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4 1 - Texto de Apoio - HISTÓRIA DA NATAÇÃO

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HISTÓRIA DA NATAÇÃO
Prof. José Eduardo Segala de Medeiros
Fatos Históricos da humanidade ligados a Natação
· Ano: 479-338: os filósofos Platão, Aristóteles, Ulisses, Diomedes, Secretas e Heráclito eram exímios nadadores. Para os gregos a natação era um refinado elemento estético.
· Período da cultura grega clássica 
· Ano: 550-494: A organização militar Persa permitiu que dominassem desde o rio Nilo até o Mar Vermelho. Uma de suas armas era a “natação”, através de sua divisão de soldados nadadores. Eles treinavam em águas abertas a fim de conhecer os movimentos das águas e atacar as embarcações.
· Neste período surge a técnica da pernada em tesoura.
Júlio César é o grande imperador de Roma.
· Ano: 01-49: mergulhadores egípcios faziam demonstrações de evoluções subaquáticas para a Rainha Cleópatra, o que levou Marco Antonio a se interessar pelo mergulho. Agripina (mãe de do imperador Nero) foi vítima de um naufrágio e com 56 anos nadou quase 10km, chegando a terra firme graças a sua condição física obtida através da prática assídua da natação. 
· Júlio César, imperador de Roma foi isolado na batalha de Alexandria e salvou-se a nado, levando na mão esquerda o livro que escrevera sobre a Arte Militar Romana.
Auge do Império Romano.
· Ano 117: termas romanas – consideradas as 1ª. Piscinas públicas. Era o ponto de encontro dos ricos comerciantes com os graduados oficiais militares. Dentro dos tanques haviam peixes ornamentais e limo, que eram atribuídas propriedades medicinais. Natação fator importante na educação da juventude, onde aprendiam habilidades para a guerra. Ditado da época: Tão ignorante quem nem sabe nadar.
1906 – Primeira Cruzada Medieval
· Ano 1200: os povos ribeirinhas medievais praticavam habilidades aquáticas, tais como o remo, luta sobre embarcações e saltos mortais, que originariam os saltos ornamentais cerca de 100 anos depois.
Ano 1315: consagração do “triatlo” em Veneza como prova que reunia o remo, natação e corrida.
· Ano de 1325: festa da fortuna, outro tipo de “triatlo” que reunia o remo, natação e uma prova “prova de comilança” no final. Em 1337 era o início da Guerra de 100 anos entre a França e Inglaterra.
1492 – Colombo descobre a América.
· O Padre Lemoine, historiador de Colombo descreve o momento: “ no dia 13 de outubro de 1492 uma multidão de nativos se aglomeraram em torno da nave com suas canoas, mas a maior parte nadam como peixes, num estilo jamais visto senão agora”.
1610 – Início da revolução científica na Europa.
· Ano de 1539: o navegante Lescarbot dizia
“ brasileiros e peruanos são bons de nado”. Estava sendo descoberto o nado CRAWL. Na Europa Nikolaus de Ausburgo afirmava: “ a arte de nadar deve ser mostrada pelo mestre aos seus alunos ... É um dever do homem não somente como ginástica como para preservá-la do perigo de morrer afogado”.
1728-1779 James Cook explora o pacífico.
· Ano de 1770: Cook Navega pela Austrália e Taiti e conhece indígenas maoris: que eram considerados ferozes guerreiros que nadavam com graça e velocidade. As danças maioris assim como o hula-hula imitavam o movimento das ondulações das águas.
1789 – Revolução Francesa
· O italiano Oronzio de Bernadio iventa a natação numa exibição da capacidade de flutuar do ser humana para o rei de Napóles e outras autoridades. Aqui se demonstrava o princípio de Arquimedes do qual nenhum deles havia ouvido falar.
1800 – Guts Muths inicia a popularização e massificação da natação na Alemanha e é considerado o “pai da natação”. Ele elaborou a 1ª. Metodologia de ensino na natação.
1804-1807: editoras publicam obras da segurança no nado e das instalações adequadas. Em 1804 Napoleão torna-se Imperador da França.
Ano 1817: nasce a 1ª. Escola de natação. O general alemão Von Pfuel constrói em Berlim uma casa de banho para oferecer o aprendizado da natação.
Ano de 1820: os alemães constituem a Sociedade da Natação, agrupando os nadadores por entidades visando as competições.
