Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nathália Gomes Bernardo Aula 18- Convidada: Maíra Bianchi Rodrigues- 27/04/2021 Fisiologia e Manejo Reprodutivo de Ovinos e Caprinos Ovinos e caprinos são pequenos ruminantes. ▪ São espécies diferentes e possuem número de cromossomos diferentes. ▪ Visualmente também possuem algumas diferenças. ▪ O forame infraorbitário está presente nos ovinos e ausente nos caprinos ▪ Nos ovinos também tem presença de glândula interdigital. ▪ Algumas raças de ovinos têm presença de barba; enquanto que nos caprinos nenhuma raça apresenta barba. ▪ Existem diferenças comportamentais: ovinos andam em grupos> um animal segue a outra geralmente; Já caprinos não se mantem tão juntos, são um pouco mais independentes. ▪ Ovinos possuem glândulas inguinais que produzem lanolima> lubrificante tanto para a lã quanto para superfície da pele. ▪ Enquanto os caprinos tem glândulas na base responsável pelo odor característico desses animais, localizadas na base do corno. ▪ Normalmente a cauda dos ovinos é voltada para baixo; enquanto que a cauda dos caprinos para cima. ▪ O nariz nos ovinos é convexo, enquanto que nos caprinos não. Embora aspectos reprodutivos são similares, existem muitas diferenças entre esses animais. 1. Produção Mundial de Ovinos e Caprinos: Ovinos e caprinos estão distribuídos mundialmente. Mas a população desses animais é parecida. O maior criador de ovinos e caprinos no BR é a região nordeste. Cerca de 90% dos caprinos e 65% dos ovinos são criados no Nordeste; o Sul também tem números relevantes, mas tem trabalhos principalmente para genética. Produção de ovinos ▪ A maior produção de ovinos é para carne. ▪ Ovinos, assim como caprinos, podem ser criados para leite, mas é bem menos comum. ▪ No Sul tem algumas raças para produção de lã. ▪ Existem algumas linhagens de dupla aptidão. Produção de Caprinos: ▪ Majoritariamente a criação é voltado para produção de leite. ▪ Mas algumas raças são utilizadas para produção de carne. 2. Puberdade e Maturidade Sexual: São considerados machos púberes quando começam a apresentar os primeiros espermatozoides no ejaculado; neste caso – puberdade- o eixo hipotálamo-hipófise- gonadal ainda não está amadurecido, então animal não tem níveis hormonais adequados para produção adequada de espermatozoides e, além disso, os espermatozoides podem apresentar defeitos (> concentração espermática não adequada, então o sêmen não apresenta aspecto cremoso; > defeito ligados ao flagelo: defeitos de gota e cauda por exemplo). Demora certa de 6 meses para que o animal púbere atinja a maturidade sexual. Fêmeas que já atingiram a puberdade, mas não atingiram a maturidade sexual, normalmente já tem uma primeira ovulação, porém não tem um intervalo normal e constante entre as ovulações; e geralmente essas ovulações são acompanhadas de cios silenciosos; isso tudo porque o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal ainda não está amadurecido. O peso e o porte dos animais influenciam tanto na idade de puberdade quanto na idade de maturidade sexual. Além disso, apenas quando machos e fêmeas atingem a maturidade sexual que tem-se o intuito de que ocorra reprodução – principalmente para a fêmea, para que seja capaz de manter a gestação. Peso varia entre raças e tipos de manejo. ▪ Em ovinos a puberdade geralmente é atingida de 6 a 9 meses, quando está com cerca de 30 kg; enquanto que em caprinos a puberdade é atingida com cerca de 5-7 meses, algumas raças até mesmo antes. ▪ Embora os animais púberes ainda não estejam maduros, já podem deixar prole. Então é importante separar os lotes de machos e fêmeas ainda novos, por volta de 4 meses. Para evitar prenhez na puberdade. ▪ Ovinos atingem a maturidade por volta de 12 meses e caprinos por volta de 10 meses. 