeito macho 35 dias após o implante (rufião); grande variação de raça e época do ano); Sincronização do estro : protocolos a base de P4; • Longos: 12-14d (envelhecimento oocitário e baixa fertilidade); • Curtos: 6-9d (maiores taxas de fertilidade); P4 + PGF2α + eCG; MANEJO DURANTE A GESTAÇÃO: não fazer restrição alimentar 3-4 semanas pós cobertura (Flushing); Terço final: manejo cuidadoso; melhoria da alimentação; DESMAME E RETORNO AO CIO: desmame em 45-90 dias (impacto no retorno ao cio); DESCARTE: dependente da pressão de seleção; fertilidade; capacidade da criação; nutrição e pastagens; preço da fêmea de descarte (relacionada com a duração da estação de monta); realizar o descarte de forma gradativa; Fêmeas: taxa de substituição (20%); 6 anos/6-7 partos; Machos: vida útil (7-8 anos); criações extensivas com troca a cada 2 anos;
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