1842 – Guerra do ópio na Ásia
1846 – Início da guerra do México
· Ano 1843: a primeira escola de natação inglesa surge. O nadador Kluge da Alemanha publica um manual dos saltos ornamentais de hoje.
1848 – Manifesto Comunista
1871 – Proclamação do Império Alemão.
· Ano 1869: a National Swimming Society na Inglaterra, reuniu 300 clubes e promovia corridas de natação entre marinheiros com embarcações ancoradas no porto Londrino. Os nados mais usados eram o peito, nado de lado e o costas. A corrida era uma desordem, havia apostas e brigas no final.
· Ano 1896: acontece a 1ª. Olimpíada da Era moderna - Atenas: a prova de natação aconteceu na baía de Zhea no Pireu, os participantes vinham de remo. Seguindo-se a tradição, a prova ficou entre duas corridas de remo. Os nadadores foram separados pelas bóias das embarcações que originaram as raias.
Ano 1908 – a FINA passa a organizar a natação mundial.
· Potência sul-americana na natação, o Brasil produziu três recordistas mundiais na história do esporte, mas, até os Jogos de Sydney 2000, nenhum campeão olímpico.
· Desde o século passado, a natação tornou-se um esporte popular entre as classes mais altas da sociedade brasileira e as primeiras competições entre clubes ocorreram ainda nos primeiros anos do século XX. 
· Nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, em 1920, os primeiros disputados pelo Brasil, cinco nadadores - todos homens - faziam parte da pequena delegação brasileira de apena 29 atletas.
· Mas foi uma mulher a primeira a fazer história na natação. 
· Nos Jogos Olímpicos de 1932, em Los Angeles, Maria Lenk tornava-se, aos 17 anos, a primeira mulher brasileira a disputar uma competição olímpica. 
· Ainda jovem, ela disputou as provas dos 100m livre, dos 100m costas e dos 200m peito, mas não chegou a subir aos pódios. 
· Sete anos depois, Maria Lenk bateria os recordes mundiais dos 100m e 200m peito, estilo que se tornou sua especialidade, mas sua carreira olímpica foi prejudicada pela Segunda Guerra Mundial, que provocou o cancelamento dos Jogos Olímpicos de 1940 e 1944.
A NATAÇÃO ENTRE OS INDÍOS
· Os índios que habitavam o Brasil antes do descobrimento, tinham muita intimidade com a água, já que a pesca era uma forma de sustento.
· Os taramambezes do Maranhão, eram tão bons nadadores que costumavam atravessar grandes distâncias a nado.
Ela existia apenas como meio de subsistência e lazer.
Provas de Travessia
· A natação competitiva no Brasil começou no fim do século XIX, quando o remo estava no auge. Os clubes de regatas, que promoviam competições em rios, lagos e mar, passaram a organizar provas de natação. As primeiras provas foram feitas na enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo União de Regatas Fluminense.
· No início eram colocados barris amarrados em tábuas ancoradas uma em frente a outra para dar uma determinada distância. Assim, eram feitas as provas, tanto no rio Tietê em São Paulo, como na Enseada de Botafogo no Rio de Janeiro.
· As provas de travessia foram bastantes comuns até a década de 20, desaparecendo com o surgimento das piscinas. A nadadora Maria Lenk inaugurou a piscina do Minas Tênis Clube em 1937. O então governador mineiro Barata, era um apaixonado pela natação, aproveitou a sua posição no Governo para fundar o clube e construir a primeira piscina d e 50 metros no Brasil.
MARIA LENK
· RECORDISTA MUNDIAL EM PISCINA DE 50 METROS:
- 11/10/1939 – 400m peito – 6’15”08
- 08/11/1939 – 200m peito –2’56”00
Nos jogos Olímpicos de 1932, a nadadora Maria Lenk representou o Brasil nas provas de 100 m livre, 100 m costas e 200 m peito. Ela se tornou um marco no esporte feminino no Brasil. Aos 17 anos foi para Los Angeles e voltou sem trazer medalhas ou bater recordes. Mesmo assim se transformou em um símbolo ao ser a primeira mulher brasileira a competir em uma Olimpíada.
Na sua época, havia preconceito com relação as mulheres que praticavam esportes de uma maneira geral. As meninas bem que tentavam, iam aos clubes e aprendiam a nadar. Mas quando começavam a competir os pais não queriam, o namorado implicava. O preconceito era tão forte que até mesmo os jornais falavam queas mulheres que praticavam esporte não iam ter filhos, ou que não seria uma prática muito religiosa. Maria Lenk não dava ouvidos e seguia apenas o seu impulso de querer fazer esporte, competir e ganhar.
