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INTRODUÇÃO-A-EDUCAÇÃO-FÍSICA-ESCOLAR-1

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1 
 
 
INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR 
1 
 
 
Sumário 
01 - HISTÓRIA DO ESPORTE ........................................................................ 3 
1.1- INTRODUÇÃO ...................................................................................... 3 
02-ESPORTE ANTIGO ................................................................................... 5 
3-ESPORTE MODERNO ............................................................................... 18 
4- OLIMPISMO .............................................................................................. 21 
4.1 JOGOS OLÍMPICOS DE VERÃO OU OLÍMPIADAS: .......................... 22 
4.2 SÍMBOLOS OLÍMPICOS...................................................................... 42 
4.3 COMITÊS ............................................................................................. 44 
4.4 CICLO OLÍMPICO ................................................................................ 45 
4.5 CURIOSIDADES : ................................................................................ 46 
4.6 JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO : .................................................. 46 
4.7 JOGOS PAN AMERICANOS: .............................................................. 47 
4.8 JOGOS PARALÍMPICOS: .................................................................... 48 
5 - O ESPORTE CONTEMPORÂNEO .......................................................... 49 
6. O ESPORTE NO BRASIL .......................................................................... 52 
7 . CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 55 
8. Referências Bibliográficas ......................................................................... 56 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
01 - HISTÓRIA DO ESPORTE 
 
1.1- INTRODUÇÃO 
 
Não é de todo equivocada a afirmação de que o esporte é um dos fenômenos mais 
expressivos do século XX – e a prosseguir pelo século XXI. Sem dúvida, o esporte 
faz hoje parte, de uma ou de outra forma, da vida da maioria das pessoas em todo o 
mundo. Tão rápida e tão “ferozmente” quanto o capitalismo, o esporte expandiu-se a 
partir da Europa para o mundo todo e tornou-se a expressão hegemônica no âmbito 
da cultura corporal de movimento. Hoje ele é, em praticamente todas as sociedades, 
uma das práticas sociais de maior unanimidade quanto a sua legitimidade social. No 
entanto, em meio ao “boom” esportivo levantam-se algumas vozes, principalmente no 
meio acadêmico, que expressam dúvidas quanto aos valores humanos e sociais 
deste fenômeno. 
 
Serve o esporte como reforço à hegemonia das classes dominantes, ou é, antes, um 
espaço de articulação de contra-hegemonia? É ele reflexo das relações sociais 
“coisificadas”, ou espaço de auto-realização criadora do indivíduo? Controle e 
repressão erótica do corpo, ou revalorização da sensibilidade? Elemento da cultura 
industrial que transforma os indivíduos em objetos consumidores, ou espaço para a 
criação cultural? Deve-se festejar a ampliação da prática e consumo do esporte como 
acesso a um importante produto social e, na ótica liberal, encarar a “cultura de 
massas” como expressão da democracia cultural criada/propiciada pelos meios de 
comunicação, símbolos vivos da liberdade de pensamento e expressão, ou dela 
desconfiar, suspeitando da manipulação das necessidades, dos desejos, da 
subjetividade, enfim, do indivíduo? 
 
É inegável o potencial de mobilização que o esporte apresenta na 
contemporaneidade. Não precisamos de muito esforço para identificar que na 
sociedade atual, esta prática corporal constitui-se como um espaço social a mobilizar 
pessoas de diferentes etnias, gêneros, idades, classes sociais, credos, possibilidades 
físicas; sejam como praticantes ou espectadores. Os eventos esportivos são 
exemplares dessa afirmação; pois neles podemos visualizar uma espécie de 
4 
 
 
expressão pública de emoções socialmente consentidas: o frenesi, o congraçamento, 
a rivalidade, a explosão em aplausos e lágrimas de sentimentos que fazem vibrar a 
alma dos sujeitos e das cidades no exato momento em que vivificam a tensão entre 
a liberação e o controle de emoções individuais. 
 
A passagem pelos primórdios das práticas esportivas nos faz possível entender o 
porque do “fenômeno”esportivo ocupar tão importante lugar entre os homens. 
 
O estudo das práticas Pré-esportivas e tradicionalmente esportivas, ainda muito 
desconhecidas, ao serem resgatadas, proporcionará a compreensão das lógicas 
esportivas anteriores e as mudanças por que passaram até deixar marcas profundas 
como o melhor meio de convivência humana. 
 
A história do Esporte consiste em uma trajetória de criações, manifestações estéticas 
e éticas que remete à afirmação de que o Esporte é um fenômeno humano 
sociocultural incomparável. Segundo Tubino (2008), O Esporte , ao longo da História 
, pode ser classificado em: 
 
- Esporte Antigo 
- Esporte Moderno 
- Esporte Contemporâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
02-ESPORTE ANTIGO 
 
A origem do esporte, segundo Ueberhorst, justifica-se pela busca do conhecimento 
do homem sobre o próprio homem e também pelo questionamento sobre a 
importância que o homem deu ao corpo. 
 
Carl Diem afirma que cada época tem seu Esporte e a essência de cada povo nele 
se reflete. Numa leitura pedagógica do Esporte Antigo, tomaremos como referência o 
estudo apresentado por Tubino (Dicionário Enciclopédico do Esporte/ 2008), que 
destaca pontos em comuns, identificados: 
 
a) O caráter competitivo é o componente psicossocial fundamental do Esporte; 
 
b) O Esporte precisa de uma visão interdisciplinar, para que continue na perspectiva 
do progresso do homem; 
 
c) O Esporte, por usar suas regras e códigos, pressupõe um autocontrole que é um 
dos princípios básicos da convivência humana; 
 
Na Antiguidade, pode-se afirmar, NÃO ocorreram práticas esportivas como as atuais. 
O que de fato ocorreu, excetuando-se a Grécia, foram práticas pré-esportivas com 
caráter utilitário para a sobrevivência, tais como: natação, corrida, caça, pesca, 
equitação, esgrima, arco e flecha e outros. A perspectiva das guerras também levava 
guerreiros a atividades esportivas como marchas, caminhadas, lutas e lançamentos, 
etc. 
 
Nesse efeito, Tubino divide o Esporte Antigo em: 
 
2.1 Práticas Pré-Esportivas Chinesas – São registros remontados de 2.500 a.C. 
Muitas lutas marciais são registradas na história dos chineses, dentre elas o Kung-
Fu. Praticavam também: Esgrima de sabre, boxe chinês, tiro ao arco e o T’su – Chu 
( jogo de bola com os pés). 
 
6 
 
 
Segundo Penna Marinho, quando os sábios chineses conseguiram levar os chineses 
a uma filosofia de vida baseada na meditação,as atividades físicas e práticas pré-
esportivas começaram a declinar. 
 
2.2 Práticas Pré-Esportivas Japonesas – Os japoneses, por sua configuração 
geográfica, tiveram suas antigas atividades pré-esportivas, ligadas ao mar: natação, 
navegação e pesca. 
 
2.3 Práticas Pré-Esportivas Egípicias – Suas atividades pré-esportivas foram 
registradas nos desenhos em tumbas e vasos: arco e flecha, corridas, saltos, 
arremessos, equitação, esgrima, luta, boxe, natação, corridas, ginástica acrobática e 
jogos de bola. 
 
2.4 Práticas Pré-Esportivas Hititas – Povo que habitavam a Mesopotâmia ( atual 
Iraque), tinham suas ações sempre montados em cavalos, o que permitiu que fossem 
colocados como participantes das atividades pré-esportivas da equitação. Também 
praticavam natação, remo, esgrima e luta. 
 
2.5 Os Jogos Gregos – Os Jogos Gregos eram festas populares, religiosas, nas 
quais tomavam parte um grande número de cidades gregas. Realizavam-se sob a 
perspectiva do humanismo grego e muitas vezes acompanhavam cerimônias 
fúnebres. Outros eram disputados em homenagem e honra a chefes e deuses, 
chegando a expressar ritos religiosos. 
 
Devido à fragmentação política do território grego, ocorriam diversas guerras e 
disputas territoriais. Em função destes conflitos, a organização social das cidades 
gregas valorizava a militarização, e em muitas delas o cidadão era criado com o 
propósito de servir aos objetivos da sociedade e sua educação era voltada para a 
preparação militar. 
 
As atividades atléticas e ginásticas eram amplamente utilizadas neste contexto 
educacional. Como exemplo, na cidade estado de Esparta, o jovem espartano, dos 
07 aos 21 anos, freqüentava instituições escolares estatais cujo currículo valorizava 
predominantemente as práticas esportivas com fins militares. 
7 
 
 
 
Dentre todos os Jogos disputados na Grécia Antiga, o mais importante foram os Jogos 
Olímpicos. 
 
2.5.1 Os Jogos Olímpicos - foram criados em 776 a.C, num tratado político de paz, 
assinado entre as principais cidades–estado da Grécia; sendo proposta sua 
realização na cidade de Olímpia a cada quatro anos, com objetivos de louvar a Zeus, 
a maior divindade da mitologia grega, e paralisar guerras, na proposição de 
celebração da paz entre as cidades gregas. 
 
Assim durante doze séculos, numa periodicidade de 04 em 04 anos, imperou na 
Grécia uma trégua sagrada; as guerras cessavam, para que os gregos pudessem 
disputar e assistir os jogos sagrados de forma harmoniosa. 
 
Dentro de uma regulamentação precisa, os jogos eram dirigidos pelos “helenóices”, 
magistrados de olhar certeiro, de conceito ilibado e de grande envergadura moral, 
cujas atribuições principais consistiam no treinamento de atletas, na organização das 
provas, no julgamento dos vencedores, no policiamento e administração de Olímpia 
durante o período das competições. Eles inspiravam completa confiança quanto à 
imparcialidade. 
 
Participar dos jogos constituía grande honra, pois o atleta ao se inscrever deveria 
satisfazer as seguintes exigências: ser homem livre e de origem grega, ser filho 
legítimo, estar de posse de todos os direitos civis, não ser culpado de 
irreverência com a religião, de crime de morte, de falta com o Estado, inclusive 
impostos, multas e não cumprimento do serviço militar em época de guerra. 
 
Ademais, ficava excluído todo aquele que houvesse perturbado a paz olímpica e 
deixado de pagar sansões olímpicas a ele atribuídas. 
 
