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Sistema complemento

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Sistema complemento
Jules Bordet foi o imunulogista belga à descobrir o
sistema complemento. A descoberta deu-se por meio do
experimento: 
1°) Inocula V.cholerae na cobaia e tira-se o sangue desse
animal, tendo o soro, e pega esse soro e adiciona à uma
cultura pura da mesma bactéria e nota-se que há lise
bacteriana; 
2°) Pegando a amostra do soro do primeiro animal, ele
vai aquecê-la a 56°C e vai adicionar à uma cultura pura
da bactéria V.cholerae, e neste caso não há lise
bacteriana pois o calor não destrói os anticorpos, mas
destrói o sistema complemento, e os anticorpos sozinhos
não conseguem matar a bactéria por si só; 
3°) Dessa forma, ele pega e adiciona o soro normal de
outra cobaia, junto com o soro que foi aquecido e junto à
uma cultura de V.cholerae e nota-se que houve a lise
bacteriana. Nesse caso o processo dá certo pois há a
adição de um sistema complemento que ajuda os
anticorpos a combaterem a bactéria; 
É um sistema formado por até 30 proteínas
plasmáticas ou séricas (soro), sintetizadas por
hepatócitos (fígado) e linfócitos B, ativadas por três
diferentes vias, com reações em cascata, onde cada
componente ativado é capaz de ativar outro
componente e, assim, sucessivamente. 
Zimogênios ou zimógenos: são proteínas (pré-
enzimas) do sistema complemento que estão
desativadas, e que para serem ativadas precisam de
um pré-ativador;
Hepatócitos: vão produzir albumina (75% do
plasma), alfaglobulina e betaglobulina;
Linfócitos B (plasmócitos): vão produzir
gamaglobulinas (anticorpos, também conhecidos
como imunoglobulinas);
 
Sistema Complemento
Opsonização: é o processo de ligação de opsoninas
(IgG ou complemento) às superfícies microbianas,
marcando (sinalizando para as células de defesa)
estes e aumentando a eficiência da fagocitose por
neutrófilos e macrófagos;
Lise celular: através da formação de um complexo
que se insere na membrana citoplasmática da célula-
alvo, abrindo nesta um poro que provoca lise celular;
Quimiotaxia: é o processo de atração de neutrófilos
e macrófagos dentro dos vários tecidos, por
gradientes de citocinas de baixo peso molecular
(quimiocinas), para realizar fagocitose;
Opsonização para potenciar a fagocitose; 
Quimiotaxia e ativação dos fagócitos;
Lise de bactérias e células infectadas/transformadas;
Regulação da resposta de anticorpos;
Limpeza de imunocomplexos (ligação do antígeno
com o anticorpo);
Ação benéfica (boa): 
Fagocitose de células apoptóticas;
Inflamação (vasodilatação e passagem de fagócitos
pelo endotélio);
Inflamação (descontrole);
Ação nociva (ruim): 
 