Vestida de enormes maiôs, nadando em rios e praias, Maria Lenk deu as primeiras braçadas em competições nacionais. Os primeiros passos de emancipação feminina, como o direito de voto e ingresso no mercado de trabalho, ainda eram conquistas recentes. Após OS Jogos Olímpicos de Los Angeles, a Federação Paulista de Natação começou a organizar competições para equipes femininas.
Em 1935, o Rio de Janeiro sediou o primeiro sul-americano de natação com a participação de mulheres, já tendo em vista as Olimpíadas de Berlim, em 1936. Maria Lenk e mais três nadadoras completavam a equipe do Brasil. Foi uma Olimpíada de aprendizado. Enquanto dava aulas de Educação Física na Universidade do Brasil, treinava na piscina do Guanabara, se preparando para a Olimpíadas de 1940. 
Sem técnico e seguindo seus próprios métodos de treinamento, Maria Lenk bateu dois recordes mundiais, nos 200 e 400 m peito, um ano antes da data marcada para os Jogos. As chances de conquista de medalhas eram grandes, mas a Segunda Grande Guerra Mundial interrompeu a carreira promissora de Maria Lenk e muitos outros atletas de sua geração. Sua participação nas Olimpíadas foi importante para o esporte feminino no Brasil. Na época, houve muita divulgação e o interesse pela natação cresceu. O importante para Maria Lenk é que ali nasceu o entusiasmo que ela tinha pelo esporte, e morre aos 91 anos em 2007 após uma sessão de treino.
CRESCIMENTO DO ESPORTE:
· 1929: fundação da CONSANAT (Confederação Sul-Americana de natação), foi organizado o 1º.Campeonato Sul-americano. Seis anos depois, pela primeira vez, as mulheres puderam competir e as brasileiras foram as campeãs no feminino. 
· 1941- No Chile o Brasil venceu de forma categórica o campeonato, conquistando de vez a hegemonia na América do Sul.
· No início dos anos 30, Rio de Janeiro e São Paulo fundaram as primeiras ligas por outros estados. Na década de 70, sob o comando da CBN – Confederação Brasileira de natação – os campeonatos brasileiros começaram a ser disputados por clubes de todo o país.
· 1988 a CBN passa a ser chamada de CBDA – Conf. Brasileira de Desportos Aquáticos – já que a entidade também é responsável pelo nado sincronizado, natação em águas abertas, saltos ornamentais e pólo-aquático. A Confederação tem mais de 100 mil atletas registrados nas 27 federações Aquáticas.
A ERA DO BRONZE
· Os nadadores brasileiros ao longo dos anos vinham trilhando um caminho para o sucesso.
· 1ª. Vez que nadadores brasileiros participaram de uma olimpíada foi em 1920 (Bélgica)
· Trint e dois anos depois Tetsuo Okamoto em Helsinque, 1952, ganha o bronze nos 1500m livre (10m05s56).
· Oito anos depois em Roma, Manoel Santos, Foi 3º. Lugar nos 100m livre.
· Em 1980, na olimpíada de Moscou, os brasileiros voltaram a subir ao pódio. Djan Madruga – Jorge Fernandes – Cyro Delgado – Marcus Matiolli fizeram 7’29”30 no revezamento 4x200 livre e ganharam a medalha de bronze.
ERA DA PRATA
· Começou com Ricardo Prado,nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Ele foi o segundo colocado nos 400m medley com 4’18”45 recorde quebrado há apenas 2 anos.
· Ricardo Prado é considerado o maior nadador da década de 80, em Guaiquil no Equador ele bateu o recorde mundial dos 400 metros medley e esperava-se que fosse o campeão olímpico em Los Angeles.
· Gustavo Borges se sagrou como o 1º. Nadador brasileiro a conquistar 3 medalhas olímpicas.
· Barcelona: 1992 – 2º. Colocado 100m livre-49”43
· 1996 – Atlanta – 2º. Colocado nos 200m livre /1’48”08 e bronze nos 100m livre / 49”02.
· Fernando Scherer (XUXA) - Em Atlanta nadou os 50m livre com 49”43, e os 50m livre fez 22”29 garantindo então a medalha de bronze.