3. Ciclo Estral: características e ondas foliculares ▪ Ciclo estral: intervalo de dois entros. O ciclo estral dura certa de 17 dias nas ovelhas, enquanto que das cabras 21 dias. ▪ Tanto as ovelhas como as cabras são poliéstricas estacionais de dias curtos: vários estros em uma época/ estação definida em que os dias são mais curtos > fotoperíodos dependentes. > Poliéstricas estacionais de fotoperíodo negativo. ▪ A intensidade da estacionalidade é determinada por características (ou seja, outros fatores além da luz também interferem na sazonalidade): das raças, manejo nutricional, local que os animais estão sendo criados, fatores climáticos. > Então esses animais ciclam quando as horas de dia/luz estão diminuindo e as horas de escuros estão aumentando> porém outros fatores também interferem na estacionalidade. Estacionalidade Reprodutiva Outono e Inverno têm menos horas de luz. As ovelhas e cabras tem atividade reprodutiva quando as horas de luz começam a diminuir em comparação com a horas de escuro em relação a um período de 24 horas (1 dia). E quando as horas de luz aumentam (na primavera), ocorre anestro fisiológico. O acasalamento acontece em outono e início de inverno Na primavera acontecem os nascimentos: época de maior disponibilidade de alimento é verão principalmente, mas primavera também; e a amamentação. Ocorre também involução uterina e recuperação do escore corporal. No outono esses pequenos ruminantes voltam a ciclar. Tanto ovelhas quanto cabras detectam as horas de luz por meio da retina, e por meio de sinapses nervosas ocorre estimulo para núcleo supraquiasmatica que estimula a glândula pineal para produzir mais ou menos melatonina > melatonina é produzida nas horas de escuro: quanto maior o período de escuro em 24 hrs, maior a produção de melanina. Em situação de menos horas de escuro: ▪ A estimulação detectada pelo nervo optico é a ausência de luz. ▪ Por sinapses nervosas ocorre estímulo do núcleo supraquiasmatico que estimula a glândula pineal a produzir maior melatonina. ▪ A maior produção de melatonina estimula o hipotálamo para produção de GnRH> presença de mais melatonina então é associada a maior presença de GnRH. ▪ GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) estimula a hipófise a liberar mais LH e FSH que atuam no ovário promovendo recrutamento dos folículos e ovulação. ▪ Importante que tenha melatonina alta para que GnRH seja produzido. > então em casos de mais horas de luz não ocorre maior produção de GnRH. Estacionalidade: latitude ▪ Não apenas a duração do dia influencia no fotoperíodo. Quanto mais próximo da linha do equador ao longo do ano os dias tem mais constância em relação a duração do dia> a diferença de horas de duração do dia não é tão marcante; nesse caso as horas de duração estão próximas doas horas de luz durarem 12 horas e as horas de escuro durarem 12 horas. Então, quanto mais próximo a linha do equador, menor a diferença de horas de duração de dia e noite ao longo do ano. Na região próxima ao equador, por conta desse motivo, as fêmeas não sofrem tanto com a estacionalidade ligada ao fotoperíodo, porque não tem muito diferença ao longo do ano. Então as fêmeas criados próximo a linha do equador tem o fator nutricional com mais relevância afetando mais a sazonalidade desses animais Quanto mais ao norte ou mais ao sul da linha do equador, maior a diferença de horas de luz e escuro ao longo do ano. Então, quanto mais ao sul do brasil, maior é a diferença das horas de luz dos dias ao longo do ano, então mais marcante é a estacionalidade. Também existem diferenças de estacionalidade de acordo com as raças; raças provenientes de climas