Tudo isso devia ser confirmado em juramento diante da estátua de Zeus. Os árbitros 
também eram submetidos a uma preparação técnica, levando vida em comum com 
os atletas. Aprendiam a conhecer os competidores e estes seus futuros juízes. 
 
8 
 
 
Próximo das competições os atletas eram transportados para Olímpia, onde se 
alojavam, sendo despedidos com as seguintes palavras: “Para Olímpia! Ide ao estádio 
e mostrai-vos como homens capazes”. Os competidores chegavam a Olímpia um mês 
antes do início oficial dos Jogos e passavam por um treinamento moral, físico e 
espiritual sob a supervisão dos juízes. 
 
Os Jogos Olímpicos reuniam a elite da sociedade, não somente os atletas da escola, 
como a fina flor da cultura literária e artística da época; pois representações teatrais 
constavam também no programa. 
 
 
 
Na 1ª edição dos Jogos Olímpicos, foram disputadas apenas provas de corridas de 
velocidade, com a inclusão gradativa de novas modalidades a cada nova edição. 
 
 
 
 
 Corridas de velocidade. 
 
 Pentatlo (competição formada por cinco modalidades atléticas incluindo 
luta livre, salto de distância, corrida, lançamento de disco e lançamento 
de dardo). 
9 
 
 
 
 Pancrácio (combinação de boxe e luta livre). 
 
 Corrida de carros (Bigas). 
 
 Combates armados 
 
 Luta Livre 
 
 Arco e Flecha 
 
 Arremesso de Peso 
 
 Corridas de Longa Distância 
 
Os vencedores recebiam um ramo de palma e uma coroa de oliveira, além de outras 
possíveis recompensas de sua cidade, para a qual a vitória representava grande 
glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos, podendo inclusive, receber 
alimentação gratuita pelo resto de suas vidas. A homenagem podia consistir até na 
ereção de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos por 
Píndaro, poeta lírico que produziu diversas obras, destacando-se hinos em louvor às 
vitórias de atletas gregos. 
 
Como os Jogos Olímpicos era um festival dedicado a ZEUS, não era permitida a 
participação, como também a presença de mulheres; além de que, os atletas 
competiam NUS. Porém, nas competições de Corridas de Bigas, fora das áreas 
sagradas, a presença feminina era permitida; mas às mulheres casadas estava 
interditada essa presença, salvo as sacerdotisas, às solteiras não havia restrições. 
Os bárbaros e escravos podiam assistir às competições, às infrações eram castigadas 
com a morte. 
 
A utilização política nas atividades atléticas abrangia, além do uso das mesmas para 
preparação militar, a realização de Jogos para promover um relacionamento político 
saudável entre as cidades-estado. O estabelecimento da paz sagrada, a grande 
10 
 
 
difusão cultural e religiosa durante os jogos, simbolizava o contrato entre governos 
das cidades - estado, e dava um sentido de identidade entre os povos gregos. 
 
Poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para tornarem-se 
mais conhecidos através da declamação de suas obras. Outros ainda aproveitavam 
o momento, para diversificar seus negócios, realizados numa grande feira. Pode-se 
fazer uma ideia aproximada do número de pessoas presentes no festival, 
considerando o fato de o estádio de Olímpia comportar 40 mil pessoas sentadas. 
 
Para os gregos cada idade tinha a sua própria beleza e a juventude tinha a posse de 
um corpo capaz de resistir a todas as formas de competição, seja na pista de corridas 
ou na força física. A estética, o físico e o intelecto faziam parte de sua busca para 
perfeição, sendo que um belo e forte corpo, era tão importante quanto uma 
mente brilhante. 
 
O filósofo Sócrates registra a importância do esporte para a sociedade da época: 
“Nenhum cidadão tem o direito de ser um amador na matéria de adestramento 
físico, sendo parte de seu ofício, como cidadão, manter-se em boas condições, 
pronto para servir ao Estado sempre que preciso. Além disso, que desgraça é 
para o homem envelhecer sem nunca ter visto a beleza e sem ter conhecido a 
força de que seu corpo é capaz de produzir”. 
 
O exemplo maior do conhecimento dessa capacidade física, foi realizado pelo soldado 
Feidípedes, que correu de um lugar chamado Marathon até Atenas, para informar ao 
seu povo a vitória de seu exército fazendo um percurso de aproximadamente 41km, 
e ao chegar só teve tempo e forças para dizer “vencemos”, e cair morto seguidamente. 
Assim, em homenagem a esse feito histórico, o qual ressaltavao ideal grego de força 
e superação, nos Jogos Olímpicos da Era Moderna instituiu-se uma prova de corrida 
denominada Maratona, tornando-se a mais nobre das provas do atletismo. 
 
O caráter festivo dos jogos foi alterado a partir da segunda metade do século V a C., 
quando a rivalidade entre as cidades, principalmente entre Esparta e Atenas, resultou 
numa guerra civil conhecida na história como Guerra do Peloponeso. Originalmente 
11 
 
 
sem unidade, o mundo grego estava mais do que nunca esfacelado e enfraquecido, 
abrindo caminho para o domínio macedônio e para o imperialismo romano. 
 
Com a conquista da Grécia Antiga pelos romanos, os jogos olímpicos entram em 
declínio. A proposta inicial romana, de integrar os cidadãos em competições 
marcadas pela cordialidade, cede espaço para disputas desleais, pois os romanos 
passaram a disputar os jogos, e competindo com um povo que haviam subjugado e 
dominado não admitiam derrotas, preparando-se à “sua maneira” para disputar as 
competições. 
 
Também foi instituído o advento do soldo aos atletas, e pela primeira vez na história, 
homens passaram a ser pagos para se dedicar exclusivamente ao esporte. Os 
atletas viam as Olimpíadas como um reforço no orçamento, além de que Roma 
passou a subornar adversários, com dinheiro e mulheres, garantindo assim sua 
supremacia nas provas. 
 
A última Olimpíada da Era Antiga aconteceu em 393.d.C, quando o imperador romano 
Teodósio I, convertido ao cristianismo, proibiu em todo o território do Império Romano, 
a realização de festas pagãs para adoração de deuses. 
 
2.6 Práticas Pré-Esportivas Romanas e os Jogos Romanos – Os estudos 
apresentam uma divisão entre as atividades pré-esportivas praticadas pelos antigos 
romanos, de acordo com o período histórico: 
 
2.6.1 De 573 a.C até 510 a.C – exercícios físicos para preparação militar: marchas, 
corridas, saltos, arremesso de dardo, arremesso de disco, esgrima, lutas, pugilismo, 
exercícios eqüestres, natação e remo. 
 
2.6.2 De 510 a.C até 30 a.C – Como haviam dominado a Grécia em 476 a.C, os 
romanos aproveitaram nesse período a prática desportiva grega, conforme já citado 
no penúltimo parágrafo do item 2.51 
 
2.6.3 De 30 a.C até 476 d.C - Período em que se realizaram os Jogos Públicos 
Romanos. 
12 
 
 
 
Os romanos, como os gregos tiveram a realização de seus Grandes Jogos, que foram 
caracterizados como circenses e também tinham caráter religioso. Eram grandes 
festas populares. As disputas aconteciam em Roma e em outras cidades, às vezes 
ao mesmo tempo. Foram construídos anfiteatros para a disputa desses jogos, dentre 
eles o mais famoso: o Coliseu - Maior e mais famoso símbolo do Império Romano, 
o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre gladiadores 
ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. Suntuoso, era mais 
confortável do que muitos estádios modernos. Sua construção foi iniciada no 
ano 72 d.C., por ordem do imperador Flávio Vespasiano, que decidiu erguê-lo 
no local de um antigo palácio de Nero, seu antecessor no comando do império. 
As obras levaram oito anos para serem concluídas e, quando tudo ficou pronto, 
Roma já era governada por Tito, filho de Vespasiano. 
 
Esses jogos iniciaram com Corridas de Bigas, quando os lutadores caiam dos carros, 
tinham que sobreviver ao ataque de outros contendores. Mas as corridas de bigas, 
foram sendo substituídas pouco a pouco pelas lutas de gladiadores (Militares/ 
Escravos/ Ladrões/ Cristãos/ Bárbaros), homens armados com espadas e outros 
artefatos, que combatiam oponentes e animais. Esses jogos eram oferecidos pelos 
governantes romanos ao povo e serviam para aliviar as tensões sociais. 
 
 
13 
 
 
Os jogos tiveram papel importante durante o Império. Nesta época de grandes 
conquistas territoriais e expansão externa, as políticas sociais internas muitas vezes 
eram sonegadas, causando a ira da população. Para evitar rebeliões e levantes 
populares, os imperadores adotaram a “Política do Pão e Circo”, ação que conforme 
a necessidade de “controle” do povo, faziam com que o calendário dos jogos fosse 
expandido, chegando ao número de 175 dias festivos, quando eram oferecidos além 
dos jogos, cotas de pães à população. 
 
 
 
Ao contrário dos Jogos Olímpicos, repletos de honra e disputas leais, os Jogos 
Romanos eram caracterizados por espetáculos bizarros e sangrentos, contendo lutas 
armadas que se prolongavam até a morte dos gladiadores, lutas contra animais 
selvagens e execução de criminosos e cristãos. 
 
 
 
2.7 Idade Média, Os Torneios e as Justas - Chama-se Idade Média o período da 
história compreendido aproximadamente entre a queda do Império Romano e o 
período histórico determinado pela afirmação do capitalismo sobre o modo de 
produção feudal, o florescimento da cultura renascentista e os grandes 
descobrimentos (476 até 1450). 
 
14 
 
 
Após a queda do Império Romano, as práticas desportivas sofreram enorme 
decadência. Verificava-se uma acentuada diferenciação entre as atividades das 
classes sociais, enquanto os nobres se dedicavam a desenvolver aptidões guerreiras 
em torneios e combates, além de praticar a equitação e a caça, o povo tinha grande 
apego aos jogos de bola. 
 
Esse declínio do esporte deve-se muito à concepção religiosa; a igreja tinha um 
entendimento de que corpo e espírito eram independentes e separados, 
considerando que as “fraquezas” do corpo impediriam a purificação da alma e a 
salvação. Por isso, o que estava ligado ao corpo no sentido de causar prazer, como 
a dança, a farta alimentação, a prática sexual e as competições esportivas, eram 
considerados pecado. Assim, o corpo ficava relevado nos dogmas da igreja, servindo 
mais à penitência do que ao desenvolvimento de aptidões físicas. 
 
