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0 CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR PIM IV APLICABILIDADE DO PEELING DE DIAMANTE ASSOCIANDO AO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA NO TRATAMENTO DA ESTRIA VERMELHA. Palmas 2021 1 CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR PIM IV APLICABILIDADE DO PEELING DE DIAMANTE ASSOCIANDO AO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA NO TRATAMENTO DA ESTRIA VERMELHA. Nome(s): Elzimaria Souza Santos Lara Tereza Campos Rodrigues Laryssa Alves de Souza Marisa Dias do Amaral Marisvania Santana de Lima da Silva Maria Laise da Silva Iracildes Ribeiro de Souza Curso: Estética e Cosmetologia Período: 4º Palmas 2021 2 CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR PIM IV APLICABILIDADE DO PEELING DE DIAMANTE ASSOCIANDO AO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA NO TRATAMENTO DA ESTRIA VERMELHA. 3 Aprovado: BANCA EXAMINADORA Prof (a).: Data: Assinatura: _____________________________________________________________________ Prof (a).: Data: Assinatura: _____________________________________________________________________ Prof (a).: Data: Assinatura: ____________________________________________________________________ Palmas 2021 4 RESUMO . O presente trabalho é um artigo de revisão literária que buscou identificar a relação entre a aplicação do peeling de diamante e o uso de óleo de uva para tratar estrias. Para falar do tratamento, é preciso entender os fatores envolvidos. Por isso o trabalho também apresenta uma revisão sobre o sistema tegumentar, com foco principal na pele. Além desta revisão, também foram pesquisados os fatores relacionados ao aparecimento das estrias. Palavras chave: estrias, óleo semente de uva, sistema tegumentar. 5 ABSTRACT The present work is a literary review article that sought to identify the relationship between the application of diamond peeling and the use of grape oil to treat stretch marks. To talk about the treatment, it is necessary to understand the factors involved. Therefore, the work also presents a review of the integumentary system, with a main focus on the skin. In addition to this review, factors related to the appearance of stretch marks were also investigated. Keywords: streaks, grape seed oil, integumentary system. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 7 1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................................................... 8 1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................ 8 1.1.2 Objetivo especifico ........................................................................................................................ 8 1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 8 2 SISTEMA TEGUMENTAR ...................................................................................................................... 9 2.1 EPIDERME .......................................................................................................................................... 9 2.2 DERME ............................................................................................................................................. 12 2.3 HIPODERME ..................................................................................................................................... 13 3 ESTRIA ................................................................................................................................................ 17 3.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................................... 17 3.1.1 Incidência .................................................................................................................................... 18 3.2 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................................ 18 3.3 CAUSAS ............................................................................................................................................ 19 3.4 TEORIA ............................................................................................................................................. 20 3.5 AVALIAÇÃO ...................................................................................................................................... 20 4 PEELING DE DIAMANTE ..................................................................................................................... 21 4.1 CONCEITO ........................................................................................................................................ 21 4.2 BENEFÍCIOS GERAIS ......................................................................................................................... 22 4.3 INDICAÇÕES / CONTRAINDICAÇÕES ................................................................................................ 23 4.4 FORMAS DE APLICAÇÃO .................................................................................................................. 24 4 ÓLEO DE SEMENTE DE UVA ............................................................................................................. 24 5.1 CONCEITOS ...................................................................................................................................... 24 5.1.2 Origem ......................................................................................................................................... 