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Fisiologia e Manejo Reprodutivo de Ovinos e Caprinos

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Nathália Gomes Bernardo 
Aula 18- Convidada: Maíra Bianchi Rodrigues- 27/04/2021 
 
 
Fisiologia e Manejo Reprodutivo de 
Ovinos e Caprinos 
Ovinos e caprinos são pequenos ruminantes. 
 
▪ São espécies diferentes e possuem número de cromossomos diferentes. 
▪ Visualmente também possuem algumas diferenças. 
▪ O forame infraorbitário está presente nos ovinos e ausente nos caprinos 
 
▪ Nos ovinos também tem presença de glândula interdigital. 
 
▪ Algumas raças de ovinos têm presença de barba; enquanto que nos caprinos 
nenhuma raça apresenta barba. 
▪ Existem diferenças comportamentais: ovinos andam em grupos> um animal 
segue a outra geralmente; Já caprinos não se mantem tão juntos, são um pouco 
mais independentes. 
▪ Ovinos possuem glândulas inguinais que produzem lanolima> lubrificante tanto 
para a lã quanto para superfície da pele. 
 
▪ Enquanto os caprinos tem glândulas na base responsável pelo odor característico 
desses animais, localizadas na base do corno. 
 
▪ Normalmente a cauda dos ovinos é voltada para baixo; enquanto que a cauda dos 
caprinos para cima. 
▪ O nariz nos ovinos é convexo, enquanto que nos caprinos não. 
 
 
Embora aspectos reprodutivos são similares, existem muitas diferenças entre esses 
animais. 
1. Produção Mundial de Ovinos e Caprinos: 
Ovinos e caprinos estão distribuídos mundialmente. Mas a população desses animais 
é parecida. 
O maior criador de ovinos e caprinos no BR é a região nordeste. Cerca de 90% dos 
caprinos e 65% dos ovinos são criados no Nordeste; o Sul também tem números 
relevantes, mas tem trabalhos principalmente para genética. 
 
Produção de ovinos 
▪ A maior produção de ovinos é para carne. 
▪ Ovinos, assim como caprinos, podem ser criados para leite, mas é bem menos 
comum. 
▪ No Sul tem algumas raças para produção de lã. 
▪ Existem algumas linhagens de dupla aptidão. 
 
Produção de Caprinos: 
▪ Majoritariamente a criação é voltado para produção de leite. 
▪ Mas algumas raças são utilizadas para produção de carne. 
 
2. Puberdade e Maturidade Sexual: 
 
 
 
 
São considerados machos púberes quando começam a apresentar os primeiros 
espermatozoides no ejaculado; neste caso – puberdade- o eixo hipotálamo-hipófise-
gonadal ainda não está amadurecido, então animal não tem níveis hormonais adequados 
para produção adequada de espermatozoides e, além disso, os espermatozoides podem 
apresentar defeitos (> concentração espermática não adequada, então o sêmen não 
apresenta aspecto cremoso; > defeito ligados ao flagelo: defeitos de gota e cauda por 
exemplo). 
Demora certa de 6 meses para que o animal púbere atinja a maturidade sexual. 
Fêmeas que já atingiram a puberdade, mas não atingiram a maturidade sexual, 
normalmente já tem uma primeira ovulação, porém não tem um intervalo normal e 
constante entre as ovulações; e geralmente essas ovulações são acompanhadas de cios 
silenciosos; isso tudo porque o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal ainda não está 
amadurecido. 
 O peso e o porte dos animais influenciam tanto na idade de puberdade quanto na 
idade de maturidade sexual. Além disso, apenas quando machos e fêmeas atingem a 
maturidade sexual que tem-se o intuito de que ocorra reprodução – principalmente para 
a fêmea, para que seja capaz de manter a gestação. Peso varia entre raças e tipos de 
manejo. 
 
▪ Em ovinos a puberdade geralmente é atingida de 6 a 9 meses, quando está com 
cerca de 30 kg; enquanto que em caprinos a puberdade é atingida com cerca de 
5-7 meses, algumas raças até mesmo antes. 
▪ Embora os animais púberes ainda não estejam maduros, já podem deixar prole. 
Então é importante separar os lotes de machos e fêmeas ainda novos, por volta 
de 4 meses. Para evitar prenhez na puberdade. 
▪ Ovinos atingem a maturidade por volta de 12 meses e caprinos por volta de 10 
meses. 
 