mais frios são mais estacionais, enquanto que raças desenvolvidas no Nordeste são menos estacionais – sofrem menos com a diferença de horas de dia ao longo do ano. Sendo assim, para o estabelecimento da estação reprodutiva, a diminuição ou aumento das horas de luz são mais importantes do que dia e noite em si. ▪ Na linha do equador e próximoa ela: 12 horas de escuro e 12 horas de luz durante o período de 24 horas. ▪ Quando as horas de luz são equivalente as horas de escuro no período de 24 horas= equinócio verão> ocorre tanto regiões próximos a linha do equador quanto em regiões longes. ▪ Solstício de inverno: o dia mais curto> mais horas de escuro do que horas de claro 21/6 (o dia que tem menos horas de claro) > e a partir desse dia começa aumentar as horas de claro em relação as horas de escuro no período de 24 horas. As horas de claro continuam aumentando até que atinge o solstício de verão: o dia mais longo do ano> mais horas de claro do que de escuro 29/12. Esses pequenos ruminantes começam a ciclar depois do solstício de verão, quando começam a diminuir as horas de luz> primeiro o animal precisa de uma exposição de no mínimo 14 hrs de luz para depois as horas de luz começarem a diminuir e, aí sim o animal ciclar. Então emprenham principalmente no outono. Como se fosse a linha do equador As ovelhas e cabra tornam-se sexualmente ativas em resposta à diminuição do comprimento do dia. Animais mais próximos a linha do equador, a etacionalidade causada pelo fotoperíodo; então os animais criados no Nordeste são influenciados mais em questões nutricionais. Mas caso uma raça nalada – que apresenta maior estacionalidade/maior sensibilidade ao fotoperíodo- seja criada no Nordeste, esse animal ainda vai apresentar determinada sazonalidade porque mesmo que mais próximo da linha do equador, o Nordeste ainda apresenta uma diferença de fotoperíodo. Então raças que são apropriadas ao Nordeste, caso tenham o fator nutricional bom, ciclam o ano todo. INDUÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA: fotoperíodo artificial Induzir fotoperíodo para manipular a percepção de duração do dia e da noite utilizando luzes artificiais em ambientes fechados. > primeiro simular situação de mais horas de luz, para depois tirar as horas de luzes artificiais. 1º: promover mais horas de luz: normalmente 16 horas de luz durante o período de 24 horas por 60 dias > animais estabulados: acender as luzes 3 hrs antes do amanhecer e permanecer ligadas até 3 horas após o entardecer > assim prolonga o período de luz dos dias. ( > luzes específicas com alturas específicas). 2º) retirar esse estímulo de luzes artificiais; então sem as luzes artificiais os animais tem entendimento de diminuição de menos horas de luz/dia. Então as fêmeas começam a ter estímulo para produção maior de melatonina, consequentemente de GnRH e ocorre ciclagem. Normalmente esses animais começam a ciclar cerca de 60 dias após o fim do tratamento descrito anteriormente. O ideal é que a mimetização de mais horas de luz sejam iniciados no início inverno – fim da estação reprodutiva- , porque no meio do inverno as fêmeas param de ciclar; para que se consiga que esses animais ciclem no começo da primavera > animais ciclam no período que não ciclaria antes então. Caprinos principalmente de leite se preconiza 1 parto por ano; já caprinos de corte tem 3 partos em 2 anos ( 8 meses de intervalo entre parto; e o animal fica com intervalo de 3 meses sem estar gestante). INDUÇÃO DA ATIVIDADE REPRODUTIVA: efeito macho A ciclicidade das fêmeas pode ser induzida por mimetização de dia longos – fotoperíodo artificial - ou por efeito macho. Esse efeito macho é feito no começo da estação reprodutiva. > antecipa a