Os exercícios físicos nos séculos XI, XII e XIII foram base da preparação militar dos 
soldados, que lutavam nas Cruzadas empreendidas pela igreja. Nesse período 
aconteceram: 
 
Justas Medievais – Disputas entre 2 cavaleiros com armaduras, escudos e lanças. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Soule – Esporte popular de pelota de grande violência, participavam principalmente 
homens do campo. 
 
 
Torneios Medievais – Competição que caracterizava uma verdadeira batalha. Os 
competidores, além de cavalos, usavam espadas e lanças. Duas equipes, em campo 
aberto, lançavam-se contra a outra, muitas vezes, após o primeiro confronto, muitos 
homens caiam mortalmente abatidos. Participavam a nobreza e alguns profissionais 
conhecidos como “trapaceiros” ou batoteiros ( pessoas mentirosas que conseguiam “ 
entrar” na nobreza, através de espertezas e técnica, para obter vantagens indevidas 
e, consequentemente, benefício ilícito) 
 
 
16 
 
 
Entre os séculos XIV e XVIII, ocorreu um período de transição histórica (Média – 
Moderna), onde se destacaram 03 grandes movimentos : 
 
a) Humanista - Movimento social europeu, que recolocou o homem como centro de 
toda ação e como agente principal no processo de mudanças sociais. Se antes ( Idade 
Média) DEUS e a Igreja guiavam o Homem e seus passos, agora o Homem, por si 
só, obedecia a reflexão mais aprofundada para discernir seus caminhos. O 
pensamento humanista fez ressurgir na cultura europeia a filosofia greco-romana, a 
retomada de diversas atividades, dentre elas a redescoberta da importância da 
atividade física. 
 
b) Renascença – movimento iniciado na Itália, e que se estendeu por toda Europa. 
Foi um período, em que muitas crenças arraigadas e tomadas como verdadeiras, 
foram postas em discussão e testadas através de métodos científicos. Como o 
homem sempre teve interesse no seu próprio corpo, o período da Renascença fez 
explodir novamente a cultura física, as artes, a música, a ciência e a literatura. A 
beleza do corpo, antes pecaminosa, é novamente explorada pelos grandes artistas, 
além da criação de instrumentos e conceitos de estudos, comoLeonardo da Vinci, 
responsável pela criação de desenho com medidas antropométricas do corpo 
humano. 
 
17 
 
 
 
 
A inclusão da Educação Física Escolar como disciplina, aconteceu também nesse 
período, Vitório de Feltre que em 1423 fundou a escola "La Casa Giocosa" incluiu no 
conteúdo programático os exercícios físicos. 
 
c) Iluminismo - Movimento surgido na França no século XVII, e defendia o domínio 
da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa na Idade Média. Contra o 
abuso do poder no campo social prolongou-se até o século XVIII, com o lema: 
Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Como destaque para a atividade física dessa 
época, os alfarrábios apontam: Jean-Jaques Rousseau e Johann Pestalozzi. 
Rousseau propôs a Educação Física como necessária às crianças para 
desenvolverem relações com o meio externo. Segundo ele, pensar dependia extrair 
energia do corpo em movimento. Pestalozzi foi precursor da escola primária popular 
e sua atenção estava focada na influência formativa do exercício físico, no 
desenvolvimento integral do indivíduo. 
18 
 
 
3-ESPORTE MODERNO 
 
No último quarto do século XVIII, em meados de 1760, ocorreu na Inglaterra uma 
grande evolução científica, tecnológica e econômica, a Revolução Industrial. Foram 
inventadas máquinas que produziam muito mais que o trabalho manual: máquinas 
de fiação e tecelagem. E para atender a demanda de trabalho nessas fábricas, 
houve um grande êxodo rural, o qual favoreceu o crescimento urbano; pois essa 
frente de “mão de obra”, era formada por homens, mulheres e até crianças. 
 
 
 
A Revolução Industrial influenciou a mudança na forma de se pensar o mundo. O 
pensamento racional foi direcionado a formas de otimização da produção, através de 
processos que visavam ao acúmulo de capitais. 
 
O esporte moderno se desenvolveu paralelamente ao processo de industrialização 
herdando dele a racionalização, sistematização e a orientação ao resultado. A origem 
do esporte na Inglaterra está em jogos e recreações populares (jogos com bola), 
assim como em algumas atividades lúdicas da nobreza britânica (caça, remo, 
equitação). 
 
19 
 
 
Desde o século XVIII até meados do século XIX, ocorriam na aristocracia disputas 
esportivas, principalmente corridas curtas, lutas e provas de remo, que serviam para 
apostas dos disputantes e dos assistentes. Na primeira metade do século XIX, 
Thomas Arnold, pedagogo inglês resolveu codificar os jogos existentes, dando-lhes 
regras e competições, era o início do Esporte Moderno. 
 
Com a prática esportiva nas escolas aristocráticas inglesas regulamentada, torna-se 
componente curricular fundamental, que visava atribuir valores de liderança e 
disciplina aos futuros dirigentes ingleses. 
 
Porém, a prática de atividades físicas e jogos também aconteciam na classe operária, 
e num percentual quantitativo muito maior do que na aristocracia, posto que o 
crescimento urbano desse período era exacerbado e desordenado, assim uma 
regulamentação esportiva também deveria atingir a baixa classe. A prática dos jogos 
com bola ( futebol), tinha necessidade de regras; afinal sem normas, essa atividade 
tornar-se-ia um verdadeiro massacre. 
 
Em consequência, foram instituídas nas fábricas atividades físicas regulamentadas, 
e a burguesia industrial inglesa usou habilmente os princípios educativos do esporte 
para desenvolver junto à classe proletária valores como disciplina, hierarquia, 
rendimento. Assim, a prática esportiva dos trabalhadores atendeu aos interesses de 
doutrinação da burguesia, que sob o pretexto de melhoria e manutenção da saúde 
e combate aos vícios, visavam na realidade o aumento da produção e diminuição 
das faltas. 
 
As fábricas fundaram diversas equipes constituídas por seus operários. A disputa 
esportiva entre as empresas gerou a ideia de fidelidade entre o trabalhador e a fábrica; 
a discussão esportiva desviava a mente dos trabalhadores de problemas 
empregatícios e de organizações sindicais. Os operários que se destacavam nas 
equipes esportivas recebiam benefícios, horários para treinar, dias de folga e 
bonificações. 
 
O esporte atingiu na Inglaterra todos os segmentos da sociedade e teve a igreja e as 
escolas estatais como agentes propagadores de grande importância. As igrejas, com 
20 
 
 
o objetivo de atraírem fiéis, construíram campos de futebol em seus arredores, onde 
eram disputadas partidas após as cerimônias nos finais de semana. As escolas 
estatais incluíram o esporte em seus programas seguindo determinações do governo 
e foram importantes agentes de massificação da prática esportiva. 
 
No último quarto do séc.XIX, com o desenvolvimento das atividades esportivas, 
instituiu-se um sistema esportivo, com a criação de federações e associações, que 
normatizaram as regras, instituíram recordes, enfim organizaram o esporte, de 
maneira tal que foi difundido a outros países. Com o surgimento de ligas e 
campeonatos, nasceu a figura do espectador esportivo, provocando a construção de 
estádios que abrigavam grande número de torcedores. Em fins do século XIX, o 
esporte arrastava multidões aos estádios. Os órgãos governamentais perceberam 
então o poder e abrangência do esporte e passaram a fazer uso de suas estruturas. 
Ocorreu uma estatização de entidades esportivas, fato que trouxe ao esporte o 
sentimento de patriotismo e representação nacional, sobretudo com a convocação de 
seleções para disputa em campeonatos internacionais. 
 
A Inglaterra se firmou no séc.XIX como a grande potência imperial do mundo. Esta 
posição possibilitou a exportação de tecnologia e empresas para suas áreas coloniais, 
sobretudo nas áreas têxteis, de energia elétrica e ferroviária, e junto com essas 
empresas, foi exportado para o mundo todo o modelo esportivo inglês. 
 
Segundo Brohm (2003), a gênese do esporte moderno sugere que a origem deve 
ser buscada concomitantemente com a consolidação do modo de produção 
capitalista e da ideologia burguesa. Isso gerou transformações de performance, 
medição de resultados e comparações dos mesmos, que não eram observadas no 
esporte antigo. A melhoria do desempenho do organismo humano, começou a ser 
tratada por um sistema científico. Com efeito o esporte materializou de forma abstrata 
a performance humana. 
 
 
 
21 
 
 
4- OLIMPISMO 
 
O Olimpismo é uma filosofia de vida que defende a formação de uma consciência 
pacifista, democrática, humanitária, cultural e ecológica por meio da prática esportiva. 
O objetivo do Olimpismo é colocar o esporte a serviço do homem, a partir da criação 
de um estilo de vida baseado na alegria do esforço físico e no respeito entre os 
cidadãos, contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo e fortalecendo a 
compreensão e a união entre os povos. 
 
Baseado nos ideais dos Jogos Olímpicos Gregos da Idade Antiga, e no modelo do 
esporte inglês, que tinha por preceitos a competição, a regulamentação das 
atividades e o jogo limpo “fair play”; no final do séc.XIX (1894) , um aristocrata francês, 
o Barão Pierre de Coubertin, organizou e realizou um Congresso Internacional Atlético 
em Paris, no qual foi criado o COI ( Comitê Olímpico Internacional). 
 
Nesse Congresso, Coubertin buscou instituir um conjunto de ideias nobres 
denominado Olimpismo; cujo preceito básico era o amadorismo, que pregava uma 
prática desinteressada das atividades esportivas, não sendo permitida a remuneração 
dos participantes em função de sua atuação esportiva. Tendo como principais 
objetivos: 
 
 
 
1. Promover o desenvolvimento das qualidades físicas e morais que são a base 
do esporte; 
 
2. Educar a juventude através do espírito esportivo para um melhor 
entendimento e amizade entre os povos, ajudando a construir um mundo 
melhor e mais pacífico; 
 
3. Espalhar os princípios olímpicos pelo mundo, criando a amizade 
internacional; 
 
22 
 
 
4. Unir os atletas domundo a cada quatro anos em um grande festival esportivo: 
os Jogos Olímpicos. 
 
Na atualidade, integram o Movimento Olímpico: o Comitê Olímpico Internacional 
(COI), os Comitês Olímpicos Nacionais (no caso do Brasil o COB) , as organizações 
esportivas, os atletas e todos os que aceitam a Carta Olímpica. 
 