24 5.2 INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO ................................................................................................. 25 5.3 PROPRIEDADES ................................................................................................................................ 26 5.4 FORMAS DE APLICAÇÃO................................................................................................................... 27 6 BENEFÍCIO DO PEELING DE DIAMANTE ASSOCIANDO AO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA NA ESTRIA VERMELHA. ........................................................................................................................................... 28 7 CONCLUSAO ....................................................................................................................................... 29 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 30 7 1 INTRODUÇÃO . A definição sobre saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, em 1946, fala sobre ser um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade (SAÚDE BRASIL, 2020). Considerando a afirmação inicial, pode-se dizer que a estética é uma importante áreado conhecimento dentro da saúde. Segundo Vasconcelos (2020), os procedimentos estéticos são fundamentais para reafirmar a autoestima de uma pessoa e trazer resultados positivos para o corpo, tais como melhoria da pele, cabelo e dar tônus a diferentes regiões do corpo. Podendo assim dizer que está diretamente ligada ao bem-estar individual. A pele é um dos órgãos mais importantes do corpo, pois possui aptidão de falar por si e pelos demais órgãos do corpo, propagando respostas inflamatórias ou infecciosas, potencial de vitalidade e saúde. Através dela é possível observar o histórico de vida das pessoas, atuando como um dos indicadores evidentes do envelhecimento cronológico e biológico (RIVITTI, 2014). Por ser o maior órgão do corpo humano existe uma maior preocupação em mantê-la com uma boa aparência. Muito temida principalmente pelas mulheres as estria é considerada inestética, mesmo que não venha apresentar risco a saúde. (LIMA, 2013). Devido às estrias serem consideradas irreversíveis, pois de acordo com seu exame histológicos fibras elásticas não se regeneram após serem rompidas, era então assim dada a elas pouca atenção ao possível tratamento. Entretanto recente estudos mostraram uma nova probabilidade no tratamento, empregando diferentes métodos e produtos (GUIRRO e GUIRRO, 1992). 8 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral Fazer um levantamento bibliográfico sobre a pele e sua condição anômala, a estria, assim como descrever os benefícios do tratamento de peeling de diamante e uso do óleo de semente de uva. 1.1.2 Objetivo especifico Identificar as características das estrias Descrever a técnica de microdermoabrasão Apresentar as propriedades do óleo da semente de uva 1.2 JUSTIFICATIVA Este trabalho tem como finalidade conhecer um pouco sobre o tratamento de estria vermelha através do peeling de diamante associado ao óleo de semente de uva, quais os benefícios, e como são utilizados. A estria traz insatisfação com a aparência, principalmente em mulheres. Deste modo, torna-se importante que profissionais da área de estética conheçam o tratamento da estria vermelha através dessa associação, e possam assim proporcionar métodos eficazes ao tratamento. Este trabalho é de grande Valor enquanto acadêmico, pois, proporcionara ao mesmo conhecimento científico sobre o tema abordado. Já para a instituição de ensino sua importância se da pelo fato de acrescentar materiais metodológicos a instituição de um modo geral. 9 2 SISTEMA TEGUMENTAR 2.1 EPIDERME A epiderme é a camada mais superficial da pele e é composta por quatro tipos de células (Figura 1). Os queratinócitos, que representam cerca de 90% das células epidérmicas, produzem a queratina, uma proteína fibrosa e rígida que ajuda a proteger a pele e os tecidos subjacentes de abrasões, calor, microrganismos e substâncias químicas. Os melanócitos, produzem a melanina, pigmento que contribui para a cor da pele e absorve a radiação ultravioleta. As células de Langerhans, também chamadas de macrófagos intraepidérmicos, surgem da medula óssea vermelha e migram para a epiderme. Elas participam das respostas imunes do corpo, ajudando outras células do sistema imunológico a reconhecer microrganismos que invadem a pele. Já as células de Merkel são células táteis que se localizam na camada mais profunda da epiderme, onde entram em contato com uma estrutura chamada de disco tátil de modo que detectam as sensações de toque (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Figura 1 – Células da epiderme. Queratimócitos (A), melanócitos (B), células de Langerhans (C) e células de Merkel (D). Fonte: Tortora e Derrickson (2016). 