estação reprodutiva. Então o efeito macho é feito no fim do anestro reprodutivo (período de transição)> período de transição nas ovelhas e cabras é antes do outono, no verão. ▪ Isolar as fêmeas sem contato visual e olfatório com os machos (por pelo menos 60 dias); ▪ Depois desses 60 dias passa com os machos próximo as fêmeas (de manhã e a tarde por 1 ou 2 dias) e espera-se que após 3-6 dias do contato com o macho ocorre ovulação. ▪ Tem ocorrer no período de transição, antes da fêmea entrar no período de reprodução, porque a fêmea necessita ter estoque de LH na hipófise para que ocorra estímulo de liberação de LH (em pico) a partir de estímulo de feromônios secretados pelas glândulas sebáceas dos machos. ▪ Esse método é mais utilizado para caprinos do que para ovinos e depende que os machos fiquem bem isolados das fêmeas. ▪ Espera-se que ovule certa de 72 horas após o contato com o macho; porém não se utiliza essa primeira ovulação. ▪ Utiliza a próxima ovulação do próximo ciclo > porque não sabe se o primeiro ovócito tem tanta qualidade; e porque as vezes a fêmea manifesta cio o e ovócito ser degenerado ou o folículo não ovula e luteiniza mas ela tem manifestação de cio. ▪ Intuito do efeito macho: antecipar a estação das fêmeas. Ciclo Estral: Ondas foliculares e Ovulação Os processos que ocorrem durante o ciclo estral são controlados pelo eixo hipotálamo-hipofise-gonadal e consistem em: 1) Recrutamento, crescimento e seleção folicular: emergência folicular. 2) Atresia e divergência folicular; divergência e dominância folicular. 3) Formação e regressão do corpo lúteo (luteólise). Diferentemente de uma vaca, as ovelhas e cabras, durante as ondas foliculares podem ter mais de um folículo dominante e mais de um folículo ovulatório em uma mesma onda de crescimento folicular> pode ocorrer dupla ovulação > duas crias de uma única gestação. Essa imagem é a representação de uma última onda folicular do ciclo estral desses pequenos ruminantes. Mostra a dominância de 2 folículos> esses 2 ovulam> formação de 2 CL e se não tiver gestação ocorre luteólise. Taxa Ovulações ▪ Taxa de ovulação= número de ovulações por ciclo ▪ As ovelhas tem cerca de 1 a 3 ovulações por ciclo> mas varia muito conforme a raça. Enquanto que as cabras cerca de 2 a 3 ovulações por ciclo. Então espera que se os espermatozoides fecundarem o ovócito, as ovelhas tenham 1 a 3 crias e as cabras 2 a 3 crias. ▪ As ovelhas geralmente tem 2 ondas> 1 sem ovulação e 1 ovulatória. E as cabras 4 ondas. ▪ A taxa de ovulação varia conforme características da raça, idade, estação nutrição; e impacta no manejo. o Raça: algumas raças já são conhecidas por terem alta taxa de ovulação. Raça Boorola carrega gene associado com alta taxa fêmea de ovulação 70% das vezes tem ovulação dupla. Raça Merino – de lã- tem 1,2 ovulações por ciclo. Finish Landrace – lã- tem 3 ovulações por ciclo. o Idade: taxa de ovulação máxima de 3 a 6 anos de idade. Texel e Suffolk geralmente são usadas para corte; e Ile de france para corte e lã. o Estação: no início da estação a taxa de ovulação é mais alta> interessante detectar cio logo no início da estação. o Nutrição: o maior a aporte nutricional (Flushing) associa com aumento das taxas de ovulação> então geralmente 3 a 4 semanas antes da estação de monta faz flushing> 4,5 a mais aumenta em 6% a taxa de parição. Para que o folículo dominante se torne ovulatório e ovule e ocorra fecundação é necessário que existam condições favoráveis aos folículo: como a baixa concentração de progesterona que depende da luteinização. O folículo produz estrógeno que produz diversos efeitos, como relaxamento da cérvix e produção de muco; e expressão de receptores de LH no próprio folículo > quando a progesterona está baixa, o estrógeno produz efeito de feedbak positivo no centro pulsátil que leva a expressão de LH em pico que permite que ocorra a ovulação. Quando ocorre ovulação tem a formação de corpo lúteo, quando não ocorre a fecundação o CL entra em luteólise. Já quando tem uma ovulação + fecundação do ovócito ocorre formação de CL, mas o CL fica mantido pela presença do embrião. O próprio embrião produz fatores que realizam a manutenção do CL. Corpo lúteo produz progesterona que é importante para manutenção da prenhez. 