 
 
4.1 JOGOS OLÍMPICOS DE VERÃO OU OLÍMPIADAS: 
 
Com a restauração dos jogos, criou-se a ideias de representação esportiva nacional, 
esta condição gerou um sentimento patriótico nos atletas e na população dos países 
participantes. O esporte exaltou elementos simbólicos, tais como bandeiras e hinos, 
que foram exibidos ostensivamente nas cerimônias de abertura e de premiação. 
Percebendo o grande poder convocatório e nacionalista do esporte, os governos 
passaram a investir na preparação de seleções nacionais em busca do prestígio 
obtido com vitórias esportivas para seus respectivos regimes políticos. 
 
1. Athenas 1896 
Primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, que foram realizados em 1896, 
em Atenas, com a participação de 285 atletas que integravam delegações de 13 
países. Nessa primeira Olimpíada da Era Moderna o atletismo destacou-se como 
principal esporte, sendo realizadas 12 provas, entre corridas, saltos e arremessos. 
 
23 
 
 
2. Paris 1900 
Diferentemente dos primeiros Jogos, quando a população de Atenas participou com 
entusiasmo de todos os eventos, as Olimpíadas de 1900 passaram despercebidas 
para os parisienses, principalmente por causa da falta de informação e organização. 
Além disso, os Jogos concorreram como coadjuvante diante de outro evento: Paris 
se preparava para organizar uma grande Feira Mundial (atual Expo), tendo a Torre 
Eiffel como porta de entrada da exposição industrial e tecnológica. O acúmulo de 
eventos fez com que os Jogos Olímpicos acabassem sendo disputados em longos 
cinco meses, tendo a França, como era de se esperar, como grande vitoriosa nos 
Jogos. A presença de mulheres nos Jogos (em Atenas-1896 só participaram homens) 
causou uma grande polêmica no meio intelectual e esportivo. 
 
3. St. Louis 1904 
A Olimpíada de Saint Louis, nos Estados Unidos entrou para a história como a pior 
de todos os tempos. A péssima organização do evento e o baixo desempenho dos 
atletas fizeram dos Jogos um espetáculo deprimente, beirando o ridículo. Apenas 12 
países mandaram representantes para os EUA. A interferência política fez com que 
Coubertin ficasse decepcionado com os organizadores dos Jogos e não 
comparecesse à cerimônia de abertura. De forma positiva , pela primeira vez nos 
Jogos Olímpicos, os vencedores foram premiados com medalhas de ouro, os 
segundos levaram a prata e os terceiros, o bronze. 
 
4. Londres 1908 
Nos Jogos Olímpicos de Londres a participação feminina tornou-se definitiva - 36 
mulheres, houve também uma mudança no percurso da prova da MARATONA, para 
que a família real britânica pudesse assisti-la do Castelo de Windsor. Desde então, 
os 41km de prova, passaram oficialmente para 42,195 Km. Essa foi a última edição 
dos Jogos em que o país sede definiu a arbitragem; pois devido a inúmeros equívocos 
e parcialidade dos juízes em prol das equipes do país sede, o COI apropriou-se dessa 
função para todos as edições seguintes. 
 
5. Estocolmo 1912 
Com a participação de 2407 atletas de 28 países (recorde até então), os Jogos de 
Estocolmo-1912 tiveram 14 esportes no programa - a edição anterior contou com 22 
24 
 
 
esportes, em sua maioria já extintos. Para abrigar as principais provas do atletismo, 
os suecos construíram um estádio Olímpico que mais lembrava uma fortaleza 
medieval, com seus tijolos de cor cinza-vulcânica. A natação feminina entrou pela 
primeira vez nas Olimpíadas, tornando irreversível a participação das mulheres nos 
Jogos. 
 
6. Antuérpia 1920 
Criação da bandeira olímpica por Pierre de Coubertin, os cinco anéis entrelaçados 
simbolizavam os cinco continentes, com seus desportistas enfrentando – se numa 
competição justa. As cinco cores, sobre um fundo branco , estavam compostas 
originariamente em todas as bandeiras do Mundo. Foi a Primeira Participação do 
Brasil em Olimpíadas, com a conquista da Primeira Medalha Ouro Individual com 
Guilherme Paraense na Prova de Tiro. 
 
7. Paris 1924 
Com a participação de 2956 atletas, entre eles 136 mulheres, representando 44 
países, um recorde até então, para felicidade e glória de Pierre de Coubertin, que via 
os Jogos voltarem à sua terra natal, após vinte anos, bastante revigorados, com a 
presença de 1000 jornalistas e a primeira transmissão radiofônica das provas. Foi 
também a primeira vez que os atletas se instalaram numa pequena vila olímpica, 
formada de várias pequenas casas de madeira. 
 
8. Amsterdã 1928 
Pela primeira vez na história, uma edição das Olimpíadas foi realizada sem a 
presença do Barão de Coubertin. Criador dos Jogos Olímpicos Modernos e então 
presidente do COI, o Barão afastou-se do cargo em 1925, acreditando que sua 
missão estava cumprida. Coubertin também estava desiludido com a crescente 
profissionalização do esporte, que desvirtuava o ideal olímpico pregado pelo francês, 
e se refugiou na Suíça. 
 
9. Los Angeles 1932 
A crise da bolsa de 29 fez o mundo duvidar do poderio econômico dos EUA e a 
economia norte-americana só começaria a se recuperar em 1933, com o New Deal 
do presidente Roosevelt. No esporte, porém, a resposta veio já em 1932, com os 
25 
 
 
Jogos Olímpicos de Los Angeles. A crise financeira no Brasil também fez a diferença 
nos Jogos. O Governo Brasileiro financiou a viagem dos atletas para Los Angeles em 
troca de trabalho. A delegação brasileira embarcou com 50 mil sacas de café em um 
navio e tinha de vender a semente pelo caminho. Quem não vendesse, não 
competiria. Dos 69 atletas que foram para os Estados Unidos, 24 acabaram 
retornando. Além dos atletas que superaram a "eliminatória do navio", outros 13 
atletas viajaram por conta própria, completando a equipe. Entre os 58 atletas 
brasileiros, havia apenas uma mulher. A nadadora Maria Lenk, que se tornou a 
primeira atleta sul-americana a competir numa Olimpíada. Lenk participou da prova 
dos 100 m livre, 100 m costas e 200 m peito, na qual foi eliminada nas semifinais. A 
atleta aprendeu a nadar no rio Tietê e ficou conhecida no país por introduzir por aqui 
o nado borboleta. 
 
10. Berlim 1936 
Nesse período a Alemanha era governada pelo nazismo tendo como líder supremo e 
totalitário : Adolf Hitler. A ascensão do nazismo na Alemanha foi favorecida pelas 
humilhações sofridas pelo povo em função das imposições do Tratado de Versailles 
após a primeira guerra mundial, que responsabilizou a Alemanha pelo conflito, 
obrigando-a a pagar pesadas reparações, crises econômicas e o temor da revolução 
comunista que acontecia na Rússia. 
 
Assim, após assumir o poder, Hitler inicia uma campanha de perseguição e combate 
aos opositores do regime nazista, e ao mesmo tempo combateu frentes de 
desemprego com frentes de trabalho e incentivos à indústria. 
 
Em 1931, a Alemanha apresentou intenções de sediar as Olimpíadas de 1936 na 
cidade de Berlim, num interesse de exaltar a honra do povo e divulgar 
internacionalmente a imagem poderosa da Alemanha Nazista. A intensa participação 
do Estado Nazista e do Exército alemão na organização dos jogos, fez surgir nos 
EUA, França, Inglaterra e em outros países europeus, suspeitas quanto à intenção 
de utilização política dos jogos. Foram iniciadas campanhas de boicote; pois outro 
receio era a perseguição racial sofrida pelos judeus na Alemanha, e alguns países 
sentiam-se inseguros em levar seus atletas de origem negra e judaica aos jogos, 
26 
 
 
sendo revertido após uma série de medidas e compromissos firmados pelo governo 
alemão junto ao COI. 
 
A máquina do Estado Nazista, realizou a melhor edição dos jogos até então, a 
população foi orientada a receber bem osparticipantes, dando uma visão de 
exaltação de honra e glória ao regime nazista. Hitler também tinha a intenção de 
comprovar a supremacia da raça ariana nas provas atléticas dos jogos. No entanto, 
a hegemonia alemã foi ameaçada pela equipe de atletismo dos EUA, composta entre 
outros, por dez atletas negros que conquistaram oito medalhas de ouro. Com 
destaque para o atleta Jesse Owens, ganhador de quatro dessas medalhas de ouro, 
nos 100 e 200 metros rasos, revezamento 4x100 metros e salto em distância, prova 
em que derrotou o campeão europeu e alemão Luz Long. Após a vitória de Owens, 
Hitler deixou o estádio irritado, sem cumprimentá-lo como havia feito até então com 
os campeões. 
 
Todavia, a anfitriã, com a maior delegação dos jogos, conquistou o maior número de 
medalhas olímpicas, 90 contra 56 dos EUA. 
 
Também foi nessa edição doa jogos que aconteceu o 1° Revezamento da Tocha 
Olímpica. 
 
11. Londres 1948 
Ainda abatida pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial, Londres voltou a 
receber os Jogos Olímpico em 1948, doze anos após a última edição realizada. A 
capital inglesa, mesmo parcialmente destruída e sem muita verba para organização, 
hospedou todos os atletas e cumpriu com eficiência a tarefa de ser sede. O Brasil 
conquistou a primeira medalha no esporte coletivo : bronze no basquete 
masculino. 
 
12. Helsinque 1952 
 
O conflito entre duas potências mundiais, EUA e a União Soviética, denominado 
Guerra Fria, teve início após o término da Segunda Guerra Mundial. Este embate se 
27 
 
 
estendeu pela segunda metade do séc.XX , em uma grande disputa ideológica e 
armamentista. 
 