10 Devido sua quantidade, os queratinócitos basicamente formam a epiderme. Eles se organizam em cinco camadas distintas (Figura 2). São elas: camada basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e uma fina camada córnea. Os demais tipos celulares ficam interpostos por entre os queratinócitos em locais específicos (GARTNER; HIATT, 2007). Figura 2 - Camadas da epiderme. Fonte: Tortora e Derrickson (2016). Camada basal: Camada mais profunda, próxima à derme. É composta por uma camada única de queratinócitos cúbicos ou colunares que contêm esparsos filamentos intermediários de queratina. Essa camada é rica em células-tronco, que sofrem divisão celular para produzir novos queratinócitos, característica que faz com que também seja conhecida como camada germinativa, pois possui uma alta atividade mitótica que garante a renovação celular da pele. Além disso, apresenta melanócitos e células epiteliais táteis que se encontram espalhados entre os queratinócitos (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Camada espinhosa: Localizada logo acima da camada basal, contém algumas camadas de células. Possui esse nome devido apresentar prolongamentos semelhantes a espinhos que surgem dos queratinócitos. Por ocorrerem mitoses na camada espinhosa, esta camada e a basal são em conjunto chamadas de camada germinativa (VAN DE GRAAFF, 2003). Camada granulosa: Composta por três a cinco fileiras de células achatadas. Essas células contêm grânulos que liberam substâncias, no espaço intercelular. Esse 11 material, rico em lipídios, contribui para a formação de uma barreira que impede a penetração de substâncias e torna a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). Camada lúcida: Esta camada só está presente na epiderme da pele espessa (pontas palmas das mãos e plantas dos pés). Ela é formada por 4 a 6 camadas de queratinócitos achatados, claros e mortos. Além disso, apesar de as células achatadas do estrato lúcido não terem núcleos e organelas, elas contêm filamentos de citoqueratina densamente compactados, organizados paralelamente à superfície da pele. Também possuem eleidina, que é um produto da transformação da querato-hialina (GARTNER; HIATT, 2007). Camada córnea: A camada córnea consiste em cerca de 25 a 30 camadas de células queratinizadas, achatadas e ressecadas, semelhantes a escamas. Milhares dessas células mortas desprendem-se da superfície da pele todos os dias, sendo substituídas por novas células, provenientes das camadas mais profundas. Essa camada superficial é a que realmente protege a pele. A fricção na superfície da pele estimula uma atividade mitótica adicional nas camadas basal e espinhosa que pode resultar na formação de um calo, para maior proteção (VAN DE GRAAFF, 2003). A pele é classificada como espessa ou delgada de acordo com a espessura da epiderme. A maior parte das regiões do corpo é revestido pela pele fina (delgada), que possui quatro camadas, apresentando uma camada córnea fina e não possuindo camada lúcida. Também apresenta folículos pilosos, músculos eretores de pêlos glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Onde a exposição ao atrito é maior, como nas pontas dos dedos, palmas das mãos e plantas dos pés, a pele é classificada como espessa, que é caracterizada pela presença de todas as cinco camadas da epiderme. A pele espessa (Figura 3) não apresenta folículos pilosos, músculos eretores do pelo, e glândulas sebáceas, porém possui glândulas sudoríparas (GARTNER; HIATT, 2007). 12 Figura 3 - Fotomicrografia da pele espessa, sendo (E) a epiderme e (D) a derme. Fonte: Gartner e Hiatt (2007). 2.2 DERME Localizada logo abaixo da epiderme, a derme é um tecido conjuntivo que contém fibras proteicas, vasos sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. O limite entre a epiderme e a derme, principalmente na pele grossa, é bastante irregular, devido a projeções de uma para a outra (Figura 4), denominadas papilas dérmicas e cristas epidérmicas. Essas projeções aumentam a área de contato entre ambas as camadas, dando maior resistência à pele (MONTANARI,2016). Figura 4 – Camadas da derme. Fonte: Junqueira e Carneiro (2018). 13 A derme é constituída de duas camadas. A camada papilar é a porção superficial e fina da derme. Ela possui projeções chamadas papilas, e abriga vasos sanguíneos, corpúsculos táteis e terminações nervosas sensíveis ao toque, calor, frio, dor, cócegas e prurido. Já a região reticular é a mais profunda e espessa da derme. Ela contém feixes de fibras colágenas espessas, fibroblastos espalhados e várias células móveis (como os macrófagos). Nos espaços entre as fibras colágenas existem vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríferas. A fibras colágenas e elásticas na região reticular fornece à pele força, extensibilidade, capacidade de sofrer estiramento, elasticidade e capacidade de retornar ao formato original após o estiramento (TORTORA; DERRICKSON, 2016). 2.3 HIPODERME A hipoderme (Figura 5), também chamada de tela subcutânea, fica abaixo da derme, sendo assim a camada mais interna do sistema tegumentar, constituída principalmente de tecido conjuntivo frouxo e células adiposas. Ela não é considerada como componente da pele, mas liga a derme aos órgãos subjacentes através de fibras colágenas e elásticas. A quantidade de tecido adiposo da tela subcutânea varia de acordo com o sexo, biótipo, região do corpo, idade e o estado nutricional do indivíduo. As fibras colágenas e elásticas reforçam a hipoderme, especialmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, onde a pele está firmemente aderida às estruturas subjacentes. Além de servir de conexão, tem como função a proteção de órgãos e ossos, o isolamento térmico do corpo, reserva energética e produção do hormônio leptina, que atua na diminuição da ingestão de alimentos e no aumento do gasto calórico. Na hipoderme também passam as artérias e veias da pele, além de nervos e vasos linfáticos (NASCIMENTO-JÚNIOR, 2020). Figura 5 - Hipoderme. Fonte: www.sanarmed.com/resumo-anatomia-da-pele-epiderme-derme-e-hipoderme-colunistas 14 2.4 ANEXOS CUTÂNEOS Segundo Tortora e Derrickson (2016), os anexos cutâneos são estruturas acessórias da pele que se desenvolvem a partir da epiderme embrionária. Elas possuem uma variedade de funções importantes como proteção e termorregulação do corpo. 