4. Fases do Ciclo Estral e Sinais de Cio Ovelhas e cabras, assim como as vacas, tem o ciclo estral dividido emestro, metaestro, diestro e proestro. O estro é caracterizado pela aceitação de monta; o estro é o dia 0. É a fase de maior produção de estrógeno – não tem CL presente, então ausência de progesterona. Então por ação do hipotálamo tem estimulação do pico de GnRH e consequentemente de pico de LH > induz ovulação. A ovulação ocorre próximo ao fim do estro; e então a fêmea para de ter características de estro. Fase luteal: CL ativo. Fase folicular: predominância de folículos. O que gera a diferença de tempo do ciclo estral da cabra (21 dias) para ovelha (17 dias) é justamente por conta da atividade do corpo lúteo> o CL fica mais tempo ativo na cabra. Sinais de Cio Os sinais de cio, nos pequenos ruminantes, ocorrem na fase folicular (proestro e estro); onde tem altas concentrações de estrógeno. Sinais de Cio: ▪ Ovelhas apresentam sinais de cio mais discretos que cabras. ▪ Ovelhas e cabras apresentam: ▪ Vulva edemaciada ▪ Presença de muco e mucosa mais hiperêmica ▪ Durante o estro tem corrimento mucosa que facilita a monta ▪ Principalmente as cabras buscam o macho e permanecem junto a ele ▪ Diminuem a ingestão de alimentos ▪ Aumenta a frequência de micção ▪ Aceitação da monta (receptividade) – marca o cio ▪ Diferenças: o CABRAS: fica mais inquieta, agita a cauda constantemente, até mesmo urina próxima as fêmeas, bale frequentemente. o OVELHAS: pouco visível; geralmente o maior sinal é realmente a monta; fica imóvel quando montada pelo macho. Dificilmente fica mais ativa, vocalizando ou urinando. Difícil detectar cio em ovelhas. > existem ferramentas para detectar cio. O principal sinal de cio é a aceitação de monta. A ovelha, diferente da cabra, não apresenta comportamento homossexual> então faz-se necessário ter um rufião no meio das ovelhas para detectar cio. Detecção de Cio ▪ Normalmente utiliza- se machos – rufiões. Porém não se castra esses animais para não perder o efeito da testosterona produzida nos testículos > Então para garantir que a monta desses animais não vai gerar prole geralmente se fazer secção dos ductos deferentes do epidídimo (vasectomia): impede o trânsito de espermatozoides para a uretra. Existe também a retirada da cauda do epidídimo, mas é menos comum. ▪ Pode associar a secção de ductos deferentes com o desvio de pênis> não é recomendado fazer apenas desvio de pênis. ▪ Também pode-se utilizar fêmeas como rufiãs. Realiza a androgenização de fêmeas para que manifestem o comportamento de macho e detectem o cio das demais fêmeas do rebanho. Se possível fazer ovariectomia nessas fêmeas e elas ficam apenas para finalidade de rufiã. ▪ Normalmente coloca tinta no rufião para saber qual fêmea foi montada – fica marcada. ▪ Observa-se o cio de manhã e a tarde. Detecção de Cio e Inseminação ▪ Se detectar o cio de manhã: faz inseminação a tarde. ▪ Se detectar o cio de tarde: faz inseminação na manhã seguinte. ▪ Sêmen in natura; refrigerado ou criopreservado> manejo varia conforme o tipo de sêmen. ▪ Mas nem sempre – não é tão comum- faz inseminação de caprinos e ovinos; Geralmente se faz monta dirigida. > nesses