As pressões resultantes da Guerra Fria foram sentidas nas disputas esportivas, a 
URSS iniciou sua participação em Helsinque, 1952, disposta a mostrar ao mundo a 
excelências do comunismo; pois nos quatro anos que antecederam esses jogos foram 
destinados grandes recursos a projetos esportivos, visando formar atletas de alto 
nível que representassem a ideologia comunista nos jogos. Assim a partir desses 
jogos, iniciou-se uma disputa paralela à Olimpíada, o confronto ideológico entre dois 
blocos antagonistas dentro de recintos esportivos, resultando boicotes dos EUA e 
aliados, e da URSS e bloco socialista . 
 
A Guerra Fria foi um combate de tensões e ameaças apocalípticas que deixaram o 
mundo à sombra da guerra até o final da década de 80 com a queda do muro de 
Berlim e o declínio e esfacelamento da União Soviética. 
 
Neste contexto o esporte foi usado como instrumento ideológico e de propaganda por 
ocasião de competições internacionais e Jogos Olímpicos. Foi uma arma simbólica 
dos blocos opostos, transformando piscinas, ginásios e estádios em campos de 
batalha. As vitórias esportivas foram usadas para reafirmar o prestígio político e a 
soberania de cada regime. 
 
Nessa edição também o atleta brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, bateu o recorde 
olímpico do salto triplo e conquistou sua 1ª medalha de ouro. 
 
13. Melbourne 1956 
Esta foi a primeira vez que os Jogos Olímpicos foram disputados no hemisfério sul. E 
tiveram uma peculiaridade: as provas de hipismo não aconteceram em Melbourne, 
mas em Estocolmo. As severas leis de quarentena da Austrália atrasariam a 
autorização da entrada de cavalos estrangeiros e a solução encontrada pelos 
organizadores foi transferir as provas da modalidade para a Suécia, cinco meses 
antes do início dos Jogos. O time americano de basquete liderado por Bill Russel e 
K.C. Jones impôs a performance mais dominante da história Olímpica. Os americanos 
marcaram mais que o dobro de pontos que os seus adversários e venceram todos os 
28 
 
 
jogos com pelo menos 30 pontos de vantagem. Pelo Brasil, Adhemar Ferreira da Silva 
conquistou o bicampeonato Olímpico no salto triplo. 
 
 
Adhemar Ferreira da Silva 
 
 
14. Roma 1960 
Os Jogos Olímpicos Roma 1960 foram os primeiros a serem transmitidos pela 
televisão, ao vivo, para 20 países. Cerca de 200 milhões de pessoas assistiram às 
competições sem sair de casa. A capital italiana também testemunhou as vitórias do 
norte-americano Cassius Clay, que mais tarde seria imortalizado como Muhammad 
Ali, seu nome muçulmano. O pugilista foi campeão Olímpico na categoria meio-
pesado. O Brasil conquistou duas medalhas de bronze: uma na natação, outra no 
basquete. 
 
15. Tóquio 1964 
Tóquio recebeu os primeiros Jogos Olímpicos do continente asiático. Grandes 
investimentos foram feitos para a construção de ginásios e complexos esportivos, 
além de melhorias no transporte público da cidade. Foi lá que o judô e o vôlei (primeiro 
esporte coletivo disputado por mulheres) passaram a fazer parte dos Jogos. A ginasta 
russa Larisa Latynina adicionou seis novas medalhas à sua incrível coleção. Em três 
Jogos Olímpicos ela conquistou nove medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de 
29 
 
 
bronze, um total de 18 medalhas. A seleção brasileira masculina de basquete 
conquistou sua terceira medalha olímpica de bronze. 
 
16. México 1968 
 
A Cidade do México recebeu os primeiros Jogos Olímpicos realizados na América 
Latina, onde se apresentaram ao mundo a dois tipos de doping. O primeiro, natural, 
resultado da altitude: disputados a 2.240 metros do nível do mar, com resistência do 
ar menor e 30% de oxigênio a menos, os Jogos tiveram 68 recordes mundiais e 301 
recordes olímpicos quebrados. 
 
O segundo, artificial. A Cidade do México viu, pela primeira vez, o controle antidoping 
em Olimpíadas. Somente um atleta foi eliminado por testar positivo a substâncias 
proibidas - o sueco Hans-Gunnar Liljenvall, do pentatlo moderno, por excesso de 
álcool. 
 
Além disso, testes de comprovação de sexo para as provas femininas foram 
adotados, pelas suspeitas sobre as características físicas de algumas campeãs dos 
países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas muitas atletas 
importantes não se inscreveram para os Jogos. 
 
O Brasil aproveitou os primeiros Jogos disputados na América Latina para conseguir 
seu melhor desempenho olímpico da década. No México, foram uma medalha de 
prata e duas de bronze. 
 
No atletismo, o salto triplo novamente rendeu medalha ao Brasil, foi a vez de Nelson 
Prudêncio conquistar a prata. Ele saltou 17,27m, novo recorde mundial. Na última 
tentativa, quando o brasileiro já saboreava a vitória, o soviético Viktor Saneyev 
atrapalhou a festa verde-amarela e saltou 17,39m, conquistando o ouro. 
 
No boxe, o paulista Servílio de Oliveira conquistou a primeira e única medalha da 
modalidade, bronze nos meio-médios, após perder as semifinais pelo mexicano 
Ricardo Delgado. 
 
30 
 
 
A terceiro medalha veio em uma modalidade que, no futuro, se tornaria a mais 
vitoriosa do país em Olimpíadas, a vela. Na classe Flying Dutchmann, Reinald Conrad 
e Burkhard Cordes ganharam o bronze. 
 
17. Munique 1972 
 
A Olimpíada de Munique ficou marcada pela matança de 18 pessoas, entre atletas 
israelenses, terroristas palestinos e policiais. Pela primeira vez, o maior evento 
esportivo do mundo foi paralisado. Cogitou-se suspender os Jogos, mas o COI decidiu 
manter a programação original. 
 
Um grupo de terroristas palestinos da organização Setembro Negro invadiu a Vila 
Olímpica de Munique e ingressou nos dormitórios da delegação israelense. Duas 
pessoas foram assassinadas imediatamente e outras nove foram feitas reféns do 
grupo. Os terroristas pediram a libertação de 200 árabes prisioneiros em Israel e 
ameaçaram executar dois reféns a cada hora. No final, após uma estratégia errada 
da polícia alemã, os onze atletas israelenses foram mortos e quase todos os seus 
agressores também. Após o triste incidente, ocorrido quase no final dos Jogos, as 
atividades foram retomadas. 
 
O grande nome de Munique e um dos maiores de todos os Jogos Olímpicos foi o do 
nadador norte-americano Mark Spitz. Campeão olímpico de sete provas da natação,Spitz também quebrou o recorde mundial de todas elas, numa façanha sem paralelos 
no mundo do esporte. O feito de Spitz, que assombrou o mundo, transformou-o num 
alvo preferencial do terrorismo por ser judeu e ele foi retirado às pressas da cidade 
após o ataque à vila olímpica e enviado de volta aos EUA. Essa edição é marcada 
também pela 1ª utilização de um Mascote Olímpico ( Waldi ) 
 
O Brasil participou com quase o mesmo número de atletas da edição anterior, 89 
contra 84 na Cidade do México. Participando outra vez de 13 modalidades, os 
brasileiros conquistam duas medalhas de bronze. No atletismo, e mais uma vez no 
salto triplo, o Brasil chegou ao pódio com Nélson Prudêncio, e no judô, com Chiaki 
Ishii, na categoria meio-pesado. 
 
31 
 
 
18. Montreal 1976 
 
A ginasta romena Nadia Comaneci, de apenas 14 anos de idade, encantou o mundo 
logo na sua primeira exibição, nas barras assimétricas, com uma nota 10! A nota 
máxima nunca tinha sido dada a ninguém antes disso e essa foi a primeira de uma 
série. Ao final das competições, a ginasta havia totalizado sete notas 10, três 
medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. 
 
No Canadá, a delegação brasileira repetiu o desempenho de Munique-1972, 
conquistando duas medalhas de bronze. Com uma delegação de 81 atletas, dos quais 
apenas sete mulheres, o Brasil participou de 13 modalidades. Seguindo a tradição do 
atletismo, o salto triplo foi o destaque do país. Depois dos feitos de Adhemar 
Ferreira da Silva e Nelson Prudêncio em edições anteriores dos Jogos, foi a vez 
de João do Pulo subir ao pódio para levar o bronze. 
 
João do Paulo chegou a Montreal como recordista mundial da prova, com a marca de 
17,89 m do Pan do México-1975. 
 
O brasileiro liderou a fase eliminatória, mas não conseguiu passar dos 16,90 m e foi 
superado pelo soviético Viktor Saneyev, que faturou o ouro pela terceira vez 
consecutiva, com 17,29 m. O saltador, que morreu em 1999, participou ainda da 
Olimpíada seguinte, em Moscou-1980, onde foi bronze. O segundo bronze do Brasil 
foi na vela, com a dupla Reinaldo Conrad e Peter Ficker na classe Flying Dutchman,. 
 
19. Moscou 1980 
 
A Olimpíada de Moscou tinha tudo para ser grandiosa. Desde 1974, quando a escolha 
foi anunciada, a capital russa preparou-se para apresentar ao mundo uma Olimpíada 
para a glória do regime comunista. Mas, no ano olímpico, as diferenças políticas 
levaram a um boicote majoritário, que transformou e esvaziou o torneio. 
 
A invasão das forças soviéticas ao Afeganistão em dezembro de 1979 fez o 
presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, anunciar um boicote aos Jogos. No 
total, 61 países aderiram ao apelo dos EUA. Com isso competições aguardadas como 
32 
 
 
basquete, atletismo e natação, perderam o brilho. Somente 80 países – o menor 
número desde 1956 – estiveram presentes (apenas 5.179 atletas, 4.064 homens e 
1.115 mulheres). 
 
O Brasil foi favorecido por tantas ausências e teve o seu melhor desempenho em 
Olimpíadas desde sua estreia, em 1920, em Antuérpia. Com duas medalhas de ouro 
e duas de bronze, o país termina em 17° na colocação final no quadro geral de 
medalhas - a melhor posição em todos os tempos. Após 24 anos, os brasileiros 
finalmente voltaram a ganhar o ouro olímpico. E pela primeira vez em dose dupla. Na 
vela, Alexandre Welter e Lars Bjorkstrom ficaram em primeiro lugar na classe Tornado 
e Marcos Pinto Rizzo Soares e Eduardo Penido venceram na classe 470. 
 