2.4.1 Pelos Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso (Figura 9). São presentes em quase toda a superfície corporal, com exceção de algumas regiões. Além disso, crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento, cuja duração é variável de uma região para outra. As características dos pelos de determinadas regiões do corpo (face e região pubiana) são influenciadas por hormônios, principalmente os sexuais. A cor do pelo depende dos melanócitos localizados entre a papila e o epitélio da raiz, que fornecem melanina às células do córtex e da medula do pelo por processo semelhante ao que ocorre na epiderme (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). Figura 6 - Fotomicrografia de um corte longitudinal de um folículo piloso. Fonte: Gartner e Hiatt (2007). 2.4.2 Unhas As unhas são formadas pela compressão da camada externa (camada córnea) da epiderme. Sua dureza se deve às fibrilas de queratina densa que se encontram paralelas entre as células. Elas protegem os dedos e ajudam na manipulação de pequenos objetos. Cada unha consiste em um corpo, uma margem livre e uma margem oculta (Figura 10). O corpo da 15 unha, semelhante a uma lâmina, repousa sobre o leito da unha, que faz parte da camada espinhosa da epiderme. Os lados do corpo são protegidos por uma prega da unha. O sulco entre os lados e o corpo é o sulco da unha. A margem livre estende-se em cima de uma região espessada da camada córnea chamada hiponíquio. A raiz da unha está fixada na base. O eponíquio (cutícula) cobre a margem oculta da unha. A área de crescimento é a matriz da unha. Uma parte pequena da matriz da unha, a lúnula, pode ser vista com a forma de uma meia-lua próximo ao eponíquio. A unha cresce pela transformação das células superficiais da matriz da unha. Estas células mais duras, transparentes, são empurradas então para diante sobre as camadas basal e espinhosa do leito da unha (VAN DE GRAAF, 2003). Figura 7 - Ponta do dedo e estruturas associadas da unha. Fonte: Van De Graaf (2003). 2.4.3 Glândulas sebáceas As glândulas sebáceas são estruturas alveolares que se abre em um folículo piloso. Elas secretam uma substância conhecida como sebo, que é uma mistura oleosa, semelhante a uma cera, formada por colesterol, triglicerídeos e restos celulares secretados, que mantém a maciez da pele e a flexibilidade dos pêlos. Com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e laterais dos pés, abaixo da linha dos pêlos, as glândulas sebáceas são encontradas por todo o corpo, estando localizadas na derme. Elas são mais abundantes na face, no couro cabeludo, e na fronte (GARTNER; HIATT, 2007). 16 2.4.4 Glândulas sudoríparas As glândulas sudoríferas são responsáveis pela transpiração. Elas se apresentam em maior número nas palmas das mãos, nas plantas dos pés e nas regiões axilar, púbica e na fronte. São de dois tipos: écrinas e apócrinas. As glândulas sudoríferas écrinas estão amplamente distribuídas na superfície do corpo, especialmente na fronte, no dorso, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Elas são formadas antes do nascimento e são as que atuam na termorregulação, promovendo o resfriamento do corpo por evaporação. Já as glândulas sudoríferas apócrinas, são encontradas nas regiões axilar e púbica, onde secretam nos folículos pilosos. Glândulas apócrinas só passam a funcionar após a puberdade e suas secreções odoríferas atuam na atração sexual (VAN DE GRAAF, 2003). . 17 3 ESTRIA 3.1 DEFINIÇÃO Conforme definido pela American Academy of Dermatology Association – AAD (2021), a estria é um tipo de cicatriz que se desenvolve quando nossa pele estica ou encolhe rapidamente. Esta mudança repentina faz com que o colágeno e a elastina, que sustentam nossa pele, se rompam. Conforme o processo de cicatrização da pele ocorre, podem aparecer estrias. As estrias, também conhecidas por estriações atróficas ou striae distensae (SD), são definidas, por Sousa et al. (2014), como um processo degenerativo cutâneo, benigno, apresentando lesões atróficas em trajeto linear. Sua concentração no individuo pode ser rara ou numerosa e podem variar de coloração de acordo com sua fase evolutiva. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia – SDB (2017), a estria é uma atrofia tegumentar adquirida, sendo resultante do rompimento das fibras elásticas e colágenas (responsáveis pela firmeza da pele), formando assim “cicatrizes”. A produção de elastina tem maior surgimento na adolescência e na gravidez, se não produzidas o suficiente originam assim então as estrias. (El Taieb & Ibrahim, 2016). Trazendo uma terceira definição, a Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Rio de Janeiro – SBDRJ (2021) afirma que são lesões lineares que surgem em áreas de estiramento da pele, podendo ser avermelhadas, arroxeadas ou brancas (Figura 8). Surgindo com maior frequência na pele dos braços, barriga, glúteos, coxas seios e costas. Figura 8: Estrias brancas. Fonte: SBDRJ (2021). 