3. Ciclo Estral: características e ondas foliculares 
 
 
▪ Ciclo estral: intervalo de dois entros. O ciclo estral dura certa de 17 dias nas 
ovelhas, enquanto que das cabras 21 dias. 
▪ Tanto as ovelhas como as cabras são poliéstricas estacionais de dias curtos: vários 
estros em uma época/ estação definida em que os dias são mais curtos > 
fotoperíodos dependentes. > Poliéstricas estacionais de fotoperíodo negativo. 
▪ A intensidade da estacionalidade é determinada por características (ou seja, 
outros fatores além da luz também interferem na sazonalidade): das raças, 
manejo nutricional, local que os animais estão sendo criados, fatores climáticos. 
> Então esses animais ciclam quando as horas de dia/luz estão diminuindo e as 
horas de escuros estão aumentando> porém outros fatores também interferem 
na estacionalidade. 
 
Estacionalidade Reprodutiva 
 
 
Outono e Inverno têm menos horas de luz. 
As ovelhas e cabras tem atividade reprodutiva quando as horas de luz começam a 
diminuir em comparação com a horas de escuro em relação a um período de 24 horas (1 
dia). E quando as horas de luz aumentam (na primavera), ocorre anestro fisiológico. 
O acasalamento acontece em outono e início de inverno 
Na primavera acontecem os nascimentos: época de maior disponibilidade de 
alimento é verão principalmente, mas primavera também; e a amamentação. Ocorre 
também involução uterina e recuperação do escore corporal. 
No outono esses pequenos ruminantes voltam a ciclar. 
 
Tanto ovelhas quanto cabras detectam as horas de luz por meio da retina, e por meio 
de sinapses nervosas ocorre estimulo para núcleo supraquiasmatica que estimula a 
glândula pineal para produzir mais ou menos melatonina > melatonina é produzida nas 
horas de escuro: quanto maior o período de escuro em 24 hrs, maior a produção de 
melanina. 
Em situação de menos horas de escuro: 
▪ A estimulação detectada pelo nervo optico é a ausência de luz. 
▪ Por sinapses nervosas ocorre estímulo do núcleo supraquiasmatico que estimula 
a glândula pineal a produzir maior melatonina. 
▪ A maior produção de melatonina estimula o hipotálamo para produção de GnRH> 
presença de mais melatonina então é associada a maior presença de GnRH. 
▪ GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) estimula a hipófise a liberar mais 
LH e FSH que atuam no ovário promovendo recrutamento dos folículos e 
ovulação. 
▪ Importante que tenha melatonina alta para que GnRH seja produzido. > então em 
casos de mais horas de luz não ocorre maior produção de GnRH. 
Estacionalidade: latitude 
 
▪ Não apenas a duração do dia influencia no fotoperíodo. 
 
Quanto mais próximo da linha do equador ao longo do ano os dias tem mais 
constância em relação a duração do dia> a diferença de horas de duração do dia não é 
tão marcante; nesse caso as horas de duração estão próximas doas horas de luz durarem 
12 horas e as horas de escuro durarem 12 horas. Então, quanto mais próximo a linha do 
equador, menor a diferença de horas de duração de dia e noite ao longo do ano. 
Na região próxima ao equador, por conta desse motivo, as fêmeas não sofrem tanto 
com a estacionalidade ligada ao fotoperíodo, porque não tem muito diferença ao longo 
do ano. Então as fêmeas criados próximo a linha do equador tem o fator nutricional com 
mais relevância afetando mais a sazonalidade desses animais 
 
 
 
 
Quanto mais ao norte ou mais ao sul da linha do equador, maior a diferença de horas 
de luz e escuro ao longo do ano. 
Então, quanto mais ao sul do brasil, maior é a diferença das horas de luz dos dias ao 
longo do ano, então mais marcante é a estacionalidade. Também existem diferenças de 
estacionalidade de acordo com as raças; raças provenientes de climas mais frios são mais 
estacionais, enquanto que raças desenvolvidas no Nordeste são menos estacionais – 
sofrem menos com a diferença de horas de dia ao longo do ano. 
Sendo assim, para o estabelecimento da estação reprodutiva, a diminuição ou 
aumento das horas de luz são mais importantes do que dia e noite em si. 
 