No atletismo, o Brasil ganhou um bronze com João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. 
O saltador, que já tinha levado o bronze em 1976, obteve a sexta medalha nacional 
no salto triplo. Essa foi a última participação de João do Pulo em Olimpíadas. No ano 
seguinte, o atleta teve a perna direita amputada após um acidente automobilístico. 
Em maio de 1999, João do Pulo morreu de infecção generalizada. 
 
20. Los Angeles 1984 
 
Depois da debandada de Moscou, foi a vez de os soviéticos revidarem o boicote dos 
Estados Unidos. Mas nem a ausência da União Soviética e seu bloco de aliados 
socialistas, como Cuba e a Alemanha Oriental, impediu que Los Angeles obtivesse 
um número recorde de países participantes: 140. Os Jogos também marcaram a volta 
da China à competição após 32 anos de ausência. Após o bom desempenho em 
Moscou, o Brasil enviou uma delegação ainda maior para Los Angeles. Com 166 
atletas, sendo 145 homens e 21 mulheres, o país dobrou o número de medalhas 
conquistadas, com oito no total, um recorde até então: um ouro, cinco pratas e dois 
bronzes. 
 
O brasiliense Joaquim Cruz foi o único vencedor do país e de quebra estabeleceu 
novo recorde olímpico nos 800 m rasos, 1min43s00, que durou até Atlanta-1996. Já 
a seleção masculina de vôlei perdeu apenas para os anfitriões e foi vice-campeã. 
33 
 
 
William, Bernard, Montanaro, Xandó, Renan, Amauri e cia ficaram conhecidos como 
a geração de prata. 
 
Na natação, o então recordista mundial Ricardo Prado conquistou a medalha de prata 
nos 400 m medley, com 4min18s45. O Brasil também manteve a tradição de pódios 
na vela e trouxe mais pratas, com Torben Grael e Daniel Adler, na classe Soling. 
Outro esporte que rendeu medalhas foi o judô, com a prata de Douglas Vieira na 
categoria meio-pesado e dois bronzes, de Walter Carmona (médio) e Luís Onmura 
(leve). No futebol, a seleção foi à final pela primeira vez e acabou com o vice. Na 
primeira competição em que os profissionais puderam atuar (desde que não tivessem 
participado de Copas do Mundo), o Brasil foi derrotado pela França por 2 a 0. 
 
21. Seul 1988 
 
Depois de três edições tumultuadas, a grande maioria dos países filiados ao Comitê 
Olímpico Internacional (COI) voltou a participar dos Jogos em Seul. Após os boicotes 
de africanos em Montreal-1976, norte-americanos em Moscou-1980 e soviéticos em 
Los Angeles-1984, a Olimpíada enfim foi disputada pelas maiores potências do 
esporte, com exceção de Cuba. 
 
Se a organização foi impecável, um escândalo de doping manchou a Olimpíada. O 
canadense Ben Johnson, vencedor dos 100 m rasos com 9s79, foi desclassificado 
três dias depois, após um exame apontar o uso de esteroides anabolizantes. Estas 
foram as Olimpíadas do velocista americano Carl Lewis, figura mais popular dos 
Jogos, que igualou o recorde de Jesse Owens em 1936, conquistando quatro 
medalhas de ouro nos 100, 200 e revezamento 4x100m, além do salto em distância. 
 
O único ouro do Brasil veio no judô com Aurélio Miguel, que venceu cinco combates 
na categoria meio-pesado. No atletismo, o então recordista olímpico Joaquim Cruz 
não repetiu o feito de Los Angeles e, com 1min43s90, ficou com a prata. Já Róbson 
Caetano levou bronze nos 200 m, com o tempo de 20s4. 
 
A segunda prata do Brasil veio com a seleção, que repetiu o resultado de quatro anos 
antes. Sob o comando de Carlos Alberto Silva, o time, que teve Taffarel, André Cruz, 
34 
 
 
Mazinho, Jorginho, Neto, Bebeto, Ricardo Gomes e Valdo perdeu a final para a União 
Soviética por 2 a 1 na prorrogação. Romário foi o artilheiro do torneio. 
 
Na vela, vieram mais dois bronzes, com Torben Grael e Nelson de Barros Falcão, na 
classe Star, e Lars Grael e Clinio Freitas, na Tornado. 
 
22. Barcelona 1992 
 
Depois dos Jogos de Seul, em 1988, o mundo passou por grandes transformações 
na sua geopolítica. O apartheid foi banido da África do Sul, o que possibilitou o retorno 
do país aos Jogos. Alemanha se reunificou após a queda do muro de Berlim, em 
1989. A União Soviética fragmentou-se em 15 novas repúblicas no ano da véspera 
da competição. Voltaram as Jogos a Estônia, Letônia e Lituânia, ausentes há mais de 
meio século dos Jogos por causa da ocupação soviética, também participaram. 
 
As repúblicas da antiga União Soviética desfilaram em Barcelona sob o nome de 
Comunidade dos Estados Independentes (CEI), mas quando subiram ao pódio os 
atletas tiveram içadas as bandeiras deseus próprios países. A Albânia, livre da 
ditadura, voltou aos Jogos após 30 anos. Cuba, Coréia do Norte e Etiópia também 
encerraram seu boicote. A Iugoslávia, sancionada pelas Nações Unidas pela 
agressão militar à Croácia e à Bósnia, foi proibida de participar das competições por 
equipes, mas os atletas do país puderam competir como "atletas olímpicos 
independentes". A chama olímpica foi acesa com uma flecha lançada pelo arqueiro 
paraolímpico espanhol Antonio Rebollo. 
 
Formada por Tande, Amauri, André, Carlão, Douglas, Giovane, Janelson, Jorge 
Édson, Marcelo Negrão, Maurício, Paulão e Talmo, a seleção masculina de vôlei, 
comandada por José Roberto Guimarães, fez uma campanha impecável e consagrou-
se como a “Geração de ouro” ao vencer a Holanda por 3 sets a 0 na final. 
 
Foi o primeiro ouro em esportes coletivos do Brasil, além do fim do jejum de oito 
anos que o país não subia mais de uma vez ao lugar mais alto do pódio. No judô, 
Rogério Sampaio aumentou a lista com vitória dramática na categoria meio-leve, em 
que derrotou o húngaro Jozsef Csak na contagem de pontos para levar o segundo 
35 
 
 
ouro. Gustavo Borges por pouco não conseguiu o terceiro, e levou prata nos 100 m 
livre. 
 
Na natação, a conquista também foi sofrida. A prova foi bastante acirrada, com o 
russo Aleksandr Popov, Borges e o francês Stephan Caron. Assim que os nadadores 
completaram a prova, o nome do brasileiro não apareceu no placar. O chefe da 
delegação brasileira, pulou a mureta da arquibancada e foi reclamar. O nome de 
Borges apareceu na quinta colocação. Nunes continuou lutando e os fiscais 
resolveram assistir ao videoteipe da prova: prata para o Brasil. 
 
 
23. Atlanta 1996 
 
Os Jogos do centenário das Olimpíadas deveriam ter sido realizados em Atenas, na 
Grécia. No entanto, acabaram cedidos a Atlanta, na Geórgia, pela pressão exercida 
pela Coca-Cola, que tem sede na cidade. Com a participação de mais de 10 mil atletas 
e de 197 países, os Jogos de 1996 deram novo passo ao gigantismo. 
 
Com sua maior delegação na história das Olimpíadas, o Brasil conseguiu em Atlanta 
seu melhor desempenho nos Jogos, desde sua estreia, em 1920. Com 225 atletas, o 
Brasil conquistou 15 medalhas (três ouros, três pratas e nove bronzes). Com direito 
a uma final nacional, Jacqueline e Sandra, do vôlei de praia, tornaram-se as primeiras 
36 
 
 
brasileiras a ganhar um ouro olímpico. Na decisão, a dupla venceu Mônica e Adriana 
Samuel, medalhistas de prata. Na quadra, a equipe feminina ficou com o bronze ao 
derrotar a Rússia. 
 
O esporte que mais rendeu pódios foi a vela: Robert Scheidt e Torben Grael (com 
Marcelo Ferreira) levaram o ouro nas classes Laser e Star, e Lars Grael e Kiko 
Pellicano terminaram em terceiro lugar na Tornado. Pela terceira edição consecutiva 
dos Jogos, o judô também fez uma boa participação. Aurélio Miguel, na categoria 
meio-pesado, e Henrique Guimarães, entre os meio-leves, trouxeram dois bronzes. 
No futebol, o time de Zagallo tinha Dida, Bebeto, Ronaldo, Aldair, Rivaldo e Roberto 
Carlos, mas não cumpriu as expectativas. A seleção perdeu para a Nigéria, de virada, 
por 4 a 3 na semifinal e derrotou Portugal na decisão do terceiro lugar. 
 
Dois quartetos completaram a lista de medalhas brasileiras. Robson Caetano, André 
Domingos, Arnaldo de Oliveira e Édson Luciano puseram o atletismo novamente no 
topo, depois da apagada atuação em 1992, e levaram o bronze no revezamento 4 x 
100 m. No hipismo, a equipe formada por Rodrigo Pessoa, Álvaro Affonso de Miranda 
Neto (Doda), André Johannpeter e Luiz Felipe Azevedo também ficou em terceiro 
lugar nos saltos. 
 
24. Sidney 2000 
 
A Olimpíada australiana pode ser considerada a Olimpíada dos números. Foram 
batidos os recordes de atletas participantes, países, mulheres, jornalistas, voluntários, 
esportes, provas, medalhas, direitos de TV e espectadores. Livre de boicote e 
atentados, o maior problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o maior 
público mundial, o Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma prova 
ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que detinha os direitos de divulgação. 
 
Pela primeira vez desde os Jogos de Montreal-1976, o Brasil ficou sem medalhas de 
ouro em uma Olimpíada. Em contrapartida, os atletas brasileiros tiveram a segunda 
melhor campanha na história no total de medalhas, com 12, seis pratas e seis 
bronzes, perdendo apenas para Atlanta-1996, com 15. 
 