18 3.1.1 Incidência As estrias podem ser encontradas em homens e mulheres, as primeiras aparições podem ocorrem nas idades entre 10 e 16 anos no sexo feminino e 14 a 20 ano no sexo masculino. A incidência nas mulheres é de 21% a 72% e nos homens, essa taxa é reduzida entre 6% e 40% (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Em relação à incidência das estrias, Guirro e Guirro (2002)afirmam que são encontradas em ambos os sexos e seu surgimento pode variar entre as idades de 10 a 16 anos nas mulheres e 14 a 20 anos nos homens. Onde as meninas apresentam uma incidência de 21% a 72% e os meninos possuem uma taxa menor, de 6% a 40%. A frequência das estrias, segundo Kede e Sabatovich (2004) citado por Ponte (2013), é elevada no gênero feminino, onde esta pode incidir de três a seis vezes mais nas mulheres, destacando a faixa etária dos 14 aos 20 anos. No período gestacional ha mais probabilidade de surgir estrias em gravidas mais jovens , entretanto o histórico familiar e aumento de peso influencia seu desenvolvimento. (Brennan, Clarke, & Devane, 2016; Oakley & Bhimji, 2017). Algumas partes do corpo são mais suscetíveis ao aparecimento de estrias, tais como os glúteos, seios, abdômen e coxas. Também podem ocorrer em outras regiões, porem com menos frequências, regiões como fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço e porção anterior do cotovelo (SANTOS; OGATA, 2013). As regiões mais susetivel ao aparecimento das estrias em adolescente do sexo masculino são as nádegas, coxas e região lombossacral e no sexo feminino as nádegas, coxas e peito (Oakley & Bhimji, 2017). 3.2 CLASSIFICAÇÃO As estriações atróficas podem ser classificadas em três grupos relacionados ao seu aspecto visual, sendo as estrias rosadas ou avermelhadas as de aparição mais recente, tornando-se esbranquiçadas e, por fim, as nacaradas, que apresentam um aspecto abrilhantado. (GUIRRO; GUIRRO, apud PONTE, 2013). Em relação às estrias iniciais, Silva Junior et al (2018) afirmam que sua tonalidade rosada é causada pela distensão intensa das fibras elásticas. Podendo assim, visualizar uma excessiva circulação capilar da derme subpapilar. 19 Quanto às estrias atróficas, estas possuem aspecto cicatricial, linha flácida no centro e hipocrômia. As fibras elásticas estão entrelaçadas e algumas rompidas. A estrutura do colágeno está desordenada e os anexos da pele estão conservados (KEDE; SABATOVICH, 2004, apud REIS; VIEIRA, 2018). As estrias do tipo nacaradas possuem flacidez central e são recobertas por epitélio pregueado, sendo desprovidas de anexos cutâneos e com fibras elásticas rompidas, suas lesões estão se evoluindo para a fibrose (KEDE; SABATOVICH, 2004 apud PONTE, 2013) 3.3 CAUSAS O surgimento das estrias pode estar relacionado a diversos fatores, segundo a AAD (2021), a mudança de níveis hormonais no corpo é um dos fatores comuns, assim como surtos de crescimento que acontecem na puberdade, gravidez, perda ou ganho de peso rápido, ganho de massa muscular de forma acelerada, entre outros. Reforçando as principais causas destas atrofias, Moreira e Giust (2013) esclarecem que tal surgimento é multifatorial, podendo envolver fatores mecânicos e endocrinológicos, além da predisposição genética e familiar. Outro causador importante do aparecimento das estrias é a desidratação cutânea, peles secas está mais propicia ao aparecimento das estrias (VANZIN,2011). Outro fator definitivo para surgimento de estrias é o uso de medicamentos, em evidencia aqueles com concentração de hormônios e corticoides, pois estes podem causar aumento de peso, inchaço ou outras transformações físicas que esticam a pele. O uso do corticoide ajuda a aliviar inflamações de pele, mas em alguns casos podem diminuir a quantidade de colágeno no organismo, sendo que esta proteína ajuda a manter a pele elástica. Quanto menor a concentração de colágeno, maior a probabilidade de desenvolver estrias (REDAÇÃO MINUTO SAUDÁVEL, 2019). Algumas patologias também podem desencadear o surgimento das estrias, segundo a AAD (2021), a síndrome de Marfan e a doença de Cushing duas destas condições incentivadoras. Pois estão ligadas ao aumento de cortisol e ao enfraquecimento do tecido conjuntivo. 20 3.4 TEORIA Diversos pesquisadores documentaram na literatura três teorias sobre a aparição das estrias na pele, são elas: teoria endócrina, teoria infecciosa e teoria mecânica. Ao falar da teoria mecânica, Queiroz (2018) cita os autores Bonetti (2007) e Lima (2005), definindo-a como um processo de aumento da destituição do tecido adiposo, processo este que resulta no estiramento da pele, consequentemente rompendo as fibras colágenas e elásticas. Tal condição é comum em pessoas obesas e gestantes. A teoria infecciosa, segundo Dolovitsch et al (2016), explica que as estrias são o resultado de uma reação inflamatória inicial que, consequentemente, destrói as fibras elásticas e colágenas. Tal processo é seguido da regeneração das fibras elásticas na direção imposta pelas forças mecânicas. Quanto a teoria endócrina, Guirro e Guirro (2002) afirmam que o surgimento das estrias está relacionado com as alterações hormonais do individuo, em exclusivo o hormônio corticoide. Tal teoria surgiu com a hipótese do estiramento da pele desgastada, e com o uso terapêutico dos hormônios adrenais corticais. Sendo assim, o aparecimento das estrias em algumas patologias não tem como efeito causal a afecção em si, mas sim do uso de drogas com concentração de tal hormônio. 