casos pode colocar o macho no momento que se detecta o cio. Se detectar o cio de manhã pode, por exemplo, colocar o macho de manhã e deixa durante toda manhã e retira, e depois pode colocar a tarde novamente > não deixa muito tempo o macho com a fêmea para que o macho não gaste todas as suas reservas. ▪ OVELHAS: o Difícil fazer inseminação com sêmen congelado por aspectos anatômicos desses animais. o Os anéis cervicais da ovelha são tortuosos, então não formam um canal reto > dificulta o processo de inseminação artificial. > por isso utiliza mais monta dirigida. o Além disso, o óstio cervical tem diferentes formatos: o Principalmente raças de lã e raças adivindas da Europa tem formato tortuoso. o As ovelhas podem ser inseminadas em diferentes locais: Imagem lateral de vacina, cérvix, corpo uterino, cornos uterinos, oviduto e ovário. Na ovelha devido os anéis, pode fazer inseminação: a) Vaginal b) Cervical superficial c) Cervical profunda d) Intrauterina transcervical (dentro do útero; passou pela cérvix). e) Intrauterina por laparoscopia> não é uma via natural. > geralmente em uso de sêmen congelado. Algumas técnicas facilitam a inseminação: usa o especulo + fonte de luz, e com pinça pinça o primeiro anel da cérvix e traciona externamente> deixa o máximo alinhada e tem mais chance de realizar aplicação de sêmen> o procedimento funciona para ovinos deslados> não funciona para todas as raças. > inseminação intrauterina. > O que é mais utilizado nas ovelhas ultimamente é intrauterina por laparoscopia. ▪ CABRA: mais fácil, então geralmente é possível fazer via intrauterina transcervical. Usa especulo cervical e fonte de luz> adentra com aplicador e faz aplicação> fêmea em posição de cavalete: útero por ação da gravidade traciona a cérvix que fica mais alinhada e facilita a aplicação. Para ovelhas não é fácil fazer dessa forma. 5. Gestação em Caprinos e Ovinos ▪ ▪ A duração da gestação é por volta de 150 dias – 5 meses- tanto para ovelha quanto para a cabra ▪ Como podem ovular mais de um ovócito por gestação, então podem parir mais de um filhote por gestação. ▪ Na criação, se espera que o animal tenha mais de um filhote por gestação; mas não um número tão grande que possa fazer com que a mãe rejeite o filhote ou não consegui nutrir todos. Espera-se que o animal tenha 2 ovulações ▪ Ovelhas e cabras tem 2 tetos. ▪ Rebanhos de leite faz desmame mais cedo, então pode ser – a depender do manejo- que mais filhotes não seja um problema. ▪ O corpo lúteo é produtor de progesterona; a progesterona é essencial na manutenção da gestação> quedas de progesterona podem causar aborto. O CL é responsável pela manutenção dos níveis altos de progesterona. Nas cabras o CL é importante durante toda a gestação (150 dias); Já nas ovelhas, a gestação é dependente do CL durante mais ou menos os 50 primeiros dias da prenhez, e posteriormente é a placenta a maior responsável pela produção de progesterona e consequente manutenção da prenhez. Reconhecimento Materno da Gestação Manutenção da prenhez: O estrógeno proveniente do folículo dominante age no próprio folículo estimulando a expressão de receptores de LH; age na cérvix causando dilatação; age na vagina levando a produção de muco; e no endométrio causando expressão de receptores de ocitocina nas células endometriais. Os receptores de ocitocina ficam externalizados nas células endometriais; ao se ligarem com a ocitocina estimulam a produção da prostaglandina PGF2α pelas células endometriais; essa PGFeα é responsável por causar luteólise > a fêmea entra no cio novamente (se estiver na estação reprodutiva). A lise do CL diminui a progesterona e ocorre nova ovulação. Durante a gestação, tem a presença do embrião que