OLIMPÍADAS DE SIDNEY
· Somente 1 medalha conquistada pela natação brasileira no revezamento 4x100 metros livre composto pelos nadadores:
· Gustavo Borges – Xuxa – Edvaldo Valério e Carlos Jayme.
OLÍMPIADAS DE ATENAS
· Para o Brasil, as disputas da natação nos Jogos Olímpicos de Atenas marcaram a saída de uma geração dominada pelos homens e a chegada de outra, mais eclética, em que as mulheres conseguem até mais destaque. Apesar de não ter trazido nenhuma medalha, fato que não acontecia desde Seul-1988, o país deixou a capital grega com avaliação positiva da CBDA.
· Por outro lado, o Brasil chegou a cinco finais no torneio, mais do que o dobro de Sydney-2000, e com nadadores jovens, todos disputando os Jogos pela primeira vez. 
· Na Austrália, apenas a equipe do revezamento 4 x 100 m livre (Borges, Scherer, Edvaldo Valério e Carlos Jayme) e Rogério Romero, nos 200 m costas, chegaram às decisões em suas provas. O quarteto conquistou a única medalha brasileira na piscina de Sydney: o bronze.
· Em Atenas, a equipe brasileira começou bem, com Joanna Maranhão se classificando para a decisão dos 400 m medley, a primeira da natação feminina do país desde os Jogos de Londres-48, quando Piedade Coutinho foi a quinta colocada na final dos 400 m livre.
· As mulheres entrariam em duas outras finais: nos 50 m livre, com Flávia Delaroli, e no revezamento 4 x 200 m livre, com Joanna, Paula Baracho, Monique Ferreira e Mariana Brochado. No masculino, Thiago Pereira disputou a decisão dos 200 m medley e Gabriel Mangabeira foi o sexto colocado nos 100 m borboleta.
· O ponto positivo é a baixa média de idade dos finalistas: 20,5 anos. Dos sete nadadores que disputaram decisões em Atenas, a mais velha é Monique Ferreira, 24. Entre os que chegaram às finais individuais, Mangabeira tem 22, Flávia Delaroli tem 20, Thiago Pereira, 18, e Joanna Maranhão, 17.
· Além das três finais conquistadas, a ala feminina da equipe por si só já fez história. Dos 23 atletas classificados para os Jogos de Atenas, oito eram mulheres. Um aumento de 800% em relação a Sydney-2000, quando Fabíola Molina foi a única brasileira nos Jogos, sem conseguir chegar às finais dos 100m costas e 100m borboleta.
OLIMPÍADAS DE PEQUIM
Time maduro e bem preparado - Esta foi a maior seleção de natação que o Brasil já enviou. Com 24 membros – 14 homens e 10 mulheres – a equipe supera em 01 o número de Atenas 2004, que contou com 23 competidores. Porém, mais importante que a quantidade de atletas é a alta qualidade técnica do time.
· Pode-se assistir a queda de todos os recordes olímpicos numa mesma edição dos Jogos. Nunca aconteceu isto antes.
· E chegou-se a este ponto porque a natação é uma das modalidades em que a tecnologia atua com mais força.
· Os novos trajes de competição são apenas a ponta do iceberg. Um nadador top no mundo não se faz hoje sem um forte aparato tecnológico em todas as fases de seu treinamento. 
· No caso da equipe brasileira, o grupo está focado e é experiente. Muitos, apesar da pouca idade, já competiram em diversos eventos internacionais de alto nível e todos chegaram a Pequim com o treinamento e as ações cumpridas graças aos recursos dos Correios, Lei Agnelo/Piva e Petrobrás.
O NOVO ÍDOLO:
· Após conquistar o bronze nos 100m livre, César Cielo agora tem outro feito para incluir no currículo: recordista olímpico por dois minutos. 
· Com a adrenalina ainda elevada pela prova que lhe deu a medalha nesta quinta-feira, o nadador brasileiro voltou à piscina do Cubo d’Água para nadar as eliminatórias dos 50m. A marca de 21s47 foi a melhor da história dos Jogos, mas não houve tempo para comemorar. 
· Quem um dia em Santa Bárbara do Oeste, no interior de São Paulo, poderia imaginar que César Cielo entraria para o seleto hall de medalhistas olímpicos do Brasil? Carregando a responsabilidade de substituir Fernando Scherer nas provas de velocidade, aos 21 anos, o atleta entra para o grupo de grandes nomes da natação do país, ao lado de Gustavo Borges, Ricardo Prado e Scherer, com uma medalha em Olimpíadas. E o prêmio veio justamente na sua estréia na competição.