 
 
▪ Na linha do equador e próximoa ela: 12 horas de escuro e 12 horas de luz durante 
o período de 24 horas. 
▪ Quando as horas de luz são equivalente as horas de escuro no período de 24 
horas= equinócio verão> ocorre tanto regiões próximos a linha do equador 
quanto em regiões longes. 
▪ Solstício de inverno: o dia mais curto> mais horas de escuro do que horas de claro 
21/6 (o dia que tem menos horas de claro) > e a partir desse dia começa aumentar 
as horas de claro em relação as horas de escuro no período de 24 horas. As horas 
de claro continuam aumentando até que atinge o solstício de verão: o dia mais 
longo do ano> mais horas de claro do que de escuro 29/12. 
 
 
Esses pequenos ruminantes começam a ciclar depois do solstício de verão, 
quando começam a diminuir as horas de luz> primeiro o animal precisa de uma 
exposição de no mínimo 14 hrs de luz para depois as horas de luz começarem a 
diminuir e, aí sim o animal ciclar. Então emprenham principalmente no outono. 
Como se fosse a linha do equador 
As ovelhas e cabra tornam-se sexualmente ativas em resposta à diminuição do 
comprimento do dia. 
 Animais mais próximos a linha do equador, a etacionalidade causada pelo 
fotoperíodo; então os animais criados no Nordeste são influenciados mais em 
questões nutricionais. Mas caso uma raça nalada – que apresenta maior 
estacionalidade/maior sensibilidade ao fotoperíodo- seja criada no Nordeste, esse 
animal ainda vai apresentar determinada sazonalidade porque mesmo que mais 
próximo da linha do equador, o Nordeste ainda apresenta uma diferença de 
fotoperíodo. Então raças que são apropriadas ao Nordeste, caso tenham o fator 
nutricional bom, ciclam o ano todo. 
 
INDUÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA: fotoperíodo artificial 
 
Induzir fotoperíodo para manipular a percepção de duração do dia e da noite 
utilizando luzes artificiais em ambientes fechados. > primeiro simular situação de mais 
horas de luz, para depois tirar as horas de luzes artificiais. 
 
1º: promover mais horas de luz: normalmente 16 horas de luz durante o período de 24 
horas por 60 dias > animais estabulados: acender as luzes 3 hrs antes do amanhecer e 
permanecer ligadas até 3 horas após o entardecer > assim prolonga o período de luz dos 
dias. ( > luzes específicas com alturas específicas). 
2º) retirar esse estímulo de luzes artificiais; então sem as luzes artificiais os animais tem 
entendimento de diminuição de menos horas de luz/dia. Então as fêmeas começam a ter 
estímulo para produção maior de melatonina, consequentemente de GnRH e ocorre 
ciclagem. Normalmente esses animais começam a ciclar cerca de 60 dias após o fim do 
tratamento descrito anteriormente. 
 
O ideal é que a mimetização de mais horas de luz sejam iniciados no início inverno – 
fim da estação reprodutiva- , porque no meio do inverno as fêmeas param de ciclar; para 
que se consiga que esses animais ciclem no começo da primavera > animais ciclam no 
período que não ciclaria antes então. 
 
Caprinos principalmente de leite se preconiza 1 parto por ano; já caprinos de corte tem 
3 partos em 2 anos ( 8 meses de intervalo entre parto; e o animal fica com intervalo de 3 
meses sem estar gestante). 
 
INDUÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA: efeito macho 
 
A ciclicidade das fêmeas pode ser induzida por mimetização de dia longos – 
fotoperíodo artificial - ou por efeito macho. 
Esse efeito macho é feito no começo da estação reprodutiva. > antecipa a estação 
reprodutiva. Então o efeito macho é feito no fim do anestro reprodutivo (período de 
transição)> período de transição nas ovelhas e cabras é antes do outono, no verão. 
▪ Isolar as fêmeas sem contato visual e olfatório com os machos (por pelo menos 
60 dias); 
▪ Depois desses 60 dias passa com os machos próximo as fêmeas (de manhã e a 
tarde por 1 ou 2 dias) e espera-se que após 3-6 dias do contato com o macho 
ocorre ovulação. 
▪ Tem ocorrer no período de transição, antes da fêmea entrar no período de 
reprodução, porque a fêmea necessita ter estoque de LH na hipófise para que 
ocorra estímulo de liberação de LH (em pico) a partir de estímulo de feromônios 
secretados pelas glândulas sebáceas dos machos. 
▪ Esse método é mais utilizado para caprinos do que para ovinos e depende que os 
machos fiquem bem isolados das fêmeas. 
▪ Espera-se que ovule certa de 72 horas após o contato com o macho; porém não 
se utiliza essa primeira ovulação. 
▪ Utiliza a próxima ovulação do próximo ciclo > porque não sabe se o primeiro 
ovócito tem tanta qualidade; e porque as vezes a fêmea manifesta cio o e ovócito 
ser degenerado ou o folículo não ovula e luteiniza mas ela tem manifestação de 
cio. 
▪ Intuito do efeito macho: antecipar a estação das fêmeas. 
Ciclo Estral: Ondas foliculares e Ovulação 
 
Os processos que ocorrem durante o ciclo estral são controlados pelo eixo 
hipotálamo-hipofise-gonadal e consistem em: 
1) Recrutamento, crescimento e seleção folicular: emergência folicular. 
2) Atresia e divergência folicular; divergência e dominância folicular. 
3) Formação e regressão do corpo lúteo (luteólise). 
Diferentemente de uma vaca, as ovelhas e cabras, durante as ondas foliculares 
podem ter mais de um folículo dominante e mais de um folículo ovulatório em uma 
mesma onda de crescimento folicular> pode ocorrer dupla ovulação > duas crias de uma 
única gestação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa imagem é a representação de uma última onda folicular do ciclo estral desses 
pequenos ruminantes. Mostra a dominância de 2 folículos> esses 2 ovulam> 
formação de 2 CL e se não tiver gestação ocorre luteólise. 
 
Taxa Ovulações 
▪ Taxa de ovulação= número de ovulações por ciclo 
 
▪ As ovelhas tem cerca de 1 a 3 ovulações por ciclo> mas varia muito conforme a 
raça. Enquanto que as cabras cerca de 2 a 3 ovulações por ciclo. Então espera que 
se os espermatozoides fecundarem o ovócito, as ovelhas tenham 1 a 3 crias e as 
cabras 2 a 3 crias. 
▪ As ovelhas geralmente tem 2 ondas> 1 sem ovulação e 1 ovulatória. E as cabras 4 
ondas. 
▪ A taxa de ovulação varia conforme características da raça, idade, estação 
nutrição; e impacta no manejo. 
o Raça: algumas raças já são conhecidas por terem alta taxa de ovulação. 
Raça Boorola carrega gene associado com alta taxa fêmea de ovulação 
70% das vezes tem ovulação dupla. Raça Merino – de lã- tem 1,2 
ovulações por ciclo. Finish Landrace – lã- tem 3 ovulações por ciclo. 
o Idade: taxa de ovulação máxima de 3 a 6 anos de idade. 
Texel e Suffolk geralmente 
são usadas para corte; e Ile 
de france para corte e lã. 
 
 
 
 
 
o Estação: no início da estação a taxa de ovulação é mais alta> interessante 
detectar cio logo no início da estação. 
o Nutrição: o maior a aporte nutricional (Flushing) associa com aumento das 
taxas de ovulação> então geralmente 3 a 4 semanas antes da estação de 
monta faz flushing> 4,5 a mais aumenta em 6% a taxa de parição. 
 
 
 
 
 
Para que o folículo dominante se torne ovulatório e ovule e ocorra fecundação é 
necessário que existam condições favoráveis aos folículo: como a baixa concentração 
de progesterona que depende da luteinização. 
O folículo produz estrógeno que produz diversos efeitos, como relaxamento da cérvix 
e produção de muco; e expressão de receptores de LH no próprio folículo > quando 
a progesterona está baixa, o estrógeno produz efeito de feedbak positivo no centro 
pulsátil que leva a expressão de LH em pico que permite que ocorra a ovulação. 
 