3.5 AVALIAÇÃO Um dos métodos mais simples de avaliação de estrias, segundo o Portal da Educação (2020), é a avaliação funcional através de exame físico. Tal procedimento inclui as seguintes etapas: avaliação de sinais clínicos, inspeção e palpação da pele estriada, avaliação de condições estéticas associadas e documentação fotográfica. Na avaliação de sinais clínicos são identificadas algumas condições do paciente, como: o índice de massa corporal – IMC, pressão arterial e frequência cardíaca. No exame de inspeção e palpação da pele deve-se observar a coloração geral da mesma, verificar a presença de fistulas, manchas, hematomas, fibroses, edemas e diversas outras marcas superficiais. Por fim, na avaliação de condições associadas, deve-se verificar a presença de outras disfunções estéticas que se apresentam em conjunto com as estrias, como o fibroedema geloidde, a flacidez da pele e a gordura localizada. 21 Na pesquisa de Al-Himdani et al (2014), citado por Lopes (2017) foram identificadas várias metodologias para avaliação de estrias, divididos em métodos visuais e métodos que utilizam dispositivos tecnológicos de imagem. No exame visual foi destacados os métodos de Davey e as pontuações de Atwal, existem ainda a colorimetria de e epiluminescência e dermatoscopia, que são utilizadas para identificar cor nas estrias. Por fim, quando a busca é por um resultado mais objetivo, são usados dispositivos de imagem, como camaras tridimensionais, microscopia confocal de reflexão e dermatoscopia. 4 PEELING DE DIAMANTE 4.1 CONCEITO O peeling é um procedimento estético, cujo termo em inglês significa descamar ou esfoliar a pele, é um dos mais utilizados na pratica profissional, pois é de fácil acesso e apresenta resultados satisfatórios (OLIVEIRA; et al, 2018). Este procedimento também é conhecido por microdermoabrasão. Segundo Campos, Calegari e Silva (2017), é um processo mecânico que remove parcialmente o estrato córneo, o qual surgiu na Europa há mais de vinte anos. Esta técnica favorece a mitose celular fisiológica e o aumento na permeabilidade cutânea. Na definição de Borges (2010), trata-se de uma técnica de esfoliação não cirúrgica, controlável e não invasiva. Sua aplicação ameniza as rugas superficiais, afina o tecido epidérmico, trata as sequelas de acnes, reduz e evita estrias. Sua aplicação estimula a produção de colágeno e elastina, consequentemente aumentando a espessura da epiderme, afinando o estrato córneo e aumentando a elastogênese. 22 Figura 9: peeling diamantado ou de diamante. Fonte: Borges (2010). 4.2 BENEFÍCIOS GERAIS Entre os benefícios da aplicação do peeling de diamante, Deferrari (2004) apudQueiroz (2018) afirma que tal técnica atua recolhendo as impurezas nas camadas superficiais (córnea, granulosa e espinhosa), variando de acordo com a pressão aplicada pelo profissional. Segundo Oliveira et al (2018), a epiderme apresenta aumento da densidade de fibroblastos e aumento da atividade mitótica, também ocorre a deposição de colágeno e substituição do tecido elástico na derme capilar. Além de ocorrerem diversas alterações moleculares importantes, tais como aumento da proteína de ativação do fibroblasto e aumento de pró-colágeno. Sendo assim, a técnica apresenta vantagens como: mínimo desconforto, melhora na textura e coloração da pele, não ocorre descamação posterior e é seguro para todos os tipos de pele. No estudo de Campos, Calegari e Silva (2017), os pesquisadores identificaram uma diferença estatisticamente significativa na hidratação, firmeza e rugas finas entre dois grupos de pessoas que utilizaram o procedimento e pessoas que não utilizaram. Os pacientes também apresentaram melhora significativa no tom da pele, textura e aparência geral. 23 4.3 INDICAÇÕES / CONTRAINDICAÇÕES Entre as indicações da aplicação da microdermoabrasão, podem ser citadas algumas condições, como: danos causados pelo sol, pigmentação, comedões abertos e fechados, linhas de expressão e rugas, poros dilatados e pele espessa. Por se tratar de um procedimento superficial, o mesmo pode ser aplicado em todos os tipos de pele, causando um pequeno desconforto e uma recuperação quase que imediata, trazendo em sequencia resultados satisfatórios em pequenas imperfeiçoes da pele (RAITANI, 2011; apud MODESTO et al, 2019). O peeling de diamante também está indicado, segundo Gobbo (2010) apud Queiroz (2018) para sequelas de queimadura, acne, clareamento das camadas superficiais da derme, estrias, rugas, tratamento de foto envelhecimento e prevenção da pele. A Tabela 1 indica o número de aplicações do procedimento para cada tipo de tratamento. Rugas faciais 8 a 10 sessões. Cicatrizes de acne 15 a 20 sessões. Alterações de pigmentação 5 a 7 sessões, associada à terapia tópica. Clareamento de pele 5 a 7 sessões. Preparo para ressurfacing com laser de CO2 e Erbium 3 Sessões. Preparo para face-lifiting 2 sessões. Cicatrizes superficiais 5 a 7 sessões. Ostios dilatados 5 a 7 sessões, associadas a tratamento local. Cicatrizes atróficas 5 a 7 sessões, associadas a tratamento local. Estrias superficiais 25 a 30 sessões, associadas a tratamentos locais. Tabela 1: Correlação entre as sessões de microdermoabrasão e suas indicações. Fonte: Modesto et al (2019). Em relação às contraindicações, o peeling de diamante não é recomendado para as peles sensíveis por causa da abrasão que produz. Em peles com acne, o procedimento deve ser iniciado pelas regiões menos comprometidas pelas pápulas e pústulas, pois estas geralmente são doloridas, evoluindo gradativamente conforme a permissão do paciente em relação ao desconforto (BORGES, 2010). Também é contraindicado, segundo Feitosa et al (2016) nos casos de infecções ativas, como impetigo, herpes