MUNDIAL EM ROMA
Cielo escreveu história. Com seus dois ouros, foi apenas o terceiro na históriaa vencer os 100m e os 50m livre no mesmo Mundial. Com seus 46s91 dos 100m, se tornou o primeiro a ganhar uma final da prova mais nobre da natação em seu campeonato mais importante (excluindo as Olimpíadas) com um recorde mundial. E tudo isso mostrando emoção incomum nos grandes velocistas. Alexander Popov, duas vezes campeão mundial dos 100m e dos 50m livre no mesmo evento, é o exemplo da frieza russa. Cielo não. Chora no pódio, se estapeia antes das provas. "Sou um nadador muito louco. E emotivo. Acho que essa é a definição".
Em Roma, o mundo finalmente descobriu isso. Ele passou pelo ouro olímpico nos 50m livre, o primeiro da história da natação verde-amarela, quase um desconhecido para o resto do mundo. Após os feitos na piscina do Foro Itálico, pode virar um ícone, lançado ao estrelato da água. Mesmo assim, não vai sair do isolamento. Após o ouro nos 50m, ele ressaltou: precisa voltar para a pequena Auburn, no Alabama, população de pouco mais de 50 mil pessoas, para ser o melhor do mundo. "Esse ano serviu para me mostrar que é para lá que eu tenho de ir se quiser me manter no topo. Morar no Brasil pode esperar".
Além disso, dos 15 finalistas, só quatro não treinam no Brasil: Cielo treina 6 meses por ano em Auburn. Nicolas Oliveira estuda na Universidade do Arizona. Henrique Barbosa é atleta de um clube de Paris. E Fabíola Molina treina na Itália. 
"Estamos vivendo o efeito Cielo. Quando ele levou o ouro nas Olimpíadas, quem treinava com ele passou a acreditar. E temos toda uma geração que esta crescendo com essa mentalidade", diz Ricardo de Moura, superintendente técnico da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). "O Brasil deu um salto de qualidade em Roma. Estamos entre os melhores do mundo".
O país, porém, não tem porque se sentir diminuído. As maiores glórias podem ter sido "de fora". A prata de Felipe França (aquela que quase passou despercebida) é 100% nacional. Paulista de 21 anos (ele e Cielo foram vizinhos quando o segundo morava em São Paulo), ele treina em São Paulo com Arílson Soares. O bronze de Poliana Okimoto, que treina em Santos, seguiu o mesmo caminho.
FINALISTAS OLIMPICOS:
	1932 - Los Angeles / EUA
	1936 - Berlim / ALE
	1948 - Londres / GBR
	1952 - Helsinque / FIN
	4x200m livre
	400 livre
	Piedade Coutinho – 6º. Lugar – 400L
Willy Otto Jordan- 6º. Lugar – 200 P
	1.500 livre
	7º. Lugar
	5º. Lugar
	Sergio Rodrigues, Willy Jordan, Rolf K Egon, Aram Boghossian 4x200l
	4º. Lugar
	Manoel L Silva, Isaac dos S Moraes, Manoel Villar,Benevenuto Nunes
	Piedade Coutinho
	Eleonora Schmitt, Maria L da Costa, Talita de A Rodrigues, Piedade S Tavares- 4x100 livre – 6º. lugar
	Tetsuo Okamoto
	1960 - Roma / ITA
	1968 - Cidade do México / MEX
	1972 - Munique / ALE
	1976 - Montreal / CAN
	100 livre
	100 peito
	José Sylvio Fiolo – 4º. Lugar – 100 peito
	400 medley e 1500 livre
	3º. Lugar
	4º. lugar
	4x100m livreMasc4º
	4º. Lugar
	Manoel dos Santos
	José Sylvio Fiolo
	4x100m medleyMasc5º
	Djan Madruga
	1980 - Moscou / RUS
	1984 - Los Angeles / EUA
	1988 - Seul / COR
	1992- Barcelona / ESP
	Djan Madruga – 4º. L - 400 mdl e 5º. Lugar 400 livre
	400m medley- Masc- 2ºRicardo Prado
	200 costas
	100m livre – Masc - 2º Gustavo Borges
	4x100m medley Masc 8º
	200m costas- Masc - 4º Ricardo Prado
	8º. Lugar
	4x100m livre Masc 6º
	4x200m livreMasc 3º
	
	Rogério Romero
	4x200m livre Masc 7º

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