Quando ocorre ovulação tem a formação de corpo lúteo, quando não ocorre a 
fecundação o CL entra em luteólise. Já quando tem uma ovulação + fecundação do 
ovócito ocorre formação de CL, mas o CL fica mantido pela presença do embrião. O 
próprio embrião produz fatores que realizam a manutenção do CL. Corpo lúteo 
produz progesterona que é importante para manutenção da prenhez. 
4. Fases do Ciclo Estral e Sinais de Cio 
 
Ovelhas e cabras, assim como as vacas, tem o ciclo estral dividido emestro, 
metaestro, diestro e proestro. 
O estro é caracterizado pela aceitação de monta; o estro é o dia 0. É a fase de maior 
produção de estrógeno – não tem CL presente, então ausência de progesterona. Então 
por ação do hipotálamo tem estimulação do pico de GnRH e consequentemente de pico 
de LH > induz ovulação. 
A ovulação ocorre próximo ao fim do estro; e então a fêmea para de ter 
características de estro. 
 
Fase luteal: CL ativo. 
Fase folicular: predominância de folículos. 
 
O que gera a diferença de tempo do ciclo estral da cabra (21 dias) para ovelha (17 dias) é 
justamente por conta da atividade do corpo lúteo> o CL fica mais tempo ativo na cabra. 
Sinais de Cio 
 
 
Os sinais de cio, nos pequenos ruminantes, ocorrem na fase folicular (proestro e estro); 
onde tem altas concentrações de estrógeno. 
 
Sinais de Cio: 
▪ Ovelhas apresentam sinais de cio mais discretos que cabras. 
▪ Ovelhas e cabras apresentam: 
▪ Vulva edemaciada 
▪ Presença de muco e mucosa mais hiperêmica 
▪ Durante o estro tem corrimento mucosa que facilita a monta 
▪ Principalmente as cabras buscam o macho e permanecem junto a ele 
▪ Diminuem a ingestão de alimentos 
▪ Aumenta a frequência de micção 
▪ Aceitação da monta (receptividade) – marca o cio 
 
▪ Diferenças: 
o CABRAS: fica mais inquieta, agita a cauda constantemente, até mesmo 
urina próxima as fêmeas, bale frequentemente. 
o OVELHAS: pouco visível; geralmente o maior sinal é realmente a monta; 
fica imóvel quando montada pelo macho. Dificilmente fica mais ativa, 
vocalizando ou urinando. Difícil detectar cio em ovelhas. > existem 
ferramentas para detectar cio. 
 
 
O principal sinal de cio é a aceitação de monta. 
A ovelha, diferente da cabra, não apresenta comportamento homossexual> então 
faz-se necessário ter um rufião no meio das ovelhas para detectar cio. 
Detecção de Cio 
 
▪ Normalmente utiliza- se machos – rufiões. Porém não se castra esses animais para 
não perder o efeito da testosterona produzida nos testículos > Então para garantir 
que a monta desses animais não vai gerar prole geralmente se fazer secção dos 
ductos deferentes do epidídimo (vasectomia): impede o trânsito de 
espermatozoides para a uretra. Existe também a retirada da cauda do epidídimo, 
mas é menos comum. 
▪ Pode associar a secção de ductos deferentes com o desvio de pênis> não é 
recomendado fazer apenas desvio de pênis. 
▪ Também pode-se utilizar fêmeas como rufiãs. Realiza a androgenização de 
fêmeas para que manifestem o comportamento de macho e detectem o cio das 
demais fêmeas do rebanho. Se possível fazer ovariectomia nessas fêmeas e elas 
ficam apenas para finalidade de rufiã. 
 
 
▪ Normalmente coloca tinta no rufião para saber qual fêmea foi montada – fica 
marcada. 
▪ Observa-se o cio de manhã e a tarde. 
 