Exemplo de
imunocomplexo,
onde o anticorpo se
liga ao antígeno,
fazendo com que
ocorra a atração de
células fagocitárias
que vão destruir o
micróbio
Vias do sistema complemento
Mais antiga;
Importante para o sistema imune inato; 
Ativada na ausência de anticorpos; 
Hidrólise espontânea de C3 (ativada pelos
lipopolissacarídeos bacterianos); 
É na membrana citoplasmática em que o sistema
complemento irá atuar pois o objetivo é romper essa
membrana para que haja a destruição da célula; 
Via Alternativa
No começo do processo o C3 é um zimogênio, ou
seja, ele ainda não está ativo. Nos vasos sanguíneos
quando houver a presença de água o C3 será ativado
(deixando de ser zimogênio), virando C3a (parte que
vai ser descartada) e C3b(parte que irá se ligar com a
membrana da célula);
O C3b só liga em células que possuírem receptores
específicos, no caso LPS (lipopolissacarídeos),
presentes em gram-negativas, e ácidos teicóicos e
lipoteicóicos nas gram-positivas;
Após o C3b se ligar ao microrganismo vai se juntar a
ele uma proteína denominada Fator B, e no momento
que ela se liga ao C3b o Fator D aparece para realizar
a clivagem (quebra) do Fator B;
Após a clivagem do Fator B ele vai gerar Ba (será
descartado) e Bb. O Bb vai se ligar no C3b e essa
junção irá gerar a C3-convertase, uma enzima que
quebra C3; 
A C3-convertase irá ativar os C3's que estavam
inativos na circulação, sendo uma potencialização da
via. Nesse momento para de ser um processo
espontâneo pois o corpo nota que há a presença de
um indivíduo estranho;
Como irá ter mais C3b, ele irá se ligar com a C3-
convertase, formando a C5-convertase
(C3b+Bb+C3b), enzima que quebra C5, sendo
dividida em C5a e C5b;
A partir desse momento em diante para de ser
enzimático, pois não irá precisar de ativação, e
passa à apresentar proteínas;
Via clássica
Precisa do anticorpo para ocorrer;
Importante para o sistema imune adquirido;
O anticorpo estará ligado ao antígeno
(imunocomplexo) e a C1q irá ser ativada ao ligar-se
ao anticorpo, ativando logo em seguida C1r e C1s;
OBS: Não é a C1 que se liga ao antígeno e sim o
anticorpo;
C1r e C1s vão ativar C4 e C2. A C4 irá se dividir em
C4a (irá trabalhar no processo de inflamação junto
com o C3a que será gerado) e C4b. E C2 vai se dividir
em C2a e C2b (parte descartada);
O C4b e C2a irão se juntar e vão formar a C3-
convertase; 
A C3-convertase irá quebrar C3 e um C3b irá se
juntar com a C3-convertase formando C5-convertase
(C4b+C2a+C3b), começando assim a clivagem de C5
que irá se dividir em C5a e C5b; 
Importante para o sistema imune inato;
Não depende de anticorpos;
Nesta via à o MBL (proteína ligante de manose), uma
proteína importante, pois ela é específica para
carboidrato, glicose, entre outros, ela apresenta a
mesma conformação de C1;
Via das lectinas 
A manose está na superfície e se liga ao MBL
(proteína ligante de manose) sendo ativada,
apresentando MASP 1 (serina-proteases 1) e MASP 2
(serina-proteases 2), os quais possuem funções que
equivalem C1r e C1s;
Quando MASP 1 e MASP 2 são ativadas elas vão
ativar C4 e C2;
A C4 irá se dividir em C4a (irá trabalhar no processo
de inflamação junto com o C3a que será gerado) e
C4b. E C2 vai se dividir em C2a e C2b (parte
descartada);
O C4b e C2a irão se juntar e vão formar a C3-
convertase;
A C3-convertase irá quebrar C3 e um C3b irá se
juntar com a C3-convertase formando C5-convertase
(C4b+C2a+C3b), começando assim a clivagem de C5
que irá se dividir em C5a e C5b; 
Formação não enzimática: não há enzimas para
serem ativadas e sim apenas proteínas sendo
adicionadas;
C5b a C9: moléculas formadoras de poros de
membrana;
Complexo de ataque à membrana (MAC)
Via comum ou Via Lítica 
Há a clivagem de C5 e irá formar C5a (que irá atuar na
inflamação) e C5b que chama C6, C7, C8 para aderir
na membrana citoplasmática, logo depois é
adicionado C9 (canal responsável pelo poro) que irá
realizar a lise celular;
Previne a ativação descontrolada;
Permite a diferenciação do próprio e não próprio,
impedindo a lesão tecidual;
As proteínas regulatórias (apenas presente em
mamíferos) atuam em diferentes estágio da cascata,
dissociando os complexos ou catalisando a
degradação enzimática das proteínas ligadas;
Regulação da atividade de C1: inibe C1, impedindo
que C1r e C1s sejam ativadas;
Regulação da ativação
 
Inibição da formação de C3-convertase: Se liga ao
C4b (na via clássica ou das lectinas) ou ao C3b (via
alternativa), impedindo a C3-convertase de ser
ativada;
Clivagem de C3 regulada pelo fator 1: clivagem do
C3b pelo Fator 1, fazendo com que ele seja impedido
de fazer a ligação;

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