37 
 
 
O vôlei de praia foi o esporte que mais conquistou medalhas: prata com 
Shelda/Adriana Behar, campeãs mundiais, e bronzes com Zé Marco/Ricardo e 
Sandra Pires/Adriana Samuel. O judô e a vela, esportes em que o Brasil vinha 
conquistando pódios desde 1968, deram ao país quatro medalhas. Foram duas pratas 
no judô (Carlos Honorato, na categoria médio, e Tiago Camilo, na leve) e uma prata 
e outro bronze na vela (Robert Scheidt, segundo na classe Laser, e Torben Grael e 
Marcelo Ferreira, terceiros na Star). 
 
Com a conquista, Torben Grael tornou-se o brasileiro com o maior número de 
medalhas, ao lado do nadador Gustavo Borges. Torben contabilizou prata em Los 
Angeles-1984, bronze em Seul-1988 e ouro em Atlanta-1996. Já Borges, que ganhou 
bronze em Sydney no revezamento 4 x 100 m livre, foi prata em Barcelona-1992, e 
prata e bronze em Atlanta-1996. 
 
No atletismo, o quarteto brasileiro do 4x100 m rasos levou a medalha de prata. O time 
formado por Vicente Lima, Édson Ribeiro, André Silva e Claudinei Quirino terminou a 
prova apenas atrás dos norte-americanos. No hipismo, a equipe brasileira de saltos, 
que teve Álvaro Miranda Neto, André Johannpeter, Luiz Felipe de Azevedo e Rodrigo 
Pessoa, ficou com bronze. 
 
Duas seleções femininas trouxeram bronze: basquete e vôlei. No futebol, o time do 
técnico Vanderlei Luxemburgo perdeu para Camarões nas quartas e manteve o tabu 
do ouro olímpico. No feminino, o país ficou em quarto. 
 
 
25. Athenas 2004 
A volta ao palco dos Jogos Olímpicos antigos também simbolizou a primeira vez na 
história em que todos os países do mundo com um comitê nacional olímpico se 
inscreveram. Estreia do norte-americano Michael Phelps, o novo fenômeno da 
natação, que conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze, num total de oito 
ganhas, tornando-se o maior dos nadadores olímpicos depois do lendário compatriota 
Mark Spitz. 
 
38 
 
 
O Brasil teve em Atenas a sua maior participação na história olímpica, 
conseguindo cinco medalhas de ouro e um inédito 16º lugar geral. Foram cinco ouros: 
seleção masculina de vôlei, Torben Grael/Marcelo Ferreira (Star) e Robert Scheidt 
(Laser) na vela, Emanuel e Ricardo no vôlei de praia, e Rodrigo Pessoa no hipismo. 
Este último de herança, só confirmado após o doping do cavalo campeão. 
 
O único revés ocorreu no último dia de competição, durante a maratona, para tristeza 
dos torcedores brasileiros. À frente na disputa masculina, Vanderlei Cordeiro foi alvo 
do ataque de um manifestante religioso, o padre irlandês Cornélius Horan, que furou 
a segurança. Com ajuda de outro espectador da prova, Vanderlei conseguiu voltar à 
corrida, mas demorou para retomar seu ritmo e ficou com o bronze. O maratonista 
recebeu também a medalha do Barão de Cobertin, e tornou-se o herói olímpico de 
Atenas. 
 
26. Pequim 2008 
 
Primeira edição dos Jogos Olímpicos realizada na China, foram os mais grandiosos 
e bem organizados Jogos de todas as edições realizadas; proporcionaram a quebra 
de 43 recordes mundiais e 132 recordes olímpicos. Um total de 87 nações 
conquistaram medalhas durante os Jogos. 
 
O Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro na natação, com o velocista César 
Cielo Filho, nos 50 metros livre. E Maurren Maggi conquistou o primeiro ouro 
individual feminino, na prova do Salto em distância do atletismo. Mas o grande atleta 
dessa Olímpiada, o nome que ninguém irá esquecer é Michael Phelps, que 
conquistouoito medalhas de ouro, sete recordes mundiais e um olímpico na natação, 
tornando-se o maior campeão olímpico da era moderna. Como reconhecimento pelo 
esforço de Phelps, o COI concede-lhe a medalha Pierre de Coubertin, a mais alta 
honraria dada a um atleta olímpico. 
 
39 
 
 
 
 
 
27. Londres 2012 
 
O Comitê Olímpico Internacional ao avaliar itens como segurança, saúde, transporte, 
serviços de hotelaria e infraestrutura, escolheu Londres como a sede Olímpica de 
2012, vindo ser a primeira cidade a sediar 03 edições dos Jogos Olímpicos da Era 
Moderna, com 205 países participantes, aproximadamente 10.500 atletas e 32 
esportes. 
 
 
Atletismo Badminton Basquete Boxe Canoagem 
 
40 
 
 
 
Canoagem Ciclismo Esgrima Ginásticas Futebol 
 
 
 
 
Handebol Hipismo Lutas Maratona Aquática Natação 
 
 
 
Remo Saltos Tae Kwon do Tiro com Arco Triathlo 
 
 
 Vela Hóquei Judô Levantamento de peso Nado 
 
 
 
Pentatlo Moderno Pólo Aquático Tênis Tênis de mesa Tiro 
41 
 
 
 
 
 
 
 Volei Volei de Praia 
 
 
 
 
O Brasil conquistou 17 medalhas nas Olimpíadas de Londres, sendo 3 de ouro, 5 de 
prata e 9 de bronze, o que representa um recorde para o nosso país, ficando na 22ª 
colocação do quadro de medalhas. Porém, mesmo valorizando a marca alcançada, 
nós, brasileiros, esperávamos muito mais. 
 
OURO : Sarah Menezes – judô , Arthur Zanetti – ginástica artística e Voleibol 
Feminino. 
 
PRATA : Thiago Pereira – natação, Alison e Emanuel – vôlei de praia, Futebol 
Masculino , Esquiva Falcão – boxe, Voleibol Masculino. 
 
BRONZE : Adriana Araújo – judô , Rafael Silva – judô, Mayra Aguiar – judô, Vela 
Classe Star , Cesar Cielo – natação, Felipe Kitadai – judô , Juliana e Larissa – Volei 
de Praia, Yamaguchi Falcão – boxe, Yane Marques – Pentatlo Moderno. 
 
Phelps foi a grande estrela da Olimpíada, mais uma vez. Apesar de longe do 
predomínio apresentado em Pequim 2008 até ficou fora do pódio dos 400 m medley 
-, bateu o recorde da ginasta Larissa Latynina, dona de 19 medalhas, e chegou a 22 
condecorações, sendo 18 delas de ouro. Desta vez foram seis medalhas, sendo 
quatro de ouro e duas de prata. 
 
42 
 
 
Mas a grande imagem dos Jogos, o atleta de inegável carisma que atraiu todas as 
lentes para si, foi Usain Bolt que se tornou o primeiro bicampeão a vencer de maneira 
consecutiva, em duas olimpíadas, os 100 e os 200 metros. 
 
4.2 SÍMBOLOS OLÍMPICOS 
 
AROS OLÍMPICOS : talvez seja o mais forte símbolo olímpico. Os cinco aros 
interligados, nas cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho representam a união 
dos cinco continentes, e pelo menos uma de suas seis cores (aqui vale também o 
branco, cor de fundo da bandeira), está presente na bandeira de cada um dos países 
filiados ao COI. Quem foi o idealizador dos aros? Ele – Barão Pierre de Coubertin. Os 
aros existem desde 1913 e posteriormente, também passaram a ser a marca do 
próprio Comitê Olímpico Internacional. 
 
 
 
TOCHA OLÍMPICA : Este é um dos momentos mais emocionantes da abertura dos 
Jogos. Não dá para não se arrepiar. A tocha, que até então já percorreu diversos 
países sendo conduzida pelos melhores esportistas de seus respectivos países, 
chega finalmente à pira olímpica. Inspirada no fogo sagrado e purificador dos gregos 
antigos, a tocha apareceu pela primeira vez na Era Moderna dos Jogos Olímpicos, 
em Berlim, 1936, idealizada pelo alemão Carls Diem. 
 
43 
 
 
 
 
MASCOTES OLÍMPICOS : A primeira mascote olímpica oficial foi o cãozinho Waldi, 
nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Desde então, as mascotes se 
popularizaram como símbolo da alegria e da festa que são os Jogos Olímpicos. Elas 
são embaixadoras da alegria e mensageiras da amizade, representando elementos 
simbólicos do país ou da cidade sede dos Jogos. 
 
 
Waldi – Munique/1972 Atenas 2004 Pequim 2008 
 
 
LEMA OLÍMPICO : Citius, Altius, Fortius (o mais rápido, o mais alto, o mais forte – 
em latim). Esta definição foi criada pelo Padre Didon, amigo do Barão Pierre de 
Coubertin, e serve de lema do ideal olímpico. O lema traz em si a ideia de superação 
do atleta em busca da conquista da medalha olímpica. 
 
JURAMENTO : "Em nome de todos os competidores, eu prometo participar nestes 
Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, no 
verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas equipes". 
 
44 
 
 
O juramento olímpico foi escrito pelo Barão de Coubertin e proclamado em uma 
cerimônia de abertura pela primeira vez, em 1920, nos Jogos de Antuérpia, pelo 
esgrimista belga Victor Boin. Desde então, o juramento dos atletas é sempre feito 
por um atleta anfitrião. 
 
MEDALHAS : Toda medalha olímpica de premiação (ouro, prata ou bronze) deve ter, 
no mínimo, 60 mm de diâmetro e 3 mm de espessura. A medalha de 1º lugar deve 
conter, obrigatoriamente, 6 g de ouro puro, no mínimo. Além disso, todos os atletas e 
oficiais, recebem também uma medalha de participação, oferecida pelo comitê 
organizador local. 
 
 
 
4.3 COMITÊS 
 
COI – Comitê Olímpico Internacional : O Comitê Olímpico Internacional(COI), com 
sede em Lausanne (Suíça), é a entidade máxima do esporte mundial e tem como 
missão promover o Olimpismo e o Movimento Olímpico Internacional, fazendo do 
esporte um meio de aproximação e congregação entre os diferentes povos, raças e 
religiões. 
 
Organização não-governamental e sem fins econômicos, o COI é responsável pela 
realização dos Jogos Olímpicos de Verão e dos Jogos Olímpicos de Inverno e 
atualmente, dos Jogos da Juventude, de verão e de inverno. 
 