simples e verrugas, pode haver complicações também nos casos de hiper-pigmentação pós inflamatória 24 4.4 FORMAS DE APLICAÇÃO A aplicação do procedimento, segundo Borges (2010), é feita por uma ponteira em forma de lixa, associada a um vácuo, é passada levemente na pele com o proposito de causar uma esfoliação superficial. Especificando um pouco mais sobre sua aplicação, o Portal Educação (2020) afirma que neste procedimento existe uma pressão negativa que pode ser ajustada, a pele é suavemente sugada pela manopla e o lixamento é efetuado por meio do contato da manopla com a pele. Existem três tipos de ponteiras, que variam o diâmetro em grande, intermediário e pequeno. As ponteiras com os menores diâmetros são mais delicadas e realizam uma esfoliação superficial. A ponteira com o diâmetro maior realiza uma esfoliação mais profunda. Alguns cuidados são importantes para o procedimento, como: fazer a assepsia do local, proteger os olhos e ouvidos, manter a pele bem esticada para que a caneta deslize facilmente, o movimento deslizante pode ser horizonta, vertical ou circular, usar loção tônica no local após a aplicação, aplicar loção calmante, entre outros. 4 ÓLEO DE SEMENTE DE UVA 5.1 CONCEITOS O óleo de semente de uva, segundo Olegário et al (2015), já vem sendo fabricado e utilizado na Europa desde a década de 1930, onde é usado como óleo comestível ou como matéria prima no setor industrial. Ele é associado a inúmeros benefícios à saúde, pois é rico em vitamina E e ácidos graxos. Este elemento é retirado das sementes de Vitis vinífera, é um composto rico em fenólicos e vitaminas (LIM; ZHONG; SANTIAGO,2017). 5.1.2 Origem A primeira menção da utilização do óleo da semente de uva é datada do século XIV, na península Ibérica, onde um médico árabe sugeriu o uso deste óleo para o tratamento em problemas de pele. O efeito do óleo foi bastante eficaz, fazendo com que o rei Fernando IV 25 colocasse a formula em segredo, passando o óleo a ser denominado de óleo real. Também existem relatos de uso terapêutico das propriedades da uva na Grecia antiga, principalmente pelo consumo do vinho. Na Europa, os curandeiros faziam pomadas com a seiva da videira para tratar doenças de pele e dos olhos. As folhas da uva também eram usadas para parar sangramentos, inflamações e dores (SOTIROPOULOU; et al, 2015). Atualmente, a semente da uva é facilmente encontrada como um subproduto do processo de vinificação, sendo que seu teor de óleo é extraído usando um solvente orgânico ou técnicas mecânicas. A prensagem a frio é um método de extração do óleo que não envolve tratamento térmico ou químico, portanto, este pode reter mais componentes benéficos do óleo. Em contrapartida, o processo de extração por solventes obtém um aproveitamento maior na extração do óleo da semente. As sementes de uva contem cerca de 8% a 20% de óleo, e sua quantidade extraída vai variar de acordo com um dos processos citados (GARAVAGLIA; et al, 2016). 5.2 INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO Considerando as propriedades medicinais do óleo de semente de uvas, podem ser citados alguns benefícios e indicações como, tratamentos contra hemorragias, dores de garganta, diarreias, cólera, varíola, náuseas, doenças cardiovasculares e hepáticas, entre outas (ROCHA et al, 2019). Especificando um pouco mais as indicações, a Tabela 2, a seguir, pode sintetizar o assunto: Combate à acne As propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes colaboram na prevenção dos surtos de acne. Saúde da pele A presença de ácidos graxos e vitamina E hidratam e protegem a pele. Também possui poder adstringente, auxiliando no inchaço e controle da oleosidade. Redução de olheiras Estudo comprovaram a eficácia na diminuição desta condição, principalmente pelo se poder de hidratação e renovação das células da pele. Combate ao envelhecimento A presença de compostos fenólicos e vitamina E, assim como as propriedades antioxidantes, combatem as linhas de expressão e rugas superficiais. Tratamento capilar O óleo de semente de uva ajuda na reposição de lipídios presentes nos cabelos, devolvendo o aspecto natural de maciez e brilho. Tabela 2: uso do óleo de semente de uva. Fonte: adaptado de Sotiropoulo et al (2015). 26 Quanto às contraindicações, Mercola (2021) afirma que sua aplicação tópica só é inadequada para pessoas que sejam alérgicas a uvas ou a sementes de uva. Algumas pessoas também podem apresentar efeitos colaterais indesejados, como tonturas, dores de cabeça, náuseas, vermelhidão, coceira, erupções na pele e ressecamento no couro cabeludo, em casos de uso excessivo. Sendo assim, é importante sempre consultar um medico a respeito de seu uso. Também não é indicado seu uso para cozinhar,pois sua alta concentração de ômega-6 pode desencadear doenças crônicas, como diabetes, obesidade e aterosclerose. 