produz IFN-t (interferon tal) pelas células do trofoblasto. O IFN-t inibe a presença dos receptores de ocitocina nas células endometriais> não ocorre ligação de ocitocina com receptor e não ocorre produção de PGF2α > o CL não sofre lise – CL se mantém e é assim que ocorre a manutenção do CL durante a gestação. Diagnóstico de prenhez: Normalmente utiliza US para confirmar a prenhez; pode ser feita por via transretal ou por via abdominal. As vias de US dependem do tempo de gestação: ▪ 20-30 dias: via transretal ▪ 45-60 dias: via abdominal. Na US transretal: o primeiro órgão a se identificar é a bexiga – ponto de referência- que se localiza mais caudal; e cranial a bexiga encontra-se os cornos uterinos e identificar se tem conteúdo ou não. Na US abdominal: visualiza bem a gestação; visualiza placentoma (placenta e feto). Sinais da proximidade do parto: ▪ Úbere bem edemaciado;▪ Relaxamento da base da cauda promovido pelo aumento do estrógeno no fim da gestação; ▪ Pode apresentar corrimento mais opaco; ▪ Inquietação – até mesmo as ovelhas; ▪ Animal permanece mais em estação – ovelhas e cabra parem em estação. Habilidade Materna: É muito importante não ter um número grande de crias – que prejudica os cuidados maternos. ▪ É importante para o crescimento da prole; ▪ Pode ser que a cabra/ovelha rejeite um dos animais quando a prole é muito grande > fazer intervenção com banco de colostro. ▪ A fêmea tem que produzir boa quantidade de leite e colostro de qualidade para que a prole tenha bom desenvolvimento. Puerpério: É o período após o parto em que ocorre a involução uterina e reestabelecimento da atividade ovariana. Ocorre em torno de 25 a 30 dias. A ovulação geralmente ocorre 20 dias após o parto em condições ideais – parto sem complicações, animal tem bom aporte nutricional, período de estação reprodutiva. Em estados nutricionais ruins o animal pode entrar em anestro nutricional (pouco comum). A presença do cordeiro geralmente não é um impedimento para ovelhas ciclarem. 6. Aspectos do Manejo Reprodutivo Estratégias Reprodutivas Utilizadas em Ovinos ▪ Estação de monta: Para ovinos e caprinos – principalmente ovinos- e utiliza deixar os machos com as fêmeas por determinado período (normalmente por 3 meses) para que cubram as fêmeas durante esse período; em proporção de 1 macho para 30 ou 40 fêmeas. Espera-se que após esse período 90% das fêmeas confirmem prenhez. ▪ Monta dirigida: Também pode ser feito a monta dirigida após determinação do cio da fêmea> assim ocorre menor esgotamento do macho > otimiza a ação do macho porque o macho consegue cobrir muito mais fêmeas. Porém exige maior intensificação do manejo da propriedade porque exige identificação de cio. E ocorre dispersão dos partos ( bom para animais e leite). ▪ Inseminação artificial: colher sêmen de um macho de bom potencial reprodutivo – alto valor genético > congela ou resfria o sêmen > insemina a fêmea. ▪ Pode fazer a inseminação artificial associada com protocolos de sincronização > fornecer hormônios as fêmeas e sincronizar o estro delas para saber o momento exato de ovulação e facilitar o manejo. ▪ Transferência de embriões e introdução in vitro de embriões. Em ovinos e caprinos pode-se utilizar sêmen congelado ou sêmen refrigerado > de qualquer forma a ideia é diminuir o metabolismo dos espermatozoides e prolongar a vida deles. Os ovinos e caprinos possuem processo uretral (apêndice vermiforme) que tem utilidade no momento da cópula e deposito do sêmen – que é vaginal- o macho consiga fazer espalhamento do sêmen em fundo de vagina. Antes do animal se tornar púbere, o processo uretral fica aderido ao pênis. Os animais são submetidos a limpeza prepucial antes da colheita do sêmen.
Compartilhar