O Comitê Olímpico Internacional reúne 205 Comitês Olímpicos Nacionais, entre eles 
o do Brasil, e inúmeras Federações Internacionais Esportivas. 
45 
 
 
 
É regido pela Carta Olímpica, documento que contém os princípios fundamentais do 
Olimpismo e que define a organização e funcionamento do Movimento Olímpico, 
fixando ainda as condições para celebração dos Jogos Olímpicos. O presidente atual 
é o belga Jacques Rogge, eleito em 2001. 
 
COB – Comitê Olímpico Brasileiro : O Comitê Olímpico Brasileiro é um dos Comitês 
Olímpicos Nacionais mais antigos da América do Sul. 
 
Fundado em 8 de junho de 1914, a entidade representa o país perante o Comitê 
Olímpico Internacional e é a responsável pela organização e envio das delegações 
brasileiras aos Jogos Sul-americanos, Panamericanos e Olímpicos. Um dos seus 
objetivos é propagar os ideais olímpicos no Brasil. 
 
Tem trabalhado pelo desenvolvimento do esporte nacional. Desde 1995, a partir da 
implantação de uma mentalidade moderna e inovadora na administração da entidade, 
o esporte olímpico brasileiro vem atingindo resultados internacionais expressivos em 
diversas modalidades. 
 
4.4 CICLO OLÍMPICO 
 
Olimpíada e Jogos Olímpicos não significam a mesma coisa. Olimpíada é o intervalo 
entre cada uma das edições dos Jogos, que são o evento esportivo propriamente 
dito. Exemplo: Entre os Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e os de Londres 2012 
vivemos o período de uma Olimpíada, este período corresponde ao ciclo olímpico. 
 
Então numa Olimpíada ou Ciclo Olímpico temos a realização : 
 
2008 Jogos Olímpicos de Verão PEQUIM 
 
2009 Jogos Olímpicos de Inverno VANCOUVER 
 
46 
 
 
2010 Jogos Sul-americanos MEDELLÍN e Jogos Olímpicos de Verão da Juventude 
CINGAPURA 
 
2011 Jogos Pan-americanos GUADALAJARA 
 
2012 Jogos Olímpicosde Verão LONDRES e Jogos Olímpicos de Inverno da 
Juventude 
 
4.5 CURIOSIDADES : 
 
1.Quando um esporte se torna Olímpico? 
 
O COI exige que todo esporte olímpico seja praticado nas modalidades masculina e 
feminina: no mínimo em 75 países e quatro continentes, no caso dos homens, e no 
mínimo em 40 países e três continentes, para as mulheres. Além disso, os esportes 
devem ser admitidos no programa olímpico pelo menos sete anos antes dos Jogos 
em questão. 
 
4.6 JOGOS OLÍMPICOS DE INVERNO : 
 
Os Jogos Olímpicos de Inverno são os Jogos Olímpicos que reúnem as provas 
desportivas executadas no gelo ou na neve, sendo um dos eventos mais importantes 
do mundo, assim como os Jogos Olímpicos de Verão. Os Jogos Olímpicos de Inverno 
se realizam a cada quatro anos. 
 
Os Jogos de Inverno nasceram em 1924 chamado de Semana Internacional de 
Desportos de Inverno realizado na cidade de Chamonix, na França. Assim, o COI 
decidiu criar, separadamente, os Jogos Olímpicos de Inverno, não ligados às 
Olimpíadas de Verão. 
 
A partir de então, os Jogos de Inverno se realizaram a cada quatro anos em conjunto 
com os Jogos de Verão, em 1986 o COI decidiu realizar as Olímpiadas de Inverno 
47 
 
 
nos anos pares em que não houvesse as Olímpiadas de Verão, começando pelos 
Jogos de Lillehammer 1994. 
 
As modalidades são: biathlon (esqui aliado ao tiro ao alvo), bobsledding (trenó na 
neve), patinação artística, patinação de velocidade, esqui alpino, esqui nórdico, 
hóquei sobre gelo e tobogã. 
 
4.7 JOGOS PAN AMERICANOS: 
 
Nas Olimpíadas de 1932, em Los Angeles, EUA, alguns representantes de países 
latino-americanos no Comitê Olímpico Internacional (COI) propuseram a criação de 
uma competição entre todos os países das Américas, com o intuito de desenvolver o 
esporte na região. 
 
Devido a 2ª Grande Guerra Mundial, a primeira edição dos Jogos Pan Americanos, 
só vieram acontecer no ano de 1951 na cidade de Buenos Aires. 
 
Nos Jogos, são disputados esportes incluídos no Programa Olímpico e outros não 
disputados em Olimpíadas. Acontecem a cada quatro anos e tradicionalmente 
seguem um rodízio entre as três regiões do continente: América do Sul, Central e do 
Norte. 
 
Das 15 edições dos Jogos Pan Americanos realizadas, os Estados Unidos venceu 
13, com exceção da 1ª edição realizada em Buenos Aires e vencida pela Argentina, 
e da 11ª realizada em Havana e vencida por Cuba. 
 
O Brasil participou de todas as 15 edições do Jogos Pan Americanos, e foi sede duas 
vezes: São Paulo (1963) e Rio de Janeiro ( 2007). 
 
 
 
48 
 
 
 
4.8 JOGOS PARALÍMPICOS: 
 
Os Jogos Paraolímpicos ou Paralímpicos são o maior evento esportivo mundial 
envolvendo pessoas com deficiência. Incluem atletas com deficiências físicas 
(demobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral), além de deficientes 
mentais. Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália, têm sua origem em 
Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas 
para deficientes físicos, como forma de reabilitar militares atingidos na Segunda 
Guerra Mundial. 
 
O sucesso das primeiras competições proporcionou um rápido crescimento ao 
movimento paralímpico, que em 1976 já contava com quarenta países. Neste mesmo 
ano foi realizada a primeira edição dos Jogos de Inverno, levando a mais pessoas 
deficientes a possibilidade de praticar esportes em alto nível. Os Jogos de Barcelona, 
em 1992, representam um marco para o evento, já que pela primeira vez os comitês 
organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos trabalharam juntos. O apoio do 
Comitê Olímpico Internacional após os Jogos de Seul, em 1988 proporcionou a 
fundação, em 1989, do Comitê Paralímpico Internacional. Desde então os dois órgãos 
desenvolvem ações conjuntas visando ao desenvolvimento do esporte para 
deficientes. 
 
Vinte e oito modalidades compõem o programa dos Jogos Paralímpicos, sendo que 
vinte e cinco já foram disputadas, duas irão estrear na edição de 2016 e uma não tem 
previsão para a inclusão. Além de modalidades adaptadas, como atletismo, natação, 
basquetebol, tênis de mesa, esqui alpino e curling, há esportes disputados 
exclusivamente por deficientes, como bocha, goalball e futebol de cinco. Ao longo da 
história, diversos atletas com deficiência física participaram de edições dos Jogos 
Olímpicos, tendo conseguido resultados expressivos. O único caso registrado de 
atleta profissional que fez o caminho inverso, ou seja, competiu primeiro em Jogos 
Olímpicos e depois em Jogos Paralímpicos, é o do esgrimista húngaro Pál Szekeres, 
que conquistou uma medalha de bronze em 1988 e, após os Jogos, sofreu um 
49 
 
 
acidente de carro que o deixou paraplégico. Szekeres já participou de cinco Jogos 
Paralímpicos. 
 
O Brasil tem conseguido destaque nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. O 
país estreou em 1976 e conquistou sua primeira medalha na edição seguinte. Em 
2008, pela primeira vez encerrou uma edição entre os dez primeiros no quadro de 
medalhas, ficando em nono lugar com 47 medalhas. Os nadadores Clodoaldo Silva e 
Daniel Dias e os corredores Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina são 
alguns dos destaques para - esportivos do país. 
 
5 - O ESPORTE CONTEMPORÂNEO 
 
As transformações sociais e culturais que se instalaram pós-industrialização estavam 
baseadas nos conceitos de padronização e racionalização, tendo no advento de 
regras universais e na aquisição da autonomia das práticas esportivas e reprodução 
de seus fundamentos. 
 
A instrumentalização do esporte seguiu uma tendência paralela ao desenvolvimento 
histórico da sociedade mundial, foram desenvolvidos novos conceitos e significados 
culturais como competição, êxitos sociais, méritos individuais, méritos coletivos, 
oportunidades, e outros. O esporte foi utilizado pela burguesia como elemento 
disciplinador, higienista e alienador no berço da Revolução Industrial, procedente do 
capitalismo. Foi usado como ferramenta de propaganda dos Estados, inflamando 
valores nacionalistas e até raciais, como no caso da Alemanha nazista. Também 
serviu de instrumento de intimidação política, estratégica e ideológica durante a 
Guerra Fria, quando o mundo se encontrava dividido em dois blocos políticos 
antagonistas. Finalmente foi incorporado ao mercado mundial seguindo as tendências 
neo liberais da globalização. 
 
 
A partir da década de 1950, observou-se um processo de mercantilização cultural, 
simultâneo a significativas mudanças nas estruturas sociais, políticas e econômicas. 
As populações urbanas de alguns países passam a desfrutar de padrões superiores 
50 
 
 
ao que possuíam em outros períodos, e a prática esportiva começa a ganhar 
representação nessa escala, como afirmação de sucesso pessoal e como vitrine 
numa sociedade de “status quo”, criando estilos de vida esportivos, de novos 
comportamentos e difusão de gestos. 
 
Assim o esporte reproduziu e reforçou esses novos valores, essa busca de eficiência, 
a busca do inatingível, ajustando demandas do mundo moderno diversificou-se e 
refinou-se em quantidade, qualidade, oportunidade e formas de oferecimento. Os 
tradicionais esportes como atletismo, natação, arco e flecha, navegação, vela e 
outros, juntaram-se pela imaginação do homem moderno os esportes radicais, alguns 
solicitando a tecnologia de ponta que criamos no decorrer do tempo. Descer de jet-
sky por corredeiras, ou subi-las na contra corrente; pular despenhadeiro abaixo com 
uma corda; surfar no ar após jogar-se de um avião, estão tornando-se atividades 
esportivas bem aceitas por um público sedento por novidades, curiosidades e 
sobretudo atividades. 
 
A década de setenta serviu de laboratório para a inclusão do esporte no mercado 
mundial, ampliando suas estruturas mercantis ao ser organizado por confederações, 
federações e ligas, no objetivo de dar maior uniformidade dos eventos esportivos.

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