Detecção de Cio e Inseminação 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Se detectar o cio de manhã: faz inseminação a tarde. 
▪ Se detectar o cio de tarde: faz inseminação na manhã seguinte. 
▪ Sêmen in natura; refrigerado ou criopreservado> manejo varia conforme o tipo 
de sêmen. 
▪ Mas nem sempre – não é tão comum- faz inseminação de caprinos e ovinos; 
Geralmente se faz monta dirigida. > nesses casos pode colocar o macho no 
momento que se detecta o cio. Se detectar o cio de manhã pode, por exemplo, 
colocar o macho de manhã e deixa durante toda manhã e retira, e depois pode 
colocar a tarde novamente > não deixa muito tempo o macho com a fêmea para 
que o macho não gaste todas as suas reservas. 
▪ OVELHAS: 
o Difícil fazer inseminação com sêmen congelado por aspectos anatômicos 
desses animais. 
o Os anéis cervicais da ovelha são tortuosos, então não formam um canal 
reto > dificulta o processo de inseminação artificial. > por isso utiliza mais 
monta dirigida. 
o Além disso, o óstio cervical tem diferentes formatos: 
 
o Principalmente raças de lã e raças adivindas da Europa tem formato 
tortuoso. 
o As ovelhas podem ser inseminadas em diferentes locais: 
 
 Imagem lateral de vacina, cérvix, corpo uterino, cornos uterinos, oviduto e ovário. 
 Na ovelha devido os anéis, pode fazer inseminação: 
a) Vaginal 
b) Cervical superficial 
c) Cervical profunda 
d) Intrauterina transcervical (dentro do útero; passou pela cérvix). 
e) Intrauterina por laparoscopia> não é uma via natural. > geralmente em uso de 
sêmen congelado. 
Algumas técnicas facilitam a inseminação: usa o especulo + fonte de luz, e com 
pinça pinça o primeiro anel da cérvix e traciona externamente> deixa o máximo 
alinhada e tem mais chance de realizar aplicação de sêmen> o procedimento 
funciona para ovinos deslados> não funciona para todas as raças. > inseminação 
intrauterina. > O que é mais utilizado nas ovelhas ultimamente é intrauterina por 
laparoscopia. 
▪ CABRA: mais fácil, então geralmente é possível fazer via intrauterina transcervical. 
Usa especulo cervical e fonte de luz> adentra com aplicador e faz aplicação> 
fêmea em posição de cavalete: útero por ação da gravidade traciona a cérvix que 
fica mais alinhada e facilita a aplicação. Para ovelhas não é fácil fazer dessa forma. 
5. Gestação em Caprinos e Ovinos 
 
▪ 
 
 
 
 
▪ A duração da gestação é por volta de 150 dias – 5 meses- tanto para ovelha 
quanto para a cabra 
▪ Como podem ovular mais de um ovócito por gestação, então podem parir mais 
de um filhote por gestação. 
▪ Na criação, se espera que o animal tenha mais de um filhote por gestação; mas 
não um número tão grande que possa fazer com que a mãe rejeite o filhote ou 
não consegui nutrir todos. Espera-se que o animal tenha 2 ovulações 
▪ Ovelhas e cabras tem 2 tetos. 
▪ Rebanhos de leite faz desmame mais cedo, então pode ser – a depender do 
manejo- que mais filhotes não seja um problema. 
▪ O corpo lúteo é produtor de progesterona; a progesterona é essencial na 
manutenção da gestação> quedas de progesterona podem causar aborto. O CL é 
responsável pela manutenção dos níveis altos de progesterona. Nas cabras o CL é 
importante durante toda a gestação (150 dias); Já nas ovelhas, a gestação é 
dependente do CL durante mais ou menos os 50 primeiros dias da prenhez, e 
posteriormente é a placenta a maior responsável pela produção de progesterona 
e consequente manutenção da prenhez. 
 
Reconhecimento Materno da Gestação 
 
Manutenção da prenhez: 
O estrógeno proveniente do folículo dominante age no próprio folículo estimulando 
a expressão de receptores de LH; age na cérvix causando dilatação; age na vagina levando 
a produção de muco; e no endométrio causando expressão de receptores de ocitocina 
nas células endometriais. 
Os receptores de ocitocina ficam externalizados nas células endometriais; ao se 
ligarem com a ocitocina estimulam a produção da prostaglandina PGF2α pelas células 
endometriais; essa PGFeα é responsável por causar luteólise > a fêmea entra no cio 
novamente (se estiver na estação reprodutiva). A lise do CL diminui a progesterona e 
ocorre nova ovulação. 
Durante a gestação, tem a presença do embrião que produz IFN-t (interferon tal) 
pelas células do trofoblasto. O IFN-t inibe a presença dos receptores de ocitocina nas 
células endometriais> não ocorre ligação de ocitocina com receptor e não ocorre 
produção de PGF2α > o CL não sofre lise – CL se mantém e é assim que ocorre a 
manutenção do CL durante a gestação. 
 