5.3 PROPRIEDADES O óleo extraído das sementes de uva possui diversas propriedades, que podem ser aplicadas nas áreas da saúde e estética, segundo Lin, Zong e Santiago (2018), ele é rico em compostos fenólicos e vitaminas. Também apresenta um composto chamado resveratrol, que possui propriedades antimicrobiana, combatendo diretamente alguns patógenos, como Staphylococcal aureus , Enterococcus faecalis e Psedomonas aeruginosa. Além das propriedades antimicrobianas, o resveratrol também apresenta efeitos antioxidantes, que por sua vez auxilia na saúde do coração e do sistema cardiovascular (ROMANELLI, 2020; ROCHA et al 2019). Em sua pesquisa, Rotava et al (2009), analisaram in vitro a atividade antibacteriana, antioxidante e tanante dos subprodutos da semente de uva. Concluíram que o extrato da semente desengordurada apresentou alta atividade antibacteriana contra cepas de S. aureus e E. coli, mas baixa atividade contra cepas de Salmonella. Em relação à atividade antioxidante, esta foi comparável ao ácido ascórbico, podendo ser aproveitada em dietas de frango de corte e na indústria alimentícia. Quanto a atividade tanante, foi considerada baixa para a semente de uva e alta para o extrato de semente de uva desengordurada. Lin, Zong e Santiago (2017) acrescentam que, além do resveratrol, o óleo de semente de uva apresenta alto teor de acido linoleico, vitamina E e compostos fenólicos, os quais são os principais responsáveis pela sua atividade antioxidante. Além disso, os fitoesteróis presentes podem modular mediadores pro-inflamatórios. Finalizando sobre suas propriedades, acrescenta-se uma última afirmação, de Sotiropoulou et al (2015), declarando que o óleo de semente de uva pode ser benéfico para minimizar o envelhecimento da pele e o surgimento de rugas, uma vez que ele é capaz de 27 aumentar a quantidade de antioxidante no sangue e de manter a existência de colágeno e elastina no corpo. 5.4 FORMAS DE APLICAÇÃO Atualmente são desenvolvidas pesquisas que buscam diversificar a aplicação do óleo de uva. Como a busca por corantes naturais, e a extração de óleo rico em ácidos graxos e ômega 6. Sendo que sua maior utilização está nas industrias químicas, cosméticas e farmacêuticas (ROCHA et al, 2019). O óleo de semente de uva pode utilizado de diferentes formas, como para cozinhar e criar infusões. Na culinária, é uma opção vegana para substituir a manteiga ou azeite ao assar alimentos. Suas aplicações cosméticas pode ser encontrada em produtos para cabelo, óleos de massagem, cremes para mãos, brilhos labiais, loções pós sol e outros produtos para a pele (MERCOLA, 2021). Finalizando suas aplicações, pode-se destacar também o uso oral, segundo Zanin (2020), nutricionista, podem ser ingeridas 1 a 2 capsulas contendo entre 130 a 300 mg dos compostos da semente de uva, que pode agir diretamente no controle do colesterol. 28 6 BENEFÍCIO DO PEELING DE DIAMANTE ASSOCIANDO AO ÓLEO DE SEMENTE DE UVA NA ESTRIA VERMELHA. Alguns procedimentos estéticos, como a microdermoabrasão e o causam uma descamação superficial da pele, o que pode trazer vermelhidão ou irritação local. O uso de princípios ativo em forma de gel ou óleo, como exemplo o óleo de semente de uva, é indicado para acelerar e induzir a produção de colágeno e elastina no local de aplicação das sessões (SILVA, 2017). Considerando que as estrias vermelhas são o primeiro estágio desta patologia cutânea, pode ser empregado o procedimento de peeling de cristal no local para o seu tratamento, buscando assim seu principal resultado que é a esfoliação física não cirúrgica. O procedimento resulta na remoção de células envelhecidas, estimula a produção de células jovens e reposição de colágeno (CANTO; MEJIA, 2012). Reforçando sobre os benefícios da microdermoabrasão aplicada no tratamento de estrias, Moreira e Giusti (2013) afirmam que tal procedimento tem o objetivo de estimular a regeneração da estria pela instalação de um processo inflamatório, consequentemente estimulando uma atividade fibroblástica, proporcionando assim um aumento na síntese proteica e permitindo uma neovascularização, normalizando gradativamente a pigmentação da pele. A utilização do óleo de uva no tratamento de estrias está relacionada com algumas de suas propriedades principais, como a hidratação da pele obtida pela presença de ácidos graxos, uma vez que estes reduzem a perda de água transepidérmica. Enquanto a presença de vitamina E repõe os lipídios que foram perdidos pela escamação superficial. Outra propriedade é a redução da inflamação das camadas epidérmica e dérmica da pele, proporcionada pela concentração de acido linoleico (BRADY, 2019). Uma forma de prevenção de aparecimento das estrias é uso de produtos tópicos nutritivos e emolientes, pois assim ajudam então a controlar o grau de hidratação da pele a protegendo, (Cunha, A. P., Silva, A., Roque, O., & Cunha, 2004), desse modo além de ser emoliente o óleo de semente de uva, também possui propriedade regeneradora e de sustentação da pele ( CAMPESTRE 2021) 29 7 CONCLUSAO Com a presente pesquisa foi possível observar a importância da pele e suas diversas camadas para o corpo humano. Além das funções vitais para nossa sobrevivência, tal órgão também está na linha de frente em relação à estética e a aparência das pessoas. Tornando-se assim fundamental para a autoestima pessoal. A relação da pele e a saúde do ser humano são muito estreitas, pois este órgão é capaz de emitir sinais que alertam para possíveis doenças no organismo. Também está diretamente relacionada à estética corporal e, consequentemente a autoestima dos indivíduos. Sendo assim, identificou-se no estudo uma patologia da pele que é comum em grande parte da população, a estria. Mesmo não sendo grave e nem prejudicial à saúde, esta condição pode abalar a autoestima de muitos indivíduos, principalmente das mulheres, pois está relacionada diretamente à estética e a aparência corporal. 30 REFERÊNCIAS AAD. Stretch marks: why They appear and how to get rido f them. American Academy of Dermatology Association. 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