Diagnóstico de prenhez: 
 
Normalmente utiliza US para confirmar a prenhez; pode ser feita por via transretal 
ou por via abdominal. As vias de US dependem do tempo de gestação: 
▪ 20-30 dias: via transretal 
▪ 45-60 dias: via abdominal. 
 
Na US transretal: o primeiro órgão a se identificar é a bexiga – ponto de 
referência- que se localiza mais caudal; e cranial a bexiga encontra-se os cornos uterinos 
e identificar se tem conteúdo ou não. 
Na US abdominal: visualiza bem a gestação; visualiza placentoma (placenta e 
feto). 
 
Sinais da proximidade do parto: 
▪ Úbere bem edemaciado;▪ Relaxamento da base da cauda promovido pelo aumento do estrógeno no fim da 
gestação; 
▪ Pode apresentar corrimento mais opaco; 
▪ Inquietação – até mesmo as ovelhas; 
▪ Animal permanece mais em estação – ovelhas e cabra parem em estação. 
 
Habilidade Materna: 
É muito importante não ter um número grande de crias – que prejudica os 
cuidados maternos. 
▪ É importante para o crescimento da prole; 
▪ Pode ser que a cabra/ovelha rejeite um dos animais quando a prole é muito 
grande > fazer intervenção com banco de colostro. 
▪ A fêmea tem que produzir boa quantidade de leite e colostro de qualidade para 
que a prole tenha bom desenvolvimento. 
 
Puerpério: 
É o período após o parto em que ocorre a involução uterina e reestabelecimento 
da atividade ovariana. Ocorre em torno de 25 a 30 dias. A ovulação geralmente ocorre 
20 dias após o parto em condições ideais – parto sem complicações, animal tem bom 
aporte nutricional, período de estação reprodutiva. Em estados nutricionais ruins o 
animal pode entrar em anestro nutricional (pouco comum). 
A presença do cordeiro geralmente não é um impedimento para ovelhas ciclarem. 
 
6. Aspectos do Manejo Reprodutivo 
 
Estratégias Reprodutivas Utilizadas em Ovinos 
 
▪ Estação de monta: Para ovinos e caprinos – principalmente ovinos- e utiliza deixar 
os machos com as fêmeas por determinado período (normalmente por 3 meses) 
para que cubram as fêmeas durante esse período; em proporção de 1 macho para 
30 ou 40 fêmeas. Espera-se que após esse período 90% das fêmeas confirmem 
prenhez. 
▪ Monta dirigida: Também pode ser feito a monta dirigida após determinação do 
cio da fêmea> assim ocorre menor esgotamento do macho > otimiza a ação do 
macho porque o macho consegue cobrir muito mais fêmeas. Porém exige maior 
intensificação do manejo da propriedade porque exige identificação de cio. E 
ocorre dispersão dos partos ( bom para animais e leite). 
▪ Inseminação artificial: colher sêmen de um macho de bom potencial reprodutivo 
– alto valor genético > congela ou resfria o sêmen > insemina a fêmea. 
▪ Pode fazer a inseminação artificial associada com protocolos de sincronização > 
fornecer hormônios as fêmeas e sincronizar o estro delas para saber o momento 
exato de ovulação e facilitar o manejo. 
▪ Transferência de embriões e introdução in vitro de embriões. 
 
Em ovinos e caprinos pode-se utilizar sêmen congelado ou sêmen refrigerado > de 
qualquer forma a ideia é diminuir o metabolismo dos espermatozoides e prolongar a vida 
deles. 
 
 
Os ovinos e caprinos possuem processo uretral (apêndice vermiforme) que tem 
utilidade no momento da cópula e deposito do sêmen – que é vaginal- o macho consiga 
fazer espalhamento do sêmen em fundo de vagina. 
Antes do animal se tornar púbere, o processo uretral fica aderido ao pênis. 
Os animais são submetidos a limpeza prepucial antes da colheita do sêmen.

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